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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2009
MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
CONSTRUÇÃO DE BRINQUEDOS: LIMITES E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA
PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
PEDRO RINALDO GOMES RIBEIRO
UNIÃO DA VITÓRIA - PR
2010
MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
CONSTRUÇÃO DE BRINQUEDOS: LIMITES E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA
PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Escola: Colégio Estadual Adiles Bordin - NRE: União da Vitória -Pr
Nome do Professor: Pedro Rinaldo Gomes Ribeiro email: pedrorinaldo@seed.pr.gov.br
Nível de Ensino: Ensino Fundamental
Título: Unidade I Construção de pipas – Unidade II Construção pernas de pau
Disciplina: Educação Física
Relação interdisciplinar: História Conteúdo estruturante: Relações Culturais
Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras
Conteúdo Básico: Jogos e brincadeiras populares
Conteúdo Específico: Oficina de construção de pipas e pernas de pau
Material didático-pedagógico elaborado pelo professor Pedro Rinaldo Gomes Ribeiro, da disciplina de Educação Física, Município de União da Vitória- Pr, como parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), sob a orientação do professor Dr. Emerson Luís Velozo – UNICENTRO- Irati - Pr.
UNIÃO DA VITÓRIA - PR
2010
APRESENTAÇÃO
O material apresentado foi desenvolvido levando-se em consideração a
demanda e a necessidade que a disciplina de Educação Física possui em relação ao
conteúdo estruturante jogos e brincadeiras.
Por meio da oficina de construção de brinquedos e das atividades relacionadas a
este tema entendemos ser possível uma mudança na prática pedagógica da Educação
Física, servindo com importante subsídio para o efetivo trabalho pedagógico nos
estabelecimentos de ensino, auxiliando os professores no seu trabalho e na sua práxis.
O objetivo principal deste material didático é o de resgatar a cultura do brinquedo
como conteúdo pedagógico das aulas de Educação Física, provocando a prática
pedagógica, através de oficina de construção de brinquedos. Além do resgate da
cultura do brinquedo, destacamos outros objetivos da aplicação deste material didático
pedagógico como:
Trabalhar o conteúdo “construção de brinquedos tradicionais”, com alunos de 5ª
séries nas aulas de Educação Física do Colégio Estadual Adiles Bordin, de União da
Vitória - Pr; diagnosticar que tipos de brinquedos tradicionais os alunos conhecem;
realizar pesquisa através de questionário com familiares dos alunos e alunos da 5ª
séries do Colégio; possibilitar a produção de pipa e perna de pau através deste material
didático pedagógico; oportunizar uma reflexão sobre a indústria e comércio de
brinquedos na sociedade contemporânea.
Buscando uma fundamentação que de base para produção do material didático
e considerando que o professor de Educação Física na escola trabalha com as
relações culturais que envolvem o movimento humano, entendemos que os jogos e
brincadeiras tradicionais fazem parte da cultura, e evolvem aspectos relacionados à
criatividade, à ludicidade e ao próprio brincar, e enriquecem a cultura do movimento
nas aulas de Educação Física.
Sendo assim, é de responsabilidade do professor de Educação Física atuar nas
diversas manifestações corporais, levando em conta a realidade em que está inserida a
escola. Entre estas manifestações encontram-se os jogos e brincadeiras tradicionais e
a “construção de brinquedos” que é conteúdo da disciplina de Educação Física
segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (2008). Para que este conteúdo se
efetive nas escolas estaduais é necessário que este tema seja discutido amplamente,
buscando a sistematização e o resgate desta manifestação cultural.
Brougère, ao se referindo a ludicidade, afirma:
A cultura lúdica dispõe de certa autonomia, de um ritmo próprio, mas só pode ser entendida em interdependência com a cultura global de uma sociedade específica. (...) Na verdade, esta é diferenciada: diferença de sexos, de gerações, até mesmo de idade, do meio social, de nações e de regiões (BROUGÈRE, 2001, p.52).
