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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
IARA PENNA
HOMEM INTEGRAL, A LEITURA INTERAGINDO NO SER
Unidade didática apresentado como requisito
junto ao Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE da Secretaria Estadual de
Educação – SEED em parceria com a Faculdade
de Filosofia,Ciências e Letras de Paranaguá –
FAFIPAR.
Orientadora: Profª Mestra Jacqueline C.S.Vignoli
CURITIBA
2010
1
SUMARIO
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 2
2. FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................... 3
3. BASE TEÓRICA DE UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA SER IMPLANTADA NA
ESCOLA ..................................................................................................................... 4
3.1 CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM .................................................................... 4
4. LEITURA / LINGUAGEM ........................................................................................ 6
5. INTRODUÇÃO AS ATIVIDADES ........................................................................... 7
5.1 GÊNEROS TEXTUAIS ...................................................................................... 9
5.2 MAPA CONCEITUAL ...................................................................................... 10
6. LEITURA COMPARTILHADA .............................................................................. 18
7. SINOPSES ............................................................................................................ 19
8. PRODUÇÃO FINAL .............................................................................................. 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
2
1. APRESENTAÇÃO
Esta unidade didática foi elaborada como parte das atividades
desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) ligado à
Secretaria de Estado de Educação do Paraná, no ano de 2009. Unidade esta
referindo-se ao Projeto de Intervenção Pedagógica, Homem Integral, a Leitura
Interagindo no Ser. Neste primeiro momento visa contribuir com algumas atividades
para os alunos praticarem leituras diversas, produção de textos, interpretação,
organização em seus estudos e mobilização nos assuntos que permeiam a vida de
todos. Este Programa deverá ser implantado na escola Estadual Dr.Xavier da Silva
na modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos); duas vezes na
semana em duas aulas de cinqüenta minutos cada de agosto de 2010 a novembro
de 2010. Trata-se de um material que apresenta um dos quatro eixos temáticos
sugeridos no Projeto. Nesta unidade, Violência é o tema sempre incentivando os
diversos gêneros, o hipertexto onde agrega-se outros conjuntos de informação na
forma de blocos de textos,palavras,imagens,sons remetendo a textos também no
formato digital.As linguagens são diferentes mas os gêneros no entanto
permanecem na mesma temática,neste caso:Violência.
Busca-se dessa forma estabelecer pontes com a realidade do seu
cotidiano e a escola. O propósito dessa unidade didática é de ajudar a aplainar os
caminhos ajudando o aluno a interagir com o texto e a realidade no qual está
inserido.
A instrumentalização técnica só tem sentido à medida que serve de
suporte para o desenvolvimento da autonomia do aluno
A autora
"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se a
ver a passar. Eu prefiro na chuva caminhar, que dias tristes
em casa esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que na
conformidade viver"
(Martim Luther Kim)
3
2. FUNDAMENTAÇÃO
O aprofundamento teórico é respaldado pela legislação vigente, de acordo
com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental II e
Ensino Médio da EJA (Educação de Jovens e Adultos) bem como em pesquisas
realizadas por especialistas da área de Língua Portuguesa, Sociologia, Filosofia,
Psicologia e Psicopedagogia contextualizados à Educação. A Língua como interação
em sua dimensão linguístico-discursiva sendo importante criar oportunidades para o
aluno refletir,construir na leitura e na escrita de diferentes textos percebendo como a
Língua funciona.Na prática de análise linguística o aluno deve perceber o texto como
resultado de opções temáticas e estruturais feita pelo autor tendo em vista seu
interlocutor.O texto não mais usado para se ensinar a nomenclatura gramatical e a
sua construção passa a ser o objeto do ensino.A intenção é que o aluno passe a
entender o que é um bom texto,como é organizado refletindo e analisando a
adequação do discurso,o contexto da produção e os efeitos provocados pelos
efeitos lingüísticos usados. Segundo Bakthin: " Quanto mais variado for o contato do
aluno com diferentes gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil assimilar as
regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais."
