Espanha quer estreitar relações na Bahia · segundo o Banco Central, chegou a US$ 5 bilhões no...

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Cidade Tribuna da Bahia 11Quinta, 09/11/2017

Espanha quer estreitar relações na BahiaTerceiro maior investidor

no Brasil, atrás dos estadosUnidos e China, e com umamovimentação de US$ 64bilhões, a Espanha quer au-mentar a sua participação denegócios com o Brasil, am-pliando o leque de opçõescom uma maior participaçãode empresas baianas e es-panholas sediadas no Esta-do. Ao todo são 1.000 em-presas de pequeno, médio egrande porte que atuam nopaís, muitas delas na Bahia,principalmente no setor dehotelaria. Na próxima terça-feira a Câmara Espanhola deComércio no Brasil vai estarreunida pela primeira vez emSalvador com o objetivo deatrair empresários baianospara realizar parcerias comempresas e investidores es-panhóis no Estado. O eventovai acontecer no Fera PalaceHotel (antigo Palace Hotel) narua Chile, com um almoço emque vão estar presentes o pre-sidente da Câmara Espanho-la, Sérgio Rial, o prefeito deSalvador, ACM Neto, e empre-sários de diversos setores daeconomia baiana.

Conforme explicou a As-sessoria de Comunicação daCâmara Espanhola de Co-mércio no Brasil, o almoçotem como objetivo desenvol-ver e ampliar as relaçõeseconômicas entre Brasil eEspanha, a partir de Salva-dor . Será o primeiro encon-tro de relacionamento com oempresariado espanhol naBahia, com a proposta dediscutir as oportunidades denegócios locais entre Brasil

ADILSON FONSÊCAREPÓRTER

HENRIQUE AMBROSIOExecutivo da Air Europa integra a comitiva espanhola

e Espanha.Segundo os últimos da-

dos do Banco Central, o Bra-sil tem aproximadamente1.000 empresas com capitalde origem espanhol atuandono país. O país é o terceirono Brasil em volume de in-vestimentos, com desta-ques para os setores de in-formação e comunicação,indústrias de transformação,atividades financeiras, ban-cos e de seguros, concessi-onárias de,eletricidade e gás,construção e turismo.

EQUILÍBRIOO comércio direto entre

o Brasil e a Espanha, aindasegundo o Banco Central,chegou a US$ 5 bilhões noano passado, com uma ba-lança comercial equilibradaentre importações e exporta-

ções. O executivo da Air Eu-ropa no Brasil, e integranteda comitiva espanhola queestará em Salvador na próxi-ma terça-feira, Henrique Am-brósio, disse que a propostaé transformar Salvador comoum dos polos de investimen-tos no Brasil.

A Câmara Oficial Espa-nhola de Comércio no Brasilé uma associação empresa-rial que atua há mais de 60anos no país, criando opor-tunidades de negócios noBrasil e na Espanha. Contaatualmente com cerca de240 empresas associadasdos mais diversos setores,portes e nacionalidades. Es-sas empresas tem cerca de40% de capital como fonteprincipal. Segundo os dadosda Câmara do Comércio,das mil empresas de origem

de capital espanhol que atu-am no Brasil, 65% são depequeno porte (154 empre-sas com até 50 funcionários);21% porte médio (51 empre-sas com até 300 funcionári-os); e 14% grande porte (34empresas mais de 300 fun-cionários).

As principais áreas deatuação são Alimentos/Bebi-das (08 empresas), Arquite-tura/Construção/Engenharia(11 empresas), Auditoria/Consultoria e Contabilidade(25 empresas), Comércioexterior (06 empresas), Co-municação (09 empresas),Educação (06 empresas),Energia e Infraestrutura(21 empresas), Indústria (11empresas), Informática eTecnologia (12 empresas),Financeiro (07 empresas),Jurídico (31 empresas), Meio

O impasse entre rodovi-ários e empresas de ônibuscontinua. Na manhã de on-tem, depois de um protestono qual os motoristas nãoentraram nas estações deintegração com o metrô,motivado pelo não funciona-mento do cartão de transpor-te da categoria no sistemametroviário, uma reuniãocom representantes da Se-cretaria de Mobilidade (Se-mob), Sindicato dos Rodovi-ários e dos empresários pararesolver a questão terminousem acordo.

Segundo Daniel Mota,diretor de comunicaçãodo Sindicato dos Rodoviáriosno Estado da Bahia, depoisde várias propostas, se viu anecessidade de convocar oGoverno do Estado, por meioda Secretaria de Desenvolvi-mento Urbano (Sedur), paraa negociação. A reunião estámarcada para a próxima se-gunda-feira (13), na sede daSedur, em horário ainda nãodefinido.

