EvoluçãoeProjeto - PA · as praças coloniais brasileiras. Passeio Público - 1862 Rio de Janeiro...

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Evolução  e  Projeto  

ÁGORAS  GREGAS    FÓRUNS  ROMANOS    PIAZZE  ITALIANAS              PLACES  ROYALES  FRANCESAS    PLAZAS  MAYORES  ESPANHOLAS        SQUARES  INGLESAS    A  PRAÇA  COMO  ESPAÇO  DE  CONVIVÊNCIA  E  LAZER  DOS  

HABITANTES  URBANOS.    

Para os gregos, a ágora era o espaço

livre público por excelência, local

onde o exercício da cidadania se materializava

representando o espírito de

coletividade da população. Tinha

caráter político.

Tratava-se de um espaço delimitado

por edificações diversas de caráter

público e Stoas, conjunto de pórticos

ou colunatas abertos ao público onde o

mercadores, em feiras livres, podiam

comercializar seus produtos.

Ágora Grega.

O Fórum romano era constituído por um espaço livre público central onde ocorriam as relações sociais. Era o centro comercial da Roma Imperial. Nele localizavam-se as lojas, praças de mercado e locais para assembléias dos cidadãos. Era configurado por imponentes edifícios públicos que representavam a monumentalidade do Estado. As discussões políticas aconteciam não nas praças abertas, mas no interior dos edifícios.

Fórum Romano.

Piazza Del Campo, Siena – 1293 – Praça seca européia.

Piazza Del Campo

Siena - 1293

Mercado e centro social com onze acessos. Praça

inclinada, delimitada e definida pela arquitetura. Fluxos multidirecionais.

Forma irregular desenvolvida ao longo do

tempo.

Piazza Ducalle, Vigevano – 1498 – Praça seca européia.

Piazza Ducalle

Vigevano - 1498

Mercado e centro social com nove acessos. Praça plana delimitada e definida pela arquitetura. Fluxos

multidirecionais. Forma retangular imposta sobre o tecido medieval.

Plaza Mayor, Madri – 1620 – Praça seca européia.

Plaza Mayor Madri - 1620

Local de comércio e festas grandiosas. Uso original de

mercado explica os dez acessos. Praça plana

delimitada e definida pela arquitetura. Forma derivada de ideais renascentistas e

de domínio civil.

Praças Análogas

Todas constituem

centros multifuncionais.

Mesma função com formas diferentes.

Place Des Voges, Paris – 1612 – praça renascentista.

Place Des Voges

Paris - 1612

Primeiro exemplo de espaço urbano

renascentista em Paris e descendente direta da

Piazza Ducale de Vigevano. Se difere da anterior por

não ter um edifício público como seu foco. Era um espaço puro, unificado:

formalmente, era específica e finita; funcionalmente, era genérica e flexível. Antecedeu as grandes

praças inglesas e espanholas e ainda é um modelo atraente de praça residencial separada do

tráfego.

PRAÇAS  BRASILEIRAS    

QUAL  O  NOSSO  CONCEITO  DE  PRAÇA?    

No Brasil identificamos como largos, pátios ou

terreiros os espaços secos que, na Europa,

caracterizam as piazze e as plazas tradicionais.

Associamos o termo praça a espaços

ajardinados, flexibilizando em

demasia sua conceituação.

Qualquer espaço verde público, arborizado ou

gramado, é denominado como praça no Brasil.

[SILVIO S. MACEDO]

Largo da Carioca, Rio de Janeiro.

Pátio do Colégio, São Paulo.

Pátio de São Pedro, Recife.

Terreiro de São Francisco, Salvador.

Canteiros centrais de avenida, jardins junto a alças de acesso a viadutos e pontes, rotatórias, taludes e encostas ajardinadas são exemplos de jardins urbanos comumente chamados de praça.

Os jardins urbanos são espaços livres fundamentais para a qualidade ambiental (circulação do ar, insolação, drenagem) e servem ainda como referenciais cênicos da cidade, mas não podem ser chamados de praça uma vez que não possuem um programa social.