(Bakthin,1992). No Contexto das Diretrizes Curriculares o entendimento de que o
discurso pode ser visto como "um diferente modo de conceber e estudar a língua,
uma vez que ela é vista como um acontecimento social, envolvida por valores
ideológicos ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na
gramática tradicional". (Rodrigues, 2005). A leitura de diferentes gêneros deve
sempre estar presente na vida de todos principalmente do aluno onde se visa à
transformação das relações de desigualdades sociais. "Estratégia permanente de
sustentação da aprendizagem formal e política do aluno, com base em diagnósticos
constantes e capacidade de intervir de maneira educativa". (Demo,1998)
4
3. BASE TEÓRICA DE UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA SER IMPLANTADA NA
ESCOLA
3.1 CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM
As práticas pedagógicas de todo e qualquer professor derivam-se de suas
concepções teóricas e de sua forma de entender o objeto a ser ensinado. Nas aulas
de Língua Portuguesa, entender o que é linguagem torna-se fundamental para que o
professor consciente possa planejar suas aulas.
João Wanderley Geraldi (2000) identifica historicamente três concepções
de linguagem:
● Como expressão de pensamento, destacada nos estudos tradicionais.
● Como instrumento de comunicação.
● Como forma de interação Humana.
A linguagem como interação propõe estudar as relações que se
constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente
estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças.
A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e as inúmeras relações
presentes nas teias discursivas, que atravessam o campo social, requerem do
professor uma percepção crítica cujo horizonte é a mudança de posicionamento em
sua ação pedagógica. Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e
troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe seu
papel como participante.
A definição de linguagem como interação parte dos teóricos do círculo de
Bakhtin, cujos conceitos de dialogismo e gêneros discursivos suscitaram novos
caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma
nova abordagem para o ensino da língua. A teoria Pós-critíca de Bakhtin tenta
viabilizar uma filosofia marxista da linguagem, alerta para o caráter sociológico,
colocando a enunciação como realidade de linguagem e como estrutura
socioideológica. Essa corrente de caráter sócio-histórica concebe a linguagem como
uma construção social, resultado da interação humana que se atualiza na
enunciação dialógica concreta e única, (Interação na Sala de Aula,Ed.Martins
5
Fontes, S.P., 2001-Nelita Bortolotto).
As conseqüências para o ensino da adoção de uma prática de linguagem
centrada na interação são inúmeras a começar da adoção de dois eixos norteadores
para o ensino da Língua Portuguesa (textos orais e escritos, vistos em sua produção
e análise lingüística). Essa prática pressupõe a análise de diferentes linguagens e
alarga o conceito de material apropriado, uma vez que todos os textos que circulam
socialmente tornam-se aptos para o ensino, seja na forma verbal ou não-verbal,
iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre outros, cinética
(sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética nos diferentes níveis.
Pensar no ensino de leitura significa pensar numa realidade que permeia
todos os atos do cotidiano: a realidade da linguagem. É através dela que nos
constituímos enquanto sujeitos do mundo. A leitura fornece aos alunos práticas
sócio-verbais indispensáveis à vida cidadã que transcendem a das vivências
cotidianas informais em situações formais, procurando desenvolver uma
compreensão da linguagem nas suas dimensões sociais e históricas. Segundo
Harold Bloom, professor das universidades de Yale e de New York e o mais
polêmico dos críticos literários, diz porque ainda se deve ler num mundo dominado
pelas imagens.
“A sabedoria que é o tipo mais precioso de
conhecimento essa só pode ser encontrada nos grandes
autores. Esse é o primeiro motivo por que devemos ler. O
segundo motivo é - que todo bom pensamento, com já
diziam os filósofos e os psicólogos , depende da memória.
Não é possível pensar sem lembrar-se - e são os livros que
ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural.
Terceiro motivo, uma democracia depende de pessoas
capazes de pensar por si própria. E ninguém faz isso sem
ler." (PATTO, 1990, p.18).
6
4. LEITURA / LINGUAGEM
A leitura como essencial para o exercício da cidadania. e pensamento e
linguagem.
R. Escarpit (Escola de Bordéus) identifica seus estudos à sociologia da
literatura. As políticas de popularização do livro e da leitura, a interferência do
mercado identifica os diferentes circuitos percorridos pelo texto e examina porque a
cultura se biparte em erudita e de massa. Em outras publicações, discute tópicos
relacionados a criação artística e a duração do prestígio de um autor. (Estética da
Recepção e História da Literatura – Regina Zilbermann). As teorias de recepção
acordaram para a importância do leitor no processo de atribuição de sentido à obra,
que introduz o leitor na tarefa de completar esse sentido. Na esteira das revisões
conceituais que atravessam essa época, Foucault e Barthes relativizam a função do
autor na obra, que passou a se vista como uma entre tantas funções do sujeito.O
leitor deixa de ser o sujeito físico que tenta perceber a intenção para se constituir
como entidade lingüística e sujeito de enunciação, o "eu" literário emancipou-se do
"eu" empírico do escritor. Há diferentes posturas teóricas a respeito do ato de ler,
inclusive a referendada pelo PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) é uma
variante interacionista e fundamentos ancorados na psicologia cognitiva, na
psicolingüística e na sociolingüística. “A leitura é o processo no qual o leitor realiza
um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto. [...] Trata-se de uma
atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e
verificação,sem as quais não é possível proficiência."[...] (PCN de Língua
Portuguesa 5ª a 8ª séries-fundamentais, p.69,1998).
