Direito Ambiental Internacional -DAI · -Princípios Gerais de Direito-Fontes auxiliares (doutrina...

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Direito Ambiental Internacional - DAIFernando Rei – CETESB 20/01/2017

SumárioFontesBreve HistóricoPrincipais Tratados e RegimesGovernança Ambiental GlobalA problemática das Mudanças Climáticas

FONTES

Art. 38 ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTICA- Tratados

- Costumes-Princípios Gerais de Direito- Fontes auxiliares (doutrina e juisprudência)

RELEVÂNCIA da SOFT LAW

Histórico do Direito Ambiental Internacional

-Pré Estocolmo – Clube de Roma

-1972 – Conferência de Estocolmo/ Relatório Nosso Futuro Comum

-1992 – Conferência do Rio

-2002 – Conferência de Johanesburgo

-2012 – Conferência Rio + 20

Desenvolvimento x Meio Ambiente

• Diálogo?

• Dificuldade de percepção

• Abordagens heterogêneas

• Como integrar o mundo em desenvolvimento?

• Como definir estratégias? Comuns?

Da importância dos Tratados

Das relações de fronteira aos Assuntos Globais

A mudança pós Estocolmo - 1972

O surgimento dos MEAs

Principais Tratados – Regimes + 200

-Convenção do Direito do Mar de 1982

-Convenção de Viena e Protocolo de Montreal de 1987 sobre a Camada de Ozônio

- Convenção da Basiléia sobre Resíduos Perigosos de 1989

-Convenção da Biodiversidade de 1992

- Convenção do Clima e Protocolo de Quioto de 1997 e Acordo de Paris 2015

A oportunidade para a Soft Law

• A Soft Law ganha na dinâmica e no tempo

• Agenda 21

• Declaração de Estocolmo

• Declaração do Rio

• Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Reflexão: O sistema internacional naufragou?

Políticos discutindo aquecimento global. Escultura de Isaac Cordal.

O século XXI traz uma nova forma de ver e agir no

mundo

Mudanças e Desafios

� Desafio das Mudanças Climáticas e internalização dos compromissos internacionais

� Mais espaço para os Novos Atores Internacionais – Governança Ambiental Global

Entendendo a Governança

� “totalidade das diversas maneiras pelas quais os indivíduos e as instituições, públicas e privadas, administram seus problemas comuns”

� Comissão sobre Governança Global ONU, 1992

Algumas características dos novos atores estatais – não estatais

� Integram-dialogam com a sociedade civil

� independente dos Estados, mas preocupados com assuntos públicos

� podem atuar em redes/coalizões

� pressionam governos centrais / influenciam agendas

� papel fiscalizador (monitoramento)

� credibilidade

� podem assumir funções do Estado

� conhecimento especializado

Paradiplomacia

Originalmente atrelado à maior inserção dos governos subnacionais na esfera internacional em questões de cunho econômico, tendo como vetor chave a globalização (Keating,

Paradiplomacy in action: the foreign relations of subnational governments. London: Frank Cass Publishers,

1999. 231 p ), o conceito de paradiplomacia passou a ser usado também para expressar o crescente interesse e participação direta desses atores nas questões ambientais globais .

O furacão “Catarina”

Elevação do nível do mar

na praia da Boa Viagem,

Recife

Nível do mar em

1950

Nível do mar em

2100

Fonte: Revista Veja, Maio 2004

Necessidade de projeções de elevação do nível no mar de uma forma mais quantitativa com estimações da incerteza

Slide de Paulo Artaxo

Impactos na área costeira, Recife, Pernambuco

Futuro dos Biomas Amazônicos: “Savanização”?

fontes: Oyama and Nobre, 2003 e Salazar, Oyama and Nobre, 2007

“Savanização” da Amazônia: um estado de equilíbrio na relação bioma-clima?

floresta savana caatinga campos deserto

2000 2100

Arcabouço normativo

Tratados internacionais:

� Convenção-Quadro das Nações Unidas sobreMudanças do Clima- 1992

� Protocolo de Quioto – 1997

� Conferência de Paris - 2015

Arcabouço normativo

Leis internas:

� Lei Federal 12.187, de 29/12/09 – Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC

� Lei 13.798 do Estado de São Paulo, de 09/11/09 – institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas - PEMC

UT MUT F

0%

Resíduo

6,7%

Agropecuária

21,3%

Indústria

14,7%

Energia

57,2%

UT MUT F

60,6% Resíduo

1,9%

Agropecuária

19,0%

Indústria

3,6%Energia

15,0%

Emissões de GEE do Brasil e do Estado de São Paulo em 2005

Setor

São Paulo BrasilSP/BR

Emissão Participação Emissão Participação

(GgCO2eq) (%) (GgCO2eq) (%) (%)

Energia 80.017 57,2 328.808 15,0 24,3

Indústria 20.610 14,7 77.939 3,6 26,4

Agropecuária 29.818 21,3 415.754 19,0 7,2

Resíduo 9.366 6,7 41.048 1,9 22,8

UT MUT F 0 0,0 1.329.053 60,6 0,0

Total 139.811 100 2.192.602 100,0 6,4

Lei Estadual 13.798/09

Art. 5 – Objetivos da PEMC:

� IV – Aumentar a parcela das fontes renováveis na matriz energética;

� IX – Definir, e efetivamente aplicar, indicadores e metas de desempenho ambiental nos setores produtivos;

� Ampliar o alcance do uso do poder de compra do Estado para os fins desta lei;

Lei Estadual 13.798/09

Art 15) Licenciamento ambiental:

� Par. 1) “A redução na emissão de GEE deverá ser integrada ao controle da poluição atmosférica e ao gerenciamentoda qualidade do ar e das águas, instrumento pelos quais o Poder Públicoimpõe limites para a emissão de contaminantes locais”

Proposta do Brasil para a COP 21

� A INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida) do país inclui reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa em 2030em relação aos níveis de 2005, alcançar 45% de energias renováveis (incluindo hidrelétrica), zerar o desmatamento ilegal em quinze anos e restaurar 12 milhões de hectares de florestas

Reflexão final

1) O fenômeno das mudanças climáticas provocadas pela ação humana consiste no principal desafio socioambiental a ser enfrentado pela humanidade nas próximas décadas, exigindo uma profunda alteração dos padrões de produção e de consumo vigentes na atualidade;

2) Tal desafio impõe um dever coletivo intergeracional e planetário, dizendo respeito a um risco de natureza intrinsecamente difusa e transnacional;

3) Somente a Governança Ambiental Global embasada em regimes internacionais ambientais é capaz de enfrentar tal desafio.

OBRIGADO!

� fernandorei@ig.com.br

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