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Instrumentalização CientíficaENTRE O MÉTODO MECANÍSCISTA E
DNER.
Palmas – TO
ENTRE O MÉTODO MECANÍSCISTA E DNER.
Trabalho de Conclusão de Curso TCC I elaborado e apresentado como
requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia
Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas
(CEULP/ULBRA).
Orientador: Prof. M.S.c. Edvaldo Alves dos Santos.
Palmas – TO
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO: PELO METODO MECANÍSTICO E DNER
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I elaborado e apresentado como
requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia
Civil pelo Centro Universitário Luterano de Palmas
(CEULP/ULBRA).
Orientador: Prof. M.Sc. Edvaldo Alves dos Santos.
Aprovado em: _____/_____/_______
BANCA EXAMINADORA
Orientador
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Orientador
Palmas – TO
Marisa Ribeiro da Soares, que nunca mediu esforços para me
apoiar; aos amigos, meus professores e todos que
contribuíram para que isso acontecesse.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus está sempre ao meu lado e me
guiado
até aqui, por ter me dado força, principalmente nos momentos que
pensei em
desistir, Agradeço a minha família, pois através deles tive força
para realizar esse
sonho, a minha namorada Marisa Ribeiro Soares, por estar sempre ali
dando apoio,
carinho e amor.
A todos os professores do colegiado de engenharia Civil, que
durante a
graduação contribuíram para a minha formação acadêmica e aos meus
colegas e
amigos, em especial o Felipe Galvão Parente.
Agradeço a banca examinadora que com competência, ética e
criticidade,
contribuíram para esse estudo.
Agradeço imensamente a meu orientador M.sc. Edivaldo Alves dos
Santos
pela competência, paciência, pela sua atenção, disponibilidade,
orientações e
sugestões que foram essenciais para a realização deste trabalho.
Afirmo ainda, que
sem a sua orientação, seria impossível a conclusão desta
pesquisa.
Meu muito obrigado a todos os envolvidos, essa vitória é
nossa!
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2-GRANULOMETRIA EM MM
...................................................................................
ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
FIGURA 3 - CURVA GRANULOMÉTRICA
...........................................................................................................................
16
FIGURA 4 - CLASSIFICAÇÃO TBR (ANTIGO HRB)
...............................................................................................................
18
FIGURA 5 - CURVA DE COMPACTAÇÃO
............................................................................................................................
20
FIGURA 6 - CLASSE DE VEÍCULOS
....................................................................................................................................
23
FIGURA 7 - SISTEMA DE VÁRIAS CAMADAS
......................................................................................................................
24
FIGURA 8 - PAVIMENTO FLEXÍVEL
..................................................................................................................................
26
FIGURA 9 - PAVIMENTO RÍGIDO
....................................................................................................................................
26
FIGURA 10 - TERMINOLOGIA DOS REVESTIMENTO
.............................................................................................................
27
FIGURA 11 - CLASSIFICAÇÃO DOS REVESTIMENTOS
............................................................................................................
28
FIGURA 12 - TERMINOLOGIA DAS BASES
.........................................................................................................................
29
FIGURA 13 - CLASSIFICAÇÃO DAS BASES E SUB-BASES FLEXIVEIS E
SEMI-RIGIDAS
......................................................................
30
FIGURA 14 - GRANULOMÉTRICA PARA BASE GRANULAR
....................................................................................................
32
FIGURA 15 - FATOR DE EQUIVALÊNCIA DE OPERAÇÃO
.......................................................................................................
33
FIGURA 16 - DETERMINAÇÃO DO FATOR DE OPERAÇÕES
....................................................................................................
34
FIGURA 17 - ESPESSURA MÍNIMA DE REVESTIMENTOS BETUMINOSO
...................................................................................
34
FIGURA 18 - COEFICIENTE DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL
.................................................................................................
35
FIGURA 19 - DETERMINAÇÃO DE CAMADAS DO PAVIMENTO
...............................................................................................
36
FIGURA 20 - FIGURA – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS GRANULARES
.........................................................................................
38
FIGURA 21 - FIGURA – IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DOS SOLOS FINOS
.......................................................................................
39
FIGURA 22 - VE-COEFICIENTE ESTRUTURAL
.....................................................................................................................
41
FIGURA 23- CRONOGRAMA DO PROJETO DE PESQUISA.
......................................................................................................
46
FIGURA 24-PLANILHA DE GASTOS.
.................................................................................................................................
47
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AASHO American Association of State Highway Officials
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CBR California Bearing Ratio
FC Fator de carga
FE Fator de eixo
N Número de Eixo Padrão
IG Índice de grupo
ISC Índice Suporte Califórnia
IP Índice de plasticidade
LC Limite de contração
LL Limite de liquidez
LP Limite de plasticidade
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
TRB Transportation Research Board
VMD Volume médio diário
LISTA DE EQUAÇÕES
(5)VOLUME MEDIO DIÁRIO
.........................................................................................................................................
32
(9) ALTURA TOTAL
.....................................................................................................................................................
36
(11) ALTURA TOTAL PAVIMENTO
RESILIENTE....................................................................................................................
40
(13) ESPESSURA DO REVESTIMENTO BETUMINOSO
...........................................................................................................
40
(14) ESPESSURA DA CAMADA GRANULAR
........................................................................................................................
40
SUMÁRIO
1.2 HIPÓTESES
........................................................................................................
11
1.3 OBJETIVOS
........................................................................................................
11
2.1.1 Solos
................................................................................................................
12
2.1.5 Índices Físicos
..................................................................................................
14
2.1.6.2 Classificação TRB (antigo HRB)
...................................................................
17
2.1.7 Consistência
.....................................................................................................
18
2.1.9 CBR OU ISC (Índice Suporte Califórnia)
.......................................................... 20
2.2 Trafego de Veículos
............................................................................................
21
2.2.1 Contagem de Veículos
.....................................................................................
22
2.3 PAVIMENTO
.......................................................................................................
23
2.4.1 Método DNER
..................................................................................................
31
2.4.2 Método da
resiliência........................................................................................
36
3 METODOLOGIA
....................................................................................................
42
3.3 ENSAIOS.
...........................................................................................................
42
3.4 TRAFEGO
...........................................................................................................
44
3.4 DIMENSIOMENTO
..............................................................................................
45
4 CRONOGRAMA
....................................................................................................
46
5 ORÇAMENTO
........................................................................................................
47
6 REFERÊNCIAS
......................................................................................................