A concepção sócio-interacionista preconizada pelas DCE (Diretrizes
Curriculares Escolares da Rede Pública do Estado do Paraná): "Leitura como
processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais e relações
dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.”
O representante da escola sócio-interacionista Vygotsky nos relata que
esse tipo de educação leva em conta como os alunos chegam as respostas. O
conhecimento do processo que o aluno realiza mentalmente é fundamental. O papel
do professor muda em relação a sua atuação na escola tradicional. Ele não está
7
mais no centro do processo que ensina para que os alunos aprendam passivamente
e tampouco organizador de propostas de aprendizagem que os alunos desenvolvem
sem intervir. Ele é o agente mediador desse processo propondo desafios aos seus
alunos.
"Concepção do significado da palavra como
uma unidade tanto do pensamento generalizante quanto ao
intercâmbio social e de valor inestimável para o estudo do
pensamento e da linguagem,pois permite uma verdadeira
análise genético-causal,o estudo sistemático das relações
entre o desenvolvimento da capacidade de pensar do
indivíduo e seu desenvolvimento social."
(Vygotsky,1987:p.6.)
Outra experiência em sala de aula que se entrelaça com a proposta desse
capítulo é a teoria piagetiana. Piaget foi responsável pelo elo entre filosofia e a
biologia, donde nasceu a psicologia do desenvolvimento. Entre outras pesquisas ele
estudou a relação entre o pensamento e a linguagem e define o conhecimento como
a capacidade de organizar, explicar a realidade a partir das vivências com os
objetivos do conhecimento.
Após as considerações teóricas e para a prática tornar-se possível e
acreditar na extrema importância do assunto no contexto da Língua Portuguesa
como conhecimento, desafio e acesso do aluno a leitura prazerosa que a proposta
de intervenção pedagógica terá o professor não mais como o centro do processo de
ensino como nos diz Vygotsky e sim como o agente mediador.
5. INTRODUÇÃO AS ATIVIDADES
As atividades propostas nesta unidade didática fazem parte do projeto
HOMEM INTEGRAL, A LEITURA INTERAGINDO NO SER. Para maior clareza
desse projeto e dessa unidade algumas explicações se fazem necessárias: O
projeto se desenvolve com a intenção de formação de leitores e sua interação com
os diversos gêneros textuais. São quatro (4) os principais eixos temáticos: Violência,
Meio-Ambiente, Família e Cidadania. Cada unidade tem seu eixo próprio no qual
todos os textos obedecem o mesmo tema não importando o gênero escolhido pelo
8
aluno. Vale lembrar que atualmente a internet com a imagem ajuda a tornar mais
dinâmico essa interação.
Inicialmente o aluno lerá artigos, obras, revistas; sugiro a leitura
compartilhada quando uma obra pode ser lida em grupos na sala de aula onde cada
um lerá uma parte e o outro deverá continuar após ler contar o que leu assim todos
ficarão na expectativa da continuação do assunto. A isto chamo de mobilização é o
primeiro passo para se tornar um leitor de fato, pois a curiosidade sempre é
instigante.Após diversos exercícios, debates e apresentações de livre escolha o
aluno produzirá um texto sobre o tema respaldado com todas as informações
obtidas nesta trajetória. O aluno guardará seus textos produzidos e atividades
efetuadas em uma pasta conhecida como portfólio dessa forma a avaliação do
professor se dará de forma contínua sem o desgaste que o aluno sofre quando há
avaliação simplesmente em um único momento sem um contexto adequado para
tanto. Esta primeira unidade nos dá uma breve idéia do pretendido que é a
valorização da leitura sempre reflexiva.
Agora, vamos deixar o aluno com sua unidade!
"O céu tem estrelas porque alguém
precisa do brilho delas".
