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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
RUBÊNIA PAULO DA SILVA
Evidencia e avaliação das estratégias de educação em
saúde com adolescentes: uma revisão integrativa
SANTA CRUZ - RN
2016
2
.
RUBÊNIA PAULO DA SILVA
Evidencia e avaliação das estratégias de educação em saúde com
adolescentes: uma revisão integrativa
Trabalho de Conclusão de
Curso, apresentado ao Curso
de Enfermagem da Faculdade
de Ciências da Saúde do
Trairi da Universidade
Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito
complementar para obtenção
do título de Graduação em
Enfermagem, como
orientadora, a professora Dr.
Rafaela Carolini de Oliveira
Távora.
SANTA CRUZ - RN
2016
4
.
RUBÊNIA PAULO DA SILVA
Evidencia e avaliação das estratégias de educação em saúde com
adolescentes
Trabalho de Conclusão de
Curso, apresentado ao Curso
de Enfermagem da Faculdade
de Ciências da Saúde do
Trairi da Universidade
Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito
complementar para obtenção
do título de Graduação em
Enfermagem.
Aprovado em: _____ de ________________de_________.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________ Nota:_______
Prof.ª Dr. Rafaela Carolini de Oliveira Távora
______________________________________________ Nota:_______
Prof. Dr. José Adailton da Silva
______________________________________________ Nota:_______
Prof.ª Esp. Mayara Silva Fernandes do Rêgo
5
.
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................................ 6
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................................ 9
METODOLOGIA .................................................................................................................................... 9
RESULTADOS ..................................................................................................................................... 10
DISCUSSÃO ...................................................................................................................................... 15
CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 18
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 19
ANEXOS............................................................................................................................................... 24
1. NORMAS DA REVISTA DE APS........................................................................................... 24
6
.
EVIDENCIA E AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE COM ADOLESCENTES
EVIDENCE AND EVALUATION OF HEALTH EDUCATION STRATEGIES
WITH ADOLESCENTS
RESUMO
Introdução: Considerando a importância e relevância da educação em saúde com
adolescentes, é essencial o uso de estratégias cada vez mais acolhedoras, dinâmicas,
integradas e subjetivas. Assim, o presente trabalho objetiva evidenciar e avaliar as estratégias
de educação em saúde utilizadas com adolescentes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa
descritiva, qualitativa, sendo revisão de literatura do tipo revisão integrativa. Resultados:
Foram encontradas 40.831 publicações, restringindo-as para títulos em português, texto
completo disponível gratuitamente, artigos e publicados nos últimos cinco anos (2012, 2013,
2014, 2015 e 2016). Dessa forma, restaram 26 artigos que foram lidos na íntegra e analisados
na presente pesquisa. Discussão: Em média, 69% dos artigos não utilizou base metodológica
para avaliar a efetividade das intervenções. Evidenciaram-se as limitações das publicações
quanto às conclusões e avaliações das estratégias utilizadas de forma superficial. As
metodologias propiciam uma melhor abordagem e fidedignidade quanto aos resultados,
contribuindo para que pesquisadores e profissionais possam utilizar a estratégia avaliada.
Conclusão: Reforça-se a importância da pesquisa na área profissional, garantindo-nos tanto a
importância da busca de metodologias, quanto da avaliação da estratégia usada, para uma
melhor aplicabilidade de forma dinâmica, afável e pessoal.
Palavras-chave: Adolescente; Educação; Saúde.
ABSTRACT
Introduction: Given the importance and relevance of health education with adolescents, it is
essential to use strategies that are increasingly welcoming, dynamic, integrated and
subjective. Thus, the present work aims to evidence and evaluate health education strategies
used with adolescents. Methodology: This is a descriptive, qualitative research, being a
literature review of the type integrative review. Results: 40,831 publications were found,
restricting them to titles in Portuguese, full text available free of charge, articles published in
the last five years (2012, 2013, 2014, 2015 and 2016). Thus, 26 articles remained that were
read in full and analyzed in the present research. Discussion: On average, 69% of the articles
did not use a methodological basis to evaluate the effectiveness of the interventions. The
7
.
limitations of the publications regarding the conclusions and evaluations of the strategies used
superficially were evidenced. The methodologies provide a better approach and
trustworthiness regarding the results, contributing to researchers and professionals who can
use the evaluated strategy. Conclusion: The importance of research in the professional area is
strengthened, guaranteeing both the importance of the search for methodologies and the
evaluation of the strategy used, for a better applicability in a dynamic, friendly and personal
way.
Key-words: Adolescent; Education; Health.
INTRODUÇÃO
Nos últimos 20 anos, a atenção à saúde do adolescente vem ganhando uma significativa
importância em diversos países e até mesmo em instituições internacionais voltadas à
promoção de pesquisas, comprovando que a educação em saúde promotora de um modo de
vida saudável para esse público é decisiva, não unicamente para o jovem, como também para
as gerações posteriores1.
Abordar este público é um desafio, pois a adolescência é um período com marcantes
transformações multidimensionais, envolvendo um contexto biológico, psicológico e
sociocultural. A adolescência é um período em que se experimentam mudanças e conflitos
que, muitas vezes, não são acompanhados de maneira satisfatória pela família, nem por parte
de profissionais2.
Todo o processo de vivência do jovem afetará na sua vida futura, pois será esta experiência
que o direcionará em suas práticas, por meio da influência de amigos e pessoas que o cercam,
podendo gerar mudanças comportamentais e de atitudes resultantes de todas essas interações.
A adolescência vai apresentando para o ser uma identificação pessoal, sexual e laboral,
permitindo-o desempenhar diversas atribuições implantadas na sociedade. Esta caracterização
é a figura que o sujeito construiu de si, e continuará consistente ainda que haja modificações
nas diversas funções sociais que possa vir a realizar1.
Essas mudanças e transformações configuram-se com um quadro de vulnerabilidade aos
agravos sociais, devido à falta do conhecimento, ocasionado por diversos fatores, gerando
assim uma possível gravidez não planejada, abortos, contaminação por doenças sexualmente
transmissíveis, uso de álcool e outras drogas, violências físicas, psicológicas, familiares e
diversos outros tipos de agravos. Deste modo, é necessário empoderar o adolescente a trilhar;
8
.
em meio aos agravos, riscos e vulnerabilidades em que está exposto; um caminho para
efetivação de todo seu potencial.
A execução de metodologias educativas com adolescentes, direcionadas para a formação de
competências na vida, são de grande importância. A educação em saúde oportuniza ao
adolescente combater a influência as condutas precipitadas para que não venha acometer sua
saúde e seu desenvolvimento. Assim, é possível instigar a autonomia do jovem no combate à
vulnerabilidade aos riscos que esta faixa etária está exposta3.
