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Dilemas do Fundador na Passagem do Bastão:

Identidade em Questão

Francis Valdivia de Matos São Paulo, 08 Abril 2014

Sabedoria Popular

Padre bodeguero, hijo caballero, nieto

pordiosero. (México)

Pai nas colunas empresariais, filho nas colunas sociais e neto nas colunas

policiais. (Universal)

Pai rico, filho nobre, neto

pobre. (Brasil)

Dos estábulos às estrelas e de volta aos estábulos em

três gerações. (Itália)

Para passar de mangas de camisa

a mangas de camisa, bastam três gerações.

(Estados Unidos)

A primeira geração planta o arroz, a

segunda geração colhe o arroz, a terceira

geração tem de plantar de novo.

(China)

67% das empresas familiares não ultrapassam a 1ª

geração.

Sucessão da 1ª para a 2ª geração

70% das empresas tem uma expectativa de vida de

aproximadamente 24 anos. É o período médio de

permanência na direção de um fundador/proprietário.

Fracassos no processo de sucessão*

* M. A. Gallo. Espanha, 1995

Maturidade do negócio 10%

Situação financeira vulnerável 03%

25% Falta de harmonia familiar

62% Falta de interesses comuns na família

Melhor idade para fazer a sucessão*

* Pesquisa Harvard, amostra de 1.150 empreendedores do MBA. João M. Amat (2004)

Não sabe responder 23%

28% Retirar-se antes dos 65 anos

49% Nunca retirar-se

Sociais

•  Perder o “status” social alcançado.

•  Perder a condição econômica alcançada.

•  Perder o trabalho e “não ter nada para fazer”.

•  Medo do “criador perder a criatura”.

Motivações dos fundadores para adiar a sucessão

Sociais Familiares

Cônjuge e outros familiares.

Motivações dos fundadores para adiar a sucessão

Sociais Familiares Organizacionais

Funcionários, colaboradores, prestadores de serviços, etc.

Motivações dos fundadores para adiar a sucessão

Sociais Familiares Organizacionais Psicológicas

•  Não aceitação do princípio do fim da vida (morte).

•  Não aceitação da perda progressiva das faculdades físicas e psíquicas.

•  Os dilemas psicológicos da última etapa da vida.

•  Perda da identidade pessoal.

Motivações dos fundadores para adiar a sucessão

Identidade é ...

Identidade: uma questão da Psicologia Social

História, Não há personagens fora de uma história, não há história sem personagens. As personagens são vividas pelos atores que as encarnam e que se transformam à medida que vivem suas personagens... Estamos sempre em busca de novos personagens, quando novas não são possíveis, repetimos as mesmas: quando se tornam impossíveis, o ator caminha para a morte, simbólica ou biológica.

Identidade é ...

Identidade: uma questão da Psicologia Social

Metamorfose Evitar a transformação é impossível.

Atores – palco – plateia – cenário

•  A interação social uma peça de teatro.

•  A vida é uma representação dramática.

•  Os atores na interação definem roteiro, cenário, figurino, habilidades e adereços.

•  O palco, é onde atua a “ pessoa pública” . Nos bastidores se mostra a “ pessoa privada”.

•  Plateia, que assiste ao espetáculo.

A Representação do eu na vida cotidiana*

* Erving Goffman

O objetivo do ator é manter uma coerência em suas interações com outros autores... A interação social é o espaço “público” para manipular ou controlar ( consciente ou subconscientemente) a maneira como os outros nos enxergam. Personalidade é a soma de diversos papéis que desempenhamos. O verdadeiro “eu” não é um fenômeno privado ou interno mas sim o efeito dramático das formas pelas quais o sujeito se apresenta em público.

A Representação do eu na vida cotidiana

Identidade do fundador em questão

)

Estilos de Sucessão*

*Miguel Angel Gallo ( 1998)

Reinar depois de morto

(ditadura)

Depois de mim, o dilúvio

(anarquia)

Quatro estilos de retirada*

Cada estilo reflete uma manifestação psicológica do dilema ou drama interno da

última etapa da vida adulta.

Há correlação entre o estilo de gestão do líder e seu estilo de retirada.

*Sonnenfeld “A despedida do herói: o que acontece quando o líder se sai de cena” (1998)

São forçados a sair, mas tramam seu retorno e rapidamente voltam para “salvar” a empresa.

Ditador

Monarca

Somente saem quando forçados por morte ou revolta.

Quatro estilos de retirada

Governador

Dirigem por período limitado, aposentam-se e voltam-se para outros interesses.

Embaixador

Saem com elegância para atuar depois como mentores, conselheiros ou assessores.

Quatro estilos de retirada

Cuidado com “rótulos”, não podemos julgar se são opções boas ou ruins, sem considerar o contexto em que acontece a

sucessão.

Tampouco podemos desconsiderar que em cada fase da empresa, um estilo pode ser mais apropriado do que outro.

O melhor encaminhamento da sucessão, não parece estar

diretamente relacionado com o fato do fundador permanecer na empresa até os seus últimos dias, mas com a atitude mostrada por ele no confronto com a sua própria vida.

Os múltiplos ciclos da empresa familiar

EMPRESA FAMILIAR

Indivíduo

Família

Organização

Empresa(s)

Dilemas do Fundador na Passagem do Bastão: Identidade em Questão

Francis Valdivia de Matos São Paulo, 08 Abril 2014

OBRIGADA!

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