Empreendedores - perfil e requisitos para o desafio do mundo dos negócios

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Empreendedores - perfil e requisitos para o desafio do mundo dos negócios. SEMANA ACADÊMICA Curso de Agronomia Universidade Federal de Vi ç osa Mar ç o/2006 Prof. Dr. João Bento Oliveira Faculdade de Gestão e Neg ó cios Universidade Federal de Uberlândia - UFU jbento@ufu.br. - PowerPoint PPT Presentation

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Empreendedores - perfil e requisitos para o desafio do mundo dos negócios

SEMANA ACADÊMICACurso de Agronomia

Universidade Federal de Viçosa Março/2006

Prof. Dr. João Bento OliveiraFaculdade de Gestão e Negócios

Universidade Federal de Uberlândia - UFUjbento@ufu.br

A IMPORTÂNCIA DAS UNIVERSIDADES ESCOLAS TÉCNICAS PARA AS EMPRESAS

Com a globalização dos mercados a universidade passou a ser vista como:

uma fonte importante de tecnologia para fornecer a competitividade e sobrevivência para as empresas;

uma fonte de funcionários altamente qualificados.

A IMPORTÂNCIA DAS UNIVERSIDADES E ESCOLAS TÉCNICAS PARA AS EMPRESAS (2) E mais: Considerando que 80% das pesquisas no

Brasil vêm das universidades e instituições de ensino públicas,

As empresas precisam: ter acesso ao corpo docente para receber

consultoria, elaborar projetos conjuntos, etc.;

ter acesso às instalações de ensino, como laboratórios, sistemas de informação e bibliotecas.

Considerações sobre universidades americanas A partir da lei Bayh-Dole Act de 1980, as

universidades dos EUA puderam negociar os resultados de suas pesquisas em parcerias com as empresas.

Em 2000, as invenções universitárias criaram 280.000 empregos e geraram US$ 33,5 bilhões na economia americana.

Uma medida de desempenho dessas universidades é o faturamento em royalties.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO TRADICIONAL NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Orientação para o emprego Cultura da "grande empresa" no

ensino

Baixa percepção da importância das PME’s para o desenvolvimento econômico

Distanciamento dos "sistemas de suporte”

SISTEMAS DE SUPORTE

Desenvolvimento econômico: governos nos níveis municipal, estadual e federal

Forças produtivas: Aciub, Fiemg, IEL, CDL, entidades sem fins lucrativos, etc

Empresas Sebrae (entidade de apoio às micro e pequenas

empresas, com programas de treinamento, etc.) Incubadoras de Empresas Órgãos de mídia

Sistema Brasileiro de C&T e de estímulo à pesquisa científica

Os doutores que retornam ao Brasil após a pós-graduação, vão trabalhar nas universidades (IEL-Nacional).

Os doutores que retornam à Coréia vão trabalhar nas indústrias.

A Coréia produz muito mais patentes que o Brasil.

Distorção no Sistema Brasileiro de C&T. Distribuição de Pesquisadores e Eng. de P&D.

0

10

20

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80

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EUA Japão Alemanha Inglaterra França Itália Canadá Brasil

Indústria Governo Universidade

Resultado da distorção no Sistema Brasileiro de C&T

Poucos cientistas e engenheiros nas empresas 23% dos cientistas brasileiros trabalham em

empresas Brasil: < 29.000, < 23% do total no país Coréia: 94.000, 54% do total no país EUA: 790.000, 80% do total no país

Limitada conversão de conhecimento em desenvolvimento empresas é que geram riqueza a Ciência avança mais, a Competitividade

menos

Outro resultado da distorção, é a baixa presença mundial em C&T. Artigos e Patentes:

0%

2%

4%

6%

8%

Brasil UK Alem. França Itália Israel Coréia

% d

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% dos artigos publicados

% patentes reg. nos EUA

I- Patentes concedidas a invenções estrangeiras no USPTO (Governo Americano)

1990 2000 BRASIL = 45 125 CINGAPURA = 16 304 CORÉIA DO SUL = 290 3.763 TAIWAN = 861 6.545

Até o ano de 2000 o Brasil possuía apenas 0,07% das patentes concedidas no mundo apesar de deter 1,5% das publicações científicas mundiais.

