DE Estávamos enfrentando dificuldades nas relações pessoais, não podíamos controlar nossa...

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• Estávamos enfrentando dificuldades nas relações pessoais, não podíamos controlar nossa natureza emocional, éramos presas do infortúnio e da depressão, não conseguíamos nos sustentar financeiramente, tínhamos uma sensação de inutilidade, estávamos coagidos pelo medo, éramos infelizes, não conseguíamos ser úteis aos outros.

» ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 74

ComentárioEstas palavras me fazem lembrar que tenho outros problemas além do álcool, que o álcool é somente um sintoma de uma doença mais profunda. Quando parei de beber comecei um processo, para toda a vida, de recuperação de emoções desregradas, relacionamentos dolorosos e situações descontroladas. Este processo é demais para muitos de nós sem a ajuda de um Poder Superior e de nossos amigos da Irmandade. Quando comecei a praticar os Passos do programa de A.A., muitos destes fios emaranhados se desfizeram, mas pouco a pouco os lugares mais quebrados de minha vida se endireitaram. Um dia de cada vez, quase sem sentir, me curava. Como um termostato sendo abaixado, meus medos diminuíram. Comecei a experimentar momentos de contentamento. Minhas emoções tornaram-se menos voláteis. Agora sou novamente uma parte da família humana.

• Autonomia é uma palavra difícil. Mas para nós, significa apenas que cada grupo de A.A. pode cuidar de seus assuntos como melhor lhe aprouver, salvo nos casos em que A.A. como um todo corra perigo. Vem agora a mesma pergunta colocada na Primeira Tradição: tal liberdade não é imprudentemente perigosa?

• Ao longo dos anos, todos os desvios possíveis de nossos Doze Passos e Tradições foram tentados. Nada mais inevitável, uma vez que somos em alta escala um bando de individualistas egocêntricos. Filhos do caos, ousamos brincar perigosamente com todo tipo de fogo e saímos ilesos e, acreditamos, mais sábios, dessas experiências. Esses mesmos desvios criaram um amplo processo de tentativas e erros que, graças a Deus, colocou-nos onde hoje estamos.

• Quando em 1946 foram publicadas pela primeira vez as tradições de A.A., já tínhamos adquirido a certeza de que qualquer grupo de A.A. era capaz de resistir a todo tipo de golpes. Verificáramos que o grupo, assim como o indivíduo, tem eventualmente de submeter-se a quaisquer princípios provados que assegurem a sobrevivência. Havíamos descoberto ser perfeitamente seguro o processo de tentativas e erros. A tal ponto ficáramos confiantes que a declaração original da tradição de A.A. trazia esta frase muito significativa:

• Durante os primeiros tempos de A.A., diversos grupos esperançosos estavam em formação. Numa cidade que chamaremos de Middleton iniciara-se um que era verdadeiramente genial. Os moradores da cidade tinham grande entusiasmo por ele. Deslumbrados, os veteranos sonhavam com inovações. Concluíram que a cidade carecia de um grande centro antialcoólico, uma espécie de estabelecimento piloto, que os grupos de A.A. poderiam duplicar por toda parte. Começando pelo andar térreo haveria um clube; no segundo andar cuidar-se-ia de tornar sóbrios os beberrões e fornecer-lhes dinheiro para pagar suas contas atrasadas; o terceiro andar sediaria um projeto educacional - nada controverso, claro.

• Em imaginação, o fulgurante centro devia alongar-se por mais alguns andares, mas três bastariam para começar. Tudo isso exigiria um bocado de dinheiro - dinheiro dos outros. Acreditem ou não, os mais ricos da cidade compraram a ideia.

• Houve, no entanto, alguns dissidentes conservadores entre os alcoólicos. Eles escreveram à Fundação de A.A. em Nova York, indagando a respeito daqueles projetos arrojados. Entendiam que os mentores, apenas para consolidar bem as coisas, estavam prestes a requerer um alvará da Fundação. A notícia deixou-os perturbados e céticos.

• Claro que havia em tudo aquilo um entusiasta - um superentusiasta. Com sua eloquência ele dissipou todos os temores, a despeito do parecer da Fundação de que não seria possível conceder um alvará e de que empreendimentos que misturassem um grupo de A.A. com a medicação e a educação sempre haviam terminado de forma melancólica em outros lugares.

• Para não se arriscar, o entusiasta organizou três corporações e tornou-se presidente das três.

• Pintado de fresco, o novo centro brilhou. Cedo as coisas começaram a ferver. Para que o funcionamento não sofresse solução de descontinuidade, adotaram-se 61 (sessenta e uma) regras operacionais.

• Infelizmente, porém, o cenário brilhante não tardou em escurecer. A confusão tomou o lugar da serenidade. Descobriu-se que alguns bêbados ansiavam por instrução, porém, não se convenciam de que eram alcoólicos. Muitos problemas de personalidade podiam talvez curar-se por meio de empréstimos. Alguns queriam se associar ao clube, mas apenas para cuidar do coração solitário. Por vezes, multidões de proponentes procuravam todos os três andares.

• Alguns começavam pelo de cima e desciam até o de baixo, tornando-se sócios do clube. Outros começavam no clube, caíam na bebedeira, eram hospitalizados e passavam-se ao terceiro andar para a parte da educação. Era uma colmeia em atividade, sem dúvida, mas ao contrário das demais colmeias, imperava ali a confusão. Um grupo de A.A., como tal, era simplesmente incapaz de dirigir um projeto daquela natureza.

• Tarde demais se percebeu isso. Veio então a inevitável explosão - algo parecido com a explosão de uma caldeira numa fábrica. Uma sensação sufocante de medo e frustração abateu-se sobre o grupo. Ao dissipar-se, uma coisa maravilhosa tinha acontecido. O superentusiasta escreveu para o escritório da Fundação, dizendo que gostaria de ter prestado mais atenção à experiência de A.A. A seguir fez mais uma coisa que se tornaria clássica em A.A. Tudo foi colocado num pequenino cartão mais ou menos do tamanho de um marcador de golfe. A capa dizia: "Grupo N° 11 de Middleton. Regra N° 62". Ao abrir-se o cartão, saltava à vista uma frase, pungente na sua simplicidade: "Não se leve muito a sério, amigo."

Passeio - As Doze Tradições

• Na Irmandade temos Juntas e comitês de serviços. A Conferência de Serviços Gerais, a Junta de Serviços Gerais e os comitês de Grupo . Estes não podem baixar diretrizes aos membros ou Grupos de A.A. Aos AAs nada se impõe. A mesma condição se aplica aos Grupos. O sofrimento e o amor são os disciplinadores em A.A. Existe em AA uma grande diferença entre o espírito de autoridade e o espírito de serviço.

• Agora uma pergunta: Como manteríamos nosso Grupo, os comitês de serviços e outros órgãos funcionando?

• Sustentamo-nos apenas com as contribuições voluntárias dos membros de A.A.. A nós é atribuída a responsabilidade de sustentar o Grupo e os demais Órgãos de Serviço. A nossa política financeira é a de ter apenas o dinheiro necessário para garantir o funcionamento e uma reserva prudente. Por isso:

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