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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA MESTRADO EM ODONTOLOGIA
ESTUDO IN VITRO DA MICROINFILTRACcedilAtildeO MARGINAL
EM REPAROS DE RESTAURACcedilOtildeES Agrave AMAacuteLGAMA
DANIELA ARAUacuteJO VELOSO
SALVADOR 2004
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA MESTRADO EM ODONTOLOGIA
ESTUDO IN VITRO DA MICROINFILTRACcedilAtildeO MARGINAL
EM REPAROS DE RESTAURACcedilOtildeES Agrave AMAacuteLGAMA
DANIELA ARAUacuteJO VELOSO
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Mestrado em Odontologia da UFBA aacuterea de concentraccedilatildeo em Cliacutenica Odontoloacutegica como parte dos preacute-requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Odontologia
Orientadora Profordf Drordf Luciana Maria Pedreira Ramalho
SALVADOR 2004
VELOSO Daniela Arauacutejo Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos de restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama Daniela Arauacutejo Veloso Salvador UFBA Faculdade de Odontologia 2004
85F
Dissertaccedilatildeo Mestrado em Odontologia ( Cliacutenicas Odontoloacutegicas)
1Reparo 2 Amaacutelgama 3Microinfiltraccedilatildeo Marginal
I- Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Odontologia II-Tiacutetulo
DEDICATOacuteRIA
Dedicada aos meus pais porque os meacuteritos desta conquista a eles
pertencem
AGRADECIMENTOS
A Deus e agrave Nossa Senhora da Rosa Miacutestica a Quem ofereci o meu acircnimo
para estudar o meu trabalho os meus ideais e os frutos que deles nascessem A
Quem pedi coragem vontade paciecircncia esperanccedila verdade e a possibilidade de
continuar oferecendo ciecircncia A Quem me responde em todos os momentos com
suas becircnccedilatildeos
Agrave Mamatildee e Papai agrave Valeacuteria e Wagner pela incondicional torcida e por
outras tantas oportunidades que me trouxeram e trazem
Agrave minha orientadora Luciana Ramalho pelo impulso pela chave Por me
fazer entender que as respostas estatildeo em mim mesma Pela seguranccedila pelo
sorriso pelo exemplo
Ao Prof Dr Siacutelvio Albergaria e agrave Profordf Drordf Gardecircnia Zumaeta por
engrandecerem este trabalho de forma decisiva e brilhante
Agrave escola de Odontologia de Trecircs Coraccedilotildees
UNINCOR pelo
compromisso de seus mestres em especial aos Profs Drs Alberto Luiacutes Felipe e
Ronaldo de Souza Ruela por terem me despertado vocaccedilotildees
Ao meu cunhado Ricardo pela disponibilidade Aos amigos Adriana
Benquerer Adriana Queiroz Cida Vieira Henrique Arruda Herciacutelio Martelli Jr e
Luis Henrique Silveira pela atenccedilatildeo presteza e amizade
Aos colegas de mestrado que sabemos amigos
Agrave SDI - Southern Dental Industries e agrave Vigodent SA pela doaccedilatildeo de
materiais para a pesquisa
SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA MESTRADO EM ODONTOLOGIA
ESTUDO IN VITRO DA MICROINFILTRACcedilAtildeO MARGINAL
EM REPAROS DE RESTAURACcedilOtildeES Agrave AMAacuteLGAMA
DANIELA ARAUacuteJO VELOSO
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Mestrado em Odontologia da UFBA aacuterea de concentraccedilatildeo em Cliacutenica Odontoloacutegica como parte dos preacute-requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Odontologia
Orientadora Profordf Drordf Luciana Maria Pedreira Ramalho
SALVADOR 2004
VELOSO Daniela Arauacutejo Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos de restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama Daniela Arauacutejo Veloso Salvador UFBA Faculdade de Odontologia 2004
85F
Dissertaccedilatildeo Mestrado em Odontologia ( Cliacutenicas Odontoloacutegicas)
1Reparo 2 Amaacutelgama 3Microinfiltraccedilatildeo Marginal
I- Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Odontologia II-Tiacutetulo
DEDICATOacuteRIA
Dedicada aos meus pais porque os meacuteritos desta conquista a eles
pertencem
AGRADECIMENTOS
A Deus e agrave Nossa Senhora da Rosa Miacutestica a Quem ofereci o meu acircnimo
para estudar o meu trabalho os meus ideais e os frutos que deles nascessem A
Quem pedi coragem vontade paciecircncia esperanccedila verdade e a possibilidade de
continuar oferecendo ciecircncia A Quem me responde em todos os momentos com
suas becircnccedilatildeos
Agrave Mamatildee e Papai agrave Valeacuteria e Wagner pela incondicional torcida e por
outras tantas oportunidades que me trouxeram e trazem
Agrave minha orientadora Luciana Ramalho pelo impulso pela chave Por me
fazer entender que as respostas estatildeo em mim mesma Pela seguranccedila pelo
sorriso pelo exemplo
Ao Prof Dr Siacutelvio Albergaria e agrave Profordf Drordf Gardecircnia Zumaeta por
engrandecerem este trabalho de forma decisiva e brilhante
Agrave escola de Odontologia de Trecircs Coraccedilotildees
UNINCOR pelo
compromisso de seus mestres em especial aos Profs Drs Alberto Luiacutes Felipe e
Ronaldo de Souza Ruela por terem me despertado vocaccedilotildees
Ao meu cunhado Ricardo pela disponibilidade Aos amigos Adriana
Benquerer Adriana Queiroz Cida Vieira Henrique Arruda Herciacutelio Martelli Jr e
Luis Henrique Silveira pela atenccedilatildeo presteza e amizade
Aos colegas de mestrado que sabemos amigos
Agrave SDI - Southern Dental Industries e agrave Vigodent SA pela doaccedilatildeo de
materiais para a pesquisa
SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
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15
16
17
18
19
20
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22
23
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26
27
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29
30
31
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33
34
2
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17
18
19
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24
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26
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1
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0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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VELOSO Daniela Arauacutejo Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos de restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama Daniela Arauacutejo Veloso Salvador UFBA Faculdade de Odontologia 2004
85F
Dissertaccedilatildeo Mestrado em Odontologia ( Cliacutenicas Odontoloacutegicas)
1Reparo 2 Amaacutelgama 3Microinfiltraccedilatildeo Marginal
I- Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Odontologia II-Tiacutetulo
DEDICATOacuteRIA
Dedicada aos meus pais porque os meacuteritos desta conquista a eles
pertencem
AGRADECIMENTOS
A Deus e agrave Nossa Senhora da Rosa Miacutestica a Quem ofereci o meu acircnimo
para estudar o meu trabalho os meus ideais e os frutos que deles nascessem A
Quem pedi coragem vontade paciecircncia esperanccedila verdade e a possibilidade de
continuar oferecendo ciecircncia A Quem me responde em todos os momentos com
suas becircnccedilatildeos
Agrave Mamatildee e Papai agrave Valeacuteria e Wagner pela incondicional torcida e por
outras tantas oportunidades que me trouxeram e trazem
Agrave minha orientadora Luciana Ramalho pelo impulso pela chave Por me
fazer entender que as respostas estatildeo em mim mesma Pela seguranccedila pelo
sorriso pelo exemplo
Ao Prof Dr Siacutelvio Albergaria e agrave Profordf Drordf Gardecircnia Zumaeta por
engrandecerem este trabalho de forma decisiva e brilhante
Agrave escola de Odontologia de Trecircs Coraccedilotildees
UNINCOR pelo
compromisso de seus mestres em especial aos Profs Drs Alberto Luiacutes Felipe e
Ronaldo de Souza Ruela por terem me despertado vocaccedilotildees
Ao meu cunhado Ricardo pela disponibilidade Aos amigos Adriana
Benquerer Adriana Queiroz Cida Vieira Henrique Arruda Herciacutelio Martelli Jr e
Luis Henrique Silveira pela atenccedilatildeo presteza e amizade
Aos colegas de mestrado que sabemos amigos
Agrave SDI - Southern Dental Industries e agrave Vigodent SA pela doaccedilatildeo de
materiais para a pesquisa
SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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DEDICATOacuteRIA
Dedicada aos meus pais porque os meacuteritos desta conquista a eles
pertencem
AGRADECIMENTOS
A Deus e agrave Nossa Senhora da Rosa Miacutestica a Quem ofereci o meu acircnimo
para estudar o meu trabalho os meus ideais e os frutos que deles nascessem A
Quem pedi coragem vontade paciecircncia esperanccedila verdade e a possibilidade de
continuar oferecendo ciecircncia A Quem me responde em todos os momentos com
suas becircnccedilatildeos
Agrave Mamatildee e Papai agrave Valeacuteria e Wagner pela incondicional torcida e por
outras tantas oportunidades que me trouxeram e trazem
Agrave minha orientadora Luciana Ramalho pelo impulso pela chave Por me
fazer entender que as respostas estatildeo em mim mesma Pela seguranccedila pelo
sorriso pelo exemplo
Ao Prof Dr Siacutelvio Albergaria e agrave Profordf Drordf Gardecircnia Zumaeta por
engrandecerem este trabalho de forma decisiva e brilhante
Agrave escola de Odontologia de Trecircs Coraccedilotildees
UNINCOR pelo
compromisso de seus mestres em especial aos Profs Drs Alberto Luiacutes Felipe e
Ronaldo de Souza Ruela por terem me despertado vocaccedilotildees
Ao meu cunhado Ricardo pela disponibilidade Aos amigos Adriana
Benquerer Adriana Queiroz Cida Vieira Henrique Arruda Herciacutelio Martelli Jr e
Luis Henrique Silveira pela atenccedilatildeo presteza e amizade
Aos colegas de mestrado que sabemos amigos
Agrave SDI - Southern Dental Industries e agrave Vigodent SA pela doaccedilatildeo de
materiais para a pesquisa
SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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AGRADECIMENTOS
A Deus e agrave Nossa Senhora da Rosa Miacutestica a Quem ofereci o meu acircnimo
para estudar o meu trabalho os meus ideais e os frutos que deles nascessem A
Quem pedi coragem vontade paciecircncia esperanccedila verdade e a possibilidade de
continuar oferecendo ciecircncia A Quem me responde em todos os momentos com
suas becircnccedilatildeos
Agrave Mamatildee e Papai agrave Valeacuteria e Wagner pela incondicional torcida e por
outras tantas oportunidades que me trouxeram e trazem
Agrave minha orientadora Luciana Ramalho pelo impulso pela chave Por me
fazer entender que as respostas estatildeo em mim mesma Pela seguranccedila pelo
sorriso pelo exemplo
Ao Prof Dr Siacutelvio Albergaria e agrave Profordf Drordf Gardecircnia Zumaeta por
engrandecerem este trabalho de forma decisiva e brilhante
Agrave escola de Odontologia de Trecircs Coraccedilotildees
UNINCOR pelo
compromisso de seus mestres em especial aos Profs Drs Alberto Luiacutes Felipe e
Ronaldo de Souza Ruela por terem me despertado vocaccedilotildees
Ao meu cunhado Ricardo pela disponibilidade Aos amigos Adriana
Benquerer Adriana Queiroz Cida Vieira Henrique Arruda Herciacutelio Martelli Jr e
Luis Henrique Silveira pela atenccedilatildeo presteza e amizade
Aos colegas de mestrado que sabemos amigos
Agrave SDI - Southern Dental Industries e agrave Vigodent SA pela doaccedilatildeo de
materiais para a pesquisa
SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Agrave SDI - Southern Dental Industries e agrave Vigodent SA pela doaccedilatildeo de
materiais para a pesquisa
SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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SUMAacuteRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
8
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
9
RESUMO
11
ABSTRACT
12
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 REVISTA DA LITERATURA
16
21 Amaacutelgama Dental
16
22 Reparos
17
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
19
24 Materiais Restauradores
25 Termociclagem
21
30
3 PROPOSICcedilAtildeO
32
4 METODOLOGIA
33
41 Seleccedilatildeo da Amostra
33
42 Preparo Cavitaacuterio das Restauraccedilotildees
33
43 Restauraccedilotildees dos Dentes
34
44 Preparo Cavitaacuterio dos Reparos
34
45 Reparos
36
46 Ciclagem Teacutermica
37
47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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47 Adequaccedilatildeo dos Espeacutecimes
38
48 Corte
38
49 Leitura da Amostra
39
5 RESULTADOS
41
6 DISCUSSAtildeO
52
7 CONCLUSOtildeES
58
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
59
ANEXOS
70
ANEXO A - Dados Obtidos Pela Leitura dos Examinadores
70
ANEXO B - Termo de Aprovaccedilatildeo Pelo Comitecirc de Eacutetica e
Pesquisa da UNIMONTES
77
ANEXO C - Termo de doaccedilatildeo de dentes concedido pela ABO-
Regional de Campo Belo MG 79
ANEXO D- Teste Kappa 80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIacuteMBOLOS
degC Graus Celsius
DO Disto-oclusal
K Kappa
MEV Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
MG Minas Gerais
mm Miliacutemetro
MO Mesio-oclusal
P amp B Prime e Bond
SBMP
SBMU
SEM
Scotch Bond Multi Purpose
Scotch Bond Multi Uso
Microscoacutepio eletrocircnico de varredura
SPSSreg Software estatiacutestico
TEM Microscoacutepio eletrocircnico de transmissatildeo
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNIMONTES
Universidade Estadual de Montes Claros
LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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LISTA DE TABELAS GRAacuteFICOS QUADROS E FIGURAS
TABELA 1 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material
restaurador utilizado Salvador 2004
39
TABELA 2 Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o
material restaurador utilizado Salvador 2004
40
GRAacuteFICO 1
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador
2004
41
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
42
GRAacuteFICO 3
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparodente dos diferentes materiais restauradores
Salvador 2004
43
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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interface reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais
restauradores Salvador 2004
44
QUADRO 1
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparodente Salvador 2004
45
QUADRO 2
Teste Dunn para comparaccedilatildeo dos materiais restauradores na
interface reparorestauraccedilatildeo Salvador 2004
46
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterioSalvador 2004 34
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos Salvador 2004 35
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Salvador 2004 40
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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Dissertaccedilatildeo [ Mestrado em odontologia restauradora]
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
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7
8
9
10
11
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3
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2
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1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
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0
0
0
0
1
0
1
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0
0
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1
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2
2
3
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1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
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0
2
1
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0
0
1
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1
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0
0
1
0
1
1
35
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3
2
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2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
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2
3
1
1
1
0
1
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0
1
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Examinador 2
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3
3
1
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3
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4
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1
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3
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0
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0
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0
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0
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0
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0
0
0
1
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0
0
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0
0
30
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34
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3
1
1
3
1
3
3
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2
2
1
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2
0
0
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0
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0
0
0
4
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3
0
3
4
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0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
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3
1
3
3
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0
0
0
1
1
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5
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2
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3
3
1
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1
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3
3
1
1
1
3
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4
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0
0
0
4
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0
0
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0
0
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1
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0
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1
0
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0
1
1
0
0
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0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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RESUMO
Com o objetivo de avaliar a capacidade seladora de materiais odontoloacutegicos restauradores o presente estudo comparou o niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal apresentado por restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas por resina composta fotopolimerizaacutevel amaacutelgama adesivo e por amaacutelgama convencional Cavidades classe I com dimensotildees preestabelecidas foram confeccionadas em 45 preacute-molares humanos hiacutegidos receacutem-extraiacutedos Apoacutes profilaxia todos os dentes foram restaurados por amaacutelgama convencional polidos e submetidos agrave confecccedilatildeo de novas cavidades sobre as primeiras tambeacutem com dimensotildees preestabelecidas para a simulaccedilatildeo de defeitos marginais A amostra foi entatildeo dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 elementos cada As novas cavidades foram reparadas por um dos trecircs materiais propostos e polidas de acordo com as recomendaccedilotildees do fabricante Os espeacutecimes foram submetidos agrave termociclagem de 500 ciclos teacutermicos entre 5deg C e 55deg C em banhos alternados de 1 minuto em cada temperatura e imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a 50 para infiltraccedilatildeo do corante entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo Para a anaacutelise da microinfiltraccedilatildeo marginal os dentes foram seccionados no sentido vestibulo-lingual avaliados em lupa estereoscoacutepica com 50 X de aumento e os resultados expressos em graus Os resultados demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar totalmente a infiltraccedilatildeo Para a interface reparodente a resina composta foi o material que apresentou os menores niacuteveis de infiltraccedilatildeo seguida pelo amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama convencional sendo a diferenccedila entre eles estatisticamente significante ( p lt 005 ) Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama comum apresentou a maior capacidade seladora seguido pela resina composta poreacutem natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante entre eles( pgt005 ) Desta forma concluiu-se que dos materiais testados a resina composta seria o material mais indicado para a confecccedilatildeo de reparos no que se refere ao combate agrave microinfiltraccedilatildeo marginal
