View
193
Download
5
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Professora a distância: Gisele Zanardi
Tutora a distância:kellySinara e Silva Cavalheiro de Rezende
Castro 2013
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Curso: Administração
Disciplina: Contabilidade Geral
Acadêmicos
Tutora a distância: kellySinara e Silva Cavalheiro de Rezende
Trabalho elaborado para a disciplina de contabilidade geral conforme solicitado pela ProfªMa. Gisele Zanardi
Castro 2013
Resumo
O surgimento da contabilidade pode ser explicado pela necessidade de suprir as limitações
da memória humana mediante um processo de classificação e registo que lhe permitisse
recordar facilmente as variações sucessivas de determinadas grandezas, para que em
qualquer momento pudesse saber a sua dimensão. Progressivamente a contabilidade
transforma-se numa fonte de informações na medida em que pode facultar a qualquer
momento o conhecimento da situação da empresa e o andamento dos seus negócios.
Podemos assim dizer que a contabilidade é uma técnica de gestão que tem como finalidade
a determinação da situação patrimonial das empresas e dos seus resultados. Presentemente,
às empresas não interessa apenas o registo histórico dos factos patrimoniais. Também a
previsão do futuro é um facto relevante da gestão moderna. A contabilidade já não é
entendida apenas como um elemento de simples recolha e interpretação de dados
históricos, mas também uma técnica eficiente de gestão. De fato, a gestão moderna não se
limita a conhecer o passado e o presente. Devido a diversos factores, entre os quais os
acréscimos concorrenciais, tornam-se necessário, cada vez mais, conhecer/prever o futuro
a fim de estabelecer objectivos, e planear a actividade mediante uma prévia selecção das
diversas alternativas possíveis. Para isso são necessários elementos de diverso tipo que
fundamentem essas escolhas - os dados fornecidos pela contabilidade constituem um
importante auxiliar no fornecimento desses elementos. Por outro lado, depois de
estabelecidos os objectivos e formulado o planeamento, existe a necessidade de estabelecer
formas de controlo de gestão e mais uma vez a contabilidade surge como um importante
auxiliar fornecendo os elementos indispensáveis a esse controle.
ABSTRACT
The rise of accounting can be explained by the need to overcome the limitations of human
memory through a classification and registration process that would allow you to easily
recall successive variations of certain quantities, so that at any time could know their size.
The accounting becomes a source of information in that it can provide at any time the
knowledge of the company's situation and the progress of your business. We can thus say
that accounting is a management technique that aims to determine the assets and liabilities
of the companies and their results. At present, businesses no matter just the historical
record of the facts sheet. Also the prediction of the future is a relevant fact of modern
management. The accounting is no longer perceived only as a simple element collection
and interpretation of historical data but also an efficient management technique. In fact, the
modern management is not limited to know the past and the present. Due to various
factors, including the increased competitive becomes increasingly necessary to
know/predict the future in order to establish objectives, and planning the activity by means
of a prior selection of the various possible alternatives. For this type of several elements
are needed to support these choices--the data provided by the accounting are an important
aid in the provision of these elements. On the other hand, after established the objectives
and formulated the planning, there is a need to establish forms of management control and
accounting once again emerges as a major assist by providing the essential elements to this
check.
Sumário
Introdução .....................................................................................................6
Reorganização de balanço.............................................................................7
Classificando em Bens, Direitos e Obrigações..............................................8
Situação patrimonial a empresa.....................................................................9
Aplicações Variadas plano de contas...........................................................10
Aplicações variadas......................................................................................11
A extruturas..................................................................................................12
Tabela ativos e Passivos...............................................................................12
Não é contas de resultado.............................................................................14
Modelo da demonstração de resultado de exercícios....................................16
Plano de contas..............................................................................................18
Plano de contas não circulante.......................................................................19
Plano de contas passivos................................................................................20
Despesas operacionais....................................................................................21
Balancete de verificação.................................................................................24
Apuração de resultado de exercícios..............................................................25
Ativo...............................................................................................................26
Passivos...........................................................................................................28
Resultado de exercício futuros........................................................................29
Patrimônio líquido...........................................................................................30
Demonstrações do resultado exercício............................................................31
Conciderações finais........................................................................................33
Referencias bibiograficas.........................................................................34
INTRODUÇÃO
As demonstrações financeiras básicas são: Balanço Patrimonial apresenta a situação
patrimonial da empresa confrontando com os seus Ativos e Passivos ou Patrimônio Líquido.
Demonstração do Resultado do Exercício (tem por finalidade apresentar um resumo
dos resultados financeiros das operações da empresa em um determinado período);
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (relata como o Capital
Circulante).
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (retrata as alterações ocorridas na
conta durante o período). Estaremos demonstrando em uma correção de um Balanço Patrimonial
de uma empresa e sua situação financeira.
Entender como estruturar e analisar as demonstrações contábeis é de grande
importância para a administração do negócio. Estas demonstrações contábeis mostram uma
rápida visão intuitiva da situação da empresa e ainda são bases para planejar os negócios e
elaborar orçamentos internos. Há quatro demonstrações financeiras básicas: Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).