(Autor Desconhecido)
9
5.1 GÊNEROS TEXTUAIS
10
5.2 MAPA CONCEITUAL
VIOLÊNCIA: É uma ação que simplesmente não considera a outra pessoa, ou
melhor, a considera como uma coisa, numa relação em que o outro não fala e
se torna um objeto. Ela não precisa ser necessariamente de ordem física,
também se manifesta em seu aspecto psicológico ou simbólico, em suas
formas imperceptíveis. (Souza, 2007, p. 47).
a) Procure no dicionário ou internet outros conceitos de Violência e
transcreva o significado no seu caderno. Agora faça o mesmo com os outros
conceitos de violência cultural, política, verbal psicológica e física.
b) Buscar alguns conceitos de violência na Filosofia, Sociologia e na
Antropologia, assim você ampliará seus conhecimentos de forma mais abrangente
sobre o assunto.
c) Reúna-se com os colegas e tragam para a próxima aula com a
orientação do seu professor alguns títulos de filmes que tenham como temática a
violência. Sugestão: Cidade de Deus, Tropa de Elite, Vestido de Noiva, Dom
11
Casmurro.
d) Escolham um filme para assistir e após discutam qual tipo de violência
ou quais tipos de violência foram presenciados.
Leia o fragmento do texto a seguir: UMA ARMA (Luiz Antonio Assis
Brasil)
Fonte: Zero Hora - 25/09/05
De uma arma pode-se esperar apenas morte, destruição, pânico e terror.
Uma arma remete-nos à brutalidade dos séculos em que habitávamos as grutas.
Uma arma é a bestialidade em forma metálica e reluzente. Uma arma ensina os
jovens a não acreditar na força do bem, da persuasão e do exemplo. Uma arma é a
máscara trágica de todos nós. Uma arma é a falência da civilização que levamos
milênios para construir.
Uma arma não é garantia de segurança: quantos milhares já morreram
com suas armas na mão? Uma arma não significa nem força, nem ousadia, nem
tenacidade, nem retidão, nem honradez, nem heroísmo. Uma arma não conduz a
nada, nem constrói nada, nem nos assegura um lugar entre os incólumes.
Quem leva uma arma, seja qual for, está pronto a ferir e a matar. Quem
leva uma arma envergonha-se de olhar para uma criança. Quem leva uma arma
descrê que o ser humano possa ser integrado à vida útil e proveitosa. Quem leva
uma arma não dorme à noite, compartindo com os grilos e os cães vadios suas
noites mal assombradas. Quem leva uma arma, seja quem for, vive em estado de
triste e perene desventura. [...] A lógica fala por si, é tão clara como um dia solar:
quanto mais armas, maior violência. Por mais que repassemos todas as culturas do
mundo desde que elas existem, nunca se ouviu dizer que mais armas resultassem
em maior paz, concórdia e felicidade entre os homens. E para a felicidade, a
concórdia e a paz é que somos feitos.
ATIVIDADES DE TEXTO:
a) Compare títulos de textos de diferentes jornais na secção policial sobre
12
a mesma notícia, observando o enfoque dado ao assunto.
b) Você fará uma lista com os títulos encontrados da atividade nº1, de
modo a torná-la significativa e adequada a uma determinada situação de
comunicação.
Exemplo:
UMA ARMA DESTRUIÇÃO
a)
b)
c)
c) Em algumas linhas explique a posição do autor do texto acima em
relação às armas.
Trecho da Entrevista de DANIEL MACK: a respeito do desarmamento
a) Desarmamento: O Brasil dá um passo para trás - Entrevista com *
Daniel Mack - Entrevista concedida por telefone à ** IHU - On-line.
IHU On-Line: Por que motivo, em sua opinião, o Brasil não esteve
presente em Dublin quando foi feito um tratado considerado o mais importante
em relação ao desarmamento, se desde 2003 o governo federal vem fazendo
campanhas para que a população não ande armada?
DANIEL MACK: Essa é uma boa pergunta, no sentido que há uma
discrepância entre a política pública brasileira, que tem o intuito de fortalecer o
desarmamento, e essa posição internacional em relação as bombas clister (1). O
Brasil não participou de Dublin por uma série de fatores. Um fator, não há dúvida
é o fato de Itamaraty não considerar o processo de Oslo ideal para se discutir
esse tipo de tratado. Acredita, no caso, que o tema precisa ser discutido dentro
da ONU. Acontece que o processo de Oslo e esses das bombas clister são
13
paralelos ao que aconteceu com o processo referente às minas terrestres,
acontecimento que dentro da ONU ficou empacado. Como sabemos na ONU é
preciso consenso para se conseguir alguma coisa. Assim que os processos
foram tirados dela, tanto os das minas terrestres quanto os das bombas clister,
mais de cem países votaram a favor dele. Então, nós consideramos que essa
explicação do Itamaraty não é mais válida, porque quando você tem mais de cem
países assinando um tratado é difícil falar que não se trata de um fórum universal
e democrático.[...]
