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EDINO KRIEGER sonoridades plásticas

Catálogo Edino Krieger - Sonoridades Plásticas (2014)

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EDINO KRIEGERsonoridades plásticas

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SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO – SESC

Presidente do Conselho NacionalAntônio Oliveira Santos

Diretor GeralMaron Emile Abi-Abib

Diretor de Educação e CulturaNivaldo da Costa Pereira

Gerente de CulturaMárcia Costa Rodrigues

Equipe de MúsicaSylvia Letícia Guida, Gilberto Figueiredo e Thiago Sias

Equipe de Artes PlásticasCaroline Souza, Leidiane Carvalho e Lúcia Mattos

SESC PERNAMBUCO

PresidenteJosias Silva de Albuquerque

Diretor RegionalAntônio Inocêncio Lima

OuvidorFernando Soares

Diretor de Administração e FinançasWladimir Paulino Vilela Diretora de Educação e CulturaTeresa Cristina da Rosa Ferraz

Diretora de Atividades SociaisSílvia Cavadinha Cândido dos Santos

Gerente de CulturaJosé Manoel Sobrinho

Assessora de ComunicaçãoMaíra Rosas

Professoras IISônia GuimarãesValkiria Dias Porto

EstagiáriosEdelson MoraisMorgana Brandão

SESC SANTO AMARO

GerenteRicardo Melo

Supervisora de CulturaAilma Andrade

Supervisora de Cultura InterinaÍris Campos

ProfessoresAlexandro SobreiraMary Ruth

EstagiáriosPatrícia de Lima Philipe MoreiraDiogo Lopes

EXPOSIÇÃO EDINO KRIEGER SONORIDADES PLÁSTICAS

CuradoriaLúcia Padilha Cardoso

ProduçãoLúcia Padilha CardosoHassan Santos

Elaboração de Conteúdo & CatálogoLúcia Padilha CardosoHassan Santos

Projeto GráficoHassan Santos

Artistas ConvidadosJoelson GomesRicardo Brazileiro

ExpografiaLúcia Padilha Cardoso

MontagemHassan SantosRômulo Nascimento

Tratamento das ImagensHassan SantosRaíssa Moraes (Retrographie Atelier de Imagem)

MOSTRA SONORA BRASIL

Assistente de ProduçãoFernanda Pinheiro

Mediadores Rafael CadenaEric dos Santos

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A exposição Edino Krieger – Sonoridades Plásticas

apresenta obras que revelam as relações poéticas

entre a música e as artes visuais. A mostra faz

parte da programação do Sonora Brasil realizado

pelo SESC Pernambuco, no Teatro Hermilo Borba

Filho, em Recife.

A partir de uma curadoria educativa, a exposição

tem a intenção de fortalecer o Sonora Brasil

no seu programa de formação de ouvintes e do

público apreciador das artes. Composta por dois

núcleos expositivos, a mostra traz trabalhos que

estabelecem o diálogo entre esses dois universos

artísticos: o som e a imagem.

A vida e obra de Edino Krieger, compositor

e criador das Bienais de Música Brasileira

Contemporânea, compõe o primeiro núcleo da

exposição. Olhar para a obra desse consagrado

músico permite conhecer a história da produção

musical brasileira e montar um painel sonoro das

correntes estéticas que atuam no Brasil.

No segundo núcleo expositivo, imagens de pinturas

da história da arte revelam o som em três modos:

o som dos instrumentos, o som da dança e o som

da voz. Mais duas obras integram este núcleo: as

esculturas sonoras “Infinitamente” de Joelson Gomes

e a instalação “ILUminado” de Ricardo Brazileiro.

Todas as obras mostram diálogos sonoro-visuais em

diferentes linguagens da arte – pintura, escultura

e tecnologias contemporâneas.

Conhecer a exposição Edino Krieger – Sonoridades

Plásticas é um convite para novas experiências

perceptivas e cognitivas e para outro entendimento

do som e da imagem como elementos estéticos na

arte que, quando juntos, diluem as fronteiras entre

a música e as artes visuais, criando infinitas

composições.

EDINO KRIEGERsonoridades plásticas

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Edino Kriegercompositor, crítico e produtor musicalEdino Krieger nasceu em 17 de março de 1928 na cidade de Brusque, Santa Catarina. Aos 7 anos, iniciou os estudos de violino com seu pai, Aldo Krieger. A partir dos 9 anos, realizou recitais de violino em diversas cidades e aos 15 anos foi para o Rio de Janeiro estudar no Conservatório Brasileiro de Música. Teve uma formação complementar nos Estados Unidos e em Londres.

Sua carreira é coroada de prêmios, distinções e homenagens. Foi crítico musical nos jornais Tribuna da Imprensa e Jornal do Brasil produzindo aproximadamente 700 críticas de grande valor documental. Foi produtor musical dos Concursos Corais do Jornal do Brasil, o Projeto Memória Musical Brasileira (Promemus), os Festivais de Música da Guanabara e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea (BMBC).