Para apresentação das estruturas e análises utilizaremos as demonstrações financeiras
da empresa Inovação & Desafio Com. Ltda.
Para contabilidade o termo técnico “Conta” é uma denominação dada aos Elementos
Patrimoniais, isto é, aos Bens, aos Direitos, as Obrigações e ao Patrimônio Líquido.
6
REORGANIZAÇÃO DO BALANÇO
Contas patrimoniais – em 20/08/2009( Tabela 1)A= Ativo D= Direito O= Obrigações
A – D - O
Contas Valor (R$)
A Caixa 6.000D Banco conta movimento 250.000O Fornecedores 480.000A Imóveis 185.000D Duplicatas a receber 380.000O Contas a pagar 55.000D Títulos a receber 15.000A Instalações 40.000A Veículos 75.000A Estoques - Mercadorias 280.000A Móveis e utensílios 43.000A Terrenos 50.000A Estoques - Materiais de escritórios 8.500O Aluguéis a pagar 3.000O Impostos e taxas a recolher 101.000A Diferido 25.000O Seguros a pagar 4.000A Computadores e periféricos 25.000D Adiantamentos a funcionários 60.000A Estoques - Material de limpeza 1.200O Energia elétrica a pagar 800D Aplicações financeiras de curto prazo 24.000D Adiantamento ao fornecedor 127.500A Material de embalagem 7.000O Empréstimos a pagar 150.000D Impostos a recuperar 70.000A Marcas e patentes 15.600A Gastos de constituição 145.500D Despesas pagas antecipadamente 300
7
Classificando em Bens, Direitos e Obrigações.
B= Bens D= Direito O= Obrigações
B – D - O Contas Valor (R$)B Caixa 6.000D Banco conta movimento 250.000O Fornecedores 480.000B Imóveis 185.000D Duplicatas a receber 380.000O Contas a pagar 55.000D Títulos a receber 15.000B Instalações 40.000B Veículos 75.000B Estoques - Mercadorias 280.000B Móveis e utensílios 43.000B Terrenos 50.000B Estoques - Materiais de escritórios 8.500O Aluguéis a pagar 3.000O Impostos e taxas a recolher 101.000B Diferido 25.000O Seguros a pagar 4.000B Computadores e periféricos 25.000D Adiantamentos a funcionários 60.000B Estoques - Material de limpeza 1.200O Energia elétrica a pagar 800D Aplicações financeiras de curto prazo 24.000D Adiantamento ao fornecedor 127.500B Material de embalagem 7.000O Empréstimos a pagar 150.000D Impostos a recuperar 70.000B Marcas e patentes 15.600B Gastos de constituição 145.500O Despesas pagas antecipadamente 300
Classificar os bens em: Bens de Uso, Bens de Consumo, Bens de Troca e Bens Intangíveis.
Definir seus valores totais e seus valores específicos.
Bens de Troca: R$ 286.000,00
Bens de Uso: R$ 418.000,00
8
Bens de Consumo: R$ 16.700,00
Bens Intangíveis: R$ 186.100,00
Total de Bens: R$ 906.800,00
Situação patrimonial a empresa
Sua situação financeira traz um Patrimônio Líquido Positivo e satisfatório, pois a análise
dessas demonstrações financeiras é dividida em:
Situação financeira: apresentada pelos Índices de Liquidez (medem a capacidade
da empresa em honrar seus compromissos) e pelos Índices de Endividamento (mostram as
grandes linhas de decisões financeiras, em termos de origens e aplicações de recursos), sendo
assim, sua situação patrimonial estável e a riqueza liquida positiva.
As empresas desenvolvem suas atividades financeiras que precisam ser
registradas. Estes registros demonstram a vida da empresa e possibilitam uma análise completa
de sua situação. A administração desses dados é responsabilidade do administrador financeiro,
estruturando-os e analisando-os, gerando informações essenciais para o processo de tomada de
decisão, a importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como
analisá-las, auxilia o administrador financeiro a tomar decisões que possibilitam grandes retornos
financeiros e crescimento à empresa. Com estes conhecimentos, eles podem ainda identificar e
descobrir
Ativo PassivoCirculante CirculanteRealização a curto prazo Exigível a curto prazoBens, Direitos a receber Obrigações a pagarNão circulante Não circulanteRealização a longo prazo Exigível a longo prazoBens, Direitos a receber Obrigações a pagar
Patrimônio líquidoSatisfatórioBens + direitos - Obrigações
9
Pesquisa
Encontramos no jornal O Popular, balanços publicados com a mesma situação líquida da
empresa INOVAÇÃO & DESAFIO COM Ltda. e nos sitesBMF & Bovespa. Disponível em:
www.bmfbovespa.com.br. Acesso em: 09 abril 2012. Comissão de Valores Mobiliários.