48
1 INTRODUÇÃO
O objetivo do dimensionamento de um pavimento é garantir que as
cargas
aplicadas na via pelo número de eixo dos veículos, não irá causar
algumas
patologias no pavimento como: trincamento exagerado devido a fadiga
do
revestimento e avarias devido a trilha de roda, onde as camadas
devem ser
dimensionadas afim de evitar esses efeitos, um dos maiores
problemas na estrutura
do pavimento é devido ao número excessivo de veículos ou seja
muitas repetições,
ou a estrutura estar sujeito a grandes carregamentos.
Este trabalho tem como finalidade uma avaliação do
comportamento
estrutural do pavimento flexível analisado por dois métodos o
método do
Departamento Nacional de Estrada e Rodagem (DNER) e o método
Mecanicista ou
de Resiliência, e confrontar os resultados obtidos afim de obter a
metodologia que
tem a melhor eficiência estrutural, apresentando o melhor
desempenho dos matérias
nas camadas sob carregamentos devido o número de trafego.
Este estudo consiste basicamente em: introdução onde apresenta
os
objetivos gerais, específicos, hipótese e justificativa,
referencial teórico abordando
estudos e ensaios dos solos e identificação do tráfego de
veículos,
dimensionamento do pavimento pelos dois método DNER e Resiliência,
Metodologia
a ser seguida para obtenção dos resultados a serem avaliados, em
seguida
cronograma e orçamento da pesquisa, e por último as referência
bibliográficas
utilizadas para elabora o referencial teórico e auxiliar na
metodologia.
A metodologia apresentada para este estudo são baseados em
referencias de
outros autores, determinando o trecho de estudo e todos os
procedimentos para
inspeção de campo, identificação da caixa de empréstimo, coleta das
amostras no
local e elaboração dos ensaios. Todos os ensaios devem ser
realizado no
laboratório, a determinação do número “N” será determinado de
acordo com o trecho
escolhido para avaliação dos métodos. O dimensionamento será feito
através dos
cálculos baseados no referencial teórico.
11
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
Qual o melhor método a se aplicar no dimensionamento da
pavimentação
asfáltica, método DNER ou método Mecanicista?
1.2 HIPÓTESES
Este estudo inicia da dedução que o melhor método a ser adotado é
o
Mecanicista, pois tem um melhor desempenho estrutural, com CBR
mínimo de 6% e
fração de silte no máximo 65%.
Por outro lado se o solo apresentar CBR menor que 5% e fração de
silte
maior 65%, o melhor métodos a ser seguido é o método do DNER.
1.3 OBJETIVOS
Dimensionar e analisar a melhor metodologia de pavimentação
asfáltica pelos
métodos do DNER e Mecanicista.
1.3.2 Objetivos Específicos
Classificar os solos quanto a sua granulometria Dimensionar um
pavimento pelos métodos DNER e Mecanicista. Comparar estruturas e
matérias entre os métodos estudados.
1.4 JUSTIFICATIVA
Avaliar o método que tem o melhor comportamento estrutural, pois o
método
mecanicista se considera a deformação elástica nas camadas do
pavimento e
ruptura no subleito por cisalhamento. Enquanto o DNER baseia-se
no
dimensionamento por CBR, onde o objetivo principal é proteger o
subleito, avaliando
a deformação plástica das camadas e do subleito da estrutura, que
influencia no
dimensionamento de pavimento com grandes espessuras de solos
granulares e com
alto grau de deformação que leva a formação de trilhas de
roda.
12
2.1.1 Solos
De acordo com SENÇO (1997) solo é um material composto naturalmente
de
partículas soltas e removíeis com diâmetros variáveis, consequência
da alteração de
uma rocha mãe, devido a ações físicas, biológica e química. O solo
por ser um
conjunto de grãos pode ser analisada suas propriedades
individualmente por grãos
ou em conjunto, já que ele pode variar em seu estado natural ou já
manuseado.
2.1.2 Origem dos Solos
Com a origem dos constituintes os solos podem ser separados em
dois
grupos: solos residuais, que são quando as partículas das rocha
intemperizada
permanecem no local degradação; solo transportado, são quando a as
partículas de
rochas removidas por um agente qualquer para uma área diferente a
de alteração
DNIT(2006).
2.1.3 Descrição dos Solos
Segundo o DINT(2006) os solos e rochas podem serem identificados
por sua
textura, granulometria, consistência, plasticidade compacidade,
outras
características que ajudam na identificação são: cor, forma dos
grãos, estrutura,
cheiro, friabilidade, presença de outros materiais (materiais
orgânicos, micas,
conchas, etc).
A identificação por textura é umas das características mais
importantes do
solos, mesmo não sendo suficiente para identificar seu
comportamento. E os solos
de granulação fina tem um comportamento diferente em relação aos
solos de
granulação grossa com a presença de agua e submetido a uma carga
qualquer, os
grãos grossos praticamente não são afetados.
Para dividir os solos o DNIT(2006) adota a granulometria seguindo
as
seguintes frações de solos:
Pedregulho: a quantidade de solo que retida na peneira 2,00 mm (nº
10) que passa pela peneira de (3”):
13
Areia: a quantidade retida na peneira de 0,075mm de (nº 200) que
passa pela peneira 2,00 -mm (nº 10): Areia grossa: quantidade que
fica entre as peneiras de 2,00mm (nº 10) e 0,42mm (nº 40): Areia
fina: quantidade que retida entre as peneiras de 0,42mm (nº 40) e
0,075mm (nº 200) Silte: quantidade que fica entres a peneiras de
0,075mm (nº200) e 0,005mm; Argila: quantidade que ficar abaixo de
0,005mm.
Os solos muito das vezes apresentam propriedades diferentes das
citadas a
cima e que interfere diretamente no comportamento dos solos, que
deve ser levada
em consideração além da analise granulométrica. Que se tem as
seguintes
denominações DNIT (2006).
Areias e Pedregulhos: solos arenosos de granulometria grossa com
geometria
cubica e arredondadas, são praticamente isento de coesão,
comportamento pouco
varia com ação da agua.
Siltes: solos intermediários, sua reação tendo paras as dos solos
arenosos ou
argilosos relativo a sua divisão granulométrica, usa-se conforme
seu comportamento
silte arenoso ou silte argiloso.
Argilas: granulação fina, grãos lamelares, alongadas, e tubulares,
seu
comportamento varia facilmente na presença de agua, é plástico,
permite que se
faça várias formas de moldagem, dependendo do esforço na varia no
volume. Sua
coesão dependo do teor de umidade, quanto menos úmida ela apresenta
uma maior
coesão.
