View
2
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
_____________________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
BRUNO LOPES MARCIANO
JOSE ANTÔNIO DOS SANTOS
QUICK SHIFTER PARA MOTOCICLETA
GARÇA
2018
2
_____________________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Júlio Julinho Marcondes de Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
QUICK SHIFTER PARA MOTOCICLETA
Bruno Lopes Marciano1
brunolopesmarciano@gmail.com
José Antonio dos Santos¹
Joseantoniosantos2013@outlook.com
Edson Mancuzo2
edson.mancuzo@fatec.sp.gov.br
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC,
como requisito para a conclusão de Curso de
Tecnologia em Mecatrônica Industrial examinado
pela seguinte comissão de professores.
Data de Aprovação: ___/___/___
GARÇA
2018
1Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC-Garça 2Docente da FATEC-Garça
3
RESUMO - Este trabalho tem sua origem nos conteúdos estudados no curso de
tecnologia em Mecatrônica Industrial. Aliados a esse conteúdo está a questão de
que os fabricantes de motocicletas perceberam que as trocas de marchas poderiam
se tornar um fator decisivo nas pistas de corrida, surgiu então o sistema QUICK
SHIFTER, assistente eletrônico que por ser simples e de fácil adaptação a um
câmbio tradicional também passou a ser utilizado em motocicletas de uso urbano. O
assistente eletrônico deixa a troca de marcha mais rápida do que qualquer piloto é
capaz de realizar, por eliminar o uso da embreagem e da necessidade de aliviar o
acelerador para a mudança. Através desse sistema eletrônico, ao se pressionar o
pedal de câmbio é cortada a ignição da moto por uma fração de segundos e a
marcha superior é alcançada. Espera-se que o projeto venha atender as
motocicletas de baixa e média cilindrada com excelente desempenho.
Palavras-chave: Automação. Mecatrônica. Motocicleta. Quick Shifter.
Abstract: This work has its origin in the contents studied in the technology course in
Industrial Mechatronics. Related to there issues there is the question that the
motorcycle years motorcycle manufacturers realized that the shifting could become a
decisive factor in the race tracks, then the quick shifter system appeared, which,
being simple and easy to adapt to a traditional exchange, was also used on
motorcycles of urban use. The electronic assistant leaves the gear change faster
than any rider is able to accomplish, by eliminating the use of the clutch and the need
to relieve the accelerator for the change. Through an electronic system, pressing the
foot switch will cut the ignition of the motorcycle for a fraction of seconds and the top
gear is reached. It is expected that the project will meet low and medium capacity
motorcycles with excellent performance.
Keywords: Automation. Mechatronics. Quick Shifter. Motorcycle.
4
1. INTRODUÇÃO
1.1. APRESENTAÇÃO.
Utiliza-se o termo Mecatrônica no desenvolvimento de sistemas que envolvem
a mecânica, a informática e a eletrônica de forma conjunta. A junção destas três
áreas tem como objetivo o desenvolvimento de sistemas que venham otimizar
produtos e processos, possibilitando soluções de problemas que tenham a
necessidade de movimentos repetitivos e precisos, velocidade e força. O trabalho de
pesquisa, QUICK SHIFTER, foi desenvolvido em formato de artigo científico e
protótipo, para ser apresentado como trabalho de conclusão de curso de Tecnologia
em Mecatrônica Industrial, da Fatec Garça. A motivação para seu desenvolvimento é
contribuir para o setor automotivo, em específico, motocicletas de baixa cilindrada,
com um dispositivo de mesma eficiência e qualidade se comparado aos já existentes
no mercado para motos de alta cilindrada.
1.2. PROBLEMA DE PESQUISA.
Com o avanço da tecnologia, preparadores de motocicletas observaram que
pequenos ajustes geravam vantagens sobre a moto que está ao lado, e garantiam
sua chagada a frente. Esta é a realidade no desenvolvimento de motocicletas
esportivas existentes na Moto-GP que é a categoria principal do campeonato
mundial de motovelocidade e em outras categorias de competição que disputam
frações de segundo a cada inovação.
Nos últimos anos as fabricantes perceberam que as trocas de marcha
também precisavam de mais atenção e poderiam se tornar um fator decisivo nas
pistas.
