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8/18/2019 Execução Planejada
1/32
8/18/2019 Execução Planejada
2/32
prático do presl'l/te cl/saio. eis os /l/oti,'os
lJUI 110.1'
h"i'ara//l a
publicá-lo por alltccipa,iio
ao l i1TO e//l lJU(
se inclui.
O
autor oferece.
de
início.
UI Ia 1,isiio
geral
do
planeja//lcnto e
das características
da
funçiio
de
planejar
el/I
seguida trata
do
te//lO
ccntral: n plal/ejall/ento
1/0.1
óryiios de adl/lil/istra,iio plÍ
blica. as priHcipais dificuldades que se
Ihc
npiie/l/ e os //lelhores
/ Ieios de derrotá-las.
O trabalho re,'este cUl/ho e/l/il/el/te/l/ente prático c o autor
desem'oh'e a disserta,iio atrm'és
do
exame objetÍ1'o de situa,iies
norte-americanas. às quais refere a allálise dos prob nl/as de pla
nejoll/ento.
EII/ capítulos fil/ais. procura demonstrar
I II"
o planejal/lcnto
pilo dC'i'e
ser fracionário. Pois é insllficiente
111e
setores
i s o l d o ~
de .r;m'hno planeje/l/
isoladamente
e
cada qual
as próprias ati,·i
dades. Planejamento nacional é o tcma elllpol(JOnte que PElbOX
discute ao cOl/rluir o trabalho. E o fa::: de modo incisÍ7'o. pragmá
tico.
tra:::endo-l/Os
il/fo/'lnaçilo exata e sucinta sôbre os estudos c
(Iesell7 Ol
8/18/2019 Execução Planejada
3/32
II
III
fNDI E
Introdução
Algumas
características da
função de planejamento
O
planejamento em repartições públicas
.
IV
Alguns obstáculos ao planejamento
nas
repartições
3
9
14
públicas
16
V
Planejamento
nacional 20
VI Recentes iniciativas parlamentares em prol do plane-
jamento
nacional
24
VII
O
projeto
de lei de 1945
sôbre
o pleno
emprêgo
26
LER E ANOTAR
O leitor avisado
lê
sempre de lápis
ou
caneta
em
pu
nho sublinhando destacando registrando
comentando
o que
lhe
parece
digno
de
atenção ou
crítica.
A fim de criar
ou
estimular nos leitores o hábito inteli
gente
da leitura
anotada
os
Cadernos de Administração
PÚ-
blica
contêm
na parte final quatro ou mais páginas em
branco
especialmente
destinadas
a
recolher
as anotações
de
cada
leitor.
:tsse hábito capitaliza o esfôrço do leitor e estimula o
processo
de
fixação no
cabedal de conhecimentos de
cada
um das
coisas
lidas e anotadas.
Se
ainda
não
o cultiva
por
que
não começar
agora neste
Caderno?
34
8/18/2019 Execução Planejada
4/32
EXECUÇÃO
PL NEJ D
O problema fundamental da Administração Científica
INTRODUÇÃO
Por
que são tão infrutíferos,
em geral, os esforços individuais
isolados, quando buscam insti
tuir planejamento efetiyo nas
repartições tipicamente governa
mentais?
Que
medidas podem
tornar o funcionamento global
do govêrno mais acessível aos
e5forços
para
assegurar-lhe um
grau de eficiência e economia
maior que o habitual?
Para oferecer uma resposta a
essas questões é que foi escrito
o presente ensaio. E tendo em
vista que, de certa forma, cons
titui uma espécie de suplemento
a uma conferência por nós ante
riormente proferida (1), a dis-
cussão do tema será encabeçada,
à guisa de lembrete,
por
um trio
de generalizações extraídas da
citada conferência:
. A técnica de Adminis
tração Científica é uma
técnica
e
abordagem de abordagem à
solução do problema administra
tivo, tal como êste se manifesta
em cada situação administrativa.
Não se trata de algo definido,
nem cristalizado, que se possa
comprar ou vender, imitar ou
roubar, transferir de um
para
outro lugar, ou instalar como
se fôsse uma caldeira ou um la
minador. E', antes, um meio que
permite identificar flual a téc-
(1)
The
Genius of Frederick
W.
Taylor , in Advanced Manage-
m ~ n t
vo1
X, n.o 1
(janeiro-março
de 1945).
8/18/2019 Execução Planejada
5/32
4
CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
mca administratiya
aplichel
a
cada situação particular. . . . O
médico dispõe de uma técnica de
finida para abordar
os
casos
c í-
nícos; cada caso, porém, consti
tui um problema especial. O
advogado dispõe de uma técnica
definida
para
abordar os casos
de sua clientela; os casos, toda
via. diferem uns dos outros.
. . .
Assim ocorre tôda vez que
a ciência é chamada a auxiliar o
desempenho de uma função, em
cada situação constituída por
um complexo de elementos va
naveis.
Pode haver definidas
técnicas de tratamento, transfe
ríveis de um para outro campo;
nunca, porém, transferência de
soluções definidas.
São os seguintes os dois
principais setores da técnica
(de
Administração Científica): pri
meiro, o da investigação, que uti
liza todos os recursos do mé
todo científico
para
descobrir os
pormenores, fórmulas, materiais
e facilidades mais adequados à
produção e à mão-de-obra espe
cializada e disponíveis no atual
estágio de desenvolvimento tec
nológico; ou seja, no dizer de
TAYLOR, para
descobrir as leis
pertinentes a cada situação ad
ministrativa; o segundo setor é
o das combinações pragmáticas
que a
palana dministr ção
~ i n t e t i z a é o setor
em
que se
estabelece a conexão das leis
identificadas que regem cada
situação particular,
para
aplicá
las ao conjunto de relações di
nâmicas e criadoras. Investiga
ção e combinações pragmáticas
devem, a cada passo, caminhar
paralela e concomitantemente,
pois, do contrário, a primeira po
derá ser inútil e dispendiosa, e
as últimas, além de dispendiosas,
inadequadas.
A
principal conseqüência, re
yolucionária no campo da admi
l;istração, dessa coordenação de
pesquisa e combinações pragmá
ticas, preconizada
por TAYLOR,
foi
o nascimento de um espírito
institucional, em cada emprêsa.