Silte Argilo-Arenoso - formado por uma grande quantidade de silte e
uma parcela
de argila e em menor porção de areia.
Argilo Silto-arenosa: a argila predomina suas propriedades no
conjunto.
Turfa: matérial com grande quantidade de fibras, sem plasticidade,
encontra-se
próximo de matéria orgânica tem coloração marrom-escuro a
preto.
Cascalho: material com grande quantidade de pedregulho, pode ser de
origem:
fluvial, glacial, ou residual.
alteração das rochas gnáissicas ou graníticas.
14
Topsoil: material areno-siltoso, pode apresentar pouca ou nem
quantidade de
argila, fica localizado nas camadas superficiais de terrenos com
pouca declividade
ou em bacias hidrográficas nas partes mais baixa.
Massapê: material argiloso com plasticidade, expansibilidade e com
alta contração.
2.1.4 Reconhecimento dos Solos
Para o DNIT(2006) o reconhecimento de solos com mais facilidade
levando em
consideração o seu comportamento encontra-se alguns testes manuais
disponíveis,
descartando qualquer instrumento de laboratório para auxiliar na
identificação dos
solos, que são:
Teste visual: teste que possibilita diferenciar solos grossos de
solos finos, onde observa visualmente o tamanho, coloração, forma,
e formação mineralógica das partículas de solos. Teste de tato: o
teste é basicamente pegar a amostra de solo apertar e esfregar
entre os dedos, onde se determina que os solos ásperos são de
comportamento arenosos, já os macios são argilosos. Teste de corte:
pega uma a amostra de solo e corta com uma lamina e observa a área
de corte: se polida ou lisa significa que o solo tem comportamento
argiloso; se fosco ou rugosa, significa que o solo tem
comportamento arenoso. Teste da dilatância: constitui-se em pegar
uma pasta de solo úmida e colocar na palma da mão e sacudi-la leve
e rapidamente batendo uma das mãos contra a outra. Ao amassar a
amostra entre os dedos, aparecer agua na superfície da pasta e
depois sumir, significa que o solos tem reação arenosa sensível e
prontamente, por enquanto os de característica argilosa não reagem.
Teste de resistência seca: pega uma amostra de solo seca e tenta
fragmenta-la apertando com os dedos, se a resistência for grande
significa que o solo de comportamento é argiloso, caso a
resistência seja pequena significa que o solo tem comportamento
arenoso.
2.1.5 Índices Físicos
Índices físicos é a relação do peso e volume do solo nas três
fases: sólida,
gasosa, e liquida, esses matérias tem um espaço entre eles que
podem estarem
preenchidos por agua ou ar. Fase liquida: é responsável pelo
comportamento do
solo, quando apresenta agua junto com material que pode ser agua
hidroscópica,
agua leve e agua de constituição. Fase gasosa: é basicamente
formada pelo ar,
vapor e carbono. Fase solida: É formada por partículas de minerais
sem presença
15
ou com me materiais orgânicas, esses índices são representados na
figura 3, a
seguir DNIT(2006).
2.1.6 Granulometria
Conforme o DNIT (2006) a composição granulométrica permite a
determinação das porcentagens, em peso dos grãos constituídos em
função de sua
dimensão na fase solida. O ensaio é feito passando a amostra de
solos por várias
peneiras de malhas quadradas e com diâmetros padronizadas, assim
cada peneira
retém uma quantidade de solo, isso para amostra de solos maiores
que 0,075mm
(peneira de número nº 200 da ASTM). Abaixa na tabela representa as
malhas de
peneiras mais usadas da ASTM nos laboratórios rodoviários.
Figura 2-Granulometria em mm
Fonte: DNIT(2006), pg.32.
Com os resultados dos ensaios de caracterização traça-se uma
curva
relacionando a porcentagem de material que passa em peso, com a
dimensão dos
grãos, onde analisa a forma da curva e define se os tipos de
granulometrias são
uniforme, bem graduada ou mal graduada, conforme a figura
abaixo.
Figura 2 - Curva Granulométrica
2.1.6.1 Índice de Grupo
Conforme DNIT (2006), é um dado numérico que deve estar entre 0 e
20, que
representa a plasticidade e graduação dos grãos. Conforme CAPUTO
(1988), a o
índice de grupo é baseado nos limites de Atterberg do solo e na
fração de material
fino que passa na peneira número 200. É calculado de acordo com a
formula baixo
essa sendo empírica.
Onde:
a = fração do material que passa na peneira nº 200, subtraído 35 se
a fração for
maior que 75, adota-se 75; se for inferior que 35, adota-se 35. o
valor varia de (0 a
40).
b = fração do material que passa na peneira número 200, subtraído
de 15. Se a
fração determinada nessa diferença for superior que 55, adota-se
55; se for inferior
que 15, adota-se 15. O valor varia de (0 a 40).
c = resultado do limite de liquidez subtraído de 40. Se o limite de
liquidez for maior
que 60, adota-se 60; se for menor que 40, adota-se 40. O valor
varia de varia de (0 a
20).
d = resultado do índice de plasticidade subtraído de 10. Se o
índice de plasticidade
for superior que 30, adota-se 30; se for inferior que 10, adota-se
10. O valor varia de
(0 a 20).
2.1.6.2 Classificação TRB (antigo HRB)
Conforme o DNIT (2006), os solos são classificados por grupos e
subgrupos,
de acordo com a sua granulometria, limites de consistências e o
índice de grupo.
Conforme a tabela abaixo é mostrado à classificação TBR (antigo
HRB).
18
Fonte: DNIT (2006), pg. 56.
2.1.7 Consistência
Segundo o DNER (2006) Possibilita a avaliação dos solos quanto a
sua
plasticidade, onde é ensaiado solos argilosos com uma certa
umidade, e analisa a
capacidade de ser moldado sem que varie seu volume, esses ensaios
são
realizados objetivando determinar os limites de liquidez e o limite
de plasticidade, o
estado do solo é classificado conforme sua umidade e o estado
físico se dar o nome
de consistência.