Os usos de metodologias/ estratégias ativas na educação em saúde contribuem para o
autoconhecimento, o aumento de capacidades e atitudes antecipadas dos adolescentes, além
de estímulo a sensibilidade, inteligência, o entendimento coeso e de tornarem o adolescente
multiplicador de conhecimentos4.
A educação em saúde fundamentada em evidências é tomada como uma área de particular
relevância na prática clínica e na investigação. O enfoque de diferentes esferas da saúde
carece de modo indispensável, dos princípios subjacentes à medicina baseada na evidência,
por garantir a efetivação de práticas clínicas apropriadas e cientificamente fundamentadas. 24
É imprescindível para a saúde dos adolescentes, instalar táticas integradas e intersetoriais para
a efetivação da saúde, precaução de doenças e agravos5. Contudo a abordagem e o trabalho de
educação em saúde dos profissionais com esse público têm sido dificultados, pela
desmoralização dos direitos dos adolescentes1.
A prática deve ser aplicada com uma importante reflexão crítica quanto a relação teoria/
prática, sem a qual a teoria seria apenas palavras, e a prática, imposição23
.
Para os adolescentes, as estratégias participativas são as metodologias de educação em saúde
que suprem da melhor forma as perspectivas em abrangência de atividades. De modo que o
debate em grupo beneficia o diálogo, que é um método ativo que se amplia entre sujeitos,
arrastando todos à demonstração franca e aberta dos pensamentos2.
O desenvolvimento de educação em saúde surge oportunizando-se dos diversos ambientes
com diferentes estratégias. Salientam-se: rodas de terapia, o acolhimento individual, ações na
atenção básica, a realização de oficinas, ações com o Núcleo de Apoio a Saúde da Família
(NASF), Bombeiros, Polícia e Conselho Local de Saúde, que são organizados na tentativa de
minimização da vulnerabilidade nos adolescentes. Todavia, a relação dos profissionais como
esses serviços são por vezes breves e as atuações intersetoriais fracas6.
9
.
É importante ressaltar também a oportunidade de variados locais em que as metodologias
podem ser aplicadas, como escolas, igrejas, praças, centros urbanos, clínicas, setores
hospitalares em que os adolescentes encontram-se internados, em tratamento e outros.
Entretanto, são diversas as dificuldades relatadas para a realização de atividades com os
adolescentes: a baixa receptividade de alguns adolescentes e seus pais, os “tabus” advindos
das gerações menos escolarizadas tanto dos familiares como dos educadores, desinteresse dos
profissionais em ir ao encontro desse grupo populacional, o excesso de demanda de
atendimentos, a falta de políticas públicas e de capacitação para a equipe, as limitações do
espaço físico para atividades, e dificuldades de inserção nos ambientes em que esses
adolescentes estão inseridos como clínicas, escolas e programas instaurados na comunidade6.
A promoção da saúde na adolescência é um desafio que inclui a intersetorialidade, a
capacitação e articulação profissional para os que trabalham com este grupo populacional. É
importante também afirmar o papel da gestão em saúde, que deve incentivar políticas que
promovam a saúde do adolescente.
Não só desenvolver a estratégia de educação em saúde, mas é importante avaliar a efetividade
das ações, como forma do desenvolvimento de uma consciência crítico- reflexiva quanto às
estratégias aplicadas7.
Visto a importância e relevância da educação em saúde com adolescentes, é essencial o uso de
estratégias cada vez mais acolhedoras, dinâmicas, integradas e subjetivas. Assim, o presente
trabalho objetiva evidenciar e avaliar as estratégias de educação em saúde utilizadas com
adolescentes.
DESENVOLVIMENTO
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, sendo revisão de literatura do tipo revisão
integrativa.
A revisão integrativa da literatura consiste na elaboração de uma vasta apreciação da
bibliografia, com a intenção de contribuir para discussões sobre metodologias e resultados de
pesquisas e também para cogitações sobre futuros estudos a serem realizados8.
Para a construção da revisão de literatura, fez-se necessário seguir etapas para a composição
do estudo: Identificação da questão de pesquisa, estabelecimento de critérios da amostragem
da pesquisa, identificação dos estudos, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados e
apresentação do estudo8.
10
.
Para nortear a pesquisa, estabeleceu-se a seguinte questão: Quais as estratégias de educação
em saúde utilizadas com adolescentes? As palavras chave foram escolhidas pelos Descritores
em Ciências da Saúde presentes na BVS (DeCS): adolescente, educação e saúde.
O local para busca e seleção dos estudos foi em publicações armazenadas no banco de dados
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) que está composta de bases de dados bibliográficas
produzidas pela Rede BVS, como LILACS, Medline, Scielo e outros tipos de fontes de
informação tais como recursos educacionais abertos, sites de internet e eventos científicos. A
pesquisa foi realizada no dia 12 de julho de 2016. Foram utilizados os descritores:
“adolescente”, “educação” e “saúde”. Entre os esses foi utilizado o operador booleano “and”.
Os critérios de inclusão foram: estudos em português, texto completo disponível, documento
do tipo “artigo”, publicados nos últimos cinco anos por serem pesquisas mais recentes. Foram
excluídos os artigos em formato de revisão de literatura e que não respondessem a questão
problema pesquisada. Os títulos e resumos foram avaliados e as pesquisas que atenderam aos
critérios previamente instituídos, foram selecionadas e lidas na íntegra.
Os resultados são expostos de maneira descritiva, organizados em tabelas, objetivando-se
captar as evidências e avaliações das estratégias de educação em saúde utilizadas com os
adolescentes.
RESULTADOS
Por meio da utilização dos descritores “adolescente”, “educação” e “saúde” e do booleano
“and” foram encontrados 40.831 publicações, restringindo para títulos em português obteve-
se 3.014 estudos, limitando-se para texto completo disponível gratuitamente 1.518 foram
selecionados, desses 1.294 eram artigos e 468 publicados nos últimos cinco anos (2012, 2013,
2014, 2015 e 2016).
Com a leitura de títulos e resumos, foram excluídos 81 artigos por estarem repetidos, 38 por
tratarem de revisão de literatura e 346 por não responderem à questão problema da pesquisa.
Dessa forma, restaram 26 artigos que foram lidos na íntegra, analisados e apresentados no
quadro exposto.
Quadro 1: Descrição dos artigos conforme: Título, autor, ano, profissionais envolvidos, local,
periódico, tipo de estudo e local da intervenção. Santa Cruz, RN. 2016.