II - O custo da importação de tecnologia para o Brasil

Na Coréia, os laboratórios de inovação passaram de cerca de 60 indústrias, em 81, para mais de 5 mil, em 2003.

Em 1992 o Brasil pagava US$ 200 milhões em royalties pela importação de inovação tecnológica.

Em 2003, passou a pagar US$ 3,5 bilhões.

E a Coréia superou, em 2000, o nosso PIB total. Os pequenos países asiáticos exportaram US$ 150 bilhões, em 2000, quase duas vezes mais do que o Brasil exportou em 2005.

Patentear, Publicar e Prosperar

Publicar só não tem impacto e nem aumenta a qualidade de vida.

As invenções brasileiras sem patentes podem aumentar a renda dos países ricos.

Ex: aconteceu com o captopril, identificado no veneno da jararaca, na USP-Ribeirão Preto, como novo princípio ativo de anti-hipertensivo. Publicado, virou o Capoten, faturando bilhões de dólares para o laboratório Bristol-Myers Squibb.

Patentear, Publicar e Prosperar (2) Em julho de 2004 foi lançado pelos

Correios, o selo com a estampa do brasileiro Nélio Nicolai, que inventou em 1981, o identificador de chamadas telefônicas Bina. Depois aprimorou sua invenção para celulares, e a idéia foi adotada em todo o mundo.

Se a Telebrás tivesse patenteado a invenção de seu ex-funcionário – o que não fez -, o Brasil estaria recebendo milhões em dólares por ano de royalties.

Tempo

Nível deAtividade

Pioneirismo

Crescimento

Declínio

Tecnologia TradicionalTecnologia Tradicional

Nova Tecnologia

Nova Tecnologia

Tecnologia BTecnologia B

Maturidade

Analisando as ondas da inovação de Analisando as ondas da inovação de Schumpeter, temos:Schumpeter, temos:

Gargalo da interação universidade-empresa

Diferentes culturas e missões Universidade:

disseminação e avanço do conhecimento Empresa:

Competitividade e sustentação financeira Conflitos:

sigilo tempo disponível pesquisar ensinando x pesquisar rápido natureza da pesquisa

desenvolvimento, pesq. aplicada e pesq. básica

Mitos da interação universidade-empresa

Financiamento da Pesquisa na Universidade: Nos EUA: indústria financia menos de

8% da pesquisa na universidade Motor do desenvolvimento tecnológico do

país Desenvolvimento Tecnológico é

assunto de empresas

Importância da InteraçãoUniversidade – Empresa

Contribuição para a universidade: Melhoria do ensino e da pesquisa Desafios trazidos pela Sociedade Influência nas ementas das disciplinas e temas

de pesquisa Experiência dos alunos

Contribuição para a empresa: Acesso a tecnologia de ponta Identificação de talentos

Importância da InteraçãoUniversidade – Empresa

O pesquisador tecnológico não tem experiência em marketing nem vendas

A experiência e a visão de mercado das empresas podem direcionar pesquisas que contribuirão para a comunidade.

Ex: a Sony utilizou o raio laser e criou o CD player, que revolucionou a industria de som.

Em lançamentos de novos remédios, os laboratórios gastam em marketing a quantia equivalente a 10 anos de pesquisa.

Resultados da pesquisa GEM – Global Entrepreneurship Monitor

Empreendedorismo é o fator que mais contribui para o bem estar econômico do país, tanto em crescimento econômico como na geração de empregos.

Um país com altas taxas de criação de novas empresas têm melhores condições de competir efetivamente.

O que as PME’s representam na

economia Brasileira?

98% número de empresas existentes60% número de empregos42% dos salários pagos72% das vendas no comércio56% das empresas prestadoras de serviços25% do PIB21% das exportações

Fonte: Sebrae

A Nova Ordem Mundial

Nas duas últimas décadas do século XX, as grandes empresas reduziram custos e o número de empregados.

As micro e pequenas empresas cresceram e fornecem produtos e serviços para as grandes.

A Nova Ordem Mundial

Na Índia, as empresas de inovação em software empregam 250 mil pessoas. É o segundo país exportador de software, com US$ 6 bilhões em 2001.

20/03/2006 (FSP) – A empresa americana Dell vai ampliar o número de funcionários na Índia para 20 mil em três anos.

Mão-de-obra já fluente em inglês e salários baixos são alguns dos diferenciais que atraem as empresas para a Índia.A região de Bangalore é um centro de tecnologia.

