View
233
Download
13
Category
Preview:
Citation preview
REPBLICA DE MOAMBIQUE
CONTA GERAL DO ESTADO
ANO 2010
VOLUME I
Maputo, Maio de 2011
i
CONTA GERAL DO ESTADO DO ANO 2010
NDICE
I PARTE
RELATRIO DO GOVERNO SOBRE OS RESULTADOS DA
EXECUO ORAMENTAL
1 INTRODUO ...................... 1
2. OBJECTIVOS DA POLTICA ECONMICA E SOCIAL .......................... 6
2.1 Poltica Oramental ...................................................................... 8
2.2 Poltica Fiscal .............................................................................................. 13
2.3 Poltica Monetria e Cambial .......................................................................... 15
2.4 Balana de Pagamentos .................................................................................. 19
3. EXECUO DO ORAMENTO DO ESTADO EM 2009 ................. 22
3.1 Receitas Cobradas ............ 26
3.2 Despesas Realizadas .................................................................................... 31
3.2.1 Despesa de Funcionamento ............................................... 31
3.2.1.1 Despesa de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos ...... 35
3.2.2 Despesa de Investimento .................................................. 38
3.2.2.1 Despesa de Investimento por Fonte de Recursos e por mbitos ...................... 40
3.2.3 Despesa Total por mbitos ........................................................................................... 44
3.2.4 Despesa Total Segundo a Classificao Funcional ............................................... 45
3.2.5 Despesa dos Sectores Prioritrios que integram o PARPA .......................................... 47
3.2.6 Operaes Financeiras .............................................................................. 49
3.2.6.1 Operaes Financeiras Activas .......................................................................... 49
3.2.6.2 Operaes Financeiras Passivas ................................................................................. 51
3.3 Financiamento do Oramento do Estado ......52
3.4 Dvida Pblica .................................................................. 53
3.5 Responsabilidades Diversas ............................................................................................. 54
ii
LISTA DOS QUADROS DO RELATRIO
Quadro 1 Indicadores Oramentais ......................................................... 11
Quadro 2- Equilbrio Oramental .................................... 22
Quadro 3 Resumo da Receita Prevista e Cobrada.................................................. 26
Quadro 4 Despesas do estado . 31
Quadro 5 Despesa de Funcionamento Segundo a Classificao Econmica .................... 32
Quadro 6 Despesa de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos .................... 35
Quadro 7 Despesa de Funcionamento por mbitos ... 36
Quadro 8 Despesa de Investimento por Origem e Modalidade de Financiamento ............. 38
Quadro 9 Despesa de Investimento por e Fonte de Recursos e por mbitos ..................... 41
Quadro 10 Componente Interna da Despesa de Investimento ............................ 42
Quadro 11 Componente Externa da Despesa de Investimento ........................................... 43
Quadro 12 Despesa Total por mbitos ........................................................................... 44
Quadro 13 Despesa Total Segundo a Classificao Funcional ........................................ 45
Quadro 14Despesa dos Sectores Prioritrios do PARPA ................................................ 47
Quadro15 Operaes Financeiras ........................... 49
Quadro 16 Financiamento Global do Oramento do Estado .............................................. 52
Quadro 17 Dvida Pblica .. 53
II PARTE
MAPAS DA CONTA GERAL DO ESTADO
Mapa I Mapa Global de Receitas, Despesas e Financiamento do Estado
Mapa I-1 Resultados Globais da Execuo Oramental
Mapa I-1-1 Resumo da Despesa Total dos Sectores/Instituies Prioritrios
Mapa I-1-2 Resumo da Despesas Total Segundo a Classificao Funcional
Mapa I-2 Movimento dos Activos Financeiros do Estado
Mapa I-3 Movimento da Dvida Pblica
Mapa I-4 Movimento das Operaes de Tesouraria
Mapa I-5 Mapa dos Saldos das Recebedorias
iii
Mapa I-6 Mapa do Movimento de Conhecimentos de Cobrana
Mapa I-7 Mapa do Movimento de Valores Selados nas Recebedorias
MAPAS DE RECEITA DO ESTADO E DO FINANCIAMENTO DO DFICE
Mapa II Receitas do Estado, Prevista e Cobrada, Segundo a Classificao Econmica
mbitos Central, Provincial e Distrital
Mapa II-1 Receitas do Estado, Prevista e Cobrada, Segundo as Classificaes Econmica e
Territorial Receita da Administrao Central
Mapa II-2 Receitas do Estado, Prevista e Cobrada, Segundo as Classificaes Econmica e
Territorial Receita da Administrao Provincial
Mapa II-3 Receitas Consignadas da Administrao Central, Segundo a Classificao
Orgnica, em Comparao com a Previso
Mapa II-4 Receitas Prprias da Administrao Central, Segundo a Classificao Orgnica,
em Comparao com a Previso
Mapa II-5 Financiamento do Dfice, Segundo a Classificao Econmica e Territorial, em
Comparao com a Previso
Mapa II-6 Donativos e Emprstimos Externos por Fontes e Modalidades
MAPAS RESUMO DA DESPESA DE FUNCIONAMENTO
Mapas III a III-6-3-10- Resumos da Despesa de Funcionamento, segundo os diversos
mbitos e classificadores oramentais, em comparao com as dotaes
MAPAS RESUMO DA DESPESA DE INVESTIMENTO
Mapas IV a IV-8- Resumos da Despesa de Investimento, segundo os diversos mbitos e
classificadores oramentais, em comparao com as dotaes
MAPA RESUMO DAS OPERAES FINANCEIRAS
Mapa V Resumo das Operaes Financeiras, segundo as classificaes econmica e de
fonte de recursos, em comparao com as dotaes
iv
III PARTE
DESENVOLVIMENTO DAS DESPESAS DO ESTADO E OPERAES FINANCEIRAS
Mapas de Desenvolvimento da Despesa de Funcionamento
Mapas VI a IX-11-90111 Desenvolvimentos da Despesa de Funcionamento, segundo os
diversos mbitos e classificadores oramentais, em comparao com as dotaes
Mapas de Desenvolvimento da Despesa de Investimento
Mapa X a XII-10-012210070 Desenvolvimentos da Despesa de Investimento, segundo os
diversos mbitos e classificadores oramentais, em comparao com as dotaes oramentais
Mapas de Despesa de Investimento, por Projectos
Mapa XIII a XV-10-012210070 Desenvolvimento da Despesa de Investimento, por
mbitos, classificao orgnica e projectos, em comparao com as dotaes
IV PARTE
ANEXOS INFORMATIVOS
VOLUME III
1. Resumo das Receitas, Despesas e Saldos das Instituies Autnomas
2. Resumo das Receitas, Despesas e Saldos dos Municpios
3. Resumo das Receitas, Despesas e Saldos das Empresas Pblicas
4. Relao das Empresas Beneficirias de Subsdios
5. Movimento dos Crditos do Estado
5-a Movimento de Conhecimentos de Cobrana por Classificao Econmica
v
5-b Relao de Responsabilidades Diversas
6. Movimento da Dvida Externa por Credores
6-a Alteraes Oramentais
VOLUME IV
7. Inventrio do Patrimnio do Estado
7.1 Relatrio Analtico sobre o Inventrio do Patrimnio do Estado
7.2 Resumo dos Valores do Mapa Consolidado Orgnico
7.3 Mapa Consolidado do Inventrio do Patrimnio do Estado
7.4 Mapa Consolidado Orgnico do Patrimnio do Estado
7.5 Mapa Consolidado do Inventrio Orgnico do Patrimnio do Estado
7.6 Mapa Consolidado do Inventrio Territorial do Patrimnio do Estado
7.7 Mapa Consolidado do Inventrio Territorial do Patrimnio do Estado
7.8 Mapa Consolidado dos Bens Patrimoniais Inventariveis das Empresas Pblicas
7.9 Mapa do Inventrio do Patrimnio Autrquico
7.10 Mapa do Inventrio do Patrimnio Autrquico
I PARTE
RELATRIO DO GOVERNO SOBRE OS
RESULTADOS DA EXECUO ORAMENTAL
____________
CGE de 2010
CONTA GERAL DO ESTADO DE 2010
I PARTE
RELATRIO DO GOVERNO SOBRE OS RESULTADOS DA
EXECUO ORAMENTAL
1. INTRODUO
Em cumprimento do disposto no artigo 50 da Lei n. 9/2002, de 12 de
Fevereiro, o Governo elaborou a Conta Geral do Estado, referente ao exerccio
econmico de 2010.
A presente Conta apresenta o resultado da execuo do Oramento do Estado
de 2010, aprovado pela Lei n. 2/2010, de 27 de Abril.
O Oramento do Estado para 2010 foi elaborado e executado em ambiente do
e-SISTAFE, com base nos procedimentos da Lei n. 9/2002, de 12 de
Fevereiro, e do Regulamento do SISTAFE, aprovado pelo Decreto n.
23/2004, de 20 de Agosto.
No mbito do prosseguimento da implementao de reformas na
administrao financeira do Estado, particularmente no que concerne
____________
CGE de 2010 2
elaborao e execuo do Oramento do Estado, h a destacar, no exerccio
econmico de 2010, o seguinte:
A consolidao do Plano Econmico e Social na planificao e
oramentao por programas;
A contnua descentralizao da elaborao do Oramento do Estado
para os nveis provincial e distrital;
A aprovao da Lei n. 7/2010, de 2 de Junho, relativa Taxa de
Sobrevalorizao da Madeira, tendo em vista incentivar a proteco
ambiental, o uso sustentvel de recursos e o incremento na arrecadao
de receitas;
A aprovao do Regulamento do Pagamento em Prestaes de Dvidas
Tributrias, decorrentes de impostos sobre o rendimento de pessoas
singulares e colectivas, atravs do Decreto n. 45/2010 de 2 de
Novembro;
A aprovao do Regulamento de Compensao de Dvidas Tributrias,
atravs do Decreto n. 46/2010, de 2 de Novembro;
A Expanso da descentralizao da execuo oramental, tendo sido
abrangidos 21 distritos e 31 instituies autnomas, elevando-se para 73
e 100, respectivamente, os distritos e instituies autnomas a operarem
no e-SISTAFE;
____________
CGE de 2010 3
A implementao do mdulo de pagamento de salrios (e-Folha), a
partir do ms de Outubro, tendo sido abrangidos 22 rgos e
instituies do Estado;
O prosseguimento da implementao dos projectos de gerao de
rendimento, comida e emprego ao nvel dos distritos;
A reviso do Regulamento de Contratao de Empreitadas de Obras
Pblicas, Aquisio de Bens e Prestao de Servios ao Estado, atravs
do Decreto n. 15/2010, de 24 de Maio;
A superviso de 92 Unidades Gestoras e Executoras das Aquisies,
visando aferir o grau de cumprimento dos procedimentos de
contratao pblica pelos rgos e instituies do Estado;
A realizao de 206 auditorias aos rgos e instituies do Estado,
incluindo autarquias, com vista a assegurar o cumprimento das normas
sobre a execuo do Oramento do Estado; e
O prosseguimento da implementao de medidas para a mitigao dos
efeitos da crise financeira e econmica internacional.
____________
CGE de 2010 4
Na execuo do Oramento do Estado de 2010 e na elaborao da respectiva
Conta foram observadas as recomendaes da Assembleia da Repblica,
constantes da Resoluo n. 22/2010, de 30 de Julho, que aprova a Conta
Geral do Estado de 2008, sendo de destacar:
O incio de um trabalho visando a reviso dos classificadores
econmicos da receita e da despesa;
O estabelecimento, a partir do exerccio econmico de 2010, de
mecanismos que permitem que os rgos e instituies do Estado que
possuam receitas consignadas e/ou prprias, possam,
excepcionalmente, solicitar o alargamento da sua meta da receita e
despesa, quando haja excesso de arrecadao, visando incentivar a
cobrana;
A aprovao da Lei n. 26/2009, de 29 de Setembro e do Decreto n.