Desde a antiguidade os brinquedos exerceram importante influência na vida das
crianças. Os brinquedos fazem parte da história da humanidade e refletem as relações
sociais, políticas, culturais e econômicas. Como decorrência dessa visão, grande parte
dos brinquedos utilizados pelas crianças era fabricado de forma artesanal nas próprias
casas.
O ato de brincar e os brinquedos sempre exerceram importante influência na
formação cultural e social dos sujeitos. Embora o brinquedo tradicionalmente tenha
feito parte do dia-a-dia das crianças, nem sempre teve a atenção necessária em
relação a aspectos como socialização, criatividade, autonomia, etc.
O ato de construir brinquedos de forma manual ou artesanal tem raízes nas
sociedades antigas. Desta forma, quando vemos nos dias atuais um brinquedo sendo
construído, entendemos que a construção do brinquedo vem carregado de
experiências práticas, conhecimentos passados pelas gerações que nos antecederam.
Há, portanto, ligações entre a construção de brinquedos artesanais tradicionais e o
passado.
O resgate da construção de brinquedos e das brincadeiras tradicionais deve
estar presente nas escolas, pois, fazem parte da cultura, instigam a criatividade, a
cooperação a socialização entre as crianças e na construção dos brinquedos elas
interagem, trocam idéias, criam e recriam situações de seu imaginário. Portanto,
podemos considerar que o brinquedo e a brincadeira são expressões históricas e
culturais, e que cabe à escola e ao professor de Educação Física desenvolver as
atividades lúdicas utilizando os jogos e brincadeiras (brinquedos) tradicionais, dando
oportunidade aos alunos em resgatá-los, compreende-los, podendo de maneira
independente reconstruí-los de forma diferenciada, possibilitando assim compreender e
criar alternativas de interferência adequadas a sua realidade através do ato de brincar.
O resgate dos brinquedos e brincadeiras tradicionais nos estabelecimentos de
ensino, realizado por alunos e professores, poderá contribuir para manter viva a cultura
do brinquedo. Assim sendo, a escola se coloca como espaço apropriado para
problematizar, e buscar o resgate histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras
tradicionais, fazendo uma reflexão sobre as possibilidades e a importância do ato de
brincar nas relações sociais, culturais.
Neste sentido, há que se ressaltar que ao trabalhar a cultura corporal através
dos jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais na escola, pretende-se desatrelar a
Educação Física escolar da visão tecnicista, e resgatar a cultura do brincar no “chão”
da escola, mas com intencionalidade, pois a escola é local de conhecimento e de
experimentar as diferentes práticas da realidade em que o aluno esta inserido.
Este material didático-pedagógico esta dividido em duas Unidades. A Unidade I
tem como tema a “pipa” e a Unidade II faz o resgate da “perna de pau”. O referido
material serve de apoio para professores que tenham interesse em trabalhar com este
conteúdo, podendo ser ampliado, tendo como base os dois brinquedos elaborados
neste material didático.
UNIDADE I - PIPAS
PIPA, COMPRAR OU CONSTRUIR? PARA CONSTRUIR BASTA EMPINAR SUA CRIATIVIDADE.
Meninos Soltando papagaios” Figura 2 Autora: Aluna F.A.LFigura 1 Imagens de Candido Portinari (www.portinari.org.br) 5ª série C CE Adiles Bordin União da Vitória
Você sabia que a criatividade é uma característica marcante do ser humano e deve ser aperfeiçoada durante a vida inteira. Mais do que nunca é preciso exercitar a liberdade de criar. Por isso é importante o montar, desmontar e remontar, pensar sobre seu processo, estar desafiado a tentar e ter muito prazer em inventar e descobrir, o fazer com emoção e motivação. A construção de pipas nos proporciona todos estes elementos no decorrer do processo de arquitetar e montar esse brinquedo. (o autor)
No texto acima, é possível identificar que este brinquedo e além de muito
fascinante, nos dá a oportunidade de soltar a emoção e “voar” na imaginação. Você é
nosso convidado a fazer parte dessa aventura. Portanto, pegue o papel, o barbante, a
cola, o bambu e demais materiais e venha empinar sua criatividade. Vamos conhecer
um pouco mais sobre a pipa e alguns outros brinquedos tradicionais.