Limite de Liquidez
Para o DNER-ME (122/94) o ensaio é realizado com o aparelho chamado
de
Casagrande, é o teor de umidade presente para que o sulco de solo
se fecha com
25 golpes, usando o solo que passa na malha de 0,42mm peneira de nº
40, e
determinada pela expressão abaixo que determina o limite de
liquidez:
19
Limite de Plasticidade
É determinado pelo DNER-ME (082/94) pela quantidade de umidade em
que
o solo começa a fraturar quando se esforça para molar um cilindro
com diâmetro de
3mm e 10cm de comprimento
Índice de plasticidade
É a diferença entre limite de liquidez (LL) e limite de
plasticidade (LP).
IP = LL-LP (1)
2.1.8 Compactação dos Solos
Senso (1997) entende que compactar o solo é reduzir os seus
vazios
comprimindo mecanicamente o material, e obtenção de uma maior massa
especifica
aparente do solo que estará resultando em aumentar sua resistência,
fica mais
impermeável e diminui o recalque.
Para o DNIT (2006) compactação é o processo no qual aumenta a
massa
especifica aparente do material, devido o emprego de tensão,
vibração e impacto,
que fazem com que os grãos do material fiquem em contato mais
próximos assim
reduzindo a quantidade de vazios e também o teor de umidade.
O desempenho ou as condições de rolamento de pavimento depende de
uma
boa compactação durante a execução da obra, pois com uma boa
compactação o
trafego em si não causara tanto efeito na estrutura, basicamente
pode se afirmar
que uma boa compactação terá uma boa resistência ao cisalhamento e
redução da
deformação DNIT(2006).
DNER-ME (129/94) apresenta compactação como, colocar uma amostra
de
solo dentro de um cilindro padrão de 1000 cm³, colocando em 3
camadas golpeando
25 golpes com um soquete de 2,5kg caindo de uma altura de 30,5cm de
altura,
repete-se o processo para as outras amostras de solos para poder
traçar a curva de
compactação, com os valores repetidos traça a curva γs = f (h) onde
encontrara
traçando o γs.máx e hot.
20
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.23.
2.1.9 CBR OU ISC (Índice Suporte Califórnia)
A determinação do valor do CBR - Califórnia Bearing Ratio é obtido
dando
aos ensaios laboratoriais um tratamento estatístico. Também
denominado de Índice
de Suporte Califórnia (ISC), consiste na determinação da relação
percentual entre a
pressão necessária para se penetrar um pistão padronizado, em uma
amostra de
solo devidamente preparada e a pressão para que o mesmo pistão
penetre a
mesma profundidade, em uma amostra padrão de pedra britada (BRASIL,
1994).
Esse tratamento é feito através da distribuição “t” de Student,
adequada para
amostragens pequenas, sendo que o seu nível de confiança é de 95%
para a
determinação da capacidade de suporte de projeto.
O CBR é o que nos apresenta as características do solos a ser
utilizado na
pavimentação, nos fornece dados dos matérias a expansão quando
saturado, dados
de sua resistência saturado, é um dos métodos mais conhecidos e
usados hoje
apesar de ser um procedimento empírico ele é utilizado no
dimensionamento de
21
pavimentos flexíveis o ensaio basicamente se consiste em
compactação do solo em
recipiente cilíndrico são necessário 3 cilindros
DIVISOLO(2017)
A determinação do ISC basicamente é a relação entre a tensão para
filtrar um
cilindro no corpo de prova de solo e para filtrar em brita
padronizada.
O DNER-ME (049/94) revisada pelo DNIT(2014) segue o ensaio
resumindo
basicamente como: compactar o solo em camadas em um recipiente
cilíndrico, onde
cada camada recebe uma quantidade de golpes, feito isso retira a
quantidade que
transborda o recipiente e determinada a umidade, depois compacta os
demais
corpos de provas e a compactação, logo após colocar as amostras
submersos no
período de quatro dias. Após o período determinado a utiliza-se uma
prensa pra o
processo de penetração com uma determinada velocidade constante,
finalizado o
processo utiliza a expressão abaixo para determinar o ISC.
= Tensao calculada ou tensao corrida
tensão padrao 100
2.2 Trafego de Veículos
O trafego tem influência decisiva no dimensionamento de um
pavimento por
que é dimensionado em razão do número de eixo padrão o número N, ao
longo do
tempo de vida útil de projeto COUTINHO (2011).
Balbo (2007) são analisados os veículos (ônibus e caminhões) que
são os
comerciais e que interessam para determinação do pavimento enquanto
os veículos
menores são desprezados por pouco influenciarem na danificação do
pavimento.
O CONTRAN 62.127 (1998) determina uma carga total por unidades
ou
combinações de 45 toneladas.
- 10 toneladas por eixo independentes.
- 17 toneladas quando os dois planos verticais espaço entre os
planos verticais
tenham o centro da roda estivem entre 1,20m e 1,40m, para o
conjunto de 2 eixos
tandem.
- 15 toneladas para conjunto 2 eixo não tandem, espaço entre os
planos verticais
tenham o centro da roda estivem entre 1,20m e 1,40m.
- 25,5 toneladas quando estiverem 3 eixos, aplicados apenas em
semi-reboque.
22
2.2.1 Contagem de Veículos
Segundo Balbo (2007), a melhor forma de se determinar o volume de
veículos
que transitem em uma via a ser pavimentada é a contagem de campo,
que se utiliza-
se muito em projetos de duplicações, recuperação de pavimentos, e
melhoramentos.
E essa contagem volumétrica consiste no período de 7 dias
sequenciais, com
duração de 24 horas por dia onde pode ser utilizado equipamentos
automáticos ou
quantificação visual no próprio campo o que é indicado pelo DNER. É
indicado que
não segue em feriados, finais de semana essa contagem, os veículos
são
classificados conforme a figura 9.
O DNIT (2006), classifica veículos leves como: veículos
populares
pequenos(sedan). E veículos comerciais leves: pick-ups medias e
grandes, furgão
pequeno, van, veículos semi-leves: duplo eixo simples com até 10
toneladas,
médios: eixo duplo simples de 10 a 15 toneladas, semipesados: eixo
duplo ou
simples tandem de 15 a 40 toneladas, articulados: reboques e
semi-reboques de 15
a 45 toneladas).
Fonte: DNER ME 269/94, norma rodoviária – pg.17.
2.3 PAVIMENTO
Pavimento é uma estrutura projetada sobre uma superfície
terraplanada que
deve garantir tecnicamente e economicamente, aos esforços verticais
devido o fluxo
de veículos e distribui-los, a melhor condição de conforto e
segurança no rolamento,
resistir aos desgastes devido esforços horizontais. São camadas que
se assenta
sobre uma área a qual tem a função de fundação da estrutura,
chamada de subleito
(Senço 1997).