Disponível em: www.cvm.gov.br> Acesso em: 09 abril 2012. Imprensa Nacional. Disponível
em: . Acesso em: 09 de maio 2011. Uma empresa de exemplo, Natura (BMF & Bovespa:
NATU3) é uma empresa brasileira que atua no setor de produtos de tratamento para o rosto e o
corpo, banho, óleos corporais, perfumaria, cabelos, proteção solar, infantil e higiene oral.
Fundada em 1969 por Antônio Luiz SEABRA, hoje está presente no Brasil, Argentina, Chile,
Colômbia, México, Peru, Venezuela e França, com planos de expansão para os Estados Unidos
da América. O número de funcionários, chamado na empresa de "colaboradores", atingiu 5.919
em 2007.
A análise financeira corresponde a um conjunto de técnicas que proporcionam um
diagnóstico sobre a situação econômico-financeira da organização analisada. São utilizadas
profissionalmente em trabalhos como: avaliação de desempenho organizacional, análise da
eficácia e efetividade do planejamento financeiro, de fundamentação de reorganizações
societárias e de reestruturação financeira, avaliações periciais, entre outros.
As aplicações são variadas
• Verificar capacidade de pagamento, rentabilidade e limites de crédito de um negócio;
• Monitorar a geração de caixa (fluxo);
• Avaliar a natureza das dívidas (composição) e políticas operacionais;
• Verificar se a remuneração dos sócios ou acionistas é compatível com a expectativa
destes; quando as contas do Ativo Circulante crescem mais que as contas do Passivo Circulante
na transição entre períodos consecutivos, em geral, revela-se folga financeira. Essa situação de
“folga financeira” será ainda mais favorável se as contas de ativo tiverem alta rotatividade (no 10
caso das rubricas “contas a receber” e “estoques”) e disponibilidade imediata para movimentação
(nível das contas “caixa e bancos”).
Na hipótese contrária, pode-se inferir aperto financeiro. Deve-se avaliar a
dimensão da situação, favorável ou desfavorável.
A BMF&BOVESPA divulgou o balanço de operações de fevereiro. Os destaques
do mês foram:
• Balanço passa a incluir remuneração a acionistas (dividendos e juros sobre capital
próprio);
• Segmento Bovespa registra recordes de média diária de volume financeiro e de
número de negócios;
• Volume financeiro de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) salta de R$ 70,46
milhões para R$ 309,36 milhões;
• Estoque de títulos do agronegócio registrados na Bolsa cresce de R$ 9,85bilhões para
R$ 10,75 bilhões;
Em fevereiro de 2012, as empresas listadas na BMF&BOVESPA pagaram a seus
acionistas R$ 2,75 bilhões. Desse montante, R$ 2,21 bilhões referem-se a pagamento de juros
sobre capital próprio e R$ 390,75 milhões a dividendos. Em janeiro de 2012, os valores pagos
foram de R$ 1,61 bilhão no total, sendo R$ 137,27 milhões em juros sobre capital próprio e R$
326,49 milhões em dividendos.
O volume financeiro total no segmento Bovespa atingiu R$ 157,36 bilhões, em
fevereiro, ante R$ 132,26 bilhões, em janeiro de 2012. A média diária alcançou recorde histórico
de R$ R$8.282,37 milhões, superando os R$ R$7.777,83 milhões registrados em outubro de
2010. Em janeiro, a média diária foi de R$ 6,29 bilhões.
O número total de negócios atingiu 15.211.530 em fevereiro, enquanto em janeiro foi de
14.674.699. A média diária alcançou o recorde histórico de 800.607, ultrapassando a marca
11
anterior de 705.855, registrada em agosto de 2011. Em janeiro, a média diária ficou em 698.795
negócios.
Em fevereiro, os Fundos de Investimento Imobiliários (FII) movimentaram R$ 309,36
milhões em 9.568 negócios. No mês anterior, o volume financeiro registrado foi de R$ 70,46
milhões, em 9.038 negócios. O mês de fevereiro encerrou com 69 fundos imobiliários registrados
e autorizados a negociação nos mercados de bolsa e balcão da BMF&BOVESPA.
O estoque de títulos do agronegócio registrados na BMF&BOVESPA totalizou R$ 10,75
bilhões, ante R$ 9,85 bilhões, em janeiro, somando todas as operações realizadas no Sistema de
Registro de Títulos do Agronegócio (SRTA). O estoque de LCAs (Letra de Crédito do
Agronegócio) totalizou R$ 9,20 bilhões, ante R$ 8,40 bilhões, em janeiro.
