601
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE CONTA GERAL DO ESTADO ANO 2010 VOLUME I Maputo, Maio de 2011

CONTA GERAL DO ESTADO ANO 2010 - mined.gov.mz S6/PO-S6-CGE-Volume_I.pdfIII PARTE DESENVOLVIMENTO DAS ... ambiental, o uso sustentável de recursos e o incremento na arrecadação

Embed Size (px)

Citation preview

  • REPBLICA DE MOAMBIQUE

    CONTA GERAL DO ESTADO

    ANO 2010

    VOLUME I

    Maputo, Maio de 2011

  • i

    CONTA GERAL DO ESTADO DO ANO 2010

    NDICE

    I PARTE

    RELATRIO DO GOVERNO SOBRE OS RESULTADOS DA

    EXECUO ORAMENTAL

    1 INTRODUO ...................... 1

    2. OBJECTIVOS DA POLTICA ECONMICA E SOCIAL .......................... 6

    2.1 Poltica Oramental ...................................................................... 8

    2.2 Poltica Fiscal .............................................................................................. 13

    2.3 Poltica Monetria e Cambial .......................................................................... 15

    2.4 Balana de Pagamentos .................................................................................. 19

    3. EXECUO DO ORAMENTO DO ESTADO EM 2009 ................. 22

    3.1 Receitas Cobradas ............ 26

    3.2 Despesas Realizadas .................................................................................... 31

    3.2.1 Despesa de Funcionamento ............................................... 31

    3.2.1.1 Despesa de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos ...... 35

    3.2.2 Despesa de Investimento .................................................. 38

    3.2.2.1 Despesa de Investimento por Fonte de Recursos e por mbitos ...................... 40

    3.2.3 Despesa Total por mbitos ........................................................................................... 44

    3.2.4 Despesa Total Segundo a Classificao Funcional ............................................... 45

    3.2.5 Despesa dos Sectores Prioritrios que integram o PARPA .......................................... 47

    3.2.6 Operaes Financeiras .............................................................................. 49

    3.2.6.1 Operaes Financeiras Activas .......................................................................... 49

    3.2.6.2 Operaes Financeiras Passivas ................................................................................. 51

    3.3 Financiamento do Oramento do Estado ......52

    3.4 Dvida Pblica .................................................................. 53

    3.5 Responsabilidades Diversas ............................................................................................. 54

  • ii

    LISTA DOS QUADROS DO RELATRIO

    Quadro 1 Indicadores Oramentais ......................................................... 11

    Quadro 2- Equilbrio Oramental .................................... 22

    Quadro 3 Resumo da Receita Prevista e Cobrada.................................................. 26

    Quadro 4 Despesas do estado . 31

    Quadro 5 Despesa de Funcionamento Segundo a Classificao Econmica .................... 32

    Quadro 6 Despesa de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos .................... 35

    Quadro 7 Despesa de Funcionamento por mbitos ... 36

    Quadro 8 Despesa de Investimento por Origem e Modalidade de Financiamento ............. 38

    Quadro 9 Despesa de Investimento por e Fonte de Recursos e por mbitos ..................... 41

    Quadro 10 Componente Interna da Despesa de Investimento ............................ 42

    Quadro 11 Componente Externa da Despesa de Investimento ........................................... 43

    Quadro 12 Despesa Total por mbitos ........................................................................... 44

    Quadro 13 Despesa Total Segundo a Classificao Funcional ........................................ 45

    Quadro 14Despesa dos Sectores Prioritrios do PARPA ................................................ 47

    Quadro15 Operaes Financeiras ........................... 49

    Quadro 16 Financiamento Global do Oramento do Estado .............................................. 52

    Quadro 17 Dvida Pblica .. 53

    II PARTE

    MAPAS DA CONTA GERAL DO ESTADO

    Mapa I Mapa Global de Receitas, Despesas e Financiamento do Estado

    Mapa I-1 Resultados Globais da Execuo Oramental

    Mapa I-1-1 Resumo da Despesa Total dos Sectores/Instituies Prioritrios

    Mapa I-1-2 Resumo da Despesas Total Segundo a Classificao Funcional

    Mapa I-2 Movimento dos Activos Financeiros do Estado

    Mapa I-3 Movimento da Dvida Pblica

    Mapa I-4 Movimento das Operaes de Tesouraria

    Mapa I-5 Mapa dos Saldos das Recebedorias

  • iii

    Mapa I-6 Mapa do Movimento de Conhecimentos de Cobrana

    Mapa I-7 Mapa do Movimento de Valores Selados nas Recebedorias

    MAPAS DE RECEITA DO ESTADO E DO FINANCIAMENTO DO DFICE

    Mapa II Receitas do Estado, Prevista e Cobrada, Segundo a Classificao Econmica

    mbitos Central, Provincial e Distrital

    Mapa II-1 Receitas do Estado, Prevista e Cobrada, Segundo as Classificaes Econmica e

    Territorial Receita da Administrao Central

    Mapa II-2 Receitas do Estado, Prevista e Cobrada, Segundo as Classificaes Econmica e

    Territorial Receita da Administrao Provincial

    Mapa II-3 Receitas Consignadas da Administrao Central, Segundo a Classificao

    Orgnica, em Comparao com a Previso

    Mapa II-4 Receitas Prprias da Administrao Central, Segundo a Classificao Orgnica,

    em Comparao com a Previso

    Mapa II-5 Financiamento do Dfice, Segundo a Classificao Econmica e Territorial, em

    Comparao com a Previso

    Mapa II-6 Donativos e Emprstimos Externos por Fontes e Modalidades

    MAPAS RESUMO DA DESPESA DE FUNCIONAMENTO

    Mapas III a III-6-3-10- Resumos da Despesa de Funcionamento, segundo os diversos

    mbitos e classificadores oramentais, em comparao com as dotaes

    MAPAS RESUMO DA DESPESA DE INVESTIMENTO

    Mapas IV a IV-8- Resumos da Despesa de Investimento, segundo os diversos mbitos e

    classificadores oramentais, em comparao com as dotaes

    MAPA RESUMO DAS OPERAES FINANCEIRAS

    Mapa V Resumo das Operaes Financeiras, segundo as classificaes econmica e de

    fonte de recursos, em comparao com as dotaes

  • iv

    III PARTE

    DESENVOLVIMENTO DAS DESPESAS DO ESTADO E OPERAES FINANCEIRAS

    Mapas de Desenvolvimento da Despesa de Funcionamento

    Mapas VI a IX-11-90111 Desenvolvimentos da Despesa de Funcionamento, segundo os

    diversos mbitos e classificadores oramentais, em comparao com as dotaes

    Mapas de Desenvolvimento da Despesa de Investimento

    Mapa X a XII-10-012210070 Desenvolvimentos da Despesa de Investimento, segundo os

    diversos mbitos e classificadores oramentais, em comparao com as dotaes oramentais

    Mapas de Despesa de Investimento, por Projectos

    Mapa XIII a XV-10-012210070 Desenvolvimento da Despesa de Investimento, por

    mbitos, classificao orgnica e projectos, em comparao com as dotaes

    IV PARTE

    ANEXOS INFORMATIVOS

    VOLUME III

    1. Resumo das Receitas, Despesas e Saldos das Instituies Autnomas

    2. Resumo das Receitas, Despesas e Saldos dos Municpios

    3. Resumo das Receitas, Despesas e Saldos das Empresas Pblicas

    4. Relao das Empresas Beneficirias de Subsdios

    5. Movimento dos Crditos do Estado

    5-a Movimento de Conhecimentos de Cobrana por Classificao Econmica

  • v

    5-b Relao de Responsabilidades Diversas

    6. Movimento da Dvida Externa por Credores

    6-a Alteraes Oramentais

    VOLUME IV

    7. Inventrio do Patrimnio do Estado

    7.1 Relatrio Analtico sobre o Inventrio do Patrimnio do Estado

    7.2 Resumo dos Valores do Mapa Consolidado Orgnico

    7.3 Mapa Consolidado do Inventrio do Patrimnio do Estado

    7.4 Mapa Consolidado Orgnico do Patrimnio do Estado

    7.5 Mapa Consolidado do Inventrio Orgnico do Patrimnio do Estado

    7.6 Mapa Consolidado do Inventrio Territorial do Patrimnio do Estado

    7.7 Mapa Consolidado do Inventrio Territorial do Patrimnio do Estado

    7.8 Mapa Consolidado dos Bens Patrimoniais Inventariveis das Empresas Pblicas

    7.9 Mapa do Inventrio do Patrimnio Autrquico

    7.10 Mapa do Inventrio do Patrimnio Autrquico

  • I PARTE

    RELATRIO DO GOVERNO SOBRE OS

    RESULTADOS DA EXECUO ORAMENTAL

  • ____________

    CGE de 2010

    CONTA GERAL DO ESTADO DE 2010

    I PARTE

    RELATRIO DO GOVERNO SOBRE OS RESULTADOS DA

    EXECUO ORAMENTAL

    1. INTRODUO

    Em cumprimento do disposto no artigo 50 da Lei n. 9/2002, de 12 de

    Fevereiro, o Governo elaborou a Conta Geral do Estado, referente ao exerccio

    econmico de 2010.

    A presente Conta apresenta o resultado da execuo do Oramento do Estado

    de 2010, aprovado pela Lei n. 2/2010, de 27 de Abril.

    O Oramento do Estado para 2010 foi elaborado e executado em ambiente do

    e-SISTAFE, com base nos procedimentos da Lei n. 9/2002, de 12 de

    Fevereiro, e do Regulamento do SISTAFE, aprovado pelo Decreto n.

    23/2004, de 20 de Agosto.

    No mbito do prosseguimento da implementao de reformas na

    administrao financeira do Estado, particularmente no que concerne

  • ____________

    CGE de 2010 2

    elaborao e execuo do Oramento do Estado, h a destacar, no exerccio

    econmico de 2010, o seguinte:

    A consolidao do Plano Econmico e Social na planificao e

    oramentao por programas;

    A contnua descentralizao da elaborao do Oramento do Estado

    para os nveis provincial e distrital;

    A aprovao da Lei n. 7/2010, de 2 de Junho, relativa Taxa de

    Sobrevalorizao da Madeira, tendo em vista incentivar a proteco

    ambiental, o uso sustentvel de recursos e o incremento na arrecadao

    de receitas;

    A aprovao do Regulamento do Pagamento em Prestaes de Dvidas

    Tributrias, decorrentes de impostos sobre o rendimento de pessoas

    singulares e colectivas, atravs do Decreto n. 45/2010 de 2 de

    Novembro;

    A aprovao do Regulamento de Compensao de Dvidas Tributrias,

    atravs do Decreto n. 46/2010, de 2 de Novembro;

    A Expanso da descentralizao da execuo oramental, tendo sido

    abrangidos 21 distritos e 31 instituies autnomas, elevando-se para 73

    e 100, respectivamente, os distritos e instituies autnomas a operarem

    no e-SISTAFE;

  • ____________

    CGE de 2010 3

    A implementao do mdulo de pagamento de salrios (e-Folha), a

    partir do ms de Outubro, tendo sido abrangidos 22 rgos e

    instituies do Estado;

    O prosseguimento da implementao dos projectos de gerao de

    rendimento, comida e emprego ao nvel dos distritos;

    A reviso do Regulamento de Contratao de Empreitadas de Obras

    Pblicas, Aquisio de Bens e Prestao de Servios ao Estado, atravs

    do Decreto n. 15/2010, de 24 de Maio;

    A superviso de 92 Unidades Gestoras e Executoras das Aquisies,

    visando aferir o grau de cumprimento dos procedimentos de

    contratao pblica pelos rgos e instituies do Estado;

    A realizao de 206 auditorias aos rgos e instituies do Estado,

    incluindo autarquias, com vista a assegurar o cumprimento das normas

    sobre a execuo do Oramento do Estado; e

    O prosseguimento da implementao de medidas para a mitigao dos

    efeitos da crise financeira e econmica internacional.

  • ____________

    CGE de 2010 4

    Na execuo do Oramento do Estado de 2010 e na elaborao da respectiva

    Conta foram observadas as recomendaes da Assembleia da Repblica,

    constantes da Resoluo n. 22/2010, de 30 de Julho, que aprova a Conta

    Geral do Estado de 2008, sendo de destacar:

    O incio de um trabalho visando a reviso dos classificadores

    econmicos da receita e da despesa;

    O estabelecimento, a partir do exerccio econmico de 2010, de

    mecanismos que permitem que os rgos e instituies do Estado que

    possuam receitas consignadas e/ou prprias, possam,

    excepcionalmente, solicitar o alargamento da sua meta da receita e

    despesa, quando haja excesso de arrecadao, visando incentivar a

    cobrana;

    A aprovao da Lei n. 26/2009, de 29 de Setembro e do Decreto n.

