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Diocese de Santos14, 15 e 16 desetembro de 2015
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Pai de infinita bondade, que governais o mundo com sabedoria e cuidais de todos como filhos e filhas, enviai vosso Espírito que dá vida e vossa Palavra que liberta.
Dai-nos olhos para ver as necessidades de nossos irmãos e irmãs, ouvidos para escutar o clamor dos oprimidos, voz para denunciar a injustiça e todos os sinais de morte.
Dai-nos corações sensíveis para descobrir nos rostos sofredores dos pobres o rosto do Senhor. Inspirai-nos palavras de misericórdia e gestos de solidariedade para com os mais abandonados e excluídos.
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Ajudai-nos a fazer da Pastoral Social de nossa Diocese um verdadeiro serviço de promoção e libertação total da pessoa humana.
Iluminados pela fé e pela Doutrina Social da Igreja, queremos colaborar na instauração da justiça social e da caridade cristã na sociedade.
Amparados pela vossa graça, queremos nos empenhar lealmente na construção de um mundo novo e andar juntos no caminho do vosso Reino.
Virgem de Nazaré, Mãe de Jesus e nossa, ensinai-nos a “FAZER TUDO O QUE ELE DISSER”. Amém.
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Capítulo IV
Evangelii Gaudium
Evangelii Nuntiandi n. 4:O que é que é feito, em nossos dias,
daquela energia escondida da Boa Nova, suscetível de impressionar profundamente a consciência dos homens?
Até que ponto e como é que essa força evangélica está em condições de transformar verdadeiramente o homem deste nosso século?
Quais os métodos que hão de ser seguidos para proclamar o Evangelho de modo a que a sua potência possa ser eficaz?
Evangelii Nuntiandi n. 14:A tarefa de evangelizar constitui a
missão essencial da Igreja;Tarefa e missão, que as amplas e
profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes;
Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar.
1. Repercussões comunitárias e sociais do
querigma (176)
Sínodo dos Bispos de 1971: A ação pela justiça é dimensão constitutiva da pregação do Evangelho (n. 6).João Paulo II: O anúncio da DSI é conteúdo essencial da Nova Evangelização. Francisco: O querigma possui um conteúdo inevitavelmente social (EG 177).
A partir do coração do Evangelho, reconhecemos a conexão íntima que existe entre evangelização e promoção humana, que se deve necessariamente exprimir e desenvolver em toda a ação evangelizadora (n. 178).
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Paulo VI falou na Evangelii Nuntiandi de três laços. (EN 31)
EVANGELIZAR é tornar o Reino de Deus presente no mundo (EG 176).
Reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino de justiça, do amor e da paz (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei).
A Igreja tem a missão de instaurar esse Reino, é seu germe e início (LG 5). O agir humano é significativo para a instauração do
Reino de Deus, mesmo que parcialmente (CDSI 58).
Já não se pode afirmar que a religião deve limitar-se ao âmbito privado e serve apenas para preparar as almas para o céu. (n. 182).
Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela (n. 183).
A importância de se conhecer o pensamento social da Igreja (n. 184).
2. A inclusão social dos pobres (186)
“Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo” (n. 187).
Três palavras importantes:Libertar (do que oprime);Promover (não só assistência);Integrar (incluir).
Ouvir o clamor dos pobres:Pessoalmente condiderados (n. 188);De povos inteiros (n. 190)
EG 193: Ensinamentos da Palavra de Deus sobre a misericórdia. “A esmola é um exercício concreto da misericórdia.”
É preciso repetir que “os mais favorecidos devem renunciar a alguns dos seus direitos, para poderem colocar, com mais liberalidade, os seus bens ao serviço dos outros” (190).
Santo Tomás de Aquino:
Preceito = dar do supérfluo(justiça)
EsmolaConselho = dar do necessário
(caridade)
Provérbios 30, 7-9: “Dai-me somente o que for necessário para eu viver”.
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Os pobres ocupam um lugar preferencial no coração de Deus (197).
A opção pelos pobres não é ideologia, sociologia ou política, mas é uma categoria teológica, pois está implícita na fé cristológica (198).
“Desejo uma Igreja pobre para os pobres” (198).
Ninguém deve se sentir dispensado dessa opção pelos pobres (201).
Economia e distribuição de renda:O sistema social e econômico é injusto
em sua raiz (n. 59).
A desigualdade é a raiz de todos os males (n. 202).
Classe A: Acima de R$9.745,00
Classe B: de R$7.475,00 a R$9.745,00
Classe C: de R$1.734 a R$7.475,00
Classe D: de R$1.085,00 a R$1.734,00
Classe E: de R$0,00 a de R$1.085,00
A dignidade da pessoa humana e o bem comum são questões que deveriam estruturar toda a política econômica (203). Não podemos confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado (204).
“Economia” = Oikos Nomos = Administração da casa comum (206).
Cuidar dos mais frágeis: Novas formas de pobreza (210): sem teto,
dependentes químicos, refugiados, idosos. Desafio: os migrantes.
As diferentes formas de tráfico (211); As mulheres (212); Os nascituros (213); O conjunto da criação (215).
3. O bem comum e a paz social (217)
PAZ SOCIAL = Não confundir com mera ausência de violência ou de guerra, muitas vezes obtida pela imposição da força (218-219).
Quatro princípios:1) O tempo é superior ao espaço (222ss): o
inimigo (joio) ocupa o espaço (campo), mas é vencido pelo tempo ((Mt 13,24-30).
2) A unidade prevalece sobre o conflito (226ss): O conflito não pode se tornar confronto.
3) A realidade é mais importante que a ideia (231ss): Atenção à história.
4) O todo é superior à parte (234ss): Pensar globalmente, agir localmente.
4. O diálogo social como contribuição para a paz
(217)
Três campos onde deve estar presente o diálogo da Igreja:
1) Com os Estados;2) Com a Sociedade (incluindo as
Culturas e as Ciências);3) Com os outros crentes que não
fazem parte da Igreja Católica (Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso).
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