Com o lançamento das BMW, inicialmente na K 1300 e depois nas S 1000
RR o sistema de troca rápida de marchas ganhou muita notoriedade. Esse
sistema foi criado inicialmente por preparadores norte americanos para
otimizar a aceleração das motos dragsters. (MOTONLINE, 2014, p.1).
Surgiu o sistema QUICK SHIFTER, que logo foram instalados em
motocicletas de uso urbano por serem simples e de fácil adaptação a um câmbio
tradicional. Esse dispositivo já é fabricado no Brasil por equipes de competição do
motociclismo, porém, tem seu foco apenas para motocicletas de média e alta
cilindrada e quando importado, também implica em altos custos e tempo de entrega.
Pensando na evolução e em atender um público que ainda não pode contar com o
5
dispositivo, foi elaborado o tema para o projeto de um QUICK SHIFTER, capaz de
oferecer os mesmos benefícios dos já existentes, comparado a conforto e eficiência,
com um custo reduzido. Os produtos disponíveis “podem ser adquirido a faixa de R$
1700,00 a R$ 3900,00”. (REVISTA DUAS RODAS, 2016, p.1).
Para Bayer, ECKHARDT, MACHADO, (2011, p.11), a palavra Automação, no
latim Automatus, que significa “mover–se por si’’ significa, portanto, dotar um
equipamento de meios que lhe permitam realizar seu controle automaticamente,
sem a intervenção humana”.
Segundo THOMAZINI, DANIEL, (2005, p.222), sensor é o termo empregado
para designar dispositivos sensíveis a alguma forma de energia do ambiente que
pode ser luminosa, térmica, cinética, relacionando informações sobre uma grandeza
que precisa ser medida, como temperatura, pressão, velocidade, corrente,
aceleração, posição, etc.
O tema escolhido para este projeto de pesquisa, QUICK SHIFTER, é atual
está no contexto do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, para tanto,
utilizou-se da programação de sistemas micro controlados, eletrônica digital e
sistemas mecânicos, o que justifica a relevância acadêmica por contemplar as
pesquisas relacionadas, e sociais, pois poderá envolver microempresas no auxílio
do desenvolvimento do sistema eletroeletrônico do projeto e por atender os usuários
de motocicletas de baixa e média cilindrada.
1.3. OBJETIVOS GERAIS.
Desenvolver um dispositivo eletroeletrônico que irá auxiliar a mudança de
marcha da motocicleta, com eficiência e baixo custo, gerando conforto e otimizando
o desempenho em motocicletas de competição. Os objetivos gerais incluem otimizar
a troca de marcha de motocicletas utilizando micro controladores, sensor para
detectar a pressão exercida sobre o pedal do câmbio e enviar o sinal necessário ao
micro controlador para realização do processo.
6
1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
Os objetivos específicos incluem:
Verificar a operacionalidade do sistema;
Desenvolver um equipamento equiparável aos já existentes no
mercado, com custos reduzidos;
Analisar o comportamento e eficácia com uso intenso.
2. DESENVOLVIMENTO.
2.1. REFERENCIAL TEÓRICO.
2.1.1. Motor a combustão.
A partir do século XVII, o homem começa a desenvolver conceitos para
construir mecanismos para a geração de força, de forma automática,
diferente da tração animal ou força humana.
Em 1860 surge a ideia de construir uma máquina que utilizasse benzeno
como combustível, e em 1866 a ideia foi concretizada pelo alemão
NIKOLAUS AUGUST OTTO.
OTTO, teve a base para desenvolvimento em conceitos de motores a vapor
que já eram bem difundidos naquela época. O objetivo de Otto era montar um
sistema que operasse através da mistura ar combustível, onde através da
explosão são gerados força e movimento. (AUTOCARUP, 2017, p.1).
Motores a combustão podem ser a etanol, gasolina, gás (GNV), metanol ou
diesel, são usados pelo homem para diversas finalidades, auxiliando na geração de
energia elétrica, em automóveis como meio de deslocamento, transporte de cargas,
no plantio e colheita das lavouras. Como todo mecanismo, seu funcionamento gera
desgastes e com o passar do tempo sua eficiência diminui. (MONOGRAFIAS
BRASILESCOLA, p.1, 2017).