Palavras - chave Reparo Amaacutelgama Microinfiltraccedilatildeo Marginal
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
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19
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22
23
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26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
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11
12
13
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15
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17
18
19
20
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22
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26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
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5
6
7
8
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14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the effect on the mcroleakage of three different restorative materials on the repair of amalgam retorations Class I restorations were prepared on 45 healthy recently-extracted human pre-molars After 72 h new class I cavity preparations were carried out over previously made amalgam restorations to simulate a clinical repair Teeth were divided randomly into 3 groups of 15 each and repaired by one of the three proposed materials and polished always according to manufacturer s intructions Apical sealing was followed by thermal treatment with complised of 500 cycles raging from 5degC - 55degC per minuts Followig this the samples were stained with 50 silver nitrate for 24 hours for assessment of microleakage The level of leakage was scored for all samples by three examinners whom did not know the code of the sample The procedure was carried out with light microscopy The results showed that no material was 100 effetive marginal sealing Statistical analysis showed for repairthoot interfaces that all materials had statistically differents results composite resin had less microleakage following by bonded amalgam for repairrestoration interfaces traditional amalgam exhibited higher sealing following by composit resin but not any statistically differences were found between them Despite this composite resin may be the most indicated restorative material to repair amalgam restorations when the microleakage is evaluated
Key - words Repair Amalgam Microleakage
1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
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Examinador 3
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1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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1 - INTRODUCcedilAtildeO
Originado da mistura da liga de prata com mercuacuterio o amaacutelgama dental
vem sendo utilizado em Odontologia por mais de um seacuteculo e meio e permanece
como um dos materiais restauradores mais utilizados para restauraccedilatildeo de dentes
posteriores
Essa ampla utilizaccedilatildeo encontra respaldo na literatura pelo indubitaacutevel
desempenho do amaacutelgama quanto agrave sua resistecircncia estabilidade dimensional
insolubilidade aos fluidos bucais simplicidade da teacutecnica e auto-selamento
(Fischman amp Santos 1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
No entanto um dos grandes desafios da Odontologia restauradora atual eacute
a manutenccedilatildeo de restauraccedilotildees ou seja trabalhar com materiais e teacutecnicas que
comprovadamente eficientes necessitem de menores frequumlecircncias de
substituiccedilotildees fundamentando a ideacuteia dos reparos em amaacutelgamas
Os criteacuterios determinantes destas substituiccedilotildees poreacutem satildeo subjetivos e
frequumlentemente o cirurgiatildeo-dentista depara-se com restauraccedilotildees de amaacutelgama
com pequenos defeitos marginais trincas eou fraturas caacuteries incipientes mas
sem no entanto claras evidecircncias de desmineralizaccedilatildeo circunjacente
Tradicionalmente tais restauraccedilotildees seriam tratadas atraveacutes de sua
completa remoccedilatildeo e inserccedilatildeo de uma nova porccedilatildeo de material restaurador Mas
por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
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0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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por acreditar que a remoccedilatildeo de restauraccedilotildees somente com bases nesses criteacuterios
natildeo se justifica e tendo-se em vista as atuais tendecircncias em se adotar condutas
cliacutenicas mais conservadoras minimizando ao maacuteximo as possibilidades de
injuacuterias ao oacutergatildeo pulpar Bonini et al (2001) sugeriram a remoccedilatildeo parcial da
restauraccedilatildeo ou seja o seu reparo
Entende-se por reparo a remoccedilatildeo de parte do amaacutelgama existente e
preparo de uma cavidade no remanescente da restauraccedilatildeo que foi avaliada como
clinicamente aceitaacutevel para posterior restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama
(BARBAKOW et al 1998)
Dessa maneira o reparo consiste num recurso restaurador alternativo que
possibilita a recuperaccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo jaacute existente corrigindo possiacuteveis
falhas localizadas e conservando o que estaacute convenientemente restaurado sem
sacrifiacutecios de estruturas dentais sadias remanescentes uma vez que se tem o
conhecimento de que a cada total remoccedilatildeo de uma restauraccedilatildeo original o
preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca de 02 a 05 mm (ELDERTON et al
1997)
Estudos tecircm sido feitos para avaliar o comportamento dos amaacutelgamas
reparados diante de variaacuteveis que podem influenciar na resistecircncia como os tipos
de liga intervalo de tempo para se realizar o procedimento tratamentos dados agrave
superfiacutecie do amaacutelgama jaacute cristalizado bem como tipos diferentes de teacutecnicas
para se confeccionar o reparo propriamente dito
Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
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7
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9
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Examinador 2
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Examinador 3
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3
3
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0
0
1
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6
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30
31
32
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34
35
36
37
38
39
40
41
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44
45
1
3
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2
3
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3
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3
3
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1
2
2
1
2
1
2
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1
2
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0
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0
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0
1
0
4
2
1
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4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Contudo um dos principais questionamentos acerca deste procedimento
seria o comportamento da restauraccedilatildeo reparada em relaccedilatildeo a microinfiltraccedilatildeo
marginal o que se presente pode levar ao fracasso da teacutecnica por estabelecer
um meio para o desenvolvimento de caacuteries causar patologias pulpares e
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e
descoloraccedilatildeo de alguns materiais dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Diante destas consideraccedilotildees considerou-se vaacutelido avaliar os graus de
microinfiltraccedilatildeo marginal nas interfaces material de reparo dente e nas
interfaces material de reparo restauraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama
reparadas por resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama convencional
objetivando contribuir para o melhor entendimento do problema
2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
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19
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21
22
23
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26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
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39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
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11
12
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15
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17
18
19
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22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
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2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
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3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
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14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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2 REVISTA DA LITERATURA
21 Amaacutelgama Dental
O amaacutelgama de prata eacute utilizado na Odontologia acerca de um seacuteculo e
meio e esta ampla utilizaccedilatildeo e desempenho do amaacutelgama encontram respaldo na
literatura agrave medida que suas vantagens satildeo conhecidas tais como alta
resistecircncia estabilidade dimensional propriedades fiacutesicas excelentes
insolubilidade aos fluidos bucais complacecircncia por sofrer poucas alteraccedilotildees em
razatildeo das diferentes teacutecnicas utilizadas simplicidade teacutecnica aleacutem de ser o uacutenico
material restaurador capaz de promover auto-selamento (Fischman amp Santos
1982 Baratieri Monteiro Andrada 1992 Huhutala 1995)
O amaacutelgama permanece aceitaacutevel como material restaurador para dentes
posteriores Mas sua incapacidade de adesatildeo aos dentes pode levar agrave
microinfiltraccedilatildeo na interface dente-restauraccedilatildeo e a outros problemas associados agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria bem como a complicaccedilotildees pulpares Aleacutem disso
restauraccedilotildees de amaacutelgama quando se fraturam levam a procedimentos que
acabam por enfraquecer ainda mais a estrutura dental (George Kuriakose
Jayalatha 1996)
Para Boyd amp Richardson (1985) a frequumlecircncia com que as restauraccedilotildees de
amaacutelgama satildeo substituiacutedas eacute muito alta Os autores questionaram em seu estudo
a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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a real necessidade dessas substituiccedilotildees Ou mesmo se natildeo existiriam alternativas
para a manutenccedilatildeo da estrutura dental
22 Reparos
O reparo de restauraccedilotildees agrave amaacutelgama eacute definido como sendo a remoccedilatildeo
de parte do amaacutelgama existente preparo de uma cavidade no remanescente da
restauraccedilatildeo que foi avaliada como clinicamente aceitaacutevel para posterior
restauraccedilatildeo com nova porccedilatildeo de amaacutelgama (BARBAKOW 1998)
A correccedilatildeo de aacutereas defeituosas em restauraccedilotildees de amaacutelgama vem
sendo sugerida em virtude da simplicidade e rapidez da teacutecnica (Penning 2001
Baratieri Monteiro Andrada 1992) O que eacute descrito tambeacutem por Going amp
Jenderson (1972) que observaram que restauraccedilotildees de amaacutelgama defeituosas
satildeo usualmente tratadas atraveacutes de reparos com nova porccedilatildeo de amaacutelgama ou
outro tipo de material restaurador diminuindo quase que pela metade o tempo
gasto pelos cirurgiotildees dentistas no procedimento
Maryniuk (1989) acredita que a remoccedilatildeo da restauraccedilatildeo com base no
defeito marginal por si soacute natildeo se justifica Aleacutem disso haacute pesquisas que
evidenciam que a caacuterie secundaacuteria ocorre com maior frequumlecircncia no terccedilo gengival
e interproximal mostrando que a relaccedilatildeo valamento marginal oclusal e caacuterie
secundaacuteria seria despreziacutevel (Soderholm Antonson Fischelsschwerger 1989
Kidd amp O Hara 1990 Mjor 1993)
Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
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9
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Examinador 2
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Examinador 3
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3
3
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0
0
1
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5
6
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30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
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44
45
1
3
2
2
3
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3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
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0
1
2
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0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
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4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Susin (1998) analisando os motivos que levam agrave substituiccedilatildeo de
restauraccedilotildees de amaacutelgama concluiu que se faz necessaacuteria a manutenccedilatildeo das
restauraccedilotildees em condiccedilotildees satisfatoacuterias por maior espaccedilo de tempo antes de
sua substituiccedilatildeo sistemaacutetica Observando ainda que mesmo que deficiente a
restauraccedilatildeo deve ser analisada e considerada a possibilidade de se realizar a
teacutecnica do reparo em amaacutelgama antes de uma completa remoccedilatildeo O
procedimento eacute aconselhado por diminuir custos e tempo cliacutenico
Aleacutem disso Elderton (1997) jaacute dizia que cada vez que uma restauraccedilatildeo
de amaacutelgama eacute removida totalmente o preparo cavitaacuterio eacute aumentado em cerca
de 02 a 05 mm
Para Balsamo amp Ceacutesar (1999) restauraccedilotildees com valamento marginal nem
sempre necessitam de substituiccedilatildeo porque embora haja uma iacutentima relaccedilatildeo entre
largura de fenda e recidiva de caacuterie a presenccedila de irregularidade em uma margem
cavitaacuteria natildeo significa necessariamente infiltraccedilatildeo marginal
Mondelli et al (1992) indicam procedimentos cliacutenicos de repolimento eou
reparo com a finalidade de recuperar restauraccedilotildees a amaacutelgama extensas que se
encontram em funccedilatildeo na cavidade oral por muito tempo e que por isso
apresentam degradaccedilotildees marginais oxidaccedilotildees e ou corrosatildeo Observam tambeacutem
o bom comportamento e desempenho cliacutenico de tais restauraccedilotildees ao longo do
tempo e por preverem ainda maior longevidade tais condutas operatoacuterias
evitariam a necessidade da substituiccedilatildeo dessas restauraccedilotildees
Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
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19
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21
22
23
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25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
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11
12
13
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15
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17
18
19
20
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22
23
24
25
26
27
28
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1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Arauacutejo et al (1995) ao estudarem reparos em amaacutelgama quanto agrave flexatildeo
e ao cisalhamento ressaltaram que os reparos voltaram a ser pesquisados e
indicados como uma alternativa eficiente agraves constantes substituiccedilotildees que levariam
inexoravelmente ao aumento da cavidade e consequumlentemente ao
enfraquecimento da estrutura dental remanescente
Gilbert Bussadori Pinto (1995) em estudos sobre a eficaacutecia de reparos
em amaacutelgama em casos de restauraccedilotildees atiacutepicas com fraturas e caacuteries
secundaacuterias encontraram resultados satisfatoacuterios com relaccedilatildeo agrave nova uniatildeo
desses materiais No entanto ressaltaram que a avaliaccedilatildeo da antiga restauraccedilatildeo
atraveacutes de exame cliacutenico e radiograacutefico bem como o acompanhamento a longo
prazo satildeo requisitos de importacircncia fundamental para o sucesso cliacutenico do
procedimento
23 Microinfiltraccedilatildeo Marginal
Chang et al (1996) em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo entre agentes
adesivos dentinaacuterios afirmaram que a microinfiltraccedilatildeo contribui para deterioraccedilatildeo
de materiais para a recorrecircncia da caacuterie para a proliferaccedilatildeo de microorganismos
na interface das restauraccedilotildees e pelo aumento da sensibilidade poacutes-operatoacuteria
Neste estudo concluiu-se que o agente adesivo Amalgambond mostrou menor
microinfiltraccedilatildeo quando comparado ao uso de verniz cavitaacuterio copal
A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
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0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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A microinfiltraccedilatildeo aleacutem de estabelecer um meio para o desenvolvimento
de caacuteries pode causar patologias pulpares e sensibilidade poacutes-operatoacuteria e ainda
contribuir para a corrosatildeo dissoluccedilatildeo e descoloraccedilatildeo de alguns materiais
dentaacuterios (TROWBRIDGE 1987)
Oda Pereira Matson (2001) consideraram que a microinfiltraccedilatildeo um dos
principais inconvenientes dos materiais esteacuteticos devido agrave diferenccedila de coeficiente
de expansatildeo teacutermica entre a estrutura dental e o material restaurador e agrave falta de
um sistema adesivo dentinaacuterio que seja considerado ideal Segundo os autores
na busca do vedamento da estrutura dentaacuteria com sistemas de adesatildeo o
condicionamento aacutecido instituiacutedo por Buonocore em 1955 permanece como o
tratamento de eleiccedilatildeo
Liberman et al (1989) observaram que a degradaccedilatildeo marginal natildeo era
significantemente reduzida quando do uso do verniz cavitaacuterio copal e que um
selamento permanente natildeo era alcanccedilado quando vernizes eram utilizados
Com o objetivo de estudar as teacutecnicas utilizadas para se detectar a