Êsse espírito é independente dos
espíritos individuais de proprie
tários, gerentes e outras pessoas
que ingressem na emprêsa ou
dela se retirem, e em cujas ati
vidades coletivas êle se mani
festa. Êsse espírito institucional
possui faculdades próprias de
percepção (investigação, pesqui
sa, experimentação), de memó
ria ( documentação), de racio
cínio (análise e comparação) e
de previsão (planejamento e
8/18/2019 Execução Planejada
6/32
8/18/2019 Execução Planejada
7/32
6
CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
organizar os elementos que pos
sam constituir base para as de
cisões administrativas de ordem
geral;
decisões essas digamos.
peculiares ao nh·el do proprietá
rio da emprêsa.
~
nível opera
cional sem responsabilidade pelo
planejamento da produção e liga
da ao departamento de vendas
h{
uma unidade de planejamen
to incumbida da análise do mer
cado e dos
p r o g r ~ m s
de venda.
Nesta unidade é que tem origem
a fôrça inicial que governa as ati
vidades operacionais das emprê
sas no regime de livre concor
rência; e devemos notar
que é
essencial haver uma integração
completa dos estudos e conclu
sões da unidade de planejamento
de administração geral e desta
tmidade de programação de mer
cado. Ligada ao departamento
ele
vendas também há uma unidade
suplementar ~ planejamento in
cumbida de orientar a realização
de vendas - quase-planejamen
to e quase-execução porque
deve planejar a execução
cios
programas de venda e também
manipular e
ajustar
as atividades
dêle decorrentes por meio de
freqüentes alterações
elo
plano
para
atender às variações do
mercado.
Tais
unidades de planejamen
to interessadas em administra
ção geral e operações de merca
do são entidades que remontam
ú
época de TAYLOR.
Em
seu tem
pc
os Estados Unidos estavam
em situação de mercado consu
midor e as vendas não cons
tituíam então problema impor
tante. A produção era o prin
cipal problema. Em conseqüên
cia o conceito e a técnica de pla
nejamento oferecidos ao mundo
pela Administração Científica da
época de TAYLOR, diziam res
peito à produção - aos proces
sos de fabricação.
TAYLOR
mor
reu em 1917. Foi a crise dos es
toques congelados imediata à
primeira Grande Guerra que
fêz
voltar-se a atenção da Admi
nistração Científica para a falta
de coordenação entre a produ
ção e a venda
para
a necessi
dade imperiosa de planejamento
áa
administração geral e das
operações de venda e para a
adaptação a tais setores dos
princípios e técnicas já altamen
tf
desenvolvidos em relacão às
atividades de produção.
Desde um quarto de século
que o planejamento da produção
já
se desenvolvera completa e
efeti\·al11ente.
\ão
nos
é l1eces-
8/18/2019 Execução Planejada
8/32
EXECUÇÃO
PL NEJ D
7
sário examinar os pormenores
dêsse desenvolvimento, pois a li
teratura
pertinente esclarece-os
a contento; desejamos referir
nos apenas a certas subfunções.
que tomaremos como base para
as generalizações que seguem. A
specificação elabora, com base
em padrões preestabelecidos, o
plano minucioso de execução de
cada componente de produto ou
serviço, e de cada combinação
dêsses componentes, com refe
rência a um desconhecido dia
D e em função dos seguintes
elementos: quê, quanto, como,
quando e oI/de.
A
especificação
aufere os seus dados básicos
numa unidade de pesquisas co
ordenadas, cuja principal técnica
- estudo dos tempos -
muito
se
tem decantado, mas a respeito
da qual jamais se deveria es
quecer o que
TAYLOR
salientou:
é-lhe necessária uma constante
familiaridade com as descober
tas antigas e recentes, ocorridas
em todos os setores industriais,
através da literatura tecnológica.
TA YLOR recomendava aos seus
associados não fazer despesas
com uma experiência, até com
provarem que ninguém antes a
ti\ esse realizado .
No
dia
D )
dia da execução, o plano
milll1
cioso, previamente elaborado pela
subfunção especificação, passa à
fase da subfunção
seqüêllcUz de
t -aballlO e, de acôrdo com as ins
truções especificadas, a execução
do programa se inicia em deter
minados locais de trabalho, me
diante a expedição de papeletas
que explicam a movimentação do
material, de papeletas que sinte
tizam as ordens de serviço, e ou
tras análogas. ltsses papéis são
carimbados com
data
e hora, à
medida que vão sendo distribuí
dos aos operadores; e novamente
o são, quando retornam ao ponto
de partida. A diferença entre os
dois registros indica os tempos
efetivos de execução. A compa
ração dêstes com os tempos-pa
drão
preestabelecidos é o meio
de determinar o grau de rendi
mento da execução do trabalho.
Também com base nos registros
horários dessas papeletas é que
se fazem os lançamentos nas fi
chas permanentes de rendimen
to de cada operação, de eficiên
cia de cada máquina, de valida
de de cada método, e assim por
diante. Por sua vez êsse cadas
tro
passa a fazer parte dos da
dos básicos usados
para
infor
mar a subfunção especificação,
8/18/2019 Execução Planejada
9/32
8
CADERNOS
E
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
permitindo que esta se torne ca-
d< vez mais realística no avaliar
1 capacidade efetiva de determi-
nadas combinações relativas a
operários máquinas e métodos
e possa proceder a estudos que
visem ao aperfeiçoamento de pa-
drões.
Chamamos a atenção do leitor
para o seguinte fato: é êsse con-
trôle e são êsses lançamentos
relativos aos eventos e circuns-
tâncias da execução diária e per-
manentemente mantidos pela
unidade de planejamento que
permitem descobrir os pontos
fracos os procedimentos que es-
tejam a exigir atenção e possível
correção; e é justamente a co-
municação imediata dos fatos
aos supervisores responsáveis
que apóia a conclusão generali-
zada de que o planejamento e
a execução não se acham separa-
dos por uma linha intransponí-
vel mas pelo contrário algo s
interpenetram e se entrosam mu-
tuamente.