7
2.2. SISTEMAS DE TRANSMISSÃO.
Automóveis e motocicletas a combustão interna utilizam o sistema de câmbio
para transmitir torque e potência gerados pelo motor. Essa energia é entregue aos
eixos primários e secundários dentro da caixa de câmbio e posteriormente, a
transmissão final é dada por corrente na maior parte das motocicletas. A caixa de
transmissão ainda conta com sistema de embreagem que é responsável por auxiliar
o condutor nas trocas de marchas e principalmente por tirar o veículo da imobilidade.
Veículos de mesma marca e modelo, com mesmo tempo de uso e quilometragens
próximas podem apresentar desgastes e funcionamentos diferentes, devido aos
cuidados e manutenções periódicas de cada veículo. Sendo assim, o sistema
eletrônico deste trabalho conta com meios para ser utilizado em qualquer
motocicleta, mesmo que sua manutenção não tenha seguido as recomendações do
fabricante, (MASADA, 2016, p.1).
2.3. SISTEMA ELETRÔNICO.
De modo geral, motores à combustão utilizam Etanol, gasolina, GNV, Metanol
entre outros como combustível para seu funcionamento. Após o combustível passar
pelo carburador e ser admitido para o interior da câmara de combustão, a bobina do
veículo gera uma centelha que é conduzida por um cabo até chegar à vela, que é
responsável pela explosão interna, gerando energia para o funcionamento do motor
e deslocamento do veículo.
No fim dos anos 80 é fabricado o primeiro carro com injeção eletrônica no
Brasil. A princípio a Unidade de Controle Eletrônico, ECU, era responsável apenas
pelo controle do sistema de injeção de combustível e ignição. Hoje além do sistema
de injeção pode-se observar que a ECU efetua o gerenciamento de vários
dispositivos do veículo como freios, suspensão, direção, e muitos outros. Todo esse
avanço tecnológico também está embarcado em algumas motocicletas que possuem
freios ABS, sistema eletrônico de suspensão, controle de largada e outros
dispositivos para facilitar ou auxiliar o condutor, tudo gerenciado pela ECU.
(CONTESINI, 2017).
O avanço da informática, elétrica e eletrônica proporcionou uma rápida
evolução no desenvolvimento de equipamentos de entretenimento, automóveis,
motocicletas e outros. Os atuais meios de transportes, sejam eles coletivos ou
individuais, são equipados com dispositivos que facilitam seu uso e agilizam seu
8
deslocamento nas vias e também podem ser monitorados á distancia, com foco em
comodidade e conforto de seus usuários. Um ponto importante para essa evolução
são as equipes de pesquisa e desenvolvimento, que estão sempre em sintonia com
as necessidades do mercado consumidor, e desenvolvem equipamentos, produtos e
serviços que oferecem melhores resultados.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.
A metodologia escolhida é a do protótipo Mecatrônico. A Elétrica é composta
com a parte de fiação elétrica, o dimensionamento das proteções adequadas,
capacitores, resistores e reles para o projeto, a mecânica conta com um dispositivo
no pedal de troca de marchas e eixo do câmbio, que terá um interruptor push botton
que enviará sinais a unidade de controle do sistema e por fim a eletrônica é
composta por um micro controlador que é responsável por definir o tempo de corte
da ignição da motocicleta para a realização da mudança de marchas.
A pesquisa do atual trabalho utilizou como base a construção de um protótipo
inicial que terá seu diagrama elétrico apresentado na figura 1, foi composto por uma
placa elétrica confeccionada em Fenolite onde foram feitas as ligações elétricas.