Fonte: Senço (1997, pg.7)
Compreende Balbo (2007), que antes de pavimenta uma via de
circulação de
veículos deve enseja a melhoria para o trafego antes de tudo,
criando uma
superfície mais regular garantindo melhor conforto do deslocamento
de veículos,
com maior aderência na superfície garantindo mais segurança quando
a pista estiver
úmida ou molhada, uma pista com menos ruídos devido a ação dos
pneus garantido
conforto ambiental rural e urbano.
25
2.3.1 Classificação dos pavimentos
Os pavimentos podem ser classificados de três tipos, que são
flexível, rígidos
e semi-rigidos:
Flexível – é o pavimento que sob carregamentos sofre deformação
elástica
em todas as camadas de sua estrutura, e dissipa em parcela a
carga
aproximadamente equivalente entre todas as camada (pavimentação
asfáltica).
Semi-rigidos – são pavimentos com bases cimentadas por aglutinantes
com
características cimentícias (solo cimento sobreposto por camada
asfáltica).
Rígidos – revestimento que tem rigidez superior as demais
camadas
inferiores, absorve quase todas as tensões gerada pela carga
(pavimento com base
de comento).
2.3.2 Camadas da Pavimentação
O pavimento tem a função estrutural para receber e distribuir os
esforços de
maneira alivia a pressões sobre as camadas inferiores que
geralmente são menos
resistentes em alguns casos. Para que não ocorra processo de
ruptura ou danos a
prematuros nas camadas, todas as peças devem trabalhar deformações
compatíveis
com sua capacidade de carga. As camadas do pavimento tem mais de
uma função,
que devem permitir as veículos condições adequadas de rolamento em
diferentes
condições climáticas, as cargas são aplicadas por veículos e também
pelo ambiente
geram tensões na estrutura onde dependera do comportamento mecânico
de cada
camada (Balbo2007).
O pavimento é composto pelas camadas de: revestimento, base,
sub-base,
reforço do subleito e subleito. Essas camadas varias de acordo com
pavimento,
pode não ter sub-base e o reforço do subleito, mas são condições
mínimas para que
seja considerado pavimentação, o revestimento nem que seja primário
e o subleito,
as figura baixo ilustram as camadas de pavimentos flexíveis e
rígidos.
26
Figura 7 - Pavimento Flexível
Fonte: Senço (1997, pg.16)
Perfil do pavimento flexível e representação das camadas que
constitui o
pavimento que tem a função de receber e distribuir os
esforços.
Figura 8 - Pavimento Rígido
Fonte: Senço (1997), pg.17
Perfil pavimento rígido e representação das camadas e placa de
concreto que
compõe a estrutura do pavimento.
27
2.3.2.1 REVESTIMENTOS
É a camada que recebe diretamente as esforços do trafego, é a
superfície de
rolamento, ou a capa do pavimento, tem a função de proporcionar um
bom conforto
no rolamento, suportar os desgastes e deve ser no máximo
impermeável para assim
permitir uma maior durabilidade a estrutura como um todo. O seu
dimensionamento
é adotado: são usuais de 3 a 5cm para vias simples para dupla faixa
de trafego e
duas mãos de direção: de 7,5 a 10 cm para auto estradas.
Revestimentos rígidos: os seus materiais são os mesmo que
utilizados nas
bases rígidas, com os objetivos de resistir as tensões horizontais
e dissipar tensões
verticais a camada de sub-base, é composto por concreto e pode ser
armados ou
não, existe também os macadame de cimento e solo cimento.
Revestimentos flexíveis: são os betuminosos, compostos de betumes
como
aglutinante, e os calçamentos que são: alvenaria poliédrica,
paralelepípedos, blocos
de concretos.
Fonte: Senço (1997, pg.25)
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.98).
2.3.2.2 BASE
É a camada com a função resistir e distribuir as tensões geradas
pelo trafego.
Bases rígidas:
Concreto de cimento é a mistura de cimento, areia, agregados e agua
deve
seguir o projeto e os estudos para seu dimensionamento, pode ser
armada ou não, e
somente a base é propriamente rígida.
Macadame de cimento sua base é composta de agregados graúdos
com
diâmetro entre 50 a 90mm, os vazios entre os graúdos são
preenchidos com
agregados mais finos misturados com cimento para ligação e
travamento do
sistema.
Solo cimento é a dosagem de um determinado solo escolhido, agua
e
cimento em proporções determinadas, depois da mistura é compactada
seguindo as
condições exigidas para ser considerada como base de
pavimento.
Bases flexíveis:
Base de solo estabilizado é uma camada de solo que satisfaz: limite
de
liquidez, índice de plasticidade, granulometria seguindo as
especificações de
normas, a estabilização pode ser natural ou artificial.
29
Base de macadame hidráulico é a substituição de assentamentos
pedras
assentadas por camadas de agregados comprimidas, e para preencher
os vazios
colocar pedras britadas com suporte da agua.
Base de brita graduada é a mais usual onde mistura agregado
previamente
dosado incluindo o material de enchimento, agua e eventualmente o
cimento.
Base de macadame betuminoso é uma suposição da camada de
agregados
ligadas pela pintura dos matérias betuminoso.
Bases de paralelepípedo e de alvenaria poliédrica usa em estradas
antigas
que com aumento da velocidade pelos veículos causa trepidações e
alta sonoridade,
então é feito um reaproveitamento, recapeando o revestimento com
materiais
betumes betuminosos onde o revestimento antigo se tornou
base.
Figura 11 - Terminologia das bases
Fonte: Senço (1997, pg.25)
Figura 12 - Classificação das bases e sub-bases flexiveis e
semi-rigidas
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.96).
2.3.2.3 SUB-BASE
É camada inferior a base e superior a regularização ou reforço do
subleito, e o
seu material dever ter uma qualidade melhor que do material do
reforço.
2.3.2.4 REFORÇO DO BUBLEITO
É camada que protege o subleito e complementa a sub-base, dever
resistir e
distribuir esforços no subleito, onde as camadas superiores devem
suportar todas as
cargas não transmitindo para o reforço, assim ele não se torna
obrigatório na
estrutura do pavimento.
31
2.4.1 Método DNER
O dimensionamento pelo método tradicional do DNER usa o CBR
como
parâmetro e o foco voltado para o subleito e as deformações
permanentes, os
afundamentos de trilha roda é consequência da deformação elástica
do subleito e
também das camadas, que pode ser desenvolvida no revestimento
quando
projetado adequadamente (Mota, Medina 2006).