VOCÊ SABIA QUE...
• Na antiguidade, as crianças já utilizavam em suas brincadeiras alguns
brinquedos como bola de gude e piões.
• No período historicamente denominado como Idade Média os artesãos
esculpiam em argila e madeira, figuras de pessoas e animais.
No período denominado Renascença foram criados alguns jogos
competitivos entre os quais o bilboquê.
Os primeiros jogos pedagógicos (com finalidade educativa) foram
produzidos no século XVII e XVIII.
A partir do século passado, com o avanço do processo de industrialização
os brinquedos começaram a ser produzidos em série, e atualmente os
brinquedos eletrônicos, estão cada vez mais presentes entre crianças,
jovens e adolescentes.
Os jogos, brinquedos e brincadeiras expressam a cultura os valores, as
regras sociais de determinado povo.
Vivemos sobre a égide do capitalismo e da sua ideologia neoliberal em
que são estimuladas à produção de mercadorias descartáveis e o
consumo descontrolado inclusive de brinquedos.
No Brasil, até a primeira metade do século XX era comum o conserto de
brinquedos, inclusive de bonecas e carrinhos.
Alguns brinquedos que utilizamos hoje foram inventados por povos de
civilizações antigas: como exemplos podemos citar o jogo da velha e
bolinha de gude, vindos do Egito, da China o dominó, o cata-vento e a
pipa, da Grécia e de Roma as pernas de pau e marionetes.
Ao conhecer esse universo, entendemos que o brinquedo e o ato de brincar
fazem parte de um processo que contribui na formação da criança, pois é brincando
que se aprende, extravasa, testa limites, amadurece e realiza sonhos.
Atividade nº 01
1- No seu grupo de amigos quais são os brinquedos e brincadeiras preferidos?
2- Qual a sua brincadeira preferida?
3- Use sua criatividade e desenhe 02 de seus brinquedos preferidos.
Agora vamos descobrir algumas curiosidades sobre um brinquedo muito interessante chamado, entre outros nomes, de pipa.
Segundo o escritor Silvio Você, 2003, a versão mais antiga da pipa teria nascido
em aproximadamente 200 a.C., passando pela Coréia, Japão, Sudeste Asiático, ilhas
da Oceania, Europa, África e, por fim, Américas. Outros autores apontam o surgimento
da pipa por volta de 1000 a.C., na China. Mesmo com controvérsias, várias fontes
admitem e confirmam que a pipa teria sua origem na China ou na Malásia, difundindo-
se posteriormente pelo nordeste do Japão e outros países do sul da Ásia, Coréia e
Ilhas do Pacífico.
CURIOSIDADES
• No Brasil, o fenômeno de apropriação do brinquedo segue os mesmos moldes
de sua difusão pelas várias partes do mundo: em cada lugar, vai assumindo
feições e denominações particulares que se justificam pela variedade dos usos,
costumes, disponibilidades contextuais e nomeações;
• A pipa teria sido introduzida no Maranhão pelos portugueses no século XVI,
espalhando-se por todo norte e nordeste, onde até hoje é um brinquedo-
brincadeira concorridíssimo nos meses ventosos;
• Atualmente, de cunho essencialmente lúdico, as pipas tiveram, outrora, seu uso
nas estratégias bélicas e inspiraram a construção de diversos objetos científicos,
atravessando diferentes épocas e culturas, ao longo da história da humanidade.
MAIS CURIOSIDADES SOBRE A PIPA
• A pipa também é conhecida em algumas regiões do Brasil como pandorga,
papagaio, raia, cafifa, pepeta, arraia, morcego, coruja, tapioca.