Título Autor/ ano/ Profissionais
envolvidos/ Local
Periódico/ Tipo de
estudo
Local da
intervenção
Conhecimentos sobre
tabagismo em escolares.
Vitta AD, Daniela TS, Fabiana
CFV et al./ 2013/ Fisioterapeuta,
Terapeuta Ocupacional,
Enfermeiro, Odontólogo/ SP.
JHGD/ Qualitativo-
relato de
experiência.
Escola -
fundamental
(Cinco 5ª
séries).
11
.
Cultura masculina e
religiosidade na prevenção
das DSTs/ HIV/ AIDS em
adolescentes.
Ferreira AGN Kelanne LS,
Pedro RMS./ 2012/ Enfermeiros
e acadêmicos de Enfermagem/
CE.
remE – Rev. Min.
Enferm/ Qualitativo
exploratório.
Escola
Municipal -
fundamental
(7° ao 9° ano).
Dinâmicas de criatividade e
sensibilidade na abordagem
de álcool e fumo com
adolescentes.
Lopes GT, Priscila CB, Ingryd
CVF et al./ 2012/ Enfermeiro,
Publicitário e acadêmicos de
Enfermagem./ RJ
Rev. Enferm/
Qualitativo - relato
de experiência.
Escola pública
– fundamental
(4 turmas do 6º
ano).
Educação em saúde com
adolescentes acerca do uso de
álcool e outras drogas.
Pedrosa SC, Costa DVS, Citó
MCO et al./ 2015/ Enfermeiro/
CE.
RECOM/
Qualitativo-relato de
experiência.
Ensino médio -
Escola
Municipal.
Educação em saúde com
adolescentes: compartilhando
Vivências e reflexões.
Coelho MMF, Raimundo AMT,
Karla CLM et al./ 2012/
Enfermeiros e acadêmicos./ CE.
Cienc Cuid Saúde/
Qualitativo- relato
de experiência.
Escola.
Educação em saúde para
adolescentes de uma escola
municipal: A sexualidade em
questão.
Pinto MB, Santos NCCB,
Albuquerque AM, Ramalho
MNA, Torquato IMB./
Enfermeiros e acad./ 2013/ PB.
Cienc Cuid Saúde/
Qualitativo - relato
de experiência.
Escola
municipal-
Fundamental.
Educação sexual de
adolescentes na perspectiva
freireana através dos Círculos
de cultura.
Nau AL, Boca SS, Schülter
BHIT, Maria GM, Castillo L./
Médico, enfermeiro, acadêmico
de medicina./ 2013/ SC.
Revrene/
Qualitativo-
pesquisa-intervenção
Escola-
Fundamental
(7ª e 8ª série).
Efeitos das drogas lícitas e
ilícitas na percepção de
Adolescentes: uma
abordagem de enfermagem.
Silveira HS, Ferreira VS,
Zeitoune Artigo de Pesquisa
RCG, Domingos AM/
Enfermeiros/ 2013/ RJ.
Rev. Enferm./
Quantiqualitativo.
Comunidade
na cidade do
Rio de Janeiro.
Estudantes de Medicina
ensinam Ressuscitação
Cardiopulmonar a Alunos do
Fundamental.
Ribeiro LG, Rafael G, Pedro
LM, André S, Antônio PF./
Médicos e acadêmicos de
medicina./ 2013/ SP.
SBC / Qualitativo -
pesquisa-
intervenção.
Escolas -
fundamental;
públicas e
privadas.
Expressão livre de jovens por
meio do Fanzine: recurso
para a terapia ocupacional
social.
Lopes RE, Borba PLO, Monzeli
GA./ Terapeuta Ocupacional/
2013/ SP.
Saúde Soc./
Qualitativo -
pesquisa-
intervenção.
Periferia.
Vivências do adolescente
com HIV/AIDS.
Motta MGC, Pedro ENR, Paula
CC et al./ Médico, Psicólogo e
enfermeiro/ 2014/ RS.
REME/ Qualitativa -
relato de
experiência.
Serviços
Especializados
Intervenção educativa
utilizando a atividade de vida
respiração com adolescentes.
Bezerra EP, Sousa LBM, Alves
DS./ Enfermeiros/ 2014/ CE.
EANRE/
Qualitativa-
pesquisa-ação.
EJA - Escola.
Oficinas educativas como
estratégia de promoção da
saúde auditiva do
adolescente: estudo
exploratório.
Lacerda ABM, Soares VMN,
Goncalves CGO, Lopes FC,
Testoni R./ Fonoaudiólogo e
enfermeiro/ 2013/ PR.
ACR/ Qualitativo -
pesquisa-
intervenção.
Ensino médio-
escola pública.
Violência sob o olhar de
adolescentes: intervenção
educativa com Círculos de
Cultura
Neto WB, Andrea RSS, Antônio
JAF et al./ Enfermeiros/ 2015/
PE.
REBEn/ Pesquisa-
ação - qualitativa.
Ensino médio -
escola
estadual.
12
.
Vulnerabilidade e autonomia
na pesquisa Com
adolescentes privados de
liberdade.
Zappe JG./ Psicólogo/ 2013 /
RS.
Psicologia: ciência e
profissão/ Relato de
Experiência
Centro de
cumprimento
de medidas
socioeducat.
Sentidos sobre “sexualidade”
e “drogas” entre adolescentes
no contexto escolar
Barros JPP, Rodrigues VF./
Psicólogos/ 2013/ CE.
EPP/ Intervenção -
qualitativa.
Escola pública
– fundamental.
Promoção da saúde do
adolescente em ambiente
escolar
Martins AS, Horta NC, Castro
MCG./ Enfermeiros e Assistente
Social/ 2013/ MG.
Rev APS/
Intervenção -
qualitativa.
Escola
municipal -5ª
série.
Programa de habilidades
interpessoal e direito sexual e
reprodutivo para
adolescentes: um relato de
experiência
Murta SG, Danilo CR, Isabela
OR et al./ Psicólogos/ 2012/ GO.
Psico – USF/ Relato
de experiência -
qualitativa.
Escola pública
– fundamental.
O convívio do adolescente
com HIV/AIDS e o
autocuidado: estudo
descritivo
Sampaio Filho FJL, Gubert FA,
Pinheiro PNC, Martins AKL,
Vieira NFC, Nóbrega MFB./
Enfermeiros/ 2013 / CE.
OBJN / Relato de
experiência –
qualitativa.
Ambulatório
de um hospital.
Educação em saúde com
adolescentes: análise da
aquisição de conhecimentos
sobre temas de saúde.