Edino Krieger aos 9 anos de idade

Edino Krieger aos 19 anos de idade

Vinicius de Moraes e Edino Krieger no Maracanãzinho para o IIº Festival Internacional da Canção Popular, em 1967

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Como compositor, seu catálogo inclui obras para orquestra sinfônica e de câmara, oratórios, música de câmara, obras para coro e para vozes e instrumentos solistas, alem de partituras incidentais para teatro e cinema. Suas composições têm sido executadas com frequência no Brasil e no exterior.S u a o b r a a p a r e c e referenciada em diversos textos musicológicos, verbetes de enciclopédias e dicionários de música. Em 1998, foi eleito presidente da Academia Brasileira de Música.

Orquestra Sinfônica Nacional sob a regência de Edino Krieger, na Rádio MEC, em 1962

Detalhe da primeira composição de Edino Krieger.

Edino Krieger e Carlos Scliar. Ao fundo quadro de Scliar pintado sobre partituras de Edino Krieger. 1996.

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Bienal de MúsicaBrasileira ContemporâneaA Bienal de Música Brasileira Contemporânea é um festival realizado desde 1975, no Rio de Janeiro. Edino Krieger concebeu as Bienais e as implementou em parceria com a professora e empresária Myrian Dauelsberg — então diretora da Sala Cecília Meireles, onde aconteceram as três primeiras edições. A partir da quarta edição, as Bienais foram apoiadas pela Fundação Nacional de Artes - Funarte.

A Bienal ocorre sempre em anos ímpares no Rio de Janeiro e acolhe compositores de todas as tendências e gerações, abrindo espaço para talentos jovens e desconhecidos, e assegurando ainda espaço para os compositores já reconhecidos nacional e internacionalmente. O alcance de sua ação deu uma nova dimensão ao panorama da música brasileira. Em 2013, a Bienal de Música Brasileira Contemporânea chegou à sua 20ª edição.

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Sonora Brasilformação de ouvintes musicais

Em 2013-2014, na sua 16ª edição, o projeto apresenta os temas “Tambores e Batuques” e “Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea”, com a participação de grupos convidados. O Sonora Brasil tem a proposta de despertar no público novos hábitos de apreciação musical, promovendo apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a pureza do som e a qualidade das obras e de seus intérpretes.

O Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais é um projeto temático que tem como objetivo desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil. É um dos maiores projetos de circulação musical do país. A ação possibilita às populações o contato com a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pelo SESC, visando à formação de plateia.

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Sonoridades Plásticas

Pré-História40000 a.C. a 4000 a.C.

Instrumentos musicaispré-históricos

Egito: primeirasnotas musicais

Trovadores medievais

Arte Medieval

Arte Clássica Greco-Romana

Arte Rupeste

Idade Média500 a 1500

Antiguidade4000 a.C a 500 d.C.

Esta linha do tempo mostra alguns dos caminhos percorridos pela música e pelas artes visuais ao longo da história da humanidade. Com ela, você poderá viajar no tempo e perceber como se deu, e ainda se dá, o encontro encantado entre o som e a imagem.

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Linha do Tempoda Música &das Artes Visuais

Trovadores medievais

Música Clássica

Jazz

Música Eletrônica

Rock

Arte e TecnologiaArte Pop

CubismoArte Medieval Impressionismo

Idade Moderna1500 a 1900

Idade Contemporânea1900 até os dias atuais

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O Som dos InstrumentosAo longo da história da arte, muitos artistas retrataram músicos com seus instrumentos, revelando um universo de personagens e sons que despertam a nossa sensibilidade e imaginação para “ouvir” aquela imagem. Cada instrumento musical emite um som diferente e pode ser classificado por sua natureza sonora – por exemplo, instrumento de som grave e de som agudo - ou por famílias, como os instrumentos de cordas, de sopro, de teclado e de percussão. Conhecer os instrumentos musicais é também um convite para adentrar nestas obras e escutar o som que se vê.

Amedeo ModiglianiO Violoncelista, 1909Óleo sobre tela

Paul CézanneMenina ao Piano, 1870Óleo sobre tela

Francisco GoyaPastor Tocando Flauta, 1787Óleo sobre tela

CaravaggioOs Músicos, 1585Óleo sobre tela

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Você consegue imagimar o som destas imagens?

Edgar DegasA Óquestrada Ópera,1870Óleo sobre tela

Jean Baptist DebretMarimba,(Passeio de Domingo à Tarde)Aquarela

Enerst Ludwig Kichner Violinista, 1937Óleo sobre tela

Pierre-August RenoirRetrato das Filhas de CatulleMendes ao Piano, 1888Óleo sobre tela

Édouard ManetLição de Música, 1870Óleo sobre tela

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Henri RousseauO Centenário da Independência,1892Óleo sobre tela

Albert EckhoutDança dos Ta-puias, 1641-1644Óleo sobre tela

O Som da DançaMuitas pinturas da história da arte mostram a dança de épocas e estilos diversos, como a dança solo, dança em dupla, em grupo, danças folclóricas, de cerimônias cotidianas ou históricas. Estas obras sempre buscam representar os movimentos do corpo e o ritmo de uma pessoa, ou um grupo de pessoas, dançando. Mais do que isso, estas imagens também nos convidam a imaginar os sons que embalam os movimentos da cena.