Acho mais eficiente não sobrecarregar minha memória
enquanto leio e utilizar as margens do livro ou
um
pedaço
de papel. O trabalho da memória pode e deve ser feito mais
tarde. Mas penso que é melhor não deixar que êle interfira
com o trabalho de compreender, que constitui o momento
principal da leitura. Se vocês são como eu - e não como
os que conseguem ler e gravar, ao mesmo tempo - podem
afirmar se leram ativamente, pelo
seu lápis ou papel.
M01>.l MER J ADLER rte de Ler
8/18/2019 Execução Planejada
10/32
11 ALGUMAS CARACTERíSTICAS DA FUNÇÃO
DE PLANEJAMENTO
Gostaríamos de fazer, agora.
algumas sucintas generalizações
a
r e s p ~ i t o
de certas característi
cas do planejamento.
1 Justamente por ser a ad
n ~ i n i s t r ç ã o uma
arte
é que o
planejamento se torna essencial.
As
situações administrativas
são gDralmente dinâmicas, cons
tituem combinações diárias de
muitos elementos variáveis. As
capacidades
humanas
e os recur
sos materiais devem ser diària
mente mobilizados
para
solucio
nar os problemas criados pe
los quotidianos e diversos
agru-
pamentos de
variáyeis
O papel
do planejamento é, simplesmen
te,
trazer
a ciência em auxílio da
arte, nessas mobilizações de tôda
hora, destinadas a alcançar o
contrôle da variabilidade.
É atra-
vés
da
função de planejamento
que se
conjugam
a pesquisa e os
meios de ação, que êstes são pos-
tos em
marcha conjunta
e s;mul
tânea.
2. Com os instrumentos do
método científico, o plal1 jamen
tn analisa a experiência acumu
lada da emprêsa e busca des::o
brir q ~ i s
são os elementos cons
tantes da experiência, quais são
os variáveis e repetidos
e
tanto
quanto possível, qua;s são os va
riá veis e acidentais. Para os que
são constantes, o planejamento
prepara contrôles de rotina. Para
o ~ que são variáveis e repetidos.
determina meios que operem
como detectores e às vêzes até
possam revelar-lhes os ciclos de
ocorrência; e
para
os mesmos
estabelece contrôles adequados,
df
caráter quase
rotineiro Os
elementos variáveis e acidentais
são considerados como exceções;
sôbre cada experiência dêsse ti
po, que venha a ocorrer, o pla
nejamento focaliza os conheci-
34
8/18/2019 Execução Planejada
11/32
10
CADERNOS DE ADMINISTRAÇ \O
PÚBLICA
mentos administrativos e tecno
lógicos acumulados, prontamen
te prescrevendo uma solução
adequada à circunstância.
3. Por constituir uma função
pertinente à administração de
situações dinâmicas, o planeja
mento deve ser um processo con
tínuo.
Há
sem dúvida, certas
espécies de projetos de natureza
estática, cujo planejamento pode
fazer-se de uma vez por
tôdas:
um edifício, uma rodovia, uma
ponte, uma obra de
arte.
Mas
os empreendimentos que são di
nâmicos e mutáveis não podem
ser planejados de uma só ez
e para sempre. O planejamento
é parte da vida que se modifica
e muito embora seja relativa
mente constante quanto ao mé
todo - os pormenores, as com
binações e os procedimentos que
prescre e devem sofrer trans
formações, a fim de se adaptarem
às novas situações apresentadas
pela experiência corrente.
4.
O planejamento deve ope
rar, até o limite máximo possí
vel, em função de padrões.
En-
tre êstes se incluem: objeti o
precisamente definido; qualida
des e quantidades precisamente
definidas; procedimentos e meios
tecnológicos de realização pre-
cisamente definidos,
inclusive
quanto à capacidade humana c
aos recursos materiais. São es
sas, por assim dizer, as fichas
unitárias, no jôgo entre o pla
nejamento e a variabilidade. Tai3
padrões devem ser descobertos
por pesquisa e experimentação.
O comportamento das coisas ma
ttriais
é regido por leis físicas,
e a conduta dos sêres humanos,
por leis a um tempo psicológi
cas e físicas; a descoberta des
sas leis de comportamento cons
titui o setor da pesquisa que
compete ao planejamento. Logo
que tais leis sejam descobertas,
pesadas, medidas e
a aliadas,
elevem ser formuladas e fixadas
definições e especificações. Mas
não
se
interrompe a busca de
melhores padrões
e
de tempos
a tempos, um novo padrão é
identificado e vem substituir ou
tro,
já
obsoleto; porém, até que
formalmente proscrito, um pa
drão tradicional não de\'(' ser le
yiana ou preconcehidamente des
prezado.
5. De excepcional importân
cia entre os padrões necessários
ao planejamento, são a organiza
ção funcional e a distribuição da
responsabilidade. A determina
ção exata de
qu m
fará o
uê
8/18/2019 Execução Planejada
12/32
EXECUÇÃO
PL NEJ D
11
f um fator decisivo; e isto só se
pode determinar em tennos de
funções.
.-\
análise do ohjetivo
conduz à an álise dos procedimen
tos e meios de realização; e a
análise dos procedimentos e
l1leios de realização conduz
à
es
pecificação dos recursos, isto é,
do
quê
do C01110 do quando e
do onde relativos a cada ato ou
elemento unitário de execução.
Fma
definida
responsabilidade
por atos
definidos
de execução, e
sua conformidade com a expedi
ção corrente de instruções tam
bém definidas são encargos da
função de planejamento. De mo
do contrário, não pode haver
execução planejada e coordena
da, nem informações em cada se
tor unitário de exec
1ção, que
permitam garantir execução con
forme ao plano,
nem ação ime
diata capaz de corrigir uma exe
cução imperfeita, onde quer que
esta possa ocorrer.
6. O planejamento, em qual
Cjuer empresa de grande en
vergadura, deve operar nos vá
rios níveis, cada um dos quais
com seus próprios padrões.
Os
padrões de um nível devem coa
dunar-se com os de todos os ní
veis.