Ativo PassivoCaixa 6.000,00 Fornecedores 480.000,00Banco conta movimento 250.000,00 Contas a pagar 55.000,00Imóveis 185.000,00 Aluguéis a pagar 3.000,00Duplicatas a receber 380.000,00 Impostos e taxas a recolher 101.000,00Títulos a receber 15.000,00 Seguros a pagar 4.000,00Instalações 40.000,00 Energia elétrica a pagar 800,00Veículos 75.000,00 Empréstimos a pagar 150.000,00Estoques – Mercadorias 280.000,00Móveis e Utensílios 43.000,00 Total Passivo 793.800,00Terrenos 50.000,00Estoques - Materiais de escritórios
8.500,00 Patrimônio Líquido
Diferido Capital Social 950.300,00Computadores e periféricos 25.000,00Adiantamentos a funcionários 25.000,00 Reserva de lucros 89.500,00Estoques – Materiais de limpeza 60.000,00Aplicações financeiras de curto prazo
1.200,00
Adiantamento ao fornecedor 24.000,00Material de embalagemImpostos a recuperar 127.000,00Marcas e Patentes 7.000,00Gastos de constituição 70.000,00Despesas pagas antecipadamente
15.600,00
145.000,00300,00
12
Total 1.833.600,00 Total 1.833.600,00
Resposta: O Capital Social é de 950.300,00
A estrutura não atende a lei descrita acima conforme a Lei 6.404/76 (modificada pela Lei
11.941/2009), no Balanço Patrimonial recolhido na Etapa 1 os gastos de constituição e diferido
estão citados no grupo Investimentos.
De acordo com a Lei nº 11.638 de 28.12.2007
Artigo 178. (...)
§ 1º (...)
(...)
Ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
V - no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação
do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas
durante o período que anteceder o início das operações sociais.
De acordo com a Lei 11.941/2009
§ 7o(Revogado).” (NR)
“Art. 178. .......................................................................
§ 1o ................................................................................
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
13
Com a extinção do ativo diferido. A Lei 11.941/2009 modificou a composição dos
grupos patrimoniais, e estabeleceu que o ativo não-circulante será composto por ativo realizável a
longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível, não citando o diferido. Portanto, este
subgrupo deixa de existir.
Os Gastos com constituição assim como desenvolvimentos de produtos, pré-
operacionais e outros são Gastos Diferidos. Embora possam resultar tanto em bens como direitos
o Diferido, no meu entender, não é nenhum ou outro, na verdade são Custos diferentes, por isto o
nome diferido. São gastos que ocorreram, mas que ainda não podem, devido os princípios
contábeis, serem baixados como despesas ou custos então eles são Diferidos para serem
amortizados com o passar dos anos.
O saldo correspondente a gastos de constituição e organização existente em 1o de
julho de 2008 será mantido até sua completa amortização, sujeito ainda a análise anual de sua
recuperação.
Inovação & Desafio Com. Ltda
Náo é conta de resultado
(x)
Contas Valor (R$)
Outras receitas 75.250Devoluções de vendas 10.290
X Fornecedores 680.000X Provisões para imposto de renda pessoa
jurídico e contribuição social81.700
Vendas de mercadorias 700.000Estoque inicial de mercadorias 285.000
X Despesas pagas antecipadamente 700Despesas com salários 45.800Outras despesas operacionais 15.950
X Contas apagar 55.000Juros ativos 23.000Abatimentos s/vendas 11.900ICMS sobre vendas 131.200
X Compras de mercadorias 170.500Despesas com publicidades propagandas do mês
35.000
14
Despesas com energia elétrica da loja 1.800X Empréstimo a pagar 315.600
Juros passivos 47.090Despesas de aluguel 5.500
X Estoque final de mercadorias 211.600
Valor do Custo das Mercadorias Vendidas:
CMV = Estoque inicial: 280.000
Compras: 120.500
Fretes s/ Compras: 0,00
Devolução de Compras: 0,00
Abatimentos s/ Compras: 0,00
Estoque final = 210.600,00
CMV = (280.000 + 120.500) – 210.600 = 189.900
Lucro Bruto:
L.B = Venda de Mercadoria: 600.000
CMV: 189.900
Despesas de Venda:
- Devolução de vendas: 5.900
- Abatimentos s/ vendas: 5.670
15
L.B = 600.000 – 189.900 – 5.900 – 5.670 = 398.530
Lucro Líquido:
L.L = Lucro Bruto: 398.530
Impostos sobre venda: 72.000
L.L = 398.530 – 72.000 = 326.530
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma
vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num
determinado período, normalmente, de doze meses.
De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado
do Exercício discriminar:
• A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto;
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
• O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo
na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa;
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
16
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao
princípio da competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em
moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.
Plano de Contas – Inovação & Desafio Com. Ltda , em 20/08/2009.
1. ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.01 Disponível
1.1.01.01 Caixa
1.1.01.01.01 Caixa
1.1.01.02 Banco conta movimento
1.1.01.03 Aplicações financeiras curto prazo
1.1.01.03.01 Aplicações financeiras curto prazo
1.1.02 Clientes
1.1.02.01 Cliente X
1.1.02.02 Cliente Y
1.1.03 Duplicatas a receber
1.1.04 (-) Duplicatas descontadas
1.1.05 (-) Provisão p/ devedores duvidosos
1.1.06 Adiantamento a fornecedores
1.1.07 Adiantamento a empregados
1.1.08 Títulos a receber
1.1.08.01 Nota promissória a receber
1.1.09 Impostos diversos a compensar
1.1.09.01 ICMS a recuperar
1.1.09.02 IPI a recuperar
1.1.09.03 IRRF a recuperar
17
1.1.09.04 CSLL a recuperar
1.1.09.05 PIS a recuperar
1.1.09.06 INSS a recuperar
1.1.09.07 COFINS a recuperar
1.1.09.08 Outros tributos a recuperar
1.1.10 Estoques
1.1.10.01 Mercadorias para Revenda
1.1.10.02 Produtos em elaboração
1.1.10.03 Matéria prima
1.1.10.04 Material de embalagem
1.1.10.05 Materiais de Uso/Consumo
1.1.11 Títulos e valores mobiliários
1.1.11.01 Depósito p/ incentivo fiscal
1.1.12 Despesas antecipadas
1.1.12.01 Juros s/ empréstimo de capital de giro
1.1.12.02 Juros s/ financiamento Imobilizados
1.1.12.03 Despesas financeiras
1.1.12.04 Seguros
1.1.12.05 Vale transporte
1.1.12.06 Outras
1.2 Não Circulante
1.2.01 Realizável à longo prazo
1.2.01.01 Aplicações em Incentivos Fiscais
1.2.02 Investimentos
1.2.02.01 Participação empresas ações diversas
1.2.02.02 Outros investimentos
1.2.03 Imobilizado
1.2.03.01 Terrenos
1.2.03.02 Móveis e utensílios
1.2.03.03 (-) Depreciação móveis e utensílios
1.2.03.04 Instalações
1.2.03.05 (-) Depreciação instalações
18
1.2.03.06 Máquinas, equipamentos e ferramentas
1.2.03.07 (-) Depreciação máquinas, equipamentos e ferramentas
1.2.03.08 Computadores e periféricos
1.2.03.09 (-) Depreciação Computadores
1.2.03.10 Veículos
1.2.03.11 (-) Depreciação veículos
1.2.03.12 Imóveis
1.2.03.13 (-) Depreciações Imóveis
1.2.04 Intangíveis
1.2.04.01 Marcas e Patentes
1.2.04.02 (-) Amortização Marcas e patentes
1.2.04.03 Pesquisa e desenvolvimento
1.2.04.04 (-) Amortização Pesquisas e desenvolvimento
1.2.04.05 Direitos autorais
1.2.04.06 (-) Amortização sobre direitos autorais
2. PASSIVO
2.1 Circulante
2.1.01 Salários a pagar
2.1.02 Fornecedores
2.1.03 Duplicatas a pagar
2.1.04 Empréstimo e financiamentos
2.1.05 Imposto a pagar / recolher
2.1.06 Títulos a pagar
2.1.07 Encargos Sociais a Recolher
2.1.08 Outros Títulos a Pagar
2.1.09 Aluguéis a pagar
2.1.10 Água e Luz a pagar
2.1.11 Dividendos Propostos a Pagar
2.2 Não Circulante
2.2.01 Exigível à Longo Prazo
2.2.01.01 Promissórias a Pagar de Longo Prazo
19
2.3 Patrimônio líquido
2.3.01 Capital Social
2.3.01.01 Capital Subscrito
2.3.01.02 (-) Capital a Integralizar
2.3.02 Reserva de capital
2.3.02.02 Ágio na emissão de ações
2.3.02.03 Alienação de partes beneficiárias
2.3.03 Reservas de Reavaliação (saldos de 2007)
2.3.04 Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.3.05 Reservas de Lucros
2.3.05.01 Reserva Legal
2.3.05.02 Reserva Estatutária
2.3.05.03 Reserva para Contingências
2.3.05.04 Reserva de Incentivos Fiscais
2.3.05.05 Reserva de Retenção de Lucros
2.3.05.06 Reserva de Lucros a Realizar
2.3.05.07 Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos
2.3.06 (-) Ações em Tesouraria
2.3.07 (-) Prejuízos Acumulados
2.3.07.01 Lucros do exercício
2.3.07.02 (-) Prejuízos do exercício
3. RECEITA
3.1 Receita bruta s/ vendas e serviços
3.1.01 Receita bruta de venda
3.1.01.01 Revenda de mercadorias
3.1.02 Receita bruta de serviços
3.1.02.01 Prestação de serviços
3.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços
3.2.01 Dedução de receita bruta de vendas
3.2.01.01 Cancelamento de devoluções
3.2.01.02 Abatimento incondicional
3.2.01.03 ICMS
20
3.2.01.04 COFINS
3.2.01.05 PIS s/ vendas e serviços
3.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços
3.2.02.01 ISS
3.3 Receita operacional
3.3.01 Receita financeira
3.3.01.01 Variação monetária ativa
3.3.01.02 Juros s/ aplicações financeiras
3.3.01.03 Descontos obtidos
3.3.01.04 Receita de aplicações pré-fixadas
3.3.01.05 Multas ativas
Balancete de Verificação
21
O balancete de verificação é uma conta transitória, ou seja, um demonstrativo auxiliar não
obrigatório, que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário. Serve para verificar se o
método de partidas dobradas está sendo elaborado pela escrituração da empresa. Neste método
cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se
a soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores. Sendo então a relação de contas
com seus respectivos saldos extraídas dos registros contábeis atualizados em determinado
período, regulamentado pela Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 2.7 – NBC 2.7, que foi
revogada pela RESOLUÇÃO CFC N.º 1.330/11.