• Pode ser confeccionada a partir de uma estrutura de bambu, paina ou madeira,
coberta com papel ou plástico, sendo utilizado em sua confecção ainda
barbante, cola e alfinetes;
• O político e inventor americano Benjamin Franklin utilizou uma pipa para e
inventar o pára-raios. Hoje, a pipa mantém a sua popularidade entre as crianças
de todas as culturas;
• No início do século XIX, o homem buscava formas de voar e as únicas
referências que tinha eram os pássaros e as pipas;
• Foi usando pipas, que Santos Dumont construiu seu primeiro protótipo de avião
e em 1906, depois de várias tentativas o Brasileiro Alberto Santos Dumont, fez o
tão sonhado vôo com o avião que recebeu o nome de “14 BIS”.
Você conhece o 14 BIS?
O “14 BIS” têm capacidade para um tripulante. Foi o primeiro avião mais pesado
que o ar a conseguir decolar por seus próprios meios. Esse fato histórico teve lugar em
Você sabe quem foi ...Alberto Santos-Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873 no sítio Cabangu, no local que viria a ser o município de Palmira (hoje rebatizado em honra a ele), em Minas Gerais. Filho de Henrique Dumont, de ascendência francesa e engenheiro de obras públicas, e de Francisca Santos-Dumont. Em 1891, Alberto, então com 18 anos e emancipado, foi para a França completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar em Paris, admirou-se com os motores de combustão que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e comprou um. Logo Santos-Dumont estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris. No dia 20 de setembro de 1898 realizou o primeiro vôo de um balão com propulsão própria. Em 12 de novembro de 1906, na quarta tentativa, conseguiu realizar um vôo de 220 metros, estabelecendo o primeiro recorde de distância e ganhando o Prêmio Aeroclube. suicidou-se no dia 23 de julho de 1932 em São Paulo, aos 59 anos de idade, sem deixar descendentes.
Alberto Santos
Dumont
Bagatelle (centro de Paris), no dia 23 de outubro de 1906. Nessa data, Santos Dumont
decolou com seu “14 BIS” e percorreu 60 metros em 7 segundos, voando a uma altura
de 2 metros do solo, perante mais de mil espectadores e da Comissão Oficial do
Aeroclube da França, que era uma instituição de reconhecimento internacional e
autorizada a homologar qualquer descoberta aeronáutica marcante, tanto no campo
dos aeróstatos (veículos mais leves que o ar), como no dos aeródinos (veículos mais
pesados que o ar).
O exemplar em exposição é uma réplica, construída pelo Parque de Material
Aeronáutico dos Afonsos em 1973, e está equipado com motor “Lycoming” de 166 h.p.,
4 cilindros opostos.
Figura 03 - Cartão postal do 14 Bis (M. Santos Dumont's Aeroplane)
Fonte: www.dominiopublico.org.br
VOLTADO ÀS PIPAS
Seguem abaixo alguns modelos de pipas...
Figura 04 - Autor
Atividade nº 02
CAÇA PALAVRAS
Você deverá procurar e destacar as seguintes palavras:
Papagaio – Pandorga – Arraia – Morcego – Pepeta – Curica – Cafifa – Pipa - Lebreque – Bebeu – Coruja – Maranhão – Quadrado –
S O C I F V A E G U J N I M O
I F O R I O F M S A S C N A S
C L R A U Q I W A U H V L R U
V X U E Q I F O X I R M K A S
G I J M U P A P A G A I O N B
K A A C A Z C E R A C O A H C
R Y H B D V A U R F I V E A S
E A F N R E L O A I R O R O T
U O T D A P Z L I I U E B E B
Q P A N D O R G A A C O R E H
E I R R O E A L E T O G A H F
R O R A J A E A R E I S D F Ç
B M O R C E G O U P A B L H X
E S R I S E I V Z E G P I P A
L T S O G O U O S P I P H O R
COMO CONSTRUIR
Agora que já sabemos um pouco sobre a história das pipas, que tal organizar
uma oficina e construir alguns modelos de pipas.
