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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
SEGURANÇA ESCOLAR: A REALIDADE DA SEGURANÇA NAS
ESCOLAS
Por: Reinaldo Luiz Pereira
Orientadora
Prof.ª Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro.
2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
SEGURANÇA ESCOLAR: A REALIDADE DA SEGURANÇA NAS
ESCOLAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Administração e Supervisão
Escolar.
Por: Reinaldo Luiz Pereira
3
RESUMO
A realização deste trabalho é para após pesquisa bibliográfica e
levantamento de dados sobre o tema que se refere à segurança escolar na
tentativa de saber se será possível ter uma segurança mais adequada, melhor
e mais eficaz que dê mais tranquilidade a escola e as pessoas que circulam
nas redondezas.
No que se referem à segurança escolar quais foram as medidas e
procedimentos utilizados no decorrer do tempo para tentar desenvolver,
aprimorar, intensificar e potencializa e a segurança, quais investimentos foram
feitos, e se esses procedimentos foram suficientes para atingir as metas
desejadas ou não.
Na segurança, o que precisa ser melhorado, como se encontra
atualmente a segurança na escola e demonstrar através de pesquisa voltada
aos especialistas, docentes e profissionais da educação envolvidos com a
segurança escolar, que para ter uma segurança realmente de qualidade, é
preciso investir em equipamentos, treinamentos e contar com a colaboração da
sociedade, das autoridades, e principalmente das pessoas ligadas diretamente
à escola diante das necessidades encontradas atualmente.
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METODOLOGIA
Fazer o trabalho de acordo com as leituras em livros que abordem o
assunto e pesquisas realizadas nos meios eletrônicos confiáveis sempre
citando a fonte de consulta, seguindo as normas da ABNT, e as orientações
passadas pela instituição de ensino. Elaborar e realizar pesquisa de campo
com entrevistas, questionários sobre o assunto para determinar ou não se os
procedimentos e as tecnologias utilizadas foram suficientes para aperfeiçoar a
segurança escolar.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO pg. 06
CAPÍTULO I - Como era a segurança escolar. Pg. 08 CAPÍTULO II - Como obter uma segurança escolar ideal. Pg. 16
CAPÍTULO III – Como é atualmente a segurança escolar. Pg. 25
CONCLUSÃO pg. 34
ANEXOS pg. 37
BIBLIOGRAFIA pg. 41
ÍNDICE pg. 44
6
INTRODUÇÃO
Ao iniciar este trabalho se faz necessário uma pequena análise da
segurança pública, privada, patrimonial, e escolar, seus conceitos para
entender os capítulos deste trabalho. É importante falar sobre os Órgãos que
são responsáveis por garantir a “SEGURANÇA” de todas as pessoas que
circulam pelas ruas da cidade para que assim mais adiante e ao longo do
trabalho possa abordar o assunto sobre a Segurança Escolar, dizendo como
ela era no passado, como está no presente e qual é qual é a esperada para o
futuro.
SEGURANÇA PUBLICA E PRIVADA E PATRIMONIAL
Com origem no termo latim “securĭtas”, o conceito de segurança faz
referência àquilo que tem a qualidade do que é seguro ou que está livre de
perigo. Neste sentido, a segurança pública é um serviço que deve prestar o
Estado para garantir a integridade física dos cidadãos e dos seus bens.
Desta forma, as forças de segurança do Estado encarregam-se de
prevenir que sejam cometidos delitos e de perseguir os delinquentes, com a
missão de entregar ao Poder Judiciário. Este organismo tem a missão de
aplicar os castigos que estipula a lei.
No entanto, tendo em conta a ineficácia da segurança estatal e a sua
falta de alcance em certos casos, nasceu o negócio da segurança privada,
onde diversas empresas estão incumbidas de disponibilizar guardas, vigilantes
e diversos dispositivos a qualquer cidadão que os possa pagar.
Não há agentes de polícia suficientes para proteger cada pessoa ou
empresa. Por isso, quem se sentir em risco pode recorrer aos serviços de
segurança privada e contratar um guarda (segurança) permanente. Da mesma
7
forma, as empresas que queiram ter um vigilante que tome conta das
respectivas instalações podem contratar este tipo de serviços.
Segundo Bernadete Tonedo, 2008 pg.13 O brasileiro sente medo. Muito
medo. A sensação de insegurança atinge 70% da população e é o maior do
mundo, dados do “Relatório global sobre Assentamentos humanos”, do
programa das Nações Unidas, divulgado em outubro de 2007, a pesquisa foi
feita em países desenvolvidos e em desenvolvimento os entrevistados
responderam à pergunta: “sentem-se seguros quando voltam para casa à
noite?”, os índices mais elevados foram encontrados no Brasil.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) o conceito de.
Segurança humana está centrado no desenvolvimento do ser humano,
abrangendo a segurança de todos em todos os lugares, como nas vias
públicas, no trabalho, na escola, no lar e etc.
Segundo Gustavo Heidrich (Gestão Escolar Nova Escola 2010) a
preocupação com a vulnerabilidade das crianças e dos jovens na escola
sempre tirou o sono de pais e gestores. Seja nas unidades localizadas no que
os especialistas chamam de áreas de riscos seja em escolas situadas em
bairros considerados seguros, há sempre o temor de furtos, danos ao
patrimônio e abordagem dos alunos por traficantes. Um gestor que quer evitar
surpresas pode ter a ideia de colocar grades e cadeados em todas as salas e
instalar câmeras de segurança. Contudo, apesar de essas medidas darem a
sensação de proteção e serem importantes em alguns casos, se tomadas
isoladamente tornam a escola refém do próprio entorno.
É importante envolver a equipe e a comunidade em um debate
permanente sobre o assunto e criar um grupo representativo de todos os
públicos da escola para mapear os pontos mais frágeis e discutir as possíveis
soluções em conjunto. Paralelamente, pequenas ações - como ter um porteiro
atento, nos horários de entrada e saída dos alunos, abordar a violência nas
reuniões de pais e promover palestras preventivas com as famílias - podem
8
fazer a diferença. Conheça a seguir cinco pontos que contribuem para garantir
a segurança nas escolas.
CAPITULO I – COMO ERA A SEGURANÇA ESCOLAR
BRIGADA MILITAR:
Encarrega-se na segurança e atribuição de investigar os delitos
cometidos, necessitando a comunicação das infrações infringidas.
Na Delegacia mais próxima devem ser registradas todas as ocorrências
de crime ocorrido no interior da escola e nas suas adjacências; Delegacias de
proteção à criança e adolescente devem ser comunicados crimes ou atos
infracionais cometidos contra criança ou adolescentes; cabe às Delegacias
coordenarem as investigações dos atos contrários a Lei, que lhe serão
noticiados; a Polícia Civil tem palestrantes que abordam temas como “Drogas”
que atendem as escolas requisitantes.
GUARDA MUNICIPAL:
Realiza rondas escolares em todas as escolas do município, possuindo
atribuições de estimular a conscientização da comunidade sobre os direitos e
deveres dos pais, professores e alunos junto às Leis de trânsito, vigiar e zelar
pelas escolas públicas municipais, auxiliando na prevenção de vandalismo, uso
de drogas e furtos nos locais.
CONSELHO TUTELAR:
Órgão autônomo, formado por membros da comunidade encarregados
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança de do adolescente. Com
atribuições definidas no artigo 136 do Estatuto da criança e do adolescente.
9
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – COORDENADORIA
ESTADUAL DE NSINO:
Tem atribuição de desenvolver projetos de integração escola –
comunidade, bem como definir a construção ou reforma de cercas, muros,
melhorias da qualidade da iluminação bibliotecas e etc.; projetos de
arquitetura, recreação e esporte nas áreas contidas e nos limites dos terrenos
das escolas.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:
Possui as mesmas atribuições da anterior, porém suas ações são
dirigidas para as Escolas de rede municipal de ensino.