Segundo o DNIT (2006) esse método do DNER, tem como base estudos
de
autoria de R.G. Alvin e W.L. Turnbll, C.R.Foster que Engenheiros do
exército dos
E.E.U.U. E analises obtida na pista experimental da AASHTO.
A capacidade de suporte de carga do subleito e dos materiais que
formam os
pavimentos é obtidas pelo CBR, realizando-se ensaios em
corpo-de-prova
indeformados ou moldado em laboratório.
Todas as camadas do pavimento junto com subleito deve ser
compactada de acordo
com as exigências de normas, e em nenhum situação o grau
compactação calculada
estaticamente deve ser executada menor que 100% do que o
indicado.
O matérias que constituem subleito devem apresentar um CBR ≥2%,
expansão ≤
2% medida no CBR.
Especificação dos materiais que constitui a estrutura do
pavimento
a) Reforço do subleito, materiais que tenham C.B.R. maior que do
subleito (calculada com sobrecarga de 10lb).
b) Sub-base, materiais que tenham C.B.R. ≥20%, IG=0, e expansão ≤
1% (calculada com sobrecarga de 10lb).
c) Base, matérias que tenham C.B.R ≥80% e expansão de 0,5%
(calculada com sobrecarga de 10lb), índice de plasticidade ≤ 6% e
Limite Liquidez ≤ 25%.
Pode utilizar matérias que tenham C.B.R≥ 60% para um N≤ 5x10^6, os
matérias
para base granular tem que se enquadra na tabela granulométrica da
imagem
abaixo.
32
Figura 13 - Granulométrica para Base Granular
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.143.
A porcentagem graúda deve conter um desgaste Los Angeles inferior
ou igual a 50,
a porcentagem que passa na peneira nº 200 deve ser inferior a 2/3
da que passa na
peneira de nº 40.
2.4.1.1 Determinação do número (N)
É dimensionado em função de um numero de passagem por um eixo
tomado
como padrão em um tempo de projeto escolhido, o fator de operação
de eixo
simples e tandem, com cargas diferentes e eixo padrão é de carga de
8,2 toneladas
(18000lb).
2
(53)
Onde:
V1= volume médio diário no ano de abertura da via
P = período de projeto em anos
t= taxa de crescimento anual
Volume total de trafego
33
N = Vt x (FV). F.V = (F.E) x (F.C) (6)
F.E = critério que determina o número de veículo correspondente no
trafego (fator de
eixo)
F.C = critério que indica a carga por eixo do trafego (fator de
carga)
F.V = fator de veículos, F.V = (F.E) x (F.C).
Deve-se conhecer um quantificação do trafego para calcular o F.E,
FC, F.V,
pois deve ter um volume total de trafego, para se ter o número de
eixo e a carga de
todos eles, conforme a figura abaixo.
Figura 14 - Fator de Equivalência de Operação
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.144.
34
Com todos os pesos em mãos, determina o valor de equivalência,
figura abaixo.
Figura 15 - Determinação do Fator de Operações
Fonte: DNIT(2006), pg.144.
Coluna 4, produto do valor colune 2 pelo da coluna 3, a soma da
coluna 4 representa
(FC)X100, que é Equivalência =100*F.C, onde . = Equivalencia
100 .
2.4.1.2 Dimensionamento das Camadas
Revestimento
Essa camada é adotada pelo DNIT(2006), onde ela é responsável de
proteger
a base dos esforços, adota-se uma espessura mínima para os
revestimentos
betuminosos, conforme a figura abaixo.
Figura 16 - Espessura Mínima de Revestimentos Betuminoso
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.147.
35
Para dimensionar as demais camadas da estrutura é necessário adotar
mais
um coeficiente que determina a equivalência estrutural para os
diversos materiais
que constitui o pavimento, adotar conforme a figura abaixo, DNIT
(2006).
Figura 17 - Coeficiente de Equivalência Estrutural
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.146.
O coeficiente de equivalência estrutural é utilizado nas inequações
para determinação da
espessura da camada:
RKR+BKB+h20 KS +hn KRef ≥ Hm,
(8)
hn – reforço subleito
Para determinar a altura total do pavimento usa-se a expressão
abaixo, onde o CBR, a ser
considerado é o CBR, da camada de apoio, camada inferior.
Ht = 77,67 . N 0,0482 . CBR -0,598 (9)
Figura 18 - Determinação de Camadas do Pavimento
Fonte: DNIT(2006), manual de pavimentação – pg.149.
2.4.2 Método da resiliência
O método de dimensionamento da resiliência ou mecanístico-empírico
(ME)
tem uma característica mais especifica, o método determinar e
analisa o pavimento
de acordo com as suas solicitações, melhorando o seu comportamento
estrutural e o
comportamento funcional, é muito importante nos dias de hoje onde
cada vez mais
tem variação no trafego de veículo (COUTINHO 2011).
Esse método foi desenvolvido devido alguns fatores que são: ter
ideia sobre a
mecânica das deflexões e tensões, ter conhecimento do comportamento
físico e
mecânico dos solos, elaboração de ensaios dos matérias e estudos do
trafego
(MONOSMITH,2004).
Segundo o DNER(1996) no Brasil até a década de 70 era usado
para
dimensionamento de pavimentos o método do CBR, então perceberam que
a
superfície rodoviária vinha apresentado alguns patologias prematura
(fadiga da
estrutura) devido o constante volume de trafego imposto sobre a
via. E então
37
adotaram o estudo de resiliência dos materiais, permitindo assim
uma análise
estrutural do pavimento. Com essa metodologia é possível analisar e
visualizar o
estado de tensão e deformação de uma estrutura de pavimento, onde
as
deformações são elásticas de modo em que são recuperáveis.
Condições que atingem o comportamento do Modulo de Resiliência dos
solos
(Granulares) DNER(1996).
Quantidade de repetições (N)
Dependendo do número de repetição da tensão, o modulo de
resiliência pode
aumentar ou diminuir, onde depende de vários fatores do material
como:
índice de vazios, densidade, saturação, e do número de tensão
repetida.
