Direitos Fundamentais Luís Alberto...POR DANO MORAL DECORRENTE DE ATOS DE TORTURA. ......

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Direitos Fundamentais

Luís Alberto

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Princípio da legalidade

absoluta

Princípio da legalidade

relativa

Fonte: TEC concursos

O legislador esgota o tratamento da

matéria sem deixar espaço à atuação

discricionária dos agentes públicos.

Admite a atuação subjetiva do

agente público dando margem a

discricionariedade e permitindo a

integração da norma e dando-lhe

concretude.

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III – Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento

desumano ou degradante;

Mandado de Criminalização.

Crime previsto na Lei nº 9.455/97

Ler Art. 5º, inciso XLIII.

LEITURA OBRIGATÓRIA – Mandado de Criminalização

Segundo Cleber Masson, os mandados de criminalização

indicam matérias sobre as quais o legislador ordinário tem a

obrigatoriedade de tratar, protegendo determinados bens ou

interesses de forma adequada e, dentro do possível, integral.

No entanto, há também os mandados de criminalização

implícitos. Ou seja, é pressuposto lógico que o legislador deve

criminalizar condutas que lesem bens e interesses

exaustivamente protegidos pela Constituição, ainda que ela assim

não determine de forma expressa. Podemos citar como exemplo

o combate à corrupção.

Mandados de Criminalização Implícitos

Vida Honra etc

Valores de maior relevância

Importante!!!

Não pode o legislador

descriminalizar o homicídio,

pois estaria desrespeitando

o mandado implícito de

criminalização e o princípio

da proporcionalidade em

sua nova vertente, ou seja,

proibição da proteção

deficiente da coletividade

(garantismo positivo).

9 anos sem lei específica.

1997

Antes Depois

-A TORTURA ERA PUNIDA COMO

HOMICÍDIO, MAUS-TRATOS, LESÃO

CORPORAL, ETC.

-Somente o ECA, no seu artigo 223

punia a tortura à criança ou

adolescente

- Foi criada Lei própria para tipificar e

punir o crime de tortura.

- Lei 9455/97

- revogou o art. 233/ECA.

Se a CF/88 destaca que a

tortura é prescritível e os

tratados internacionais de

forma diferente, como

resolver esse impasse?

ORTURA

RÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES

ERRORISMO

RIMES HEDIONDOS

ACISMO

ÇÃO DE GRUPOS ARMADOS

INSUSCETÍVEIS

DE GRAÇA,

ANISTIA.

IMPRESCRITÍVEIS

INAFIANÇÁVEIS

Graça – perdão individual concedido pelo Presidente da

República.

Indulto – perdão coletivo concedido Presidente da

República.

Anistia – perdão coletivo concedido Congresso Nacional.

1ª CORRENTE 2ª CORRENTE

Se a CF etiquetou a tortura

como delito prescritível,

mesmo considerado

imprescritível nos Tratados

Internacionais, deve

prevalecer a nossa Carta

Maior. (Gilmar Mendes);

No conflito entre a CF e os Tratados de

Direitos Humanos, não importando do

quórum de ratificação, deve prevalecer

a norma mais favorável à Dignidade da

Pessoa Humana (Princípio pro

homine) – conforme essa corrente,

deve prevalecer a imprescritibilidade

da tortura.

Caracterização de tortura como ato de improbidade

administrativa

A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial

constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os

princípios da administração pública.

STJ. 1ª Seção. REsp 1.177.910-SE, Rel. Min. Herman Benjamin,

julgado em 26/8/2015 (Info 577).

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IMPRESCRITIBILIDADE DA PRETENSÃO DE INDENIZAÇÃO

POR DANO MORAL DECORRENTE DE ATOS DE TORTURA.

É imprescritível a pretensão de recebimento de indenização

por dano moral decorrente de atos de tortura ocorridos

durante o regime militar de exceção. Precedentes citados:

AgRg no AG 1.428.635-BA, Segunda Turma, DJe 9/8/2012; e

AgRg no AG 1.392.493-RJ, Segunda Turma, DJe 1/7/2011.

STJ - REsp 1.374.376-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado

em 25/6/2013.

O que significa dizer que a Lei

de Tortura possui "Caráter

BIFRONTE"?

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RESPOSTA

Busca-se a proteção às garantias constitucionais

básicas do cidadão, não apenas em relação aos agravos

realizados por FUNCIONÁRIO PÚBLICO, mas também

no que tange aos abusos praticados por QUALQUER

PESSOA.

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CESPE - TCE-RO - Agente Administrativo

30) Ao estabelecer que nenhum indivíduo será

submetido a tortura nem a tratamento desumano ou

degradante, o constituinte estabeleceu uma norma

classificada como princípio fundamental da República

Federativa do Brasil.

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Súmula Vinculante 11

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de

fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física

própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,

justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de

responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da

autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a

que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do

Estado.

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*Seu emprego pode ser no preso ou em terceiros.

Requ

isito

s p

ara

o u

so

da

alg

em

as

(I) a resistência

(II) o fundado receio de fuga

(III) o perigo à integridade física própria ou alheia

Art. 103-A - O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por

provocação, mediante decisão de dois terços dos seus

membros, após reiteradas decisões sobre matéria

constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação

na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos

demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública

direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,

bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

estabelecida em lei.