Mas segundo a NBC 2.7 sua periodicidade deverá ser mensal, exclusivamente para fins
operacionais e o seu grau de detalhamento deverá ser adequado com sua finalidade, podendo ser
levantado a qualquer momento. Caso o demonstrativo seja destinado a usuários externos o
documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo conselho regional de contabilidade
(CRC). O usual é sua elaboração antes da apuração e encerramento do resultado do exercício,
uma vez que ele abrange as contas de despesas e receitas, sendo chamado de inicial por estar
sujeito a ajustes como depreciações, rateios, provisões etc. Porém pode ser levantados após a
apuração, distribuição e encerramento do resultado do exercício mas não abrangerá as contas de
despesas e receitas, dado que seus saldos estarão zerados pelo encerramento e transferência para
o Patrimônio Líquido.
Este instrumento de verificação, quando for levantado mensalmente, põem a disposição da
administração da empresa um resumo de todas as operações, bem como todos os saldos existentes
serve também como suporte aos no final do período. Assim os gestores podem visualizar a
situação financeira e econômica da empresa diante dos saldos mensurados, sendo um
demonstrativo de fácil entendimento e de grande relevância, tornado assim um auxiliar nas
tomadas de decisões.
Apuração do Resultado do Exercício
As contas de resultado são compostas pelas Receitas e Despesas. A principal característica destas
contas é serem transitórias, ou seja, são encerradas ao final de cada período contábil (dia, mês, 22
trimestre, semestre, ano etc..). Por uma exigência legal as empresas são obrigadas, a pelo menos
uma vez por ano, a encerrar todas as contas de resultado, receitas, despesas. O encerramento
consiste no confronto das despesas com as receitas, para apuração do lucro ou prejuízo do
período. Os saldos das contas de resultado serão zeradas para o próximo período contábil. E para
o próximo período contábil acumularão novos valores e consequentemente nova apuração de
resultado.
Assim para avaliar se a empresa teve lucro ou prejuízo é necessário comparar a Receita e a
Despesa do período. E a contabilidade trata as receitas e despesas de duas formas, aplicando a
regra do regime de caixa e de competência. O tratamento dado se refere ao reconhecimento da
receita, se recebida ou não, e da despesa, se paga ou não. No regime de caixa o critério de
avaliação é a analise das entradas e saídas de dinheiro. E o regime de competência a receita é
reconhecida independente de seu recebimento, observando o seu fato gerador, ou seja, no
momento em que os bens e serviços são transferidos aos compradores, tanto para pagamento a
vista como a prazo.
Mas antes temos que a Receita corresponde à venda de mercadorias ou à prestação de
serviços, e a Receita sempre aumenta o Ativo, embora nem todo aumento de Ativo signifique
receita. E a Despesa é toda atividade e esforço da empresa para estar preparada para obter
receitas, assim a Despesa diminui o Ativo-Caixa ou aumenta o Passivo-Dívida
A obtenção do Resultado é a soma das Receitas e das Despesas. Caso, no exercício, o total
das receitas for maior que o total das despesas, o resultado será Positivo, havendo Lucro. E
ocorrendo o contrário, o total das receitas for menor que o total das despesas, o resultado será
Negativo, ocorrendo Prejuízo.
Assim esse resultado é apurado e será confirmado na Demonstração do Resultado do
Exercício, que apresenta um resumo ordenado das despesas e das receitas do período, que
também facilita as tomadas de decisão. E ainda pode-se verificar se o objetivo maior da empresa
foi atingido, ou seja, se os benefícios obtidos foram maiores que os sacrifícios realizados.
Este relatório abordará o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da
empresa fictícia INOVAÇÃO & DESAFIO COM Ltda.23
As demonstrações tidas como obrigatórias no Brasil são: Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados (DLPA), Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). Além de
todas estas demonstrações supracitadas devemos ressaltar a importância e necessidade da
elaboração das notas explicativas como forma de complemento das demonstrações contábeis.
Este trabalho tem por objetivo enfatizar essas obrigatoriedades detalhadamente com objetivo de
facilitar a identificação e o conhecimento contábil das empresas.
O Balanço Patrimonial é a apresentação dos saldos respectivos de todas as contas da
contabilidade de uma companhia em uma determinada data, dispostos ou arrumados de uma
forma relativamente padronizada, com a finalidade de permitir, a quem o analisa, uma
visualização rápida da posição econômico-financeira dessa companhia naquela data.
