Eduardo Moacyr Krieger Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração - HC.FMUSP Academia...

Preview:

Citation preview

Eduardo Moacyr Krieger

Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração - HC.FMUSPAcademia Brasileira de Ciências

Ciência e Tecnologia Ciência e Tecnologia

no Brasil:no Brasil:

setor de saúdesetor de saúde

1. Mudanças conceituais

2. Prioridades de CT em saúde

3. Capacidade em CT em saúde

3.1. Produção científica

3.2. Formação de doutores

4. Desafios e Perspectivas

““Não há ciência aplicada; há somente Não há ciência aplicada; há somente

aplicações da ciência. O estudo das aplicações da ciência. O estudo das

aplicações da ciência é muito fácil e aplicações da ciência é muito fácil e

acessível a qualquer um que domine o acessível a qualquer um que domine o

saber e a teoria”.saber e a teoria”.

Louis PasteurLouis PasteurFundador da BiotecnologiaFundador da Biotecnologia

Cardiac surgeryVascular surgeryHypertensionCoronary insufficiencyCardiac resuscitationOral diureticsIntensive careAntibioticsNew diagnostic methodsPoliomyelitis

Total

534035442419*

404116

312

350844211624*

135303

217

884879654043*

539419

529

39.816.755.732.340.055.8

*24.556.415.8

41.0

Clinical advanceClinicallyOriented

Not ClinicalyOriented

Total

Percent oftotal notclinicallyoriented

Comroe & Dripps, 1976

Pesquisa Básica(Bohr)

Pesquisa Básica ligada à Aplicação

(Pasteur)

Pesquisa Aplicada(Edison)

27%(Bohr)

50%(Pasteur)

23%(Edison)

CCOONNHHEECCII

MMEENNTTOO

CCOOMMHHEECCIIMMEENNTTOO

APLICAÇÃOAPLICAÇÃO APLICAÇÃOAPLICAÇÃO

QUADRANTES - FAPESP ( Stokes)

CIÊNCIA E TECNOLOGIAMudança conceitual

• Modelo linear Pesquisa Tecnologia(conhecimento) (aplicação)

• Modelo circular

Com defasagem

Pesquisa

Tecnologia

Sem defasagem

A necessidade de aplicação estimula a pesquisa.As novas tecnologias permitem novas descobertas.O setor privado também faz pesquisas.

1. Mudanças conceituais

2. Prioridades de CT em saúde

3. Capacidade em CT em saúde

3.1. Produção científica

3.2. Formação de doutores

4. Desafios e Perspectivas

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Períodos:

1.Predominam doenças infecciosas / carências alimentares.

2.Predominam doenças crônico- degenerativas.

3. Urbanização / Industrialização: contaminação ambiental, drogas, violência etc.

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

O panorama de saúde no Brasil nos próximos 10 anos tende cada vez mais a superpor-se ao existente nos países industrializados:

a. Diminuição da natalidade.

b. Aumento da expectativa de vida com aumento substancial do número de idosos.

População vivendo predominantemente em cidades.

c. Prevalência das doenças crônico-degenerativas sobre às infecciosas.

d. Maior ênfase na medicina preventiva, especialmente com os avanços da medicina e da

genética moleculares que possibilitarão a detecção precoce daqueles que irão

desenvolver enfermidades específicas, facilitando a sua prevenção.

e. Priorização de programas higiênicos-dietéticos que assegurem melhor qualidade de

vida e que requerem para implementação ampla difusão de informação sobre a saúde,

concomitantemente com melhor capacidade da população para entendê-las (educação).

GRANDES EIXOS DE DESENVOLVIMENTO DE C&T EM SAÚDE

1. Aumento da CAPACIDADE CIENTÍFICA em C&T: Hospitais universitários,

pós-graduação, institutos de pesquisa, técnicos qualificados, etc.

2. DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÃO, como base para a efetiva implantação

de medidas preventivas e curativas: Redes, Informática, Tele-medicina e

aproximação da criação do conhecimento (Universidades e Institutos) e seu

uso (Sistema Público de Saúde).

3. POLÍTICAS DE C&T para atender as demandas atuais e futuras em

tecnologia de saúde: Equipamentos (diagnósticos e terapêuticos) e

Medicamentos (Biotecnologia, Produtos naturais, terapia gênica, etc.).

Disease Progression(Pathophysiological Basis of Disease)

1. Current practice2. Current capability3. Future capability - risk analysis for most important complex diseases

Snyderman R. JCI, 2004

1. Mudanças conceituais

2. Prioridades de CT em saúde

3. Capacidade em CT em saúde

3.1. Produção científica

3.2. Formação de doutores

4. Desafios e Perspectivas

NUMBERof PhD/Year

547 720 10051750 2050

29504000

57006894

10616

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05

1.43

1.46

1.44

1.38

1.37

1.37

2000

2001

2002

2003

2004

2005

S&T Budget (% of GNP)

0.42 0.49 0.480.62

0.72 0.800.95

1.30

1.51

1.80

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04

PERCENTAGE OF WORLD PUBLICATIONS

2000

2001

2002

2003

2004

0.99

1.02

0.98

0.95

0.93

R&D Budget (% of GNP)

MOST DYNAMICALLY GROWING COUNTRIES(1991-2003)

Leta, J. et al., Scientometrics, 2005.