Viero VSF, Farias JM, Ferraz F,
Simões PW, Martins JA, Ceretta
LB./ Enfermeiros./ 2015 / RS.
EEAN/ qualitativa-
ação.
Escolas
estaduais -
Fundamental e
Médio
Impacto de um programa de
educação nutricional em
Adolescentes estudantes da
rede pública
Horta PM, Ferreira AD, Santos
LC./ Nutricionista/ 2012/ MG.
Rev APS/
intervenção -
qualitativa
Escola pública
- fundamental.
Intervenção educativa sobre
violência com adolescentes:
possibilidade para a
enfermagem no contexto
escolar
Neto WB, Andrea RSS, Antônio
JAF et al. Enfermeiros/ 2014/
PE
EEAN/ Pesquisa-
ação - qualitativa.
Escola
estadual -
semi-integral.
Educação sexual na escola a
partir da psicologia
Histórico-cultural
Bortolozzi ACM, Eidt NM,
Terra BM, Maia GL./
Psicólogos/ 2012/ SP.
Psicologia em
Estudo/ Intervenção
- qualitativa.
Escola
municipal
Grupo de educação em saúde
com adolescentes de uma
comunidade adscrita a uma
USF: uma experiência de
aprendizado no âmbito do
programa de educação pelo
trabalho
Melo GC. / Enfermeiros / 2014 /
AL.
Rev. APS/ Relato de
experiência –
qualitativa.
Escolas
públicas -
fundamental e
médio.
Bonde do cine: uma
experiência Inter setorial de
educação popular em saúde
Ferrugem RD, Funk CS, Souza
RD, Machry DS, Souza CC./
2015/ Assistente Social,
Odontóloga, Psicóloga e
enfermeira./ RS.
Rev. APS/ Relato de
experiência-
qualitativa.
Escola pública
- ensino
médio.
Cotidiano de adolescentes
com o vírus da
Paula CC, Stela MMP, Paulo
VCA et al./ Enfermeiros e
Rev Enferm UFSM/
Relato de
Hospital
Universitário.
13
.
imunodeficiência humana em
Tratamento
acadêmicos de enfermagem/
2013/ RS
experiência -
qualitativa
Fonte: A autora.
Quanto ao ano de publicação, evidenciou-se que nos últimos cinco anos, 2013 foi o ano em
que mais houve publicações referentes ao tema pesquisado, com 13 artigos, seguido de 2012
com 6 publicações, 2014 e 2015, ambos com 4 publicações e o ano de 2016 sem publicações.
Em relação aos profissionais envolvidos com a publicação dos estudos, 19 artigos contaram
com a presença de enfermeiros, 6 com psicólogos, 5 com acadêmicos de enfermagem, 3 com
médicos. Assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, odontólogos e acadêmicos de medicina
estiveram presentes em 2 estudos cada e fisioterapeutas, publicitários, fonoaudiólogos e
nutricionistas participaram de apenas 1 estudo.
Com relação ao local de realização da pesquisa, a região Nordeste destacou-se com 10
publicações (6 do Ceará, 2 de Pernambuco, um da Paraíba outro de Alagoas), seguida da
região Sudeste com 8 estudos (5 do Rio Grande do Sul, 2 de Minas Gerais e 1 de Goiás),
região Sul com 7 (4 de São Paulo, 2 do Rio de Janeiro e uma de Santa Catarina). Na região
Centro-Oeste, constatou-se 1 estudo no estado do Paraná e não foram encontradas publicações
de estudos da Região Norte.
As publicações são originadas de diversas de revistas. A revista APS-Atenção Primária à
Saúde, foi a que obteve o maior número de publicações, com o total de 4 artigos. A EEAN -
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem integrou 3 estudos. A REME - Revista Mineira de
Enfermagem 2, a Revista Enfermagem UERJ 2, bem como a Ciência, cuidado e saúde –
UEM. As demais revistas tiveram 1 publicação, Journal of Human Growth and Development,
RECOM - Revista de enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, Psicologia em Estudo, Revrene-
revista da rede de enfermagem do nordeste, SBC – Sociedade brasileira de cardiologia, Saúde
e Sociedade, Revista Enfermagem UFSM, Audiology Communication Research: ACR,
REBEn - Revista Brasileira de Enfermagem, Psicologia: ciência e profissão, Estudos e
Pesquisas em Psicologia, Psicologia – USF e OBJN – Online Brazilian Journal of nursing.
Em relação aos tipos dos estudos, 24 artigos utilizaram a abordagem qualitativa. A
metodologia mista qualitativa/quantitativa esteve presente em 2 pesquisas. Pesquisa-
intervenção foi apresentada em 21 artigos e pesquisa-ação em 5.
Dos 26 artigos analisados, foram identificados diversos tipos de estratégias usadas para a
aplicação de intervenções com os adolescentes. As oficinas educativas foram relatadas em 12
pesquisas, questionários foram usados em 6 estudos, o método freiriano e o circulo da cultura
14
.
foram citados 5 vezes cada. O diário de campo foi um método usado em 3 destes. Foram
citados em 2 artigos Jogos educativos, Método criativo sensível (MCS), Discussão grupal,
Dinâmicas de criatividade e sensibilidade (DCS), Vídeos ou filmes e Entrevistas. Estiveram
presente em apenas 1 estudo as aulas expositivas, o Grupo focal, Técnica do “ver e praticar”,
Método fanzine, oficinas de acordo com Monteiro e Rabelo (2005) e metodologia
interacionista.
Na pesquisa, foi possível identificar que 2 artigos não informaram o período de duração das
estratégias. , 2 artigos trabalharam suas ações em apenas 2 encontros, 3 estudos tiveram 3
encontros; 1 mês, 2 meses e 5 meses foram o tempo citado em 2 artigos, cada. Em apenas 1
artigo citou-se individualmente a duração de 4 meses. 7, 12, 15 encontros, 15 semanas e dois
anos. 1 estudo durou um ano e 4 duraram um semestre.
Quanto às temáticas abordadas nas ações, 16 eram sobre saúde sexual e reprodutiva. Drogas
foi em 9 pesquisas. Tabagismo foi abordado em um estudo. Autonomia e voluntariedade,
higiene, tratamento antirretroviral e saúde Bucal foram temas de intervenção em 2 artigos
cada. Preconceito, autocuidado, ressuscitação cardiopulmonar, saúde auditiva e educação
alimentar e nutricional, foram trabalhados em apenas 1 estudo cada.