Um
mesmo elemento uni
tário, quando aplicável em todos
n ~ níveis, deve ser por estes uti
lizado. :\Ias entre os diferentes
níveis os padrões complexos, is
to é, os padrões de funcionamen
to, podem ser diferentes. No ní
yel mais elevado há o planeja
mento estratégico; no nível in
termediário, planejamento táti
lO no nível da execução deta
lhada, planejamento de etapas de
trabalho;
110
local
de
trabalho
de
c d
operário planejamento
de
trabalho
individual. Nunca se
deve esquecer que, exceto quan
do um operário estiver premido
por sucessivas operações em sé
rie e altamente mecanizadas, ca
clCl trabalhador possui ampla li
berdade, dentro do quadro de es
pecificações de qualidade, quan
tidade, tolerâncias, métodos su
geridos,
p r z o ~ formais, etc.,
para planejar o modo pelo qual
êle, como indivíduo, executará
c eterminado serviço.
O exemplo mais sugestivo é o
planejamento de uma corpora
ção integrada por muitos esta
belecimentos industriais. O ór
gão central planeja as diretrizes,
os programas e as atividades ge
rais dos estabelecimentos inte
grantes O órgão central de ca
d
8/18/2019 Execução Planejada
13/32
2 CADERNOS
E
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
dadas pelo órgão central da cor
poração, planeja as tarefas dos
diversos departamentos - ven
das, produção, pessoal, etc.; e o
fa7 de modo que se intercom
pletem as atividades dêsses ór
gãos e êles operem mutuamente
entrosados. A gerência de cada
departamento planeja, em deta
lhe, a execução do trabalho que
lhe compete; é neste ponto que
chegamos ao planejamento das
etapas de trabalho. A chefia de
cada unidade do departamento
planeja as suas atividades nos
mínimos pormenores funcionais:
e cada operário, no tocante a
seus encargos, planeja como de
sincumbir-se das próprias res
ponsabilidades, de acôrdo com as
suas características pessoais.
Em
qualquer nh el da escala, o pla
nejamento deve coadunar-se com
o que foi planejado precedente
mente e satisfazer aos requisi
tos anteriormente definidos.
Em
todos os nÍwis existe a respon
sabilidade por manter os objeti
vos e assegurar as diretrizes e
lI,étodos de execução, dentro dos
limites socialmente desejáveis.
7 Dentro de seu \ 3sto cam
po de ação, o planejamento aju
d2
a estabelecer tanto as dire
trizes C l11 a execução detalha-
da: e também toma o pulso da
execução, em seu desenvolvimen
te efeti,·o. : \ão é uma função
completamente isolada que ape
nas recebe da direção geral a
e:rientação relatiya aos objetivos
e política que lhe compete es
truturar sem que nada tenha a
ver com a execução. l\Ias o seu
interêsse na execução, imediata
mente após planejada, é estrita
mente limitado. Todo planeja
mento que penetrar deinais no
campo executivo, a ponto
de
constituir-se fator de intromis
'>ão indébita. poderá tornar-se
I re judicial.
8
Finalmente, o planejamen
to requer algum padrão básico
e definitivo, que lhe sirva de
guia
para
as próprias t i v i d d e ~
e de critério para avaliar a qua
lidade destas. Tal padrão é algo
que transcende à realização
do
objetivo da emprêsa; envolve
também a maneira pela qual
se
busca atingir êsse objetivo Na
indústria particular, êsse padrão
ele contrôle é o lucro. Como, po
rém, em têrmos simples, o lucro
representa a diferença entre o
preço de venda e o custo total,
e o teto do preço de venda
é
de
terminado pelo mercado e não
8/18/2019 Execução Planejada
14/32
EXECUÇÃO
PLANEJADA
13
pela emprêsa, a redução do cmtc.
é que, em substituição ao lucro,
vem
servir
de
padrão
imediato
pelo qual se pode aferir a qua-
lidade do planejamento. Em tê r
mos filosóficos,
é
a preservação
d e . energias
humanas
e mate
fiaIS.
Assim como há leitura e
leitura,
há anotação e ano
tação. Não
estou recomendando
o
tipo
de notas
que muitos
alunos tomam durante as aulas. Não são documentos de ra-
ciocínio. Quando muito, constituem uma transcrição aplica.
da. A anotação inteligente é, talvez, tão difícil quanto a lei.
tura inteligente. Na verdade,
uma
deve ser o reflexo
da
outra, se as
notas que se
tomam enquanto se lê são o
re-
sultado
do raciocinlo.
MORTIMER J. ADLER,
A 4rte de
er
8/18/2019 Execução Planejada
15/32
IH O PLANEJAMENTO
M
REPARTIÇõES
PúBLICAS
A respeito das sugestões, que
nos têm sido feitas, de que apre
sentemos algumas reflexões, ba
seadas em quase trinta anos de
intermitentes oportunidades de
observação, sôbre as dificulda
des de aplicar às repartições pú
blicas um tipo de planejamento
análogo ao da indústria parti
cular, e, em conseqüência, algu
mas conclusões sôbre o planeja
mento nacional - podemos di
zer que tais assuntos são perfei
tamente correlatos; e que um
planejamento de caráter cientí
fico para as repartições governa
mentais seria muito mais exe
qüível e vastamente estimulado
se houvesse um planejamento
/
completo em escala nacional.
O planejamento em alta esca
la é gerado, incentivado e sus
tentado pela necessidade de ação.
Deve começar por um objetivo
razoàvelmente definido, orien
tar-se pelo conhecimento sl1fi
ciente das diretrizes políticas e
dividir a ação em setores de
atribuçiões definidas.
Um
plane o
jamento nacional bem organiza
do digamos, para manter o ple
no emprêgo , com perspectiva
central, quer no âmbito do Con
gresso, quer no seio dos órgãos
do executivo, ou mesmo de um
órgão especial representativo de
um ou de ambos os ramos do
Govêrno, teria forte influência e
grande alcance. Compeliria a
maioria das repartições a exe
cutar partes definidas do progra
ma nacional; transformá-las-ia
em órgãos atuantes que procura
riam objetivos específicos de fun
cionamento dentro da esfera de
stlas respectivas competências,
atualmente apenas expressas em
leis orgânicas pouco precisas ou
simplesmente designativas de
atribuições genéricas; estas atri
buições, se consubstanciadas em
ohjetivos definidos, carreariam
8/18/2019 Execução Planejada
16/32
EXECUÇÃO PLANEJADA
5
consigo os claros princípios, tan-
te
quanto as nítidas imposições
ditadas pela política.