PRAÇAS  SÃO  ESPAÇOS  LIVRES  PÚBLICOS  URBANOS  DESTINADOS  AO  LAZER  E  AO  CONVÍVIO  DA  POPULAÇÃO,  ACESSÍVEIS  AOS  CIDADÃOS  E  LIVRES  DE  VEÍCULOS.  

   

“Os  templos  raramente  eram  sobrepujados  em  importância  por  qualquer  outro  ediScio,  nas  freguesias  ou  nas  maiores  vilas.  Congregavam  os  fiéis,  e  os  seus  adros  reuniam  em  torno  de  si  as  casas,  as  vendas  e  quando  não  o  paço  da  câmara.    

Largos,  pá\os,  rocios  e  terreiros,  ostentando  o  nome  do  santo  que  consagrava  a  igreja,  garan\am  uma  área  mais  generosa  à  sua  frente  e  um  espaço  mais  condizente  com  o  seu  fron\spício.  Serviam  ao  acesso  mais  fácil  dos  membros  da  comunidade,  à  saída  e  ao  retorno  das  procissões,  à  representação  dos  autos-­‐da-­‐fé.  E,  pelo  seu  destaque  e  proporção,  atendiam  também  a  a\vidades  mundanas,  como  as  de  recreio,  de  mercado,  de  caráter  polí\co  e  militar.”    

In:  MARX,  Murillo.  Cidade  Brasileira.  São  Paulo:  Melhoramentos/Edusp,  1980,  p.  54.  

 

Relação entre as praças medievais européias e

as praças coloniais brasileiras.

Passeio Público - 1862 Rio de Janeiro

Primeiro jardim urbano

da colônia. Inspirado nos jardins

urbanos europeus destinados à nova

classe burguesa que queria ver e ser vista.

Projeto clássico de Mestre Valentim, final século XVIII.

Passeio Público - 1862 Rio de Janeiro

A reforma do projeto

original, feita por Glaziou, coincide com a

valorização do jardim nos espaços

residenciais, ganhando mais espaço nos lotes.

Isso implica numa valorização, por parte da

população, da arborização das ruas e áreas livres públicas da

cidade.

Praça XV de Novembro, Rio de Janeiro.

Praça da República, São Paulo.

A Praça Ajardinada

As reformas urbanas em Paris (Haussmann) e a

influência cultural inglesa trazem para o Brasil a preocupação

com salubridade, circulação e

embelezamento das cidades. Avenidas são abertas sobre a malha

colonial, criando os boulevares. Surge a

nova tipologia de praça urbana: a praça

ajardinada.

Planta de Belo Horizonte, com destaque para o Parque Municipal, final do século XIX.

Vale do Anhangabaú, São Paulo Ajardinamento no início do século XX.

Largo da Matriz, Manaus Ajardinamento no início do século XX.

Praça da Liberdade, Belo Horizonte. Inaugurada em 1920.

A Praça Modernista

Alteração do programa de atividades da praça eclética, contemplativa. O lazer urbano torna-se

ativo e as praças assumem essa

dinâmica. Atividades esportivas, lazer infantil,

entre outros, são incorporados

definitivamente ao programa da praça

urbana. Parque do Flamengo, Rio de Janeiro. Roberto Burle Marx, 1961.

Parque do Ibirapuera, São Paulo, 1953.

Pampulha, Belo Horizonte.

Praça da Soberania, Brasília. Oscar Niemeyer, 2010.

VALORES  AMBIENTAIS  VALORES  FUNCIONAIS  VALORES  ESTÉTICOS  E  SIMBÓLICOS    QUE  ESPAÇO  PÚBLICO  ESTAMOS  

CONSTRUINDO?      

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  SECA?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  SECA?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  INCLINADA  EM  RELAÇÃO  AO  OBJETO?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  ESPETÁCULO?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

PRAÇA  EDUCATIVA?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

INDEPENDENTE  DO  OBJETO?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

DEPENDENTE  DO  OBJETO?  

PRAÇA  CONTEMPORÂNEA  

?