    15/2010, de 24 de Maio, que revogam a Lei n. 13/97, de 10 de Julho e o

    Decreto n. 54/2005, de 13 de Dezembro, respectivamente, visando

    imprimir maior dinamismo nas contrataes pblicas;

    O incio de um trabalho visando flexibilizar a transferncia de saldos

    das diversas contas bancrias para a Conta nica do Tesouro;

    A canalizao, a partir do ano 2009, da receita proveniente de

    privatizaes e de alienao de imveis do Estado, para a Direco da

    rea Fiscal para receitao;

  • ____________

    CGE de 2010 5

    A utilizao obrigatria da via directa na execuo do Oramento do

    Estado, para os rgos e instituies do Estado que operam no e-

    SISTAFE;

    A realizao de auditorias aos rgos Centrais, Provinciais e

    Municipais, pela Inspeco-Geral de Finanas, das quais resultaram

    recomendaes sobre procedimentos disciplinares e criminais, em

    relao aos factos que revelam violao de normas de execuo

    oramental;

    A criao de um banco de dados na Inspeco-Geral de Finanas, com

    vista a permitir o acompanhamento das recomendaes constantes dos

    relatrios de auditorias;

    A elaborao de um cadastro das empresas participadas pelo Estado, o

    qual actualizado em funo de novas aquisies ou

    saneamentos/sadas por alienao;

    A realizao de aces de superviso e capacitao dos funcionrios e

    agentes do Estado, abrangendo as autarquias locais e empresas

    pblicas, tendo em vista a melhoria da gesto do patrimnio do Estado,

    incluindo o preenchimento permanente de fichas de inventrio; e

    A realizao de um trabalho junto s Conservatrias e ao Ministrio das

    Obras Pblica e Habitao, visando o registo de veculos e imveis do

    Estado, incluindo os existentes no exterior.

  • ____________

    CGE de 2010 6

    2. OBJECTIVOS DA POLTICA ECONMICA E SOCIAL

    O Plano Econmico e Social para 2009 definiu como principais objectivos os

    seguintes:

    i. Alcanar um crescimento econmico de cerca de 6,2%;

    ii. Conter a taxa de inflao mdia anual em cerca de 9,5%;

    iii. Estabilizar a Taxa de cmbio;

    iv. Atingir um nvel de USD 2,142 milhes de dlares, em exportaes

    de bens;

    v. Atingir um nvel de Reservas Internacionais Lquidas que financiem

    cerca de 5 meses de importaes de bens e servios no factoriais;

    vi. Prosseguir com a criao de condies que tornem atractivo o

    investimento em Moambique, salvaguardando, no entanto, uma

    correcta gesto do meio ambiente;

    vii. Melhorar em quantidade e qualidade os servios pblicos de

    educao, sade, gua e saneamento, estradas e energia; e

    viii. Consolidar a descentralizao do Oramento do Estado para os

    distritos.

  • ____________

    CGE de 2010 7

    O balano anual indica o alcance dos seguintes resultados:

    i. Crescimento do Produto Interno Bruto de 6,5%:

    ii. Taxa de inflao mdia (IPC-Maputo) de 12,7%;

    iii. Depreciao mdia do Metical face ao Dlar americano em 27,2%;

    iv. Depreciao mdia do Metical face ao Rand sul-africano em 39,9%;

    v. As exportaes totais de bens situaram-se em USD 2.243 milhes, o

    que representa um grau de realizao de 104,7% em relao ao

    objectivo do Plano, o que decorreu do crescimento das exportaes

    realizadas pelos grandes projectos; e

    vi. As Reservas Internacionais Lquidas atingiram, em Dezembro de

    2010, o saldo de USD 1.908,0 milhes, cobrindo 4,9 meses de

    importaes.

    Para o crescimento do PIB tiveram maior contribuio os sectores da

    agricultura, da indstria transformadora, do comrcio e dos transportes e

    comunicaes.

    A seguir se apresentam as principais medidas e aces de poltica que

    nortearam as actividades realizadas durante no de 2010

  • ____________

    CGE de 2010 8

    2.1- Poltica Oramental

    A poltica oramental para 2010 foi articulada no sentido prosseguir os

    objectivos de poltica preconizados no programa de governao, inerentes

    estabilizao macroeconmica e criao de capacidades internas para a

    promoo do crescimento e desenvolvimento econmicos e a reduo dos

    ndices de pobreza.

    Neste sentido, a elaborao do Oramento do Estado foi orientada no sentido

    de privilegiar aces que corporizam programas com forte potencial de

    aumentar o nvel de rendimento dos agregados familiares no campo, elevar

    as capacidades tcnico-cientficas em sectores de actividade dinmicos e

    aumentar os nveis de produo e produtividade da agricultura familiar e de

    mdia escala.

    A prioridade na afectao e realizao da despesa incidiu tambm na

    prossecuo de aces no mbito da reforma na gesto das finanas pblicas,

    particularmente no aprofundamento da metodologia de planificao e

    oramentao por programas, na descentralizao oramental, no

    melhoramento dos padres de abrangncia oramental e no aprofundamento

    das reformas no mbito da implementao do SISTAFE.

    A poltica oramental foi ainda orientada para o aprofundamento da

    coordenao entre as polticas fiscal, monetria e cambial, com vista a

    fortalecer o clima de confiana do sector privado, aumentar a

    competitividade dos produtos exportveis e contribuir para o incremento do

    investimento domstico e directo estrangeiro.

  • ____________

    CGE de 2010 9

    A afectao de recursos foi orientada no sentido de assegurar a

    sustentabilidade oramental a mdio e longo prazos e a gradual reduo do

    financiamento externo para o Oramento do Estado.

    Os grandes eixos da realizao da despesa em 2010, cuja expresso financeira

    digna de realce, so os seguintes:

    A introduo do subsdio de localizao, no mbito da implementao

    da Poltica Salarial na funo pblica;

    O prosseguimento da implementao do Plano de Aco de Produo

    de Alimentos;

    O prosseguimento da promoo de projectos de gerao de

    rendimentos, emprego e produo de alimentos a nvel local;

    O prosseguimento da reabilitao e construo de escolas secundrias e

    tcnicas;

    O prosseguimento da implementao de projectos de electrificao

    rural e de projectos visando estender a rede das telecomunicaes s

    sedes distritais; e

    A construo e reabilitao de estradas e de sistemas de abastecimento

    de gua nas zonas rurais e urbanas.

  • ____________

    CGE de 2010 10

    Para a implementao da poltica oramental, o Oramento do Estado para

    2010, aprovado atravs da Lei n. 2/2010, de 27 de Abril, estabeleceu os

    seguintes valores globais, em milhes de meticais:

    Receitas do Estado 57.431,8

    Despesas do Estado 117.977,2

    Dfice Global 60.545,4

    Do montante estabelecido para as despesas do Estado, 57.526,2 milhes de

    meticais foram destinados s despesas de funcionamento, 55.805,0 milhes de

    meticais ao investimento, sendo 20.790,6 milhes de meticais na componente

    interna e 35.014,5 milhes de meticais na componente externa, e 4.646,0

    milhes de meticais s operaes financeiras.

    A execuo do Oramento do Estado no exerccio econmico de 2010

    apresenta os seguintes resultados, em milhes de meticais:

    Receitas do Estado 63.566,1

    Despesas do Estado 107.085,5

    Dfice 43.519,4

    No Quadro 1, apresentam-se os principais indicadores do desempenho

    oramental em 2010, comparativamente a 2009, em termos do PIB, que

    mostram o nvel de cumprimento dos objectivos para os quais o Oramento

    do Estado foi elaborado:

  • ____________

    CGE de 2010 11

    Valor % do PIB Valor % do PIB

    Receitas do Estado 47,565.0 17.7 63,566.1 19.7

    Correntes 45,849.7 17.0 62,167.9 19.2

    Capital 1,715.3 0.6 1,398.2 0.4

    Despesas 79,129.1 29.4 103,037.0 31.9

    Funcionamento 43,792.9 16.3 59,356.3 18.4

    Investimento 35,336.2 13.1 43,680.7 13.5

    Componente interna 13,431.5 5.0 20,032.3 6.2

    Componente externa 21,904.7 8.1 23,648.3 7.3

    Operaes Financeiras Activas 4,570.8 1.7 2,386.3 0.7

    Saldo Corrente 2,056.8 0.8 2,811.5 0.9

    Dfice Global Antes de Donativos -36,134.9 -13.4 -41,857.2 -12.9

    Donativos 25,770.8 9.6 27,318.4 8.5

    Consignados a Projectos e Ac. Retrocesso 17,035.2 6.3 16,010.3 5.0

    Contravalores no consignados 8,735.6 3.2 11,308.2 3.5

    Dfice Global Aps de Donativos -10,364.1 -3.8 -14,538.8 -4.5

    Emprstimos Externos Lquidos 13,104.5 4.9 13,473.6 4.2

    Consignados a Projectos e Ac. Retrocesso 9,838.0 3.7 10,523.5 3.3

    Contravalores no consignados 3,973.7 1.5 3,993.9 1.2

    -Amortizaes -707.2 -0.3 -1,043.8 -0.3

    Crdito Interno Lquido -2,740.4 -1.0 1,065.1 0.3

    P/ Memria: PIB 269,346 323,226

    Quadro 1- Indicadores Oramentais

    Ano 2009 Ano 2010

    (Em Milhes de Meticais)

    Conforme se pode observar, as receitas do Estado cresceram em 2,0 pontos

    percentuais do PIB, em relao ao ano anterior, devido s receitas correntes,

    que passaram de 17,0% para 19,2%, tendo as receitas de capital baixado em

    0,2 pontos percentuais.

    As despesas cresceram em 2,5 pontos percentuais do PIB, com as despesas de

    funcionamento crescendo em 2,1 pontos percentuais e o investimento em 0,4

    pontos percentuais, sendo em 1,2 pontos percentuais na componente interna e

    um decrscimo em 0,8 pontos percentuais na componente externa.

  • ____________

    CGE de 2010 12

    Como resultado do aumento do peso das receitas correntes, superior ao da

    despesa de funcionamento, o saldo corrente passou de um supervit de 0,8%

    do PIB, em 2009, para um supervit de 0,9% do PIB, em 2010.

    As operaes financeiras activas diminuram em 1,0 ponto percentual do PIB,

    por influncia de emprstimos por Acordos de Retrocesso de financiamento

    externo e de Outras Operaes Activas.

    Dada a reduo do peso das despesas e operaes financeiras activas,

    financiadas externamente, o dfice global antes de donativos reduziu em 0,5

    ponto percentual do PIB e o dfice global aps donativos em 0,7 pontos

    percentuais.

    Os emprstimos externos lquidos diminuram em 0,7 pontos percentuais, em

    termos do PIB, o que fez com que o crdito interno lquido se tenha traduzido

    num aumento em 0,4 pontos percentuais do PIB em relao ao ano anterior.

  • ____________

    CGE de 2010 13

    2.2 Poltica Fiscal

    Para fazer face materializao dos programas previsto no Plano Econmico

    e Social, o Governo implementou as seguintes medidas de Poltica Fiscal:

    Lanamento da campanha de Educao Fiscal e Aduaneira e

    Popularizao do imposto, sob o lema Todos Juntos Fazemos

    Moambique, envolvendo rgos de comunicao Social;

    Realizao de aces de capacitao de formadores e disseminadores na

    zona sul do Pas, sobre matrias fiscais e aduaneiras;

    Realizao de palestras sobre educao fiscal em universidades, escolas,

    aglomerados populacionais, mercados, empresas, agremiaes da

    sociedade civil, entre outros, envolvendo parceiros da Autoridade

    Tributria;

    Assinatura de 14 Memorandos de Entendimento com diversas

    instituies, pblicas e privadas, com o objectivo de promover o ideal

    da cidadania fiscal e popularizao do imposto;

    Atribuio de 262.561 NUIT`s, incluindo 42.170 contribuintes do ISPC

    (Imposto Simplificado de Pequenos Contribuintes);

    Aprovao do modelo conceptual do projecto e-tributao e formados

    tcnicos para a configurao e parametrizao do respectivo aplicativo;

  • ____________

    CGE de 2010 14

    Apetrechamento em meios de comunicao das rotas de trnsito

    Internacional, nomeadamente Goba, Manica, Machipanda, Cuchamano,

    Zobu e Milange;

    Implementao da Janela nica Electrnica (JUE), numa parceria

    pblico-privado, envolvendo o Governo, a Confederao das

    Associaes Econmicas de Moambique (CTA) e a Sociedade Geral de

    Servios (SGS), em parceria com a Escopil Internacional, Lda;

    Construo do posto fronteirio de Mocumbura e dos postos fiscais de

    cobrana de Bilene, Inhassoro, Morrumbala, Zumbo e Chire;

    Reabilitao de escritrios para o projecto e-Tributao, do Complexo

    Residencial de Ressano Garcia e do posto de cobrana de Magude;

    Construo do canal pedestre, da estrada alternativa e de escritrios

    pr-fabricados, no Km 4 do Projecto da Fronteira de Paragem nica de

    Ressano Garcia;

    Construo do Complexo Residencial de Tete, do posto misto de

    Mocumbura e do posto fiscal de Matchedje;

    Implementao do Balco de atendimento aos mineiros, em Ressano

    Garcia;

    Aprovao do Decreto que estabelece os mecanismos de determinao e

    correco do valor patrimonial em sede do imposto predial autrquico;

  • ____________

    CGE de 2010 15

    Aprovao do Decreto n. 45/2010, de 2 de Novembro, que

    Regulamenta o Pagamento em Prestaes de Dvidas Tributrias; e

    Aprovao do Decreto n. 46/2010, de 2 de Novembro, que

    Regulamenta a Compensao de Dividas Tributrias.