15/2010, de 24 de Maio, que revogam a Lei n. 13/97, de 10 de Julho e o
Decreto n. 54/2005, de 13 de Dezembro, respectivamente, visando
imprimir maior dinamismo nas contrataes pblicas;
O incio de um trabalho visando flexibilizar a transferncia de saldos
das diversas contas bancrias para a Conta nica do Tesouro;
A canalizao, a partir do ano 2009, da receita proveniente de
privatizaes e de alienao de imveis do Estado, para a Direco da
rea Fiscal para receitao;
____________
CGE de 2010 5
A utilizao obrigatria da via directa na execuo do Oramento do
Estado, para os rgos e instituies do Estado que operam no e-
SISTAFE;
A realizao de auditorias aos rgos Centrais, Provinciais e
Municipais, pela Inspeco-Geral de Finanas, das quais resultaram
recomendaes sobre procedimentos disciplinares e criminais, em
relao aos factos que revelam violao de normas de execuo
oramental;
A criao de um banco de dados na Inspeco-Geral de Finanas, com
vista a permitir o acompanhamento das recomendaes constantes dos
relatrios de auditorias;
A elaborao de um cadastro das empresas participadas pelo Estado, o
qual actualizado em funo de novas aquisies ou
saneamentos/sadas por alienao;
A realizao de aces de superviso e capacitao dos funcionrios e
agentes do Estado, abrangendo as autarquias locais e empresas
pblicas, tendo em vista a melhoria da gesto do patrimnio do Estado,
incluindo o preenchimento permanente de fichas de inventrio; e
A realizao de um trabalho junto s Conservatrias e ao Ministrio das
Obras Pblica e Habitao, visando o registo de veculos e imveis do
Estado, incluindo os existentes no exterior.
____________
CGE de 2010 6
2. OBJECTIVOS DA POLTICA ECONMICA E SOCIAL
O Plano Econmico e Social para 2009 definiu como principais objectivos os
seguintes:
i. Alcanar um crescimento econmico de cerca de 6,2%;
ii. Conter a taxa de inflao mdia anual em cerca de 9,5%;
iii. Estabilizar a Taxa de cmbio;
iv. Atingir um nvel de USD 2,142 milhes de dlares, em exportaes
de bens;
v. Atingir um nvel de Reservas Internacionais Lquidas que financiem
cerca de 5 meses de importaes de bens e servios no factoriais;
vi. Prosseguir com a criao de condies que tornem atractivo o
investimento em Moambique, salvaguardando, no entanto, uma
correcta gesto do meio ambiente;
vii. Melhorar em quantidade e qualidade os servios pblicos de
educao, sade, gua e saneamento, estradas e energia; e
viii. Consolidar a descentralizao do Oramento do Estado para os
distritos.
____________
CGE de 2010 7
O balano anual indica o alcance dos seguintes resultados:
i. Crescimento do Produto Interno Bruto de 6,5%:
ii. Taxa de inflao mdia (IPC-Maputo) de 12,7%;
iii. Depreciao mdia do Metical face ao Dlar americano em 27,2%;
iv. Depreciao mdia do Metical face ao Rand sul-africano em 39,9%;
v. As exportaes totais de bens situaram-se em USD 2.243 milhes, o
que representa um grau de realizao de 104,7% em relao ao
objectivo do Plano, o que decorreu do crescimento das exportaes
realizadas pelos grandes projectos; e
vi. As Reservas Internacionais Lquidas atingiram, em Dezembro de
2010, o saldo de USD 1.908,0 milhes, cobrindo 4,9 meses de
importaes.
Para o crescimento do PIB tiveram maior contribuio os sectores da
agricultura, da indstria transformadora, do comrcio e dos transportes e
comunicaes.
A seguir se apresentam as principais medidas e aces de poltica que
nortearam as actividades realizadas durante no de 2010
____________
CGE de 2010 8
2.1- Poltica Oramental
A poltica oramental para 2010 foi articulada no sentido prosseguir os
objectivos de poltica preconizados no programa de governao, inerentes
estabilizao macroeconmica e criao de capacidades internas para a
promoo do crescimento e desenvolvimento econmicos e a reduo dos
ndices de pobreza.
Neste sentido, a elaborao do Oramento do Estado foi orientada no sentido
de privilegiar aces que corporizam programas com forte potencial de
aumentar o nvel de rendimento dos agregados familiares no campo, elevar
as capacidades tcnico-cientficas em sectores de actividade dinmicos e
aumentar os nveis de produo e produtividade da agricultura familiar e de
mdia escala.
A prioridade na afectao e realizao da despesa incidiu tambm na
prossecuo de aces no mbito da reforma na gesto das finanas pblicas,
particularmente no aprofundamento da metodologia de planificao e
oramentao por programas, na descentralizao oramental, no
melhoramento dos padres de abrangncia oramental e no aprofundamento
das reformas no mbito da implementao do SISTAFE.
A poltica oramental foi ainda orientada para o aprofundamento da
coordenao entre as polticas fiscal, monetria e cambial, com vista a
fortalecer o clima de confiana do sector privado, aumentar a
competitividade dos produtos exportveis e contribuir para o incremento do
investimento domstico e directo estrangeiro.
____________
CGE de 2010 9
A afectao de recursos foi orientada no sentido de assegurar a
sustentabilidade oramental a mdio e longo prazos e a gradual reduo do
financiamento externo para o Oramento do Estado.
Os grandes eixos da realizao da despesa em 2010, cuja expresso financeira
digna de realce, so os seguintes:
A introduo do subsdio de localizao, no mbito da implementao
da Poltica Salarial na funo pblica;
O prosseguimento da implementao do Plano de Aco de Produo
de Alimentos;
O prosseguimento da promoo de projectos de gerao de
rendimentos, emprego e produo de alimentos a nvel local;
O prosseguimento da reabilitao e construo de escolas secundrias e
tcnicas;
O prosseguimento da implementao de projectos de electrificao
rural e de projectos visando estender a rede das telecomunicaes s
sedes distritais; e
A construo e reabilitao de estradas e de sistemas de abastecimento
de gua nas zonas rurais e urbanas.
____________
CGE de 2010 10
Para a implementao da poltica oramental, o Oramento do Estado para
2010, aprovado atravs da Lei n. 2/2010, de 27 de Abril, estabeleceu os
seguintes valores globais, em milhes de meticais:
Receitas do Estado 57.431,8
Despesas do Estado 117.977,2
Dfice Global 60.545,4
Do montante estabelecido para as despesas do Estado, 57.526,2 milhes de
meticais foram destinados s despesas de funcionamento, 55.805,0 milhes de
meticais ao investimento, sendo 20.790,6 milhes de meticais na componente
interna e 35.014,5 milhes de meticais na componente externa, e 4.646,0
milhes de meticais s operaes financeiras.
A execuo do Oramento do Estado no exerccio econmico de 2010
apresenta os seguintes resultados, em milhes de meticais:
Receitas do Estado 63.566,1
Despesas do Estado 107.085,5
Dfice 43.519,4
No Quadro 1, apresentam-se os principais indicadores do desempenho
oramental em 2010, comparativamente a 2009, em termos do PIB, que
mostram o nvel de cumprimento dos objectivos para os quais o Oramento
do Estado foi elaborado:
____________
CGE de 2010 11
Valor % do PIB Valor % do PIB
Receitas do Estado 47,565.0 17.7 63,566.1 19.7
Correntes 45,849.7 17.0 62,167.9 19.2
Capital 1,715.3 0.6 1,398.2 0.4
Despesas 79,129.1 29.4 103,037.0 31.9
Funcionamento 43,792.9 16.3 59,356.3 18.4
Investimento 35,336.2 13.1 43,680.7 13.5
Componente interna 13,431.5 5.0 20,032.3 6.2
Componente externa 21,904.7 8.1 23,648.3 7.3
Operaes Financeiras Activas 4,570.8 1.7 2,386.3 0.7
Saldo Corrente 2,056.8 0.8 2,811.5 0.9
Dfice Global Antes de Donativos -36,134.9 -13.4 -41,857.2 -12.9
Donativos 25,770.8 9.6 27,318.4 8.5
Consignados a Projectos e Ac. Retrocesso 17,035.2 6.3 16,010.3 5.0
Contravalores no consignados 8,735.6 3.2 11,308.2 3.5
Dfice Global Aps de Donativos -10,364.1 -3.8 -14,538.8 -4.5
Emprstimos Externos Lquidos 13,104.5 4.9 13,473.6 4.2
Consignados a Projectos e Ac. Retrocesso 9,838.0 3.7 10,523.5 3.3
Contravalores no consignados 3,973.7 1.5 3,993.9 1.2
-Amortizaes -707.2 -0.3 -1,043.8 -0.3
Crdito Interno Lquido -2,740.4 -1.0 1,065.1 0.3
P/ Memria: PIB 269,346 323,226
Quadro 1- Indicadores Oramentais
Ano 2009 Ano 2010
(Em Milhes de Meticais)
Conforme se pode observar, as receitas do Estado cresceram em 2,0 pontos
percentuais do PIB, em relao ao ano anterior, devido s receitas correntes,
que passaram de 17,0% para 19,2%, tendo as receitas de capital baixado em
0,2 pontos percentuais.
As despesas cresceram em 2,5 pontos percentuais do PIB, com as despesas de
funcionamento crescendo em 2,1 pontos percentuais e o investimento em 0,4
pontos percentuais, sendo em 1,2 pontos percentuais na componente interna e
um decrscimo em 0,8 pontos percentuais na componente externa.
____________
CGE de 2010 12
Como resultado do aumento do peso das receitas correntes, superior ao da
despesa de funcionamento, o saldo corrente passou de um supervit de 0,8%
do PIB, em 2009, para um supervit de 0,9% do PIB, em 2010.
As operaes financeiras activas diminuram em 1,0 ponto percentual do PIB,
por influncia de emprstimos por Acordos de Retrocesso de financiamento
externo e de Outras Operaes Activas.
Dada a reduo do peso das despesas e operaes financeiras activas,
financiadas externamente, o dfice global antes de donativos reduziu em 0,5
ponto percentual do PIB e o dfice global aps donativos em 0,7 pontos
percentuais.
Os emprstimos externos lquidos diminuram em 0,7 pontos percentuais, em
termos do PIB, o que fez com que o crdito interno lquido se tenha traduzido
num aumento em 0,4 pontos percentuais do PIB em relao ao ano anterior.
____________
CGE de 2010 13
2.2 Poltica Fiscal
Para fazer face materializao dos programas previsto no Plano Econmico
e Social, o Governo implementou as seguintes medidas de Poltica Fiscal:
Lanamento da campanha de Educao Fiscal e Aduaneira e
Popularizao do imposto, sob o lema Todos Juntos Fazemos
Moambique, envolvendo rgos de comunicao Social;
Realizao de aces de capacitao de formadores e disseminadores na
zona sul do Pas, sobre matrias fiscais e aduaneiras;
Realizao de palestras sobre educao fiscal em universidades, escolas,
aglomerados populacionais, mercados, empresas, agremiaes da
sociedade civil, entre outros, envolvendo parceiros da Autoridade
Tributria;
Assinatura de 14 Memorandos de Entendimento com diversas
instituies, pblicas e privadas, com o objectivo de promover o ideal
da cidadania fiscal e popularizao do imposto;
Atribuio de 262.561 NUIT`s, incluindo 42.170 contribuintes do ISPC
(Imposto Simplificado de Pequenos Contribuintes);
Aprovao do modelo conceptual do projecto e-tributao e formados
tcnicos para a configurao e parametrizao do respectivo aplicativo;
____________
CGE de 2010 14
Apetrechamento em meios de comunicao das rotas de trnsito
Internacional, nomeadamente Goba, Manica, Machipanda, Cuchamano,
Zobu e Milange;
Implementao da Janela nica Electrnica (JUE), numa parceria
pblico-privado, envolvendo o Governo, a Confederao das
Associaes Econmicas de Moambique (CTA) e a Sociedade Geral de
Servios (SGS), em parceria com a Escopil Internacional, Lda;
Construo do posto fronteirio de Mocumbura e dos postos fiscais de
cobrana de Bilene, Inhassoro, Morrumbala, Zumbo e Chire;
Reabilitao de escritrios para o projecto e-Tributao, do Complexo
Residencial de Ressano Garcia e do posto de cobrana de Magude;
Construo do canal pedestre, da estrada alternativa e de escritrios
pr-fabricados, no Km 4 do Projecto da Fronteira de Paragem nica de
Ressano Garcia;
Construo do Complexo Residencial de Tete, do posto misto de
Mocumbura e do posto fiscal de Matchedje;
Implementao do Balco de atendimento aos mineiros, em Ressano
Garcia;
Aprovao do Decreto que estabelece os mecanismos de determinao e
correco do valor patrimonial em sede do imposto predial autrquico;
____________
CGE de 2010 15
Aprovao do Decreto n. 45/2010, de 2 de Novembro, que
Regulamenta o Pagamento em Prestaes de Dvidas Tributrias; e
Aprovao do Decreto n. 46/2010, de 2 de Novembro, que
Regulamenta a Compensao de Dividas Tributrias.