CREDEDICA:
Centro de defesa da criança e do adolescente, organização não
governamental que executa as medidas socioeducativas em meio aberto,
liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade encaminhados pelo
Ministério Público e poder Judiciário.
PODER JUDICIÁRIO – VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE:
Compete ao Juiz da infância e juventude, processar e julgar causas
previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e na legislação
complementar, inclusive as relativas a infrações penais cometidas por menores
de 18(dezoito) anos, além de registros públicos.
MINISTÉRIO PÚBLICO:
Os Promotores de Justiça da infância e juventude tem atribuições de
atuar nas causas cíveis (garantias dos direitos fundamentais da criança e do
adolescente como: guarda, tutela, adoção e etc.) e criminais (atos infracionais
cometidos por adolescentes.). Eles atuam em inquéritos policiais em processos
procedimentos administrativos, em petições e etc. Tem ainda a atribuição de
10
zelar pela manutenção e garantia de qualidade do ensino, tutelando os direitos
coletivos, sociais e individuais indispensáveis, relativos à educação.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública Segurança é dever do
Estado, sendo a responsabilidade da polícia civil e militar manter a ordem em
todos os locais da cidade. Nas escolas não é diferente, porém com o aumento
da criminalidade, o baixo quantitativo de policiais nas ruas e no entorno das
escolas, estas se viram na necessidade de analisar como estava à segurança
neste determinado momento como descrito a seguir.
A segurança era feita apenas pela polícia civil e militar, não existia
nenhum tipo especifico ou extra de segurança, como: seguranças contratados,
sistemas alarme, câmeras e monitoramento em vídeo, dos setores, entradas e
saídas nas escolas. Apenas os funcionários que trabalham nos setores de
portaria e recepção que fazem uma espécie de “segurança” nas respectivas
entradas e saídas, o que era muito pouco principalmente pelo fato do aumento
gritante da criminalidade, dos assaltos e roubos.
“Segundo o Ministério Público ele é o órgão
que tem como função manter a ordem Jurídica o
regime democrático, os interesses sociais e individuais
indispensáveis incluindo o direito à segurança que está
previsto nos artigos 5º e 6º da Constituição Federal.”.
“Artigos 5° e 6º da Constituição Federal”
É dever de o Ministério Público Federal zelar pelo efetivo respeito dos
serviços de segurança na sociedade, e isso se reflete no ambiente escolar
onde os malefícios são maiores por envolver pessoas em formação.
Sem dúvida o crescimento da violência é grande deste modo com base
na cartilha do M.P (Ministério Público) do Distrito Federal, e com a ajuda
militar. Polícia civil Guarda Municipal e Crederica (Centro de defesa da criança
e do adolescente) é formulada para orientar a comunidade escolar quanto aos
cuidados e procedimentos que devem ter e ser tomados em caso de crimes,
contravenções e atos infracionais que ocorram na escola ou no seu perímetro
11
escolar. O ambiente escolar é o caminho que a sociedade percorre para
crescer e exercer a sua cidadania.
O ambiente escolar deve favorecer ao aprendizado. Conhecer sua
composição e as formas de interação é condição necessária para o
desenvolvimento da educação, envolvendo educadores, alunos, funcionários,
pais e comunidade; a existência de pontos sensíveis à segurança é fator
preocupante no ambiente escolar, reconhecer tais pontos, bem como adotar
providências para neutralizá-los ou minimizá-los, é obrigação de toda a
comunidade escolar.
São fatores que proporcionam insegurança: Como menciona o Manual
Orientativo de segurança escolar-2° R P Mon. 1ª edição-2014 pg. 7, a falta de
iluminação, mato alto, árvores sem poda, depósito de lixo nas proximidades do
estabelecimento de ensino, muros e cercas danificadas, a ausência de
infraestrutura e saneamento básico não só podem corroborar a propagação de
doenças infectocontagiosas, como também servir de elementos facilitadores da
ação de meliantes ou pessoas mal - intencionadas.
Foi-se o tempo em que podíamos andar sossegados pelas ruas,
explorar com olhos de criança os caminhos ao redor de nossas casas, subir
em árvores e comer seus frutos e, desde muito pequenos, irmos sozinhos para
a escola e voltarmos em segurança. A escola era um espaço respeitado onde
a policia nunca estava presente. As violências eram manifestas de forma
velada pelo preconceito econômico e social e também pelo poder absoluto
exercido de forma equivocada pelo professor. Hoje a realidade explicita é mais
cruel. A sociedade, em seus diversos segmentos, vivencia a violência
diariamente. A mídia, quando não banaliza, sensacionaliza a violência. Tudo
parece ser aceitável. Adolescentes sem limites cometem atrocidades e vivem
impunes, assim como aqueles que deveriam ensinar-lhes os limites e a
cidadania. A complexidade do tema torna difícil seu dimensionamento.
12
O assunto violência escolar está na ordem do dia. Desde as notícias
envolvendo escolas fechadas por conta de confrontos entre policiais e
traficantes nas comunidades, até as “balas-perdidas” que atingem alunos
inocentes, passando pelos infelizes episódios de confronto violento envolvendo
os diversos integrantes do universo escolar. Por outro lado, ouve-se que os
direitos das crianças e adolescentes são sempre garantidos pela Justiça e que
a cada dia fica mais difícil realizar as ações educacionais que são esperadas
pela tradição. Os professores se sentem, muitas vezes, desamparados porque,
efetivamente, não fomos preparados para lidar com o estado de coisa que hoje
caracteriza a relação escolar. Os gestores surpreendem-se a cada vez que a
mídia ou a realidade cotidiana informa que um aluno buscou o “seu direito” na
Justiça e “ganhou”, obrigando a escola ou o professor a voltar atrás numa
decisão tomada. Nessa hora, diz-se que a educação perdeu. Na verdade,
temos que a massificação da educação trouxe um novo conjunto de alunos
para uma escola que se manteve estática na rotina e na relação, produzindo
um descompasso entre o aluno real e o aluno que se imagina ter. A escola não
acompanhou a mudança do perfil dos alunos que agora são distintos, diversos
e divergentes (CHRISPINO; CHRISPINO, 2002; CHRISPINO, 2007).
Os professores em atividade não fomos preparados para solucionar
estes conflitos criados pela diversidade de alunos. Ao mesmo tempo, vivemos
o período de consolidação de direitos sociais e individuais sem precedentes. E
isto não pode ser classificado como ruim. O fato é que os indivíduos e as
coletividades conhecem todos os seus direitos, mesmo que não consigam
indicar o ensaio: aval. Políticas públicas. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n. 58, p.
9-30, jan./mar. 2008 A judicialização das relações escolares e a
responsabilidade civil dos educadores 11 deveres decorrentes destes direitos
proclamados. Estes direitos proclamados, quando não cumpridos, são
buscados no espaço próprio: a Justiça, em fenômeno denominado de
judicialização (VIANNA ET al., 1999) ou juridicização (MOREIRA NETO, 2006,
2007).
13
Quando mencionamos a violência, pensamos logo em algo físico, na
agressão física, mas não é somente ela o motivo do medo. O que dizer da
violência de deixa marcas na alma? Aquela violência que não é visível no
corpo, mas somente quem a vivenciou tem autoridade para defini-la? A
educação tem um papel fundamental: formar cidadãos, politizar. Exigir nossos
direitos e cumprir nossos deveres torna a sociedade mais justa e melhor. Mas
como formar cidadãos se o próprio formador desconhece seus direitos e
deveres? Entende-se que o cidadão seja conhecedor das políticas de seu país.