microinfiltraccedilatildeo Taylor amp Lynch (1992) descreveram estudos sobre pressatildeo do ar
bacterioloacutegicos de radioisoacutetopos eletroquiacutemica traccediladores quiacutemicos e sobre
penetraccedilatildeo de corantes Observaram que as metodologias variavam
profundamente mesmo quando uma determinada teacutecnica era eleita e que a
ausecircncia de padronizaccedilatildeo dificultava sobremaneira a comparaccedilatildeo entre
pesquisas
Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
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19
20
21
22
23
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25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
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39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
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0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
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1
1
1
0
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12
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17
18
19
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23
24
25
26
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1
3
3
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2
3
1
2
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3
3
1
1
1
3
2
1
3
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3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
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5
6
7
8
9
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15
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23
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1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Murray et al (2002) em um estudo sobre a correlaccedilatildeo entre
microinfiltraccedilatildeo bacteriana inflamaccedilotildees pulpares e tipos de material restaurador
concluiacuteram na seguinte ordem que Resinocircmeros Amaacutelgama Adesivo Oacutexido de
Zinco e Eugenol e Resina Composta seriam respectivamente os materiais mais
efetivos no controle da microinfiltraccedilatildeo bacteriana
24 Materiais Restauradores
Roberts et al (2001) em um estudo sobre reparo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama defeituosas mas sem caacuteries avaliou o comportamento de trecircs tipos de
reparos Feitos em um grupo controle no qual natildeo se usou nenhum tipo de
forramento em um grupo no qual se usou resina fluida e em um outro grupo no
qual se usou adesivos dentinaacuterios e depois a mesma resina fluida Percebeu-se
que houve menor microinfiltraccedilatildeo nos reparos feitos com resina fluida do que nos
reparos onde natildeo se usou qualquer forramento mas que natildeo houve diferenccedila
significativa quando compararam os reparos feitos soacute com adesivos dentinaacuterios e
os que usaram adesivos e tambeacutem resina fluida
Stanley (1992) em uma revisatildeo sobre as consideraccedilotildees pulpares dos
materiais adesivos relatou algumas variaacuteveis cliacutenicas que poderiam interferir no
processo final de adesatildeo Dentre as principais o condicionamento aacutecido da
dentina levando-se em consideraccedilatildeo o seu tipo e a profundidade da cavidade
Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
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0
0
0
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1
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19
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21
22
23
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27
28
29
30
31
32
33
34
2
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1
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3
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1
3
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1
3
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0
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0
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0
0
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0
1
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1
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0
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1
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1
1
35
36
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39
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43
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45
3
3
2
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1
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2
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1
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1
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1
1
Examinador 2
1
2
3
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5
6
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1
3
3
1
2
2
2
3
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17
18
19
20
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22
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29
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3
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1
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1
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0
0
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0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
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2
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2
2
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0
4
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0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
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22
23
24
1
2
2
2
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3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
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1
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0
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0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Um estudo sobre o mecanismo de adesatildeo de trecircs sistemas
monocomponentes foi realizado por Ferrari et al (1997) com o objetivo de
investigar a formaccedilatildeo da camada hiacutebrida em esmalte e dentina condicionados e
natildeo condicionados em 24 preparos em dentina confeccionados na superfiacutecie
vestibular de dentes periodontalmente comprometidos Foram formados seis
grupos de quatro espeacutecimes cada Em trecircs dos grupos os sistemas foram
aplicados de acordo com as instruccedilotildees do fabricante nos outros os sistemas
foram aplicados sem o condicionamento aacutecido para posteriormente receberem
fina camada de resina Apoacutes extraccedilatildeo e seccionamento axial metade das
amostras foram desproteinizadas e descalcificadas para visualizaccedilatildeo da camada
hiacutebrida A outra metade foi completamente dissolvida para anaacutelise em MEV e
SEM Os trecircs primeiros grupos mostraram o mesmo mecanismo de adesatildeo
micromecacircnico com formaccedilatildeo de tags de resina e rede lateral adesiva Quanto ao
esmalte o mecanismo observado foi o tradicional Nos outros grupos natildeo foi
observada formaccedilatildeo de camada hiacutebrida raros tags de resina incapazes de
selarem completamente os orifiacutecios tubulares foram observados Quanto ao
esmalte natildeo se observou as caracteriacutesticas tradicionais do condicionamento
Numa anaacutelise sobre a resistecircncia ao cisalhamento de adesivos
monocomponentes em esmalte Giannini et al (1997) preparam 60 preacute-molares
humanos Apoacutes polidas as superfiacutecies de esmalte vestibular e lingual foram aacutecido-
condicionadas lavadas secas eou sofreram remoccedilatildeo do excesso de aacutegua com
jatos de ar para aplicaccedilatildeo dos adesivos hidroacutefilos de acordo com o fabricante Os
adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
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0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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adesivos usados foram o One Step e o P amp B 20 Natildeo houve diferenccedilas
estatisticamente significantes entre os resultados Os autores observaram que
semelhantes valores de resistecircncia ao cisalhamento foram encontrados quando se
trabalhou com a dentina ressecada ou umidecida
Avaliando a microinfiltraccedilatildeo dentro da camada hiacutebrida de quatro sistemas
adesivos comerciais e um experimental Sano et al (1995) identificaram a
presenccedila do traccedilador nitrato de prata em todas as amostras independentemente
da formaccedilatildeo ou natildeo de fenda Observou-se a presenccedila de espaccedilos vazios de 20 a
100 nanocircmetros na base da camada hiacutebrida sugerindo que nem toda a aacuterea
desmineralizada pelo aacutecido foi convencionalmente impregnada pelo sistema
adesivo Esse tipo especial de infiltraccedilatildeo na ausecircncia de formaccedilatildeo de fenda foi
denominada de nanoinfiltraccedilatildeo A nanoinfiltraccedilatildeo foi encontrada em ordem
decrescente de espessura no All Bond 2 Superbond Scotchbond Clearfil Liner
Bonde em menor quantidade no sistema experimental de aplicaccedilatildeo uacutenica KB-
200
Burke amp Mccaughey (1995) escreveram um artigo de revisatildeo sobre a
nova geraccedilatildeo de adesivos em que forneceram um guia das propriedades ideais
para os novos sistemas adesivos bem como um comparativo com os sistemas
uitilizados rotineiramente Observaram que um agente de uniatildeo dentinaacuterio ideal
deve possuir alta forccedila de uniatildeo agrave dentina a curto e longo prazo semelhante agrave do
esmalte ser biocompatiacutevel com os tecidos dentais minimizar a microinfiltraccedilatildeo
prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
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1
3
3
1
0
0
0
0
3
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0
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0
1
0
1
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0
0
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1
1
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31
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34
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1
2
2
3
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1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
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0
0
1
0
1
1
35
36
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43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
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2
0
0
0
0
3
3
1
3
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2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
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1
Examinador 2
1
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3
3
1
2
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4
4
4
4
0
0
1
1
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1
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0
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3
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1
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2
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0
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1
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0
0
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0
0
0
0
1
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0
0
0
0
0
30
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45
3
1
1
3
1
3
3
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2
1
2
1
2
2
0
0
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0
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0
0
0
4
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0
3
0
3
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0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
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5
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7
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15
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18
19
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21
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23
24
1
2
2
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3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
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0
0
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0
1
1
0
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1
0
1
0
1
1
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0
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0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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prevenir recorrecircncia de caacuteries e manchamento marginal ser de simples aplicaccedilatildeo
pouco sensiacutevel ter bom tempo de vida uacutetil e ser compatiacutevel agraves resinas
Um estudo feito por Tay et al (1996) sobre os adesivos de aplicaccedilatildeo
uacutenica investigou diferenccedilas micromorfoloacutegicas na camada hiacutebrida de dentina
Foram utilizados Aelitebond adesivo monocomponente com base em aacutelcool e um
similar ao All-Bond 2 agrave base de acetona Na primeira teacutecnica o excesso de aacutegua
da superfiacutecie condicionada por aacutecido foi removido com papel absorvente na
segunda por secagem de 30 segundos antes da aplicaccedilatildeo do adesivo Apoacutes
anaacutelise em TEM e MEV os resultados mostraram que no primeiro caso houve
niacutetida formaccedilatildeo de camada hiacutebrida na segunda situaccedilatildeo apenas uma fina
camada hiacutebrida foi observada nas paredes dos tuacutebulos e extensotildees o que sugere
um colapso dentinaacuterio pela ausecircncia de espaccedilos interfibrilares e faixas de
colaacutegeno
eacute a chamada regiatildeo hibridoacuteide
Objetivando a simplificaccedilatildeo da teacutecnica Watanabe Nakabayashi Pashley
(1994) analisaram as vantagens oferecidas por uma soluccedilatildeo que serve como
condicionador e primer quando aplicada agrave smear layer Observaram que tais
soluccedilotildees promoviam a sua desmineralizaccedilatildeo e seriam capazes de incorporaacute-la agrave
resina aplicada criando uma camada hiacutebrida que conteria smear layer original
aleacutem de proporcionar uma alta resistecircncia agraves forccedilas de cisalhamento
Tay Gwinnet Wey (1996) analisaram o fenocircmeno interfacial que poderia
ocorrer com o uso de adesivos agrave base de acetona ao se condicionar dentina com
excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
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0
3
0
3
4
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0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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excesso de umidade A camada hiacutebrida foi encontrada nas trecircs situaccedilotildees
estudadas secagem com papel absorvente secagem por 3 segundos
umidificaccedilatildeo excessiva com aacutegua destilada No entanto com umidade excessiva
a camada hiacutebrida e o selamento dos tuacutebulos dentinaacuterios ficaram mais
prejudicados
Outras pesquisas sobre microinfiltraccedilatildeo mostraram resultados
semelhantes quando a eficaacutecia do selamento dos sistemas adesivos dentinaacuterios
foi analisada em relaccedilatildeo a vernizes cavitaacuterios e cimentos resinosos sob
restauraccedilotildees de amaacutelgama Em todas menor microinfiltraccedilatildeo eacute observada nas
anaacutelises com sistemas adesivos dentinaacuterios seguidas das que se usam verniz
copal e essas daquelas em que nenhum forramento eacute utilizado ( Ben-amar
et al 1994 Winkler et al 2000 Toledano et al 2000)
De acordo com Mandarino et al (2003) dentre as mudanccedilas que
ocorreram em relaccedilatildeo ao amaacutelgama dental tem sido proposto o uso de um agente
adesivo como material intermediaacuterio o qual deve possuir a capacidade de unir o
amaacutelgama agraves estruturas dentais sem que haja a necessidade da confecccedilatildeo de
retenccedilotildees adicionais Uma que se estaacute evidente que a falta de adesatildeo do
amaacutelgama agraves estruturas dentaacuterias permite a infiltraccedilatildeo de fluidos orais bacteacuterias e
suas toxinas os quais podem levar a caacuteries secundaacuterias e irritaccedilatildeo pulpar
(Gwinnett et al1994 Margraf amp Gomes 1995)
A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
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0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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A teacutecnica do amaacutelgama adesivo foi proposta por Vargas et al (1986)
quando os autores testaram pela primeira vez o amaacutelgama aderido agraves paredes
cavitaacuterias por um agente de uniatildeo intermediaacuterio Neste trabalho os autores
utilizaram um adesivo derivado do sistema aacutecido aniacutedrico o 4- META e a resina
Panaacutevia EX e uma liga para amaacutelgama esferoidal Foram restaurados 35 dentes
que logo apoacutes foram submetidos aos testes de microinfiltraccedilatildeo marginal Com
base neste trabalho os autores puderam concluir que nas restauraccedilotildees onde
foram utilizados agentes adesivos ocorreu uma significante diminuiccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal
Belcher amp Stewart (1997) em um estudo em que a efetividade cliacutenica de
um amaacutelgama adesivo foi comparada agraves das tradicionais restauraccedilotildees de
amaacutelgama retidas a pino ao final de dois anos concluiacuteram que quando questotildees
como retenccedilatildeo adicional reforccedilo agrave estrutura dentaacuteria sensibilidade poacutes-operatoacuteria
adaptaccedilatildeo marginal e caacuterie secundaacuteria satildeo avaliadas o amaacutelgama adesivo provou
ser uma alternativa eficaz
Staninec amp Setcos (2003) em uma revisatildeo sobre a histoacuteria do amaacutelgama
adesivo compararam estudos cliacutenicos recentes a estudos laboratoriais jaacute
publicados e enumeraram algumas vantagens dessa teacutecnica como reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo marginal aumento da retenccedilatildeo das restauraccedilotildees reduccedilatildeo de
caacuteries secundaacuterias reforccedilo e preservaccedilatildeo da estrutura dental remanescente
Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
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0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Belli Uumlnlu Oumlzer (2001) concluiacuteram apoacutes um estudo sobre os efeitos da
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de amaacutelgama que os sistemas adesivos
dentinaacuterios seriam mais efetivos em selar as interfaces quando comparados aos
vernizes cavitaacuterios e a liners de amaacutelgama E que face agrave crescente praacutetica do
amaacutelgama adesivo muitos estudos laboratoriais ainda se fazem necessaacuterios
Atraveacutes de um estudo em que quatro sistemas adesivos foram analisados
quanto agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo Grobler
et al (2000) indicaram que o Prime e Bond 21 e o AmalgamBond Plus satildeo os dois
melhores sistemas adesivos mas que mesmo eles necessitam de
melhoramentos quanto agraves suas propriedades de selamento
Em um estudo sobre microinfiltraccedilatildeo e forccedila de retenccedilatildeo em restauraccedilotildees
de amaacutelgama adesivo Winkler et al (2000) concluiacuteram que se comparados ao
verniz cavitaacuterio os sistemas adesivos seriam capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