Quais som você imagina paraos movimentos e expressõesdos personagens?

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Henri De Toulouse-LautrecA Dança no Moulin Rouge, 1890Óleo sobre tela

Johann Moritz RugendasJogar Capoeira ou Dança da Guerra, 1835Litografia

Ernst Ludwig KircherDança, 1912Óleo sobre tela

Edgar DegasBailarina Verde, 1879Pastel e guache sobre tela

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O Som da VozA voz como instrumento para criar música está representada em pinturas de grandes artistas da história da arte. São cantadores, coros, cantoras de ópera, entre tantas outras personalidades do universo musical. Nestas imagens, os artistas retratam os personagens usando a voz aliado a gestos do corpo que provocam nossa imaginação para escutar o que está sendo cantado nas cenas.

Almeida JuniorO Violeiro, 1899Óleo sobre tela

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DegasCantora do Café Concerto, 1878Óleo sobre tela

CaravaggioOs três músicos,1595Óleo sobre tela

Lorenzo CostaConcerto, 1490Óleo sobre tela

Você consegue imaginara música que eles estãocantando?

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InfinitamenteJoelson GomesA música e suas infinitas possibilidades para transformar estados de espíritos são a inspiração para a instalação sonora “Infinitamente” de Joelson Gomes. A obra tem como proposta uma experiência sonora a partir da interação do público com a instalação, composta por pássaros de cerâmica e caixas de músicas que podem ser manuseadas pelo espectador. Ao acionar as manivelas das esculturas-pássaros, os sons das músicas clássicas preenchem o espaço, provocando uma imersão sonora e convidando o público a ser coautor da obra “Infinitamente”.

Joelson Gomes (PE) – artista visual, começou a trabalhar nos anos 80 com desenho e pintura e realizou várias exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Nos anos 90, começou a trabalhar mais intensamente com cerâmica criando uma obra singular, onde objetos populares de barro, como pratos e moringas, são apropriados pelo artista em seu trabalho. Suas obras ganham desenhos feitos com pigmentos naturais, perdem a função original e viram arte. O artista atua também na área de cinema, teatro, performance, moda e vídeo.

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ILUminadoRicardo BrazileiroA instalação sonora “ILUminado” reconhece gestos e movimentos e transforma-os em novas sonoridades e timbres, funcionando como uma interface e um ambiente de composição interativo. O público participa da obra ao tocar na pele de um tambor cheio de luz, uma adaptação do ilú – um instrumento de percussão de matriz africana. Especialmente montada para o compositor Edino Krieger, com samples e trechos sonoros de sua obra embarcados no tambor, é um convite para tocar parte da sua criação e vivenciar uma experiência simultânea com música, tecnologia livre e artes visuais.

Ricardo Brazileiro (PE) - artista multimídia, mestre em Ciências da Computação pela UFPE, atua nas interseções entre arte e tecnologias contemporâneas. Desenvolve dispositivos embarcados, aparatos interativos visuais e sonoros e intervenções expandidas. É sócio-fundador da 3E, um laboratório de arte, tecnologias e subjetividades. Em 2005, iniciou sua trajetória artística por meio de diferentes coletivos de mídias digitais. Participou de festivais internacionais de arte e tecnologia.

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Para saber mais Livros Edino Krieger - Crítico Produtor Musical e Compositor - Volumes I e IIErmelinda Paz. Rio de Janeiro: SESC, Departamento Nacional, 2012 A História da ArteGOMBRICH, E. H. Rio de Janeiro: LTC, 1999. Sites

Academia Brasileira de Música - www.abmusica.org.brSonora Brasil – SESC - www.sesc.com.br/portal/site/sonorabrasil Dicas de Filmes Fantasia (2000) – Walt DisneyAllegro non troppo (1976) – Bruno Bozzetto

Você sabia?

Música é conteúdo obrigatório na Educação BásicaDesde 2012, todas as escolas devem incluir o ensino de Música em seus currículos. A Lei número 11.769, de 2008, obriga toda escola do Brasil a ter aulas de música ou incluir esse conteúdo nas aulas de artes dos ensinos infantil e fundamental. O objetivo não é aprender a tocar um instrumento ou a cantar, mas desenvolver a musicalização (ritmo, coordenação motora, audição, entre outros).

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Todas as pinturas da história da arte mostradas neste catálogo estão no domínio público do mundo todo. Suas reproduções foram cedidas pela “Coleção de reproduções compiladas pelo The Yorck Project” - Wikimedia Commons (commons.wikimedia.org)

As demais imagens fazem parte da publicação oficial do projeto Sonora Brasil: “Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea: circuito 2013-2014” (Rio de Janeiro: Sesc, Departamento Nacional, 2013) e do livro “Edino Krieger - Crítico Produtor Musical e Compositor - Volumes I e II”, de Ermelinda Paz (Rio de Janeiro: SESC, Departamento Nacional, 2012). Suas reproduções foram cedidas pelo Sesc.

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16 a 28 de agosto2014

Teatro Hermilo Borba FilhoCais do Apolo, s/n, Bairro do Recife

Recife - PE

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