IHU On-Line: Quais são os efeitos destas campanhas que o governo
federal tem feito a favor do desarmamento da população?
DANIEL MACK: Em relação às armas leves em âmbito doméstico,
essas campanhas de desarmamento têm sido muito importantes porque colocam
o Brasil na vanguarda não apenas na América Latina, mas do mundo inteiro em
relação ao maior controle das armas em circulação. Existem estimativas de que
existem hoje 17 milhões de armas em circulação no país e só 10% estão nas
mãos dos estados, ou seja, das Forças Armadas e das policias estaduais. Isso
quer dizer que nós temos mais de 15 milhões de armas nas mãos de civis em
circulação. Essas campanhas e o próprio estatuto do desarmamento de 2003,
que foi a legislação que possibilitou todo esse conjunto de políticas públicas
adotadas pelo governo federal em relação ao controle das armas, têm vindo no
sentido de diminuir as armas em circulação ou,ao menos controlar melhor no
sentido de saber onde elas estão localizadas e saber que as pessoas que têm a
posse delas são bem preparadas para tanto.[...]
Nota: Daniel Marck é coordenador de Políticas da área de Controle de Armas do
Instituto Sou da Paz. Em 7/07/08 - Brasil.
IHU - Unisinos - Adital Noticías da América Latina e Caribe.
DEBATE:
Debata com os colegas se as armas devem continuar proibidas ou devem
ser liberadas devido a crescente violência no Brasil e como ficam os cidadãos?
Pesquise o plebiscito realizado no Brasil e cite algumas considerações a
favor ou contra o desarmamento.
Faça uma entrevista com diversas pessoas para saber qual a posição
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delas: a favor ou contra o uso de armas pelos cidadãos brasileiros, após transcreva
em linguagem formal essas entrevistas.
Com o resultado da pesquisa elabore um gráfico de quantos brasileiros
foram a favor do desarmamento e quantos foram contra esse desarmamento.
(Procure seu professor e veja a possibilidade de fazerem esse gráfico na sala de
computadores da sua escola).
Fragmento: O VENENO DA VIDA REAL - (Paulo Sant'ana)
Fonte: Zero Hora - 28/09/05
Entrei num táxi anteontem e o taxista me lançou um patético apelo: "Faça
alguma coisa, seu Sant'ana, querem desarmar o povo".
"Calma, meu amigo, respondi", o povo vai ficar desarmado, mas todas as
pessoas que inspiraram, estão executando e fiscalizarão o Estatuto do
Desarmamento reservaram inteligentemente para si o direito de andarem armadas.
Elas serão o bastante para proteger o povo dos assaltantes e dos bandidos.
Acho que o taxista não entendeu nada do que eu disse.
Dia seguinte, ontem, embarquei em outro táxi, e o taxista, de plano, me
relatou a sua aflição:" Querem desarmar o povo, seu Sant'ana, o senhor viu que,
madrugada de domingo, uma patrulha da BM desconfiou de um táxi em que
estavam três homens,revistou o táxi e encontrou escondido pelos assaltantes no
porta-malas o taxista.Interessante, seu Sant'ana, que isto aconteceu na madrugada
de domingo, na Avenida A.J. Renner. Quase na mesma hora, outros três assaltantes
foram presos por uma guarnição da BM, depois de terem assaltado outro taxista na
Vila Santa Cecília.Está demasiado o risco que nós, taxistas, corremos aqui nas
ruas."E querem desarmar o povo, seu Sant'ana."
A corrida era mais longa e eu pude ser mais extenso com o taxista:
"Calma, meu amigo, o senhor está muito estressado com sua profissão.O senhor
não quer fazer um estágio na Academia Rio-Grandense de Letras ou em qualquer
outra entidade que reúna intelectuais? Se o senhor conviver com
escritores,pensadores ou até mesmo jornalistas,se o senhor fizer um estágio numa
redação de jornal ou em qualquer local em que se reúnam pensadores,em 10 dias o
senhor estará pregando a favor do desarmamento.O senhor é contra o
desarmamento porque está muito envenenado pelo cotidiano da sua
15
profissão.Desligue-se da vida real, vá freqüentar os círculos literários, conheça por
exemplo o escritor Luiz Antonio Assis Brasil,que no domingo passado assinou um
belo artigo em Zero Hora a favor do desarmamento. Um poema o artigo,ensinando
os leitores que de uma arma pode-se esperar apenas a morte.[...] O mal é que, aí
preso neste volante 16 horas por dia, percorrendo todas as vilas da pobreza e
mediana, tratando com todas as classes sociais, o senhor viu embotado o seu
pensamento e acabou por ser contra o desarmamento.[...]Desligue-se da vida real,
mergulhe na ficção, este é o segredo.