nas restauraccedilotildees ao niacutevel da margem de cemento mas natildeo ao niacutevel da margem
de esmalte Com relaccedilatildeo agrave forccedila de adesatildeo tanto em margens de cemento
quanto de esmalte os sistemas adesivos apresentariam aumento da forccedila adesiva
se comparados aos vernizes
Objetivando avaliar in vitro a microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees de
amaacutelgama revestidas pelo agente de uniatildeo agrave dentina 4-META Saiku German
Meiers (1993) encontraram como resultados que quando agentes de uniatildeo satildeo
utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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utilizados nas restauraccedilotildees de amaacutelgama a microinfiltraccedilatildeo eacute reduzida se
comparada ao uso do verniz cavitaacuterio ou ao natildeo uso de liners
Em um estudo in vitro sobre reparos em amaacutelgamas com alto teor de
cobre Hadavi et al (1993) encontraram que a microinfiltraccedilatildeo pode ser quase que
totalmente eliminada quando do emprego de sistemas adesivos na interface
amaacutelgama novo e amaacutelgama antigo No entanto a forccedila de resistecircncia ao
cisalhamento dos reparos eacute bem menor que a da restauraccedilatildeo antiga e que a
teacutecnica fica entatildeo indicada a aacutereas especiais do dente em que a incisatildeo de forccedilas
seja controlaacutevel
Leelawat et al (1992) avaliaram se materiais adesivos forradores
reduzem a microinfiltraccedilatildeo em reparos de amaacutelgama e observaram o grau
desta microinfiltraccedilatildeo na interface entre o amaacutelgama receacutem preparado para
fazer reparos e o amaacutelgama antigo remanescente da restauraccedilatildeo Usaram
ainda outros materiais como verniz cavitaacuterio e outros sistemas adesivos e
concluiacuteram natildeo haver significante microinfiltraccedilatildeo na interface amaacutelgama
novoantigo Os autores observaram ainda que a microinfiltraccedilatildeo eacute
significativamente menor quando sistemas adesivos dentinaacuterios satildeo utilizados
do que quando nenhum material forrador ou verniz cavitaacuterio eacute usado
Mahler amp Engle (2000) ao acompanharem pacientes por 3 anos com
restauraccedilotildees de amaacutelgama adesivo classes I e II concluiacuteram que este
procedimento favorece o remanescente dentaacuterio ao reforccedilaacute-lo Poreacutem quanto agrave
sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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sensibilidade poacutes-operatoacuteria e aos defeitos marginais natildeo encontraram diferenccedilas
entre estes e outros procedimento restauradores
Segundo Setcos Staninec Wilson (2000) a maioria dos estudos in vitro
evidenciam as vantagens do amalgama adesivo em relaccedilatildeo agrave reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo e ao reforccedilo da estrutura dental No entanto quando se trata de
estudos in vivo estes natildeo se mostram tatildeo avanccedilados em relaccedilatildeo ao amaacutelgama
convencional
Neme Evans Maxson (2000) em uma avaliaccedilatildeo sobre sistemas
adesivos em restauraccedilotildees de amaacutelgama e de resina composta observaram que a
forccedila de adesatildeo e a extensatildeo da microinfiltraccedilatildeo em ambos os materiais
restauradores foram significantemente alteradas pelo uso dos sistemas adesivos
mesmo quando diferentes teacutecnicas eram usadas para se aferir aa variaacuteveis Ainda
observaram a necessidade de uma padronizaccedilatildeo de metodologias dos testes in
vitro para avaliaccedilatildeo da forccedila de adesatildeo
Chersoni et al (1997) compararam as restauraccedilotildees com compocircmeros
com as de resina e sistemas adesivos e perceberam que as primeiras tecircm
pior comportamento em relaccedilatildeo ao vedamento do que as segundas
Um estudo conduzido por Gwinnett et al (1994) mostrou evidecircncias
morfoloacutegicas de embricamento mecacircnico da resina ao amaacutelgama e que aleacutem
deste mecanismo primaacuterio de adesatildeo das resinas tambeacutem os produtos do
amaacutelgama deveriam ser considerados ao se analisar o mecanismo de adesatildeo
Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Ao se estudar a aplicaccedilatildeo de sistemas adesivos entre resinas compostas
e amaacutelgamas Hadavi et al (1993) observaram significante reduccedilatildeo da
microinfiltraccedilatildeo nas interfaces dos materiais Observaram tambeacutem que a
confiabilidade a longo prazo dos agentes de uniatildeo poderia ser testada atraveacutes de
estudos in vitro laboratoriais apropriados
Quando se compara o amaacutelgama com resinas e compocircmeros
percebe-se que eacute bem menor a microinfiltraccedilatildeo nos reparos de amaacutelgama
feitos com o proacuteprio amaacutelgama que com os outros dois tipos de materiais
(OZER et al 2002)
25 Termociclagem
Paraizo Dias Novis (1997) trabalharam com o SBMU e o P amp B21 Os
dentes apoacutes restaurados sofreram termociclagem para que o grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal fosse avaliado Como resultados nenhuma
microinfiltraccedilatildeo marginal em margens de esmalte reduccedilatildeo da mesma em cimento
e comportamento semelhante entre os adesivos
Devido a ciclagem teacutermica ser utilizada para o estudo de microinfiltraccedilotildees
Valle amp Souza (1995) realizaram mediccedilotildees em funccedilatildeo do intervalo de
temperatura do grau de circulaccedilatildeo do fluido em contato com o corpo e do tipo do
corpo de prova Concluiacuteram que o equiliacutebrio teacutermico eacute atingido primeiro em corpo
de prova metaacutelico sendo suficiente o tempo de um minuto em dentes naturais no
entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
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0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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entanto esse tempo foi insuficiente em condiccedilotildees de baixa circulaccedilatildeo e nos
maiores intervalos de temperatura (0ordm C 60ordm C)
Ao se estudar o significado da termociclagem na microinfiltraccedilatildeo das
restauraccedilotildees radiculares Chan amp Glyn-Jones (1994) realizaram preparos Classe
V nas superfiacutecies radiculares vestibular lingual mesial e distal de 20 preacute-molares
extraiacutedos por indicaccedilotildees ortodocircnticas e restauraram com amaacutelgama cimento de
Ionocircmero de vidro sistema adesivo e compoacutesito e sistema adesivo e compoacutesito
microparticulado Metade dos dentes foi submetida a termociclagem com 150
ciclos a 45degC (1 minuto) 37degC (4 minutos) e 15degC (1 minuto) enquanto a outra
metade permaneceu em temperatura ambiente Todas as amostras foram
armazenadas em soluccedilatildeo salina durante uma semana imersas em corante eosina
por 1 hora e seccionadas e avaliadas em lupa estereoscoacutepica Houve diferenccedilas
no grau de infiltraccedilatildeo para os diferentes materiais e apesar de o grupo de
compoacutesito microparticulado ter apresentado maior microinfiltraccedilatildeo no grupo
termociclado natildeo houve diferenccedilas estatisticamente significantes na infiltraccedilatildeo de
nenhum dos grupos submetidos ou natildeo agrave termociclagem
Analisando amostras in vitro Helvatjoglou-Antoniades et al (2000)
concluiacuteram que os sistemas adesivos satildeo capazes de reduzir a microinfiltraccedilatildeo
marginal em restauraccedilotildees de amaacutelgama apenas quando as amostras natildeo satildeo
submetidas a termociclagem
3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
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1
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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3 - PROPOSICcedilAtildeO
Com base nos dados da literatura consultada e nos conhecimentos
acerca do comportamento dos reparos em amaacutelgama o presente estudo in vitro
teve como propoacutesito
Avaliar o grau da microinfiltraccedilatildeo marginal em restauraccedilotildees agrave
amaacutelgama apoacutes reparo com resina composta amaacutelgama adesivo e amaacutelgama
convencional nas interfaces materialdente e materialmaterial
4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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4 - METODOLOGIA
41 Seleccedilatildeo da amostra
Foram utilizados 45 preacute-molares humanos hiacutegidos extraiacutedos por
indicaccedilatildeo ortodocircntica doados pelo banco de dentes da Associaccedilatildeo Brasileira de
Odontologia
ABO Regional Campo Belo MG e armazenados em soro
fisioloacutegico agrave temperatura ambiente ateacute o momento do preparo cavitaacuterio
42 Preparo cavitaacuterio das restauraccedilotildees
Inicialmente foram confeccionadas cavidades Classe I oclusal com
dimensotildees de aproximadamente 2mm de largura x 4mm profundidade x 3mm de
extensatildeo (figura 1) e aferidas com o auxiacutelio de sonda milimetrada (Duflex Inox
Induacutestria e Comeacutercio)
Os preparos foram realizados com ponta diamantada 1091 (KG Sorensen)
em ultra-alta velocidade e sob refrigeraccedilatildeo com aacutegua e ar O refinamento cavitaacuterio
foi feito com instrumentos cortantes manuais enxada 26 e 26S e machado
14-15 (Duflex Inox Induacutestria e Comeacutercio) Em seguida foi efetuada a limpeza
das cavidades com detergente aniocircnico (Tergentol) para garantir a limpeza
das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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das cavidades ao remover possiacuteveis sujidades Apoacutes seguiu-se a secagem das
mesmas com leves jatos intermitentes de ar
43 Restauraccedilatildeo dos dentes
Os dentes foram restaurados com amaacutelgama convencional em caacutepsula
(Permite C
SDI) segundo teacutecnica sugerida pelo fabricante do material e apoacutes
passadas 72 horas foram polidas utilizando-se taccedilas abrasivas sequumlenciais e
pasta para polimento produzidas no proacuteprio consultoacuterio pela mistura de poacute
de pedra-pomes e aacutelcool
30 mm
20 mm
40 mm
FIGURA 1 Esquema representativo das medidas do primeiro preparo cavitaacuterio
44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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44 Preparo cavitaacuterio dos reparos
Passada a etapa de polimento iniciou-se a confecccedilatildeo de novas
cavidades com o objetivo de simular valamentos na interface restauraccedilatildeodente
trincas eou fraturas na estrutura do amaacutelgama Desta vez 2 mm em
profundidade 3 de extensatildeo e 1 mm em largura foram retirados das restauraccedilotildees
de amaacutelgama para que se pudessem efetuar os trecircs diferentes tipos de reparo
para posterior anaacutelise dos graus de infiltraccedilatildeo (figura 2)
Eacute importante ressaltar que todos os dentes foram preparados
restaurados e reparados por um mesmo cirurgiatildeo-dentista a fim de que se
obtivesse padronizaccedilatildeo tambeacutem nestes quesitos
40 mm20 mm
10 mm
FIGURA 2 Representativa das medidas do preparo para confecccedilatildeo dos reparos
45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
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0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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45 Reparos
Terminados os preparos para simulaccedilatildeo do problema a amostra foi
dividida aleatoriamente em 3 grupos de 15 dentes cada os quais foram
reparados seguindo rigorosamente as recomendaccedilotildees dos fabricantes de cada
material da seguinte maneira
GRUPO I
Resina composta fotoativada (Z 100
3M) + Sistema adesivo de accedilatildeo
simplificada ( Prime amp Bond 21 Dentsply )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico a 37 e
lavagem e secagem como sugerida pelo fabricante do adesivo
Aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema adesivo deixando-se
repousar por 20 segundos e fotopolimerizando (Opti Ligth 200 - Gnatus) por 10
segundos Uma segunda camada de adesivo foi aplicada e os excessos
removidos
Preenchimento da cavidade com resina ateacute os limites do acircngulo
cavo-superficial e subsequumlentes fotopolimerizaccedilotildees de 20 segundos cada
GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
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3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
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0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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GRUPO II
Sistema adesivo de accedilatildeo simplificada (Prime amp Bond 21
Dentsply) +
Amaacutelgama (Permite C SDI )
Condicionamento aacutecido por 15 segundos com aacutecido fosfoacuterico 37
(Condicionador Dental Gel
Dentsply) lavagem e secagem como sugerido pelo
fabricante do material seguido da aplicaccedilatildeo da primeira camada do sistema
adesivo deixando-se repousar por 20 segundos e fotopolimerizando por 10
segundos Nova camada de adesivo foi aplicada e os excessos removidos
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
GRUPO III
Amaacutelgama Convencional ( Permite C - SDI )
Condensaccedilatildeo do amaacutelgama na cavidade
Escultura do amaacutelgama ateacute os limites do acircngulo cavo-superficial
O sistema adesivo acima demonstrado possui em um uacutenico frasco primer
e adesivo sendo classificado como Sistema Adesivo Simplificado de 4ordf geraccedilatildeo
46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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46 Ciclagem teacutermica
Depois de polidos os reparos os dentes foram armazenados em soro
fisioloacutegico 09 por 24 horas para evitar a desidrataccedilatildeo Em seguida foram
submetidos agrave ciclagem teacutermica em maacutequina de ciclagem apropriada com a
realizaccedilatildeo de 500 ciclos completos em banhos alternados de temperatura
de 5deg e 55deg C permanecendo por um minuto em cada banho
47 Adequaccedilatildeo dos espeacutecimes para imersatildeo em corante
Na sequumlecircncia os espeacutecimes foram secos e tiveram seus aacutepices vedados
com cimento de ionocircmero de vidro ( Ketac Bond ESPE)
Os grupos foram entatildeo impermeabilizados com camadas de esmalte
cosmeacutetico em toda sua estrutura com exceccedilatildeo da regiatildeo reparada e aacutereas
circunvizinhas As tonalidades do esmalte foram diferentes para cada grupo
para que a identificaccedilatildeo fosse facilitada
A seguir os dentes foram imersos em soluccedilatildeo de nitrato de prata a
50 ( IPEN ) por 24 horas em total ausecircncia de luz numa cacircmara escura
Apoacutes os dentes foram lavados em aacutegua corrente por 5 minutos e secos com
papel absorvente Em seguida a fim de perceber por detecccedilatildeo visual a
presenccedila de espaccedilos entre as interfaces reparodente e reparorestauraccedilatildeo as
amostras foram imersas em soluccedilatildeo reveladora em presenccedila de luz fluorescente
por 6 horas lavadas e deixadas secar ao natural
48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
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9
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1
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38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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48 Corte
Para um melhor posicionamento da maacutequina de corte (LABCUT 1010
Extec- EUA) os dentes foram fixados em resina acriacutelica incolor e divididos com
disco de diamante no sentido vestiacutebulo-lingual
49 Leitura da amostra
Cada dente entatildeo foi fixado sobre uma lacircmina de vidro plana com o
lado do corte voltado para cima e avaliados por 3 examinadores previamente
calibrados com o auxiacutelio de uma lupa estereoscoacutepica (ZAISS) com aumento
de 50 X
Previamente ao iniacutecio das leituras as amostras foram cegas por um
quarto examinador que natildeo participou da anaacutelise Cada examinador
separadamente registrou o niacutevel de infiltraccedilatildeo ocorrido nas interfaces de acordo
com uma escala baseada na de Retief Mandras e Russel (1994) que consistiu na
atribuiccedilatildeo de escores de 0 a 4 para cada corpo de prova
0 Ausecircncia de microinfiltraccedilatildeo
1 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do primeiro terccedilo da parede axial do reparo
2 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do segundo terccedilo da parede axial do reparo
3 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel do terceiro terccedilo da parede axial do reparo
4 Infiltraccedilatildeo ao niacutevel da parede pulpar do reparo
FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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FIGURA 3 Microinfiltraccedilatildeo marginal representativa dos scores 0123 e 4
Em seguida os dados obtidos foram tabulados e submetidos a tratamento
estatiacutestico para niacuteveis de significacircncia de 5 atraveacutes do teste natildeo-parameacutetrico de
Kruskal-Wallis utilizando-se o programa SPSS O teste Kappa que verifica os
niacuteveis de concordacircncia entre os examinadores foi aplicado e apontou
concordacircncia entre eles (Anexo D)
5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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5 RESULTADOS
Os resultados obtidos foram tabulados e analisados em funccedilatildeo das
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo Foram analisadas as duas metades
de cada dente ( mesial e distal ) sendo considerada a metade que apresentou
maiores niacuteveis de infiltraccedilatildeo ( Anexo A )
As tabelas 1 e 2 bem como os graacuteficos 1 e 2 satildeo demonstrativos do grau
de microinfiltraccedilatildeo marginal de cada um dos materiais para as interfaces
reparodente e reparorestauraccedilatildeo respectivamente Ainda os diagramas de Box-
Plot (graacuteficos 3 e 4 ) ilustram a mediana e a dispersatildeo dos dados obtidos para o
niacutevel de microinfiltraccedilatildeo marginal dos diferentes materiais nas respectivas
interfaces reparodente e reparo restauraccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo estatiacutestica dos resultados foi dada pelo meacutetodo natildeo-
parameacutetrico de Kruskal-Wallis com o objetivo de testar a hipoacutetese nula (H = 0) de
que os materiais seriam equivalentes estatisticamente quanto agrave infiltraccedilatildeo
marginal contra a hipoacutetese alternativa (Ha) de que pelo menos um deles se
comportaria diferentemente Em seguida por terem sido observadas diferenccedilas o
teste Dunn foi aplicado para identificaacute-las
O teste de Kruskal-Wallis comparou os diferentes materiais restauradores
quanto agrave gravidade das infiltraccedilotildees Para a interface reparo dente ao niacutevel de
significacircncia de 5 (H = 1672 p-valor = 0000) concluiu-se que os materiais
restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
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2
3
1
2
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3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
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0
0
0
4
0
0
4
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0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
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0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
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4
4
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0
0
0
4
4
0
0
4