Cabe nesse espaço esclarecer que a palavra política‘ nos faz pensar em
demandas ou ações promovidas nos setores públicos, pelos representantes
que nós escolhemos, com o objetivo de desenvolver, a partir de uma ideia,
ações que possibilitem melhor qualidade de vida para os cidadãos. Dizemos
públicas porque todos os cidadãos devem ter acesso a elas, para que possam
compartilhar analisar, sugerir, ou simplesmente conhecer. Sendo assim,
considerando todo o contexto da violência escolar, os atores envolvidos com a
educação conhecem as políticas públicas existentes para o enfrentamento da
violência nas escolas?
Os fatos frequentemente divulgados na mídia reforçam a necessidade
de conhecimento do ambiente Escolar. Mais do que conhecer, é preciso criar
mecanismos de interação entre seus integrantes, visando à adoção de
medidas efetivas para prevenção das diversas formas de violência. O ambiente
escolar é... O local onde crianças e adolescentes permanecem maior parte de
seus dias, local de construção, fortificação e aperfeiçoamento das relações
humanas, sendo um ambiente de integração entre todos aqueles que o
frequentam. Cada escola possui suas características, peculiaridades e por isso
torna-se um espaço sui generis que deve ser observado, compreendido e
estudo para contextualização de suas necessidades. Todos aqueles que a
circundam tornam-se atores sociais que devem auxiliar para a construção de
uma cultura de paz, pois o problema originado em seus limites multiplicasse
14
para a sociedade em escalas proporcionais aos que a escola recebe da
sociedade.
O manual de Policiamento Escolar Comunitário traz: É possível inferir
que o ambiente escolar possui uma amplitude muito maior do que aquela dada
por uma visão estrutural circunscrita intramuros. Ela envolve também a visão
relacional que ultrapassa o espaço físico da escola, incluindo a comunidade
vizinha e os órgãos que atuam diretamente na segurança escolar. Por que a
escola deve ser protegida? A escola é “um dos principais agentes
socializadores, sendo responsável não apenas pela difusão de conhecimentos,
mas pela transmissão dos valores de uma cultura entre gerações”.
Martin - Baró, 1992 apud Curso de Policiamento comunitário escolar-
SENASP. O ambiente escolar é o caminho que a sociedade percorre para
crescer e exercer a sua cidadania. O ambiente escolar deve favorecer ao
aprendizado. Conhecer sua composição e as formas de interação é condição
necessária para o desenvolvimento da educação, envolvendo educadores,
alunos, funcionários, pais e comunidade.
Pontos sensíveis à segurança no ambiente escolar A existência de
pontos sensíveis à segurança é fator preocupante no ambiente escolar,
reconhecer tais pontos, bem como adotar providências para neutralizá-los ou
minimizá-los, é obrigação de toda a comunidade escolar. Fatores que
proporcionam insegurança: Falta de iluminação, mato alto, árvores sem poda,
depósito de lixo nas proximidades do estabelecimento de ensino, muros e
cercas danificadas, a ausência de infraestrutura e saneamento básico não só
podem corroborar a propagação de doenças infectocontagiosas, como também
servir de elementos facilitadores da ação de meliantes ou pessoas mal -
intencionadas.
15
A comunidade deve zelar para que o seu ambiente escolar esteja
sempre seguro e limpo. Não se deve conviver com estruturas danificadas, pois
com o tempo pode haver aceitação coletiva de normalidade de um dano ou da
ausência de investimento estatal. É necessário o empenho de todos para a
melhoria do ambiente escolar (conscientização da comunidade para a
preservação e cobrança das autoridades competentes para a utilização das
políticas públicas adequadas e necessárias). É importante eliminar os pontos
sensíveis para a manutenção de uma escola segura e que a segurança escolar
é de responsabilidade de toda a sociedade, ressaltando- se que ela não é feita
somente com a presença física do policial na porta da escola.
A segurança da escola é, sobretudo, um somatório de esforços da
comunidade escolar; Ao se constatar um problema, seja ele estrutural ou não,
devem-se adotar providências para que um ato aparentemente pequeno não
se transforme em um problema maior, às vezes irremediável.
Segundo Vygotsky (apud DAVIS e OLIVEIRA, 1993, p.56): “o ser
humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é
essencial ao seu desenvolvimento”. Assim, é possível inferir que, para haver
ensino e aprendizagem, fazem-se necessários segurança e desafios. Isso para
que ambos, docente e discente, tenham prazer de experimentar o sentimento
de pertencimento e para que haja trocas mútuas com possibilidade de
desenvolver suas potencialidades.
Por que a escola deve ser protegida? A escola é “um dos principais
agentes socializadores, sendo responsável não apenas pela difusão de
conhecimentos, mas pela transmissão dos valores de uma cultura entre
gerações (Martin - Baró, 1992 apud Curso de Policiamento comunitário
escolar-SENASP)”.
16
CAPITULO II – COMO OBTER UMA SEGURANÇA ESCOLAR IDEAL
A segurança, enquanto direito social, no contexto do ambiente escolar é
essencial para tal, constrói-se um embasamento acerca do direito social à
segurança via um arcabouço histórico, jurídico e filosófico, identificando certa
noção de violência e como essa concepção se apresenta no contexto escolar
gerando insegurança. Assim sendo buscam-se referenciais teóricos de como a
questão pode ser abordada, dando-se ênfases às contribuições que a teoria
diagramática da violência juvenil pode oferecer para essa abordagem, para se
obter uma segurança escolar ideal, será necessário muito planejamento, dar a
devida atenção ao assunto, que por mais que esteja sendo debatido, em
fóruns sobre segurança ainda está longe de se chegar a alguma conclusão
plausível que possa afirmar que a segurança escolar está boa, e que se pode
andar tranquilamente pelas ruas próximas e no entono das escolas, neste
sentido, faz-se necessário uma ação conjunta, dos órgãos de proteção à
segurança como foi descrito no capitulo anterior, quando mencionei os setores
que são responsáveis pela segurança pública, privada, e das pessoas onde
quer que elas estejam, seja, em casa, no trabalho, nas escolas e etc. Esses
órgãos que deveriam dar conta da segurança em todos os lugares, porém isso
não ocorre de maneira suficiente para garantir à devida segurança as pessoas.
Assim podemos dizer que é fundamental a criação de projetos com propostas
bem definidas que possam contribuir para uma segurança mais adequada e
ideal para todos. Projeto de formação específica para educadores que atuam
com jovens em contexto de violência estrema. O presente projeto surgiu da
necessidade de elaborar uma proposta de formação específica para
educadores que atuam com jovens em contexto de extrema violência. Nasceu,
particularmente, a partir de uma demanda do Protejo – Projeto Proteção de
Jovens em Território Vulnerável, desenvolvido no âmbito do Programa
Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que identificou que
seus educadores necessitavam de uma formação específica, que trabalhasse
as particularidades dos contextos de extrema violência e das relações que ali
17
se desenvolviam, de forma a realizar suas atividades com mais qualidade e,
assim, atingir os objetivos definidos.
O Protejo tem como finalidade intervir na realidade social “de modo a
contribuir com a transformação do quadro de vulnerabilidade pessoal e social a
partir de ações integradas que favoreçam a construção da participação efetiva
e inovadora de jovens, tendo como perspectiva a universalização das políticas
públicas e a emancipação humana da juventude brasileira” que tem como
“princípios norteadores (...) o fortalecimento da cidadania, a proteção ao jovem,
à pacificação social, a emancipação juvenil e a formação de redes”.
