Direitos Humanos...PRECEDENTES: DIREITO HUMANITÁRIO DIREITO HUMANITÁRIO (DIREITO INTERNACIONAL DA...

Preview:

Citation preview

Direitos Humanos

Gonzalo Lopez

ASPECTOS BÁSICOS DOS DIREITOS HUMANOS

OS DIREITOS HUMANOS NA HISTÓRIA

INTERNACIONALIZAÇÃODIREITOS HUMANOS

PRESSUPOSTOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO

• REDEFINIÇÃO DO ÂMBITO E ALCANCE DO CONCEITO TRADICIONAL DE SOBERANIA ESTATAL

• DIREITOS HUMANOS COMO INTERESSE INTERNACIONAL

SOBERANIA ESTATAL

• REDEFINIÇÃO DO STATUS TRADICIONAL DO INDIVÍDUO NO CENÁRIO INTERNACIONAL

• INDIVÍDUO COMO SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL

INDIVÍDUO

PRECEDENTES: DIREITO HUMANITÁRIO

DIREITO HUMANITÁRIO

(DIREITO INTERNACIONAL DA GUERRA)

Segundo Thomas Buergenthal

“Componente de Direitos Humanos” da Lei da Guerra: Regulamentação Jurídica do Emprego da Violência

(âmbito internacional)

Aplicável na Hipótese de Guerras fixando Limites ao Poder do Estado para Assegurar Direitos Fundamentais

(“aos postos fora de combate”: feridos, doentes, náufragos e prisioneiros)

PRECEDENTES: DIREITO HUMANITÁRIO

DIREITO HUMANITÁRIO

(DIREITO INTERNACIONAL DA GUERRA)

Segundo Celso LaferTrata da Paz e da Guerra, baseado na ampliação do Jus in Bello (Direito na Guerra) para regulamentação jurídica do

emprego da Violência

Tratamento Diferenciado aos não combatentes numa Guerra (“aos postos fora de combate”: feridos, doentes,

náufragos e prisioneiros)

* Referência Histórica: Batalha de Solferino (1859) e posterior criação da Cruz Vermelha (Henri Dunant –

Convenção de Genebra de 1864)

PRECEDENTES: DIREITO HUMANITÁRIO

DIREITO HUMANITÁRIO

PRIMEIRA EXPRESSÃO DE LIMITES AO ESTADO,

NO PLANO INTERNACIONAL (ainda

que em Guerra)

DIREITO HUMANITÁRIO

PRIMEIRA COLOCAÇÃO DO INDIVÍDUO COMO SUJEITO DE DIREITO

INTERNACIONAL (ainda que em Guerra)

PRECEDENTES: LIGA DAS NAÇÕES

LIGA DAS NAÇÕES / SOCIEDADE DAS NAÇÕES

(LEAGUE OF NATIONS / SOCIÉTÉ DES NATIONS)

Conferência de Paz em Paris, 1919

Tratado de Versalhes

Preâmbulo: “Promover a Cooperação Internacional e Alcançar a Paz e a Segurança

Internacionais”

Condenando Agressões contra Integridade Territorial e Independência Política de seus

Membros

PRECEDENTES: LIGA DAS NAÇÕES

Estabelecia Sanções Econômicas e Militares por

Violações

Convenção da Liga das Nações, 1920

Previsões Genéricas sobre

Direitos Humanos

“Mandate System of the League”

Sistema das MInorias

Parâmetros Internacionais do

Trabalho

Representaram LIMITES à SOBERANIA ESTATAL ABSOLUTA

PRECEDENTES: CONVENÇÃO DA LIGA DAS NAÇÕES

CONVENÇÃO DA LIGA DAS NAÇÕES

IMPÔS LIMITES AO ESTADO, NO PLANO

INTERNACIONAL (Sistema das Minorias e Parâmetros do Trabalho)