Tais incentivos e requisitos
para um planejamento eficaz não
existem, atualmente,
na
maioria
das repartições tipicamente go-
vernamentais.
As
exceções ape-
nas ajudam a comprovar a re-
gra
geral. Os dois grandes es-
tabelecimentos militares 2) são
órgãos atuantes em tempo
de
guerra, mas em tempo de paz
têm apenas resíduos de suas ca-
racterísticas de ação. Principal-
mente em tempo de guerra, tais
órgãos são investidos de grande
tarefa definida que exige intensa
atividade e envolve previsão e
manipulação de constantes, de
\ ariáveis cíclicas e de incógnitas;
e no campo de suas operações,
proporcionam
um
dos mais no-
tá\ eis exemplos, que conhece-
mos, de planejamento em têrmos
de
Administração Científica.
2) O
autor
refere-se, naturalmente, aos dois Ministérios mili-
tares
dos
Estados
Unidos, ou, pelo menos, em tese, aos dois Minis-
térios milital·es comuns à
maioria
dos
países:
o
da Guerra
e o
da
Marinha
N.
do
T.).
8/18/2019 Execução Planejada
17/32
N ALGUNS
OBSTÁCULOS
O PL NEJ MENTO
N S REP RTIÇõES PúBLIC S
Em geral, as repartições pú
blicas tradicionais não são órgãos
de ação. Com o d-:correr do tem
po, tendem a perder quaisquer
características de ação que, por
ventura, tenham tido quando ins
tituídas, tornando-se gradual
mente estagnadas e rotineiras
e atrasando-se em relação à mar
cha dos acontecimentos. Os pro
jetos
para
os quais se reclamam
verbas são mais o resultado de
sugestões e consenso geral que
mesmo da análise da carga de
trabalho correspondente ao pro
grama de ação; e a elahoração
de propostas orçamentárias para
obtenção dessas verbas
é
em ge
ral uma verdadeira pescaria.
Tais repartições opõem resistên
cia Quase inexnue-nável aos in
rh·ktl
os excencionais
flue
vez
l-or outra se esforc
8/18/2019 Execução Planejada
18/32
EXECUÇÃO PLANEJADA
7
da
e se estabelecida, tal orga
nização se desvirtuará e se tor
nará
imperfeita.
As
delimitações
funcionais das unidades e dos
indivíduos que as compõem não
são percebidas nem demarcadas.
N estas condições, os métodos de
trabalho não podem ser preci
sos nem fidedignos; torna-se di
fícil estabelecer as normas de
execução; e a mensuração da
atividade e dos resultados, prà
ticamente impossível.
Em
algumas repartições, às
vêzes se atribuem às unidades de
estado-maior restritas e mal de
finidas responsabilidades de pla
nejamento
mas, em geral, em
tais circunstâncias, agem apenas
como sucedâneos dos órgãos de
planejamento e são propensas a
ceder à
tentação de se imiscuí
rem em assuntos operacionais,
extravazantes da competência
funcional que lhes é própria e
do planejamento que lhes com
pete.
Na
ausência de análises
relativas aos objetivos, aos pro
cedimentos e aos recursos, e na
ausência de organização funcio
nal especificada, todo o sistema
de descrição e classificação de
cargos se desvirtuará, e falhará,
tt ndendo, além disso, a conver
ter-se em instrumento para con-
se:guir aumentos de salário, em
vez de base para selecionar pes
soal mais competente e à altura
de responsabilidades funcionais
definidas, ou
para garantir
um
funcionamento preciso e eco
nômico.
A ausência de motivação para
a economia é um dos principais
obstáculos ao desenvolvimento
ele
um planejamento eficaz nas
repartições públicas. Isso equi
vale à ausência dos motivos lu ro
cu reduçiío de
ClIstO numa em
prêsa particular. A ausência
dêsse espírito de economia não
significa que
haja
indiferença an
te o desperdício nas repartições
públicas. Todavia,
seja
em gran
de ou pequena escala, tornou-se
hábito bastante difundido remu
nerar
os chefes
na
razão direta
elo
número de empregados que,
le
acôrdo com os seus próprios
argumentos persuasivos, êles ne
cessitam
manter
nas respectivas
unidades administrativas, e não
em proporção ao número de
em
pregados que êles podem elimi
nar
e que, no entanto, ainda per
manecem no serviço.
Tal
pro
cedimento é o oposto
à
boa ge
rência nas emprêsas particula
res. Por
princípio, raramente se
analisa cada ato do administra-
8/18/2019 Execução Planejada
19/32
18
CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
dor público seja em sua essên
cia seja
em
suas conseqüências
para verificar como deveria ou
como poderia ser praticado mais
cconôl/licGlIlente.
Note-se: I Iais
cconômicamente
pode significar
a propósito de algumas opera
ções um grau mais elevado de
habilitação técnica como o cor
respondente natural de um sa
lário mais elevado; de modo ge
ral entretanto significa um pre
ço unitário mais reduzido me
diante a utilização de habilidade
técnica de certo grau correspon
dente a um determinado salário.
e resultante de uma definição e
coordenação mais perfeitas de
várias operações. A indústria
geralmente obtém suas economias
totais através da soma de
milha
res de pequenas economias con
seguidas aqui e ali. Lembra-me
o caso de um engenheiro indus
trial que foi contratado pelo ór
gão de planejamento de uma
grande fábrica de automóveis só
com a incumbência específica de
reduzir 10 dólares no custo de
f ~ b r i c a ç ã o
cle cada carro sem
diminuir salários e sem utilizar
material inferior. ~ l e de fato
economizou os 10 dólares pelo
llJétodo de reduzir através de
n
1
elhores processos e de maior
coordenação o custo de numero
sas operações diversas; a eco
nomia em cada uma dessas foi
em média de um cêntimo.
Tenho a impressão de que se
poderia encontrar uma solução
para conseguir eficiência nas re
partições caso o hábito de pla
llejamento com a sua subordi
nação
à
organização à metodo
logia e à mensuração adequadas
pudesse alguma vez ser implan
t:l.do
para exemplo nalgum ór
gão governamental dêsse tipo
burocrático.