O Protejo prioriza a formação sociocultural e cidadã do jovem, bem
como a qualificação para o trabalho, visando à pacificação social e o
fortalecimento da cidadania. Partindo desses princípios e investindo na
formação de jovens de 15 anos a 24 anos em situação de vulnerabilidade,
notadamente os “egressos do sistema prisional, em cumprimento de medidas
socioeducativas ou de penas alternativas, em situação de rua ou vítimas da
criminalidade”, o Projeto pretende provocar mudanças na condição social da
juventude, afastando-a de contextos de criminalidade. Lidar com jovens em
situações de violência é muito difícil, sejam eles vítimas ou autores. Nesses
casos, somos facilmente impelidos a reproduzir a lógica punitiva que não
auxilia no processo de reinserção desse jovem ou o revitimiza, reforçando seu
lugar de “coitadinho”. Também é complexo definir quando encaminhar o jovem
à rede de proteção e quando o educador pode resolver a situação no âmbito
do projeto.
Outras tantas vezes, o educador acaba tendo que decidir sozinho o
encaminhamento daquelas situações-limite de conflitos e violências, quando a
responsabilidade pode e deve ser compartilhada com a instituição para a qual
trabalha. Há momentos também em que o educador se depara com temas
complexos, como tráfico de drogas, legalidade e ilegalidade, violência
doméstica, entre outros, necessitando, nesses casos, de mais repertório para
tomar decisões e conduzir a discussão com o grupo de maneira pedagógica.
18
Diante desse quadro, ganha força a necessidade de uma proposta de
formação de educadores sociais que possa ser adaptada pelas diferentes
instituições que trabalham com projetos de prevenção da violência juvenil.
Além da proposta de formação, foi elaborado um guia para o educador que
atuam em contextos de violência, em que são apresentados conteúdos
conceituais e práticos para auxiliar suas atividades cotidianas e apontar
caminhos quando as crises acontecem. Recomendamos que estes dois
materiais sejam utilizados em conjunto, para orientar a concepção e a
realização do processo formativo dos educadores e demais profissionais que
atuam na instituição/projeto.
A proposta de formação ora apresentada é fruto de um processo
reflexivo, que contou com a participação de educadores sociais e gestores de
projetos e organizações que atuam com jovens em contextos de violência.
A atuação desses profissionais em contextos violentos é caracterizada,
em especial, pela exigência de lidar cotidianamente com situações de crise. O
que fazer nesses casos? Após a realização das oficinas com educadores
sociais, chegamos a uma conclusão importante: não há receitas prontas, cada
solução deve ser construída levando em conta a crise, os envolvidos, os
recursos disponíveis e a segurança de todos. Isso, no entanto, não quer dizer
que as ações devem ser isoladas, individualizadas e descoladas do contexto
institucional – pelo contrário, elas precisam estar orientadas pelos princípios,
valores e objetivos institucionais. Para evitar esse erro inadmissível, a
formação do educador deve ocupar lugar de destaque na instituição.
O processo formativo está registrado na experiência do profissional e
da instituição e ocorre no tempo e nos espaços de atuação. Temos um registro
subjetivo de tudo o que vivemos o que interfere em cada nova ação/decisão
que tomamos. Num ambiente de trabalho, no entanto, e mais ainda em
realidades complexas marcadas pela vulnerabilidade e pela extrema violência,
não podemos depender exclusivamente de experiências profissionais
individuais, não compartilhadas.
19
Deste modo é que serão necessários vários estudos, projetos, reflexões,
planejamentos, e ações bem específicas para melhorar a qualidade da
segurança o saber de cada um dos educadores, gestores e funcionários
administrativos, quando articulado, produz um arcabouço institucional com o
poder de referenciar ações pontuais, cotidianas, de caráter institucional ou no
campo. Assim, ações, reflexões, planejamentos, monitoramentos e avaliações
devem ir constituindo o recheio e dando forma à instituição, de maneira que as
escolhas, caminhos e ações não estejam vinculados exclusivamente a
determinadas pessoas, mas sim ao conjunto de profissionais que a compõem.
Partindo dessa compreensão, levantamos dois pontos norteadores que devem
subsidiar a proposta de melhoria de segurança escolar.
A segurança escolar se encontra em um estágio delicado onde existem
conflitos de interesse entre órgãos de segurança, Governos, Instituições
públicas e privadas pela incapacidade de ser oferecida de forma que seja
melhor, mais eficaz que realmente possa dar mais tranquilidade as pessoas,
aos alunos, pais, professores e a toda comunidade. Quando falamos de
segurança estamos pensando em todas as pessoas, neste caso especifico
estamos abordando a segurança escolar que diz respeito a todas as pessoas
envolvidas dentro das escolas e no seu entorno buscando soluções imediatas
para atender minimamente essas pessoas que circulam por estes espaços na
medida em que se sentem ameaçadas, pois os riscos continuam muitos e as
ações são poucas, em vista dos acontecimentos de furto, roubo, tentativas de
assalto e etc.
É essencial que as pessoas que são responsáveis pela segurança
busquem alternativas, façam um esforço maior em detrimento às pessoas que
estão se sentindo ameaçadas por estes delinquentes, que estão nas ruas
fazendo o que bem entendem e não sejam punidos pelos crimes que
cometem, é vital um aprofundamento em relação ao assunto, estudos,
práticas, métodos formas de agir são alguns exemplos que servem de
parâmetro para que se tenham melhores condições de se ir e vir mais
tranquilamente pelas ruas.
20
Conforme dito o órgão que é responsável pela segurança é a Secretaria
de Segurança Pública então se pode dizer que é dela a responsabilidade de
manter a segurança em todos os lugares, mas não é o que acontece, pois o
quantitativo de pessoal não é suficiente para cobrir toda a cidade, o que se
deve fazer? Buscar alternativas, criando meios, como colocação de câmeras
de segurança, aumentar o quantitativo de pessoal, entre outras medidas.
As escolas podem também se prepararem para diminuir os impactos
causados pela insegurança, colocando sistemas de monitoramento interno e
externo, sistemas de alarme, treinar seu pessoal, já são algumas
possibilidades de diminuir as ações dos delinquentes, para se obter uma
segurança escolar é necessário investir, em tecnologias, treinamento de
pessoal, aperfeiçoar as ações de combate à violência no perímetro escolar
visando assim à diminuição dos atos ilícitos praticados pelos delinquentes que
insistem em fazer esses tipos de ações justamente onde se aglomeram muitas
pessoas e que na maioria das vezes estão à mercê deles sem nenhum tipo de
proteção extra.
Para aprofundarmos nossas reflexões acerca do direito social à
segurança há que se discutir o conceito de Estado Democrático de Direito.
Com a derrocada da sociedade feudal, o terreno estava sendo preparado para
o surgimento do capitalismo, que foi fundamental para a formação do Estado
Moderno (STRECK; MORAIS, 2000, p.20-24). Com essa decadência do
feudalismo e o fortalecimento do rei (o poder do rei vai ser fortalecido para
além dos domínios da sua terra), diversos domínios feudais passam a ser
reunidos sob o seu poder, formando o que podemos chamar de reino unido.
O rei passa a ser senhor dos senhores, príncipe dos príncipes, tendo
como fundamento a necessidade de estabilidade e organização social. Nesse
momento, o Monarca passa a governar independente do domínio da terra e de
qualquer outra lei que o limite politicamente, daí a ideia de governo absoluto,
ou seja, desligado das leis. Os príncipes medievais continuavam donos de
suas terras, porém, agora o rei chefia a nação.
21
Nasce o Estado como sociedade estabilizada pela soberania, tendo por
base geopolítica a nação, por forma de governo a monarquia e por regime
político o absolutismo, é possível afirmar que a transição do feudal para o
nacional definiu historicamente o nascimento do Estado Moderno (BARROS,
2001). Surgindo na Idade Moderna, essa forma de Estado perdura até hoje.