Assim, temos a conceituação definida pelo Conselho Federal de Contabilidade.
"O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e
qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade".
A estrutura do Balanço Patrimonial é formada pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
O balanço patrimonial consiste na apresentação das contas classificadas por grupos, segundo os
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia. No Brasil, a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de
1976 (Lei das Sociedades por Ações) padronizou o título de cada grupo do balanço. Assim, o
balanço patrimonial deve ser apresentado com as contas classificadas nos seguintes grupos:
Ativo
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
24
a) Ativo Circulante: As disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. No Ativo Circulante
ainda existem as contas retificadoras ou redutoras como, por exemplo, a conta de títulos
descontados, a de provisão de créditos de liquidação duvidosa, entre outras.
b) Ativo Realizável a Longo Prazo: Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas (Art. 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
c) ativo permanente, dividido em:
• Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade
da companhia ou da empresa;
• Ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados a manutenção das
atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de
propriedade industrial ou comercial; são registrados neste subgrupo os bens e direitos tangíveis e
intangíveis, utilizados na execução das atividades-fim da entidade. Segundo o manual da Fipecafi
bens tangíveis são os que têm corpo físico, como por exemplo, Terrenos, Imóveis, Máquinas,
Veículos, etc; e os bens intangíveis são aqueles cujo valor não reside em propriedade física, mas
sim nos direitos de propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, como por
exemplo Marcas, Patentes, Direitos Autorais, etc.
• Ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do
resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas
durante o período que anteceder o início das operações sociais.
Parágrafo único - Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo
desse ciclo.
25
Passivo
As contas do Passivo devem ser dispostas em ordem decrescente do grau de exigibilidade.
O Passivo compreende os seguintes grupos: Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo,
Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido.
No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
a) passivo circulante; estão compreendidas as obrigações da entidade realizáveis no curso do
exercício social subseqüente ao balanço que está sendo elaborado.
b) passivo exigível a longo prazo; estão compreendidas as obrigações realizáveis pós o
término do exercício social subseqüente ao balanço que está sendo elaborado.
c) resultados de exercícios futuros; estão compreendidos os valores recebidos como Receitas
Antecipadas por conta de produtos ou serviços a serem concluídos em exercícios futuros
diminuídos dos custos e despesas correspondentes.
d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação,
reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. compreende os recursos próprios da
entidade, isto é, o capital próprio. Também pode ser definido como a diferença entre o Ativo e
Passivo
Já o subgrupo Reservas é composto pelos valores decorrentes de retenções de lucros,
reavaliações de ativos e de outras circunstâncias. As Reservas se dividem em:
- Reservas de Capital: são os valores recebidos pela empresa que não transitaram pelo
resultado como receitas devido serem valores destinados a reforço do capital;
Reservas de Reavaliação: são formadas a partir das contrapartidas de aumentos de valores
atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações;
Reservas de Lucros: são constituídas pela apropriação de lucros da empresa para atender a várias
finalidades específicas. Dentre suas finalidades temos as contas de Reserva Legal, Reserva
26
Estatutária, Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar, Reservas de Lucros para
Expansão, etc.
Como último subgrupo temos a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados que são os lucros
retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados; quando isto acontecer os
prejuízos devem ser apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido.
- Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.
No passivo exigível as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição
de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no
exercício seguinte e no passivo exigível em longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior,
observado o disposto no parágrafo único do Art. 179.
Resultados de Exercícios Futuros
- São classificados como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros,
diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
Patrimônio Líquido
- A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada.
27
Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) O produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;
d) as doações e as subvenções para investimento.
- Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do
capital realizado, enquanto não capitalizado.
- Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor
atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do
Art. 8° aprovado pela assembleia geral.
- Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de
lucros da companhia.
- As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
A demonstração do resultado do exercício fornece um resumo financeiro dos resultados
das operações financeiras da empresa durante um período específico. Normalmente, a
28
demonstração do resultado (DRE) cobre o período de um ano encerrado em uma data específica,
em geral 31 de dezembro do ano calendário. Algumas grandes empresas, no entanto, operam em
um ciclo financeiro de 12 meses, ou ano fiscal, que se encerra em outra data, diferente de 31 de
dezembro.
Para ao levantamento do Balanço Patrimonial as contas de resultado são
encerradas debitando-se, uma a uma as contas de receitas (natureza credora)e creditando-se, uma
a uma, as contas de custos/despesas (natureza devedora), pelo valor de seus respectivos saldos,
tendo como contrapartida , em ambos os casos, uma conta transitória que denominamos
“RESULTADO DO EXERCÍCIO”. Do resultado são retirados os valores referentes a provisão
para imposto e às participações de debenturistas, empregados, empregadores e partes
beneficiárias nos lucros para, finalmente, esta conta ser encerrada mediante a transferência de seu
saldo para os lucros ou prejuízos acumulados.