“Nós chegamos à con-clusão que o problema nãoenvolve só o município. O ro-doviário não está conseguin-do utilizar seu vale de trans-porte no metrô, então por issoque convocamos também aCCR, o Governo do Estadoe o Seteps para essa reuniãona Sedur”, disse Fábio Mota,titular da Semob.

REIVINDICAÇÃOCom o cartão de trans-

porte, o rodoviário consegueutilizar gratuitamente os ôni-bus e fazer a integração en-tre eles. Mas quando aces-

Em protesto, rodoviários não entram nas estaçõessa o metrô ele tem que pa-gar a passagem, o que es-taria gerando um custo ex-tra para a categoria. O obje-tivo do sindicato é conquis-tar o direito de fazer a inte-gração nos dois modais, as-sim como já acontece como restante da população.

“Temos quase um anoconversando com a prefeitu-ra. Tivemos que parar hoje,porque chegamos no nossolimite, o motorista e o cobra-dor está tendo que pagarpassagem para trabalhar. Senão tiver acordo, vamos con-vocar uma greve geral no es-tado”, disse Daniel Mota.

GOVERNOPara o governador Rui

Costa, compete ao emprega-dor fornecer o acesso aosmeios de transporte para ocolaborador. “Cada emprega-dor responde pelo passe deseus empregados. É assimno comércio, na indústria. OGoverno do Estado, inclusi-ve, vai dar o cartão ao últimosegmento que não tinha, queé a Polícia Militar, e assumiros custos disso. Então , asempresas de ônibus, que sãoas empregadoras, devemcumprir sua obrigação traba-lhista e entregar os cartõesde acesso ao transporte pú-blico aos seus funcionários”,pontuou.

PREFEITURA

O prefeito ACM Neto fa-lou com os jornalistas sobreos protestos, durante a aber-tura do 1º Encontro de Ges-tores Municipais, no Shera-ton da Bahia Hotel, no Cam-po Grande. De acordo como prefeito, um encontro de-verá ser realizado até esta

sexta-feira (10), a pedido dopróprio Sindicato dos Rodo-viários, para ouvir as reivindi-cações e tentar soluções queestejam dentro da competên-cia municipal.

“Sempre dialogamoscom os rodoviários. No en-tanto, é preciso saber os li-mites de cada um. Aproveitopara chamar a atenção deque o nosso sistema urbanoestá vivendo momentos difí-ceis, a Prefeitura impôs umasérie de situações, a últimafoi a integração, sem queisso significasse aumento detarifa ou concessão de sub-sídios. Além disso, a defini-ção de tarifa e gratuidade dometrô cabe ao governo doestado, que é o poder con-cedente, não cabe à Prefei-tura. Vamos ouvir, recolhersugestões e intermediar o di-álogo entre as partes, masnão temos a solução no nos-so poder. Os rodoviários sa-bem que a Prefeitura é par-ceira deles e sempre esteveao lado dos seus interes-ses”, pontuou ACM Neto.

TRANSTORNOS

Quem depende do trans-porte coletivo em Salvadorenfrentou transtornos no iní-cio da manhã de ontem. Devido ao protesto dos rodo-viários, os ônibus pararam, demaneira improvisada, foradas estações de Mussurun-ga, Acesso Norte, Lapa, Pi-rajá e Rodoviária, o que re-fletiu no trânsito.

Quem passava pela Ave-nida Paralela, ACM e Rótulado Abacaxi, por volta das 7h,enfrentou pontos de reten-ção, já que os coletivos usa-vam a faixa da direita e for-mavam fila dupla em alguns

trechos.A Estação Pirajá, por

exemplo, esteve fechada até8h. Os ônibus paravam dolado de fora apenas para dei-xar os passageiros. Quemprecisava embarcar tinha queir até o metrô ou caminharpara a BR em busca de ou-tra condução para chegar aodestino.

O mototaxista Jorge Gra-ça trabalha na porta da esta-ção há dez anos. Segundoele, mais de 100 profissio-nais ofereciam o serviço on-tem durante o protesto. “Eucheguei 5h30 aqui e já fizseis corridas. Isso é bom,porque geralmente faço duasou três pela manhã. Fariamais se tivesse menosmoto”, revelou.