    2.3 Poltica Monetria e Cambial

    A poltica monetria do Banco de Moambique foi gerida de forma a

    contribuir para o alcance dos objectivos finais da poltica econmica do

    Governo, nomeadamente, o crescimento econmico de cerca de 6,4%, uma

    inflao mdia anual de 9,5% e uma posio das reservas internacionais que

    cobrisse cerca de 5 meses de importaes de bens e servios no factoriais.

    No entanto, tendo em considerao os desenvolvimentos econmicos e

    financeiros domsticos e internacionais registados at Setembro de 2010, o

    programa monetrio para 2010 foi revisto em Outubro do mesmo ano. Assim,

    a meta da base monetria varivel operacional da poltica monetria,

    medida em termos de saldo mdio dirio no ms, foi ajustada de

    26.321milhes de meticais, inicialmente previstos, para 29.493 milhes de

    meticais e a meta das reservas internacionais lquidas passou de 1.711

    milhes de dlares norte-americanos para 1.675 milhes de dlares, valor

    correspondente a cerca de 4,4 meses de cobertura de importaes de bens e

    servios no factoriais pelas reservas internacionais brutas.

  • ____________

    CGE de 2010 16

    De igual modo foram revistas as projeces dos restantes agregados

    monetrios referentes a Dezembro de 2010, conforme ilustra a informao

    resumida no quadro abaixo, onde tambm so apresentados os nveis de

    realizao at Dezembro de 2010, comparada com a realizao de Dezembro

    de 2009:

    Agregados Dez/2009 Dez/2010Programa

    Dez/2010

    Reservas Internacionais Lquidas (milhes USD) 1,863 1,908 1,675

    Base Monetria 24,464 31,618 29,493

    Crdito Lquido ao Governo 762 -1,707 1,039

    Massa Monetria - M3 107,074 131,465 135,998

    Crdito Economia 71,440 91,067 97,142

    Base Monetria 29.2% 20.6%

    Massa Monetria - M3 22.8% 27.0%

    Crdito Economia 27.5% 36.0%

    Fonte: DEEE/Banco de Moambique.

    Principais Indicadores Monetrios em Dezembro de 2009 e 2010

    Saldos em milhes MT

    Variao Anual dos Saldos

    Do quadro acima destaca-se o seguinte:

    Base Monetria: O aumento da base monetria no ano reflectiu o

    acrscimo quer das notas e moedas em circulao, que variaram em

    4.329 milhes de meticais (26,9%), assim como das reservas bancrias,

    em 2.825 milhes de meticais (33,8%).

    Reservas Internacionais Lquidas: Dados provisrios referentes a

    Dezembro de 2010 apontam para um saldo de 1.908 milhes de dlares

    norte-americanos, o correspondente a 197 milhes de dlares (11,5%)

  • ____________

    CGE de 2010 17

    acima da meta inicialmente prevista para o final de 2010, mais 233

    milhes de dlares (13,9%) acima da meta revista. Refira-se que o saldo

    apurado em Dezembro representa, em termos de reservas

    internacionais brutas, 4,9 meses de cobertura das importaes de bens e

    servios no factoriais, incluindo as dos grandes projectos.

    Crdito Lquido ao Governo: A posio lquida do Estado junto do

    sistema bancrio nacional, traduziu-se, at Dezembro de 2010, numa

    constituio lquida de 1.707 milhes de meticais, contra um desgaste

    de 5.298 milhes de meticais inicialmente programados para Dezembro

    de 2010, alterado para 1.039 milhes de meticais no programa revisto.

    Crdito Economia: De acordo com a informao estatstica reportada

    ao ms de Dezembro de 2010, os sectores mais endividados so os de

    comrcio com 19,8% do total do crdito, particulares com 19,2%,

    transportes e comunicaes com 12,8%, indstria com 11,2%,

    construo com 6,9% e agricultura com 5,8%.

    Com vista a alcanar os objectivos traados no programa monetrio para

    2010, o Governo introduziu um conjunto de medidas, sendo de destacar as

    seguintes:

    Correco das cotaes do dlar norte-americano no Mercado Cambial

    Interbancrio, alinhando-as com a taxa de cmbio mdia do segmento

    dos bancos comerciais nas operaes com o pblico, reduzindo deste

    modo o elevado diferencial existente entre estas taxas, acompanhada

  • ____________

    CGE de 2010 18

    por um substancial aumento das vendas de divisas no mercado

    interbancrio.

    Reviso em alta, por duas vezes num total de 75 pontos base (50 pontos

    base em Junho e 25 pontos base em Setembro), do coeficiente de

    reservas obrigatrias, tendo passado de 8,0% em Dezembro de 2009

    para 8,75% em Dezembro de 2010.

    Aumento, por uma nica vez, em 100 pontos base (em Junho), da taxa

    da facilidade permanente de depsito, tendo passado de 3,0% em finais

    de 2009 para 4,0% em Dezembro de 2010.

    Incremento, por trs vezes, num total de 400 pontos base (100 pontos

    base em Abril, 200 pontos base em Junho e 100 pontos base em

    Setembro), da taxa da facilidade permanente de cedncia, tendo

    passado de 11,5% em Dezembro de 2009 para 15,5% no ltimo ms de

    2010.

    Cobertura de 100% da factura de combustveis a partir de Agosto de

    2010, sem descurar os compromissos em matria de reservas

    internacionais lquidas, que implicou menor presso do lado da procura

    de divisas junto dos bancos comerciais, e consequente abrandamento da

    depreciao cambial.

  • ____________

    CGE de 2010 19

    2.4 Balana de Pagamentos

    As exportaes totais de bens atingiram USD 2.243,1 milhes, o que

    representa um crescimento em 21,1%, comparativamente a 2009, decorrente

    do crescimento das exportaes realizadas pelos grandes projectos em 31,9%,

    a despeito da queda das exportaes dos restantes sectores da economia em

    2,1%, conforme se mostra no quadro seguinte:

    2009 2010Variao

    (%)

    Exportaes (fob) 1,852.6 2,243.1 21.1

    sendo grandes projectos 1,265 1,668.1 31.9

    Exportaes sem grandes projectos 587.6 575.0 -2.1

    Importaes (fob) -3,243.1 -3,240.2 -0.1

    sendo grandes projectos -791.1 -899.7 13.7

    Importaes sem grandes projectos -2,452.0 -2,340.5 -4.5

    Saldo -1,390.5 -997.1 -28.3

    Saldo sem grandes projectos -1,864.4 -1,765.5 -5.3

    Fonte: DEE-Banco de Moambique.

    Balana Comercial(Em Milhes de USD)

    As importaes de bens foram de USD 3.240,2 milhes, o que representa

    reduo em 0,1% relativamente a 2009, devido a queda das importaes de

    bens de consumo e de bens de capital.

    A Balana Comercial encerrou com um dfice de USD 977,1 milhes, inferior

    ao registado em 2009, em 28,3%, tendo o dfice sem os grandes projectos sido

    de USD 1.765,5 milhes, correspondente a uma diminuio de 5,3%.

    O dfice da Balana de Servios e Rendimentos situou-se em USD 596,2

    milhes, representando um aumento de 13,3% em relao a 2009, conforme o

    Quadro seguinte:

  • ____________

    CGE de 2010 20

    2009 2010Variao

    (%)

    Receitas 731.5 794.4 8.6

    Despesas -1,257.9 -1,390.6 10.5

    Saldo -526.4 -596.2 13.3

    Juros de dvida 80.5 22.4 -72.2

    Saldo excluindo juros -445.9 -573.8 28.7

    Fonte: DEE-Banco de Moambique.

    Balana de Servios e Rendimentos(Em Milhes de USD)

    A Balana de Transaces Correntes, sem incluir as transferncias correntes,

    passou de um dfice de USD 1.916,9 milhes em 2009, para um dfice de USD

    1.593,3 milhes em 2010, o que representa uma diminuio de 16,9%.

    Entrando em linha de conta com as transferncias correntes, que foram de

    USD 764,5 milhes em 2009 e USD 670,6 milhes em 2010, o dfice da balana

    de transaces correntes passou de USD 1.152,4 milhes em 2009 para USD

    922,7 milhes em 2010, o que equivale a uma diminuio de 19,9%, conforme

    se pode observar no quadro a seguir:

    2009 2010Variao

    (%)

    Exportaes (fob) 1,852.6 2,243.1 21.1

    sendo grandes projectos 1,265.0 1,668.1 31.9

    Export. sem grandes projectos 587.6 575.0 -2.1

    Importaes (fob) -3,243.1 -3,240.2 -0.1

    sendo grandes projectos -791.1 -899.7 13.7

    Import. sem grandes projectos -2,452.0 -2,340.5 -4.5

    Servios e Rendimentos -526.4 -596.2 13.3

    Saldo de Bens, Servios e Rendimentos -1,916.9 -1,593.3 -16.9

    Transferncias Correntes 764.5 670.6 -12.3

    Saldo -1,152.4 -922.7 -19.9

    Fonte: DEE-Banco de Moambique.

    Balana de Transaces Correntes

    (Em Milhes de USD)

  • ____________

    CGE de 2010 21

    O total do financiamento externo, constitudo por donativos e emprstimos,

    aumentou em 27,7% de 2009 para 2010, resultante de diminuies de USD

    164,3 milhes em donativos e aumento em USD 585,5 milhes em

    emprstimos. Assim, o financiamento por emprstimos aumentou em 8,4% ao

    sector pblico e em 528,7% ao sector privado, como se mostra a seguir:

    2009 2010Crescim.

    em %

    Donativos 955.8 791.5 -17.2

    Emprstimos 566.1 1,151.6 103.4

    Pblicos 462.7 501.5 8.4

    Privados 103.4 650.1 528.7

    Total 1,521.9 1,943.1 27.7

    Fonte: DEE-Banco de Moambique.

    Donativos e Emprstimos Externos

    (Em Milhes de USD)

    No entanto, convm ter em conta que no valor dos emprstimos ao sector

    pblico esto includos USD 82,9 milhes, desembolsados pelo Banco

    Mundial, em Dezembro, para apoio directo ao Oramento do Estado em 2011,

    semelhana do que aconteceu em 2009, com USD 110 milhes, o que, uma

    vez expurgado, apresentar a seguinte situao:

    Tipo de Financiamento 2009 2010Variao

    (%)

    Donativos 955.8 791.5 -17.2

    Emprstimos 456.1 1,068.7 134.3

    Pblicos 352.7 418.6 18.7

    Privados 103.4 650.1 528.7

    Total 1,411.9 1,860.2 31.8

    Fonte: DEE-Banco de Moambique.

    Donativos e Emprstimos Externos

    (Em Milhes de USD)

    Assim, constata-se que o financiamento por emprstimos ao sector pblico

    aumentou em 18,7%, em relao ao ano de 2009.