ATIVIDADE:
a) Qual figura de linguagem você pode observar neste texto? Explique.
b) Responda: Texto 1 - Uma Arma
Texto 2 - O Veneno da Vida Real
Texto nº 1
Personagens:
Espaço:
O que aconteceu:
Texto nº 2
Personagens:
Espaço:
O que aconteceu:
c) Produza com o seu grupo uma pequena peça teatral representando este texto de
Paulo Sant'ana - O Veneno da Vida Real. Você poderá gravar um vídeo e apresentar
aos colegas da turma.
Leia um fragmento do texto adaptado de Sigrid I. Becker:
Fonte: Google, acessado em 30.06.2010.
16
BULLYING, SEMENTE DE VIOLÊNCIA
O bullying não é um fenômeno novo, mas vem crescendo dia a dia. É tão
antigo quanto a própria escola, porém muitas vezes, ainda é banalizado e que pode
acarretar conseqüências desastrosas para os envolvidos.
É urgente que o bullying seja olhado não mais como um comportamento
comum e inofensivo entre os estudantes, mas como um fenômeno silencioso e
violento que pode deixar marcas irreversíveis no psiquismo de indivíduos ainda
muito jovens. Estudos no mundo todo mostram que, se o bullying não for contido em
indivíduos ainda jovens, pode se instalar como um comportamento aceitável e
utilizado na resolução de conflitos na vida adulta, levando-os a atitudes cada vez
mais violentas. Geralmente, os valores passam a ser ditados pelos programas de
televisão ou jogos de vídeos games. Considerando que muitos jovens se pautam
pela competitividade, no individualismo, na violência, na lei do mais forte e do levar
vantagem em tudo.
É preciso criar uma cultura contra o bullying e não contra os bullies.
Afinal, estes também são, em sua essência, resultado de um contexto de violência
e, portanto vítimas. A educação não é o único caminho para o combate ao bullying,
mas é, sem dúvida, o mais importante, tanto pelo seu papel formador como pelo
poder multiplicador que possui. (...)
EFEITOS PSICOLÓGICOS, SOCIAIS E ACADÊMICOS
As conseqüências para as vítimas são graves e abrangentes,
promovendo no contexto escolar o desinteresse pela escola, déficit de atenção,
queda no rendimento e a evasão escolar. Na saúde física e emocional, verifica-se
pouca resistência imunológica e da auto-estima, o estresse, os sintomas
psicossomáticos, ansiedade, depressão e no limite suicídio. Para os agressores
também verificamos total desajuste social, falta de adaptação escolar, valorização
da violência como forma de obtenção de poder além de projeções de violência na
vida adulta.
17
PRETO E BRANCO
Fonte: www.blogdo bauru.com.br/2009/03 preto-e-branco.html
Perdera o emprego, chegara a passar fome, sem que ninguém soubesse:
por constrangimentos, afastara-se da roda da boêmia que antes costumava
freqüentar - escritores, jornalistas, um sambista de cor vinha a ser o seu mais velho
companheiro de noitadas.
De repente, a salvação lhe apareceu na forma de um americano, que lhe
oferecia o emprego em uma agência. Agarrou-se com unhas e dentes à
oportunidade, vale dizer, ao americano, para garantir na sua nova função uma
relativa estabilidade.
E um belo dia vai seguindo com o chefe pela rua México, já distraído de
seus tropeços, tropeçando obstinadamente no inglês com que se entendiam quando
vê do outro lado da rua um preto a agitar a mão para ele. (...)
Pensou rapidamente em se esquivar – não dava tempo: o americano
também se detivera, vendo o preto aproximar-se. Era o seu amigo, velho
companheiro, um bom sujeito, dos melhores mesmo que já conhecera – acaso
jamais chegara seque a se lembrar que se tratava de um preto.?Agora, com o gringo
ali a seu lado, todo branco e sardento, é que percebia pela primeira vez: não podia
ser mais preto. Sendo assim, tivesse paciência: mais tarde lhe explicava tudo,
haveria ele de compreender. Passar fome era muito bonito nos romances de Knut
Hamsun, lido depois do jantar, e sem credores à porta. Não teve mais dúvidas: virou
a cara quando o outro se aproximou e fingiu que não o via, que não era com ele.