E
verdade que os
obstáculos a que fizemos refe
rência parecem impedir a eclo
são e o desenvolvimento espon
tâneo e autônomo do planeja
mento de natureza científica ell l
qualquer repartição tipicamente
governamental. Mas se o Con
gresso resolvesse por exemplo
criar um conselho
ad
hoc diri
gido profissionalmente e que pu
desse persuadir alguma reparti
ção a desenvolver um tipo de
planejamento dêsse gênero e
concomitantemente essa persua
são se exercesse compreensiva
mente profissionalmente e paci
entemente com a cooperação da
Comissão do Serviço Civil para
os necessanos reajustamentos
elos
cargos - a conseqüência de
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20/32
EXECUÇÃO PLANEJADA
9
tal experimento seria, sem dú
ida, de grande alcance. Caso o
órgão orientador pudesse defi
nir adequadamente os objetivos
da repartição tomada para en
saio. analisar-lhe, nos
i v e r s o ~
níveis, os procedimentos e recur
sos
para
atingir tais objetivos,
tanto quanto possível em
tênnos
d . ação necessária a cumpri-los:
estabelecer o tipo funcional de
organização propício ao planeja
mento
definir claramente os li
mites e as responsabilidades fun
cionais: estabelecer padrões de
execução e as medidas destina
das a avaliar, em seus pormeno
res, a execução efetiva; empre
gar as pessoas mais capazes para
determinadas funções, treinan
do-as e cingindo-as a tais fun
ções; fornecer as necessárias in
formações através da expedição
cle normas e instruções de ser
viço; instituir planejamento, mo-
difícanclo-o e aperfeiçoando-o, e
à ~ suas condições, conforme às
indicações da experiência, - se
tais coisas pudesse realizar o
ór-
~ o orientador, profissionalmen
t
r
e pacientemente, seria lícito
esperar resultados notáveis em
henefício do planejamento, até
mesmo em repartições públicas
cle atribuições simplesmente bu
rocráticas.
Em
vez de começar implan
tando o planejamento numa re
partição de tipo clássico, para
que servisse de exemplo, talvez
fôsse possível dar uma conve
niente demonstração utilizando a
cooperação ativa de um órgão
já existente:
por
exemplo, a
Tennessee Valey
Authority
que,
na qualidade de corporação go
vernamental relativamente autô
noma, goza do crédito de haver
~ t i n g i o
um nível excepcional
cle hoa administração.
8/18/2019 Execução Planejada
21/32
v PL NEJ MENTO N CION L
Somente na União Soviética·
podemos dizer que
haja
plane
j: .mento nacional, isto
é,
plane
jamento social e econômico em
escala nacional, com a perspecti
\ a
e os processos de um espírito
institucional de caráter nacional,
deliberadamente instituído e per
manente em seus processos. A
respeito, é oportuno dizer, de
passagem, que a experiência da
U.
R . S .
S.
demonstrou ser ne
ctssário que os órgãos de pla
I'ejamento estendessem suas
atenções a setores dos quais ini
cialmente apenas se ocupavam' os
órgãos de execução (3).
Entre
as demais nações, é pro
vàvelmente a Inglaterra que mais
tem conseguido alcançar alguns
processos em matéria de plane
jamento nacional sem que, en
tretanto, possua um órgão espe
cialmente destinado a êsse fim.
o que conseguiu, deve-o apenas
ao sistema parlamentar, no qual
os
poderes legislativo e executi
\ 0 se acham de tal modo entro
sados que há uma perspectiva
comum e um processamento in
tégrado, quase um espírito ins
titucional. Os
Estados Unidos
da América do Norte estão mui
to longe de possuir algo que se
assemelhe a um espírito institu
cional em escala nacional, devido
à
forma federativa de Govêrno,
na qual os poderes
se
acham di
vidos entre os Governos
da
União e dos
Estados;
e, no âm
bito do Govêrno Federal, entre
os ramos legislativo, executivo
e judiciário, os três condiciona
dos ao sistema de mútuo contrô
le
Essa
nossa
estrutura
política.
com sua grande rigidez e infle
xibilidade, tornou pràticamente
impossível ao próprio govêrno
(3)
SOLOMON
M.
SCHWARZ,
The Industrial Enterprise
in Rus-
sia
",
arvard
BU8ines8 Review vol,
XXXIII,
n.
o
3 (1945).
8/18/2019 Execução Planejada
22/32
EXECUÇÃO
PLANEJADA
2
transformar-se no representante
de u'a mentalidade iayorável
ao planejamento nacional for
malmente instituído. l\Ias pode
ser - e há indícios disso - que
essa mesma circunstância crie
para o gm'êrno a necessidade de
formar, para sua própria orien
tação e auto-assistência, algo
que se poderia qualificar como
um espírito institucional de pla
nejamento - nacional, mas es
pecializado.
Antes da crise de 1929, o
C011-
ctito
de planejamento nacional
não havia encontrado lugar no
pensamento norte-americano. X a
União Soviética, o planejamento
já
merecera, a êsse tempo, algu
ma atenção. l\Ias foi considera
do como produto de uma revo
lução anticapitalista e, portanto.
geralmente mal visto, por visce
ralmente anticapitalista e anti
democrático. Alguns anos apó3
a crise de 1929, as circunstân
cias provocaram uma espalhafa
tosa onda de propaganda do as
sunto, ao que tudo indica sem
nenhuma relação com o prece
dente soviético. Em 1932,
HCGO
HAAN, do Instituto Internacio-
nal de Administração, de Gene
bra, fêz um levantamento mo
nográfico das sugestões sôbre
planejamento, feitas por entida
des oficiais, semi-oficiais e par-
ticulares, nos Estados Unidos, e
achou que dezenove eram dignas
ele registro
(4).
Por vários mo
; os, essa propaganda decres
ceu até desaparecer. As razões
disso foram provàvelmente as
5eguintes: a intolerância da opi
nião pública de então pelo têrmo
p l a n e j a m ~ n t o associado muito
intimamente à União Soviética;
o aparecimento de um novo e
amplo assunto para atenção e de
b3te públicos, que foi o progra-
ma
nacional conhecido
por
ew
Deal
e
possivelmente, o fato de
alguns cidadãos pensarem, erra-
damente, que o N
C w
Dca[ era
uma adaptação norte-americana
cio planejamento.