SÚMULA VINCULANTE

VINCULANTE

STF

STJ

TJ

STM

JD

TRF TRT

JT JM

TST

TRE

JE JF

TSE

ADM PÚBLICA

Fed. Est. /DF Mun.

ABRANGÊNCIA DA SÚMULA VINCULANTE

OBS: A súmula vinculante NÃO alcança o Poder

Legislativo em sua função típica (legislar e

fiscalizar), porém nas funções atípicas

(administrar e julgar), o referido Poder deverá

obedecer à súmula vinculante (Rcl 2.617, Inf. 386/

STF).

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Lei federal que determine o uso de algemas em todos os réus

presos que compareçam a audiências judiciais é inconstitucional,

podendo ser objeto de reclamação constitucional por violar

súmula vinculante editada pelo STF.

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EMPREGO DE ALGEMAS

(Decreto 8.858/16 e Súmula Vinculante 11)

Diretrizes que

guiam o uso de

algemas

1) Dignidade da pessoa humana;

2) Proibição de tortura, tratamento

desumano, degradante;

3) Regras de Bangkok;

4) Pacto de San José da Costa Rica.

2 2

EMPREGO DE ALGEMAS

(Decreto 8.858/16 e Súmula Vinculante 11)

Proibição do

uso de algemas

em mulheres

1) Durante o parto;

2) No trajeto da grávida do presídio para o

hospital;

3) Após o parto (durante o período que

estiver hospitalizada).

2 2

LEI Nº 13.434, DE 12 DE ABRIL DE 2017.

Acrescenta parágrafo único ao art. 292 do Decreto-Lei

no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de

Processo Penal), para vedar o uso de algemas em

mulheres grávidas durante o parto e em mulheres

durante a fase de puerpério imediato.

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EMPREGO DE ALGEMAS

(Decreto 8.858/16 e Súmula Vinculante 11)

Sanções

1) Nulidade da prisão;

2) Nulidade do ato processual ao qual

participou o preso;

3) Responsabilidade disciplinar, civil ou

penal do agente ou da autoridade

responsável pela utilização das algemas.

2 2

Não cabe reclamação por uso indevido de algemas se este

ocorreu por ordem de autoridade policial

A apresentação do custodiado algemado à imprensa pelas

autoridades policiais não afronta o Enunciado 11 da Súmula

Vinculante.

A SV 11 refere-se apenas a situações em que o emprego

abusivo da algema decorre de decisão judicial, ou seja, no âmbito

de um ato processual. Não abrange hipóteses em que seu uso

decorreu de ato administrativo da autoridade policial.

STF. 1ª Turma. Rcl 7116/PE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em

24/5/2016 (Info 827)

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

31) Sebastião, réu preso, mas primário, com bons antecedentes e

bom comportamento carcerário, compareceu a sessão plenária do

tribunal do júri devidamente escoltado por plurais policiais que,

por ordem judicial, o mantiveram algemado durante o julgamento.

Nessa situação, e em outras que tais, de acordo com a

jurisprudência do STF, o juiz pode manter o pronunciado com

algemas quando presumir algum ato de fuga ou resistência.

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Liberdade

de Opinião

de consciência de crença

filosófica política religiosa

BRASIL É UM PAÍS LAICO,

LEIGO

OU NÃO CONFESSIONAL.

Lei nº 4.898 de 1965 Art. 3º. Constitui abuso de autoridade

qualquer atentado:

d) à liberdade de consciência e de crença; e) ao livre exercício

do culto religioso;

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo

assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na

forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias;

VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência

religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

Informativo 879 STF

O Supremo Tribunal Federal julgou improcedente a Ação

Direta de Inconstitucionalidade 4.439 na qual a Procuradoria-

Geral da República questionava o modelo de ensino religioso nas

escolas da rede pública de ensino do país.

Por maioria dos votos (6 x 5), os ministros entenderam que o

ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter

natureza confessional, ou seja, vinculado às diversas

religiões.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal firmou posição no sentido de

que o ensino religioso nas escolas públicas deve ter

caráter não confessional, sendo vedada a admissão de

professores na qualidade de representantes das religiões

para ministrar os cursos.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

José, internado em um hospital público para tratamento de saúde,

solicita a presença de um pastor para lhe conceder assistência

religiosa. O pedido, porém, é negado pela direção do hospital, sob

a alegação de que, por se tratar de instituição pública, a

assistência não seria possível em face da laicidade do Estado.

Inconformado, José consulta um advogado.

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Após a análise da situação, o advogado esclarece, com correto

embasamento constitucional, que

a) a negativa emanada pelo hospital foi correta, tendo em vista

que a Constituição Federal de 1988, ao consagrar a laicidade do

Estado brasileiro, rejeita a expressão religiosa em espaços

públicos.

b) a direção do hospital não tem razão, pois, embora a

Constituição Federal de 1988 reconheça a laicidade do Estado, a

assistência religiosa é um direito garantido pela mesma ordem

constitucional. 2

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c) a correção ou incorreção da negativa da direção do hospital

depende de sua consonância, ou não, com o regulamento da

própria instituição, já que se está perante direito disponível.

d) a decisão sobre a possibilidade, ou não, de haver assistência

religiosa em entidades públicas de saúde depende

exclusivamente de comando normativo legal, já que a temática

não é de estatura constitucional.

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