Tempo de história da tensão
Todo solo deve ser ensaiado sob condições de cargas que serão
aplicáveis
no pavimento, por que todo solo tem um comportamento de tensão não
linear,
relacionado com a história e tempo de tensão. O mesmo solo pode
ser
ensaiado com mais de uma tensão, para determinação do módulo
de
resiliência em cada etapa, onde deve seguir as seguintes condições:
O solo
tem que ser submetido a cargas variadas e repetidas similares com
as
encontradas o pavimento, para excluir deformação permanente
inicial
proporcionando condição de pré-adensamento: em materiais
saturados
devem ser executados na condição drenada, evitando variação na
pressão
neutra: a resiliência deve ser definida após as repetições mínimas
acima da
qual ela estava constante.
Tempo e frequência de carga
É dimensionado relacionando a velocidade dos veículos e o pavimento
no
ponto da resiliência, a frequência é relativa ao trafego da estrada
de estudo.
Condições que atingem o comportamento do Modulo de Resiliência dos
solos
(finos coesivos) DNER(1996).
Quantidade de repetições (N) e Tempo de história da tensão
Efeito característico de materiais arenosos reduzidos ou excluídos
pelo pre´-
condicionamento que constitui em fases de carregamento e
descargas.
Tempo e frequência de carga
38
Frequência de aplicação 20 a 60 por minuto, com tempo de 0,86 a
2,86
segundos umidade aproximada de ótima.
Umidade, massa especifica.
2.4.2.1 Classificação dos solos quanto a resiliência
Solos granulares
De acordo com a norma DNER 269/94 (1994) são considerados
solos
granulares materiais que ficam 35% do peso retidos na peneira de
malha de
0,075mm (nº 200), que são os: solos arenosos, pedregulhos, brita
graduada, solo
brita etc.
O DNER (2006) apresentar a figura abaixo onde classifica o solo
pelo seu
comportamento.
Fonte: DNER(1996), manual de pavimentação – pg.95.
39
GRUPO A – nível se resiliência elevado.
GRUPO B – nível de resiliência médio, K2≤0,50 – comportamento
classifica bom, K2≥0,50 –
comportamento é relativo a espessura da camada e qualidade do
subleito.
GRUPO C – nível baixo de resiliência.
Solos finos
De acordo com o DNER (1996) são considerados solos finos materiais
que passam
de 35% do peso retidos na peneira de malha de 0,075mm (nº
200).
De acordo com a norma DNER 269/94 (1994) os solos finos são
identificado por tipo
relacionando o CBR com o valor em porcentagem de silte, conforme a
figura abaixo.
Figura 20 - Figura – Identificação do tipo dos Solos Finos
Fonte: norma DNER 269/94 (1994) – pg.8.
Classificação I – solos apresenta um bom comportamento estrutural
quanto a resiliência
indicado como reforço subleito ou subleito.
Classificação II – solos com grau intermediário quanto a
resiliência como subleito, indicado
para reforço do subleito.
Classificação III – solos que apresenta comportamento ruim, grau de
resiliência elevado,
não aconselha o seu uso em camadas de pavimentos.
Expressão para encontrar o silte:
S= 100x P1
40
Dimensiona-se da seguinte forma: Com o CBR e o número N, calcula a
espessura total da
estrutura de pavimento.
(115)
(12)
Espessura do revestimento betuminoso HCB (cm),
HCB = -5,737+807,961/D + 0,972xL1+4,101xL2 (13)
L1e L2, são constantes relacionadas com a resiliência do
dimensionado para o subleito.
Camada tipo I: L1 = 0 L2 = 0
Camada tipo II: L1 = 1 L2 = 0
Camada tipo III: L1 = 0 L2 = 1
Calcular espessura da camada granular HCG com espessura máxima de
35cm (adotado
através de estudos da resiliência).
HCBxVE+HCG = Ht (14)
Determinação do coeficiente VE- revestimento betuminoso, é
encontrado na figura abaixo
onde relaciona o tipo de subleito e o número N conforme a figura
abaixo:
41
Fonte: norma DNER (1996) – pg.215.
Para o cálculo da sub-base e reforço com solos finos e
classificados quanto a resiliência
CBR>20% usa-se a expressão:
= Htl1 − Htl2
0,70 . ≥ 30
Ht2 – espessura relacionada ao CBR do sub-base ou reforço.
42
3.1 ESCOLHA DO TRECHO
Será escolhido um trecho de uma TO próximo de palmas, com o estudo
de
trafego já determinado, onde será analisado o comportamento de
acordo com o
número de veículos identificados e será realizado os demais ensaios
e estudos dos
solos no traçado de onde será dimensionado o pavimento.
3.2 IDENTIFICAÇÂO DAS CAIXAS DE EMPRÉSTIMOS
Para identificar as caixas de empréstimo primeiramente será cruzado
traçado
geométrico do projeto com a carta geotécnica do local, onde será
analisada afim de
identificar possíveis jazidas de acordo com o tipo de material
daquela região com o
material que precisa para construção do pavimento. Com as jazidas
definidas com
auxílio da carta geotécnica, é necessário de uma inspeção de campo
no percurso do
traçado, localizando as possíveis jazidas definidas no cruzamento
do traçado com a
carta geotécnica, na coleta do material deverá fazer alguns teste
para identificar se o
material realmente tem características necessária para o
dimensionamento, esses
testes servira como base para caracterização dos materiais em campo
onde será
decido se o a jazida servira ou não como caixa de empréstimo.
Os testes são os seguintes: teste visual, teste de tato, teste de
corte, teste da
dilatância e teste da resistência seca, auxiliando na
caracterização do material que
precisara e ensaiar em laboratório, observando regiões de solos
finos e grossos, e
quanto a sua coloração, forma e consistência (solos moles) visando
as possíveis
camadas dos materiais, assim podendo descartar jazidas que não
servem tais como:
solos com alta fração de materiais finos, solos muito úmidos, solos
com
contaminação orgânica.