  • ____________

    CGE de 2010 22

    3. EXECUO DO ORAMENTO DO ESTADO EM 2010

    A execuo do Oramento do Estado para 2010, em termos globais, teve os

    resultados que se apresentam nos Mapas I e I-1 da II Parte da presente Conta

    e se resumem no Quadro 2:

    Classifi- Variao

    cao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do 2009/10

    Econmica mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB (%) a/

    Recursos Internos 46,506.3 47,855.0 102.9 17.77 65,960.6 65,960.6 67,983.7 103.1 21.03 22.7

    Receitas do Estado 46,216.3 47,565.0 102.9 17.66 57,431.8 57,431.8 63,566.1 110.7 19.67 15.2

    Emprstimos Internos 290.0 290.0 100.0 0.11 8,528.8 8,528.8 4,417.6 51.8 1.37 1251.7

    Recursos Externos 51,635.7 39,582.5 76.7 14.70 52,016.6 52,016.6 41,835.9 80.4 12.94 -14.3

    Donativos 35,889.6 25,770.8 71.8 9.57 33,776.0 33,776.0 27,318.4 80.9 8.45 -14.1

    Emprstimos 15,746.1 13,811.8 87.7 5.13 18,240.7 18,240.7 14,517.4 79.6 4.49 -14.8

    Total de Recursos 98,142.1 87,437.5 89.1 32.46 117,977.2 117,977.2 109,819.6 93.1 33.98 5.9

    Desp. de Funcionamento 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 57,526.2 61,913.6 59,356.4 95.9 18.36 19.9

    Desp. de Investimento 47,452.6 35,336.2 74.5 13.12 55,805.0 56,233.7 43,680.7 77.7 13.51 4.5

    Componente Interna 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 20,790.6 21,219.2 20,032.3 94.4 6.20 32.3

    Componente Externa 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.5 35,014.5 23,648.3 67.5 7.32 -12.5

    Operaes Financeiras 6,694.7 5,747.0 85.8 2.13 4,646.0 4,646.0 4,048.5 87.1 1.25 -42.0

    Activas 5,033.4 4,570.8 90.8 1.70 2,795.2 2,795.2 2,386.3 85.4 0.74 -57.6

    Capital Social de Empresas 38.8 38.8 100.0 0.01 47.0 47.0 29.6 0.01 -32.3

    Emprstimos de Retrocesso 4,790.2 4,331.8 90.4 1.61 2,748.2 2,720.1 2,328.6 85.6 0.72 -56.4

    Outras Operaes Activas 204.3 200.2 98.0 0.07 0.0 28.1 28.1 100.0 0.01 -87.5

    Passivas 1,661.3 1,176.2 70.8 0.44 1,850.8 1,850.8 1,662.1 89.8 0.51 18.6

    Emprstimos Externos 1,192.3 707.2 59.3 0.26 1,232.5 1,232.5 1,043.8 84.7 0.32 19.6

    Emprstimos Internos 469.0 468.9 100.0 0.17 618.3 618.3 618.3 100.0 0.19 17.0

    Total de Despesa 98,142.1 84,876.1 86.5 31.51 117,977.2 122,793.3 107,085.5 87.2 33.13 9.3

    Variao de Saldos 0.0 2,561.4 0.95 0.0 -4,816.1 2,734.1 0.85 -106.7

    Total de Aplicaes 98,142.1 87,437.5 89.1 32.46 117,977.2 117,977.2 109,819.6 93.1 33.98 5.9

    Por memria:

    Crdito Interno Lquido -179.0 -2,740.4 1530.9 -1.0 7,910.5 12,726.5 1,065.2 8.4 0.3 -229.3

    Produto Interno Bruto

    a/ - Em termos reais, com inflao mdia de 12,7% e variao cambial mdia de 23,4%.

    269,346 323,226

    Ano 2009

    Quadro 2 - Equilbrio Oramental(Em Milhes de Meticais)

    Ano 2010

    Oramento

    O montante de 4.816,1 milhes de meticais, com sinal negativo, constante na

    linha de Variao de Saldos, corresponde a reforos de limites oramentais

    das despesas de funcionamento e de investimento, efectuados nos termos do

    artigo 6 da Lei n. 2/2010, de 27 de Abril, que aprova o Oramento do Estado

    para o ano 2010, segundo o qual o Governo autorizado a usar os recursos

  • ____________

    CGE de 2010 23

    extraordinrios, o excesso na arrecadao de receitas e os saldos financeiros

    do exerccio anterior, para a cobertura do dfice, pagamento da dvida

    pblica e financiamento de programas de investimento previstos no Plano

    Econmico e Social para 2010.

    No exerccio econmico de 2010 registou-se um excesso na arrecadao de

    receitas no valor de 6.134,3 milhes de meticais, tendo o Oramento de

    Funcionamento sido reforado em 4.387,4 milhes de MT e a componente

    interna de Investimento em 428,6 milhes de meticais, perfazendo 4.816,0

    milhes de meticais.

    Para a realizao das despesas previstas no Oramento do Estado de 2010

    foram mobilizados recursos no valor total de 109.819,6 milhes de meticais,

    correspondente a 93,1% da previso e a 34,0% do PIB, tendo registado um

    crescimento em 1,5 pontos percentuais, em comparao com 2009.

    As Receitas do Estado totalizaram 63.566,1 milhes de meticais e, para fazer

    face ao dfice global, recorreu-se a financiamentos externos no montante de

    41.835,9 milhes de meticais, a uma emisso de Obrigaes do Tesouro, no

    montante de 1.500,0 milhes de meticais e financiamentos internos bancrios,

    no valor de 2.917,6 milhes de meticais.

    Em termos de repartio percentual dos recursos, as Receitas do Estado

    representaram 57,9% do total dos recursos mobilizados, os Emprstimos

    Internos 4,0%, os Donativos 24,9% e os Emprstimos Externos 13,2%,

    conforme se espelha no grfico seguinte:

  • ____________

    CGE de 2010 24

    As utilizaes totalizaram 109.819,6 milhes de meticais, sendo 59.356,4

    milhes de meticais nas despesas de funcionamento, 43.680,7 milhes de

    meticais nas despesas de investimento e 4.048,5 milhes de meticais nas

    operaes financeiras, tendo resultado um aumento nos saldos dos depsitos

    bancrios do Estado em 2.734,1 milhes de meticais.

    Em termos de repartio percentual, as despesas de funcionamento

    representaram 54,0% do total das utilizaes, as despesas de investimento

    39,7%, as operaes financeiras 3,7% e os saldos 2,6%, conforme se observa no

    grfico seguinte:

    Receitas do Estado57.9%Emprstimos

    Internos4.0%

    Donativos24.9%

    Emprstimos Externos

    13.2%

    Estrutura de Recursos

    Despesas de Funcionamento

    54.0%

    Despesas de Investimento

    39.8%

    Operaes Financeiras

    3.7%

    Variao de Saldos2.5%

    Estrutura das Utilizaes

  • ____________

    CGE de 2010 25

    Dado que os saldos das contas do Estado aumentaram em 2.734,6 milhes de

    meticais e os emprstimos internos em 3.799,3 milhes de meticais

    (emprstimos de 4.417,6 milhes de meticais e amortizaes de 618,3 milhes

    de meticais), o Crdito Interno Lquido ficou desfavorvel ao Tesouro em

    1.065,2 milhes de meticais, conforme se pode ver no Mapa I-1 e no Quadro 2.

    Verifica-se que, enquanto o Oramento do Estado previa terminar o ano com

    um Crdito Interno Lquido inicial desfavorvel ao Tesouro em 7.910,5

    milhes de meticais, que posteriormente foi revisto para 12.726,5 milhes de

    meticais, a execuo saldou-se em apenas 1.065,2 milhes de meticais, o que

    se explica pelo bom desempenho na arrecadao de Receitas do Estado, bem

    como pelo facto do Banco Mundial ter antecipado para Dezembro de 2010 o

    desembolso do seu apoio ao Oramento do Estado para 2011, no valor de

    2.743,3 milhes de meticais.

    Em relao ao ano de 2009 e em termos reais, verifica-se que o total de

    recursos aumentou em 5,9%, com os recursos internos a registar um aumento

    em 22,7% e os externos uma diminuio em 14,3%. Verifica-se ainda que a

    despesa total aumentou em 9,3%, sendo 19,9% no funcionamento e 4,5% no

    investimento, tendo as operaes financeiras diminudo em 42,0%. Face a este

    comportamento dos recursos e da despesa total, resultaram diminuies na

    variao dos saldos das contas bancrias do Estado em 106,7% e do Crdito

    Interno Lquido em 229,3%.

  • ____________

    CGE de 2010 26

    3.1 Cobrana de Receitas

    A cobrana de receitas do Estado atingiu 63.566,1 milhes de meticais,

    representando 19,7% do PIB e 110,7% da previso, conforme se pode ver no

    Quadro 3:

    Variao

    Ora- Reali- Taxa % do Ora- Reali- Taxa % do 2009/10

    mento zao (%) PIB mento zao (%) PIB a/

    RECEITAS CORRENTES 43,849.9 45,849.7 104.6 17.02 56,159.8 62,167.9 110.7 19.23 16.8%

    Receitas Fiscais 37,197.8 39,393.9 105.9 14.63 47,310.8 53,708.5 113.5 16.62 16.9%

    Imposto sobre o Rendimento 12,385.7 13,726.8 110.8 5.10 16,770.1 18,480.1 110.2 5.72 19.5%

    Imp. s/ o Rend. Pessoas Colectivas 6,153.9 7,337.9 119.2 2.72 9,089.1 9,794.7 107.8 3.03 18.4%

    Imp. s/ o Rend. Pessoas Singulares 6,181.8 6,341.5 102.6 2.35 7,621.9 8,629.2 113.2 2.67 20.7%

    Imp.o Especial sobre o Jogo 50.0 47.4 94.7 0.02 59.1 56.1 95.0 0.02 5.0%

    Imp. sobre Bens e Servios 22,739.8 23,880.2 105.0 8.87 28,290.8 32,888.4 116.3 10.18 15.5%

    Imposto sobre o Valor Acrescentado 15,815.4 16,974.9 107.3 6.30 20,138.3 24,164.6 120.0 7.48 19.8%

    Nas Importaes 9,201.1 9,918.1 107.8 3.68 11,601.4 14,366.2 123.8 4.44 17.4%

    Nas Operaes Internas 6,614.4 7,056.8 106.7 2.62 8,536.9 9,798.4 114.8 3.03 23.2%

    Imp. s/ Consumo Produo Nacional 1,997.5 1,794.3 89.8 0.67 2,307.9 2,218.9 96.1 0.69 9.7%

    Imp. s/ Consumo Produtos Import. 1,321.2 973.4 73.7 0.36 1,480.1 1,240.6 83.8 0.38 3.3%

    Imposto s/ o Comrcio Externo 3,605.6 4,137.5 114.8 1.54 4,364.5 5,264.3 120.6 1.63 3.1%

    Outros Impostos 2,072.3 1,786.8 86.2 0.66 2,250.0 2,340.1 104.0 0.72 16.2%

    Imposto de Selo 505.4 439.8 87.0 0.16 659.6 598.3 90.7 0.19 20.7%

    Imposto sobre Veculos 0.3 55.8 17066.7 0.02 62.4 62.2 99.5 0.02 -1.2%

    Licenas de Pesca 85.3 56.0 65.6 0.02 98.0 44.5 45.4 0.01 -29.4%

    Taxa sobre Combustveis 1,114.6 905.8 81.3 0.34 1,045.4 1,131.6 108.2 0.35 10.8%

    Outros Impostos 366.7 329.5 89.9 0.12 384.5 503.5 130.9 0.16 35.6%

    Receitas No Fiscais 2,613.8 3,034.0 116.1 1.13 4,590.3 4,069.5 88.7 1.26 19.0%

    Sendo: Receitas Prprias 1,246.9 1,508.1 120.9 0.56 2,236.4 2,218.8 99.2 0.69 30.5%

    Receitas Consignadas 4,038.3 3,421.9 84.7 1.27 4,258.6 4,389.9 103.1 1.36 13.8%

    Sendo: Taxa sobre os Combustveis 2,477.2 2,367.3 95.6 0.88 2,800.5 2,934.7 104.8 0.91 10.0%

    RECEITAS DE CAPITAL 2,366.4 1,715.3 72.5 0.64 1,272.0 1,398.2 109.9 0.43 -27.7%

    RECEITAS TOTAIS 46,216.3 47,565.0 102.9 17.66 57,431.8 63,566.1 110.7 19.67 15.2%

    P/Memoria: PIB

    a / - Em te rmo s rea is , co m inflao mdia a 12,7% e variao cambia l de 23,4%.

