CURSO DE GERONTOLOGIA - luzimarteixeira.com.br · GIGANTES DA GERIATRIA GRANDES SÍNDROMES...

Preview:

Citation preview

GIGANTES DA GERONTOLOGIACURSO DE ATUALIZAÇÃO EM GERONTOLOGIA

SBGG 2003

GIGANTES DA GERIATRIAGIGANTES DA GERIATRIAGRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICASGRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS

VISÕES DE SÍNDROMES

SÍNDROME- uma série de sintomas que ocorrem juntos;soma de sinais de um estado mórbido;

Dorland’s Medical Dictionary, W.B.Saunders, 1981

SÍNDROME- conjunto de sintomas expressos por algumtipo de padrão social;Dan Kiley, Síndrome de Peter Pan, Melhoramentos, 1987

ENVELHECIMENTOENVELHECIMENTOVARIABILIDADEVARIABILIDADE

Alterações persistentes

Concepção Morte

Deterioração gradual na média das performances funcionais

Declínio funcionalRedução da capacidade de reserva

LimiteDescompensação

Probabilidade de morte

GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICASGRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS

IMOBILIDADEINSTABILIDADEINCONTINÊNCIAINSUFICIÊNCIA CEREBRALIATROGENIA

Isaacs B: The Challenge of Geriatric Medicine, Osford , 1992

A CASCATA DOS IDOSOSA CASCATA DOS IDOSOS

Complexibilidade médicaVulnerabilidade orgânicaApresentação atípica de doençaDistúrbio cognitivoDistúrbio afetivoSusceptibilidade à iatrogeniaIsolamento socialSituação econômica precária

GIGANTES DA GERIATRIAGIGANTES DA GERIATRIADESAFIOSDESAFIOS

� Desafio diagnóstico� Desafio quanto a fatores precipitantes� Desafio quanto ao encontro de fatores tratáveis� Quase todas doenças podem se apresentar com um ou

mais desses padrões� Qualquer dos padrões, em idosos, pode representar

qualquer patologia

GIGANTES DA GERIATRIAGIGANTES DA GERIATRIACARACTERÍSTICAS COMUNSCARACTERÍSTICAS COMUNS

� Frequentes� Múltiplas causas� Curso crônico� Limitação da independência� Desafio diagnóstico� Resolução difícil

GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICASGRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICASPILARESPILARES

Reserva funcional diminuídaDoenças idade-relacionadas

Úlceras de decúbitoOsteoartriteLLCCâncer prostáticoDoença vascularDemênciasParkinsonIncontinência urináriaCataratas

Requerem Avaliação AmplaEquipe multidisciplinar

ENVELHECIMENTOENVELHECIMENTODiminuição Diminuição de de funções entre funções entre 30 e 80 30 e 80 anosanos

Variável % redução

Débito cardíaco em repouso 30Capacidade vital 50Fluxo sanguíneo renal 50Capacidade respiratória máxima 60Consumo máximo de O2 70

The Baltimore Longitudinal Study on Aging, NIH.

APRESENTAÇÃO TARDIA DE DOENÇAAPRESENTAÇÃO TARDIA DE DOENÇAFATORES DO PACIENTEFATORES DO PACIENTE

� Interpretação incorreta dos sintomas� Baixa expectativa quanto à saúde� Medo da hospitalização� Aceitar sintomas como normais� Verbalização inadequada

APRESENTAÇÃO TARDIA DE DOENÇAAPRESENTAÇÃO TARDIA DE DOENÇAFATORES DO MÉDICOFATORES DO MÉDICO

� Inexperiência quanto ao diagnóstico geriátrico� Concepção de que não vale à pena esforço diagnóstico� Conduta injustificada� Prescrever primariamente para sintoma

CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DA MOBILIDADECAUSAS DE DIMINUIÇÃO DA MOBILIDADE

� Déficit motor� Déficit cárdio-respiratório� Síndrome de dor crônica� Disfunção sensorial� Desequilíbrio� Falta de autoconfiança

Apresentação aguda de doençaRetardo no diagnótico e tratamento

Consequências desastrosas

IMOBILIDADEIMOBILIDADEACAMADOACAMADO

� Diminui reserva cardíaca Hipotensão ortostática� Diminui força muscular Tromboflebite� Descondicionamento físico Embolia pulmonar� Perda óssea Úlceras de decúbito� Contraturas

IMOBILIDADE PARÂMETROSIMOBILIDADE PARÂMETROSPARA DETERMINAÇÃO DE RISCOPARA DETERMINAÇÃO DE RISCO

ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

BanhoVestir-seHigiene pessoalTransferênciaContinênciaAlimentação

Katz S, Downs TD, Cash HR et al. Gerontologist, 1970;10:20-30.

EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS

� Diminuem fatores de risco para doença crônica– Hiperlipidemias, Resistência insulínica, Osteoporose

� Diminuem risco de quedas

� Índices menores de doença física, fraturas bacia

� Melhora capacidade aeróbica, equilíbrio, flexibilidade em qualquer idade

J Am Geratr Soc 1996; 44(2):207-8.

EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS

Mulheres com 90 anos, isntitucionalizadas

Programa de treinamento intensivo com pesosem 8 semanas

Aumento de 174% força quadrícepsAumento de 48% na velocidade de marcha

JAMA 1990;263(22):3029-34.

IMOBILIDADEIMOBILIDADEQUEDASQUEDAS

GRANDE NÚMERO DE CONTRIBUINTESMÚLTIPLOS PROBLEMAS MÉDICOS

DESAFIO QUANTO À IDENTIFICAÇÃO DA CAUSA

LESÃO FÍSICA

DESASTRE PSICOLÓGICO E SOCIAL

ANSIEDADE PERDA INDEPENDÊNCIA INSTITUCIONALIZ AÇÃO

CUSTOS

QUEDASQUEDASFATORES DE RISCO DO PACIENTEFATORES DE RISCO DO PACIENTE

� Distúrbio marcha 8% que sofrem quedas: ne-� Distúrbio cognitivo nhum fator de risco� Distúrbio visual� Pés 78% que sofrem quedas: 4� Polifarmácia ou mais fatores risco� Equilíbrio

N Engl J Med 1988;319:1701

INSTABILIDADE E QUEDASINSTABILIDADE E QUEDAS

� 35% acima de 75 anos caem anualmente� 60% dos que caem sofrem uma 2a queda� 50% lesões importantes� 10% lesões severas

Age Agein 1981/10:141-146JAMA 1989;261:2663-2668

QUEDASQUEDASFATORES AMBIENTAISFATORES AMBIENTAIS

� Iluminação . Cadeiras inadequadas� Objetos no trajeto . Degraus� Tapetes . Banheiros� Piso

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOSCRITÉRIOS DIAGNÓSTICOSPARA DELIRIUMPARA DELIRIUM

A- Perturbação da consciênciaReduz a capacidade

Direcionar ManterAtenção

Focalizar Deslocar

B- Alteração na cogniçãoMemóriaDesorientação Não explicadas por demência pré-existenteLinguagem

C- Desenvolve-se em curto período de tempoFlutua no decorrer do dia

D- Consequência fisiológica de condição médica geralDSV-IV,1994

DELIRIUMDELIRIUMFATORES DE RISCOFATORES DE RISCO

Polipatologia FebreInfecção Distúrbio metabólicoFratura HipoalbuminemiaDemência Distúrbio sensorialMúltiplas drogas psicoativa Idade acima de 80a

IDOSOS X DELIRIUMIDOSOS X DELIRIUM

Serviços de urgência………….40%POSOP…………………… 2 – 60%Diagnóstico incorreto…… 36 – 67%

Com frequência, única apresentação de doençaPior prognóstico

Fabbri R.M.A., Tratado de Geriatria e Gerontologia.Guanabara x Koogan, 2002

DEMÊNCIADEMÊNCIA

Síndrome cuja característica essencial é o desenvolvimento demúltiplos déficits cognitivos

IncluemMemória e pelo menos um dos seguintes

AfasiaApraxia

Agnosia

Prejuízo do funcionamento executivo

Suficientemente severosComprometer o funcionamento ocupacional ou social

Representar um declínio em relação a um nível anteriormente

superior de funcionamentoDSM-IV, 1994, APA.