O primeiro passo é fazer uma relação dos materiais que são necessários para a
construção dos diversos modelos. Como os materiais são comuns a todos os modelos
faremos apenas uma listagem:
Materiais para construção de Pipa
- Paina ou bambu- Cola - Papel de seda ou plástico
- barbante ou linha fina- Alfinetes- Tiras de pano- Tesoura sem ponta
Após definir qual modelo você vai construir inicie a partir da estrutura de bambu,
paina ou bambu, amarre as extremidades conforme figura 04 (ver página 11), coloque
a estrutura sobre o papel ou plástico, recorte deixando uma pequena aba que deverá
ser colada sobre o fio que amarra as extremidades. Para fazer a guia basta verificar
como exemplo a linha pontilhada da figura 03 (Pião Carrapeta).
Antes de construirmos a Pipa escolhida, podemos desenhá-la em nosso caderno, como
modelo. Uma idéia é usarmos uma folha quadriculada:
Vamos utilizar a escala de 1: 10 para modelar nossa Pipa. Nesse caso, a escala
utilizada significa que cada 1 cm desenhado representa 10 cm de nossa pipa real.
Se traçarmos uma linha reta no meio de nossa figura, verificamos que há uma
coincidência entre as duas partes. Você já ouviu falar em simetria? Discuta com seus
colegas e professor sobre isso e verifique a importância da simetria na pipa para que
se tenha um vôo equilibrado.
Atividade nº 03
Agora que já realizamos a oficina de construção de pipas que tal organizarmos uma exposição no Colégio com todos os trabalhos produzidos?
Vamos distribuir as tarefas para organização da exposição?
1- Fazer solicitação ao professor, equipe pedagógica e direção do Colégio;2- Organizar o local da exposição;3- Fazer divulgação da exposição;4- Organizar os trabalhos que serão expostos;5- Fazer escala de responsáveis para explicações aos visitantes;6- Desmontar a exposição e devolver os trabalhos.
Solte pipa com segurança e bons ventos -
Alguns cuidados devem ser tomados antes de soltarmos pipa, são
cuidados que irão garantir a segurança de quem esta se divertindo e também de outras
pessoas.
1- Evite áreas com fios elétricos
2 - Cuidado com pessoas que estão à sua frente
3- Não solte pipas sobre laje de casas, sem as proteções laterais
4- O uso do cerol* é proibido
5- Cuidado com a travessia de ruas onde passam veículos
* Cerol = Mistura de cola com cacos de vidro que são passados na linha para cortar
a linha de outras pipas. Porém o cerol é proibido devido aos acidentes que se
tornaram comuns principalmente com motoqueiros, que sem observar o perigo
colidem com a linha sofrendo ferimentos graves.
Atividade nº 04
Produziremos uma narrativa oral coletiva das etapas da oficina de construção de pipas. Após você fará um relatório individual sobre a oficina.
PARA REFLETIR...
Refletindo sobre o que estudamos sobre a pipa, você considera importante a construção de seus próprios brinquedos e acha possível a elaboração de outros.
...então reúna seus amigos use sua criatividade e vamos brincar juntos.
REFERÊNCIAS
BENJAMIN, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. 1 ed. São
Paulo: ED.34, 2002.
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura, 4 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
DAOLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores
Associados, 2004.
HUIZINGA, J. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 2 ed. São Paulo:
Perspectiva, 1980.
MARCELLINO, N. C. (ORG). Lúdico, educação e educação física. 2 ed. Ijuí: Unijuí,
2003.
OLIVEIRA, P. S. O que é brinquedo. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba:
SEED, 2008..
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
SITES
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
www.dominiopublico.org.br
www.portinari.org.br
UNIDADE II – PERNAS DE PAU
VOCÊ JÁ SE IMAGINOU SENDO UM GIGANTE? VOCÊ JÁ PENSOU QUANDO EU FICAR GRANDE EU VOU....