Rank

2005

Country World %

1 USA 32,7

2 JAPAN 8,5

3 GERMANY 8,4

4 ENGLAND 7,4

5 CHINA 6,7

6 FRANCE 5,9

7 CANADA 4,8

8 ITALY 4,4

9 SPAIN 3,3

10 AUSTRALIA 3,0

11 RUSSIA 2,7

12 INDIA 2,7

13 NETHERLANDS 2,7

14 SOUTH KOREA 2,6

15 SWEDEN 1,9

Rank

2005

Country World %

16 SWITZERLAND 1,9

17 BRAZIL 1,8

18 TAIWAN 1,8

19 TURKEY 1,6

20 POLAND 1,5

21 BELGIUM 1,5

22 ISRAEL 1,2

23 SCOTLAND 1,2

24 DENMARK 1,0

25 AUSTRIA 1,0

26 FINLAND 0,9

27 GREECE 0,8

28 MEXICO 0,8

29 NORWAY 0,7

30 SINGAPORE 0,7

Produção Científica – Ranking 30 Países 2005 (882.860 artigos)

Rank Área do Conhecimento 2005

1 Medicina 18.0

2 Física 13.7

3 Química 12.5

4 Pesquisa Animal & Vegetal 9.3

5 Biologia & Bioquímica 7.0

6 Ciências Agrícolas 5.6

7 Engenharia 5.3

8 Neurociências & Comportamento 3.2

9 Ciências dos Materiais 2.9

10 Ecologia & Meio-Ambiente 2.8

11 Farmacologia 2.8

12 Microbiologia 2.6

Produção Científica Brasileira – 24 Grandes Áreas (2005- 17.329 artigos)

Rank Área do Conhecimento 2005

13 Geociências 2.3

14 Biologia Molecular & Genética 2.1

15 Matemática 1.9

16 Ciências Sociais 1.8

17 Imunologia 1.4

18 Multidisciplinar 1.3

19 Ciências Espaciais 1.1

20 Psicologia/Psiquiatria 0.9

21 Ciências da Computação 0.8

22 Economia & Administração 0.4

23 Educação 0.04

24 Direito 0.007

Fonte: ISI – Institute for Scientific Information (Hoje Thompson Scientific). National Science Indicators (NSI), 2005.

1. Mudanças conceituais

2. Prioridades de CT em saúde

3. Capacidade em CT em saúde

3.1. Produção científica

3.2. Formação de doutores

4. Desafios e Perspectivas

NUMBERof PhD/Year

547 720 10051750 2050

29504000

57006894

10616

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05

1.43

1.46

1.44

1.38

1.37

1.37

2000

2001

2002

2003

2004

2005

S&T Budget (% of GNP)

0.42 0.49 0.480.62

0.72 0.800.95

1.30

1.51

1.80

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04

PERCENTAGE OF WORLD PUBLICATIONS

2000

2001

2002

2003

2004

0.99

1.02

0.98

0.95

0.93

R&D Budget (% of GNP)

Marchelli PS., RBPG, 2005.

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DOUTORES/100 MIL

HABITANTES FORMADOS ANUALMENTE NO BRASIL

%No.

1008.094TOTAL

2 121Multidisciplinar e Ensino

5 415Linguíst., Letras e Artes

9 736C. Sociais Aplicadas

151.283C. Humanas

141.109Engenharias

131.026C. Agrárias

10 799C. Exatas e da Terra

191.549C. Da Saúde

131.056C. Biológicas

Doutores em 2003 / Áreas do Conhecimento

1. Mudanças conceituais

2. Prioridades de CT em saúde

3. Capacidade em CT em saúde

3.1. Produção científica

3.2. Formação de doutores

4. Desafios e Perspectivas

PRINCIPAIS CENTROS DE PESQUISA MÉDICA NO PAÍS

• ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

• FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ( INCLUINDO O INSTITUTO

DO CORAÇÃO)

• FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

• FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

• FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

• FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

• FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

• FACULDADE DE CIÊNCIA MÉDICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

• FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

• FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

• INSTITUTO LUDWIG DE PESQUISA SOBRE O CÂNCER E FUNDAÇÃO ANTONIO PRUDENTE

Ciência no Brasil - ABC, 2002

Unidades de Pesquisa Clínica em

Hospitais de Ensino

1. SP – USP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina2. SP – USP, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto3. SP – UNESP, Campus de Botucatu – Faculdade de Medicina4. RJ – UFRJ, Hospital Universitário5. RJ – Hospital Universitário Antonio Pedro6. RJ – Instituto Nacional do Câncer7. RS – Hospital de Clínicas de Porto Alegre8. RS – PUC9. MG – UFMG, Hospital das Clínicas10. BA – UFBA, Hospital Universitário Professor Edgard Santos11. PE – Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira12. MA – Universidade Federal do Maranhão13. CE - Universidade Federal do Ceará14. GO – Universidade Federal de Goiás

DESAFIOS DE CT&I NA ÁREA MÉDICA

• Recuperação dos hospitais universitários como centros de pesquisa médica (equipes multidisciplinares).

• Reverter a noção de que o ensino profissional de medicina pode ser feito de maneira desvinculada da geração de conhecimento.

• Apoiar a criação, expansão ou consolidação de novos centros.

• Corrigir desvios da pós-graduação na área médica, reorientando-a para a formação de pesquisadores (carácter científico).

Ciência no Brasil - ABC, 2002

DESAFIOS DE CT&I NA ÁREA MÉDICA

• Promover a pesquisa colaborativa em rede para responder

rapidamente a questões relevantes.

• Promover a pesquisa médica em associação com pesquisa

básica para geração de conhecimento genuinamente nacional

em questões específicas, e também como forma de estruturar

um setor produtivo na área de tecnologia ligada à saúde.

• Selecionar objetivos restritos com prioridade para promover

o desenvolvimento tecnológico (equipamentos e

medicamentos).

Ciência no Brasil - ABC, 2002