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0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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restauradores natildeo se equivalem estatisticamente quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal (Tabela 3) Para a interface reparorestauraccedilatildeo ao niacutevel
de significacircncia de 5 (H = 1721 p-valor = 0000) tambeacutem natildeo se encontrou
equivalecircncia entre os materiais (Tabela 4)
Com a finalidade de verificar as diferenccedilas entre os materiais
restauradores utilizou-se o teste Dunn que os compara entre si Foi encontrado
para a interface reparodente diferenccedilas estatisticamente significantes entre todos
(Quadro 1) sendo a resina composta a que apresentou menor iacutendice de
microinfiltraccedilatildeo marginal Para a interface reparorestauraccedilatildeo tambeacutem a um niacutevel
de significacircncia de 5 a resina e o amaacutelgama comum foram considerados
equivalentes
TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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TABELA 1
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo
marginal da interface reparodente de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 12 8 20
POR
GRUPO 800 533 444
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARODENTE 1 Nordm 3 6 12 21
POR
GRUPO 200 400 800 467
2 Nordm 1 1 2
POR
GRUPO 670 67 44
3 Nordm 2 2
POR
GRUPO 133 44
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR
GRUPO 1000 10000 1000 1000
TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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TABELA 2
Distribuiccedilatildeo percentual dos valores de microinfiltraccedilatildeo marginal da
interface reparorestauraccedilatildeo de acordo com o material restaurador utilizado
GRUPO
RESINA AMAacuteLGAMA
ADESIVO AMAacuteLGAMA
COMUM TOTAL
0 Nordm 10 2 13 25
POR GRUPO 6660 1330 8670 5560
GRAU DE INFILTRACcedilAtildeO
INTERFACES
REPARORES-
TAURACcedilAtildeO 1 Nordm 3 2 2 7
POR GRUPO 2000 1330 1330 1560
2 Nordm 2 2
POR GRUPO 1330 440
3 Nordm 1 1
POR GRUPO 670 220
4 Nordm 2 8 10
POR GRUPO 1330 5330 2220
TOTAL Nordm 15 15 15 45
POR GRUPO 10000 10000 10000 10000
Salvador 2004
GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
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9
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0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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GRAacuteFICO 1
Percentual de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface reparodente
dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparodente
3210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
7
80
7
40
53
20
80
GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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GRAacuteFICO 2
PercentuaI de microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Grau de infiltraccedilatildeo- interfaces reparorestauraccedilatildeo
43210
Per
cent
agem
100
80
60
40
20
0
GRUPO
Resina
Amaacutelgama adesivo
Amaacutelgama comum
13
87
53
7
131313 13
20
67
GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
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7
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9
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Examinador 2
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Examinador 3
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3
3
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0
0
1
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6
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30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
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44
45
1
3
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2
3
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3
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3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
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0
1
2
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0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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GRAacuteFICO 3 Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparodente dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
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1
0
0
0
0
3
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0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
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0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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GRAacuteFICO 4
Diagrama de Box-Plot para a microinfiltraccedilatildeo marginal da interface
reparorestauraccedilatildeo dos diferentes materiais restauradores Salvador 2004
Reparorestauraccedilatildeo
TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
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11
12
13
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15
16
17
18
19
20
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22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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TABELA 3 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre
si na interface reparodente
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
131 00317
Resina e Amaacutelgama
comum
40 0000
Amaacutelgama Adesivo e
Amaacutelgama comum
267 00012
Salvador 2004 (plt 005)
TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
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9
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Examinador 2
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Examinador 3
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3
3
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0
0
1
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5
6
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30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
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44
45
1
3
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2
3
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3
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3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
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0
1
2
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0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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TABELA 4 Teste Dunn para a comparaccedilatildeo dos materiais restauradores entre si
na interface reparorestauraccedilatildeo
Comparaccedilotildees Z Valor-p
Resina e Amaacutelgama
adesivo
293 000056
Resina e Amaacutelgama
comum
101 0053
Amaacutelgama adesivo e
Amaacutelgama comum
40 0000
Salvador 2004 (plt 005)
Diante das anaacutelises descritivas feitas anteriormente e do teste Dunn
concluiu-se
Para a interface reparodente
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre todos sendo a resina o material de maior capacidade seladora seguida pelo
amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama comum
Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
1
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0
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0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
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42
43
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3
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1
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1
2
2
1
2
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2
0
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0
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1
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2
0
0
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0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
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16
17
18
19
20
21
22
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24
1
2
2
2
3
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1
2
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2
2
3
3
1
1
1
3
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4
4
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0
0
0
0
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0
1
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0
1
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0
25
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27
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30
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32
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37
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40
41
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45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
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2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Para a interface reparorestauraccedilatildeo
Ao se comparar os materiais restauradores entre si quanto ao grau de
microinfiltraccedilatildeo marginal observou-se diferenccedilas estatisticamente significantes
entre alguns sendo o amaacutelgama comum o material de maior capacidade seladora
seguido pela resina e este do amaacutelgama adesivo O amaacutelgama comum e a resina
se equivaleram para a um niacutevel de significacircncia de 5
6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
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0
0
0
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0
1
1
0
13
14
15
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19
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22
23
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26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
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39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
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6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
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11
12
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15
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17
18
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20
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22
23
24
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26
27
28
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1
3
3
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2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
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14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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6 DISCUSSAtildeO
O reparo em amaacutelgama eacute um procedimento alternativo embasado na ideacuteia
da manutenccedilatildeo e aproveitamento de restauraccedilotildees antigas Consiste em corrigir
falhas localizadas possibilitando que estruturas convenientemente restauradas
sejam preservadas Autores como Barbakow et al (1988) Baratieri Mondelli et al
(1992) Gilbert Arauacutejo et al (1995) Balsamo amp Cesar (1999) Penning (2001)
enumeraram algumas outras vantagens dos reparos aleacutem da preservaccedilatildeo da
estrutura dental
reduccedilatildeo dos riscos de injuacuterias agrave polpa manutenccedilatildeo das
qualidades da restauraccedilatildeo antiga simplicidade da teacutecnica economia de tempo e
material o que diminuiria o custo total do procedimento e proporcionaria um
implemento teacutecnico em Sauacutede Puacuteblica
Os criteacuterios determinantes para a indicaccedilatildeo dos reparos estatildeo
relacionados agrave presenccedila de caacuteries secundaacuterias valamentos marginais alteraccedilotildees
de aparecircncia corrosatildeo e fraturas localizadas nas restauraccedilotildees o que
fundamentou a leitura das amostras em suas interfaces reparodente e
reparorestauraccedilatildeo Boyd amp Richardson (1989) Santos (1990) Mondelli et al
(1992) Phillips (1993) Arauacutejo et al Gilbert Bussadori Pinto (1995) Susin (1998)
Berry et al (1999) concordam que principalmente nestas situaccedilotildees a
possibilidade do reparo deve ser considerada e que a seleccedilatildeo dos casos deve
incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
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25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
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2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
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0
3
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0
0
0
4
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0
3
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3
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0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
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16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
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3
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3
3
1
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3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
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4
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0
0
0
0
4
4
0
0
4
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0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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incluir rigoroso exame cliacutenico e radiograacutefico Ficando formalmente contra-indicadas
as situaccedilotildees em que se detectar fratura do corpo da restauraccedilatildeo exposiccedilatildeo do
material de base diversas falhas numa mesma restauraccedilatildeo aacutereas de elevada
concentraccedilatildeo de tensotildees caacuteries recidivantes com evidecircncias de infiltraccedilatildeo e
mesmo em pacientes considerados risco de caacuteries
Desta maneira apesar de ainda natildeo se conhecer qual material
restaurador seria o mais apropriado ou mais definitivo para a teacutecnica o
embasamento cientiacutefico dado pela literatura consultada leva a concluir que os
reparos quando bem planejados representam teacutecnicas efetivas para o aumento
da longevidade das restauraccedilotildees de amaacutelgama e tecircm sido indicados por
consagrados autores como Phillips (1993) Sturdevant (1985) e Santos (1990)
confirmando os resultados desta pesquisa que encontraram percentuais de
selamento marginal de ateacute 80 para as interfaces reparodente reparadas por
resina composta
A ciclagem teacutermica como definiu Pimenta amp Paiva (1997) tem por
objetivo simular rapidamente as oscilaccedilotildees teacutermicas da cavidade bucal
possibilitando criar em laboratoacuterio recursos para uma analogia do que poderia
ocorrer com as restauraccedilotildees nas condiccedilotildees cliacutenicas futuras Neste estudo foram
utilizados 500 ciclos nas temperaturas de 5degC e 55degC baseados nas informaccedilotildees
de Grobler e Neme et al (2000) de 1 minuto cada que segundo estudos de Valle
amp Souza (1995) eacute tempo suficiente para estabelecer equiliacutebrio teacutermico entre corpo
de prova e fluido Crim (1989) observou que as diferenccedilas entre os coeficientes de
expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
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1
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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expansatildeo teacutermica linear do compoacutesito e do dente ocasionam tensotildees capazes de
gerar o rompimento da uniatildeo entre ambos levando agrave microinfiltraccedilatildeo
A escolha da resina embasou-se nos estudos de Neme et al (2000)
Chersoni et al (1997) Paraizo Dias Novis (1997) Gwinett (1994) e Saiku amp
Meyers (1993) que ao investigarem forccedila de adesatildeo e extensatildeo de
microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees observaram que o uso de sistemas adesivos
trouxe maiores benefiacutecios agraves restauraccedilotildees de resina quando comparadas agraves de
amaacutelgama e que para ambos os materiais o sistema adesivo era capaz de
diminuir a infiltraccedilatildeo marginal e aumentar a forccedila de adesatildeo agrave estrutura dental O
presente estudo concorda com os autores agrave medida em que a resina composta
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal pra a interface reparodente Para
a interface reparorestauraccedilatildeo os resultados confirmam os estudos de Gwinett et
al (1994) Hadavi et al (1993) que mostraram evidecircncias de embricamento
mecacircnico da resina ao amaacutelgama e a consequumlente reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo
Quanto agrave opccedilatildeo pelo amaacutelgama adesivo esta se fez em razatildeo de
trabalhos como os de Saiku et al (1993) Turner (1999) e Mahler amp Engle (2000)
os quais demonstraram que este material eacute capaz de reforccedilar o remanescente
dental reduzindo a possibilidade de fraturas do dente e mesmo do amaacutelgama
sobre ele depositado Aleacutem disso dispensa retenccedilotildees mecacircnicas adicionais e
reduz a microinfiltraccedilatildeo marginal e o aparecimento de caacuteries recorrentes
preservando assim a sauacutede pulpar Sabe-se poreacutem que forccedila de adesatildeo agrave
estrutura dental promovida pelo amaacutelgama adesivo eacute mais rudimentar Estudos
em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
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Examinador 2
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0
0
0
0
0
0
0
0
1
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0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
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1
2
2
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3
1
3
3
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2
3
1
2
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3
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1
1
3
2
4
4
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0
0
0
0
4
4
0
0
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0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
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1
1
0
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1
0
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1
1
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0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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em MEV realizados por Iregui (2002) demonstraram ocorrecircncia de retenccedilotildees
micromecacircnicas entre adesivo e o amaacutelgama mas demonstram tambeacutem que a
maior parte da adesatildeo vem da interface adesivodentina Tais conclusotildees
novamente estatildeo em concordacircncia com os resultados deste estudo que apontam
reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo marginal nas restauraccedilotildees reparadas com amaacutelgama
adesivo quando comparadas ao amaacutelgama comum apenas na interface
reparodente mas natildeo na interface reparorestauraccedilatildeo
Sobre a escolha do amaacutelgama comum muitos estudos mostram que a
microinfiltraccedilatildeo marginal eacute reduzida quando do uso de sistemas adesivos
( Leelawat et al1992 Meiers amp Turner 1998 Setcos Staninec Wilson 2000 )
No entanto haacute uma discordacircncia entre autores quanto agrave relevacircncia
desses achados Mahler amp Engle (2000) Ozer et al (2002) em estudos cliacutenicos
em que se avaliou o comportamento de restauraccedilotildees de amaacutelgama reparadas
com o proacuteprio amaacutelgama natildeo encontraram diferenccedilas de integridade marginal ou
sensibilidade poacutes-operatoacuteria para casos tratados com ou sem o uso de sistemas