QUE TAL USAR A PERNA DE PAU
Figura5 : Menino
Imagens de Candido Portinari (www.portinari.org.br)
Nos dias atuais a palavra “perna de pau”, esta mais relacionada com jogadores
de times de futebol com pouca habilidade, do que ao brinquedo propriamente dito, ou
ao instrumento usado como forma de trabalho nos circos mundo a fora.
No Brasil as pernas de pau fazem parte da cultura e são mais utilizadas na
região nordeste do país em datas festivas onde é comum a utilização deste acessório
para se transformar em bonecos gigantes.
Vamos conhecer um pouco sobre este interessante brinquedo.
Como acontece com outros brinquedos tradicionais, existem várias histórias
sobre o modo como surgiram, e com a perna de pau não é diferente. Alguns autores
citam que a perna de pau foi usada como recurso por pastores da região sul da França
para aumentar a altura e vigiar suas ovelhas a maiores distâncias. Nos Estados
Unidos, mais precisamente na Califórnia alguns agricultores usavam as pernas de pau
para auxiliar na colheita de frutas.
Para os ingleses o nome é “stilt” que é nome de uma ave que tem longas pernas
o mesmo acontece na Espanha onde as pernas de pau ou quem as utiliza é conhecido
como “Zancudo” que também é o nome de uma ave com as penas longas e finas.
Desta maneira vemos que as pernas de pau foram, e ainda são, usadas como
instrumento de trabalho, além de serem utilizadas em outras atividades como
recreação e lazer, brincadeiras e instrumento artístico, como é o caso dos circos que
possuem espetáculos específicos com a utilização deste brinquedo.
A perna de pau é uma brincadeira tradicional, mas a sua prática encontra-se
mundializada, isto é, esta brincadeira é praticada em diversos países como vimos no
texto anterior.
Para refletir...
Figura 6 Autora: Aluna K. V. 5ª série C CE Adiles Bordin União da Vitória-Pr
Depois de conhecer a perna de pau é possível imaginar um brinquedo muito
divertido e interessante que com certeza pode proporcionar momentos de diversão, de
lazer.
Por muito tempo os brinquedos utilizados pelas crianças eram divididos em
brinquedos de meninos e de meninas, esta divisão acabou causando exclusão nas
brincadeiras.
ATIVIDADE 1.
Faça uma pesquisa quais eram os brinquedos tradicionalmente usados por
meninos e meninas conforme quadro abaixo:
Lembramos que este trabalho deve ser realizado com o intuito de refletir sobre a
questão de gênero destacando que os brinquedos podem ser utilizados tanto por
meninos quanto por meninas.
No tempo de dos seus pais e avós Nos dias atuaisBrinquedos e brincadeiras de meninos Brinquedos e brincadeiras de meninos
Brinquedos e brincadeiras de meninas Brinquedos e brincadeiras de meninas
Ambos: Ambos:
CURIOSIDADES SOBRE AS PERNAS DE PAU
VOCÊ SABIA QUE...
• existem empresas que utilizam as pernas de pau para limpeza de janela
e conserto de telhados;
• o termo “perna de pau” tem origem no material usado para fabricação do
objeto, contudo, a modalidade inspirou em animais que possuem pernas
longas;
• nas festas dos grandes circos americanos uma das principais atrações
são as pernas de pau que podem atingir até 5 metros de altura;
• ao praticar a modalidade de perna de pau além de trabalhar equilíbrio e
coordenação você pode desenvolver valores, atitudes e comportamentos;
• os movimentos básicos são: equilibrar-se na perna sem sair do lugar,
deslocar-se lentamente para a frente alternando o peso sobre as pernas,
deslocar-se de costas e deslocar-se lateralmente afastando e unindo as
pernas.
AGORA QUE CONHECEMOS UM POUCO SOBRE A PERNA DE PAU
VAMOS FAZER MAIS UMA ATIVIDADE.