Esse primeiro protótipo foi utilizado como referência para coleta de dados e
posteriormente subsidiar a construção do protótipo final. Na imagem 1 também
pode-se observar o capacitor utilizado no sistema e seu valor foi obtido através de:
𝑇𝑂 = 𝑅 ∗ 𝐶 ∗ 𝐿𝑛 (𝑉𝑓−𝑉𝑖
𝑉𝑓−𝑉𝑜𝑢) (1)
Onde,
TO= tempo transcorrido para a tensão do capacitor sair de Vi até chegar na tensão
Vou;
R= valor do resistor de carga/descarga em ohms;
C= valor do capacitor em Farads;
Ln= função logaritmo natural;
Vf= tensão final sobre o capacitor num tempo infinito;
Vi= Tensão inicial sobre o capacitor;
Vou= Tensão objetivo sobre o capacitor no cálculo do tempo To; Considerando,
9
R= 200 Ω
C= 200 µF
Ln= função logaritmo natural;
VF= 12 v
VI= 0 v
Vou= 3,2 v
Então, TO= 0,025 s
Figura 1: (protótipo inicial)
Fonte: ( Os autores, 2018)
O início dos testes se deu com um capacitor de 200 µf foi encontrado o tempo
de 0,025 segundos para início dos testes. Após a realização de testes de
funcionamento deste circuito e confirmação de seu funcionamento, o mesmo foi
instalado em uma motocicleta de marca HONDA e modelo TITAN 150cc, onde se
deu, início aos testes práticos para possíveis ajustes no tempo de corte de ignição
da motocicleta. Com a realização dos testes foi possível aferir que esse protótipo
teve um pleno funcionamento, (CLUBE DO HARDWARE, p.1, 2013).
Com os dados obtidos deu-se início ao desenvolvimento do protótipo final,
apresentado nas figuras 2 e 3, que permite programar o tempo de corte da ignição,
possibilitando personalizar o projeto para aplicação em diferentes motos. Sua
10
interface visual é apresentada nas figuras 2 e 3 e o diagrama elétrico está
representado na figura 4.
Botões táteis tem um funcionamento simples, porém, no momento do
acionamento pode haver oscilação no sinal, ruídos e vibrações podendo gerar
acionamentos indevidos. Para garantir o real acionamento dos botões foi empregada
uma técnica para eliminar o efeito DEBOUNCE. O sistema tem a função PULL UP
habilitado para garantir a posição dos botões e também conta com a técnica para
eliminar o efeito debounce por software e hardware nas teclas de programação e
debounce por software no sensor do pedal, (Almeida, p.2, 2014).
A linguagem de programação utilizada é C++ e foi compilada através do
software CODE WARRIOR 6.3, e desenvolvimento do layout do circuito foi realizado
com software PCAD 2006.
Figura 2: (placa do circuito quick shifter).
Fonte: (Os Autores, 2018).
11
Figura 3: (Interface de programação do quick shifter).
Fonte: (Os Autores, 2018).
12
Figura 3: (diagrama elétrico).
Fonte: (Os Autores, 2018).
13
A programação do sistema, representado no fluxograma da figura 4, consiste nos
seguintes passos:
Pressione simultaneamente os botões(+ e -) por 3 segundos para entrar em
modo de programação.
Led vermelho pisca intermitente pois não há tempo programado
LEDs verdes indicam circuito ok
Pressionando o botão + é incrementado 0,025 segundos ao corte da ignição
Pressionando o botão + é decrementado 0,025 segundos ao corte da ignição
Após ajustar o tempo de corte da ignição, pressiona-se simultaneamente os
botões (+ e -) por 3 segundos para gravar e sair do modo de programação.
Led vermelho apaga-se quando a programação foi salva
Led vermelho permanece aceso quando a programação não foi salva.
Figura 4: (Fluxograma de programação).
Fonte: (Os Autores, 2018)
14
O funcionamento, representado através do fluxograma da figura 5, ocorre da
seguinte maneira:
Após o condutor ter colocado a motocicleta em movimento, em um
determinado instante ele fará mudança de marcha, então neste momento mantém-
se a aceleração da motocicleta, e sem utilizar a embreagem, aciona-se o pedal de
troca de marchas, e um interruptor que está acoplado ao mesmo envia um sinal ao
sistema. Ao receber o sinal o sistema efetua um corte na ignição por um tempo que
foi pré-estabelecido durante a programação e calculado em (1). No momento do
corte e com pedal pressionado, a próxima marcha é engatada e o sistema de ignição
volta a funcionar normalmente.
Figura 5: (Fluxograma de funcionamento).
Fonte: (Os Autores, 2018).