As escolas foram os cenários de maior escolha pelos artigos, em 21 publicações. Dessas
instituições de ensino, 13 eram de nível fundamental, 7 do ensino médio e 1 EJA. 2 artigos
citaram os hospitais como escolha para a aplicação das estratégias; além de locais citados em
apenas 1 artigo, como periferia, comunidade, centros especializados e Unidade regional para
cumprimento de medida socioeducativa.
De forma geral as ações foram consideradas positivas pelos autores dos estudos, apenas em
um evidenciou-se a necessidade de melhoria nas estratégias. 96% dos artigos afirmaram
aumento do conhecimento, inclusive de forma crítico-reflexiva quanto às diversas temáticas
abordadas. Acrescenta-se que 7 pesquisas afirmaram o incremento do número de participantes
das ações no seu decorrer, como um feedback positivo para suas realizações.
Ensinar não trata-se apenas de transmitir os conhecimentos, conteúdos, nem formar. É
uma ação pela qual um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e acomodado. Não
há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças, não se
reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende
ensina ao aprender23
.
As estratégias foram avaliadas de diferentes formas entre os artigos pesquisados, alguns
utilizando mais de uma forma de avaliação. 8 artigos citaram que houve uma afirmação
15
.
positiva por parte dos adolescentes relatando a assimilação dos conhecimentos aplicados. 7
pesquisas avaliaram suas estratégias pelo aumento dos diálogos e debates críticos com os
profissionais envolvidos. Materiais artísticos e textos redigidos pelos participantes foram
usados para avaliar a apropriação do conhecimento em intervenções aplicadas em 6 artigos. 5
estudos aplicaram questionários como avaliação. Avaliações coletivas com retorno positivo
foram mencionadas em 3 artigos. Foram empregadas análises estatísticas em 3 artigos. Em
três artigos, observou-se o uso de metodologias de análise de discurso obtido em grupo para
afirmar a eficácia da intervenção realizada. A construção de paródias foi usada para avaliar o
conhecimento após intervenções em 2 artigos. 1 artigo utilizou a atividade lúdica e 1 questões
abertas. Evidencia-se a falta de detalhamento da forma como a avaliação da estratégia foi
realizada pelas publicações, limitando algumas conclusões.
DISCUSSÃO
Dentre os cinco anos utilizados para a pesquisa, os anos anteriores ganharam destaque em
publicações, mostrando uma queda de publicações atualmente quanto ao tema. Como a data
de coleta de dados foi em meados de 2016, pode-se, justificar a não constatação de
publicações.
Em 2007, iniciou-se um programa pelo Ministério da Educação, vinculado com o Ministério
da Saúde denominado Programa Saúde na Escola (PSE), que priorizava promover o
desenvolvimento intelectual dos adolescentes através da educação em saúde nas escolas,
abordando temas relevantes à fase da puberdade. Em 2013, cerca de 80% dos adolescentes
brasileiros que frequentavam escolas haviam recebido orientações de prevenção e promoção à
saúde, de acordo com pesquisas nacionais9.
É importante destacar o valor da formação de vínculos para que haja a continuidade dos
programas e ações de incentivos à educação em saúde com os adolescentes.
Quanto aos profissionais envolvidos com as intervenções realizadas com os adolescentes,
apesar de existir uma grande diversidade de profissionais, mostrando o interesse dos mesmos
quanto ao assunto, 73% dos profissionais eram enfermeiros. Vale destacar que nenhum dos
descritores de busca utilizados foi da área exclusiva da enfermagem.
A enfermagem possui um papel educativo que contribui para a promoção da saúde e
prevenção de doenças e agravos, em que o dever do “cuidado” vai além da cura de males,
conquistando o seu espaço nas intervenções sociais, ambientais e educativas10
.
O Ministério da Saúde corrobora com essa afirmação e acrescenta que as ações inter e
multiprofissional devem ocorrer como uma busca constante, mas o surgimento de problemas
16
.
ou impossibilidade não pode ser um empecilho. Atividades específicas podem ser feitas
apenas com um profissional que tenha interesse em realizar as ações e, gradualmente, instigar
outros profissionais para a realização do trabalho em equipe. Todas as classes de profissionais
podem se qualificarem para o acolhimento de adolescentes e jovens. A equipe
multiprofissional contribui para aumentar as possibilidades de atuação e resolução de
problemas11
.
A região Nordeste destacou-se com o maior número de publicações, seguida das demais
regiões. Na região Norte não foi encontrado publicações de estudos.
O programa de Saúde da Família surgiu na região Nordeste, sendo implantado em pequenos
municípios, alcançando após uma década os grandes centros urbanos do país. A Estratégia de
Saúde da família conquistou um espaço em todo o país, sendo adotada pelo Ministério da
Saúde, como um modelo referencia, tornando-se uma política de Estado e um dos pilares de
sustentação do Sistema Único de Saúde. Assim, é provável que, a região Nordeste tenha
conquistado maior estabilidade e inserção, garantindo maior número de adesão da população
ao sistema12
.
Por outro lado, a região Norte é a região que possui um dos menores índices de educação do
país, o que pode gerar uma maior dificuldade de acesso da população ao desenvolvimento de
pesquisas, ou até mesmo das estratégias de educação em saúde13
.
A maior parte das publicações foi em revistas voltadas para a área da Atenção Básica, sendo
uma área de grande atuação da Enfermagem. As revistas de Enfermagem ganharam destaque
de publicações na pesquisa. Seguiram-se revistas voltadas para a psicologia e a medicina. As
demais abordavam um contexto multidisciplinar.
A participação de revistas de Enfermagem em bases de dados comprova o avanço
quantitativo e qualitativo na produção do conhecimento da área. Mesmo o crescimento do
número de revistas brasileiras em outras bases confirma esse fato. Publicar e compartilhar
achados, novos dados, pensamentos críticos e aprofundados, de alguma maneira contribuem
para a qualificação das práticas profissionais em saúde14
.
As pesquisas do tipo qualitativas compuseram 89% dos textos. 11% utilizaram uma
metodologia mista, qualiquantitativo. 81% dos artigos utilizaram a abordagem do tipo relato
de experiência e 19% optaram pela pesquisa-ação.
A pesquisa qualitativa não se preocupa com estatísticas, mas, sim, com o aprofundamento da
concepção do grupo abordado. Está ligado ao diagnóstico dos sentidos que vão ganhando de
forma crescente a integralização aos aprendizados. O qualitativo refere-se, então, à
17
.
probabilidade de restaurar os abalos da comunidade, percebido nos conflitos, nas desavenças,
frente às influencias, para um futuro indeterminado15
.