adesivosao contraacuterio desta pesquisa que encontrou para a interface
reparodente superioridade de selamento do amaacutelgama adesivo em relaccedilatildeo ao
amaacutelgama comum e concordando com os resultados encontrados na interface
reparo restauraccedilatildeo onde o amaacutelgama comum apresentou menores niacuteveis de
infiltraccedilatildeo marginal
A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
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0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
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40
41
42
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45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
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0
4
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4
4
0
0
1
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0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
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24
25
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29
1
3
3
1
2
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1
2
2
3
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1
1
3
2
1
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2
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4
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0
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0
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0
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0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
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44
45
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1
3
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2
1
2
2
1
2
1
2
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0
0
0
0
3
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0
0
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0
3
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0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
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2
3
3
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1
3
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4
4
3
4
0
0
0
0
4
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0
4
0
0
0
0
0
1
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0
0
1
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1
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0
1
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1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
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0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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A escolha pelo material mais indicado para a realizaccedilatildeo da teacutecnica
evidencia a necessidade de mais estudos acerca do tema posto que a infiltraccedilatildeo
marginal eacute uma constante nas restauraccedilotildees odontoloacutegicas por mais estreito que
seja o contato entre o material restaurador e a estrutura dentaacuteria
O teste de Kruskal-Wallis que determina a existecircncia ou natildeo de
equivalecircncia entre variaacuteveis revelou diferenccedilas estatisticamente significantes
entre os materiais restauradores para a interface reparodente quanto ao grau de
infiltraccedilatildeo marginal (p-valor = 0000 H = 1672
Tabela 1) A resina apresentou
melhor capacidade de selamento seguida pelo amaacutelgama adesivo e este pelo
amaacutelgama comum em concordacircncia com os estudos de Setcos et al ( 1993)
Bem-Amar et al (1994) Meiers amp Turner (1998) Setcos et al Grobler et al
(2000) Belli Uumlnlu Ozer (2001) que demonstraram as vantagens seladoras dos
sistemas adesivos em detrimento do encaixe mecacircnico conseguido pelas
restauraccedilotildees natildeo adesivas
Tambeacutem para a interface reparorestauraccedilatildeo os materiais restauradores
apresentaram diferenccedilas estatisticamente significantes (p-valor = 0000 H = 1721
Tabela 2) discordando dos estudos feitos por Leelawat et al (1992) quando natildeo
encontraram diferenccedilas entre reparos feitos com ou sem o emprego de sistemas
adesivos Nesta interface o amaacutelgama comum foi o material restaurador mais
eficaz na reduccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo concordando com Ozer et al (2002) que
encontraram em seus estudos menores graus de infiltraccedilatildeo para reparos em
amaacutelgama feitos com o proacuteprio amaacutelgama sem utilizar sistemas adesivos ou
vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
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42
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44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
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0
4
4
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1
1
0
1
1
1
0
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15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
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0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
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0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
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0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
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37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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vernizes Isto poderia ser devido agrave existecircncia de ligaccedilotildees mesmo que imperfeitas
na junccedilatildeo amaacutelgama antigonovo Esta uniatildeo provavelmente viria do mercuacuterio (Hg)
livre da porccedilatildeo receacutem-obtida do amaacutelgama que reage com partiacuteculas gama
presentes nas ligas jaacute cristalizadas como observou Almeida et al (1992)
Apesar de a avaliaccedilatildeo dos dados apontar a resina composta e o
amaacutelgama convencional como os materiais restauradores que proporcionaram
melhores resultados em relaccedilatildeo agrave microinfiltraccedilatildeo marginal em reparos dentre os
materiais avaliados ressalta-se que o conhecimento dos limites de cada material eacute
imprescindiacutevel ao cirurgiatildeo-dentista e que a necessidade de mais pesquisas
sobre o assunto eacute justificada pela carecircncia de um material restaurador que
alcance selamento marginal efetivo
7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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7- CONCLUSOtildeES
A anaacutelise estatiacutestica dos resultados segundo a metodologia utilizada
permitiu as seguintes conclusotildees
Nenhum dos materiais restauradores avaliados foi capaz de eliminar
totalmente a microinfiltraccedilatildeo marginal
Para a interface reparo-dente a resina composta apresentou o menor
niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguida do amaacutelgama adesivo e este do amaacutelgama
comum sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes
Para a interface reparorestauraccedilatildeo o amaacutelgama convencional
apresentou o menor niacutevel de infiltraccedilatildeo marginal seguido da resina composta e
esta do amaacutelgama adesivo natildeo sendo a diferenccedila entre os dois primeiros
estatisticamente significante
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
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0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
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0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
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1
3
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0
3
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0
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0
3
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0
1
0
0
0
0
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0
1
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0
2
1
1
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0
1
1
1
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1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
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2
3
1
1
1
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1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
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3
0
0
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4
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0
4
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0
0
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0
0
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0
0
1
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0
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0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
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4
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0
3
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3
4
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0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
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2
4
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0
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1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
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1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Preparation Mode on class II Resin Composite Repair Journal of Oral
Rehabilitation Blackwell Publishing LTD v30 p559-64 2003
GEORGE S KURIAKOSE S JAYALATHA NS Effect of 4-META Adhesive on
Bond Strength and Marginal Seal of Amalgam Restorations and Repairs-an in
vitro study J Indian Soc Pedod Prev Dentistry v14 n2 p52-5 1996
GIANNINI M PAULILLOLAMS AMBROSANO GMB Effect of surface
roughness on amalgam repair using adhesive systems Braz Dent J v 13(3)
p179-83 2002
GILBERT E BUSSADORI SK PINTO ACG Reparo de Restauraccedilotildees de
Amaacutelgama de Prata em Dentes Deciacuteduos Odontopediatria v4 n1 p43-53
1995
GOING R JENDRESON M Failure related to materials used in restorative
dentistry Dent Clin North Am v 16 p 71-86 1972
GROBLER SR OBERHOLZER TG ROSSOUW RJ GROBLER RA
Shear Bond Strength Microleakage and Confocal Studies of 4 Amalgam Alloy
Bonding Agents Quintessence v31 n7 p501-8 2000
GWINNETT A J Chemically conditioned dentin A comparision of conventional
and enviromental scanning electron microscopy findings Dental Materials v10
p 150-55 1994
HADAVI F HEY JH AMBROSE ER ELBADRAWY HE Effect of Different
Adhesive Systems on Microleakage at The AmalgamComposite Resin Interface
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HADAVI F HEY JH AMBROSE ER ELBADRAWY HE Repair of High-
copper Amalgam With and Without an Adhesive System In Vitro Assessment of
Microleakage and Shear bond Strength General Dentistry v41 n1 p49-53
1993
HELVATJOOGLOU AM THEODORIDOU PS PAPADOGIANNIS Y
KAREZINS A Microleakage of Bonded Amalgam restorations Effect of Thermal
Cycling Operative Dentistry v25 n4 p316-23 2000
HOWDLE MD FOX K YOUNGSON CC An in Vitro Study of Coronal
Microleakage Around Bonded Amalgam Coronal-Radicular Cores in
Endodontically Treated Molar Teeth Quintessence v33 n1 p22-9 2002
HUHUTALA MFRL Estudo Comparativo da Eficaacutecia de Dois Adesivos
Dentinaacuterios e um cemento de Ionocircmero de Vidro Empregados na Adesatildeo do
Amaacutelgama e Anaacutelise Estereomicroscoacutepica Satildeo Joseacute dos Campos1995164 p
Dissertaccedilatildeo [ Mestrado em odontologia restauradora]
Faculdade de
Odontologia Universidade Estadual Paulista Juacutelio Mesquita Filho
KIDD EAM O HARA JW The Caries Status of Oclusal Amalgam
Restorations With Marginal Defects Journal Dentistry Restoration v69
p1275-71990
LEELAWAT C SCHERER W CHANG J SCHAULMAN A
VIJAYARAGHAVAN T National Library of Medicine Addition of Fresh
Amalgam Microleakage Study PubMed 2002 Disponiacutevel em lt
httpwwwmebinlmnihgoventrezqueryfegicmd=Retrieveampdb=PubMedamplist_u
ids=138gt Acessado em 10122002
LEELAWAT C SCHERER W CHANG J SCHULMAN A
VIJAYARAGHAVAN T Addition of Fresh Amalgam to Existing Amalgam
Microleakage Study Journal Esthet Dentistry v4 n2 p41-5 1992
LIBERMAN R BEN-AMAR A NORDENBERG D JODAIKIN A Long-term
sealing properties of amlagam restorations an in vitro study Dental Materials
v5 p 168-70 1989
MAHLER DB ENGLE JH Clinical Evalution of Amalgam Bonding in Class I
and II Restoratinos Cover Store v131 p43-9 2000
MARCHIORI S BARATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJR
RITTER AV The Use of Liners Under Umalgam Restorations An In Vitro Study
on Marginal Leakage Quintessence v29 p637-42 1998
MARCHIORI S BERATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJ The
Use of Liners Under Amalgam Restorations An in Vitro Study on Marginal
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MARYNIUK GA When to Replace Fautty-Margin Amalgam Restorations a Pilot
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MJOR I A Repair versus replacement of failed restorations Int Dent J v43
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MONDELLI J FRANCISCHONE CE BELTRAtildeO H NAVARRO M F L
CARVALHO RM Recuperaccedilatildeo de restauraccedilotildees de amaacutelgama atraveacutes de
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MURRAY PE HAFEZ AA SMITH AJ COX CF Bacterial microleakage
and pulp inflammation associated with various restorative materials Oper Dent
V 18(6) p470-8 2002
NEME AL EVANS DB MAXSON BB Evaluation of Dental Adhesive
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9 2000
ODA M PEREIRA PZ MATSON E Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo
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restauradas com materiais esteacuteticos Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15
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ODA M ZARATE PP MATSON E In Vitro Study of The Microleakage in
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Aesthetic Materials Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15 n4 p 290-5
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PARAIacuteZO M DIAS KNOVISA Avaliaccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees
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SETCOS JC STANINEC M WILSON NH Bonding of Amalgam
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SODERHOLM K ANTONSON DE FISCHELSCHWERGER W Correlation
Between Marginal Discrepancies at The Amalgamteeth and Recurrent Caries
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stracgt Acessado em 06122003
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TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
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VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
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WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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and enviromental scanning electron microscopy findings Dental Materials v10
p 150-55 1994
HADAVI F HEY JH AMBROSE ER ELBADRAWY HE Effect of Different
Adhesive Systems on Microleakage at The AmalgamComposite Resin Interface
Operative Dentistry v18 n1 p2-7 1993
HADAVI F HEY JH AMBROSE ER ELBADRAWY HE Repair of High-
copper Amalgam With and Without an Adhesive System In Vitro Assessment of
Microleakage and Shear bond Strength General Dentistry v41 n1 p49-53
1993
HELVATJOOGLOU AM THEODORIDOU PS PAPADOGIANNIS Y
KAREZINS A Microleakage of Bonded Amalgam restorations Effect of Thermal
Cycling Operative Dentistry v25 n4 p316-23 2000
HOWDLE MD FOX K YOUNGSON CC An in Vitro Study of Coronal
Microleakage Around Bonded Amalgam Coronal-Radicular Cores in
Endodontically Treated Molar Teeth Quintessence v33 n1 p22-9 2002
HUHUTALA MFRL Estudo Comparativo da Eficaacutecia de Dois Adesivos
Dentinaacuterios e um cemento de Ionocircmero de Vidro Empregados na Adesatildeo do
Amaacutelgama e Anaacutelise Estereomicroscoacutepica Satildeo Joseacute dos Campos1995164 p
Dissertaccedilatildeo [ Mestrado em odontologia restauradora]
Faculdade de
Odontologia Universidade Estadual Paulista Juacutelio Mesquita Filho
KIDD EAM O HARA JW The Caries Status of Oclusal Amalgam
Restorations With Marginal Defects Journal Dentistry Restoration v69
p1275-71990
LEELAWAT C SCHERER W CHANG J SCHAULMAN A
VIJAYARAGHAVAN T National Library of Medicine Addition of Fresh
Amalgam Microleakage Study PubMed 2002 Disponiacutevel em lt
httpwwwmebinlmnihgoventrezqueryfegicmd=Retrieveampdb=PubMedamplist_u
ids=138gt Acessado em 10122002
LEELAWAT C SCHERER W CHANG J SCHULMAN A
VIJAYARAGHAVAN T Addition of Fresh Amalgam to Existing Amalgam
Microleakage Study Journal Esthet Dentistry v4 n2 p41-5 1992
LIBERMAN R BEN-AMAR A NORDENBERG D JODAIKIN A Long-term
sealing properties of amlagam restorations an in vitro study Dental Materials
v5 p 168-70 1989
MAHLER DB ENGLE JH Clinical Evalution of Amalgam Bonding in Class I
and II Restoratinos Cover Store v131 p43-9 2000
MARCHIORI S BARATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJR
RITTER AV The Use of Liners Under Umalgam Restorations An In Vitro Study
on Marginal Leakage Quintessence v29 p637-42 1998
MARCHIORI S BERATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJ The
Use of Liners Under Amalgam Restorations An in Vitro Study on Marginal
leakage Quintessence International p637-42
MARYNIUK GA When to Replace Fautty-Margin Amalgam Restorations a Pilot
Study General Dentistry v37 p 463-7 1989
MJOR I A Repair versus replacement of failed restorations Int Dent J v43
p466-72 1993
MONDELLI J FRANCISCHONE CE BELTRAtildeO H NAVARRO M F L
CARVALHO RM Recuperaccedilatildeo de restauraccedilotildees de amaacutelgama atraveacutes de
polimento eou reparo Rev Brasileira de Odontologia v49(6) p 2-6 1992
MURRAY PE HAFEZ AA SMITH AJ COX CF Bacterial microleakage
and pulp inflammation associated with various restorative materials Oper Dent
V 18(6) p470-8 2002
NEME AL EVANS DB MAXSON BB Evaluation of Dental Adhesive
Systems with Amalgam and Resin Composite Restorations Comparison of
Microleakage and Bond Strength Results Operative Dentistry v25 n6 p512-
9 2000
ODA M PEREIRA PZ MATSON E Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo
marginal em cavidades submetidas ao tratamento com laser de eryag e
restauradas com materiais esteacuteticos Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15
n4 2001
ODA M ZARATE PP MATSON E In Vitro Study of The Microleakage in
Cavities Submitteed to Treatment With ErYAG Laser and Restored With
Aesthetic Materials Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15 n4 p 290-5
outdez2002
OZER F UNLU N OZTURK B SENGUN A Amalgam Repair Evaluation of
Bond Strength and Microleakage Operative Dentistry v27 n2 p199-203
2002
PARAIacuteZO M DIAS KNOVISA Avaliaccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees
de resina composta com adesivos de uacuteltima geraccedilatildeo 14ordf Reuniatildeo anual da
Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontoloacutegica Aacuteguas de Satildeo Pedro SP
1997 p27 [ Resumo 044] 206p
PENNING C Repair and Revision 1 Repair or replacement of amalgam Ned
tijdschr Tandheelkd v108(2) p46-9 fev2001
PIMENTA LAF PAIVA OC Efetividade de adesivos dentinaacuterios no controle
da microinfiltraccedilatildeo marginal Revista da Associaccedilatildeo Paulista de Cirurgiotildees
Dentistas v51 n2p217-26 1995
PHILLIPS RW Skinner materiais dentaacuterios 9ordf Ed Guanabara Koogan 1993
RETIEF D H MANDRAS RS RUSSEL CM Shear bond strength required to
prevent microleakage at the dentinrestoration interface American Journal of