Porém, ao longo da história, desenvolve-se progressiva relativização da
soberania que de início estava vinculada à Monarquia. Esse processo de
relativização se iniciou na Inglaterra, no final do século XVII, com a Revolução
Gloriosa, onde o rei Jaime II é deposto e Guilherme e Maria assumem o
reinado. Esses reis são submetidos a um regime político diferenciado, com o
objetivo de garantir a governabilidade e conter o governante, criando uma
divisão do poder político entre o rei, as casas parlamentares e os juízes e uma
descrição escrita de seus direitos (BARROS, 2001).
Um século depois desse processo de relativização da soberania e do
absolutismo do rei na Inglaterra toda Europa e América do Norte são
influenciadas por essa concepção, absorvendo assim, princípios de separação
de poderes e a declaração de direitos, culminando com a inserção de ambas
numa constituição escrita. Sendo o marco histórico desse processo a
Revolução Francesa, considerada a culminância do processo de limitação do
poder do Estado sobre os indivíduos.
O primeiro pensador a introduzir a expressão “Estado” na literatura
científica foi Maquiavel (1469 – 1527), que o faz em sua consagrada obra “O
Príncipe”, publicada em 1531 (MAQUIAVEL, 1994). . Antes dessa CARVALHO,
A. L. H.; PINHO, L. G. O direito social à segurança no ambiente escolar, p.26-
37 28 Revista Diálogos: pesquisa em extensão universitária. IV Congresso
Internacional de Pedagogia Social: domínio sociopolítico. Brasília, v.17, n.1,
jun., 2012 obra eram utilizadas as expressões Rich, Imperium, Land, Tence.
Podemos afirmar que esse delineamento da ideia de Estado que surge no
século XVI, que chamaremos de Estado Moderno.
22
É fruto do aumento da complexidade da vida em sociedade e do conflito
oriundo dos diversos focos de poder, fato que até então não existia, mas agora
ameaçava a necessidade de concentração de poder nas mãos de uma só
pessoa. Segundo Silveira Filho (2009, p.15) existem “três aspectos distintos a
essa nova forma de agrupamento humano e que irá servir de parâmetro para
todos os conceitos de Estado a serem desenvolvidos posteriormente”: social,
político e jurídico. Sobre o aspecto social, o ente estatal representa a
convergência de todas as forças da sociedade que existem em determinado
território.
A finalidade social é dar segurança e promover o interesse comum,
sendo o Estado uma síntese dos ideais da comunhão que ele traz dentro de si.
Para atingir esses objetivos o ente estatal precisa se apresentar como poder
de mando, de governo e dominação, surgindo assim, o aspecto social do
Estado. Sob o aspecto político, o ente estatal tornou-se a sede do poder
político, estando agora indissoluvelmente ligados, em razão disso o Estado
torna-se o poder institucionalizado, com a responsabilidade de garantir a
proteção e a liberdade dos homens, sempre de acordo com seus desejos
legítimos e respeitando as regras pré-estabelecidas. Enfatizando esse aspecto
político do Estado, Azambuja (1989, p.6) afirma: O Estado Moderno é uma
sociedade à base territorial, dividida em governantes e governados, e que
pretende, nos limites do território que lhe é reconhecido, a supremacia, sobre
todas as demais instituições. De fato, é o supremo e legal depositário da
vontade social e fixa a situação de todas as outras organizações.
Nesse sentido, a função do Estado é coordenar os grupos e indivíduos
impondo os meios adequados para que os fins comuns sejam atingidos. Vale
lembrar que o poder político sempre foi a instituição fundamental das
sociedades civilizadas, antigas ou modernas. Porém, nas sociedades antigas
era um instrumento de poder e dominação de militares e religiosos, mas nas
sociedades modernas, ou capitalistas que se democratizaram, tornou-se
instrumento através do qual a sociedade, por meio de seus representantes
políticos, busca realizar seus objetivos políticos comuns.
23
Sob o aspecto jurídico, o Estado tornou-se o mantenedor das condições
necessárias para ordem social, utilizando-se para isso da aplicação do direito,
daí Silveira Filho (2009, p.18) afirma que o Estado tornar-se “produtor de
direito, sujeito de direito e objeto do direito”.
Deste ponto, podemos definir Estado como [...] uma
instituição organizada política, social e juridicamente, ocupa um
território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é uma
Constituição escrita. É dirigido por um governo soberano
reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela
organização e pelo controle social, pois detém o monopólio
legítimo do uso da força e da coerção (DE CICCO; GONZAGA,
2007, p.43).
Sobre a segurança registrada no Preâmbulo podemos afirmar que:
“constitui a segurança uma das balizas da estrutura do Estado Social
Democrático de Direito, que bem caracteriza o Estado brasileiro (...) sem a qual
se impede de alcançar os desígnios que justificam a sua existência”
(BUONAMICI, 2011, p.5), sendo nesse caso a segurança apresentada como
um conjunto de garantias em relação ao Estado, “uma obrigação negativa na
medida em que não lhe autoriza afrontar os direitos fundamentais do indivíduo”
(BUONAMICI, 2011, p.8). Como Direito Social a segurança está inscrita no
artigo 6º do capítulo II dos Direitos e Garantias Fundamentais, sendo assim,
para tratar dos Diretos Sociais primeiro precisamos aprofundar os referenciais
acerca do que são Direitos Fundamentais, na qual os Direitos Sociais estão
incluídos.
24
Neste sentido é que todos nós tenhamos a possibilidade de que possa
ser feito um trabalho em conjunto entre as pessoas envolvidas com segurança
escolar para que as pessoas possam circular mais tranquilamente pelas ruas.
Sem dúvida é importante ressaltar que se deve investir em
infraestrutura, material humano, treinamentos, materiais específicos para
serem utilizados como, por exemplo: demonstrar na própria escola que todos
podem fazer algo para ajudar a diminuir os acontecimentos rotineiros de roubo,
tentativas de assalto, entre outros, as autoridades fazem sua parte e nós
fazemos a nossa e assim sem dúvida iremos aos poucos conseguir uma
segurança melhor mais eficaz, garantindo que as pessoas possam andar mais
tranquilamente pelas ruas.
As novas tecnologias como câmeras de monitoramento, por exemplo, já
ajuda bastante a diminuir as ocorrências de atos contra as pessoas que
circulam ao redor das escolas dando a elas a sensação de segurança, as
escolas podem incluir em sua pauta aulas, palestras, ou algum outro meio de
passar aos seus alunos a importância de que se tomar cuidado poderá evitar
aborrecimentos, constrangimentos e ameaças e assim ficará livre de ser
abordado na rua por indivíduos que estejam tentando praticar algum tipo de
crime.
25
CAPITULO III – COMO É ATUALMENTE A SEGURANÇA ESCOLAR
Há tempos o desenvolvimento tecnológico se incorporou ao cotidiano de
pessoas comuns, e seus benefícios à humanidade são inquestionáveis. Em
que pese seu aspecto utilitário e suas potencialidades em termos de facilitação
de acesso a diferentes serviços, a tecnologia sempre vem carregada de efeitos
adversos. Em outros termos, essa tecnologia não é utilizada apenas para a
diversão ou para ajudar nas atividades diárias, mas, em sua adversidade,
influenciam na vida privada e na intimidade das pessoas.
As câmeras de vigilância, entre outras formas de controles eletrônicos, tocam
no centro dessa discussão. Afinal, a câmera que promove a sensação de
segurança é também a câmera que invade a privacidade. A utilização de
sistemas internos de tevês tornou-se muito mais frequente, pois surge como
algo que possibilita manter a segurança pessoal e material numa época de
aumento da criminalidade e descrédito das instituições supostamente
encarregadas de manter a ordem social e controlar conflitos (CUBAS, 2002).