Sob a influência de nossa par
ticipação na segunda Guerra
Mundial, reiniciou-se a propa
ganda, com base nos mesmos ar
gumentos de outrora, evitando
se, contudo, em geral, o têrmo
planejamento.
\
propaganda
atual é de caráter menos doutri-
(4) American
Planning
in
the Words
oi Its
Promoters , in
merican cademy
1 Political and
Social
Sciellcc
(março, 1932).
8/18/2019 Execução Planejada
23/32
22
CADERNOS DE
ADMINISTRAÇXO PÚBLICA
nário;
é mais conforme aos pro
hlemas práticos que surgiram da
guerra, tal como. por exempl(l,
o da manunteção do pleno
e1l1-
j>rêgo.
Se HCGO HAAN ti esse
agora de rever a sua lista, pode
ria acrescentar as sugestões da
United States Chamber of COI11-
l11erce,
da American l\fanufactur
ers Association, do
OrfllllC
J
a-
ga ine
e da League for Indus
trial Democracy, bem como ou
tras ocasionalmente
alusins
à
matéria; mas teria de considerar
principalmente as publicações da
ational Planning Association
- organização que mantém uma
campanha educativa permanente
e traz em sua própria denomina
ção o têrmo plallcjomcllfo muito
embora raramente êste figure nos
titulos
de
seus notáveis relató
rios.
O valor de tal propaganda não
deve ser subestimado. Em si, ela
não é propriamente planejamen
to, mas constitui uma grande
fc Jrça
educativa que familiariza
os cidadãos com os problemas
que exigem planejamento, com
0
conceitos que lhe são peculia
res; influencia, outrossim, tais
c.idadãos, pelas soluções capazes
de apressar o advento da era do
planejamento organizado;
e,
de
algul11
m o ~ o
auxilia a determi
nar, com antecipação, o rumo
que
dew
tomar o planejamento
C\'entual. A êste respeito, talvez
stja
interessante lembrar ao lei
tor que um tal gênero de propa
ganda panfletária sempre surge,
nas democracias, em épocas de
crise, influenciando o pensamen
to
e orientando a ação
para
no
,·os sistemas,
C0l110
ocorreu, por
exemplo, após a Revolução
Nor-
te-Americana, a Guerra Civil e
a
crise de 1929.
\
propaganda, conforme de-
1110S
a entender há pouco, realiza,
ela própria, embora não oficial
mente, uma pequena parcela da
função de planejamento. A pes
(luisa, em planejamento, consta
de
muitos elementos.
A
investi
gação científica e a experimenta
Ç2 merecem especial destaque.
Com eieito,
l11uitos
problemas
ligados ao planejamento de cer
tas unidades não se prestam, por
cüusa de dificuldades práticas ou
em virtude do fator tempo, à in
vestigação e
à
experimentação de
natureza científica. Muitos dêles
exigem: observação meticulosa e
análise da experiência, não só
alheia como
própria;
intercâm
bio e consolidação de experiên
cias adequadas; conferências e
8/18/2019 Execução Planejada
24/32
EXECUÇÃO
PLANEJADA
2:
debates, bem como unanimidade
de julgámentos.
Tal
função está
sendo desempenhada de modo
apreciáYel. embora sem caráter
oficial, pela maior parte da pu-
llicidac\e hodierna.
Cada operação diferente na leitura exige
um
novo passo
no
pensamento, e,
assim, as
notas feitas nos vários estágil)s
dêste
processo exprimem
a
variedade
de
atos
intelectuais
realizados.
Se
uma pessoa
procura apreender a estrutura de
um
livro,
pode fazer
várias tentativas
de resumo de
suas
partes
principais,
antes
de contentar-se com a apreensão do
todo. Resumos esquemáticos e diagramas de todos os tipos
são úteis para
separar os
pontos principais dos secundários
ou tangenciais. Quem
pode
e
quer marcar
um livro deve
sublinhar as palavras
e
sentenças importantes,
à
medida
em
que
forem surgindo. Mais do que isso, de\'e anotar
as mu
danças de
significado, enumeranuo as páginas em que as
palavras importantes
são usadas, sucessivamente, em sentidos
diferentes. Se o autor p r ~ c e
contradizer-se,
deve
fazer-se
alguma
anotação nos
lugares em que essas
inconseqüências
ocorrem, marcando o contexto
para possíveis
indicações de
ser a contradição apenas aparente.
MORTIMER J ADLER,
rte
de
Ler
-
8/18/2019 Execução Planejada
25/32
VI RECENTES INICIATIVAS PARLAMENTARES EM
PROL DO PLANEJAMENTO NACIONAL
Relativamente às iniciativas
oficiais em prol de um genuino
plane jamento nacional organiza
do, houve duas propostas e fra
ção, nos Estados Unidos. O lei
tor
compreenderá, em breve,
por
que usamos o têrmo fração A
primeira proposta consistiu num
projeto de
lei
apresentado ao Se
nado, pelo
SENADOR
ROBERT M.
LAFOLLETTE, J
., de \Visconsin,
em 1931, e tramitou sob os nú
meros S/621S e S/2390, respec
tivamente na 3.
a
sessão da 71.
a
legislatura e na l.a sessão da
72.
a
. Visava à criação de um
Conselho Econômico Nacional.
~ s s e
Conselho deveria compor
se de nove membros, represen
tando a indústria, as finanças, o
transporte, empregadores e em
pregados, a agricultura e a Ad-
11 inistração Científica. Os seus
salários seriam de IS 000 dóla
res anuais e nenhum membro
poderia dedicar-se a
outra ativi-
dade lucrativa, profissão ou em
prêgo, enquanto pertencesse ao
Conselho. As atribuições dêste
foram enunciadas no projeto
e,
em essência, podem enumerar
~ como segue:
1. :Manter-se bem informado
acêrca das condições gerais da
economia e dos negócios dos
s-
tados Unidos da América
do
~ o r t e
2. Considerar problemas ca
pazes de afetar a situação eco
nômica dos Estados Unidos e
df seus cidadãos.
3.
Formular
propostas
para
;1
solução de tais problemas.