15
4. RESULTADOS.
Para início dos testes com o protótipo final foi utilizada uma motocicleta de
marca Honda, modelo Titan 150 com pouco mais de 40 mil quilômetros rodados.
O sistema quick shifter foi programado com tempo de corte da ignição em 0,075
segundos . Pode-se observar que foi possível realizar a mudança de marchas de
forma esperada. O sistema foi instalado em uma segunda motocicleta de marca
Honda e modelo Titan com mais de 45 mil quilômetros rodados, utilizando a
mesma configuração do sistema e, desta vez, foi possível constatar que no
momento das mudanças ocorriam alguns solavancos e em outros momentos
houve a necessidade de uma leve diminuição na aceleração para possibilitar a
mudança de marcha. Com o objetivo de avaliar o funcionamento do sistema e
coletar uma quantidade suficiente de informações para possíveis ajustes, os
testes se estenderam até uma terceira motocicleta de marca Yamaha, modelo
YBR com mais de 65 mil quilômetros rodados. Utilizando a mesma configuração
empregada nos testes anteriores foi possível aferir que as mudanças de marchas
foram realizadas de forma normal, sem solavancos ou qualquer outro tipo de
anormalidade que viesse atrapalhar ou prejudicar a condução da motocicleta.
Ainda para validação do sistema foi efetuada uma nova programação com tempo
de corte da ignição de 0,125 segundos. Utilizando-se dessa nova configuração
todas as motocicletas, acima mencionadas foram submetidas a novos testes que
comprovaram a eficiência e a intercambiabilidade do protótipo. Mesmo com a
utilização de um tempo de corte de ignição igual a 0,050 segundos no segundo
teste, foi observado uma queda mínima de rotação do motor que não gerou
interferência no desempenho da motocicleta ou desconforto na condução da
mesma.
Comparado a outro dispositivo disponível em mercado, temos os
resultados a seguir:
QUICK SHIFTER: FABRICANTE GORILLA RACE PARTS
(GORILLA RACE PARTS, 2016, p.1)
Três tempos de corte de ignição;
Funcionamento independente de marca, modelo ou ano da
motocicleta;
Corte da ignição realizada na(s) bobina(s);
Otimização do deslocamento a plena potência;
16
Custo: R$ 1349,00 (preço de revenda).
QUICK SHIFTER: fabricado pelos autores deste projeto
Oito tempos de corte de ignição;
Funcionamento independente de marca, modelo ou ano da
motocicleta;
Corte da ignição realizada na(s) bobina(s);
Otimização do deslocamento a plena potência;
Custo aproximado: R$ 400,00 (preço de revenda).
5. CONCLUSÃO
Existe uma crescente e constante utilização de novas tecnologias em
diversos segmentos indústriais como farmacêutico, automotivo, alimentício, têxtil
entre outros. O desenvolvimento e fabricação de motocicletas seguem a mesma
linha de desenvolvimento tecnológico dos automóveis, e se pode observar que a
cada ano. A cada novo lançamento, as motos tem mais tecnologias embarcadas.
O avanço tecnológico proporcionou o surgimento do sistema quick shifter que
facilita e otimiza a mudança de marchas da motocicleta sem que o condutor
precise utilizar a embreagem ou reduzir a aceleração. Após a realização de
inúmeros de testes utilizando motocicletas de diferentes marcas e modelos e com
quilometragens e distintas, foi possível aferir o pleno funcionamento do
dispositivo, deixando as trocas de marchas mais rápidas e confortáveis para o
condutor. As trocas de marchas foram realizadas da forma esperada, sem a
utilização da embreagem e sem a diminuição da aceleração. Mesmo quando
instalado o dispositivo em uma motocicleta com sua configuração inicial, não foi
possível atingir os objetivos de funcionamento propostos. Percebeu-se a
simplicidade e objetividade na nova configuração para realização de ajuste e
posteriormente o objetivo foi alcançado de forma satisfatória e sem interferir ou
atrapalhar o condutor. Com os dados obtidos pode-se concluir que o dispositivo
tem pleno funcionamento e é de fácil operação. É intercambiável, podendo ser
instalado em motocicletas de diferentes marcas e modelos através de mão de
obra qualificada. O dispositivo teve sua eficácia comprovada através dos testes
17
realizados e pode atender um público específico que carece do produto no
mercado, tendo um baixo custo de aquisição.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O desenvolvimento do presente estudo foi possível pela busca do
conhecimento sobre automóveis e motocicletas movidos por motores à
combustão. Buscou-se também, referenciais teóricos sobre gerenciamento
eletrônico, sistemas de transmissão além dos conhecimentos obtidos durante o
curso de Mecatrônica Industrial. A motivação inicial dessa pesquisa se deu pelo
fato dos autores fazerem uso diário de motocicletas para sua locomoção. Com
isso, surgiu a idéia e o desafio de se desenvolver como trabalho de graduação
algo inovador, para atender a exigência institucional. É de grande importância
destacar que o protótipo quick shifter para motocicleta não está limitado ao que
foi a apresentado, pois em futuro próximo, trabalhos similares podem agregar
novas tecnologias, como configuração via bluetooth e mudança de marchas UP e
DOWN.