ATIVIDADE 2
1. Em duplas pesquisar quais são os tipos de perna de pau
2. Juntos vão listar no quadro todos os tipos
3. Em grupo de três vocês deverão pesquisar junto aos professores (as) e
funcionários (as) do colégio quais os brinquedos eles utilizavam em sua
infância e depois apresentar aos colegas.
Você sabe quais matérias são necessários para construir as pernas de
pau?
De posse da relação de matérias vamos pensar nas medidas que deverão ser
utilizadas na confecção das pernas de pau.
Para que você possa construir este material precisaremos ter uma média de
altura da turma para todos possam utilizar as pernas de pau.
Desta maneira precisaremos verificar a altura de todos os alunos da turma e
para começar podemos pegar uma fita métrica e fixar na parede da sala, depois
faremos uma relação com todos os alunos e mediremos um a um, para obtermos a
média basta somar as alturas coletadas e dividir pelo número de alunos (as) da turma.
Realizada esta etapa e antes de confecção do material, como atividade, vamos
planejar a oficina de construção das pernas de pau. Para construção deste acessório
dividiremos a turma em duas, sendo que a primeira realizará a confecção do material
separadamente como nas linhas de montagem das indústrias e na segunda turma cada
- ripas de madeiras plainadas;
- pregos;
- serrote;
-martelo;
- cola;
- tintas diversas cores
- lixa
aluno fará a confecção do brinquedo em sua totalidade. Após a realização desta
atividade faremos os relatos e as discussões relativas às duas maneiras utilizadas para
construção das pernas de pau.
ATIVIDADE 3 –
Turma 1 cada aluno será responsável por uma parte do processo.
Observação:
Cada aluno realizará apenas uma tarefa, ou seja, um aluno somente fará a pintura, o
outro somente a colagem, o outro apenas lixará.
Nº Atividade Alunos (as)01 Separar materiais02 Organizar ferramentas03 Serrar as ripas Professor04 Lixar madeiras05 Colar os apoios para pés06 Pregar apoio para pés Professor07 Pintar as pernas de pau08 Registro das atividades (fotos e filmagem)09 Limpeza do local
Turma 2 – Os alunos realizarão todas as fases da montagem das pernas de pau
até o produto final.
Após a oficina de construção, vamos saber um pouco mais sobre este
brinquedo?
Basicamente existem dois tipos de pernas de pau: aquela em que o apoio esta
nas mãos e aquelas que fixam nas pernas e pés. Nós iremos trabalhar apenas com o
primeiro modelo, ou seja, com o apoio das mãos.
Uma boa maneira para os iniciantes que ainda tem medo ou acham que não irão
conseguir se equilibrar é começar por outro brinquedo chamado pé de lata.
Ao iniciar a brincadeira com as pernas de pau é como se estivéssemos
aprendendo a andar novamente.
Vamos estrear nossos novos brinquedos, mas sem correr riscos. Então vamos
preparar o local e organizar a atividade:
1- A atividade prática consiste inicialmente na preparação do corpo, onde
iremos realizar alguns exercícios de aquecimento e alongamento;
2- Prática de exercícios de impulso, equilíbrio, ritmo e movimentos básicos,
quedas e subidas;
• Todos os movimentos serão realizados sobre a orientação do
professor e grande parte deles com a ajuda do grupo.
Que tal utilizar o que você aprendeu e construir outros materiais?
Você acha que consegue? Então reúna seus pais, amigos, familiares
e mãos a obra, além de divertido você poderá exercitar sua
criatividade.
REFERÊNCIAS
BENJAMIN, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. 1 ed. São
Paulo: ED.34, 2002.
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura, 4 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
DAOLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores
Associados, 2004.
HUIZINGA, J. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 2 ed. São Paulo:
Perspectiva, 1980.
MARCELLINO, N. C. (ORG). Lúdico, educação e educação física. 2 ed. Ijuí: Unijuí,
2003.
OLIVEIRA, P. S. O que é brinquedo. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba:
SEED, 2008..
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
SITESwww.diaadiaeducacao.pr.gov.br
www.dominiopublico.org.br
www.portinari.org.br
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