Mas mesmo depois dofim do protesto, os passagei-ros ainda sentiam os efeitosda paralisação. Roberto Limachegou na Estação Pirajáquando ela ainda estava fe-chada. Atrasado para o tra-balho, o auxiliar de serviçogerais esperou até 9h24 porum ônibus para FazendaGrande 4. Já a estudante deServiço Social Tamires Limarevelou que havia marcadopara encontrar uma colega defaculdade na mesma esta-ção de transbordo. Elas iramfazer, juntas, um trabalho decampo da faculdade. O com-promisso foi interrompidoporque as amigas não con-seguiram se encontrar. “Fi-quei mais de uma hora nolargo de Pirajá esperando enão passava nenhum ônibuspara a estação. E quando euconsegui pegar ele ainda veiodevagar, por causa do engar-rafamento”, completou a jo-vem.

SERGIO RIALPresidente da Câmara Espanhola estará no evento

Ambiente e saneamento (04empresas), Recursos Huma-nos/Imigração (07 empre-sas), Segurança (04 empre-sas), Seguros (09 empre-sas), Telecomunicações (06empresas), Turismo (06 em-presas), Outros (agronegóci-os, esporte, imobiliário, saú-de, associações, pessoasfísicas) com 56 empresas.

Juntas, essas empresasmovimentam US$ 124 bi-lhões, dos quais o setor deInformação e comunicação(US$ 15 bilhões), Indústriasde transformação (US$ 13 bi-lhões ), Atividades financei-ras, de seguros e serviçosrelacionados (US$ 13 bi-lhões), Indústrias extrativas(US$ 11 bilhões), Eletricida-de e gás (US$ 6.38 bilhões)e Construção (US$ 1.74 bi-lhões).

INTEGRAÇÃO

Mega-SenaprometeR$19 milhõesnesta quinta

A Mega-Sena promete,nesta quinta (9), o prêmio deR$19 milhões ao apostadorque acertar os seis núme-ros da sorte. O concurso1.986 será sorteado a partirdas 20h (horário de Brasília)no Caminhão da Sorte daCAIXA que está em Brasília(DF), estacionado na quadra302 da Samambaia.

Caso apenas um ga-nhador leve o prêmio daMega-Sena e aplique todo ovalor na Poupança da CAI-XA, receberá cerca de R$ 90mil em rendimentos men-sais.

Ou, se preferir, podecomprar 47 imóveis deR$400 mil cada, ou uma fro-ta de 633 carros populares. As apostas podem ser fei-tas até às 19h (horário deBrasília) da quinta-feira emqualquer lotérica do país.

Clientes com acesso aoInternet Banking CAIXA po-dem fazer suas apostas naMega-Sena pelo seu compu-tador pessoal, tablet ousmartphone. Para isso, bas-ta ter conta corrente no ban-co e ser maior de 18 anos.

Gasolina acumula aumento de mais de 25%COMBUSTÍVEL

O Sindicato do Comérciode Combustíveis, EnergiasAlternativas e Lojas de Con-veniências do Estado daBahia (SindicombustíveisBahia) informa que continu-am subindo os preços e oscustos dos combustíveis. Dejulho a novembro, a partir doaumento do PIS e da Cofins(R$ 0,30 para gasolina e deR$ 0,197 para o Diesel S10e S500) e dos aumentos daPetrobras, quase diários, agasolina aumentou 20,7 %,o diesel S10, 26,5%, e S500,25,8%. Com o aumento da

última sexta-feira (03/11), oacúmulo chega a mais de25% na gasolina e de maisde 32% para o diesel S10 eS500, impactando em todaa cadeia de comercializaçãodo produto.

O presidente do sindica-to, José Augusto Costa, res-salta que os preços são li-vres em todas as etapas deprodução, distribuição e re-venda, cabendo aos agentesdeterminar seus preços combase em suas estruturas decusto. “Entretanto, é impor-tante manter a sociedade in-

formada sobre as alteraçõesocorridas em outros elos domercado de abastecimento,evitando assim que os pos-tos de combustíveis, facemais visível dessa complexacadeia, sejam responsabili-zados por aumentos que fo-rem repassados”, declara.

Na atual composição dopreço da gasolina, os tribu-tos representam 45%, qua-se a metade do preço, sen-do tributos estaduais (R$1,117) e federais (R$0,652),tomando como base o preçode Salvador de R$ 3,935

(pesquisa ANP de 30/10 a 4/11). Na composição do die-sel, os tributos representam34% para o S10 e 33% parao S500, sendo tributos esta-duais (R$ 0,605 S10 e R$0,569 S500) e federais(R$0,471 S10 e S 500), to-mando como base o preçode Salvador de R$ 3,246 eR$ 3,130, respectivamente(pesquisa ANP de 30/10 a 4/11). Além dos tributos, há oscustos com distribuição, fre-te, mão de obra (frentistas),aluguéis, cartões, energia,manutenção, etc.

PRÊMIO

JORDÂNIA FREITASREPÓRTER