Neste contexto, a violência parece ter adquirido foro de questão pública
pelo menos no que tange a sua visibilidade e, o aumento da percepção
subjetiva do fenômeno tem levado as questões relativas à segurança para o
centro das discussões. Observam-se os resultados disso no uso de
mecanismos privados por parte dos cidadãos, que pode ser tanto legal
(oferecidos por empresas de segurança) como ilegal (como os oferecidos por
justiceiros, grupos que controlam determinados bairros, etc.) e, apesar de suas
particularidades, ambos possuem algo em comum: o desempenho de funções
onde há rarefação da presença do Estado, que em tese, teria o monopólio do
uso legítimo da violência física (WEBER, 1967). Weber, em “A Política como
Vocação”, diz: Em nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado
contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de
determinado território noção de território corresponde a um dos elementos
essenciais do Estado reivindica o monopólio do uso legitimo da violência física.
26
É, com efeito, próprio de nossa época o não reconhecer, em relação a
qualquer outro grupo ou aos indivíduos, o direito de fazer uso da violência, a
não ser nos casos em que o Estado o tolere: o Estado se transforma, portanto,
na única fonte do “direito” à violência. (WEBER, 1967, p. 56) é importante
definir que pela Constituição Brasileira de 1988 fica reconhecido
expressamente que vida privada e intimidade como duas tipificações distintas
que integram a categoria dos direitos da personalidade. No artigo 5º, inciso X
da Constituição diz: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material
o moral decorrente de sua violação. (BRASIL, 2001) com a ressalva de que
nem todos os meios utilizados pelas empresas privadas são transparentes e
que há no Brasil uma ausência de leis que regulem a utilização dos
mecanismos de segurança.
RODRIGUES, S. A. Vigilância, Segurança e Controle Social na América
Latina, Curitiba, 2009 335 E continua, [...] O Estado consiste em uma relação
de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência
legítima (isto é, de violência considerada como legítima). O Estado só pode
existir, portanto, sob a condição de que os homens dominados se submetam à
autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. O Estado moderno
é um agrupamento de dominação que apresenta caráter institucional e que
procurou (com êxito) monopolizar, nos limites de um território, a violência física
legítima como instrumento de domínio e que, tendo esse objetivo, reuniu nas
mãos dos dirigentes os meios materiais de gestão.
(WEBER, 1967, pp. 57 e 62) Assim, na sociedade moderna, não haveria
nenhum grupo com o “direito” ao uso da violência como forma para resolver
problemas ou conflitos nas relações sociais. Essa ideia weberiana vem sendo
questionada por alguns autores, entre eles, David Garland que vê que o
monopólio da violência está cada vez mais comprometido na
contemporaneidade, pois há um processo de transferência das
responsabilidades públicas no controle da criminalidade para as esferas
privadas.
27
Diz: assim, ao invés de confiar nas eventualidades das penas
dissuasivas, na incerta capacidade da polícia de prender os bandidos ou na vã
esperança de que se possa ensinar o domínio de si aos jovens cidadãos, essa
nova abordagem dedica-se a substituir o dinheiro vivo por cartões de crédito,
embutir travas nas colunas de direção dos automóveis, contratar vigias nos
estabelecimentos e colocar circuito internos de televisão nos shoppings,
coordenar os horários de fechamento de discotecas rivais, oferecer ônibus de
madrugada, aconselhar os varejistas sobre segurança, estimular as
autoridades locais a coordenar os diferentes organismos que lidam com a
criminalidade e, claro, estimular os cidadãos a organizar rondas de quarteirão e
outros grupos de autodefesa. Essa nova abordagem não reivindica mais o
papel principal no campo do controle da criminalidade. Ela tampouco pretende
um recrudescimento da repressão social e do domínio de si. Ao invés disso,
ela procura promover um novo estilo de “engenharia situacional”, ali onde a
“engenharia social” fracassou. A relação política entre o cidadão e o governo é
cada vez mais substituída por um contrato comercial entre comprador e
fornecedor.
(GARLAND, 1999, pp. 66-67 e 69). E completa: Uma vez que a
“segurança” deixa de ser garantida para todos os cidadãos por um estado
soberano, ela se torna um produto cuja distribuição está antes RODRIGUES,
S. A. Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina, Curitiba, 2009
336 à mercê das forças do mercado do que sendo executada em função das
necessidades. Os grupos que mais sofrem a criminalidade tendem a serem os
membros mais pobres e menos poderosos da sociedade, que são desprovidos
quer de recursos para comprar segurança, quer de flexibilidade para adaptar
suas vidas cotidianas e se organizar de forma eficaz contra o crime. Essa
disparidade entre ricos e pobres que coincide com a divisão entre as classes
detentoras da propriedade e os grupos sociais que são considerados como
uma ameaça para a propriedade tende a nos arrastar para uma sociedade
fortificada, caracterizada pela segregação e o abandono de todo o ideal cívico.
(GARLAND, 1999, p. 76).
28
Cria-se assim, uma indústria cujo mercado é alimentado pelo sentimento
de insegurança fictício ou não que se espalha entre as pessoas, também
devido ao grande sensacionalismo com que os casos de violência são tratados
pela mídia, que normalmente frisa a incapacidade dos aparelhos de Estado em
combaterem a criminalidade. Forja-se a ideia do estado da guerra de todos
contra todos. A possível solução desse impasse é buscada individualmente na
medida em que não se é possível confiar no Estado para conter o pânico
causado pelo crime violento. Ter segurança ou sentir-se seguro passa a ficar
nas mãos de quem pode pagar por ela, ou seja, o propósito para uma vida
segura é visto como um problema pessoal, não necessariamente atrelado ao
poder público.
Bauman escreve: As elites escolheram o isolamento e pagam por ele
prodigamente e de boa vontade. O resto da população se vê afastado e
forçado a pagar o pesado preço cultural, psicológico e político do seu novo
isolamento. Aqueles incapazes de fazer de sua vida separada uma questão de
opção e de pagar os custos de sua segurança estão na ponta receptora do
equivalente contemporâneo dos guetos do início dos tempos modernos; são
pura e simplesmente postos para “fora da cerca” sem que se pergunte a sua
opinião, têm acesso barrado aos “comuns” de ontem, são presos, desviados e
levam um choque curto e grosso quando perambulam às tontas fora dos seus
limites, sem notar os sinais indicadores de “propriedade privada” ou sem
perceber o significado de indicações não verbalizadas, mas nem por isso
menos decididas de “não ultrapasse”.
(BAUMAN, 1999, p. 29) Frédéric Ocqueteau (1997) caracteriza
segurança privada em três aspectos: primeiro este setor age sob o modo de
mandato ou contrato, “fornece pessoal (guardas...) e equipamentos de
proteção (perímetro, volumétrico), procedimentos de gestão de riscos (risk
management), através do jargão profissional chama corrente de segurança”
(OCQUETEAU, 1997, p. 186).
29
Segundo, possui o objetivo de prevenir riscos de perdas de seus
clientes, O conjunto dessas atividades de proteção visa, não a erradicar
totalmente os riscos, mas a diminuir e prevenir a frequência de perdas. Estas
são ocasionadas por acidentes, por erros e por negligências humanas e
técnicas, RODRIGUES, S. A. Vigilância, Segurança e Controle Social na
América Latina, Curitiba, 2009 337 enfim, por comportamentos incivis, de má
fé ou criminosos (OCQUETEAU, 1997, p. 186). O terceiro aspecto apontado
por Ocqueteau é o seu funcionamento semiautônomo, Caracterizado
principalmente por sua orientação para o lucro, obedece em suas grandes
linhas às leis do mercado da oferta e da procura, numa relação de natureza
privatista, o contrato de compra ou de serviço ligando um prestador de serviços
e um cliente (OCQUETEAU, 1997, p. 186).