A pesquisa-intervenção não busca a transformação imediata da ação instituída, pois a
modificação é decorrência da produção de uma analogia entre teoria e prática, bem como
entre sujeito e objeto. Na pesquisa-intervenção, a relação pesquisador/ objeto pesquisado é
eficaz e gerará os próprios caminhos da pesquisa, sendo um resultado da equipe envolvido16
.
Em 46% dos artigos, a oficina educativa esteve presente como estratégia de educação em
saúde com os adolescentes. Destaca-se que alguns autores não foram específicos sobre a
metodologia utilizada na ação, contudo, possuíam características semelhantes à de uma
oficina, dessa forma, a porcentagem de uso de oficinas pode ser maior que a apresentada.
As oficinas educativas possibilitam a quebra do tabu existente no contato direto entre o
profissional e o sujeito, sendo uma estratégia que permite a abertura livre do individuo e do
coletivo quanto às necessidades, perspectivas e situações de vida que influenciam a saúde,
possibilitando a formação da educação coletiva e a unificação da reflexão com a ação17
.
Ainda destacaram-se os questionários, o método Freiriano, com o círculo da cultura e o diário
de campo. Outras formas também foram citadas em menor frequência: uso de vídeos ou
filmes, aulas expositivas, jogos educativos, entre outros.
O método de Paulo Freire valoriza as raízes culturais do indivíduo, que se mostram no Círculo
de Cultura, um termo nomeado pelo autor, constituído por um ambiente oportunizador da
troca de aprendizagem e de conhecimento referente a temas de interesse do próprio grupo ou
comunidade. O diário de campoé utilizado para o registro das atividades dos Círculos de
Cultura com o objetivo de aperfeiçoar a qualidade e a fidelidade dos dados coletados18
.
As ações de educação em saúde duraram em média 6 encontros. Uma ação teve o período de
2 anos. 3 artigos relatam duração de 6 meses de ações. Um artigo descreve o tempo de um
mês. Dessa forma, prevaleceram-se as mais extensas, o que assinala uma necessidade de
organização dos profissionais para realiza-las.
81% dos artigos relatam a escola como espaço de intervenção. 15% ocorreram em periferia,
comunidade, centros especializados e Unidade regional para cumprimento de medida
socioeducativa. Apenas 7% das pesquisas ocorreram na área hospitalar, percebendo-se
alguma maior dificuldade ou resistência à realização de atividades de educação em saúde
nesse âmbito.
Desde o surgimento dos primeiros hospitais, veem-se tentando descontruir a cultura apenas
curativa dos hospitais. A enfermagem ganha destaque quanto às lutas de melhorias de
18
.
assistência ao paciente, onde o hospital deixa de ser apenas uma instituição que reestabelece a
saúde para se ter uma função mais abrangente na recuperação, manutenção e prevenção da
doença19
.
61% dos artigos abordavam educação sexual e reprodutiva como tema de suas ações. Drogas
foram abordadas em 38% dos estudos. Outros temas foram relatados em uma menor escala:
Saúde Bucal, autocuidado, preconceito, entre outros.
A saúde sexual e reprodutiva vem ganhando destaque em meios de referencia. A Organização
das Nações Unidas (ONU) ressaltou na Conferência do Milênio, no ano de 2000, oito
objetivos de desenvolvimento. A saúde sexual e reprodutiva estava ligada de forma direta em
quatro destes objetivos. No Brasil, o Pacto pela Saúde, estabelecido em 2006 pelos gestores
do Sistema Único de Saúde (SUS), também engloba a saúde sexual e a saúde reprodutiva
entre as suas prioridades20
.
Embora o uso das drogas seja uma prática presente desde os tempos remotos, nas ultimas
décadas, indicadores apontam que o abuso dessas substâncias vem assumindo uma dimensão
preocupante, acarretando estragos a população, sobretudo aos jovens e adolescentes. A
insuficiência de recursos financeiros que garantam uma politica de educação, prevenção e
tratamento de uma forma adequada, a baixa efetividade dos programas e a baixa produção do
conhecimento mostra o reflexo de uma baixa prioridade politica atribuída ao tema21
.
Em média, 69% dos artigos não utilizou base metodológica para avaliar a efetividade das
intervenções. Evidenciaram-se as limitações das publicações quanto às conclusões e
avaliações das estratégias utilizadas de forma superficial.
Para se avaliar a efetividade de uma atividade, o aprendizado e aproveitamento, é importante
a utilização de técnicas metodológicas que contribuem para o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da educação em saúde. As metodologias propiciam uma melhor abordagem
e fidedignidade quanto aos resultados, contribuindo para pesquisadores e profissionais que
poderão utilizar a estratégia avaliada. A avaliação das metodologias contribui de forma efetiva
na qualificação das práticas de atenção a saúde, na aprendizagem, mudança e a reconstrução
do cotidiano, sensibilização dos profissionais e também no planejamento e organização das
atividades do serviço de forma eficiente e confiável22
.
CONCLUSÃO
A educação em saúde com adolescentes é uma área muito desafiadora e de grande relevância
para o desenvolvimento e contribuição da sociedade. A adolescência é um período de
formação da identidade social, que requer uma atenção especial por parte dos profissionais e
19
.
familiares. A escolha de metodologias para a construção de ações educacionais é de extrema
importância.
Após a analise dos dados foi possível evidenciar as estratégias de educação em saúde
realizadas com adolescentes, embora sendo avaliadas de formas superficiais e pouco eficazes.
Ressalta-se que as metodologias participativas são de grande contribuição para o
desenvolvimento educacional, reflexivo e de diálogo entre os profissionais e os adolescentes.
Foi identificada a desvalorização de utilização de metodologias embasadas cientificamente,
para a melhor avaliação das ações educativas.
Observou-se que a enfermagem é a área que vem se destacando nas publicações, nas
realizações de intervenções e ações educativas. Salienta-se a inserção de uma grande
variedade de profissionais envolvidos com pesquisas nesta área de conhecimento.
Notou-se uma grande variedade de politicas publicas voltada para a saúde do adolescente, que
de contra partida são poucas efetivadas e priorizadas em ambientes sociais produzidos para a
construção e formação social do adolescente, em que se predominam ambientes escolares para
a iniciativa de estratégias educacionais.
Conclui-se que a pesquisa é de grande contribuição e significado social por garantir um
melhor desenvolvimento crítico reflexivo do profissional quanto a sua formação e construção
da identidade. Portanto são necessárias mais pesquisas voltadas para a educação em saúde
com os adolescentes.
Reforça-se a importância da pesquisa na área profissional, garantindo-nos tanto a importância
da busca de metodologias, quanto da avaliação da estratégia usada, reportando-nos para o
valor das práticas baseadas em evidencias, para uma melhor aplicabilidade de forma
dinâmica, afável e pessoal.