SINAIS COMUNS PRECOCESSINAIS COMUNS PRECOCESDE DEMÊNCIADE DEMÊNCIA

� MEMÓRIA– Repetições Nomes familiares– Objetos local inadequado Medicamentos– Anotações

� LINGUAGEM– Dificuldade em encontrar palavras

� TAREFAS MOTORAS– Praxias Manipulação complexa– Pequenos consertos Preparo de refeições

� JULGAMENTO– Manejo dinheiro Situações embaraçosas

� COMPORTAMENTO– Agressividade Depressão– Irritabilidade Delírio– Higiene pessoal Inquietação– Sono interrompido Ansiedade

INCONTINÊNCIA URINÁRIAINCONTINÊNCIA URINÁRIA

Número significativo sem tratamentoSubtratamento tópico constrangedor médico x pacienteReduz interações humanas fundamentais

Intervir significa controlar sintomasprevenir infecção

impedir progressão

Recuperar qualidade de vida

INCONTINÊNCIAINCONTINÊNCIACAUSAS TRANSITÓRIASCAUSAS TRANSITÓRIAS

� Infecção urinária� Drogas� Delirium� Vaginite e uretrite atróficas� Débito urinário alto (hiperglicemia, ICC)� Mobilidade restrita� Impactação fecal

INCONTINÊNCIA URINÁRIAINCONTINÊNCIA URINÁRIA

Ambulatório: 10-35%Instituição: 50-70%

Borrie MJ.Costs and contributing factors.CMAJ 1992 Aug1:147:322-8

IATROGENIAIATROGENIA

IATRO Gr.médico GENESIS Gr. produção

Condição adversa resultante de tratamento por médico oucirurgiãoNão é consequência da doença natural do pacienteInclui omissão de conduta

CASCATA IATROGÊNICACASCATA IATROGÊNICA

IDADEESPECIALISTAS

MÚLTIPLAS DROGASESQUEMAS COMPLEXOS

COGNIÇÃO VISÃO OSTEOARTICULAR

EFEITOS COLATERAIS

NOVAS DROGAS

MASCARA QUADRO BÁSICO

SEVERIDADE DOENÇADURAÇÃO INTERNAÇÃOCLASSE DE DROGASSENSIBILIDADE DROGAS

PRINCÍPIOS DA REABILITAÇÃOPRINCÍPIOS DA REABILITAÇÃO

� Iniciar o mais rapidamente possível� Avaliação completa quanto à reabilitação� Plano objetivo individual� Usar qualidades pessoais e recursos do paciente� Tornar o ambiente confiável� Integração plena da equipe interdisciplinar

GRANDES SÍNDROMESGRANDES SÍNDROMESDESAFIOSDESAFIOS

Causas ou fatores precipitante

Identificar fatores reversíveis

Capacidade de avaliar e julgar

COMPETÊNCIA DA EQUIPE

Capacidade de avaliar e julgar

REABILITAÇÃOREABILITAÇÃODESAFIOSDESAFIOS

� Custos� Inadequação de recursos� Variabilidade da prática x preferências x cultura� Falta de inserção dos pacientes� Resultados dependem muito do paciente e familiares

COMPROMETIMENTO DA MARCHACOMPROMETIMENTO DA MARCHA

NÍVEL SUPERIOR NÍVEL INFERIOR

Hemiplégica Artrite severaAtáxica, cerebelar Perda sensorialParkinsoniana Distúrbio visual

ENVELHECIMENTOENVELHECIMENTO

Desequilíbrio de processos integradores função celular

Desgaste gradual capacidade de reserva

Limitação da capacidade de reserva

Limites para pulmão, rim, cognição

INCONTINÊNCIA FECALINCONTINÊNCIA FECALCAUSASCAUSAS

� Hemorróidas

� Proctite ulcerativa

� Diarréia crônica

� Síndrome do colon irritável

� Impactação

� Parto traumático

� Episiotomia

� Prolápso

INCONTINÊNCIA FECALINCONTINÊNCIA FECALCAUSAS NEUROLÓGICASCAUSAS NEUROLÓGICAS

� Lesão do nervo pudendo por parto

� Diabetes

� Demência

� Esclerose múltipla

� Lesão medular

QUEDASQUEDAS

� 30% com 65 ou + caem anualmente� 50% com 80 ou + caem anualmente� 2 quedas/ano por leito em instituição� 75% das mortes por fraturas são em idosos