Essas empresas ainda devem oferecer aos consumidores a sensação
de que a justiça foi aplicada de forma rápida e sem inconvenientes. A
segurança privada articula vários mecanismos que transforma o espaço
criando um novo tipo de segregação espacial. A utilização desses mecanismos
que Teresa Caldeira (2000) denominou de enclaves fortificados (CALDEIRA,
2000). Estão presentes em locais abertos e fechados, privados e públicos,
contribuindo para a fragmentação das cidades, valorização das desigualdades
e incentivo a preconceitos em relação a determinados grupos sociais. Serviços
de segurança privada incluem, de maneira geral, instalações e barreiras
físicas, equipamentos e recursos humanos para a defesa do patrimônio e dos
interesses de proprietários, seguindo as normas e procedimentos por eles
estabelecidos e dentro dos limites de seu direito de propriedade.
30
Um sistema de segurança privadamente organizado tem por
funcionalidade restringir, controlar e monitorar acessos a pessoas e
patrimônios, em possível conexão com o sistema público que, com
legitimidade, pode empregar a força no aprisionamento e perseguição de
agressores de propriedade e indivíduo. As barreiras físicas geralmente são os
principais responsáveis pelo impedimento de acesso às propriedades,
podendo ser sua eficácia aumentada com sistemas eletrônicos de detecção de
invasores e com emprego de vigilantes (OLIVEIRA, 2004, p. 06, 07),
monitoramento de fluxos de pessoas.
Estabelecimentos bancários, shopping centers, supermercados e
parques são exemplos de locais onde a restrição de acesso perde espaço para
as funções de monitoramento Os enclaves fortificados constituem uma nova
maneira de “organizar a segregação, a discriminação social e a reestruturação
econômica [...]”, “Os enclaves fortificados são espaços privatizados, fechados,
monitorados, destinados à residência, lazer, trabalho e consumo”.
“Podem ser shopping centers, conjuntos comerciais e empresariais, ou
condomínios residenciais”. (CALDEIRA, 2000, p. 255 e p. 12,
respectivamente). “A arquitetura tanto social quanto espacial é uma
característica importante das cidades. As regras que organizam o espaço
urbano são basicamente padrões de diferenciação social e de separação”.
“Essas regras variam cultural e historicamente, revelam os princípios
que estruturam a vida pública e indicam como os grupos sociais se inter-
relacionam no espaço da cidade”. (CALDEIRA, 2000, p. 211). RODRIGUES, S.
A. Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina, Curitiba, 2009, p.
338 e controle, dadas as interações necessárias com o público. Dentre os
variados meios utilizados para se proteger, o uso de câmeras em circuito
fechado é um dos mais utilizados, encontrando-se por toda parte sob a
justificativa de controle da ordem e segurança. Segundo Souza: Circuitos
internos de TV monitoram a circulação de indivíduos em espaços privados,
mas que são de uso público como lojas, shopping-centers.
31
Os funcionários de segurança destes espaços, muitas vezes,
interrogam, revistam ou mesmo detém “suspeitos” os funcionários de bancos e
operários de fábricas também são submetidos a todo um renovado sistema de
controle de produtividade, mas que também é utilizado para o controle de sua
circulação no interior das corporações. Universidade, escolas primárias, fóruns,
penitenciárias, unidades de recolhimento de jovens, tribunais de justiça, postos
de saúde, hospitais, sanatórios, praças, edifícios públicos, cruzamentos de
ruas, postos de fiscalização aduaneira, portarias de edifícios residenciais e
comerciais, supermercados, drogarias, pontos de ônibus, estações de metrô,
terminais rodoviários, aeroportos, praias, condomínios fechados, museus e
bibliotecas, e, em alguns casos, cidades inteiras estão sob vigilância eletrônica
constante e o processo tende a se estender a todo o corpo social. (SOUZA,
1991, p. 61). Interessante observar que essas medidas estão presentes no
ambiente escolar. Países como nos Estados Unidos – pioneiro na adoção de
mecanismos de segurança nas escolas concebem a segurança em primeiro
lugar e em segundo a educação (LUCAS, 1997). Peter Lucas (1997), narrando
sua experiência enquanto pesquisador no Brooklyn - New York mostra como
os prédios de ensino estão sobrecarregados com o uso de grades, cadeados,
trancas eletromagnéticas, detectores de metal e scanning para revistar as
mochilas dos alunos. Ou seja, sem segurança não há educação nos Estados
Unidos.
Outro pesquisador americano diz sobre o mercado americano da
segurança escolar: Hoje, a segurança escolar se transformou num importante
produto comercial, nos Estados Unidos. Se as firmas de detecção de metais e
de circuitos fechados de televisão e câmeras de vigilância ainda estão no topo
da cultura escolar, muitos setores empresariais vêm rapidamente transpondo o
hiato dos lucros. Aparelhos de raios-X para inspecionar mochilas, walkie-talkies
para os guardas de segurança, sistemas sofisticados de alarme de incêndio
para escolas, dotados de trancas magnéticas nas portas, cujo objetivo é
manter os intrusos do lado e fora e os alunos do lado de dentro, são apenas
alguns dos equipamentos mais comuns que os administradores preocupados
têm hoje a seu dispor.
32
O “Programa Escolas Livres de Violência e de Drogas”, do
Departamento de Educação dos Estados Unidos, liberou uma verba de 566
milhões de dólares para programas de segurança escolar, apenas para o ano
de 1999. Essas verbas são destinadas a programas de prevenção da violência
e do uso de drogas, a programas de resolução de conflitos e também a uma
RODRIGUES, S. A. Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina,
Curitiba, 2009, p.339 grande variedade de produtos de software e hardware.
(DEVINE, 2002, p.215, 216) diverso do que ocorre nos Estados Unidos, muitos
desses mecanismos estão sendo utilizados nas escolas de todo o Brasil. Os
aparelhos de vigilância possibilitam manter a segurança pessoal e, nas
escolas, pretendem adicionalmente combater a violência interpessoal, os
crimes, o vandalismo.
A segurança escolar hoje se encontra em uma situação delicada, que
deve ser tratada com seriedade pelos órgãos competentes, com a ajuda de
toda sociedade para minimizar os problemas enfrentados diante das
problemáticas existentes em relação ao assunto, é neste sentido que a
pesquisa realizada, teve como meta visualizar quais os procedimentos ou
métodos que podem ser utilizados para que se consiga ter uma segurança com
mais qualidade, garantindo um mínimo de tranquilidade às pessoas, porém
não se pode afirmar que isso será possível e que teremos paz, tranquilidade e
escolas mais seguras, descrevo a seguir a pesquisa realizada em algumas
escolas públicas e privadas da zona sul do Rio de Janeiro e o resultado se
encontra registrado em anexo para consulta.
33
Segundo CAMPOMAR (2011, p. 26): Nas pesquisas, é comum que se
aceite o fato de que uma amostra obedeça a uma porcentagem da população.
Quem determina o tamanho da amostra, dentro de uma margem de erro viável
e aceitável, é a variância da população.
Conforme acima, chegamos ao entendimento que numa pesquisa não
podemos considerar verdade absoluta o resultado obtido, pois como citado
pelo autor, não será a quantidade de pessoas pesquisadas ou a quantidade de
respostas obtidas que dirão se os procedimentos, utilizados trará sucesso ou
será viável ou não para as escolas terem uma segurança melhor e mais
adequada, pois a população é muito variada e a possibilidade de se fazer a
pesquisa com pessoas que não possuem “know-how” do que se é perguntado,
mesmo dentro do público-alvo é considerável.