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diferenciado-para-o-mec,7eaf8e46262426a5992f6c959ee46096jtx2RCRD.html>.
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ANEXOS
1. NORMAS DA REVISTA DE APS
A Revista de APS – Atenção Primária à Saúde – (impressa e on line) é uma publicação
científica trimestral do Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde (NATES), da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Sociedade Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade e Rede de Educação Popular em Saúde, e tem por
finalidades: sensibilizar profissionais e autoridades da área de saúde em APS; estimular e
divulgar temas e pesquisas em APS; possibilitar o intercâmbio entre academia, serviço e
movimentos sociais organizados; promover a divulgação daabordagem interdisciplinar e
servir como veículo de educação continuada e permanente no campo da Saúde Coletiva, tendo
como eixo temático a APS.
1. A revista está estruturada com as seguintes seções: Artigos Originais; Artigos de Revisão; Artigos
de Atualização; Relato de Casos e Experiências; Entrevista; Tribuna; Atualização Bibliográfica;
Serviços; Notícias.
A seção “Artigos de Revisão” é composta por artigos nas áreas de “Gerência, Clínica, Educação em
Saúde”. Os “artigos de revisão” são trabalhos que apresentam sínteses atualizadas do conhecimento
disponível sobre matérias das ciências da saúde buscando esclarecer, organizar, normatizar, simplificar
abordagens dos vários problemas que afetam o conhecimento humano sobre o homem e a natureza e
sua inserção social e cultural. Têm por objetivo resumir, analisar, avaliar ou sintetizar trabalhos de
investigação já publicados em revistas científicas. (Devem ter até 20 páginas com texto estruturado em
introdução, desenvolvimento e conclusão).
2. A submissão dos trabalhos é realizada online no endereço:
http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmissions .O (s) autor (es) deve (m)
se cadastrar usando E - mail válido, respondendo de forma ágil às mensagens eletrônicas recebidas,
podendo aí acompanhar o processo de avaliação. Os artigos devem ser elaborados utilizando o
programa “Word for Windows”, versão 6.0 ou superior em formato doc ou rtf, letra “Times New
Roman” tamanho 12, espaço entre linhas um e meio, com o limite de páginas descrito entre parênteses
em cada seção acima citada. Devem vir acompanhados de ofício de encaminhamento (anexado em
documento suplementar no Passo 4 da submissão em
http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmissions ) contendo nome dos
autores e endereço para correspondência, e-mail, telefone, fax e serem endereçados à revista. Neste
ofício, deverá ser explicitada a submissão exclusiva do manuscrito à Revista de APS, bem como
declaração formal da contribuição de cada autor (segundo o critério de autoria do International
Committee of Medical Journal Editors, autores devem contemplar todas as seguintes condições: (1)
Contribui substancialmente para a concepção e planejamento, ou análise e interpretação dos dados; (2)
Contribui significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; e (3)
Participei da aprovação da versão final do manuscrito). Ao trabalho que envolver pesquisa com seres
25
.
humanos será exigido que esta tenha obtido parecer favorável de um Comitê de ética em pesquisa em
seres humanos, devendo o artigo conter a referência a esse consentimento, estando citado qual CEP o
concedeu, e cabendo a responsabilidade pela veracidade desta informação exclusivamente ao (s) autor
(es) do artigo.
3. Os trabalhos devem obedecer à seguinte sequência de apresentação:
a) título em português e inglês; deve ser conciso e explicativo, representando o conteúdo do trabalho.
Não deve conter abreviaturas
b) a identificação dos autores, filiação institucional e contato devem ser digitadas no SEER, cadastro
dos autores. O manuscrito dever ser submetido no SEER sem autoria.
c) resumo do trabalho em português em que fiquem claros a síntese dos propósitos, os métodos
empregados e as principais conclusões do trabalho;
d) palavras-chave – mínimo de 3 e máximo de 5 palavras-chave ou descritores do conteúdo do
trabalho, apresentadas em português de acordo com o DeCS – Descritores em Ciências da Saúde da
BIREME- Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – URL:
http://decs.bvs.br/
e) abstract – versão do resumo em inglês;
f) key words – palavras-chave em inglês, de acordo com DeCS;
g) artigo propriamente dito, de acordo com a estrutura recomendada para cada tipo de artigo, citados
no item 1;
h) figuras (gráficos, desenhos, tabelas) devem ser enviadas no corpo do texto, no local exato de
inserção na definição dos autores; serão aceitas fotografias em preto e branco. Todas as figuras
deverão ser apresentadas em preto e branco ou escalas de cinza;
i) referências: Em conformidade com os “Requisitos Uniformes para Originais submetidos a
Periódicos Biomédicos” conhecido como Estilo de Vancouver, elaborado pelo Comitê Internacional
de Editores de Revistas Médicas – ICMJE disponível em: < http://www.icmje.org > e <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed > (ingles) e <
http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html > (português).
1. Não são aceitas notas de rodapé. O conteúdo das mesmas deve ser inserido no corpo do artigo;
2. Citações no texto: as citações de autores e textos no corpo do manuscrito serão numéricas, de
acordo com ordem de citação, utilizando o estilo “Vancouver” ou “Requisitos Uniformes para
Originais submetidos a Periódicos Biomédicos”.
Ex:
Citando autor: Vasconcelos1:
Citando texto: “A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento do setor saúde que se tem
ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar cotidiano da
população.”1:243
(indica-se o nº da referencia : e a pagina)
26
.
Todas as referências citadas no texto, incluindo as de quadros, tabelas e gráficos deverão fazer parte
das referências, apresentadas em ordem numérica no final do artigo.
Regras para entrada de autores ver em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed&part=A32352
A seguir são apresentados alguns exemplos de referências:
Artigo de Periódicos
Com até seis autores:
Motta MG. Programa Médico de Família de Niterói: avaliação da assistência pré-natal na Região
Oceânica. Rev APS. 2005 jul./dez; 8(2):118-22. .
Najar AL, Peres FF. A divisão social da cidade e a promoção da saúde: a importância de novas
informações e níveis de decupagem. Ciên Saúde Coletiva. 2007 maio/jun;12(3):675-82.
Aquino NMR, Sun SY, Oliveira EM, Martins MG, Silva JF, Mattar R. Violência sexual e associação
com a percepção individual de saúde entre mulheres. Rev Saúde Pública. 2009 dez; 43(6):954-60.