2.3 Poltica Monetria e Cambial
A poltica monetria do Banco de Moambique foi gerida de forma a
contribuir para o alcance dos objectivos finais da poltica econmica do
Governo, nomeadamente, o crescimento econmico de cerca de 6,4%, uma
inflao mdia anual de 9,5% e uma posio das reservas internacionais que
cobrisse cerca de 5 meses de importaes de bens e servios no factoriais.
No entanto, tendo em considerao os desenvolvimentos econmicos e
financeiros domsticos e internacionais registados at Setembro de 2010, o
programa monetrio para 2010 foi revisto em Outubro do mesmo ano. Assim,
a meta da base monetria varivel operacional da poltica monetria,
medida em termos de saldo mdio dirio no ms, foi ajustada de
26.321milhes de meticais, inicialmente previstos, para 29.493 milhes de
meticais e a meta das reservas internacionais lquidas passou de 1.711
milhes de dlares norte-americanos para 1.675 milhes de dlares, valor
correspondente a cerca de 4,4 meses de cobertura de importaes de bens e
servios no factoriais pelas reservas internacionais brutas.
____________
CGE de 2010 16
De igual modo foram revistas as projeces dos restantes agregados
monetrios referentes a Dezembro de 2010, conforme ilustra a informao
resumida no quadro abaixo, onde tambm so apresentados os nveis de
realizao at Dezembro de 2010, comparada com a realizao de Dezembro
de 2009:
Agregados Dez/2009 Dez/2010Programa
Dez/2010
Reservas Internacionais Lquidas (milhes USD) 1,863 1,908 1,675
Base Monetria 24,464 31,618 29,493
Crdito Lquido ao Governo 762 -1,707 1,039
Massa Monetria - M3 107,074 131,465 135,998
Crdito Economia 71,440 91,067 97,142
Base Monetria 29.2% 20.6%
Massa Monetria - M3 22.8% 27.0%
Crdito Economia 27.5% 36.0%
Fonte: DEEE/Banco de Moambique.
Principais Indicadores Monetrios em Dezembro de 2009 e 2010
Saldos em milhes MT
Variao Anual dos Saldos
Do quadro acima destaca-se o seguinte:
Base Monetria: O aumento da base monetria no ano reflectiu o
acrscimo quer das notas e moedas em circulao, que variaram em
4.329 milhes de meticais (26,9%), assim como das reservas bancrias,
em 2.825 milhes de meticais (33,8%).
Reservas Internacionais Lquidas: Dados provisrios referentes a
Dezembro de 2010 apontam para um saldo de 1.908 milhes de dlares
norte-americanos, o correspondente a 197 milhes de dlares (11,5%)
____________
CGE de 2010 17
acima da meta inicialmente prevista para o final de 2010, mais 233
milhes de dlares (13,9%) acima da meta revista. Refira-se que o saldo
apurado em Dezembro representa, em termos de reservas
internacionais brutas, 4,9 meses de cobertura das importaes de bens e
servios no factoriais, incluindo as dos grandes projectos.
Crdito Lquido ao Governo: A posio lquida do Estado junto do
sistema bancrio nacional, traduziu-se, at Dezembro de 2010, numa
constituio lquida de 1.707 milhes de meticais, contra um desgaste
de 5.298 milhes de meticais inicialmente programados para Dezembro
de 2010, alterado para 1.039 milhes de meticais no programa revisto.
Crdito Economia: De acordo com a informao estatstica reportada
ao ms de Dezembro de 2010, os sectores mais endividados so os de
comrcio com 19,8% do total do crdito, particulares com 19,2%,
transportes e comunicaes com 12,8%, indstria com 11,2%,
construo com 6,9% e agricultura com 5,8%.
Com vista a alcanar os objectivos traados no programa monetrio para
2010, o Governo introduziu um conjunto de medidas, sendo de destacar as
seguintes:
Correco das cotaes do dlar norte-americano no Mercado Cambial
Interbancrio, alinhando-as com a taxa de cmbio mdia do segmento
dos bancos comerciais nas operaes com o pblico, reduzindo deste
modo o elevado diferencial existente entre estas taxas, acompanhada
____________
CGE de 2010 18
por um substancial aumento das vendas de divisas no mercado
interbancrio.
Reviso em alta, por duas vezes num total de 75 pontos base (50 pontos
base em Junho e 25 pontos base em Setembro), do coeficiente de
reservas obrigatrias, tendo passado de 8,0% em Dezembro de 2009
para 8,75% em Dezembro de 2010.
Aumento, por uma nica vez, em 100 pontos base (em Junho), da taxa
da facilidade permanente de depsito, tendo passado de 3,0% em finais
de 2009 para 4,0% em Dezembro de 2010.
Incremento, por trs vezes, num total de 400 pontos base (100 pontos
base em Abril, 200 pontos base em Junho e 100 pontos base em
Setembro), da taxa da facilidade permanente de cedncia, tendo
passado de 11,5% em Dezembro de 2009 para 15,5% no ltimo ms de
2010.
Cobertura de 100% da factura de combustveis a partir de Agosto de
2010, sem descurar os compromissos em matria de reservas
internacionais lquidas, que implicou menor presso do lado da procura
de divisas junto dos bancos comerciais, e consequente abrandamento da
depreciao cambial.
____________
CGE de 2010 19
2.4 Balana de Pagamentos
As exportaes totais de bens atingiram USD 2.243,1 milhes, o que
representa um crescimento em 21,1%, comparativamente a 2009, decorrente
do crescimento das exportaes realizadas pelos grandes projectos em 31,9%,
a despeito da queda das exportaes dos restantes sectores da economia em
2,1%, conforme se mostra no quadro seguinte:
2009 2010Variao
(%)
Exportaes (fob) 1,852.6 2,243.1 21.1
sendo grandes projectos 1,265 1,668.1 31.9
Exportaes sem grandes projectos 587.6 575.0 -2.1
Importaes (fob) -3,243.1 -3,240.2 -0.1
sendo grandes projectos -791.1 -899.7 13.7
Importaes sem grandes projectos -2,452.0 -2,340.5 -4.5
Saldo -1,390.5 -997.1 -28.3
Saldo sem grandes projectos -1,864.4 -1,765.5 -5.3
Fonte: DEE-Banco de Moambique.
Balana Comercial(Em Milhes de USD)
As importaes de bens foram de USD 3.240,2 milhes, o que representa
reduo em 0,1% relativamente a 2009, devido a queda das importaes de
bens de consumo e de bens de capital.
A Balana Comercial encerrou com um dfice de USD 977,1 milhes, inferior
ao registado em 2009, em 28,3%, tendo o dfice sem os grandes projectos sido
de USD 1.765,5 milhes, correspondente a uma diminuio de 5,3%.
O dfice da Balana de Servios e Rendimentos situou-se em USD 596,2
milhes, representando um aumento de 13,3% em relao a 2009, conforme o
Quadro seguinte:
____________
CGE de 2010 20
2009 2010Variao
(%)
Receitas 731.5 794.4 8.6
Despesas -1,257.9 -1,390.6 10.5
Saldo -526.4 -596.2 13.3
Juros de dvida 80.5 22.4 -72.2
Saldo excluindo juros -445.9 -573.8 28.7
Fonte: DEE-Banco de Moambique.
Balana de Servios e Rendimentos(Em Milhes de USD)
A Balana de Transaces Correntes, sem incluir as transferncias correntes,
passou de um dfice de USD 1.916,9 milhes em 2009, para um dfice de USD
1.593,3 milhes em 2010, o que representa uma diminuio de 16,9%.
Entrando em linha de conta com as transferncias correntes, que foram de
USD 764,5 milhes em 2009 e USD 670,6 milhes em 2010, o dfice da balana
de transaces correntes passou de USD 1.152,4 milhes em 2009 para USD
922,7 milhes em 2010, o que equivale a uma diminuio de 19,9%, conforme
se pode observar no quadro a seguir:
2009 2010Variao
(%)
Exportaes (fob) 1,852.6 2,243.1 21.1
sendo grandes projectos 1,265.0 1,668.1 31.9
Export. sem grandes projectos 587.6 575.0 -2.1
Importaes (fob) -3,243.1 -3,240.2 -0.1
sendo grandes projectos -791.1 -899.7 13.7
Import. sem grandes projectos -2,452.0 -2,340.5 -4.5
Servios e Rendimentos -526.4 -596.2 13.3
Saldo de Bens, Servios e Rendimentos -1,916.9 -1,593.3 -16.9
Transferncias Correntes 764.5 670.6 -12.3
Saldo -1,152.4 -922.7 -19.9
Fonte: DEE-Banco de Moambique.
Balana de Transaces Correntes
(Em Milhes de USD)
____________
CGE de 2010 21
O total do financiamento externo, constitudo por donativos e emprstimos,
aumentou em 27,7% de 2009 para 2010, resultante de diminuies de USD
164,3 milhes em donativos e aumento em USD 585,5 milhes em
emprstimos. Assim, o financiamento por emprstimos aumentou em 8,4% ao
sector pblico e em 528,7% ao sector privado, como se mostra a seguir:
2009 2010Crescim.
em %
Donativos 955.8 791.5 -17.2
Emprstimos 566.1 1,151.6 103.4
Pblicos 462.7 501.5 8.4
Privados 103.4 650.1 528.7
Total 1,521.9 1,943.1 27.7
Fonte: DEE-Banco de Moambique.
Donativos e Emprstimos Externos
(Em Milhes de USD)
No entanto, convm ter em conta que no valor dos emprstimos ao sector
pblico esto includos USD 82,9 milhes, desembolsados pelo Banco
Mundial, em Dezembro, para apoio directo ao Oramento do Estado em 2011,
semelhana do que aconteceu em 2009, com USD 110 milhes, o que, uma
vez expurgado, apresentar a seguinte situao:
Tipo de Financiamento 2009 2010Variao
(%)
Donativos 955.8 791.5 -17.2
Emprstimos 456.1 1,068.7 134.3
Pblicos 352.7 418.6 18.7
Privados 103.4 650.1 528.7
Total 1,411.9 1,860.2 31.8
Fonte: DEE-Banco de Moambique.
Donativos e Emprstimos Externos
(Em Milhes de USD)
Assim, constata-se que o financiamento por emprstimos ao sector pblico
aumentou em 18,7%, em relao ao ano de 2009.