    Ano 2010Ano 2009

    Quadro 3 - Resumo da Receita Prevista e Cobrada

    (Em Milhes de Meticais)

    269,346 323,226

    Classificao Econmica

  • ____________

    CGE de 2010 27

    Em relao ao exerccio econmico de 2009 a cobrana de receitas registou um

    crescimento de 15,2%, em termos reais, e em 2,0 pontos percentuais do PIB,

    por influncia de todos os grupos de impostos, excepto Receitas de Capital,

    que registaram um decrscimo de 27,7%, em termos reais, e ficaram abaixo do

    nvel de realizao do ano anterior em 0,2 ponto percentual do PIB.

    A cobrana dos Impostos sobre o Rendimento, corresponde a 5,7% do PIB e a

    uma taxa de realizao de 110,2%, tendo registado um crescimento real de

    19,5%, em relao ao ano anterior. Contriburam para o bom desempenho na

    cobrana destes impostos os seguintes factores:

    A verificao e correco pontual das Declaraes Anuais de

    Rendimento e de Informao Contabilstica e Fiscal;

    A melhoria do controlo dos pagamentos a no residentes;

    A tributao de juros provenientes de operaes financeiras;

    O controlo dos faltosos; e

    Aces de educao fiscal, formao, sensibilizao, divulgao da

    legislao fiscal e consequente melhoria de autoliquidao.

    A cobrana dos Impostos sobre Bens e Servios registou uma taxa de

    realizao de 116,3%, correspondente a 10,18% do PIB e cresceu em 15,5% em

    termos reais, em relao ao ano anterior, tendo contribudo para tal os

    seguintes aspectos:

    O aumento do volume de importaes, reflectido no volume das

    transaces no mercado interno;

  • ____________

    CGE de 2010 28

    A melhoria de controlo de crditos sistemticos em sede do IVA;

    A recuperao do IVA apurado no procedimento de auditoria e

    fiscalizao tributrias, incluindo a de mercadorias em circulao; e

    Liquidaes oficiosas, bem como a monitoria do IVA suportado.

    Os Outros Impostos tiveram uma realizao equivalente a 0,7% do PIB e a

    104,0% da previso, tendo registado um crescimento de 16,2% em termos

    reais, por influncia do aumento de produo de areias pesadas de Moma.

    As Receitas no Fiscais tiveram uma cobrana equivalente a cerca de 1,3% do

    PIB e a 88,7% da previso, tendo registado um crescimento real de 19,0% em

    relao ao exerccio anterior. Salientaram-se na cobrana deste grupo de

    impostos as Receitas Prprias, que registaram um crescimento real de 30,5%,

    como resultado dos trabalhos de sensibilizao que a Administrao Fiscal

    tem vindo a realizar junto das diversas instituies do Estado, no sentido de

    canalizarem as receitas para as Direces de reas Fiscais.

    As Receitas Consignadas atingiram uma cobrana equivalente a cerca de 1,4%

    do PIB e a 103,1% da previso, tendo aumentado em 13,8% relativamente ao

    exerccio anterior, para o que contribuiu a Taxa sobre os Combustveis, que

    registou um crescimento de 10,0% em termos reais.

    A cobrana das Receitas de Capital registou uma realizao correspondente a

    0,4% do PIB e a 109,9% da previso e decresceu 27,7% em relao ao exerccio

  • ____________

    CGE de 2010 29

    anterior, devido ao fraco desempenho da rubrica de Alienao do Patrimnio

    do Estado.

    Na repartio percentual das Receitas do Estado, os Impostos sobre Bens e

    Servios representaram 51,7% das receitas totais cobradas, os Impostos sobre

    o Rendimento 29,1%, as Receitas Consignadas 6,9%, as Receitas No Fiscais

    6,4%, os Outros Impostos 3,7% e as Receitas de Capital 2,2%, conforme ilustra

    o Grfico seguinte:

    Grfico 3

    No que se refere aos Benefcios Fiscais, concedidos durante o ano de 2010,

    registou-se o montante global de 4.665,7 milhes de meticais, tendo

    diminudo em 49,3%, em termos reais, em relao ao ano anterior, como se

    pode constatar no quadro seguinte:

    Imposto sobre o Rendimento

    29.1%

    Imposto s/ Bens e Servios51.7%

    Outros Impostos3.7%

    Receitas No Fiscais6.4%

    Receitas Consignadas

    6.9% Receitas de Capital2.2%

    Estrutura das Receitas do Estado

  • ____________

    CGE de 2010 30

    Ano Ano Variao

    2009 2010 (%) a/

    Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 4,651.61 2,722.90 -48.1

    Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares 0.03 3.40 9299.9

    Direitos Aduaneiros 1,010.53 992.84 -20.4

    Imposto s/ Consumo Espec. De Produtos Importados 169.20 240.09 15.0

    Imposto sobre o Valor Acrescentado (na importao) 2,043.85 706.49 -72.0

    Total 7,875.2 4,665.7 -49.3

    a/ - Em termos reais, com inflao mdia a 12,7% e variao cambial mdia a 23,4%.

    Benefcios Fiscais(Em Milhes de Meticais)

    Classificao Econmica

    A diminuio registada nos Benefcios Fiscais resultou de diminuies em

    Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, Direitos Aduaneiros e em

    Imposto sobre o Valor Acrescentado na importao.

    Analisando o movimento dos crditos do Estado por receitas, conforme se

    mostra no Mapa I-6 da II Parte (Movimento de Conhecimentos de Cobrana),

    verifica-se que o saldo inicial dos conhecimentos de cobrana era de 1.381,3

    milhes de meticais, foram debitados 225,4 milhes de meticais, cobrados 18,6

    milhes de meticais e anulados 119,7 milhes de meticais, resultando um

    saldo final de 1.468,3 milhes de meticais, com a distribuio por impostos e

    taxas que se apresenta no Anexo Informativo 5-b.

    O Movimento dos Valores Selados nas Recebedorias, conforme se mostra no

    Mapa I-7, apresentava um saldo inicial de 1.133 mil meticais, no se registou

    nenhuma entrada, foram efectuadas vendas no valor de 27 mil meticais e

    foram devolvidos ou anulados 1.099 mil meticais, resultando um saldo final

    de 7 mil meticais.

  • ____________

    CGE de 2010 31

    3.2 Realizao de Despesas

    A realizao das despesas pblicas atingiu o valor de 107.085,5 milhes de

    meticais, representando 87,2% da dotao oramental e 33,1% do PIB, sendo

    59.356,4 milhes de meticais nas despesas de funcionamento, 43.680,7 milhes

    de meticais no investimento e 4.048,5 milhes de meticais nas operaes

    financeiras, conforme consta do Quadro seguinte:

    Classifi-

    cao Ora- Realiza- % de % do % de % do

    Econmica mento o Realiz. PIB Valor Peso Valor Peso Realiz. PIB

    Despesas de Funcionamento 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 61,913.6 50.4 59,356.4 55.4 95.9 18.36

    Despesas de Investimento 47,452.6 35,336.2 74.5 13.12 56,233.7 45.8 43,680.7 40.8 77.7 13.51

    Componente Interna 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 21,219.2 17.3 20,032.3 18.7 94.4 6.20

    Componente Externa 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.5 28.5 23,648.3 22.1 67.5 7.32

    Operaes Financeiras 6,694.7 5,747.0 85.8 2.13 4,646.0 3.8 4,048.5 3.8 87.1 1.25

    Activas 5,033.4 4,570.8 90.8 1.70 2,795.2 2.3 2,386.3 2.2 85.4 0.74

    Passivas 1,661.3 1,176.2 70.8 0.44 1,850.8 1.5 1,662.1 1.6 89.8 0.51

    Total de Despesa 98,142.1 84,876.1 86.5 31.51 122,793.3 100.0 107,085.5 100.0 87.2 33.13

    P/Memria: PIB

    Quadro 4 - Despesas do Estado

    (Em Milhes de Meticais)

    269,346 323,226

    Ano 2010Ano 2009

    Oramento Realizao

    3.2.1 Despesas de Funcionamento

    As despesas de funcionamento atingiram o equivalente a cerca de 18,4% do

    PIB e a 95,9% do limite oramental, tendo registado um crescimento real de

    19,9%, em relao ao exerccio econmico anterior, conforme se pode observar

    do Quadro seguinte:

  • ____________

    CGE de 2010 32

    Varia

    oClassificao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do 2009/10

    Econmica mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB (%) a/

    Despesas c/ o Pessoal 22,545.9 22,544.3 100.0 8.37 29,558.6 29,631.3 29,106.2 98.2 9.00 14.6%

    Salrios e Remuneraes 20,982.6 20,982.6 100.0 7.79 26,939.3 27,380.6 27,004.5 98.6 8.35 14.2%

    Outras Despesas c/ Pessoal 1,563.3 1,561.7 99.9 0.58 2,619.3 2,250.7 2,101.7 93.4 0.65 19.4%

    Bens e Servios 9,086.5 9,081.1 99.9 3.37 10,399.7 10,779.1 10,126.2 93.9 3.13 -1.1%

    Encargos da Dvida 1,391.9 1,370.7 98.5 0.51 1,763.0 2,672.9 2,672.9 100.0 0.83 68.5%

    Juros Internos 854.1 832.8 97.5 0.31 1,047.0 1,860.4 1,860.4 100.0 0.58 98.2%

    Juros Externos 537.8 537.8 100.0 0.20 716.0 812.5 812.5 100.0 0.25 22.4%

    Transferencias Correntes 7,926.2 7,912.6 99.8 2.94 10,489.5 10,480.6 9,431.9 90.0 2.92 4.7%

    Transfer. a Admin. Pblicas 1,375.7 1,374.8 99.9 0.51 1,639.5 1,731.7 1,701.0 98.2 0.53 4.5%

    Autarquias 558.0 557.1 99.8 0.21 709.7 709.7 709.1 99.9 0.22 12.9%

    Embaixadas 753.4 753.4 100.0 0.28 855.2 940.8 940.8 100.0 0.29 1.2%

    Outras Transferncias 64.3 64.2 100.0 0.02 74.7 81.2 51.0 62.8 0.02 -29.5%

    Transfer. a Admin. Privadas 335.1 334.9 99.9 0.12 371.5 365.6 324.9 88.9 0.10 -13.9%

    Transferencias a Famlias 6,051.3 6,050.9 100.0 2.25 8,351.8 8,210.5 7,243.8 88.2 2.24 6.2%

    Sendo penses: 4,961.7 4,961.7 100.0 1.84 6,239.0 6,299.4 5,646.5 89.6 1.75 1.0%

    - civis 1,307.1 1,307.1 100.0 0.49 1,796.8 1,799.9 1,534.0 85.2 0.47 4.1%

    - militares 3,654.6 3,654.6 100.0 1.36 4,442.1 4,499.5 4,112.4 91.4 1.27 -0.2%

    Outras Transferncias 1,089.6 1,089.2 100.0 0.40 2,112.9 1,911.1 1,597.3 83.6 0.49 30.1%

    Transferencias ao Exterior 164.1 152.0 92.6 0.06 126.6 172.9 162.2 93.8 0.05 -13.5%

    Subsdios 437.5 437.5 100.0 0.16 1,849.8 5,259.1 5,259.1 100.0 1.63 966.6%

    Sendo: Combustveis 4,691.5 4,691.5 100.0

    Moageiras e Panificadoras 55.1 55.1 100.0

    Outras Despesas Correntes 2,162.1 2,158.9 99.8 0.80 2,920.6 2,540.5 2,528.8 99.5 0.78 3.9%

    Exerccios Findos 0.3 0.1 42.8 0.00 12.0 12.0 8.6 71.9 0.00 0%

    Despesas de Capital 444.4 287.7 64.8 0.11 532.9 538.1 222.7 41.4 0.07 -31.3%

    Total 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 57,526.2 61,913.6 59,356.3 95.9 18.36 19.9%

    P/ Memria: PIB

    a/- Em temos reais, com inflao a 12.7 % e variao cambial a 23.4%.

    Quadro 5 - Despesas de Funcionamento, Segundo a Classificao Econmica

    (Em Milhes de Meticais)

    Ano 2010

    269,346 323,226

    Ano 2009

    Oramento

    As Despesas com o Pessoal atingiram o valor correspondente a cerca de 9,0%

    do PIB e 98,2% da respectiva dotao oramental, tendo registado um

    crescimento real de 14,6% em relao ao ano anterior, o que ficou a dever-se

    tanto a Salrios e Remuneraes como a Outras Despesas com o Pessoal, que

    cresceram em 14,2% e 19,4%, respectivamente, por influncia da introduo

    do subsdio de localizao, no mbito da implementao da poltica salarial,

  • ____________

    CGE de 2010 33

    bem como de novas admisses, promoes e progresses de funcionrios,

    particularmente nos sectores da eduo e da sade.