Nível de crescimento das EBTs e das PMEs tradicionais e modernas, e seu nível de risco

PMEsTradiciona

l

PMEs

Moderna

EBTs

baixo médio alto

Potencial de Crescimento

Relação Crescimento-Risco das Empresas de Base Tecnológica. Fonte: Dornberger e Becher, 2001.

alto

médio

baixo

Risco

InformáticaBiotecnologiaQuímica finaFarmácia

ConstruçãoTêxtilServiços

Comércio varejistaAlimentaçãoAlojamento

PMEsTradiciona

l

PMEs

Moderna

EBTs

baixo médio alto

Potencial de Crescimento

Relação Crescimento-Risco das Empresas de Base Tecnológica. Fonte: Dornberger e Becher, 2001.

alto

médio

baixo

Risco

InformáticaBiotecnologiaQuímica finaFarmácia

ConstruçãoTêxtilServiços

Comércio varejistaAlimentaçãoAlojamento

Experiências em Universidades Brasileiras: A Unicamp

Criou em 2003 a Agência de Inovação para a interação e parcerias com empresas, órgãos do governo, institutos e fundações.

Possui 377 pedidos depositados de patentes.

Quase 100 empresas da região nasceram da Unicamp, fruto da capacidade empreendedora de ex-alunos e professores.

A Unicamp (Cont.) Após pesquisa bem sucedida do genoma, os

pesquisadores foram estimulados por empresas a montar um laboratório para estudos nesta área.

Empresas dos setores de celulose (eucalipto), cana-de-açúcar, soja, uva (Califórnia) e laranja (problema da morte súbita nos laranjais). Cada pé de laranja plantado custa R$100, e estimou-se a morte de mais de 400.000 pés ($40mi.)

Ou seja, a solução para estes problemas vale muito mais do que os custos da pesquisa

Projetos na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Incubadora de empresas de base tecnológica na UFU. Inaugurada em 2004. (Parcerias Semcet, Secretaria Estadual de C & T, Sebrae, Fiemg, Aciub).

Seis empresas incubadas: Wolmer - cadeira de rodas eletrônica, Wcold - banheiro ecológico, Alergolab - diagnóstico de alergia, Probiotec - diagnóstico de desempenho de atletas, Nanobrax – (nanotecnologia) tratamento de efluentes, TI - telecomunicações wireless (start up, alunos, prof.,

empresa conhecimento de mercado e vendas). Seis patentes registradas.Em criação a Agência Intelecto, para auxilio em propriedade intelectual,

a luz da nova Lei da Inovação (Lei n.10.973, 2 dez 2004).

Quem são os Empreendedores? Quem são os Empreendedores?

Quem são os EMPREENDEDORES?

Ser empreendedor não é somente uma questão de acumulo de conhecimento, mas de introjeção de valores, atitudes, comportamentos, formas de percepção do mundo e de si voltados para atividades em que o risco, a capacidade de inovar, perseverar e de conviver com a incerteza são indispensáveis.

Não se pode dissociar o empreendedor da empresa que criou: a empresa tem a cara do dono.

Ex: Martins, Algar, Votorantim, Pão de Açúcar, Microsoft

Definição completa de empreendedorismo (Filion, 1991) ¨O empreendedor é uma pessoa criativa,

marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e procura detectar oportunidades de negócios.

Continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação.¨

Ou resumidamente, ¨um empreendedor é uma pessoa que

imagina, desenvolve e concretiza visões.¨

Definição de empreendedorismo – contribuições de outros autores

¨ Pessoa que em uma empresa introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer propaganda de seus produtos e ou serviços, agregando novos valores; ¨ (Babson School)

Ex: Côco Express. Além de desenvolver equipamento, criou forma de venda com franquia.

Empreendedorismo

CORRENTE DO EMPREENDEDORISMO

CRIATIVIDADE INOVAÇÃO EMPREENDEDORISMO

Pensar Novas Coisas

Fazer / Criar Novas Coisas

Criar Valor No Mercado

A TRANSFORMAÇÃO DE UMA IDÉIA EM REALIDADE

Música FotoVídeo

Voz

Fonte: Emanuel Ferreira Leite

Aprendizagem para o empreendedor

Conhecimento sobre o negócio; Habilidade para montar, manter e

desenvolver seu empreendimento; Atitude de quem sabe aonde quer

chegar e se preocupa em fazer bem feito.