____________
CGE de 2010 22
3. EXECUO DO ORAMENTO DO ESTADO EM 2010
A execuo do Oramento do Estado para 2010, em termos globais, teve os
resultados que se apresentam nos Mapas I e I-1 da II Parte da presente Conta
e se resumem no Quadro 2:
Classifi- Variao
cao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do 2009/10
Econmica mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB (%) a/
Recursos Internos 46,506.3 47,855.0 102.9 17.77 65,960.6 65,960.6 67,983.7 103.1 21.03 22.7
Receitas do Estado 46,216.3 47,565.0 102.9 17.66 57,431.8 57,431.8 63,566.1 110.7 19.67 15.2
Emprstimos Internos 290.0 290.0 100.0 0.11 8,528.8 8,528.8 4,417.6 51.8 1.37 1251.7
Recursos Externos 51,635.7 39,582.5 76.7 14.70 52,016.6 52,016.6 41,835.9 80.4 12.94 -14.3
Donativos 35,889.6 25,770.8 71.8 9.57 33,776.0 33,776.0 27,318.4 80.9 8.45 -14.1
Emprstimos 15,746.1 13,811.8 87.7 5.13 18,240.7 18,240.7 14,517.4 79.6 4.49 -14.8
Total de Recursos 98,142.1 87,437.5 89.1 32.46 117,977.2 117,977.2 109,819.6 93.1 33.98 5.9
Desp. de Funcionamento 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 57,526.2 61,913.6 59,356.4 95.9 18.36 19.9
Desp. de Investimento 47,452.6 35,336.2 74.5 13.12 55,805.0 56,233.7 43,680.7 77.7 13.51 4.5
Componente Interna 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 20,790.6 21,219.2 20,032.3 94.4 6.20 32.3
Componente Externa 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.5 35,014.5 23,648.3 67.5 7.32 -12.5
Operaes Financeiras 6,694.7 5,747.0 85.8 2.13 4,646.0 4,646.0 4,048.5 87.1 1.25 -42.0
Activas 5,033.4 4,570.8 90.8 1.70 2,795.2 2,795.2 2,386.3 85.4 0.74 -57.6
Capital Social de Empresas 38.8 38.8 100.0 0.01 47.0 47.0 29.6 0.01 -32.3
Emprstimos de Retrocesso 4,790.2 4,331.8 90.4 1.61 2,748.2 2,720.1 2,328.6 85.6 0.72 -56.4
Outras Operaes Activas 204.3 200.2 98.0 0.07 0.0 28.1 28.1 100.0 0.01 -87.5
Passivas 1,661.3 1,176.2 70.8 0.44 1,850.8 1,850.8 1,662.1 89.8 0.51 18.6
Emprstimos Externos 1,192.3 707.2 59.3 0.26 1,232.5 1,232.5 1,043.8 84.7 0.32 19.6
Emprstimos Internos 469.0 468.9 100.0 0.17 618.3 618.3 618.3 100.0 0.19 17.0
Total de Despesa 98,142.1 84,876.1 86.5 31.51 117,977.2 122,793.3 107,085.5 87.2 33.13 9.3
Variao de Saldos 0.0 2,561.4 0.95 0.0 -4,816.1 2,734.1 0.85 -106.7
Total de Aplicaes 98,142.1 87,437.5 89.1 32.46 117,977.2 117,977.2 109,819.6 93.1 33.98 5.9
Por memria:
Crdito Interno Lquido -179.0 -2,740.4 1530.9 -1.0 7,910.5 12,726.5 1,065.2 8.4 0.3 -229.3
Produto Interno Bruto
a/ - Em termos reais, com inflao mdia de 12,7% e variao cambial mdia de 23,4%.
269,346 323,226
Ano 2009
Quadro 2 - Equilbrio Oramental(Em Milhes de Meticais)
Ano 2010
Oramento
O montante de 4.816,1 milhes de meticais, com sinal negativo, constante na
linha de Variao de Saldos, corresponde a reforos de limites oramentais
das despesas de funcionamento e de investimento, efectuados nos termos do
artigo 6 da Lei n. 2/2010, de 27 de Abril, que aprova o Oramento do Estado
para o ano 2010, segundo o qual o Governo autorizado a usar os recursos
____________
CGE de 2010 23
extraordinrios, o excesso na arrecadao de receitas e os saldos financeiros
do exerccio anterior, para a cobertura do dfice, pagamento da dvida
pblica e financiamento de programas de investimento previstos no Plano
Econmico e Social para 2010.
No exerccio econmico de 2010 registou-se um excesso na arrecadao de
receitas no valor de 6.134,3 milhes de meticais, tendo o Oramento de
Funcionamento sido reforado em 4.387,4 milhes de MT e a componente
interna de Investimento em 428,6 milhes de meticais, perfazendo 4.816,0
milhes de meticais.
Para a realizao das despesas previstas no Oramento do Estado de 2010
foram mobilizados recursos no valor total de 109.819,6 milhes de meticais,
correspondente a 93,1% da previso e a 34,0% do PIB, tendo registado um
crescimento em 1,5 pontos percentuais, em comparao com 2009.
As Receitas do Estado totalizaram 63.566,1 milhes de meticais e, para fazer
face ao dfice global, recorreu-se a financiamentos externos no montante de
41.835,9 milhes de meticais, a uma emisso de Obrigaes do Tesouro, no
montante de 1.500,0 milhes de meticais e financiamentos internos bancrios,
no valor de 2.917,6 milhes de meticais.
Em termos de repartio percentual dos recursos, as Receitas do Estado
representaram 57,9% do total dos recursos mobilizados, os Emprstimos
Internos 4,0%, os Donativos 24,9% e os Emprstimos Externos 13,2%,
conforme se espelha no grfico seguinte:
____________
CGE de 2010 24
As utilizaes totalizaram 109.819,6 milhes de meticais, sendo 59.356,4
milhes de meticais nas despesas de funcionamento, 43.680,7 milhes de
meticais nas despesas de investimento e 4.048,5 milhes de meticais nas
operaes financeiras, tendo resultado um aumento nos saldos dos depsitos
bancrios do Estado em 2.734,1 milhes de meticais.
Em termos de repartio percentual, as despesas de funcionamento
representaram 54,0% do total das utilizaes, as despesas de investimento
39,7%, as operaes financeiras 3,7% e os saldos 2,6%, conforme se observa no
grfico seguinte:
Receitas do Estado57.9%Emprstimos
Internos4.0%
Donativos24.9%
Emprstimos Externos
13.2%
Estrutura de Recursos
Despesas de Funcionamento
54.0%
Despesas de Investimento
39.8%
Operaes Financeiras
3.7%
Variao de Saldos2.5%
Estrutura das Utilizaes
____________
CGE de 2010 25
Dado que os saldos das contas do Estado aumentaram em 2.734,6 milhes de
meticais e os emprstimos internos em 3.799,3 milhes de meticais
(emprstimos de 4.417,6 milhes de meticais e amortizaes de 618,3 milhes
de meticais), o Crdito Interno Lquido ficou desfavorvel ao Tesouro em
1.065,2 milhes de meticais, conforme se pode ver no Mapa I-1 e no Quadro 2.
Verifica-se que, enquanto o Oramento do Estado previa terminar o ano com
um Crdito Interno Lquido inicial desfavorvel ao Tesouro em 7.910,5
milhes de meticais, que posteriormente foi revisto para 12.726,5 milhes de
meticais, a execuo saldou-se em apenas 1.065,2 milhes de meticais, o que
se explica pelo bom desempenho na arrecadao de Receitas do Estado, bem
como pelo facto do Banco Mundial ter antecipado para Dezembro de 2010 o
desembolso do seu apoio ao Oramento do Estado para 2011, no valor de
2.743,3 milhes de meticais.
Em relao ao ano de 2009 e em termos reais, verifica-se que o total de
recursos aumentou em 5,9%, com os recursos internos a registar um aumento
em 22,7% e os externos uma diminuio em 14,3%. Verifica-se ainda que a
despesa total aumentou em 9,3%, sendo 19,9% no funcionamento e 4,5% no
investimento, tendo as operaes financeiras diminudo em 42,0%. Face a este
comportamento dos recursos e da despesa total, resultaram diminuies na
variao dos saldos das contas bancrias do Estado em 106,7% e do Crdito
Interno Lquido em 229,3%.
____________
CGE de 2010 26
3.1 Cobrana de Receitas
A cobrana de receitas do Estado atingiu 63.566,1 milhes de meticais,
representando 19,7% do PIB e 110,7% da previso, conforme se pode ver no
Quadro 3:
Variao
Ora- Reali- Taxa % do Ora- Reali- Taxa % do 2009/10
mento zao (%) PIB mento zao (%) PIB a/
RECEITAS CORRENTES 43,849.9 45,849.7 104.6 17.02 56,159.8 62,167.9 110.7 19.23 16.8%
Receitas Fiscais 37,197.8 39,393.9 105.9 14.63 47,310.8 53,708.5 113.5 16.62 16.9%
Imposto sobre o Rendimento 12,385.7 13,726.8 110.8 5.10 16,770.1 18,480.1 110.2 5.72 19.5%
Imp. s/ o Rend. Pessoas Colectivas 6,153.9 7,337.9 119.2 2.72 9,089.1 9,794.7 107.8 3.03 18.4%
Imp. s/ o Rend. Pessoas Singulares 6,181.8 6,341.5 102.6 2.35 7,621.9 8,629.2 113.2 2.67 20.7%
Imp.o Especial sobre o Jogo 50.0 47.4 94.7 0.02 59.1 56.1 95.0 0.02 5.0%
Imp. sobre Bens e Servios 22,739.8 23,880.2 105.0 8.87 28,290.8 32,888.4 116.3 10.18 15.5%
Imposto sobre o Valor Acrescentado 15,815.4 16,974.9 107.3 6.30 20,138.3 24,164.6 120.0 7.48 19.8%
Nas Importaes 9,201.1 9,918.1 107.8 3.68 11,601.4 14,366.2 123.8 4.44 17.4%
Nas Operaes Internas 6,614.4 7,056.8 106.7 2.62 8,536.9 9,798.4 114.8 3.03 23.2%
Imp. s/ Consumo Produo Nacional 1,997.5 1,794.3 89.8 0.67 2,307.9 2,218.9 96.1 0.69 9.7%
Imp. s/ Consumo Produtos Import. 1,321.2 973.4 73.7 0.36 1,480.1 1,240.6 83.8 0.38 3.3%
Imposto s/ o Comrcio Externo 3,605.6 4,137.5 114.8 1.54 4,364.5 5,264.3 120.6 1.63 3.1%
Outros Impostos 2,072.3 1,786.8 86.2 0.66 2,250.0 2,340.1 104.0 0.72 16.2%
Imposto de Selo 505.4 439.8 87.0 0.16 659.6 598.3 90.7 0.19 20.7%
Imposto sobre Veculos 0.3 55.8 17066.7 0.02 62.4 62.2 99.5 0.02 -1.2%
Licenas de Pesca 85.3 56.0 65.6 0.02 98.0 44.5 45.4 0.01 -29.4%
Taxa sobre Combustveis 1,114.6 905.8 81.3 0.34 1,045.4 1,131.6 108.2 0.35 10.8%
Outros Impostos 366.7 329.5 89.9 0.12 384.5 503.5 130.9 0.16 35.6%
Receitas No Fiscais 2,613.8 3,034.0 116.1 1.13 4,590.3 4,069.5 88.7 1.26 19.0%
Sendo: Receitas Prprias 1,246.9 1,508.1 120.9 0.56 2,236.4 2,218.8 99.2 0.69 30.5%
Receitas Consignadas 4,038.3 3,421.9 84.7 1.27 4,258.6 4,389.9 103.1 1.36 13.8%
Sendo: Taxa sobre os Combustveis 2,477.2 2,367.3 95.6 0.88 2,800.5 2,934.7 104.8 0.91 10.0%
RECEITAS DE CAPITAL 2,366.4 1,715.3 72.5 0.64 1,272.0 1,398.2 109.9 0.43 -27.7%
RECEITAS TOTAIS 46,216.3 47,565.0 102.9 17.66 57,431.8 63,566.1 110.7 19.67 15.2%
P/Memoria: PIB
a / - Em te rmo s rea is , co m inflao mdia a 12,7% e variao cambia l de 23,4%.
Ano 2010Ano 2009
Quadro 3 - Resumo da Receita Prevista e Cobrada
(Em Milhes de Meticais)
269,346 323,226
Classificao Econmica
____________
CGE de 2010 27
Em relao ao exerccio econmico de 2009 a cobrana de receitas registou um
crescimento de 15,2%, em termos reais, e em 2,0 pontos percentuais do PIB,
por influncia de todos os grupos de impostos, excepto Receitas de Capital,
que registaram um decrscimo de 27,7%, em termos reais, e ficaram abaixo do
nvel de realizao do ano anterior em 0,2 ponto percentual do PIB.