    As despesas com Bens e Servios registaram uma realizao correspondente a

    cerca de 3,1% do PIB e a 93,9% da respectiva dotao oramental, tendo

    registado uma diminuio de 1,1%, em termos reais, relativamente ao

    exerccio econmico de 2009, o que ficou a dever-se implementao das

    medidas de conteno que incidiram sobre viagens, ajudas de custo e

    combustveis, no mbito de racionalizao da despesa pblica.

    Os Encargos da Dvida tiveram uma realizao equivalente a cerca de 0,8%

    do PIB e a 100,0% da dotao oramental, correspondendo a um crescimento

    real de 68,5% em relao ao ano anterior, influenciado tanto pelos juros

    internos como pelos juros externos, que registaram crescimentos reais de

    98,2% e 22,4%, respectivamente.

    O crescimento dos juros internos foi originado pela existncia de um saldo de

    Bilhetes do Tesouro do ano anterior, no valor de 4.700,0 milhes de Meticais,

    bem como pelo emprstimo interno no montante de 2.917,6 milhes de

    meticais, contrado com vista a subsidiar os preos dos combustveis. Quanto

    aos juros externos, o crescimento explica-se pelo aumento do capital externo

    em dvida, conjugado com a variao das taxas de cmbio verificada no

    exerccio.

    As Transferncias Correntes tiveram uma realizao correspondente a cerca

    de 2,9% do PIB e a 90,0% da dotao oramental, tendo registado um

    crescimento real de 4,7% relativamente ao ano anterior. O nvel de realizao

  • ____________

    CGE de 2010 34

    foi influenciado pela entrada tardia de processos de fixao de penses dos

    combatentes da Luta de Libertao Nacional.

    Os Subsdios atingiram um montante correspondente a cerca de 1,6% do PIB

    e a 100,0% da dotao oramental, tendo registado um crescimento na ordem

    de 966,6%, em termos reais, o que se explica pelos pagamentos de 4.691,5

    milhes de Meticais s gasolineiras e 55,1 milhes de Meticais s moageiras e

    panificadoras, com vista a fazer face ao diferencial dos preos de

    combustveis e po, respectivamente.

    As Outras Despesas Correntes tiveram uma realizao correspondente a cerca

    de 0,8% do PIB e a 99,5% da dotao oramental, tendo registado um

    crescimento de 3,9% em termos reais.

    A repartio percentual da despesa de funcionamento apresentada no grfico seguinte:

    Observa-se do grfico que as Despesas com o Pessoal constituem o maior

    encargo, tendo absorvido o equivalente a 49,0% das despesas de

    Despesas com o Pessoal49.0%

    Bens e Servios17.1%

    Encargos da Dvida4.5%

    Transferncias Correntes

    15.9%

    Subsdios8.9%

    Outras Despesas Correntes

    4.3%Exerccios Findos e

    Despesas de Capital0.4%

    Estrutura da Despesa de Funcionamento

  • ____________

    CGE de 2010 35

    funcionamento. Aos Bens e Servios coube a poro de 17,1%, s

    Transferncias Correntes 15,9%, aos Subsdios 8,9%, aos Encargos da Dvida

    4,5%, s Outras Despesas Correntes 4,3% e aos Exerccios Findos e Despesas

    de Capital 0,4%, conforme se pode observar do Grfico seguinte:

    3.2.1.1 Despesa de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos

    Em termos de repartio por fonte de recursos, constata-se que as despesas de

    funcionamento foram financiadas em 98,3% por receitas ordinrias, contra

    95,8% oramentado, 1,0% por receitas consignadas, contra 2,1% oramentado

    e 0,7% por receitas prprias, contra 2,1% oramentado, conforme mostra o

    Quadro seguinte:

    Taxa

    Provin- Distri- Autr- Peso Peso Realiz.

    cial tal quico (%) (%) (%)

    31,149.0 21,689.7 4,782.4 709.1 58,330.2 98.3 59,318.8 95.8 98.3

    590.1 21.1 3.1 0.0 614.3 1.0 1,308.1 2.1 47.0

    307.2 69.3 35.4 0.0 411.9 0.7 1,286.7 2.1 32.0

    Despesa Valor 32,046.3 21,780.1 4,820.9 709.1 59,356.4 100.0 61,913.6 100.0 95.9

    Total Peso (%) 54.0 36.7 8.1 1.2 100.0

    Valor 34,207.3 22,135.9 4,860.8 709.7 61,913.6

    Peso (%) 55.3 35.8 7.9 1.1 100.0

    Quadro 6 - Despesas de Funcionamento por Fonte de Recursos e por mbitos

    (Em Milhes de Meticais)

    Despesa Total Oramentombito

    Central Valor Valor

    Oramento

    Receitas Consignadas

    Receitas Prprias

    Receitas Ordinrias

    Fonte

    Recursos

    de

    Em termos de repartio das despesas de funcionamento por mbitos,

    constata-se que o mbito central absorveu o equivalente a 54,0% do total,

    contra 55,3% oramentado, o mbito provincial 36,7%, contra 35,8%

  • ____________

    CGE de 2010 36

    oramentado e os mbitos distrital e autrquico 8,1% e 1,2%, contra 7,9% e

    1,1% oramentado, respectivamente.

    No Quadro seguinte apresenta-se a distribuio territorial das despesas de

    funcionamento, em comparao com a dotao oramental e a realizao no

    exerccio econmico de 2009:

    Classificao

    Territorial Ora- Reali- Taxa % do Ora- Reali- Taxa % do

    mento zao (%) PIB mento zao (%) PIB

    mbito Central 22,898.9 22,708.0 99.2 8.43 34,207.3 32,046.3 93.7 9.91

    mbito Provincial 17,783.3 17,779.3 100.0 6.60 22,135.9 21,780.1 98.4 6.74

    Niassa 1,241.5 1,241.5 100.0 0.46 1,781.1 1,763.8 99.0 0.55

    Cabo Delgado 2,454.1 2,453.9 100.0 0.91 2,467.9 2,437.5 98.8 0.75

    Nampula 2,714.2 2,714.1 100.0 1.01 3,336.6 3,283.3 98.4 1.02

    Zambzia 2,021.5 2,021.1 100.0 0.75 2,867.0 2,811.2 98.1 0.87

    Tete 1,598.8 1,597.3 99.9 0.59 2,142.2 2,086.1 97.4 0.65

    Manica 1,490.4 1,490.4 100.0 0.55 1,948.8 1,929.1 99.0 0.60

    Sofala 2,010.0 2,009.4 100.0 0.75 2,680.5 2,620.2 97.7 0.81

    Inhambane 1,232.0 1,232.0 100.0 0.46 1,184.0 1,163.1 98.2 0.36

    Gaza 733.2 731.9 99.8 0.27 849.6 837.2 98.5 0.26

    Maputo 852.3 852.3 100.0 0.32 1,149.9 1,126.6 98.0 0.35

    Cidade de Maputo 1,435.4 1,435.4 100.0 0.53 1,728.2 1,722.1 99.7 0.53

    mbito Distrital 2,754.6 2,748.5 99.8 1.02 4,860.8 4,820.9 99.2 1.49

    Distritos de Niassa 75.9 75.9 100.0 0.03 98.8 96.2 97.4 0.03

    Distritos de Cabo Delgado 216.1 216.1 100.0 0.08 685.8 679.7 99.1 0.21

    Distritos de Nampula 575.6 575.2 99.9 0.21 897.0 886.2 98.8 0.27

    Distritos de Zambzia 168.8 168.8 100.0 0.06 228.4 223.9 98.0 0.07

    Distritos de Tete 109.1 103.5 94.8 0.04 131.1 127.1 97.0 0.04

    Distritos de Manica 70.7 70.7 100.0 0.03 160.6 159.5 99.3 0.05

    Distritos de Sofala 151.8 151.7 100.0 0.06 171.8 168.9 98.3 0.05

    Distritos de Inhambane 157.6 157.6 100.0 0.06 687.2 685.8 99.8 0.21

    Distritos de Gaza 597.7 597.7 100.0 0.22 940.2 938.9 99.9 0.29

    Distritos de Maputo 631.3 631.3 100.0 0.23 860.0 854.5 99.4 0.26

    mbito Autrquico 558.0 557.1 99.8 0.21 709.7 709.1 99.9 0.22

    Total 43,994.8 43,792.9 99.5 16.26 61,913.6 59,356.4 95.9 18.36

    269,346.0 323,226.0

    Quadro 7 - Despesas de Funcionamento por mbitos (Em Milhes de Meticais)

    Ano 2009 Ano 2010

    Verifica-se do quadro anterior que as despesas de funcionamento passaram

    de 16,3% do PIB em 2009 para 18,4% em 2010, tendo registado um aumento

  • ____________

    CGE de 2010 37

    em 2,1 pontos percentuais, com os rgos e instituies de mbito central a

    aumentarem em 1,5 pontos percentuais, os de mbito provincial em 0,14

    pontos percentuais, os de mbito distrital em 0,47 pontos percentuais e as

    autarquias em 0,01 pontos percentuais.

    Em relao ao Oramento constata-se que os rgos e instituies de mbito

    provincial, distrital e autrquico tiveram taxas de realizao superiores taxa

    mdia global de 95,9%, tendo os de mbito central atingido a taxa de 93,7%,

    inferior em 2,2 pontos em relao mdia.

  • ____________

    CGE de 2010 38

    3.2.2 Despesas de Investimento

    As despesas de investimento tiveram uma realizao de 43.680,6 milhes de

    meticais, equivalente a 13,5% do PIB e a 77,7% da dotao oramental, tendo

    registado um crescimento real de 4,5% em relao ao exerccio econmico

    anterior, conforme se pode observar no quadro seguinte:

    Varia-

    Financiamento Ora- Reali- % de % do Reali- % de % do 2009/10

    mento zao Realiz. PIB Inicial Actual zao Realiz. PIB a/

    INTERNO 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 20,790.6 21,219.2 20,032.3 94.4 6.20 32.3%

    EXTERNO 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.4 35,014.5 23,648.3 67.5 7.32 -12.5%

    Donativos 25,391.3 15,924.3 62.7 5.91 23,486.7 23,516.1 15,810.0 67.2 4.89 -19.5%

    Fundos Comuns 11,483.2 8,323.0 72.5 3.09 9,518.1 11,815.2 9,005.3 76.2 2.79 -12.3%

    FC-PROAGRI 1,466.4 1,119.9 76.4 0.42 1,277.5 1,578.3 1,369.8 86.8 0.42 -0.9%

    FC-ASAS 1,057.5 161.9 15.3 0.06 344.8 117.4 129.2 110.0 0.04 -35.4%

    FC-FASE 4,099.4 3,297.4 80.4 1.22 3,277.0 4,427.2 3,380.0 76.3 1.05 -16.9%

    FC-PROSADE 3,162.8 2,679.5 84.7 0.99 1,884.7 3,800.6 2,965.4 78.0 0.92 -10.3%

    FC-SAUPROV 0.0 0.0 0.00 0.0 11.7 0.0 0.0 0.00

    FC-HIVSIDA 524.1 261.9 50.0 0.10 431.8 383.6 157.7 41.1 0.05 -51.2%

    FC-UTRAFE 229.1 203.8 89.0 0.08 284.7 118.9 99.8 84.0 0.03 -60.3%

    FC-UTRESP 170.0 132.7 78.1 0.05 361.5 310.0 117.3 37.8 0.04 -28.4%

    FC-Apoio ao Tribunal Admin. 198.5 198.5 100.0 0.07 157.3 145.3 145.1 99.9 0.04 -40.8%

    FC-INE 260.4 192.6 74.0 0.07 207.8 265.8 199.2 75.0 0.06 -16.2%

    FC-AAT 297.6 64.0 21.5 0.02 152.5 112.1 102.8 91.7 0.03 30.1%

    FC-PPFD 17.5 10.8 61.8 0.00 0.0 58.1 26.0 44.8 0.01 95.4%

    FC-PESCAS 0.0 0.0 0.00 282.5 346.0 205.7 59.5 0.06

    FC-ESTRADAS 0.0 0.0 0.00 855.9 0.0 0.0 0.00

    FC-PRONASA 0.0 0.0 0.00 0.0 140.3 107.2 76.4 0.03

    Outros Fundos 13,908.1 7,601.3 54.7 2.82 13,968.6 11,700.9 6,804.7 58.2 2.11 -27.5%

    Outros Fundos via CUT 2,273.1 435.3 19.1 0.16 785.9 1,221.7 516.6 42.3 0.16 -3.8%

    Outros Fundos extra CUT 11,635.0 7,166.0 61.6 2.66 13,182.7 10,479.1 6,288.2 60.0 1.95 -28.9%

    Crditos 8,614.7 5,980.4 69.4 2.22 11,527.7 11,498.4 7,838.3 68.2 2.43 6.2%

    Acordos de Retrocesso 2,494.0 1,722.9 69.1 0.64 711.9 863.8 858.8 99.4 0.27 -59.6%

    Outros Fundos via CUT 133.0 25.0 18.8 0.01 221.4 516.2 293.5 56.9 0.09 850.6%

    Outros Fundos extra CUT 5,987.7 4,232.5 70.7 1.57 10,594.4 10,118.4 6,686.0 66.1 2.07 28.0%

    Total 47,452.6 35,336.2 74.5 13.12 55,805.0 56,233.7 43,680.6 77.7 13.51 4.5%

    P/ memria: PIB 269,346 323,226

    a/- Em termos reais, com inflao mdia a 12,7% e variao cambial mdia a 23,4%.