Segue registrado nos anexos a pesquisa realizada com 57 pessoas
divididas entre Gestores, Funcionários, Empresários e Proprietários de
estabelecimentos de ensino dentro do nosso público-alvo:
34
CONCLUSÃO
A realização deste trabalho servirá de base para que os Especialistas,
Docentes, Gestores e os Governos que são responsáveis pela Segurança
Pública, Privada e Escolar possam pesquisar e procurar meios e formas de
conseguir ter uma Segurança melhor com mais qualidade que traga para as
pessoas mais tranquilidade ao circular pelas ruas e proximidades das Escolas
e após fazer levantamentos de dados com analise e pesquisa de como era,
como melhorar e qual a realidade atual da segurança escolar.
Busquei através de pesquisas em bibliografias de livros sobre o assunto
e em meios eletrônicos assuntos relacionados à Segurança para desenvolver
um bom trabalho que possa demonstrar como se encontra realmente a
Segurança Escolar e de acordo com os dados obtidos pode-se dizer que
apesar de as escolas, as pessoas que são responsáveis por elas, às
autoridades e todos os envolvidos com a segurança se esforçar e fazer o que
for possível ainda não temos uma segurança adequada nas escolas e nas
suas redondezas; isso pode ser evidenciado conforme dados de registros de
ocorrências de furtos ou tentativa de assalto ou práticas criminosas pelos
“delinquentes” que ainda circulam livremente pelas ruas trazendo pânico às
pessoas que circulam pelas escolas e suas redondezas. Assim sendo novas
medidas devem ser tomadas para ampliar a capacidade de segurança para
todas as pessoas que circulam ao redor das escolas, digo nas escolas pelo
fato de que este é o meu foco de estudo, porém é visível que em toda a cidade
é necessária uma reestruturação geral da segurança Pública, para diminuir, as
ocorrências de assaltos na cidade, é por esse motivo que penso que os
procedimentos não são suficientes como comentado a seguir.
35
Sem dúvida os procedimentos utilizados ainda não são suficientes para
se ter uma segurança escolar de qualidade e melhor para todos que por ali
passam diariamente, em minha opinião, ainda falta muito para se ter uma
segurança escolar ideal que traga mais tranquilidade para todos, acredito que
seja necessário fazer um planejamento, desenvolver meios de aumentar a
qualidade do policiamento, colocação de câmeras nas proximidades das
escolas e fazer com que os “delinquentes” sejam punidos e não soltos e voltem
a fazer novamente tudo o que fazia novamente.
Na realidade a Segurança das pessoas está bem reduzida, e isso traz
consequências lamentáveis para toda a população, com assaltos, roubos,
sequestros relâmpagos e outros tipos de crime que são cometidos contra todos
nós então podem dizer com certeza que na realidade que a segurança de uma
forma geral é falha e nas escolas não é diferente; então o que se pode fazer é
tomar certos cuidados como: evitar andar com celular, tablet ou pegar dinheiro
da carteira na rua. Se as pessoas se conscientizarem que esses gestos por
menores que sejam ou pareçam ser poderá evitar roubos ou tentativas de
roubo. As autoridades devem estar mais presentes em locais de grande
circulação de pessoas, buscar alternativas para diminuir esses delitos tanto
nas escolas como em toda cidade, os responsáveis pelas escolas através de
suas coordenações podem fazer palestras que oriente seus alunos quanto à
necessidade de ter certos cuidados ao ir e vir durante sua trajetória na escola e
na vida de uma forma geral.
36
Desta forma percebo que a segurança escolar se encontra muito aquém
do que se necessita devendo ser reestruturada, planejada e executada com
mais seriedade por todos que fazem parte da sociedade, as autoridades, as
escolas e as pessoas para que em um futuro próximo possa se dizer que a
segurança está mais adequada e melhor que no momento atual.
Atualmente a segurança é inadequada, ineficaz, insuficiente e falha está
é a minha conclusão em relação à segurança escolar, pode ser que
futuramente eu mude de ideia se ocorrer mudanças que comprovem que a
segurança esteja adequada e eficaz e suficiente para todos.
37
ANEXOS
Índice de anexos
ANEXO 1
TABELA 1 (Perguntas com respostas Sim ou Não):
TABELA 2 (Perguntas com respostas em Escala):
Legenda:
M I = Muito Importante
IMP = Importante
P I = Pouco Importante
N I = Nada Importante
PERGUNTAS SIM (%) NÃO (%)
6-Sua escola tem algum tipo de equipamento de
monitoramento em suas dependências?
47
53
8-Sua escola costuma realizar palestras sobre segurança
em suas dependências?
70 30
38
TABELA 3
2-A escola em que trabalha realiza as palestras ou cursos sobre segurança
com que frequência?
5 ou mais vezes por ano (%) 3 vezes por ano (%) 1 vez por ano (%)
37 42 21
PERGUNTAS MI
(%)
IMP
(%)
PI
(%)
NI
(%)
1-Qual a importância das palestras sobre segurança
escolar na instituição?
56
42
0
0
4-Quanto é importante a participação dos colaboradores
em conferências sobre segurança para sua organização?
40
47
13
0
9-Quanto você acredita que a internet ajuda na divulgação
do assunto nas escolas?
58
42
0
0
10-Quanto é importante a divulgação do assunto
segurança através de eventos, Corporativos, palestras ou
cursos (Considerando ser uma boa estratégia para a
organização)?
81
19
0
0
39
TABELA 4 (Pergunta com várias respostas):
3-Quais são os tipos eventos que sua escola organiza ao longo do ano?
PALESTRA (%) SEMINÁRIO (%) CONF. (%) CONG. (%) OUTROS (%)
25 27 18 16 14
5- Você como pessoa, um gestor (indiferente do pensamento da escola,
incentivaria que eventos sobre segurança em sua organização?).
PALESTRA (%) SEMINÁRIO (%) CONF. (%) CONG. (%) OUTROS (%)
26 28 17 15 14
TABELA 5 (Pergunta com várias respostas):
7-Sua escola faz para localizar organizadores de eventos sobre a segurança
através de:
REDES
SOCIAIS (%)
TELEVISÃO
(%)
WEB
SITES (%)
REVISTAS
(%)
JORNAIS
(%)
OUTROS (%)
23 1 57 2 8 9
40
PRODUZINDO O MATERIAL
ANEXO 3
Reportagens
Gestão Escolar / Nova Escola, consultado dia 22/09/2015 www.abril.com.br
Cinco ações para aumentar a segurança nas escolas.
ANEXO 4
INTERNET
Consulta ao Manual de Segurança Escolar realizada dia 22/11/2015.
www.manualdesegurancaescolar.com.br.
ANEXO 5
QUESTIONÁRIOS
1- Qual a importância das palestras sobre segurança escolar na
instituição?
2- A escola em que trabalha realiza as palestras ou cursos sobre
segurança com que frequência?
3- Quais são os tipos de eventos que sua escola organiza ao longo do
ano?
4- Quanto é importante a participação dos colaboradores em conferências
sobre segurança em sua organização?
5- Você como pessoa, um gestor (indiferente do pensamento da escola,
incentivaria que eventos sobre segurança em sua organização?).
6- Sua escola tem algum tipo de equipamento de monitoramento em suas
dependências?
7- Sua escola faz para localizar organizadores de eventos sobre segurança
através de: redes sociais, televisão; web; revistas; jornais e outros.
8- Sua escola costuma realizar palestras sobre segurança em suas
dependências.
41
BIBLIOGRAFIA
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II JORNADA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS DE PORTO ALEGRE, Porto
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ÍNDICE
Folha de Rosto 02
Resumo 03
Metodologia 04 Sumário 05 Introdução 06 CAP. I – Como era a Segurança Escolar 08 CAP. II – Como obter uma Segurança Escolar ideal 16 CAP. III – Como é atualmente a Segurança Escolar 25 Conclusão 34 Anexos 37 Bibliografia 41 Índice 44
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