CONVENÇÃO DA LIGA DAS NAÇÕES

POSICIONOU O INDIVÍDUO COMO SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL (Crianças,

Homens e Mulheres)

PRECEDENTES: ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

(OIT)

Promoção de Padrões Internacionais de Condições de Trabalho e Bem-estar

Convenções Internacionais sobre Diversos Temas conexos às Condições de Trabalho,

inclusive, de Mulheres e até Crianças

Ratificação dos Dispositivos da OIT no Direito

Brasileiro

Evolução Histórica das

Convenções de 1919

Convenções sobre Crianças

e Trabalho

Criação da OIT (1919)

Elaboração de 6 Convenções,

duas sobre Crianças

Proibição do Trabalho de Crianças em

Certas Atividades

Convenção nº 182 da OIT

Decreto nº 3.597/2000

Recomendação nº 190 da OIT

Decreto nº 3.597/2000

Idade Mínima para o Início

dos Trabalhos Laborais (na

Indústria)

Convenção nº 138 da OIT

Decreto nº 4.134/2002

Recomendaçãonº 146 da OIT

Decreto nº 4.134/2002

COMPLEXONORMATIVODA OIT

SISTEMA DE MINORIAS:CRIANÇA E ADOLESCENTE

PRECEDENTES: CONVENÇÕES DA OIT

CONVENÇÕES DA OIT

IMPÔS LIMITES AO ESTADO, NO PLANO

INTERNACIONAL (Relações de trabalho)

CONVENÇÕES DA OIT

POSICIONOU A PESSOA INDIVÍDUO COMO SUJEITO

DE DIREITO INTERNACIONAL (Convenções Específicas sobre Diversos Temas e

Perfis Específicos)

PRECEDENTES DA INTERNACIONALIZAÇÃO

INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS

HUMANOS

DIREITO HUMANITÁRIO

LIGA DAS NAÇÕES

OIT

PRECEDENTES: DESDOBRAMENTOS

DIREITO HUMANITÁRIO,

LIGA DAS NAÇÕES E CONVENÇÕES DA

OIT

DIFERENTES SINALIZAÇÕES DE

LIMITES AO ESTADO NACIONAL, NO PLANO

INTERNACIONAL

DIREITO HUMANITÁRIO,

LIGA DAS NAÇÕES E CONVENÇÕES DA

OIT

POSICIONAM O INDIVÍDUO COMO

SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL

(resguardando direitos humanos)

PRECEDENTES DA INTERNACIONALIZAÇÃO

- SOBERANIA NACIONAL RELATIVA

- INDIVÍDUO comoSUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL

- SOBERANIA NACIONAL ABSOLUTA

- ESTADO comoÚNICO SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL

INTE

RN

AC

ION

ALI

ZAÇ

ÃO

DIR

EITO IN

TERN

AC

ION

AL co

mo

LEI INTER

NA

CIO

NA

L DO

S ESTAD

O

A INTERNACIONALIZAÇÃO

A INTERNACIONALIZAÇÃO

Segundo Louis Henkin

“O Direito Internacional pode ser classificadocomo o Direito anterior à Segunda GuerraMundial e o Direito posterior a ela. Em 1945, avitória dos Aliados introduziu uma novaordem com importantes transformações noDireito Internacional, simbolizadas pela Cartadas Nações Unidas e pelas suas Organizações”

PRECEDENTE FUNDAMENTAL: 2ª GUERRA MUNDIAL

INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E A 2ª GUERRA MUNDIAL

“O moderno DIDH é um fenômeno do pós-guerra (...) atribuído às monstruosas violações de direitos humanos da era Hitler e à crença de que parte dessas violações

poderiam ser prevenidas se um efetivo sistema de proteção internacional de direitos humanos existisse”

(Thomas Buergenthal)

“A internacionalização dos DHs (…) surgiu a partir do pós-guerra, como resposta às atrocidades e aos horrores cometido durante o nazismo. Apresentando o Estado como grande violador de direitos humanos (...) que resultou no extermínio de 11

milhões de pessoas”