A cobrana dos Impostos sobre o Rendimento, corresponde a 5,7% do PIB e a
uma taxa de realizao de 110,2%, tendo registado um crescimento real de
19,5%, em relao ao ano anterior. Contriburam para o bom desempenho na
cobrana destes impostos os seguintes factores:
A verificao e correco pontual das Declaraes Anuais de
Rendimento e de Informao Contabilstica e Fiscal;
A melhoria do controlo dos pagamentos a no residentes;
A tributao de juros provenientes de operaes financeiras;
O controlo dos faltosos; e
Aces de educao fiscal, formao, sensibilizao, divulgao da
legislao fiscal e consequente melhoria de autoliquidao.
A cobrana dos Impostos sobre Bens e Servios registou uma taxa de
realizao de 116,3%, correspondente a 10,18% do PIB e cresceu em 15,5% em
termos reais, em relao ao ano anterior, tendo contribudo para tal os
seguintes aspectos:
O aumento do volume de importaes, reflectido no volume das
transaces no mercado interno;
____________
CGE de 2010 28
A melhoria de controlo de crditos sistemticos em sede do IVA;
A recuperao do IVA apurado no procedimento de auditoria e
fiscalizao tributrias, incluindo a de mercadorias em circulao; e
Liquidaes oficiosas, bem como a monitoria do IVA suportado.
Os Outros Impostos tiveram uma realizao equivalente a 0,7% do PIB e a
104,0% da previso, tendo registado um crescimento de 16,2% em termos
reais, por influncia do aumento de produo de areias pesadas de Moma.
As Receitas no Fiscais tiveram uma cobrana equivalente a cerca de 1,3% do
PIB e a 88,7% da previso, tendo registado um crescimento real de 19,0% em
relao ao exerccio anterior. Salientaram-se na cobrana deste grupo de
impostos as Receitas Prprias, que registaram um crescimento real de 30,5%,
como resultado dos trabalhos de sensibilizao que a Administrao Fiscal
tem vindo a realizar junto das diversas instituies do Estado, no sentido de
canalizarem as receitas para as Direces de reas Fiscais.
As Receitas Consignadas atingiram uma cobrana equivalente a cerca de 1,4%
do PIB e a 103,1% da previso, tendo aumentado em 13,8% relativamente ao
exerccio anterior, para o que contribuiu a Taxa sobre os Combustveis, que
registou um crescimento de 10,0% em termos reais.
A cobrana das Receitas de Capital registou uma realizao correspondente a
0,4% do PIB e a 109,9% da previso e decresceu 27,7% em relao ao exerccio
____________
CGE de 2010 29
anterior, devido ao fraco desempenho da rubrica de Alienao do Patrimnio
do Estado.
Na repartio percentual das Receitas do Estado, os Impostos sobre Bens e
Servios representaram 51,7% das receitas totais cobradas, os Impostos sobre
o Rendimento 29,1%, as Receitas Consignadas 6,9%, as Receitas No Fiscais
6,4%, os Outros Impostos 3,7% e as Receitas de Capital 2,2%, conforme ilustra
o Grfico seguinte:
Grfico 3
No que se refere aos Benefcios Fiscais, concedidos durante o ano de 2010,
registou-se o montante global de 4.665,7 milhes de meticais, tendo
diminudo em 49,3%, em termos reais, em relao ao ano anterior, como se
pode constatar no quadro seguinte:
Imposto sobre o Rendimento
29.1%
Imposto s/ Bens e Servios51.7%
Outros Impostos3.7%
Receitas No Fiscais6.4%
Receitas Consignadas
6.9% Receitas de Capital2.2%
Estrutura das Receitas do Estado
____________
CGE de 2010 30
Ano Ano Variao
2009 2010 (%) a/
Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 4,651.61 2,722.90 -48.1
Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares 0.03 3.40 9299.9
Direitos Aduaneiros 1,010.53 992.84 -20.4
Imposto s/ Consumo Espec. De Produtos Importados 169.20 240.09 15.0
Imposto sobre o Valor Acrescentado (na importao) 2,043.85 706.49 -72.0
Total 7,875.2 4,665.7 -49.3
a/ - Em termos reais, com inflao mdia a 12,7% e variao cambial mdia a 23,4%.
Benefcios Fiscais(Em Milhes de Meticais)
Classificao Econmica
A diminuio registada nos Benefcios Fiscais resultou de diminuies em
Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, Direitos Aduaneiros e em
Imposto sobre o Valor Acrescentado na importao.
Analisando o movimento dos crditos do Estado por receitas, conforme se
mostra no Mapa I-6 da II Parte (Movimento de Conhecimentos de Cobrana),
verifica-se que o saldo inicial dos conhecimentos de cobrana era de 1.381,3
milhes de meticais, foram debitados 225,4 milhes de meticais, cobrados 18,6
milhes de meticais e anulados 119,7 milhes de meticais, resultando um
saldo final de 1.468,3 milhes de meticais, com a distribuio por impostos e
taxas que se apresenta no Anexo Informativo 5-b.
O Movimento dos Valores Selados nas Recebedorias, conforme se mostra no
Mapa I-7, apresentava um saldo inicial de 1.133 mil meticais, no se registou
nenhuma entrada, foram efectuadas vendas no valor de 27 mil meticais e
foram devolvidos ou anulados 1.099 mil meticais, resultando um saldo final
de 7 mil meticais.
____________
CGE de 2010 31
3.2 Realizao de Despesas
A realizao das despesas pblicas atingiu o valor de 107.085,5 milhes de
meticais, representando 87,2% da dotao oramental e 33,1% do PIB, sendo
59.356,4 milhes de meticais nas despesas de funcionamento, 43.680,7 milhes
de meticais no investimento e 4.048,5 milhes de meticais nas operaes
financeiras, conforme consta do Quadro seguinte:
Classifi-
cao Ora- Realiza- % de % do % de % do
Econmica mento o Realiz. PIB Valor Peso Valor Peso Realiz. PIB
Despesas de Funcionamento 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 61,913.6 50.4 59,356.4 55.4 95.9 18.36
Despesas de Investimento 47,452.6 35,336.2 74.5 13.12 56,233.7 45.8 43,680.7 40.8 77.7 13.51
Componente Interna 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 21,219.2 17.3 20,032.3 18.7 94.4 6.20
Componente Externa 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.5 28.5 23,648.3 22.1 67.5 7.32
Operaes Financeiras 6,694.7 5,747.0 85.8 2.13 4,646.0 3.8 4,048.5 3.8 87.1 1.25
Activas 5,033.4 4,570.8 90.8 1.70 2,795.2 2.3 2,386.3 2.2 85.4 0.74
Passivas 1,661.3 1,176.2 70.8 0.44 1,850.8 1.5 1,662.1 1.6 89.8 0.51
Total de Despesa 98,142.1 84,876.1 86.5 31.51 122,793.3 100.0 107,085.5 100.0 87.2 33.13
P/Memria: PIB
Quadro 4 - Despesas do Estado
(Em Milhes de Meticais)
269,346 323,226
Ano 2010Ano 2009
Oramento Realizao
3.2.1 Despesas de Funcionamento
As despesas de funcionamento atingiram o equivalente a cerca de 18,4% do
PIB e a 95,9% do limite oramental, tendo registado um crescimento real de
19,9%, em relao ao exerccio econmico anterior, conforme se pode observar
do Quadro seguinte:
____________
CGE de 2010 32
Varia
oClassificao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do 2009/10
Econmica mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB (%) a/
Despesas c/ o Pessoal 22,545.9 22,544.3 100.0 8.37 29,558.6 29,631.3 29,106.2 98.2 9.00 14.6%
Salrios e Remuneraes 20,982.6 20,982.6 100.0 7.79 26,939.3 27,380.6 27,004.5 98.6 8.35 14.2%
Outras Despesas c/ Pessoal 1,563.3 1,561.7 99.9 0.58 2,619.3 2,250.7 2,101.7 93.4 0.65 19.4%
Bens e Servios 9,086.5 9,081.1 99.9 3.37 10,399.7 10,779.1 10,126.2 93.9 3.13 -1.1%
Encargos da Dvida 1,391.9 1,370.7 98.5 0.51 1,763.0 2,672.9 2,672.9 100.0 0.83 68.5%
Juros Internos 854.1 832.8 97.5 0.31 1,047.0 1,860.4 1,860.4 100.0 0.58 98.2%
Juros Externos 537.8 537.8 100.0 0.20 716.0 812.5 812.5 100.0 0.25 22.4%
Transferencias Correntes 7,926.2 7,912.6 99.8 2.94 10,489.5 10,480.6 9,431.9 90.0 2.92 4.7%
Transfer. a Admin. Pblicas 1,375.7 1,374.8 99.9 0.51 1,639.5 1,731.7 1,701.0 98.2 0.53 4.5%
Autarquias 558.0 557.1 99.8 0.21 709.7 709.7 709.1 99.9 0.22 12.9%
Embaixadas 753.4 753.4 100.0 0.28 855.2 940.8 940.8 100.0 0.29 1.2%
Outras Transferncias 64.3 64.2 100.0 0.02 74.7 81.2 51.0 62.8 0.02 -29.5%
Transfer. a Admin. Privadas 335.1 334.9 99.9 0.12 371.5 365.6 324.9 88.9 0.10 -13.9%
Transferencias a Famlias 6,051.3 6,050.9 100.0 2.25 8,351.8 8,210.5 7,243.8 88.2 2.24 6.2%
Sendo penses: 4,961.7 4,961.7 100.0 1.84 6,239.0 6,299.4 5,646.5 89.6 1.75 1.0%
- civis 1,307.1 1,307.1 100.0 0.49 1,796.8 1,799.9 1,534.0 85.2 0.47 4.1%
- militares 3,654.6 3,654.6 100.0 1.36 4,442.1 4,499.5 4,112.4 91.4 1.27 -0.2%
Outras Transferncias 1,089.6 1,089.2 100.0 0.40 2,112.9 1,911.1 1,597.3 83.6 0.49 30.1%
Transferencias ao Exterior 164.1 152.0 92.6 0.06 126.6 172.9 162.2 93.8 0.05 -13.5%
Subsdios 437.5 437.5 100.0 0.16 1,849.8 5,259.1 5,259.1 100.0 1.63 966.6%
Sendo: Combustveis 4,691.5 4,691.5 100.0
Moageiras e Panificadoras 55.1 55.1 100.0
Outras Despesas Correntes 2,162.1 2,158.9 99.8 0.80 2,920.6 2,540.5 2,528.8 99.5 0.78 3.9%
Exerccios Findos 0.3 0.1 42.8 0.00 12.0 12.0 8.6 71.9 0.00 0%
Despesas de Capital 444.4 287.7 64.8 0.11 532.9 538.1 222.7 41.4 0.07 -31.3%
Total 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 57,526.2 61,913.6 59,356.3 95.9 18.36 19.9%
P/ Memria: PIB
a/- Em temos reais, com inflao a 12.7 % e variao cambial a 23.4%.
Quadro 5 - Despesas de Funcionamento, Segundo a Classificao Econmica
(Em Milhes de Meticais)
Ano 2010
269,346 323,226
Ano 2009
Oramento
As Despesas com o Pessoal atingiram o valor correspondente a cerca de 9,0%
do PIB e 98,2% da respectiva dotao oramental, tendo registado um
crescimento real de 14,6% em relao ao ano anterior, o que ficou a dever-se
tanto a Salrios e Remuneraes como a Outras Despesas com o Pessoal, que
cresceram em 14,2% e 19,4%, respectivamente, por influncia da introduo
do subsdio de localizao, no mbito da implementao da poltica salarial,
____________
CGE de 2010 33
bem como de novas admisses, promoes e progresses de funcionrios,
particularmente nos sectores da eduo e da sade.