E não era mesmo com ele. Porque antes de cumprimentá-lo, talvez sem
tê-lo visto, o sambista abriu os braços para acolher o americano – também seu
amigo.
Fernando Sabino
DEBATE
Agora com seus colegas e orientação do seu professor debata essas
questões;
18
a) Que situações de bullying percebemos em nossa escola?
b) Como podemos nos comprometer individualmente e coletivamente para
superarmos as situações de bullying que ocorrem em nossa escola?
c) Que ações são capazes de mudar condutas de competição e individualismo para
condutas de cooperação e solidariedade?
d) Quais sintomas físicos e/ou emocionais sofrem as vítimas de bullying?
e) Qual a finalidade do texto?
f) Você já presenciou ou soube de fatos relacionados com esse texto?
g) Assista no www.youtube.com., vídeos sobre o bullying e interaja com os
colegas as impressões que mais marcaram. Vocês podem fazer uma representação
para se colocarem no papel de vítima e depois do agressor.
6. LEITURA COMPARTILHADA
Após várias discussões sobre violência faremos uma leitura
compartilhada de uma obra escolhida por cada grupo (Seu professor determinará
quantos grupos).Neste trabalho os grupos deverão propor a leitura compartilhada
com a turma e,para isso,a criatividade e a originalidade na apresentação serão livres
e também a utilização de recursos de multimídia que poderão ajudá-los. Sugestões
de algumas obras que tratam do tema Violência em suas diferentes vertentes que
extrapolam a simples violência física.
19
7. SINOPSES
O ATENEU
Literatura Brasileira.
Escrito apenas em três meses, O Ateneu,de Raul de Pompéia é
considerado o maior romance brasileiro do século XIX, depois das obras realistas de
Machado de Assis.Seu enredo consiste na recordação do período de dois anos em
que o narrador Sérgio,passa num tradicional colégio do Rio de Janeiro; O Ateneu. O
ingresso na escola marca as descobertas amargas que acompanharão o narrador,
daí em diante, os sentimentos de desilusão, opressão e desconfiança, componentes
da profunda solidão humana. Na história de Sérgio e do internato que reflete a
sociedade da época do seu tempo, Raul de Pompéia faz uma crítica profunda ao
autoritarismo. O autor apresenta uma visão diferente da infância e faz ampla
reflexão sobre os homens e a sociedade do Brasil do século XIX.
Raul de Pompéia
FELIZ ANO NOVO
No conto Feliz Ano Novo é véspera da virada do ano na década de 60. As
diferenças sociais e a tensão social se acentuam. Rubens Fonseca relata a violência
de um grupo de marginais que decidem assaltar uma mansão durante a passagem
do ano.
No conto "Zequinha", "Pereba" e um 'eu" narrador são os marginalizados
que vivem em um "cafofo" com fome (de alimentos e sexo) e sem dinheiro e não
querendo comer as oferendas (farofas) para Iemanjá planejam o assalto. O conto
relata a sociedade que vivemos apresentando os desvalidos com todos os tipos de
carências sendo não só vítimas mas também algozes quando agem com extrema
crueldade dando demonstração da revolta com o luxo dos ricos.
Rubens Fonseca
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PASSEIO NOTURNO
Mais uma vez o escritor Rubens Fonseca nos apresenta um conto
retratando a violência agora com outra face; a classe social abastada.Transgressão
de uma vida rotineira e também reflexo do mundo atual cada vez mais violento.O
narrador-personagem relata como alivia o cansaço e o estresse do dia a dia de
forma peculiar saindo todas as noites com seu carro importado escolhendo as vítima
de forma alheatória e matado-as depois volta para casa aliviado após mais um dia. É
o passatempo predileto do executivo que a família ignora totalmente este seu
comportamento.