(Flávia Piovesan)

PRECEDENTE FUNDAMENTAL: 2ª GUERRA MUNDIAL

INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E A 2ª GUERRA MUNDIAL

“O Direito a ter Direitos”

(Hannah Arendt)

“A Banalização do Mal”

(Hannah Arendt)

* Tribunal de Nuremberg

PRECEDENTE FUNDAMENTAL: 2ª GUERRA MUNDIAL

Tribunal de Nuremberg (1945-46)Acordo de Londres (1945): Tribunal Militar Internacional (Crimes Contra a Paz e

Crimes de Guerra)

Art. 6º: Responsabilização Individual

a) Crimes contra Paz ou “Jus ad Bellum” (Planejar, Preparar, Incitar ou Contribuir para a Guerra, em Violação aos Tratados e Acordos Internacionais);

b) Crimes de Guerra (violações ao direito e ao direito costumeiro da guerra: assassinato, tratamento cruel, deportação de civis, trabalho escravo e desrespeito

ao jus in bello – prisioneiro, náufrago, etc);

c) Crimes contra a Humanidade (extermínio, assassinato, perseguições religiosas, raciais e políticas, independente do direito doméstico)

Costume Internacional x lei post facto

PRECEDENTES: TRIBUNAL DE NUREMBERG

TRIBUNAL DE NUREMBERG

NECESSÁRIA LIMITAÇÃO DA

SOBERANIA NACIONAL

TRIBUNAL DE NUREMBERG

INDÍDUOS POSSUEM DIREITOS PROTEGIDOS

PELO DIREITO INTERNACIONAL

PRECEDENTES DA INTERNACIONALIZAÇÃO, EM PROVA:

(FCC – Procurador do Estado – SEGEP-MA / 2016) Em relação à proteção internacional dos DireitosHumanos:

a) O Direito Internacional Humanitário restringe-se à proteção das populações civis na hipótese deconflitos armados, excluindo-se os militares postos fora de combate.b) O Direito Internacional dos Refugiados representa a proteção dos refugiados em aspectos relativos aodeslocamento do seu local de residência e à concessão do refúgio, não interagindo com a proteção dosdireitos humanos em si.c) O Direito Internacional Humanitário é menos abrangente que o Direito Internacional dos DireitosHumanos, tendo precedido historicamente este último.d) O Direito Internacional dos Direitos Humanos não incide na hipótese de conflitos armadosinternacionais e internos.e) O Direito Internacional dos Direitos Humanos consolidou-se normativamente logo após a PrimeiraGuerra Mundial, com a relativização da soberania dos Estados Nacionais e atribuição ao indivíduo dacondição de sujeito de direitos no plano internacional.

GABARITO COMENTADO:Letra (C): item correto no que tange às abrangências apontadas.

(A): O Direito Humanitário se relaciona com militares postos fora de combate;(B): Há interação com os direitos humanos;(D): Há incidência por meio de Tratados e Convenções, bem como pelos costumes internacionais, conforme entendimento do Tribunal de Nuremberg.(E): A consolidação normativa e a relativização da soberania ocorreram somente a pós a Segunda Guerra.

HISTÓRICO DOS DIREITOS HUMANOS: SÉCULOS XX / XXI

1ª GUERRA MUNDIAL

TRATADO DE VERSALHES

LIGA DAS NAÇÕES NAZIFACISMO

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL dos

DIREITOS do HOMEM de 1948

GUERRA FRIA

NOVA ORDEM

GLOBALIZAÇÃO

MUNDIALIZAÇÃO

GLOBALIZAÇÃO “TOP-DOWN

IMPERIALISMO DOS DIREITOS

HUMANOS

RISCO DE RETROCESSOS

INTERNACIONALIZAÇÃODIREITOS HUMANOS: UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL

RELATIVIZAÇÃO DA SOBERANIA ESTATAL

ABSOLUTA

PESSOA COMO SUJEITO DE DIREITO

INTERNACIONAIS

NORMAS TÊM SENTIDO UNIVERSAL

OU PODEM SER CULTURALMENTE

RELATIVAS?