A Demonstração do Resultado do Exercício é, tão somente, a estruturação, ordenação da
movimentação desta conta que transitoriamente recebe todas as receitas custos/despesas.
O objetivo da DRE é fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa os
dados básicos e essenciais da formação do resultado do exercício (lucro ou prejuízo).
É uma demonstração obrigatória, conforme determina o art. 175 da Lei n.º 6.404/76.
A Lei atual define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deverá ser
apresentado na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e
perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício, e por ação, sem
confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a distribuição ou alocação do
resultado.
• Receita Bruta de Vendas de Produtos e Serviços, nada mais é do que o faturamento bruto
da entidade.
29
• Deduções da Receita Bruta, são as devoluções, abatimentos e impostos incidentes sobre
as vendas.
• Receita Líquida de Vendas e Serviços: é o resultado das deduções da receita bruta.
• Custos dos Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados: é o conjunto dos custos
atribuíveis à produção ou aquisição de bens e geração de serviços.
• Resultado Bruto: são as vendas líquidas menos os custos para a sua obtenção.
• Despesas Operacionais: são as despesas referentes à atividade da empresa e que não se
confundem com o custo de produção. Dividem-se em: Despesas de Vendas, Administrativas e
Despesas e Receitas Financeiras.
• Resultado Operacional: é a resultada bruta menos a despesa operacional.
• Despesas ou Receitas não Operacionais: são as despesas ou receitas que não decorrem do
objetivo social da empresa.
• Lucro ou Prejuízo Líquido antes dos Impostos: é o resultado obtido antes das provisões
dos impostos.
• Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social: é a provisão feita para o Imposto
de Renda e Contribuição Social.
• Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício: é o resultado liquido obtido no período.
• Lucro ou Prejuízo por Ação: é o lucro ou prejuízo líquido do exercício dividido pelo total
de ações do capital.
ConsideraçõesFinais
30
O Balanço Patrimonial (BP) é importante porque garante que a empresa tem capacidade
econômica para assumir a responsabilidade pelo objeto da contratação.
O objetivo do BP é apresentar, de uma forma ordenada e padronizada, a situação econômica e
financeira dessa empresa num determinado momento.
Quando analisamos a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), verificamos que ela
consiste na apresentação dos saldos das contas de receitas e de despesas de um modo ordenado.
Apenas bens e direitos, não se pode identificar a verdadeira situação de uma pessoa ou
empresa. È necessário evidenciar as Obrigações (dívidas) referentes aos bens e direitos.
Em contabilidade, portanto, a palavra Patrimônio tem sentido amplo: por um lado, significa o
conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro lado, inclui as
obrigações a serem pagas.
Toda empresa necessita de uma quantia inicial de recursos para efetuar suas primeiras
aquisições, seus primeiros pagamentos e outras obrigações, Todos os recursos que entram numa
empresa passam pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido. A empresa, na verdade, só pode aplicar,
isto é, incorporar algo ao seu Ativo, através de valores originados do Passivo.
Nesta pesquisa e reorganização de um Balanço Patrimonial, vimos que os bens podem ser
classificados em Ativo e Passivo e que o Patrimônio é visualizado no Balanço Patrimonial, cujo
diagrama abriga, em sua parte esquerda, os bens e os direitos (Ativo) e na parte direita
temosObrigações (Passivo).
Por tanto o Patrimônio Líquido, por sua vez, é o resultado da equação patrimônio.
REFERÊNCIAS
Ativo diferido. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/ativodiferido.htm.
Acesso em 06/04/2012.
31
Balancete de verificação. Disponível em: . Acesso em 02/04/2012.
BARBIERI, GERALDO. Demonstração das origens e aplicações de recursos: apresentação de
um modelo para bancos comerciais. Dissertação de mestrado. - São Paulo: USP/FEA, 1987.
BMF & Bovespa. Disponível em: . Acesso em: 02 abr 2012.
Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em:Acesso em: 02 abr 2012.
Como elaborar um plano de contas contábil. Disponível em: . Acesso em 02/04/2012.
Contabilidade - livros, registros e demonstrativos contábeis. Disponível em: . Acesso em
02/04/2012.
C P C:: Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em: . Acesso em 02/04/2012.
Demonstração do resultado do exercício (DRE). Disponível em:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm. Acesso em: 04 abr
2012.
FAHL, Alessandra C; MARION, Jose Carlos. Contabilidade Financeira. 1ª ed. PLT 312.
Valinhos: Anhanguera Publicações, 2011.
GANGONI, ADALBERTO ET AL. Instituições financeiras (e outras empresas) - DOAR ou
fluxo de caixa. Revista do CRC - SP. São Paulo, ano I, n. 2, p. 43-50, jul./1997.
Gastos de Constituição. Disponível em:
http://econoinfo.com.br/comunicados/BRASILAGRO/Mudan%C3%A7as-Significativas-nas-Pr
%C3%A1ticas-Cont%C3%A1beis/198143385654/203111517. Acesso em 06/04/2012.
32
Recommended