Rubens Fonseca
ODISSÉIA
Em sua obra Odisséia, o poeta grego Homero conta que em tempos
remotos, houve uma longa guerra entre dois povos: os gregos e os troianos. Entre
os guerreiros gregos destacava-se Odisseu, hoje mais conhecido como Ulisses,que
muito contribuiu para a vitória do seu povo.Com a destruição de Tróia, Ulisses quis
voltar para Ítaca ,uma das ilhas gregas,da qual era rei. Nessa viagem que durou
aproximadamente dez anos encontrou muitas dificuldades, já que Posêidon, deus
dos mares e protetor de Tróia prometera vingar os troianos e impedir a volta de
Ulisses para sua terra. Atena, a deusa da sabedoria protegeu Ulisses em suas
aventuras: encontrou sereias, monstros e semi-deuses.
Homero
Nota: HOMERO é considerado o maior poeta da antiguidade. Viveu por
volta de 850 A.C., na região onde fica a Turquia. Alguns historiadores acreditam que
os poetas chamados homéricos seriam na verdade obra de vários autores e não a
um único poeta. No entanto são atribuídas a ele as obras de Ilíada e Odisséia.
SUGESTÕES DE FILMES: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
GUERRA E VIOLÊNCIA - 1984 - Duração: 2:17
Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o
filme não se resume apenas em criticar o Stalinismo e o Nazismo mas toda a
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nivelação da sociedade, a redução do individuo em uma peça que deve servir ao
Estado ou ao mercado, por meio do controle total incluindo o pensamento e a
redução do idioma.
BAILE DE MÁSCARAS - 2006 - Duração: 2:30
Na corte de Versalhes um pouco antes da Revolução Francesa, com
rígidas regras de etiqueta, disputas familiares, fofocas, festas. No entanto fora das
paredes do palácio a revolução francesa estava prestes a eclodir. Este vídeo relata a
riqueza de detalhes ressaltando as desigualdades sociais do século XVIII.
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TORTURA – 1984 Duração: 7:07
Este vídeo relata a pressão física e psicológica exercida em cidadãos que
lutam pela liberdade contra a opressão do partido que exerce sobre seus cidadãos.
RELAÇÕES DE PODER, BRASÍLIA, CPI, LEGISLATIVO - DURAÇÃO: 1:16
DVD - Brasília - Columbia Tristar Filmes do Brasil
Este vídeo mostra os desmandos de alguns políticos que usam o poder
dado pelo povo de forma desonesta prejudicando milhares de pessoas sobretudo os
mais pobres que precisam mais do poder público para atender suas necessidades
mais primárias como saneamento básico, saúde, educação.
8. PRODUÇÃO FINAL
Converse com seu professor de História e peça que cite alguns fatos
históricos-políticos violentos como por exemplo, o enforcamento de Tiradentes em
busca da liberdade do Brasil ou fatos mais recentes como o suicídio do então
presidente Getúlio Vargas. Enfim, a história está repleta desses acontecimentos não
só no nosso país, mas também em outros como na Alemanha de Hitler, França com
a Revolução Francesa, o ataque as Torres gêmeas nos Estados Unidos e outros
países. Com todas as informações obtidas agora você possui condições de produzir
um texto tratando desse assunto de maneira mais reflexiva, então: "Mãos à obra."
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Geraldo P. Práticas de Leitura para Neoleitores. Ctba: Editora Pró-
Infantil, 2008.
Ler, Escrever e Pensar. Rio de Janeiro: Ed.Walk, 2007.
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
VIEIRA, Maria da Graça; FIGUEREDO, Regina. Língua Portuguesa - EJA
Educação de Jovens e Adultos. Editora Ática, 2008.
BRASIL, Secretaria de Educação. Parâmetros curriculares nacionais. Língua
Portuguesa. Brasília, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio.
Curitiba, 2008.
KLEIMAN, Ângela. Oficina da Leitura. Ed. Campinas: Pontes, 2008.
FONSECA, Rubem. 64 contos de Rubens Fonseca. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.
SABINO, Fernando. Crônicas. Memorial On-Line: Agência de Informação Frei Tito
para a América Latina, 2001-2008.
SOUZA, Valmir de. Violência e Resistência Literatura Brasileira. São Paulo: LCT
Editora, 2007.
OUTRAS FONTES
Revista Eutomia - Ano II - nº1
Sites
Domínio Público.gov.br
Diaadia.pr.gov.br
Wikipédia Português - Enciclopédia Livre
Google Video:www.youtube.com
Google didático
Imagens Google: 1- www.movimento universal.files.wordpress.com
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ANEXOS
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
TRANSPARÊNCIAS
Homem da Vinci
Mapa Conceitual
Gêneros Textuais
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
LÍNGUA PORTUGUESA
HOMEM INTEGRAL, A LEITURA INTERAGINDO NO SER
CD
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