7. REFERÊNCIAS.
AUTOCARUP. Motores a combustão. São Paulo, 2017. Disponível em:
<https://autocarup.com.br/historia-motor-a-combustao/>. Acesso em: Out. 2018.
BAYER, Fernando Mariano & ECKHARDT, Moacir & MACHADO, Renato.
Automação de Sistemas. Disponível em:
<http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_automacao/oitava_etapa/automacao_sistem
as_2012.pdf.>Acesso em: ago. 2018
BLOG MASADA. Como funciona o sistema de transmissão da moto. São Paulo,
2016. Disponível em: <http://blog.masada.com.br/como-funciona-o-sistema-de-
transmissao-da-motocicleta/>. Acesso em: jul. 2018.
18
CONTESINI, Leonardo. Afinal o que é ECU? Como elas funcionam?. São Paulo,
2017. Disponível em: <www.flatout.com.br/afinal-oque-e-ecu-com-elas-funcinam/>.
Acesso em: set, 2018.
DIAS, Anderson.Funcionamento e tipos de caixas de marchas para sistemas de
transmissão automotivos. Ceará, 2015. Disponível em:
<http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2015/10/funcionamento-e-tipos-de-caixas-
de-marchas-para-sistemas-de-transmissao-automotivos/>. Acesso em: Out. 2018.
DUAS RODAS. Aceleração máxima: as vantagens do sistema quickshifter. Rio de
Janeiro, 2016. Disponível em:
<https://www.revistaduasrodas.com.br/noticias/aceleracao-maxima-as-vantagens-do-
sistema-quick-shifter>. Acesso em: jul. 2018.
EMBARCADOS. Debounce. 2014. Disponível em:
<https://www.embarcados.com.br/leitura-de-chaves-debounce/>. Acesso em: Out.
2018.
GORILLA RACE PARTS, Quick shifter evolution gorilla, Belo Horizonte, 2016.
Disponível em: <http://www.gorillaraceparts.com/portugues/productos.html>. Acesso
em: set. 2018.
MORENO, Thiago.Os carros pioneiros no brasil. São Paulo, 2014. Disponível em:
<https://www.icarros.com.br/noticias/geral/os-carros-pioneiros-no-brasil/17468.html>.
Acesso em: ago. 2018.
MOTONLINE.Câmbio das motos, como funciona. São Paulo, 2014.Disponível em:
<http://www.motonline.com.br/noticia/cambio-da-moto-como-funciona/>. Acesso em:
jan. 2018.
Mercadolivre. Quickshifterevolutiongorilla, Belo Horizonte, 2018. Disponível em:
<https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-826089806-quick-shifter-evolution-gorilla-
_JM>. Acesso em: set. 2018.
19
NXP. Datasheet MC9S08QG8. Holanda, 2014. Disponível em:
<https://www.nxp.com/search?category=documents&keyword=Datasheet%20MC9S
08QG8&filter=type%3E%3EData%20Sheet&siblings=false>. Acesso em: ago. 2018.
ROSÁRIO, João Maurício. Introdução à mecatrônica. São Paulo: Prentice Hall,
2005.
THOMAZINI, Daniel; ALBUQUERQUE, Pedro Urbano Braga. Sensores industriais
– fundamentos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Érica, 2005.
Recommended