Dentistry v7(1) p43-46 1994
ROBERTS HW CHARLTON DG MURCHISON DF Repair of Mon-Carious
Amalgam Margin Defects Operative Dentistry v26 n3 p273-6 2001
SAYKU JM GERMAINJr HAST MEIERS JC Microleakage of a dental
amalgam alloy bonding agent Operative Dentistry v18 p172-78 1993
SANO N In vitro evaluation of three dentin bonding systems Journal of Dental
Research v 7(1) p 150 1995
SANTOS JFF Restauraccedilatildeo de Amaacutelgama Satildeo PauloSantos 1990p 19-22
SETCOS JC STANINEC M WILSON NH Bonding of Amalgam
Restorations Existing Knowledge and Future Prospects Operative Dentistry
v25 n2 p121-9 2000
SODERHOLM K ANTONSON DE FISCHELSCHWERGER W Correlation
Between Marginal Discrepancies at The Amalgamteeth and Recurrent Caries
In ANUSAVICE kJ Quality of Dental Restorations Criterio for placemaent
an replacement Chicago Quintessence1989p95-107
STURDEVANT T Joiing retorations In The art of science of operative
dentistry 2ed st LouisMosby p228-9 1985
STANINEC MSETCOS JC Bonded amalgam restoration current research
and clinical procedure Dent Update v30(8) P 430-4 2003
STANLEY H R Pulpal considerations of adhesive materials Operative
Dentistry V 17 p151-64 1992
SUSIN AH Reparo em Restauraccedilotildees de Amaacutelgama Uma Opccedilatildeo em Sauacutede
Puacuteblica Revista Robrac v7 n23 p55-7 1998
TANDHEELKD NT National Library of Medicine Repair and Revision1
Repair or Replacement of Amalgam PubNed 2001 Disponivel em
ltwwwnqueryfcgicmd=Retritieveampdb=PubMedamplist_uids=11383278ampdopt=ab
stracgt Acessado em 06122003
TAY FRGWINNETT AJ EI SHY The overet phenomenon A scanning
electron microscopy study of surface moisture in the acid conditioned resin-
dentin interface American Journal of Dentistry v9 p109-14 1996
TAYLOR MJ LYNCH E Microleakage Journal of Dentistry v20 n1 p3-10
Fev 1992
TOLEDANO M OSORIO E OSORIO R GODOY GF Microleakage and
SEM Interfacial Micromorphology of Amalgam Restorations Using Three
Adhesive Systems Journal Dentistry v28 n6 p423-8 2000
TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
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35
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Examinador 2
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30
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Examinador 3
1
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1
3
2
2
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0
1
1
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1
1
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0
2
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3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Odontologia Universidade Estadual Paulista Juacutelio Mesquita Filho
KIDD EAM O HARA JW The Caries Status of Oclusal Amalgam
Restorations With Marginal Defects Journal Dentistry Restoration v69
p1275-71990
LEELAWAT C SCHERER W CHANG J SCHAULMAN A
VIJAYARAGHAVAN T National Library of Medicine Addition of Fresh
Amalgam Microleakage Study PubMed 2002 Disponiacutevel em lt
httpwwwmebinlmnihgoventrezqueryfegicmd=Retrieveampdb=PubMedamplist_u
ids=138gt Acessado em 10122002
LEELAWAT C SCHERER W CHANG J SCHULMAN A
VIJAYARAGHAVAN T Addition of Fresh Amalgam to Existing Amalgam
Microleakage Study Journal Esthet Dentistry v4 n2 p41-5 1992
LIBERMAN R BEN-AMAR A NORDENBERG D JODAIKIN A Long-term
sealing properties of amlagam restorations an in vitro study Dental Materials
v5 p 168-70 1989
MAHLER DB ENGLE JH Clinical Evalution of Amalgam Bonding in Class I
and II Restoratinos Cover Store v131 p43-9 2000
MARCHIORI S BARATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJR
RITTER AV The Use of Liners Under Umalgam Restorations An In Vitro Study
on Marginal Leakage Quintessence v29 p637-42 1998
MARCHIORI S BERATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJ The
Use of Liners Under Amalgam Restorations An in Vitro Study on Marginal
leakage Quintessence International p637-42
MARYNIUK GA When to Replace Fautty-Margin Amalgam Restorations a Pilot
Study General Dentistry v37 p 463-7 1989
MJOR I A Repair versus replacement of failed restorations Int Dent J v43
p466-72 1993
MONDELLI J FRANCISCHONE CE BELTRAtildeO H NAVARRO M F L
CARVALHO RM Recuperaccedilatildeo de restauraccedilotildees de amaacutelgama atraveacutes de
polimento eou reparo Rev Brasileira de Odontologia v49(6) p 2-6 1992
MURRAY PE HAFEZ AA SMITH AJ COX CF Bacterial microleakage
and pulp inflammation associated with various restorative materials Oper Dent
V 18(6) p470-8 2002
NEME AL EVANS DB MAXSON BB Evaluation of Dental Adhesive
Systems with Amalgam and Resin Composite Restorations Comparison of
Microleakage and Bond Strength Results Operative Dentistry v25 n6 p512-
9 2000
ODA M PEREIRA PZ MATSON E Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo
marginal em cavidades submetidas ao tratamento com laser de eryag e
restauradas com materiais esteacuteticos Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15
n4 2001
ODA M ZARATE PP MATSON E In Vitro Study of The Microleakage in
Cavities Submitteed to Treatment With ErYAG Laser and Restored With
Aesthetic Materials Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15 n4 p 290-5
outdez2002
OZER F UNLU N OZTURK B SENGUN A Amalgam Repair Evaluation of
Bond Strength and Microleakage Operative Dentistry v27 n2 p199-203
2002
PARAIacuteZO M DIAS KNOVISA Avaliaccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees
de resina composta com adesivos de uacuteltima geraccedilatildeo 14ordf Reuniatildeo anual da
Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontoloacutegica Aacuteguas de Satildeo Pedro SP
1997 p27 [ Resumo 044] 206p
PENNING C Repair and Revision 1 Repair or replacement of amalgam Ned
tijdschr Tandheelkd v108(2) p46-9 fev2001
PIMENTA LAF PAIVA OC Efetividade de adesivos dentinaacuterios no controle
da microinfiltraccedilatildeo marginal Revista da Associaccedilatildeo Paulista de Cirurgiotildees
Dentistas v51 n2p217-26 1995
PHILLIPS RW Skinner materiais dentaacuterios 9ordf Ed Guanabara Koogan 1993
RETIEF D H MANDRAS RS RUSSEL CM Shear bond strength required to
prevent microleakage at the dentinrestoration interface American Journal of
Dentistry v7(1) p43-46 1994
ROBERTS HW CHARLTON DG MURCHISON DF Repair of Mon-Carious
Amalgam Margin Defects Operative Dentistry v26 n3 p273-6 2001
SAYKU JM GERMAINJr HAST MEIERS JC Microleakage of a dental
amalgam alloy bonding agent Operative Dentistry v18 p172-78 1993
SANO N In vitro evaluation of three dentin bonding systems Journal of Dental
Research v 7(1) p 150 1995
SANTOS JFF Restauraccedilatildeo de Amaacutelgama Satildeo PauloSantos 1990p 19-22
SETCOS JC STANINEC M WILSON NH Bonding of Amalgam
Restorations Existing Knowledge and Future Prospects Operative Dentistry
v25 n2 p121-9 2000
SODERHOLM K ANTONSON DE FISCHELSCHWERGER W Correlation
Between Marginal Discrepancies at The Amalgamteeth and Recurrent Caries
In ANUSAVICE kJ Quality of Dental Restorations Criterio for placemaent
an replacement Chicago Quintessence1989p95-107
STURDEVANT T Joiing retorations In The art of science of operative
dentistry 2ed st LouisMosby p228-9 1985
STANINEC MSETCOS JC Bonded amalgam restoration current research
and clinical procedure Dent Update v30(8) P 430-4 2003
STANLEY H R Pulpal considerations of adhesive materials Operative
Dentistry V 17 p151-64 1992
SUSIN AH Reparo em Restauraccedilotildees de Amaacutelgama Uma Opccedilatildeo em Sauacutede
Puacuteblica Revista Robrac v7 n23 p55-7 1998
TANDHEELKD NT National Library of Medicine Repair and Revision1
Repair or Replacement of Amalgam PubNed 2001 Disponivel em
ltwwwnqueryfcgicmd=Retritieveampdb=PubMedamplist_uids=11383278ampdopt=ab
stracgt Acessado em 06122003
TAY FRGWINNETT AJ EI SHY The overet phenomenon A scanning
electron microscopy study of surface moisture in the acid conditioned resin-
dentin interface American Journal of Dentistry v9 p109-14 1996
TAYLOR MJ LYNCH E Microleakage Journal of Dentistry v20 n1 p3-10
Fev 1992
TOLEDANO M OSORIO E OSORIO R GODOY GF Microleakage and
SEM Interfacial Micromorphology of Amalgam Restorations Using Three
Adhesive Systems Journal Dentistry v28 n6 p423-8 2000
TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
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13
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15
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19
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22
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24
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28
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30
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2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
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0
3
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2
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1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
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2
1
2
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0
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1
0
1
1
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1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
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0
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9
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20
21
22
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28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
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1
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2
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0
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0
30
31
32
33
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37
38
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42
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44
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1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
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2
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0
0
0
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0
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1
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0
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0
0
1
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Examinador 3
1
2
3
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1
2
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2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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RITTER AV The Use of Liners Under Umalgam Restorations An In Vitro Study
on Marginal Leakage Quintessence v29 p637-42 1998
MARCHIORI S BERATIERI LN ANDRADA MAC MONTEIRO SJ The
Use of Liners Under Amalgam Restorations An in Vitro Study on Marginal
leakage Quintessence International p637-42
MARYNIUK GA When to Replace Fautty-Margin Amalgam Restorations a Pilot
Study General Dentistry v37 p 463-7 1989
MJOR I A Repair versus replacement of failed restorations Int Dent J v43
p466-72 1993
MONDELLI J FRANCISCHONE CE BELTRAtildeO H NAVARRO M F L
CARVALHO RM Recuperaccedilatildeo de restauraccedilotildees de amaacutelgama atraveacutes de
polimento eou reparo Rev Brasileira de Odontologia v49(6) p 2-6 1992
MURRAY PE HAFEZ AA SMITH AJ COX CF Bacterial microleakage
and pulp inflammation associated with various restorative materials Oper Dent
V 18(6) p470-8 2002
NEME AL EVANS DB MAXSON BB Evaluation of Dental Adhesive
Systems with Amalgam and Resin Composite Restorations Comparison of
Microleakage and Bond Strength Results Operative Dentistry v25 n6 p512-
9 2000
ODA M PEREIRA PZ MATSON E Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo
marginal em cavidades submetidas ao tratamento com laser de eryag e
restauradas com materiais esteacuteticos Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15
n4 2001
ODA M ZARATE PP MATSON E In Vitro Study of The Microleakage in
Cavities Submitteed to Treatment With ErYAG Laser and Restored With
Aesthetic Materials Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15 n4 p 290-5
outdez2002
OZER F UNLU N OZTURK B SENGUN A Amalgam Repair Evaluation of
Bond Strength and Microleakage Operative Dentistry v27 n2 p199-203
2002
PARAIacuteZO M DIAS KNOVISA Avaliaccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees
de resina composta com adesivos de uacuteltima geraccedilatildeo 14ordf Reuniatildeo anual da
Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontoloacutegica Aacuteguas de Satildeo Pedro SP
1997 p27 [ Resumo 044] 206p
PENNING C Repair and Revision 1 Repair or replacement of amalgam Ned
tijdschr Tandheelkd v108(2) p46-9 fev2001
PIMENTA LAF PAIVA OC Efetividade de adesivos dentinaacuterios no controle
da microinfiltraccedilatildeo marginal Revista da Associaccedilatildeo Paulista de Cirurgiotildees
Dentistas v51 n2p217-26 1995
PHILLIPS RW Skinner materiais dentaacuterios 9ordf Ed Guanabara Koogan 1993
RETIEF D H MANDRAS RS RUSSEL CM Shear bond strength required to
prevent microleakage at the dentinrestoration interface American Journal of
Dentistry v7(1) p43-46 1994
ROBERTS HW CHARLTON DG MURCHISON DF Repair of Mon-Carious
Amalgam Margin Defects Operative Dentistry v26 n3 p273-6 2001
SAYKU JM GERMAINJr HAST MEIERS JC Microleakage of a dental
amalgam alloy bonding agent Operative Dentistry v18 p172-78 1993
SANO N In vitro evaluation of three dentin bonding systems Journal of Dental
Research v 7(1) p 150 1995
SANTOS JFF Restauraccedilatildeo de Amaacutelgama Satildeo PauloSantos 1990p 19-22
SETCOS JC STANINEC M WILSON NH Bonding of Amalgam
Restorations Existing Knowledge and Future Prospects Operative Dentistry
v25 n2 p121-9 2000
SODERHOLM K ANTONSON DE FISCHELSCHWERGER W Correlation
Between Marginal Discrepancies at The Amalgamteeth and Recurrent Caries
In ANUSAVICE kJ Quality of Dental Restorations Criterio for placemaent
an replacement Chicago Quintessence1989p95-107
STURDEVANT T Joiing retorations In The art of science of operative
dentistry 2ed st LouisMosby p228-9 1985
STANINEC MSETCOS JC Bonded amalgam restoration current research
and clinical procedure Dent Update v30(8) P 430-4 2003
STANLEY H R Pulpal considerations of adhesive materials Operative
Dentistry V 17 p151-64 1992
SUSIN AH Reparo em Restauraccedilotildees de Amaacutelgama Uma Opccedilatildeo em Sauacutede
Puacuteblica Revista Robrac v7 n23 p55-7 1998
TANDHEELKD NT National Library of Medicine Repair and Revision1
Repair or Replacement of Amalgam PubNed 2001 Disponivel em
ltwwwnqueryfcgicmd=Retritieveampdb=PubMedamplist_uids=11383278ampdopt=ab
stracgt Acessado em 06122003
TAY FRGWINNETT AJ EI SHY The overet phenomenon A scanning
electron microscopy study of surface moisture in the acid conditioned resin-
dentin interface American Journal of Dentistry v9 p109-14 1996
TAYLOR MJ LYNCH E Microleakage Journal of Dentistry v20 n1 p3-10
Fev 1992
TOLEDANO M OSORIO E OSORIO R GODOY GF Microleakage and
SEM Interfacial Micromorphology of Amalgam Restorations Using Three
Adhesive Systems Journal Dentistry v28 n6 p423-8 2000
TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ODA M PEREIRA PZ MATSON E Estudo in vitro da microinfiltraccedilatildeo
marginal em cavidades submetidas ao tratamento com laser de eryag e
restauradas com materiais esteacuteticos Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15
n4 2001
ODA M ZARATE PP MATSON E In Vitro Study of The Microleakage in
Cavities Submitteed to Treatment With ErYAG Laser and Restored With
Aesthetic Materials Pesquisa Odontoloacutegica Brasileira v15 n4 p 290-5
outdez2002
OZER F UNLU N OZTURK B SENGUN A Amalgam Repair Evaluation of
Bond Strength and Microleakage Operative Dentistry v27 n2 p199-203
2002
PARAIacuteZO M DIAS KNOVISA Avaliaccedilatildeo da microinfiltraccedilatildeo em restauraccedilotildees
de resina composta com adesivos de uacuteltima geraccedilatildeo 14ordf Reuniatildeo anual da
Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontoloacutegica Aacuteguas de Satildeo Pedro SP
1997 p27 [ Resumo 044] 206p
PENNING C Repair and Revision 1 Repair or replacement of amalgam Ned
tijdschr Tandheelkd v108(2) p46-9 fev2001
PIMENTA LAF PAIVA OC Efetividade de adesivos dentinaacuterios no controle
da microinfiltraccedilatildeo marginal Revista da Associaccedilatildeo Paulista de Cirurgiotildees
Dentistas v51 n2p217-26 1995
PHILLIPS RW Skinner materiais dentaacuterios 9ordf Ed Guanabara Koogan 1993
RETIEF D H MANDRAS RS RUSSEL CM Shear bond strength required to
prevent microleakage at the dentinrestoration interface American Journal of
Dentistry v7(1) p43-46 1994
ROBERTS HW CHARLTON DG MURCHISON DF Repair of Mon-Carious
Amalgam Margin Defects Operative Dentistry v26 n3 p273-6 2001
SAYKU JM GERMAINJr HAST MEIERS JC Microleakage of a dental
amalgam alloy bonding agent Operative Dentistry v18 p172-78 1993
SANO N In vitro evaluation of three dentin bonding systems Journal of Dental
Research v 7(1) p 150 1995
SANTOS JFF Restauraccedilatildeo de Amaacutelgama Satildeo PauloSantos 1990p 19-22
SETCOS JC STANINEC M WILSON NH Bonding of Amalgam
Restorations Existing Knowledge and Future Prospects Operative Dentistry
v25 n2 p121-9 2000
SODERHOLM K ANTONSON DE FISCHELSCHWERGER W Correlation
Between Marginal Discrepancies at The Amalgamteeth and Recurrent Caries
In ANUSAVICE kJ Quality of Dental Restorations Criterio for placemaent
an replacement Chicago Quintessence1989p95-107
STURDEVANT T Joiing retorations In The art of science of operative
dentistry 2ed st LouisMosby p228-9 1985
STANINEC MSETCOS JC Bonded amalgam restoration current research
and clinical procedure Dent Update v30(8) P 430-4 2003
STANLEY H R Pulpal considerations of adhesive materials Operative
Dentistry V 17 p151-64 1992
SUSIN AH Reparo em Restauraccedilotildees de Amaacutelgama Uma Opccedilatildeo em Sauacutede
Puacuteblica Revista Robrac v7 n23 p55-7 1998
TANDHEELKD NT National Library of Medicine Repair and Revision1
Repair or Replacement of Amalgam PubNed 2001 Disponivel em
ltwwwnqueryfcgicmd=Retritieveampdb=PubMedamplist_uids=11383278ampdopt=ab
stracgt Acessado em 06122003
TAY FRGWINNETT AJ EI SHY The overet phenomenon A scanning
electron microscopy study of surface moisture in the acid conditioned resin-
dentin interface American Journal of Dentistry v9 p109-14 1996
TAYLOR MJ LYNCH E Microleakage Journal of Dentistry v20 n1 p3-10
Fev 1992
TOLEDANO M OSORIO E OSORIO R GODOY GF Microleakage and
SEM Interfacial Micromorphology of Amalgam Restorations Using Three
Adhesive Systems Journal Dentistry v28 n6 p423-8 2000
TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
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4
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0
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1
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1
1
0
13
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15
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19
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22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
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0
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0
0
3
0
0
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0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
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2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
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6
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1