    Oramento

    Quadro 8 - Despesa de Investimento, por Origem e Modalidade do Financiamento(Em Milhes de Meticais)

    Ano 2009 Ano 2010

    Do montante global da Despesa de Investimento, 20.032,3 milhes de meticais

    foram financiados por recursos internos e 23.648,3 milhes de meticais por

    recursos externos, representando 6,2% e 7,3% do PIB, respectivamente.

  • ____________

    CGE de 2010 39

    A realizao da componente interna de investimento corresponde a 94,4% da

    respectiva dotao oramental e a um crescimento real de 32,3% em relao

    ao ano anterior, o que se explica pela implementao de novos projectos,

    nomeadamente nas reas de estradas, abastecimento de gua e produo de

    alimentos.

    Do valor total da componente externa de investimento, correspondente a

    67,5% da dotao oramental, 15.810,0 milhes de meticais foram financiados

    por donativos e 7.838,3 milhes de meticais por crditos, representando

    67.2,6% e 68,2% do oramentado, respectivamente.

    Relativamente ao exerccio anterior, o nvel de realizao da componente

    externa de investimento decresceu 12,5% em termos reais, o que se explica,

    em parte, pela variao cambial mdia de 23,4%, dado que em termos

    nominais registou um crescimento de 8,0%. Alm da variao cambial, outros

    factores influenciaram a realizao desta componente, sendo de destacar os

    seguintes:

    Inscrio de projectos no Oramento do Estado sem garantia de

    financiamento;

    Atraso no lanamento de concursos e na aprovao de contratos;

    Falta e/ou atraso no desembolso de fundos pelos parceiros de

    cooperao internacional; e

    Falta e/ou informao incompleta da utilizao dos fundos que no

    transitam pela Conta nica do Tesouro.

  • ____________

    CGE de 2010 40

    O grfico seguinte mostra a estrutura de financiamento do investimento,

    constatando que os fundos internos contriburam com o equivalente a 45,9%

    da despesa total, os donativos com 36,2% e os crditos externos com 18,0%.

    Grfico 5

    3.2.2.1 Despesa de Investimento por Fonte de Recursos e por mbitos

    Em termos de repartio da despesa realizada, por fonte de recursos, em

    comparao com o oramentado, verifica-se que o investimento foi

    financiado em 38,5% por receitas ordinrias, contra 30,0% oramentado, 7,3%

    por receitas consignadas, contra 6,0% oramentado, 0,1% por receitas

    prprias, contra 1,7% oramentado, 34,6% por donativos externos em moeda,

    contra 39,4% oramentado, 1,6% por donativos externos em espcie, contra

    2,5% oramentado e em 17,9% por crditos externos, contra 20,4%

    oramentado, conforme ilustra o Quadro seguinte:

    Financiamento Interno45.9%

    Donativos Externos36.2%

    Crditos Externos18.0%

    Estrutura do Financiamento da Despesa de Investimento

  • ____________

    CGE de 2010 41

    Taxa

    Provin- Distri- Autr- Peso Peso Realiz.

    cial tal quico (%) (%) (%)

    Internos 14,633.6 3,306.7 1,750.2 341.8 20,032.3 45.9 21,219.2 37.7 94.4

    11,418.7 3,306.1 1,750.1 341.8 16,816.8 38.5 16,843.5 30.0 99.8

    3,172.9 0.6 0.0 0.0 3,173.6 7.3 3,395.7 6.0 93.5

    42.0 0.0 0.0 0.0 42.0 0.1 980.0 1.7 4.3

    Externos 20,735.6 2,742.9 169.7 0.0 23,648.3 54.1 35,014.5 62.3 67.5

    12,208.5 2,737.1 159.0 0.0 15,104.6 34.6 22,136.0 39.4 68.2

    699.5 5.8 0.0 0.0 705.4 1.6 1,380.1 2.5 51.1

    7,827.6 0.0 10.8 0.0 7,838.3 17.9 11,498.4 20.4 68.2

    Despesa Valor 35,369.2 6,049.7 1,919.9 341.8 43,680.7 100.0 56,233.7 100.0 77.7

    Total Peso (%) 81.0 13.8 4.4 0.8 100.0

    Valor 46,239.8 7,578.9 2,069.0 345.9 56,233.7

    Peso (%) 82.2 13.5 3.7 0.6 100.0

    Valor

    Oramento

    Receitas Consignadas

    Receitas Prprias

    Donativos Ext. em Moeda

    Donativos Ext. em Espcie

    Crditos Ext. em Moeda

    Receitas Ordinrias

    Fonte

    Recursos

    Despesa Total Oramento

    Quadro 9 - Despesa Investimento por Fonte de Recursos e por mbitos

    (Em Milhes de Meticais)

    de

    mbito

    Central Valor

    Em termos de repartio das despesas de investimento por mbitos, verifica-

    se que o mbito central absorveu 81,0% da despesa total, contra 82,2%

    oramentado, o mbito provincial 13,8%, contra 13,5% oramentado, o

    mbito distrital 4,4%, contra 3,7% oramentado e o mbito autrquico 0,8%,

    contra 0,6% oramentado.

    Apresenta-se no Quadro seguinte a distribuio territorial da componente

    interna de investimento, em comparao com a dotao oramental e a

    realizao em 2009:

  • ____________

    CGE de 2010 42

    Classifi-

    cao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do

    Territorial mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB

    mbito Central 8,674.5 8,674.3 100.0 3.22 16,025.5 15,796.6 14,633.6 92.6 4.53

    mbito Provincial 2,743.2 2,739.0 99.8 1.02 2,604.1 3,317.5 3,306.7 99.7 1.02

    Niassa 220.3 220.3 100.0 0.08 112.8 106.1 106.1 100.0 0.03

    Cabo Delgado 184.1 184.1 100.0 0.07 191.8 183.6 183.6 100.0 0.06

    Nampula 411.0 411.0 100.0 0.15 491.4 775.1 775.1 100.0 0.24

    Zambzia 317.6 317.5 100.0 0.12 448.1 398.6 396.7 99.5 0.12

    Tete 288.3 284.2 98.6 0.11 232.1 236.7 236.7 100.0 0.07

    Manica 143.3 143.3 100.0 0.05 155.3 191.3 191.3 100.0 0.06

    Sofala 378.4 378.4 100.0 0.14 414.8 449.4 442.7 98.5 0.14

    Inhambane 194.2 194.2 100.0 0.07 130.1 213.1 213.1 100.0 0.07

    Gaza 141.1 141.1 100.0 0.05 152.2 186.2 185.2 99.5 0.06

    Maputo 250.3 250.3 100.0 0.09 140.7 318.0 316.8 99.6 0.10

    Cidade de Maputo 214.5 214.5 100.0 0.08 134.8 259.5 259.5 100.0 0.08

    mbito Distrital 1,749.9 1,743.1 99.6 0.65 1,806.2 1,759.2 1,750.2 99.5 0.54

    Distritos de Niassa 145.9 145.9 100.0 0.05 180.2 175.0 175.0 100.0 0.05

    Distritos de C.aboDelgado 152.2 152.2 100.0 0.06 200.2 187.2 187.2 100.0 0.06

    Distritos de Nampula 289.3 289.3 100.0 0.11 279.1 286.4 286.4 100.0 0.09

    Distritos da Zambzia 354.1 354.0 100.0 0.13 238.6 221.8 212.7 95.9 0.07

    Distritos de Tete 127.7 121.0 94.8 0.04 166.9 158.1 158.1 100.0 0.05

    Distritos de Manica 139.4 139.4 100.0 0.05 171.9 149.9 149.9 100.0 0.05

    Distritos de Sofala 123.5 123.5 100.0 0.05 148.5 134.1 134.1 100.0 0.04

    Distritos de Inhambane 130.3 130.3 100.0 0.05 181.5 217.6 217.6 100.0 0.07

    Distritos de Gaza 199.9 199.9 100.0 0.07 149.1 134.1 134.1 100.0 0.04

    Distritos de Maputo 87.6 87.6 100.0 0.03 90.1 95.0 95.0 100.0 0.03

    mbito Autrquico 279.0 275.0 98.6 0.10 354.8 345.9 341.8 98.8 0.11

    Despesa Total 13,446.6 13,431.5 99.9 4.99 20,790.6 21,219.2 20,032.3 94.4 6.20

    P/ memria: PIB 269,346 323,226

    Oramento

    Quadro 10 - Componente Interna de Investimento

    (Em Milhes de Meticais)

    Ano 2009 Realizao 2010

    Observa-se do quadro anterior que as despesas da componente interna de

    investimento passaram de 5,0% do PIB em 2009 para 6,2% em 2010, o que

    representa um crescimento em 1,2 pontos percentuais, com os rgos e

    instituies de mbito central a aumentarem em 1,3 pontos percentuais, os de

    mbito provincial e as autarquias a manterem os nveis de realizao do ano

    anterior, e os de mbito distrital a registarem uma ligeira diminuio em 0,1

    ponto percentual.

  • ____________

    CGE de 2010 43

    No que se refere componente externa de investimento, apresenta-se no

    Quadro seguinte a respectiva distribuio territorial, em comparao com a

    dotao oramental e a realizao em 2009:

    Classifi-

    cao Ora- Reali- Taxa % do Reali- Taxa % do

    Territorial mento zao (%) PIB Inicial Final zao (%) PIB

    mbito Central 29,588.4 19,044.1 68.1 7.07 32,789.5 30,443.2 20,735.6 68.1 6.42

    mbito Provincial 4,227.3 2,719.8 64.4 1.01 1,931.2 4,261.4 2,742.9 64.4 0.85

    Niassa 427.9 214.6 50.2 0.08 439.8 524.8 194.6 37.1 0.06

    Cabo Delgado 506.0 234.4 46.3 0.09 147.7 371.7 217.3 58.5 0.07

    Nampula 496.3 423.0 85.2 0.16 252.7 538.4 437.2 81.2 0.14

    Zambzia 400.0 349.1 87.3 0.13 139.7 376.4 273.4 72.6 0.08

    Tete 474.2 235.3 49.6 0.09 177.1 340.9 186.7 54.8 0.06

    Manica 214.1 181.3 84.7 0.07 105.4 302.9 194.6 64.3 0.06

    Sofala 376.6 270.4 71.8 0.10 184.6 601.2 325.8 54.2 0.10

    Inhambane 420.8 315.4 75.0 0.12 218.1 527.7 372.9 70.7 0.12

    Gaza 485.1 223.6 46.1 0.08 90.5 298.7 267.8 89.7 0.08

    Maputo 254.2 170.7 67.1 0.06 99.9 220.3 147.0 66.7 0.05

    Cidade de Maputo 172.2 102.2 59.4 0.04 75.7 158.7 125.6 79.2 0.04

    mbito Distrital 190.3 140.8 74.0 0.05 293.7 309.8 169.7 54.8 0.05

    Distritos de Niassa 14.1 14.1 0.0 0.01 15.1 16.3 16.3 99.5 0.01

    Distritos de Cabo Delgado 17.0 12.5 0.0 0.00 20.8 21.3 19.5 91.8 0.01

    Distritos de Nampula 20.8 20.7 99.5 0.01 21.2 22.7 22.3 98.3 0.01

    Distritos da Zambzia 39.4 27.8 70.7 0.01 81.4 84.9 34.9 41.1 0.01

    Distritos de Tete 21.8 12.7 58.4 0.00 56.1 57.1 19.2 33.5 0.01

    Distritos de Manica 8.2 8.2 0.0 0.00 8.9 9.7 9.6 99.1 0.00

    Distritos de Sofala 33.4 14.0 41.9 0.01 51.7 52.7 14.8 28.1 0.00

    Distritos de Inhambane 17.4 14.1 0.0 0.01 21.0 22.1 12.2 55.4 0.00

    Distritos de Gaza 13.6 12.0 0.0 0.00 12.2 15.2 14.1 93.0 0.00

    Distritos de Maputo 4.7 4.7 0.0 0.00 5.2 7.9 6.8 86.5 0.00

    Despesa Total 34,006.0 21,904.7 64.4 8.13 35,014.5 35,014.5 23,648.3 67.5 7.32

    P/ memria: PIB 269,346 323,226

    Oramento

    Quadro 11 - Componente Externa de Investimento

    (Em Milhes de Meticais)

    Ano 2009 Ano 2010

    As despesas da componente externa de investimento passaram de 8,1% do PIB

    em 2009 para 7,3% em 2010, o que representa um decrscimo em 0,8 pontos

    percentuais, sendo de destacar os rgos e instituies de mbito distrital que

    mantiveram os nveis de realizao do exerccio anterior, em termos do PIB.