As despesas com Bens e Servios registaram uma realizao correspondente a
cerca de 3,1% do PIB e a 93,9% da respectiva dotao oramental, tendo
registado uma diminuio de 1,1%, em termos reais, relativamente ao
exerccio econmico de 2009, o que ficou a dever-se implementao das
medidas de conteno que incidiram sobre viagens, ajudas de custo e
combustveis, no mbito de racionalizao da despesa pblica.
Os Encargos da Dvida tiveram uma realizao equivalente a cerca de 0,8%
do PIB e a 100,0% da dotao oramental, correspondendo a um crescimento
real de 68,5% em relao ao ano anterior, influenciado tanto pelos juros
internos como pelos juros externos, que registaram crescimentos reais de
98,2% e 22,4%, respectivamente.
O crescimento dos juros internos foi originado pela existncia de um saldo de
Bilhetes do Tesouro do ano anterior, no valor de 4.700,0 milhes de Meticais,
bem como pelo emprstimo interno no montante de 2.917,6 milhes de
meticais, contrado com vista a subsidiar os preos dos combustveis. Quanto
aos juros externos, o crescimento explica-se pelo aumento do capital externo
em dvida, conjugado com a variao das taxas de cmbio verificada no
exerccio.
As Transferncias Correntes tiveram uma realizao correspondente a cerca
de 2,9% do PIB e a 90,0% da dotao oramental, tendo registado um
crescimento real de 4,7% relativamente ao ano anterior. O nvel de realizao
____________
CGE de 2010 34
foi influenciado pela entrada tardia de processos de fixao de penses dos
combatentes da Luta de Libertao Nacional.
Os Subsdios atingiram um montante correspondente a cerca de 1,6% do PIB
e a 100,0% da dotao oramental, tendo registado um crescimento na ordem
de 966,6%, em termos reais, o que se explica pelos pagamentos de 4.691,5
milhes de Meticais s gasolineiras e 55,1 milhes de Meticais s moageiras e
panificadoras, com vista a fazer face ao diferencial dos preos de
combustveis e po, respectivamente.
As Outras Despesas Correntes tiveram uma realizao correspondente a cerca
de 0,8% do PIB e a 99,5% da dotao oramental, tendo registado um
crescimento de 3,9% em termos reais.
A repartio percentual da despesa de funcionamento apresentada no grfico seguinte:
Observa-se do grfico que as Despesas com o Pessoal constituem o maior
encargo, tendo absorvido o equivalente a 49,0% das despesas de
Despesas com o Pessoal49.0%
Bens e Servios17.1%
Encargos da Dvida4.5%
Transferncias Correntes
15.9%
Subsdios8.9%
Outras Despesas Correntes
4.3%Exerccios Findos e
Despesas de Capital0.4%
Estrutura da Despesa de Funcionamento
____________
CGE de 2010 35
funcionamento. Aos Bens e Servios coube a poro de 17,1%, s
Transferncias Correntes 15,9%, aos Subsdios 8,9%, aos Encargos da Dvida
4,5%, s Outras Despesas Correntes 4,3% e aos Exerccios Findos e Despesas
de Capital 0,4%, conforme se pode observar do Grfico seguinte:
3.2.1.1 Despesa de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos
Em termos de repartio por fonte de recursos, constata-se que as despesas de
funcionamento foram financiadas em 98,3% por receitas ordinrias, contra
95,8% oramentado, 1,0% por receitas consignadas, contra 2,1% oramentado
e 0,7% por receitas prprias, contra 2,1% oramentado, conforme mostra o
Quadro seguinte:
Taxa
Provin- Distri- Autr- Peso Peso Realiz.
cial tal quico (%) (%) (%)
31,149.0 21,689.7 4,782.4 709.1 58,330.2 98.3 59,318.8 95.8 98.3
590.1 21.1 3.1 0.0 614.3 1.0 1,308.1 2.1 47.0
307.2 69.3 35.4 0.0 411.9 0.7 1,286.7 2.1 32.0
Despesa Valor 32,046.3 21,780.1 4,820.9 709.1 59,356.4 100.0 61,913.6 100.0 95.9
Total Peso (%) 54.0 36.7 8.1 1.2 100.0
Valor 34,207.3 22,135.9 4,860.8 709.7 61,913.6
Peso (%) 55.3 35.8 7.9 1.1 100.0
Quadro 6 - Despesas de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos
(Em Milhes de Meticais)
Despesa Total Oramentombito
Central Valor Valor
Oramento
Receitas Consignadas
Receitas Prprias
Receitas Ordinrias
Fonte
Recursos
de
Em termos de repartio das despesas de funcionamento por mbitos,
constata-se que o mbito central absorveu o equivalente a 54,0% do total,
contra 55,3% oramentado, o mbito provincial 36,7%, contra 35,8%
____________
CGE de 2010 36
oramentado e os mbitos distrital e autrquico 8,1% e 1,2%, contra 7,9% e
1,1% oramentado, respectivamente.
No Quadro seguinte apresenta-se a distribuio territorial das despesas de
funcionamento, em comparao com a dotao oramental e a realizao no
exerccio econmico de 2009:
Classificao
Territorial Ora- Reali- Taxa % do Ora- Reali- Taxa % do
mento zao (%) PIB mento zao (%) PIB
mbito Central 22,898.9 22,708.0 99.2 8.43 34,207.3 32,046.3 93.7 9.91
mbito Provincial 17,783.3 17,779.3 100.0 6.60 22,135.9 21,780.1 98.4 6.74
Niassa 1,241.5 1,241.5 100.0 0.46 1,781.1 1,763.8 99.0 0.55
Cabo Delgado 2,454.1 2,453.9 100.0 0.91 2,467.9 2,437.5 98.8 0.75
Nampula 2,714.2 2,714.1 100.0 1.01 3,336.6 3,283.3 98.4 1.02
Zambzia 2,021.5 2,021.1 100.0 0.75 2,867.0 2,811.2 98.1 0.87
Tete 1,598.8 1,597.3 99.9 0.59 2,142.2 2,086.1 97.4 0.65
Manica 1,490.4 1,490.4 100.0 0.55 1,948.8 1,929.1 99.0 0.60
Sofala 2,010.0 2,009.4 100.0 0.75 2,680.5 2,620.2 97.7 0.81
Inhambane 1,232.0 1,232.0 100.0 0.46 1,184.0 1,163.1 98.2 0.36
Gaza 733.2 731.9 99.8 0.27 849.6 837.2 98.5 0.26
Maputo 852.3 852.3 100.0 0.32 1,149.9 1,126.6 98.0 0.35
Cidade de Maputo 1,435.4 1,435.4 100.0 0.53 1,728.2 1,722.1 99.7 0.53
mbito Distrital 2,754.6 2,748.5 99.8 1.02 4,860.8 4,820.9 99.2 1.49
Distritos de Niassa 75.9 75.9 100.0 0.03 98.8 96.2 97.4 0.03
Distritos de Cabo Delgado 216.1 216.1 100.0 0.08 685.8 679.7 99.1 0.21
Distritos de Nampula 575.6 575.2 99.9 0.21 897.0 886.2 98.8 0.27
Distritos de Zambzia 168.8 168.8 100.0 0.06 228.4 223.9 98.0 0.07
Distritos de Tete 109.1 103.5 94.8 0.04 131.1 127.1 97.0 0.04
Distritos de Manica 70.7 70.7 100.0 0.03 160.6 159.5 99.3 0.05
Distritos de Sofala 151.8 151.7 100.0 0.06 171.8 168.9 98.3 0.05
Distritos de Inhambane 157.6 157.6 100.0 0.06 687.2 685.8 99.8 0.21
Distritos de Gaza 597.7 597.7 100.0 0.22 940.2 938.9 99.9 0.29
Distritos de Maputo 631.3 631.3 100.0 0.23 860.0 854.5 99.4 0.26
mbito Autrquico 558.0 557.1 99.8 0.21 709.7 709.1 99.9 0.22
Total 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 61,913.6 59,356.4 95.9 18.36
269,346.0 323,226.0
Quadro 7 - Despesas de Funcionamento por mbitos (Em Milhes de Meticais)
Ano 2009 Ano 2010
Verifica-se do quadro anterior que as despesas de funcionamento passaram
de 16,3% do PIB em 2009 para 18,4% em 2010, tendo registado um aumento
____________
CGE de 2010 37
em 2,1 pontos percentuais, com os rgos e instituies de mbito central a
aumentarem em 1,5 pontos percentuais, os de mbito provincial em 0,14
pontos percentuais, os de mbito distrital em 0,47 pontos percentuais e as
autarquias em 0,01 pontos percentuais.
Em relao ao Oramento constata-se que os rgos e instituies de mbito
provincial, distrital e autrquico tiveram taxas de realizao superiores taxa
mdia global de 95,9%, tendo os de mbito central atingido a taxa de 93,7%,
inferior em 2,2 pontos em relao mdia.
____________
CGE de 2010 38
3.2.2 Despesas de Investimento
As despesas de investimento tiveram uma realizao de 43.680,6 milhes de
meticais, equivalente a 13,5% do PIB e a 77,7% da dotao oramental, tendo
registado um crescimento real de 4,5% em relao ao exerccio econmico
anterior, conforme se pode observar no quadro seguinte:
Varia-
Financiamento Ora- Reali- % de % do Reali- % de % do 2009/10
mento zao Realiz. PIB Inicial Actual zao Realiz. PIB a/
INTERNO 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 20,790.6 21,219.2 20,032.3 94.4 6.20 32.3%
EXTERNO 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.4 35,014.5 23,648.3 67.5 7.32 -12.5%
Donativos 25,391.3 15,924.3 62.7 5.91 23,486.7 23,516.1 15,810.0 67.2 4.89 -19.5%
Fundos Comuns 11,483.2 8,323.0 72.5 3.09 9,518.1 11,815.2 9,005.3 76.2 2.79 -12.3%
FC-PROAGRI 1,466.4 1,119.9 76.4 0.42 1,277.5 1,578.3 1,369.8 86.8 0.42 -0.9%
FC-ASAS 1,057.5 161.9 15.3 0.06 344.8 117.4 129.2 110.0 0.04 -35.4%
FC-FASE 4,099.4 3,297.4 80.4 1.22 3,277.0 4,427.2 3,380.0 76.3 1.05 -16.9%
FC-PROSADE 3,162.8 2,679.5 84.7 0.99 1,884.7 3,800.6 2,965.4 78.0 0.92 -10.3%
FC-SAUPROV 0.0 0.0 0.00 0.0 11.7 0.0 0.0 0.00
FC-HIVSIDA 524.1 261.9 50.0 0.10 431.8 383.6 157.7 41.1 0.05 -51.2%
FC-UTRAFE 229.1 203.8 89.0 0.08 284.7 118.9 99.8 84.0 0.03 -60.3%
FC-UTRESP 170.0 132.7 78.1 0.05 361.5 310.0 117.3 37.8 0.04 -28.4%
FC-Apoio ao Tribunal Admin. 198.5 198.5 100.0 0.07 157.3 145.3 145.1 99.9 0.04 -40.8%
FC-INE 260.4 192.6 74.0 0.07 207.8 265.8 199.2 75.0 0.06 -16.2%
FC-AAT 297.6 64.0 21.5 0.02 152.5 112.1 102.8 91.7 0.03 30.1%
FC-PPFD 17.5 10.8 61.8 0.00 0.0 58.1 26.0 44.8 0.01 95.4%
FC-PESCAS 0.0 0.0 0.00 282.5 346.0 205.7 59.5 0.06
FC-ESTRADAS 0.0 0.0 0.00 855.9 0.0 0.0 0.00
FC-PRONASA 0.0 0.0 0.00 0.0 140.3 107.2 76.4 0.03
Outros Fundos 13,908.1 7,601.3 54.7 2.82 13,968.6 11,700.9 6,804.7 58.2 2.11 -27.5%
Outros Fundos via CUT 2,273.1 435.3 19.1 0.16 785.9 1,221.7 516.6 42.3 0.16 -3.8%
Outros Fundos extra CUT 11,635.0 7,166.0 61.6 2.66 13,182.7 10,479.1 6,288.2 60.0 1.95 -28.9%
Crditos 8,614.7 5,980.4 69.4 2.22 11,527.7 11,498.4 7,838.3 68.2 2.43 6.2%
Acordos de Retrocesso 2,494.0 1,722.9 69.1 0.64 711.9 863.8 858.8 99.4 0.27 -59.6%
Outros Fundos via CUT 133.0 25.0 18.8 0.01 221.4 516.2 293.5 56.9 0.09 850.6%
Outros Fundos extra CUT 5,987.7 4,232.5 70.7 1.57 10,594.4 10,118.4 6,686.0 66.1 2.07 28.0%
Total 47,452.6 35,336.2 74.5 13.12 55,805.0 56,233.7 43,680.6 77.7 13.51 4.5%
P/ memria: PIB 269,346 323,226
a/- Em termos reais, com inflao mdia a 12,7% e variao cambial mdia a 23,4%.