Com mais de seis autores
Hallal AH, Amortegui JD, Jeroukhimov IM, Casillas J, Schulman CI, Manning RJ, et al. Magnetic
resonance cholangiopancreatography accurately detects common bile duct stones in resolving
gallstone pancreatitis. J Am Coll Surg. 2005 Jun; 200(6):869-75.
Livro
Autoria própria
Birman J. Pensamento freudiano. Rio de Janeiro:Jorge Zahar; 1994. 204p.
Oguisso T, Schmidt MJ, organizadores. O exercício da enfermagem: uma abordagem ético-legal. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.
Sem autoria
Análise do desempenho hospitalar: III Trimestre. Rio de Janeiro: CEPESC; 1987. 295p.
Capítulo de Livro
Vasconcelos EM. Atividades coletivas dentro do Centro de Saúde. In: Vasconcelos EM. Educação
popular nos serviços de saúde. 3a. ed. São Paulo: Hucitec; 1997. cap.9, p.65-9.
Dissertação e Tese
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Ministério da Saúde (Brasil). Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS.
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Universidade Federal de Minas Gerais. Normas gerais de pós-graduação. Belo Horizonte: UFMG;
1997. 44p.
Documentos Jurídicos
Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Brasília: Senado
Federal; 1988. 292p.
Ministério da Saúde (Brasil). Portaria GM nº 971 de 03 de maio de 2006. Diário Oficial da União,
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Minas Gerais. (Brasil). Decreto n. 17.248 de 4 de julho de 975. Minas Gerais, Belo Horizonte, 1975.
jul. 5, p. 5.
Ministério da Saúde (Brasil). Portaria GM nº 971 de 03 de maio de 2006. [Citado em: 20 maio 2007b]
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/legislacao/portarias.html.
Artigo de Jornal
Sá F. Praias resistem ao esgoto: correntes dispersam sujeiras mas campanha de informação a turistas
começa domingo. Jornal do Brasil ( JB Ed.) 1999 abr. 15, Primeiro Caderno, Cidade, p.25. (col.1)
Gaul G. When geography influences treatment options. Washington Post (Maryland Ed.). 2005 Jul
24;Sect. A:12 (col. 1).
Referência de documentos de acesso em meio eletrônico
Base de Dados
Online Archive of American Folk Medicine [Internet]. Los Angeles: Regents of the University of
California. 1996 - [cited 2007 Feb 1]. Available from: http://www.folkmed.ucla.edu/.
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The American Academy of Pain Medicine: The Physician's Voice in Pain Medicine [Internet].
Glenview (IL): The Academy; c2007 [cited 2007 Feb 22]. Available from: http://www.painmed.org/.
Artigos de periodicos online
Polgreen PM, Diekema DJ, Vandeberg J, Wiblin RT, Chen YY, David S, Rasmus D, Gerdts N, Ross
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case-control study. Infect Control Hosp Epidemiol [Internet]. 2006 Jan [cited 2007 Jan 5];27(1):34-7.
Available from:
http://www.journals.uchicago.edu/ICHE/journal/issues/v27n1/2004069/2004069.web.pdf
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.
4. Os artigos são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
5. A revista aceita trabalhos em português, espanhol e inglês.
6. Há necessidade que os autores explicitem eventuais conflitos de interesse que possam interferir nos
resultados (em documento suplementar)
7. Em trabalhos que envolvam financiamentos, estes devem ser citados no final do artigo antes das
referências.
8. Avaliação por pares: os artigos recebidos são protocolados pelo SEER (Sistema eletrônico de
editoração de revistas) ficando na fila de submissões como não designados. A diretora executiva faz a
triagem, se insere como editora e faz a solicitação de avaliação a dois avaliadores entre os editores
associados e Conselho Editorial, em conformidade com as áreas de atuação e especialização dos
membros e o assunto tratado no artigo, dessa forma o artigo entra no SEER em avaliação. Todos os
artigos são submetidos à avaliação de dois consultores, de instituição diferente do(s) autor (es) em um
processo duplo cego, que os analisam em relação aos seguintes aspectos: adequação do título ao
conteúdo; estrutura da publicação; clareza e pertinência dos objetivos; metodologia; clareza das
informações; citações e referências adequadas às normas técnicas adotadas pela revista e pertinência a
linha editorial da revista. Os avaliadores emitem seus pareceres no sistema, aceitando, recusando ou
recomendando correções e/ou adequações necessárias. Nesses casos, os artigos serão devolvidos ao(s)
autor(es) para os ajustes e reenvio; e aos consultores para nova avaliação. Em caso de recomendação
de reformulação do artigo, o autor deverá fazer as modificações e enviar, junto com o artigo
reformulado, uma carta ao parecerista informando, ponto por ponto, as modificações feitas (essa
deverá ser anexada em documento suplementar no SEER). O resultado da avaliação é comunicado
ao(s) autor(es) e os artigos aprovados ficam disponíveis para publicação em ordem de protocolo. Não
serão admitidos acréscimos ou modificações após a aprovação.
9. A submissão dos trabalhos é on line no endereço: http://www.aps.ufjf.br. O (os) autor (es) deve (m)
se cadastrar usando E - mail válido, respondendo de forma ágil às mensagens eletrônicas recebidas,
podendo também acompanhar o processo de avaliação. Após o cadastramento deverá anexar o
manuscrito seguindo as instruções contidas nesse mesmo endereço.
Itens de Verificação para Submissão
Como parte do processo de submissão, autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão
com todos os itens listados a seguir. Serão devolvidas aos autores as submissões que não estiverem de
acordo com as normas.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra revista;
caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".
2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou RTF (desde
que não ultrapasse os 2MB)
3. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto (Ex.:
http://www.ibict.br) estão ativos e prontos para clicar.
4. O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ao invés de sublinhar
(exceto em endereços URL); com figuras e tabelas inseridas no texto, e não em seu final.
5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para
Autores, na seção Sobre a Revista.
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.
6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção Propriedades no
Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista, caso submetido para avaliação por
pares (ex.: artigos), conforme instruções disponíveis em Assegurando a Avaliação por Pares
Cega.
Condições para submissão
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da
submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de
acordo com as normas serão devolvidas aos autores.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra
revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".
2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou RTF
(desde que não ultrapasse os 2MB)
3. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto (Ex.:
http://www.ibict.br) estão ativos e prontos para clicar.
4. O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ao invés de
sublinhar (exceto em endereços URL); com figuras e tabelas inseridas no texto, e não em
seu final.
5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para
Autores, na seção Sobre a Revista.
6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção Propriedades
no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista, caso submetido para
avaliação por pares (ex.: artigos), conforme instruções disponíveis em Asegurando a
Avaliação por Pares Cega.
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