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL

RELATIVISMO CULTURAL

Noção de Direito relacionada ao Sistema Político, Econômico, Cultural,

Social e Moral vigente em dada Sociedade

Pluralismo Cultural impede a Moral Universal e deve respeitar Sistemas

Morais

Ponto de Partida: Coletivista

UNIVERSALISMO

Noção de Direito relacionada à liberdade e autonomia do indivíduo

O Universalismo consagra os direitos individuais para, depois, avançar na

percepção de coletividades

Ponto de Partida: Individualista

RELATIVISMO CULTURAL, segundo JACK DONNELLY

RADICAL

•Cultura como Única Fonte de Validade de um Direito ou Regra Moral

FORTE

•Cultura como Principal Fonte de Validade de um Direito ou Regra Moral

FRACO

•Cultura Pode ser uma Importante Fonte de Validade de um Direito ou Regra Moral

UNIVERSALISMO

UNIVERSALISMO

PREDOMINA NOS INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS

“Todas as Pessoas” (têm direito à vida e à

liberdade)

“Ninguém” (será submetido à tortura)

Não Permite Concessões às “Peculiaridades Culturais” quando houver Violação a Direitos Humanos

Fundamentais

O Fundamento de Validade do Direito e de

Regras Morais é a Dignidade Humana próprio à condição

humana

“Mínimo Ético Irredutível"

UNIVERSALISMO x RELATIVISMO CULTURAL

RELATIVISTAS

“O Universalismo simboliza Imperialismo Cultural Ocidental para Universalizar as Próprias Crenças destruindo a Diversidade Cultural”

Imperialismo dos Direitos Humanos

UNIVERSALISTAS

“O Relativismo busca Justificar Graves Violações contra Direitos Humanos com sofisticado Argumento de Relativismo Cultural para Imunização perante à Comunidade Internacional”

Art. XXX da DUDH: Defesa de Direitos Humanos não Legitimam Desrespeito aos mesmos Debate

Axiológico ou Político?

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL: A DECLARAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS DE VIENA, 1993

“5. Todos os Direitos Humanos sao universais, indivisiveis, interdependentes e inter-relacionados. A comunidade internacional deve considerar os Direitos Humanos, globalmente, de forma justa e equitativa, no mesmo pe e com igual enfase. Embora se deva ter

sempre presente o significado das especificidades nacionais e regionais e os diversos antecedentes

historicos, culturais e religiosos, compete aos Estados, independentemente dos seus sistemas politicos,

economicos e culturais, promover e proteger todos os Direitos Humanos e liberdades fundamentais.”

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL: DECLARAÇÃO DE VIENA

DECLARAÇÃO DE VIENA, 05

Segundo Antônio Augusto Cançado Trindade

“Compreendeu-se finalmente que a Universalidade é enriquecida pela

diversidade cultural, a qual jamais pode ser invocada para justificar a denegaçao

ou violaçao dos direitos humanos”

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL: DECLARAÇÃO DE VIENA

DECLARAÇÃO DE VIENA, 05

Segundo José Augusto Lindgren Alves

“Se recordarmos que a Declaraçao Universal, de 1948, foi adotada por voto, com abstenções, num foro composto por apenas 56 paises, e levarmos em conta que a Declaraçao de Viena é consensual, envolvendo 171 Estados, a maioria dos

quais era colonia no final dos anos 40, entenderemos que foi em Viena, em 1993, que se logrou conferir caráter

efetivamente universal àquele primeiro grande documento internacional definidor de direitos humanos”