3
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1
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0
9
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11
12
13
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15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
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26
27
28
29
1
3
3
1
2
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1
2
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3
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1
1
1
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2
1
3
2
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0
0
0
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4
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1
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0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
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45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
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0
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0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
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0
0
0
1
1
4
5
6
7
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10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
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1
2
2
2
3
1
3
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1
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25
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30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
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1
3
1
3
3
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1
2
2
1
2
1
2
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0
1
2
1
0
0
0
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0
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0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
This document was created with Win2PDF available at httpwwwdaneprairiecomThe unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only
PHILLIPS RW Skinner materiais dentaacuterios 9ordf Ed Guanabara Koogan 1993
RETIEF D H MANDRAS RS RUSSEL CM Shear bond strength required to
prevent microleakage at the dentinrestoration interface American Journal of
Dentistry v7(1) p43-46 1994
ROBERTS HW CHARLTON DG MURCHISON DF Repair of Mon-Carious
Amalgam Margin Defects Operative Dentistry v26 n3 p273-6 2001
SAYKU JM GERMAINJr HAST MEIERS JC Microleakage of a dental
amalgam alloy bonding agent Operative Dentistry v18 p172-78 1993
SANO N In vitro evaluation of three dentin bonding systems Journal of Dental
Research v 7(1) p 150 1995
SANTOS JFF Restauraccedilatildeo de Amaacutelgama Satildeo PauloSantos 1990p 19-22
SETCOS JC STANINEC M WILSON NH Bonding of Amalgam
Restorations Existing Knowledge and Future Prospects Operative Dentistry
v25 n2 p121-9 2000
SODERHOLM K ANTONSON DE FISCHELSCHWERGER W Correlation
Between Marginal Discrepancies at The Amalgamteeth and Recurrent Caries
In ANUSAVICE kJ Quality of Dental Restorations Criterio for placemaent
an replacement Chicago Quintessence1989p95-107
STURDEVANT T Joiing retorations In The art of science of operative
dentistry 2ed st LouisMosby p228-9 1985
STANINEC MSETCOS JC Bonded amalgam restoration current research
and clinical procedure Dent Update v30(8) P 430-4 2003
STANLEY H R Pulpal considerations of adhesive materials Operative
Dentistry V 17 p151-64 1992
SUSIN AH Reparo em Restauraccedilotildees de Amaacutelgama Uma Opccedilatildeo em Sauacutede
Puacuteblica Revista Robrac v7 n23 p55-7 1998
TANDHEELKD NT National Library of Medicine Repair and Revision1
Repair or Replacement of Amalgam PubNed 2001 Disponivel em
ltwwwnqueryfcgicmd=Retritieveampdb=PubMedamplist_uids=11383278ampdopt=ab
stracgt Acessado em 06122003
TAY FRGWINNETT AJ EI SHY The overet phenomenon A scanning
electron microscopy study of surface moisture in the acid conditioned resin-
dentin interface American Journal of Dentistry v9 p109-14 1996
TAYLOR MJ LYNCH E Microleakage Journal of Dentistry v20 n1 p3-10
Fev 1992
TOLEDANO M OSORIO E OSORIO R GODOY GF Microleakage and
SEM Interfacial Micromorphology of Amalgam Restorations Using Three
Adhesive Systems Journal Dentistry v28 n6 p423-8 2000
TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
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3
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0
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1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
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1
1
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0
3
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3
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0
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0
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2
1
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0
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1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
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2
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0
0
0
0
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0
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0
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0
0
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0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
4
0
0
4
0
0
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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dentistry 2ed st LouisMosby p228-9 1985
STANINEC MSETCOS JC Bonded amalgam restoration current research
and clinical procedure Dent Update v30(8) P 430-4 2003
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Dentistry V 17 p151-64 1992
SUSIN AH Reparo em Restauraccedilotildees de Amaacutelgama Uma Opccedilatildeo em Sauacutede
Puacuteblica Revista Robrac v7 n23 p55-7 1998
TANDHEELKD NT National Library of Medicine Repair and Revision1
Repair or Replacement of Amalgam PubNed 2001 Disponivel em
ltwwwnqueryfcgicmd=Retritieveampdb=PubMedamplist_uids=11383278ampdopt=ab
stracgt Acessado em 06122003
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electron microscopy study of surface moisture in the acid conditioned resin-
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Fev 1992
TOLEDANO M OSORIO E OSORIO R GODOY GF Microleakage and
SEM Interfacial Micromorphology of Amalgam Restorations Using Three
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TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
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1
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30
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34
2
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1
2
2
3
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1
1
1
3
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35
36
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3
3
2
1
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1
2
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3
1
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1
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0
1
1
Examinador 2
1
2
3
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3
3
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1
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Examinador 3
1
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3
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0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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TROWBRIDGE H O Models systems for determining biologic effects of
microleakage Oper Dent v 12 p 164-72 1987
TURNER EW GERMAIN HA MEIERS JC Microleakage of dentin-amalgam
bonding agents Am J Dent v8(4) p191-6 1995
VALLE T E SOUZA MA Ciclagem teacutermica um estudo sobre o meacutetodo In
Reuniatildeo anual da SBPqO Aacuteguas de Satildeo Pedro SP 1995 Anais Satildeo Paulo
SBPqO 1995 P60 [Resumo 120]
WINKLER MM MOORE BK RHODES B SWARTZ M Microleakage and
Retention of Bonded Amalgam Restorations American Journal Dentistry v13
n5 p245-50 2000
ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
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Examinador 2
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Examinador 3
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXOS
ANEXO A
Resultados G1 = Resina G2 = AmalgAdesivo G3 = Amalg Comum
Dente
Examinador 1
Grupo Inerf RepRest InterfRepDente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
3
3
1
2
2
2
3
1
3
3
1
0
0
0
0
3
3
4
0
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
1
1
0
1
1
0
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
0
0
3
3
0
0
0
0
0
0
3
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
2
1
1
0
0
0
1
1
1
0
1
1
0
0
0
1
0
1
1
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
1
0
0
4
4
4
4
0
0
1
1
0
1
1
1
0
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
0
0
0
0
4
0
0
4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
0
0
0
3
0
0
0
0
4
0
0
3
0
3
4
0
0
0
1
0
1
2
0
0
0
0
0
0
0
1
0
Examinador 3
1
2
3
1
3
3
1
0
0
0
1
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
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20
21
22
23
24
1
2
2
2
3
1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
4
4
3
4
0
0
0
0
4
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0
0
4
0
0
0
0
0
1
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0
0
0
1
0
1
0
1
1
0
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
1
3
2
2
3
3
1
1
3
1
3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
0
1
2
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
4
2
1
4
0
4
4
0
1
1
1
1
1
0
0
2
0
3
3
2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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13
14
15
16
17
18
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21
22
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26
27
28
29
30
31
32
33
34
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
3
1
1
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1
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0
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0
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0
3
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0
1
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0
0
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1
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2
1
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0
1
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0
0
1
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1
1
35
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41
42
43
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3
3
2
1
2
2
1
2
1
2
2
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0
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0
3
3
1
3
0
2
3
1
1
1
0
1
1
0
1
0
1
1
Examinador 2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
3
3
1
2
2
2
3
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0
4
4
4
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0
1
1
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1
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9
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11
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26
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1
3
3
1
2
3
1
2
2
3
3
1
1
1
3
2
1
3
2
2
3
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0
0
0
4
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1
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0
0
0
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30
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32
33
34
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41
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3
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3
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2
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Examinador 3
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1
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1
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1
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0
1
1
1
0
25
26
27
28
29
30
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32
33
34
35
36
37
38
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40
41
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45
1
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2
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1
3
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1
2
2
1
2
1
2
2
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1
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0
0
0
0
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1
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0
2
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2
1
1
0
0
0
0
1
0
ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
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1 1
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30 4 1 3 7 45
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1
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3
4
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Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
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3 3
7 7
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0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
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1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
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1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
1
2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
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1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
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30 4 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
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29 15 1 45
0
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
1
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
0
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interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
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3 3
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30 4 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
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7 7
29 5 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
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3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
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29 15 1 45
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO B
TERMO DE APROVACcedilAtildeO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
DA UNIMONTES
ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
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3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
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3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
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29 15 1 45
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
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24 19 2 45
0
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
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24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO C
TERMO DE DOACcedilAtildeO DE DENTES PELA ABO REGIONAL
MONTES CLAROS MINAS GERAIS
ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
1
2
3
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
1 1
29 15 1 45
0
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
0
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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ANEXO D
TESTE KAPPA
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2Crosstabulation
Count
30 30
4 4
1 1
3 3
7 7
30 4 1 3 7 45
0
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
Symmetric Measures
1000 000 10432 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
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3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador2 Crosstabulation
Count
24 24
5 15 20
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
781 091 5741 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador1 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
23 1 24
1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
873 069 6427 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparodente-examinador2 interfacereparodente-examinador3 Crosstabulation
Count
24 5 29
14 1 15
1 1
24 19 2 45
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interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
741 095 5582 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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interface reparorestauraccedilatildeo-examinador1 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
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interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador1
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
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KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
Count
29 1 30
4 4
1 1
3 3
7 7
29 5 1 3 7 45
0
1
2
3
4
interfacereparorestauraccedilatildeo-examinador2
Total
0 1 2 3 4
interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3
Total
Symmetric Measures
958 041 10078 000
45
KappaMeasure of Agreement
N of Valid Cases
ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Count
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1 1
29 15 1 45
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1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
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interface reparodente-examinador2
Total
Symmetric Measures
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45
KappaMeasure of Agreement
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ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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Count
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1 18 1 20
1 1
24 19 2 45
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1
2
interfacereparodente-examinador1
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
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45
KappaMeasure of Agreement
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Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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1 1
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2
interfacereparodente-examinador2
Total
0 1 2
interface reparodente-examinador3
Total
Symmetric Measures
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45
KappaMeasure of Agreement
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ValueAsymp
Std Errora Approx Tb Approx Sig
Not assuming the null hypothesisa
Using the asymptotic standard error assuming the null hypothesisb
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interface reparorestauraccedilatildeo-examinador2 interface reparorestauraccedilatildeo-examinador3Crosstabulation
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29 1 30
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14 1 15
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