3.3 ENSAIOS.
Com as caixas de empréstimo já determinadas, serão realizados
ensaios com
objetivos de classificar os matérias das caixas de empréstimo que
será utilizada nas
camadas do pavimento e classificar os matérias que formam o
subleito, que
acontecera da seguinte forma: serão coletadas em campo amostras das
jazidas
definidas e amostras junto ao traçado onde será dimensionado o
pavimento para
43
classificação do subleito seguindo as especificações da NBR-6457
(2016), As
amostras deformadas serão coletadas utilizando uma picareta e uma
pá, e levadas
para o laboratório onde serão realizados os seguintes
ensaios:
a) Granulometria através de malhas de peneiras NBR 7181(1984) b)
Limite de Plasticidade NBR (7180:2016) c) Limite de Liquidez NBR
6459 (2016) d) Compactação NBR 7182 (2016) e) ISC ou CBR
DNIT172(2016) f) Expansibilidade em solos lateríticos
3.3.1 COLETA DAS AMOSTRAS
Para coleta de matérias seguindo o DNER (1996) para analises do
subleito
serão feitos furos nas bordas e no eixo da via com espaçamento
máximo de 100 a
200 metros entre furos com profundidade de 0,60m a 1,00m e deve
reduzir a
distância entre furo se o solo variar muito isso para os ensaios de
caracterização e
compactação, será colocado uma estaca em cada furo e numera-las
para fins de
identificação, as amostras serão da mesma forma identificadas com
etiquetas, cada
camada de solo será medida sua profundidade inicial e final. As
amostras que serão
ensaiadas para o CBR, deve ser coletadas a cada 200m, podendo
reduzir a
distância caso o solo variar muito, e coletar quantidade suficiente
para moldar três
corpos de provas.
Para coleta das amostras da caixa de empréstimo serão feitas da
seguinte
forma: delimitar a área da possível existência do material, faz-se
uma malha de furos
para coleta do material com distância de 30 metros de lado, cada
camada será
coletada uma amostra para ensaios citados acima, anotando a
espessura de
mudança de cada camada e etiquetadas, os furos identificados e
estaqueados, caso
exista camada com mais de 1m de espessura, será realizado os
ensaios acima
citado para cada metro de profundidade da camada, os ensaio de ISC
os corpos de
provas serão os mesmos que os usados para compactação conforme o
DNER
(1996).
Depois de coletado o material e levadas para o laboratório, o
resultados de
acordo com o DNER, deve ser apresentados em um quadro de resultado
de
ensaios, onde é apresentado separadamente a classificação do solos
e as análises
Mde granulometria em porcentagens, LL, LP, ISC, IG, expansão (ISC),
com base
44
nos ensaios e coletas de dados em campo e identificação dos furos
deve apresentar
os resultados com um traçado do perfil longitudinal e calcular o
volume para cada
tipo de material encontrado, obedecendo as quantidades mínimas de
material
reconhecido por quilômetros, que são as seguintes:
Reforço do subleito ou regularização - 2 500m3
Sub-base - 2 000m3
Base - 2 000m3
Os resultados de inspeção e sondagens serão apresentados nas
seguintes
indicações abaixo:
Quadro-resumo dos Resultados dos Ensaios (ANEXO 2)
Análise Estatística dos Resultados (ANEXO 3)
Planta de Situação das Ocorrência (ANEXO 4)
Perfis de Sondagem Típicos (ANEXO 5)
Perfil Longitudinal (ANEXO 6)
3.4 TRAFEGO
Será escolhido um trecho de uma via com o fluxo de veículo já
identificado,
com o trafego já obtido, serão estudados e analisados os esforços
devido o fluxo de
veículos e calculados de forma distribuir essas cargas entre as
camadas
assentadas.
Para determinação do número “N” baseado no DNIT (2006), será
encontrado
o volume médio diário, fator de carga e fator de eixo, assim
chegando no número
“N”.
45
Com as amostras já ensaiadas o dimensionamento será realizado
pelo
método do DNER conforme o item 2.4.1 e método Mecanicista conforme
o item
2.4.2, o número “N” será calculado conforme o fluxo de veículo da
via. Após o
cálculo do número “N” será conhecido a espessura do revestimento
utilizando o
número “N” conforme a figura nº17. A formula nº 8 e 9 e figura nº
19 representam
como será classificadas as camadas e calculada as espessuras da
base e sub-base,
onde será necessário o conhecimento do CBR da camada inferior de
cada camada,
o CBR é encontrado utilizando a formula nº 4, deve-se respeitar a
espessura mínima
de 15cm e o CBR mínimo de 60% e para sub-base de 20% conforme
o
DNER(2006).
No método mecanicista com o CBR calculado deve encontrar a fração
de silte
no solo através da formula nº 10 e relacionar o CBR com a fração de
silte conforme
a figura nº21 para assim classificar o solo quanto ao comportamento
estrutural a
resiliência para que possa determinar os materiais para cada camada
do pavimento.
Com material determinado quanto a resiliência, através da formula
nº 11 encontra a
espessura total. Encontra a deflexão através da formula nº12,
seguindo o máximo
admissível de 0,01m, para que assim encontra-se a espessura do
revestimento
betuminoso HCB, pela formula nº 13. Partindo para o cálculo da
camada granular
respeitando a espessura máxima de 35cm adotado através de estudos
da resiliência
usando a formula nº 14, para o cálculo da sub-base e reforço do
subleito pela
resiliência com CBR>20% usar a formula nº15. Os resultados serão
apresentados
atreves de planilhas e quadros onde algumas são apresentadas em
anexo.
46
ETAPAS
2017 2018
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Escolha do tema X
X X X
Elaboração do Projeto
Análise dos Dados X X X X X
Redação do trabalho X X X
Revisão e redação final
X
X
X X
6 REFERÊNCIAS
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Paulo,SP: Pini,
1997. 746 p.
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Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Org.).
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Rio de Janeiro, Rj: Engesur Ltda, 2006. 274 p. (II).
RIO DE JANEIRO. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADA E RODAGEM. Manual
de
Pavimentação. 2. ed. Rio de Janeiro: Dner / Abnt, 1996. 320 p.
(I).
BALBO, Jose Tadeu. Pavimentação Asfaltica: materiais, projetos e
restaurações. São
Paulo,sp: Oficina de Textos, 2007. 555 p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Org.).
Manual de Estudo do
Tráfego. 1. ed. Rio de Janeiro, Rj: Engesur Ltda, 2006. 384 p.
(I).
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DEPARTAMENTONACIONAL DE ESTRADAS E RODAGEM. DNER-ME 122-94:
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DEPARTAMENTONACIONAL DE ESTRADAS E RODAGEM. DNER-ME 082/94:
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DIVISOLO soluções geotecnicas. Área do cliente. Disponível
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http://www.divisolo.com.br/servicos-laboratorio-de-ensaios-geotecnicos-indice-de-suporte-
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DEPARTAMENTONACIONAL DE ESTRADAS E RODAGEM. DNER-ME 049/94:
Determinação
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utilizando amostras não trabalhadas. São Paulo,sp: Dner, 1994. 7
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COUTINHO, João Camilo Penna. DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO ASFÁLTICO
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51
52
53
54
55
56