Oramento
Quadro 8 - Despesa de Investimento, por Origem e Modalidade do Financiamento(Em Milhes de Meticais)
Ano 2009 Ano 2010
Do montante global da Despesa de Investimento, 20.032,3 milhes de meticais
foram financiados por recursos internos e 23.648,3 milhes de meticais por
recursos externos, representando 6,2% e 7,3% do PIB, respectivamente.
____________
CGE de 2010 39
A realizao da componente interna de investimento corresponde a 94,4% da
respectiva dotao oramental e a um crescimento real de 32,3% em relao
ao ano anterior, o que se explica pela implementao de novos projectos,
nomeadamente nas reas de estradas, abastecimento de gua e produo de
alimentos.
Do valor total da componente externa de investimento, correspondente a
67,5% da dotao oramental, 15.810,0 milhes de meticais foram financiados
por donativos e 7.838,3 milhes de meticais por crditos, representando
67.2,6% e 68,2% do oramentado, respectivamente.
Relativamente ao exerccio anterior, o nvel de realizao da componente
externa de investimento decresceu 12,5% em termos reais, o que se explica,
em parte, pela variao cambial mdia de 23,4%, dado que em termos
nominais registou um crescimento de 8,0%. Alm da variao cambial, outros
factores influenciaram a realizao desta componente, sendo de destacar os
seguintes:
Inscrio de projectos no Oramento do Estado sem garantia de
financiamento;
Atraso no lanamento de concursos e na aprovao de contratos;
Falta e/ou atraso no desembolso de fundos pelos parceiros de
cooperao internacional; e
Falta e/ou informao incompleta da utilizao dos fundos que no
transitam pela Conta nica do Tesouro.
____________
CGE de 2010 40
O grfico seguinte mostra a estrutura de financiamento do investimento,
constatando que os fundos internos contriburam com o equivalente a 45,9%
da despesa total, os donativos com 36,2% e os crditos externos com 18,0%.
Grfico 5
3.2.2.1 Despesa de Investimento por Fonte de Recursos e por mbitos
Em termos de repartio da despesa realizada, por fonte de recursos, em
comparao com o oramentado, verifica-se que o investimento foi
financiado em 38,5% por receitas ordinrias, contra 30,0% oramentado, 7,3%
por receitas consignadas, contra 6,0% oramentado, 0,1% por receitas
prprias, contra 1,7% oramentado, 34,6% por donativos externos em moeda,
contra 39,4% oramentado, 1,6% por donativos externos em espcie, contra
2,5% oramentado e em 17,9% por crditos externos, contra 20,4%
oramentado, conforme ilustra o Quadro seguinte:
Financiamento Interno45.9%
Donativos Externos36.2%
Crditos Externos18.0%
Estrutura do Financiamento da Despesa de Investimento
____________
CGE de 2010 41
Taxa
Provin- Distri- Autr- Peso Peso Realiz.
cial tal quico (%) (%) (%)
Internos 14,633.6 3,306.7 1,750.2 341.8 20,032.3 45.9 21,219.2 37.7 94.4
11,418.7 3,306.1 1,750.1 341.8 16,816.8 38.5 16,843.5 30.0 99.8
3,172.9 0.6 0.0 0.0 3,173.6 7.3 3,395.7 6.0 93.5
42.0 0.0 0.0 0.0 42.0 0.1 980.0 1.7 4.3
Externos 20,735.6 2,742.9 169.7 0.0 23,648.3 54.1 35,014.5 62.3 67.5
12,208.5 2,737.1 159.0 0.0 15,104.6 34.6 22,136.0 39.4 68.2
699.5 5.8 0.0 0.0 705.4 1.6 1,380.1 2.5 51.1
7,827.6 0.0 10.8 0.0 7,838.3 17.9 11,498.4 20.4 68.2
Despesa Valor 35,369.2 6,049.7 1,919.9 341.8 43,680.7 100.0 56,233.7 100.0 77.7
Total Peso (%) 81.0 13.8 4.4 0.8 100.0
Valor 46,239.8 7,578.9 2,069.0 345.9 56,233.7
Peso (%) 82.2 13.5 3.7 0.6 100.0
Valor
Oramento
Receitas Consignadas
Receitas Prprias
Donativos Ext. em Moeda
Donativos Ext. em Espcie
Crditos Ext. em Moeda
Receitas Ordinrias
Fonte
Recursos
Despesa Total Oramento
Quadro 9 - Despesa Investimento por Fonte de Recursos e por mbitos
(Em Milhes de Meticais)
de
mbito
Central Valor
Em termos de repartio das despesas de investimento por mbitos, verifica-
se que o mbito central absorveu 81,0% da despesa total, contra 82,2%
oramentado, o mbito provincial 13,8%, contra 13,5% oramentado, o
mbito distrital 4,4%, contra 3,7% oramentado e o mbito autrquico 0,8%,
contra 0,6% oramentado.
Apresenta-se no Quadro seguinte a distribuio territorial da componente
interna de investimento, em comparao com a dotao oramental e a
realizao em 2009:
____________
CGE de 2010 42
Classifi-
cao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do
Territorial mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB
mbito Central 8,674.5 8,674.3 100.0 3.22 16,025.5 15,796.6 14,633.6 92.6 4.53
mbito Provincial 2,743.2 2,739.0 99.8 1.02 2,604.1 3,317.5 3,306.7 99.7 1.02
Niassa 220.3 220.3 100.0 0.08 112.8 106.1 106.1 100.0 0.03
Cabo Delgado 184.1 184.1 100.0 0.07 191.8 183.6 183.6 100.0 0.06
Nampula 411.0 411.0 100.0 0.15 491.4 775.1 775.1 100.0 0.24
Zambzia 317.6 317.5 100.0 0.12 448.1 398.6 396.7 99.5 0.12
Tete 288.3 284.2 98.6 0.11 232.1 236.7 236.7 100.0 0.07
Manica 143.3 143.3 100.0 0.05 155.3 191.3 191.3 100.0 0.06
Sofala 378.4 378.4 100.0 0.14 414.8 449.4 442.7 98.5 0.14
Inhambane 194.2 194.2 100.0 0.07 130.1 213.1 213.1 100.0 0.07
Gaza 141.1 141.1 100.0 0.05 152.2 186.2 185.2 99.5 0.06
Maputo 250.3 250.3 100.0 0.09 140.7 318.0 316.8 99.6 0.10
Cidade de Maputo 214.5 214.5 100.0 0.08 134.8 259.5 259.5 100.0 0.08
mbito Distrital 1,749.9 1,743.1 99.6 0.65 1,806.2 1,759.2 1,750.2 99.5 0.54
Distritos de Niassa 145.9 145.9 100.0 0.05 180.2 175.0 175.0 100.0 0.05
Distritos de C.aboDelgado 152.2 152.2 100.0 0.06 200.2 187.2 187.2 100.0 0.06
Distritos de Nampula 289.3 289.3 100.0 0.11 279.1 286.4 286.4 100.0 0.09
Distritos da Zambzia 354.1 354.0 100.0 0.13 238.6 221.8 212.7 95.9 0.07
Distritos de Tete 127.7 121.0 94.8 0.04 166.9 158.1 158.1 100.0 0.05
Distritos de Manica 139.4 139.4 100.0 0.05 171.9 149.9 149.9 100.0 0.05
Distritos de Sofala 123.5 123.5 100.0 0.05 148.5 134.1 134.1 100.0 0.04
Distritos de Inhambane 130.3 130.3 100.0 0.05 181.5 217.6 217.6 100.0 0.07
Distritos de Gaza 199.9 199.9 100.0 0.07 149.1 134.1 134.1 100.0 0.04
Distritos de Maputo 87.6 87.6 100.0 0.03 90.1 95.0 95.0 100.0 0.03
mbito Autrquico 279.0 275.0 98.6 0.10 354.8 345.9 341.8 98.8 0.11
Despesa Total 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 20,790.6 21,219.2 20,032.3 94.4 6.20
P/ memria: PIB 269,346 323,226
Oramento
Quadro 10 - Componente Interna de Investimento
(Em Milhes de Meticais)
Ano 2009 Realizao 2010
Observa-se do quadro anterior que as despesas da componente interna de
investimento passaram de 5,0% do PIB em 2009 para 6,2% em 2010, o que
representa um crescimento em 1,2 pontos percentuais, com os rgos e
instituies de mbito central a aumentarem em 1,3 pontos percentuais, os de
mbito provincial e as autarquias a manterem os nveis de realizao do ano
anterior, e os de mbito distrital a registarem uma ligeira diminuio em 0,1
ponto percentual.
____________
CGE de 2010 43
No que se refere componente externa de investimento, apresenta-se no
Quadro seguinte a respectiva distribuio territorial, em comparao com a
dotao oramental e a realizao em 2009:
Classifi-
cao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do
Territorial mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB
mbito Central 29,588.4 19,044.1 68.1 7.07 32,789.5 30,443.2 20,735.6 68.1 6.42
mbito Provincial 4,227.3 2,719.8 64.4 1.01 1,931.2 4,261.4 2,742.9 64.4 0.85
Niassa 427.9 214.6 50.2 0.08 439.8 524.8 194.6 37.1 0.06
Cabo Delgado 506.0 234.4 46.3 0.09 147.7 371.7 217.3 58.5 0.07
Nampula 496.3 423.0 85.2 0.16 252.7 538.4 437.2 81.2 0.14
Zambzia 400.0 349.1 87.3 0.13 139.7 376.4 273.4 72.6 0.08
Tete 474.2 235.3 49.6 0.09 177.1 340.9 186.7 54.8 0.06
Manica 214.1 181.3 84.7 0.07 105.4 302.9 194.6 64.3 0.06
Sofala 376.6 270.4 71.8 0.10 184.6 601.2 325.8 54.2 0.10
Inhambane 420.8 315.4 75.0 0.12 218.1 527.7 372.9 70.7 0.12
Gaza 485.1 223.6 46.1 0.08 90.5 298.7 267.8 89.7 0.08
Maputo 254.2 170.7 67.1 0.06 99.9 220.3 147.0 66.7 0.05
Cidade de Maputo 172.2 102.2 59.4 0.04 75.7 158.7 125.6 79.2 0.04
mbito Distrital 190.3 140.8 74.0 0.05 293.7 309.8 169.7 54.8 0.05
Distritos de Niassa 14.1 14.1 0.0 0.01 15.1 16.3 16.3 99.5 0.01
Distritos de Cabo Delgado 17.0 12.5 0.0 0.00 20.8 21.3 19.5 91.8 0.01
Distritos de Nampula 20.8 20.7 99.5 0.01 21.2 22.7 22.3 98.3 0.01
Distritos da Zambzia 39.4 27.8 70.7 0.01 81.4 84.9 34.9 41.1 0.01
Distritos de Tete 21.8 12.7 58.4 0.00 56.1 57.1 19.2 33.5 0.01
Distritos de Manica 8.2 8.2 0.0 0.00 8.9 9.7 9.6 99.1 0.00
Distritos de Sofala 33.4 14.0 41.9 0.01 51.7 52.7 14.8 28.1 0.00
Distritos de Inhambane 17.4 14.1 0.0 0.01 21.0 22.1 12.2 55.4 0.00
Distritos de Gaza 13.6 12.0 0.0 0.00 12.2 15.2 14.1 93.0 0.00
Distritos de Maputo 4.7 4.7 0.0 0.00 5.2 7.9 6.8 86.5 0.00
Despesa Total 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.5 35,014.5 23,648.3 67.5 7.32
P/ memria: PIB 269,346 323,226
Oramento
Quadro 11 - Componente Externa de Investimento
(Em Milhes de Meticais)
Ano 2009 Ano 2010
As despesas da componente externa de investimento passaram de 8,1% do PIB
em 2009 para 7,3% em 2010, o que representa um decrscimo em 0,8 pontos
percentuais, sendo de destacar os rgos e instituies de mbito distrital que
mantiveram os nveis de realizao do exerccio anterior, em termos do PIB.