Possíveis competências para parcerias

Técnico Líder Relacionamento Capital Administrativo Criação

Articulação verbal

Negociação Estrategista Personalidade Credibilidade Redação

Não se iluda sobre suas competências, seja realista

Tem-se que complementar. Sozinho não dá para fazer muita coisa.

Exemplo: Bill Gates – aparece na mídia Steve Colvey – está por trás

elaborando estratégia

Importância da parceria

É melhor uma má idéia com uma boa equipe do que uma boa idéia sem equipe nenhuma (autor desconhecido).

Empreendedores brasileiros

(PE&GN, 15/3/2006).

De acordo com pesquisa do GEM, em 2004, dentre 37 países, o Brasil foi o 7o país mais empreendedor.

Para o Sebrae, a pesquisa também revela dados preocupantes:

os empreendedores brasileiros não oferecem produtos novos;

atuam em setores onde a concorrência já é elevada, como educação e vestuário;

atuam no varejo, oferecendo produtos diretamente ao consumidor, e não para empresas;

não exploram tecnologias avançadas; e têm pouco capital.

Empreendedores brasileiros Além disso, segundo reportagem no site Globo

Online, o estudo aponta que dois terços dos novos negócios investem menos de 10.000 reais e 22% aplicam menos de 2.000 reais.

As principais dificuldades encontradas para abrir um novo negócio são:

a falta de dinheiro, a falta de políticas públicas adequadas que

reduzam tributos e burocracia, (procura-se reduzir a pobreza mas não se valoriza o empreendedorismo), e

a falta de acesso a infra-estrutura (espaço físico).

Elementos da profissão de empreendedor:

10 atividades críticas (Filion)

Elementos da profissão de empreendedor: 10 atividades críticas (Filion)

1- Identificar oportunidades de negócios Característica: intuição. Reflexão ativa

e engajada sobre um tema de interesse.

Competência: pragmatismo (pé no chão).

Aprendizado: análise setorial. O cliente, líderes do mercado, distribuição, mkt...

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

2- Conceber visões Característica: identifica o nicho, define

espaço que pretende ocupar no mercado

Competência: imaginação, independência e paixão

Aprendizado: pensamento sistêmico

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

3- Tomar decisões Característica: julgamento, prudência.

(ser rentável, reduzir custos) Competência: visão. Lugar que quer

ocupar no mercado, como atingir o alvo Aprendizado: informação (que afeta o

negócio), risco (que pode suportar sem estressar).

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

4- Realizar visões Característica: constância, tenacidade

(não se desviar do objetivo da empresa) Competência: ação (ele é um dínamo) Aprendizado: feedback (ajustes

contínuos)

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

5- Fazer o equipamento funcionar Característica: habilidade Competência: polivalência (adaptar a

diversas formas de tecnologia) Aprendizado: técnica

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

6- Comprar Característica: perspicácia, pensar com

clareza, precisão sobre cenários futuros Competência: negociação Aprendizado: diagnosticar (o preço que

pagamos determinam os lucros)

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

7- Lançamento no mercado Característica: diferenciação,

originalidade Competência: integração (hábito de

consumo do cliente + publicidade etc) Aprendizado: marketing, gestão

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

8- Vender Característica: flexibilidade (ligado no

mercado) Competência: adaptação (pequena

modificação no produto pode torná-lo mais atraente ao consumidor)

Aprendizado: conhecer clientes

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

9- Cercar-se das pessoas certas Característica: julgamento, discernimento

(distribuição eficaz de tarefas às pessoas adequadas)

Competência: comunicação (delegar, reconhecer a necessidade de recorrer aos outros)

Aprendizado: gestão de recursos humanos

Profissão de empreendedorDez atividades críticas

10- Delegar Característica: prever e planejar (saber

escolher os colaboradores ou fornecedores terceirizados)

Competência: relações, equipe (se quiser crescer, deve-se apoiar em pessoas experientes e manter rede de relações de negócios)

Aprendizado: gestão operacional

• Obrigado pela atenção !

• Prof.Dr. João Bento Oliveira

• Faculdade de Gestão e Negócios

• UFU

• jbento@ufu.br

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