Tinetti ME.Falls. In Cassel CK, Geriatric Medicine, N.York,1990

Greenhouse AH, Clinical Neurology of Aging, N. York, 1994

QUEDASQUEDASIMPORTANTES NA HISTÓRIAIMPORTANTES NA HISTÓRIA

� Presença de doença� Drogas� Levantou-se após a queda?� Sinais e sintomas antecedentes� Precipitantes agudos

TIPOS DE INCONTINÊNCIATIPOS DE INCONTINÊNCIA

Stress

Urgência

Overflow (transbordamento)

Funcional

Total

Pós cirúrgica

GIGANTES DA GERIATRIAGIGANTES DA GERIATRIAACOMPANHANTES DOS PACIENTESACOMPANHANTES DOS PACIENTES

Apresentação atípica de doença Multiplas patologiasManifestação tardia de doença FragilidadeEvolução silenciosa de doença Dependência

Crise social

DOENÇAS E CONDIÇÕES DOENÇAS E CONDIÇÕES COMUNS EM IDOSOSCOMUNS EM IDOSOS

� Úlceras de decúbito . Parkinson� Osteoartrite . Inc. urinária� Síndromes vasculares . Catarata� Demências . Ca de próstata

IMOBILIDADEIMOBILIDADE

ImobilidadeDoença geral ou localizadaDoença cardiorespiratória

“Falência das Dorpernas” Disfunção sensorial

ApraxiaApresentação atípica Transtorno do equilíbriode doença Perda da autoconfiança

Retardo no diagnóstico Múltiplas causas

Consequências desastrosas

IMOBILIDADE X ACAMADOIMOBILIDADE X ACAMADOSISTEMA RESPIRATÓRIOSISTEMA RESPIRATÓRIO

� Diafragma move-se sentido cefálico� Diminui capacidade residual funcional� Acúmulo de secreções� Atelectasia� Predisposição à pneumonia

QUEDASQUEDASCORREÇÃO DE FATORESCORREÇÃO DE FATORES

Prevenção primária Prevenção secundária

Avaliação ampla Mobilização precoceFisioterapia ReabilitaçãoRevisão medicamentos EncorajamentoRemoção obstáculos Apoio psicológicoÓrteses

QUEDAS X IDOSOSQUEDAS X IDOSOS

� Grande número de contribuintes

� Múltiplos problemas médicos

� Desafio de identificação da causa

� Impacto psicológico

� Custos

� Morte

QUEDAS X IDOSOSQUEDAS X IDOSOSINCIDÊNCIAINCIDÊNCIA

� de 65……………. 28-35%� de 75…………….32-42%

Após primeira, 60-70% nova queda em 1 ano

Aging 1991; 3:219-225JAMA 1989; 261:2662-68

INCONTINÊNCIAINCONTINÊNCIAFATORES IDADE RELACIONADOSFATORES IDADE RELACIONADOS

� Noctúria� da capacidade da bexiga� da pressão de constrição da uretra� do volume residual� Contração detrussora desinibida� Perda de elasticidade da bexiga� da incidência de hiperplasia prostática

INCONTINÊNCIA URINÁRIAINCONTINÊNCIA URINÁRIA

� Constrangimento Infecções perineais� Isolamento Infecção trato urinário� Depressão Urosepse� Institucionalização Escaras

FATORES QUE AFETAM A MULHERFATORES QUE AFETAM A MULHER

� Atrofia da musculatura lisa da bexiga� Aumento do colágeno� Espessamento fibroso da parede� Aumento do tônus muscular� Partos, menopausa

IMOBILIDADE X ACAMADOIMOBILIDADE X ACAMADO

� Proliferação tecido conectivo intra-articular� Formação de osteófitos� Perde 5% de força muscular/dia� Atrofia e encurtamento do músculo� Perde 0,9% de massa óssea/semana� Hipercalciúria

Recommended