____________
CGE de 2010 44
3.2.3 Despesa Total por mbitos
A despesa total distribuiu-se pelos diferentes mbitos oramentais, conforme
ilustra o Quadro 7:
Classifi-
cao Ora- Reali- Ora- Reali- % de
Territorial mento zao mento zao Valor % Peso Valor % Peso Real.
mbito Central 34,207.3 32,046.3 46,239.8 35,369.2 80,447.1 68.1 67,415.5 65.4 83.8
mbito Provincial 22,135.9 21,780.1 7,578.9 6,049.7 29,714.8 25.2 27,829.8 27.0 93.7
Niassa 1,781.1 1,763.8 630.9 300.7 2,412.0 2.0 2,064.5 2.0 85.6
Cabo Delgado 2,467.9 2,437.5 555.2 400.9 3,023.1 2.6 2,838.4 2.8 93.9
Nampula 3,336.6 3,283.3 1,313.4 1,212.2 4,650.0 3.9 4,495.5 4.4 96.7
Zambzia 2,867.0 2,811.2 775.0 670.1 3,642.0 3.1 3,481.3 3.4 95.6
Tete 2,142.2 2,086.1 577.6 423.4 2,719.8 2.3 2,509.5 2.4 92.3
Manica 1,948.8 1,929.1 494.2 385.9 2,443.0 2.1 2,315.0 2.2 94.8
Sofala 2,680.5 2,620.2 1,050.6 768.5 3,731.1 3.2 3,388.6 3.3 90.8
Inhambane 1,184.0 1,163.1 740.7 586.0 1,924.7 1.6 1,749.1 1.7 90.9
Gaza 849.6 837.2 484.9 453.0 1,334.5 1.1 1,290.2 1.3 96.7
Maputo 1,149.9 1,126.6 538.2 463.7 1,688.2 1.4 1,590.4 1.5 94.2
Cidade de Maputo 1,728.2 1,722.1 418.2 385.2 2,146.4 1.8 2,107.3 2.0 98.2
mbito Distrital 4,860.8 4,820.9 2,069.0 1,919.9 6,929.8 5.9 6,740.8 6.5 97.3
Distritos de Niassa 98.8 96.2 191.4 191.3 290.1 0.2 287.5 0.3 99.1
Distritos de Cabo Delgado 685.8 679.7 208.5 206.7 894.2 0.8 886.5 0.9 99.1
Distritos de Nampula 897.0 886.2 309.1 308.7 1,206.1 1.0 1,194.9 1.2 99.1
Distritos da Zambzia 228.4 223.9 306.6 247.6 535.0 0.5 471.5 0.5 88.1
Distritos de Tete 131.1 127.1 215.2 177.2 346.2 0.3 304.4 0.3 87.9
Distritos de Manica 160.6 159.5 159.6 159.5 320.1 0.3 319.0 0.3 99.6
Distritos de Sofala 171.8 168.9 186.8 148.9 358.7 0.3 317.8 0.3 88.6
Distritos de Inhambane 687.2 685.8 239.7 229.9 926.9 0.8 915.7 0.9 98.8
Distritos de Gaza 940.2 938.9 149.3 148.2 1,089.5 0.9 1,087.1 1.1 99.8
Distritos de Maputo 860.0 854.5 102.9 101.8 962.9 0.8 956.4 0.9 99.3
mbito Autrquico 709.7 709.1 345.9 341.8 1,055.6 0.9 1,051.0 1.0 99.6
Total 61,913.6 59,356.4 56,233.7 43,680.7 118,147.3 100.0 103,037.0 100.0 87.2
Oramento Realizao
Quadro 12 -Despesa Total por mbitos
(Em Milhes de Meticais)
Funcionamento Investimento Total
Verifica-se que a despesa total foi realizada em 87,2%, em relao ao valor
oramentado, sendo em 83,8% no mbito central, 93,7% no mbito provincial,
97,3% no mbito distrital e 99,6% no mbito autrquico.
____________
CGE de 2010 45
Em termos de repartio percentual, os rgos e instituies de mbito
central absorveram o equivalente a 65,4% da despesa total, contra 68,1%
oramentado, o mbito provincial 27,0% contra 25,2%, o mbito distrital 6,5%,
contra 5,9% e o mbito autrquico 1,0%, contra 0,9%.
3.2.4 Despesa Total Segundo a Classificao Funcional
A despesa total, segundo a classificao funcional, apresentada no Mapa I -
1-2 e resumida no Quadro seguinte:
Ora- Reali- Ora- Reali- % de
mento zao mento zao Valor % Peso Valor % Peso Real.
Servios Pblicos Gerais 18,875.4 18,699.6 10,962.6 9,775.4 29,838.0 25.3 28,475.0 27.6 95.4
Defesa 2,573.0 2,564.8 238.0 236.7 2,811.0 2.4 2,801.4 2.7 99.7
Segurana e Ordem Pblica 6,090.5 6,076.9 696.4 696.4 6,786.9 5.7 6,773.3 6.6 99.8
Assuntos Econmicos 6,934.6 5,994.5 20,227.4 16,189.1 27,162.0 23.0 22,183.6 21.5 81.7
Proteco Ambiental 195.3 195.2 337.0 182.8 532.3 0.5 377.9 0.4 71.0
Habitao e Desenv. Colectivo 436.1 413.3 7,685.4 5,646.2 8,121.5 6.9 6,059.4 5.9 74.6
Sade 4,452.1 4,411.8 5,735.7 3,683.9 10,187.8 8.6 8,095.7 7.9 79.5
Recreao, Cultura e Religio 825.6 749.1 1,267.8 595.6 2,093.4 1.8 1,344.7 1.3 64.2
Educao 14,952.0 14,556.1 7,774.0 5,971.9 22,726.0 19.2 20,528.0 19.9 90.3
Segurana e Aco Social 6,579.1 5,695.2 1,309.3 702.7 7,888.3 6.7 6,398.0 6.2 81.1Total 61,913.6 59,356.3 56,233.7 43,680.7 118,147.3 100.0 103,037.0 100.0 87.2
Oramento Realizao
Quadro 13 - Despesa Total Segundo a Classificao Funcional
(Em Milhes de Meticais)
Funcionamento Investimento Total
Funo
A realizao segundo a classificao funcional mostra que das dez principais
funes em que est repartida a despesa, quatro atingiram taxas superiores
mdia global de 87,2%, situando-se entre 90,3% a 99,8% das respectivas
dotaes oramentais, as restantes ficaram abaixo da mdia, com taxas que
variam de 64,2% a 81,7%.
____________
CGE de 2010 46
Em termos de repartio percentual da despesa, constata-se que os Servios
Pblicos Gerais, os Assuntos Econmicos e a Educao so os que mais
recursos absorveram, tendo-lhes cabido o equivalente a 27,6%, 21,5% e 19,9%
da despesa total, respectivamente.
____________
CGE de 2010 47
3.2.5 Despesa dos Sectores Prioritrios que integram o PARPA
As despesas dos sectores e instituies prioritrios do PARPA atingiram o
valor de 57.341 milhes de meticais, correspondente a 85,9% da dotao
oramental e a um crescimento real de 3,6% em relao ao ano anterior,
conforme se pode verificar no quadro seguinte:
Varia-
Taxa Taxa o
Peso Peso Real. Peso Peso Real. 2009/10
(%) (%) (%) (%) (%) (%) a/
Educao 18,228 20.2 16,673 21.4 91.5 22,177 20.0 19,871 20.8 89.6 3.4%
Ensino Geral 15,549 17.3 14,194 18.3 91.3 18,040 16.3 16,390 17.1 90.9 0.0%
Ensino Superior 2,680 3.0 2,479 3.2 92.5 4,137 3.7 3,481 3.6 84.2 23.2%
Sade 11,512 12.8 8,052 10.4 69.9 9,894 8.9 7,965 8.3 80.5 -15.6%
Sistema de Sade 10,935 12.1 7,737 9.9 70.7 9,429 8.5 7,708 8.1 81.7 -14.9%
HIV/SIDA 577 0.6 315 0.4 54.6 465 0.4 257 0.3 55.2 -32.3%
Infraestruturas 13,791 15.3 10,134 13.0 73.5 18,026 16.3 15,364 16.1 85.2 28.0%
Energia/Recursos Minerais 1,159 1.3 1,139 1.5 98.3 1,388 1.3 1,045 1.1 75.3 -20.3%
Estradas 6,725 7.5 5,450 7.0 81.0 10,228 9.2 9,207 9.6 90.0 43.8%
guas 5,343 5.9 3,066 3.9 57.4 5,530 5.0 4,527 4.7 81.9 21.2%
Obras Pblicas 564 0.6 479 0.6 85.0 879 0.8 584 0.6 66.4 7.2%
Millenium Challenge Account 350 0.4 348 0.4 0.4 1,250 1.1 838 0.9 67.0 96.2%
Agricultura e Desenv. Rural 4,852 5.4 3,648 4.7 75.2 4,662 4.2 3,719 3.9 79.8 -12.9%
Boa Governao 7,989 8.9 7,644 9.8 95.7 9,310 8.4 8,421 8.8 90.4 -3.0%
Segurana/Ordem Pblica 2,827 3.1 2,823 3.6 99.9 4,205 3.8 3,755 3.9 89.3 18.0%
Administrao Pblica 2,083 2.3 1,748 2.2 83.9 2,476 2.2 2,102 2.2 84.9 3.9%
Sistema Judicial 3,079 3.4 3,074 4.0 99.8 2,629 2.4 2,563 2.7 97.5 -26.2%
Outros Sectores Prioritrios 1,204 1.3 1,083 1.4 89.9 1,415 1.3 1,165 1.2 82.3 -6.9%
Aco Social 917 1.0 836 1.1 91.2 1,109 1.0 871 0.9 78.5 -10.6%
Trabalho e Emprego 287 0.3 247 0.3 85.9 305 0.3 294 0.3 96.4 5.8%
Despesa Total Sect. Prioritrios 57,927 64.3 47,581 61.2 82.1 66,734 60.2 57,341 59.9 85.9 3.6%
Restantes Sectores 32,129 35.7 30,177 38.8 93.9 44,049 39.8 38,332 40.1 87.0 28.1%
Desp. Total s/ Encar. e Combust. 90,055 100.0 77,758 100.0 86.3 110,783 100.0 95,673 100.0 86.4 13.1%
Encargos da Dvida 1,392 1,371 98.5 2,673 2,673 100.0 69.0%
Subsdios aos Combustveis 4,692 4,692 100.0
Despesa Total 91,447 79,129 86.5 118,147 103,037 87.2 14.1%
a/- Em termos reais, com inflao mdia de 12.7% e variao cambial de 23.4%.
Oramento Realizao
Valor Valor
Quadro 14 - Despesa dos Sectores Prioritrios
(Em Milhes de Meticais)
Sectores/Instituies
Prioritrios
Oramento
Ano 2009 Ano 2010
Realizao
ValorValor
As despesas dos sectores prioritrios so representam 59,9% da despesa total
excluindo os Encargos da Dvida e os subsdios aos combustveis, tendo os
____________
CGE de 2010 48
sectores da Educao e da Sade absorvido em conjunto o valor de 27.836
milhes de meticais, equivalente a 48,5% da despesa total dos sectores
prioritrios do PARPA.
A real
Recommended