  • ____________

    CGE de 2010 44

    3.2.3 Despesa Total por mbitos

    A despesa total distribuiu-se pelos diferentes mbitos oramentais, conforme

    ilustra o Quadro 7:

    Classifi-

    cao Ora- Reali- Ora- Reali- % de

    Territorial mento zao mento zao Valor % Peso Valor % Peso Real.

    mbito Central 34,207.3 32,046.3 46,239.8 35,369.2 80,447.1 68.1 67,415.5 65.4 83.8

    mbito Provincial 22,135.9 21,780.1 7,578.9 6,049.7 29,714.8 25.2 27,829.8 27.0 93.7

    Niassa 1,781.1 1,763.8 630.9 300.7 2,412.0 2.0 2,064.5 2.0 85.6

    Cabo Delgado 2,467.9 2,437.5 555.2 400.9 3,023.1 2.6 2,838.4 2.8 93.9

    Nampula 3,336.6 3,283.3 1,313.4 1,212.2 4,650.0 3.9 4,495.5 4.4 96.7

    Zambzia 2,867.0 2,811.2 775.0 670.1 3,642.0 3.1 3,481.3 3.4 95.6

    Tete 2,142.2 2,086.1 577.6 423.4 2,719.8 2.3 2,509.5 2.4 92.3

    Manica 1,948.8 1,929.1 494.2 385.9 2,443.0 2.1 2,315.0 2.2 94.8

    Sofala 2,680.5 2,620.2 1,050.6 768.5 3,731.1 3.2 3,388.6 3.3 90.8

    Inhambane 1,184.0 1,163.1 740.7 586.0 1,924.7 1.6 1,749.1 1.7 90.9

    Gaza 849.6 837.2 484.9 453.0 1,334.5 1.1 1,290.2 1.3 96.7

    Maputo 1,149.9 1,126.6 538.2 463.7 1,688.2 1.4 1,590.4 1.5 94.2

    Cidade de Maputo 1,728.2 1,722.1 418.2 385.2 2,146.4 1.8 2,107.3 2.0 98.2

    mbito Distrital 4,860.8 4,820.9 2,069.0 1,919.9 6,929.8 5.9 6,740.8 6.5 97.3

    Distritos de Niassa 98.8 96.2 191.4 191.3 290.1 0.2 287.5 0.3 99.1

    Distritos de Cabo Delgado 685.8 679.7 208.5 206.7 894.2 0.8 886.5 0.9 99.1

    Distritos de Nampula 897.0 886.2 309.1 308.7 1,206.1 1.0 1,194.9 1.2 99.1

    Distritos da Zambzia 228.4 223.9 306.6 247.6 535.0 0.5 471.5 0.5 88.1

    Distritos de Tete 131.1 127.1 215.2 177.2 346.2 0.3 304.4 0.3 87.9

    Distritos de Manica 160.6 159.5 159.6 159.5 320.1 0.3 319.0 0.3 99.6

    Distritos de Sofala 171.8 168.9 186.8 148.9 358.7 0.3 317.8 0.3 88.6

    Distritos de Inhambane 687.2 685.8 239.7 229.9 926.9 0.8 915.7 0.9 98.8

    Distritos de Gaza 940.2 938.9 149.3 148.2 1,089.5 0.9 1,087.1 1.1 99.8

    Distritos de Maputo 860.0 854.5 102.9 101.8 962.9 0.8 956.4 0.9 99.3

    mbito Autrquico 709.7 709.1 345.9 341.8 1,055.6 0.9 1,051.0 1.0 99.6

    Total 61,913.6 59,356.4 56,233.7 43,680.7 118,147.3 100.0 103,037.0 100.0 87.2

    Oramento Realizao

    Quadro 12 -Despesa Total por mbitos

    (Em Milhes de Meticais)

    Funcionamento Investimento Total

    Verifica-se que a despesa total foi realizada em 87,2%, em relao ao valor

    oramentado, sendo em 83,8% no mbito central, 93,7% no mbito provincial,

    97,3% no mbito distrital e 99,6% no mbito autrquico.

  • ____________

    CGE de 2010 45

    Em termos de repartio percentual, os rgos e instituies de mbito

    central absorveram o equivalente a 65,4% da despesa total, contra 68,1%

    oramentado, o mbito provincial 27,0% contra 25,2%, o mbito distrital 6,5%,

    contra 5,9% e o mbito autrquico 1,0%, contra 0,9%.

    3.2.4 Despesa Total Segundo a Classificao Funcional

    A despesa total, segundo a classificao funcional, apresentada no Mapa I -

    1-2 e resumida no Quadro seguinte:

    Ora- Reali- Ora- Reali- % de

    mento zao mento zao Valor % Peso Valor % Peso Real.

    Servios Pblicos Gerais 18,875.4 18,699.6 10,962.6 9,775.4 29,838.0 25.3 28,475.0 27.6 95.4

    Defesa 2,573.0 2,564.8 238.0 236.7 2,811.0 2.4 2,801.4 2.7 99.7

    Segurana e Ordem Pblica 6,090.5 6,076.9 696.4 696.4 6,786.9 5.7 6,773.3 6.6 99.8

    Assuntos Econmicos 6,934.6 5,994.5 20,227.4 16,189.1 27,162.0 23.0 22,183.6 21.5 81.7

    Proteco Ambiental 195.3 195.2 337.0 182.8 532.3 0.5 377.9 0.4 71.0

    Habitao e Desenv. Colectivo 436.1 413.3 7,685.4 5,646.2 8,121.5 6.9 6,059.4 5.9 74.6

    Sade 4,452.1 4,411.8 5,735.7 3,683.9 10,187.8 8.6 8,095.7 7.9 79.5

    Recreao, Cultura e Religio 825.6 749.1 1,267.8 595.6 2,093.4 1.8 1,344.7 1.3 64.2

    Educao 14,952.0 14,556.1 7,774.0 5,971.9 22,726.0 19.2 20,528.0 19.9 90.3

    Segurana e Aco Social 6,579.1 5,695.2 1,309.3 702.7 7,888.3 6.7 6,398.0 6.2 81.1Total 61,913.6 59,356.3 56,233.7 43,680.7 118,147.3 100.0 103,037.0 100.0 87.2

    Oramento Realizao

    Quadro 13 - Despesa Total Segundo a Classificao Funcional

    (Em Milhes de Meticais)

    Funcionamento Investimento Total

    Funo

    A realizao segundo a classificao funcional mostra que das dez principais

    funes em que est repartida a despesa, quatro atingiram taxas superiores

    mdia global de 87,2%, situando-se entre 90,3% a 99,8% das respectivas

    dotaes oramentais, as restantes ficaram abaixo da mdia, com taxas que

    variam de 64,2% a 81,7%.

  • ____________

    CGE de 2010 46

    Em termos de repartio percentual da despesa, constata-se que os Servios

    Pblicos Gerais, os Assuntos Econmicos e a Educao so os que mais

    recursos absorveram, tendo-lhes cabido o equivalente a 27,6%, 21,5% e 19,9%

    da despesa total, respectivamente.

  • ____________

    CGE de 2010 47

    3.2.5 Despesa dos Sectores Prioritrios que integram o PARPA

    As despesas dos sectores e instituies prioritrios do PARPA atingiram o

    valor de 57.341 milhes de meticais, correspondente a 85,9% da dotao

    oramental e a um crescimento real de 3,6% em relao ao ano anterior,

    conforme se pode verificar no quadro seguinte:

    Varia-

    Taxa Taxa o

    Peso Peso Real. Peso Peso Real. 2009/10

    (%) (%) (%) (%) (%) (%) a/

    Educao 18,228 20.2 16,673 21.4 91.5 22,177 20.0 19,871 20.8 89.6 3.4%

    Ensino Geral 15,549 17.3 14,194 18.3 91.3 18,040 16.3 16,390 17.1 90.9 0.0%

    Ensino Superior 2,680 3.0 2,479 3.2 92.5 4,137 3.7 3,481 3.6 84.2 23.2%

    Sade 11,512 12.8 8,052 10.4 69.9 9,894 8.9 7,965 8.3 80.5 -15.6%

    Sistema de Sade 10,935 12.1 7,737 9.9 70.7 9,429 8.5 7,708 8.1 81.7 -14.9%

    HIV/SIDA 577 0.6 315 0.4 54.6 465 0.4 257 0.3 55.2 -32.3%

    Infraestruturas 13,791 15.3 10,134 13.0 73.5 18,026 16.3 15,364 16.1 85.2 28.0%

    Energia/Recursos Minerais 1,159 1.3 1,139 1.5 98.3 1,388 1.3 1,045 1.1 75.3 -20.3%

    Estradas 6,725 7.5 5,450 7.0 81.0 10,228 9.2 9,207 9.6 90.0 43.8%

    guas 5,343 5.9 3,066 3.9 57.4 5,530 5.0 4,527 4.7 81.9 21.2%

    Obras Pblicas 564 0.6 479 0.6 85.0 879 0.8 584 0.6 66.4 7.2%

    Millenium Challenge Account 350 0.4 348 0.4 0.4 1,250 1.1 838 0.9 67.0 96.2%

    Agricultura e Desenv. Rural 4,852 5.4 3,648 4.7 75.2 4,662 4.2 3,719 3.9 79.8 -12.9%

    Boa Governao 7,989 8.9 7,644 9.8 95.7 9,310 8.4 8,421 8.8 90.4 -3.0%

    Segurana/Ordem Pblica 2,827 3.1 2,823 3.6 99.9 4,205 3.8 3,755 3.9 89.3 18.0%

    Administrao Pblica 2,083 2.3 1,748 2.2 83.9 2,476 2.2 2,102 2.2 84.9 3.9%

    Sistema Judicial 3,079 3.4 3,074 4.0 99.8 2,629 2.4 2,563 2.7 97.5 -26.2%

    Outros Sectores Prioritrios 1,204 1.3 1,083 1.4 89.9 1,415 1.3 1,165 1.2 82.3 -6.9%

    Aco Social 917 1.0 836 1.1 91.2 1,109 1.0 871 0.9 78.5 -10.6%

    Trabalho e Emprego 287 0.3 247 0.3 85.9 305 0.3 294 0.3 96.4 5.8%

    Despesa Total Sect. Prioritrios 57,927 64.3 47,581 61.2 82.1 66,734 60.2 57,341 59.9 85.9 3.6%

    Restantes Sectores 32,129 35.7 30,177 38.8 93.9 44,049 39.8 38,332 40.1 87.0 28.1%

    Desp. Total s/ Encar. e Combust. 90,055 100.0 77,758 100.0 86.3 110,783 100.0 95,673 100.0 86.4 13.1%

    Encargos da Dvida 1,392 1,371 98.5 2,673 2,673 100.0 69.0%

    Subsdios aos Combustveis 4,692 4,692 100.0

    Despesa Total 91,447 79,129 86.5 118,147 103,037 87.2 14.1%

    a/- Em termos reais, com inflao mdia de 12.7% e variao cambial de 23.4%.

    Oramento Realizao

    Valor Valor

    Quadro 14 - Despesa dos Sectores Prioritrios

    (Em Milhes de Meticais)

    Sectores/Instituies

    Prioritrios

    Oramento

    Ano 2009 Ano 2010

    Realizao

    ValorValor

    As despesas dos sectores prioritrios so representam 59,9% da despesa total

    excluindo os Encargos da Dvida e os subsdios aos combustveis, tendo os

  • ____________

    CGE de 2010 48

    sectores da Educao e da Sade absorvido em conjunto o valor de 27.836

    milhes de meticais, equivalente a 48,5% da despesa total dos sectores

    prioritrios do PARPA.

    A real