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL: DECLARAÇÃO DE VIENA

DECLARAÇÃO DE VIENA, 05

Segundo Jack Donnelly

“Os Direitos Humanos são Relativamente

Universais”

A CONCEPÇÃO MULTICULTURAL DE DIREITOS HUMANOS

HERMENÊUTICA DIATÓPICA E DIÁLOGO INTERCULTURAL

Transformação Cosmopolita de Direitos Humanos

Segundo Boaventura de Sousa Santos

“Os Direitos Humanos têm de ser reconceptualizados como multiculturais. O Multiculturalismo é precondição de uma relação equilibrada e mutuamente

potenciadora entre competência global e legitimidade local”

“É útil distinguir entre globalização de-cima-para-baixo e globalização de-baixo-para-cima, ou entre globalização hegemônica e globalização contra-

hegemônica. (...) cosmopolitanismo e patrimônio comum da humanidade são globalizações de-baixo-para-cima”

“As pessoas e os grupos sociais têm o direito a ser iguais quando a diferença os inferioriza, e o direito a ser diferentes quando a igualdade os descaracteriza"

A CONCEPÇÃO DO UNIVERSALISMO DE CHEGADA

DIREITOS HUMANOS POR CONFLUÊNCIA

Universalismo de Ponto de Chegada e não de Partida

Segundo Joaquín Herrera Flores

“Nossa visao complexa dos Direitos baseia-se em uma racionalidade de resistencia. Uma racionalidade que nao nega

que é possivel chegar a uma sintese universal das diferentes opções relativas a direitos. (...) O que negamos é considerar o

universal como um ponto de partida ou um campo de desencontros. Ao universal há que se chegar – universalismo de chegada ou de confluencia – depois (nao antes de) um processo

conflitivo, discursivo de diálogo. (...) Falamos de entrecruzamento e nao de mera superposiçao de propostas ”

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL, EM PROVA:

(CESPE – Defensor Público – DPE-ES/2012) Julgue os seguintesitens, sobre a teoria geral, a afirmação histórica, os fundamentose a universalidade dos direitos humanos.

A hermenêutica diatópica constitui proposta de superação dodebate sobre universalismo e relativismo cultural.

( ) CERTO ( ) ERRADO

GABARITO COMENTADO:CERTO. A Concepção multicultural de direitoshumanos propõe o diálogo intercultural e a“reconceitualização” de direitos humanos comomulticulturais.

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL, EM PROVA:

(FCC – DPE – DPE-RS/2014) Na teoria geral dos direitos humanos, um dos debates maisrelevantes diz respeito ao dilema dos seus fundamentos filosóficos. Duas correntesbem distintas lideram a discussão: o relativismo cultural e o universalismo. Os adeptosda doutrina universalista defendem a visão de que

a) não há uma moral universal, pois a história do mundo é a história de uma pluralidadede culturas.b) na medida em que todas as culturas possuem concepções de dignidade humana,deve-se aumentar a consciência das incompletudes culturais mútuas, comopressuposto para um diálogo intercultural.c) a noção de direitos está estritamente relacionada ao sistema político, cultural,econômico, moral e social vigente em determinada sociedade.d) os direitos humanos decorrem da dignidade humana, na qualidade de valorintrínseco à condição humana, concebendo-se uma noção de direitos baseada em ummínimo ético irredutível.e) a cultura é a única fonte de validade de um direito ou regra moral.

GABARITO COMENTADO:Letra (D). O posicionamento da Dignidade da PessoaHumana como elemento central, numa perspectivaindividualista, é desdobramento da doutrinauniversalista.

(A): Argumento sustentado pelo adeptos doRelativismo Cultural;(B): Argumento sustentado por Boaventura de SousaSantos na Hermenêutica Diatópica;(C): Argumento sustentado pelo adeptos doRelativismo Cultural;(E) Argumento sustentado pelo adeptos doRelativismo Cultural Extremo;

Recommended