4. Elaborar relatório anual
até a primeira segunda-feira de
dezembro, ou antes, apresentan
do-o ao Presidente da República
e ao Congresso, juntamente com
eventuais recomendações atinen
tes à legislação e a outras me
didas consideradas necessárias.
8/18/2019 Execução Planejada
26/32
EXECUÇÃO
PLANEJADA
25
s
Periodicamente apresen
tar
relatórios sôbre determina
das questões econômicas acom
panhados das necessárias reco
mendações ao Presidente ao
Congresso às sociedades eco
nômicas e aos conselhos e ór
gãos interessados em tais ques
tões.
6.
Tomar
a iniciativa de pro
por
a organização de conselhos
ou associações nos principais ra
mos da produção distribuição e
finança a fim de estudarem as
questões econômicas pertinentes
às respectivas atividades.
sse
projeto de lei não logrou
chegar a plenário no Senado
a fim de que fôsse discutido e
votado muito embora
uma
sub
comissão o tivesse encaminhado
com parecer favorável à Comis
são de
Indústrias
daquela Câ
mara
Alta.
O
segundo projeto sob o
nú-
mero
HR/9315 (da
Câmara dos
Deputados dos Estados
Unidos)
foi apresentado em 1932 pelo
congressista
SAYMOUR H.
PER-
SON
de
~ I i c h i g a n
na
l.a
sessão
da 72.
a
legislatura. Tal projeto
de lei elaborado nas pegadas do
projeto Lafollette era em es
sência idêntico a êste mas au
mentava os poderes e atribuições
do Conselho: exigir relatórios
trimestrais de caráter confiden
cial a tôclas as emprêsas empe
nhadas na produção industrial
bem como na conversão fabri
cação e montagem; e também às
dedicadas à venda de produtos
com movimento global superior
a 1 000 000 de dólares por
ano;
periodicamente publicar a ma
téria de tais relatórios
para
ofe
recer ao mundo dos negócios
uma imagem de suas próprias
tendências estatísticas mas sem
identificar as emprêsas indus
triais.
O conteúdo dêsses rela
tórios destinar-se-ia também a
dar
ao Conselho a mesma espé
cie de informações qualitativas
e quantitativas sôbre o investi
mento de capital e o funciona
mento administrativo que o ór
gão central de
uma
corporação
integrada por muitas emprêsas
costuma exigir de cada
uma
de
suas componentes.
sse
projeto
jamais saiu da Comissão de Co
mércio
Exterior
e InterestaduaL
8/18/2019 Execução Planejada
27/32
VII O PROJETO
DE LEI DE
1945
Sô RE
O
PLENO
EMPR1 :GO
c\ terceira proposta oficial, -
a que considero como simples
fraçâo e etapa em prol de um
planejamento nacional organiza
do
-
é o projeto de lei de 1945
sôbre o pleno emprêgo (S/380),
apresentado pelo
SENADOR A
:vrES ~ I c R R A Y
de Montana, em
seu nome e no dos
SENADORES
\YAGXER,
de Nova York,
THo
:.rAS,
de
L'tah,
e
O'MAHONEY,
el
\Yyoming, na
a
sessão da
79.
a
legislatura (5).
Essa medida não propõe
criar
um Conselho Econômico ou
qualquer órgão especial equiva
lente. Recomenda que seja apre
sentado pelo Presidente da Re
pública,
através de seu Gabinete
Executivo, no início de cada se5-
;,üo regular do Congresso, Ulll
balanço da situação nacional i ]
tocante à produção e ao emprê
go, devendo ser elaborado tal
balanço com base nos pareceres
e
estudos técnicos do mesmo Ga
binete, dos órgãos do Executivo,
e
cle
quaisquer
juntas
consulti
vas constituídas de representan
tes de governos ucais, da indús
tria, das classes patronais e
tra
balhistas e da agricultura, as
quais juntas o Presidente julgue
necessário instituir. Se tal ba-
18 1ÇO
revelar deficiência de em
pregos no mercado de trabalho,
o Presidente deverá recomendar
leis de incentivo à produção e
outras medidas de caráter públi
cC', destinadas a equilibrar a ofer-
(5)
Para
uma
excelente
análise
dêsse projeto,
acompanhada
do
seu texto completo, veja-se
The
Proposed
Full Employment Act ,
por CHARLES
L
GRAGG
e
STANLEY F. TELLE,
in
Harvard
Busine
Review
número
da
primavera
de 1945, vol.
XXIII,
n.O
3,
pág.
323.
8/18/2019 Execução Planejada
28/32
EXECUÇÃO PLANEJADA 7
t,. e a procura de mão-de-obra:
e inclusive
propor
despesas
-
derais, caso ne
8/18/2019 Execução Planejada
29/32
8
C DERNOS
E
DMINISTR ÇÃO PÚBLIC
Científica, O projeto está no
rumo certo, pois reconhece que
o pleno emprêgo - questão
hásica de qualquer sistema
de planejamento nacional
constitui objetivo dos mais im
portantes; além disso, o projeto
estabelece sistemas capazes, se
gundo se espera, de promover o
pleno emprêgo; se tais sistemas
falharem na prática, ficaremos
sabendo, mediante o fato de os
havermos experimentado, o que
é e o que não é adequado; e po
deremos então tratar de proje
tar sistemas que prometam maio
res probabilidades de alcançar
os objetivos, As democracias
progridem por uma sucessão de
esforços inadequados,
Importa
é que todos êles estejam volta
dos para a verdadeira meta e
que cada qual seja menos inade
quado que o precedente,
Há outra possibilidade de su
cesso, - embora bem pouco pro
vável,
Esta
possibilidade consis
te em que, dentro da
estrutura
do citado projeto de lei e de
acôrdo com a autorização para
criar as juntas ou comissões
consultivas. que forem julga
das necessárias
,
um executi
vo ousado e vigoroso, convicto
da necessidade de um planeja
mento nacional em moldes de
Administração Científica, pode
ria instituir um órgão funciona
lizado, especializado e permanen
tl,
o qual equi\'aleria a um Con
stlho Econômico.
Tal
órgão,
utilizando-se,
para
os seus estu
dos fundamentais, do auxílio das
repartições já existentes, pode
ria servir como substituto even
tual de uma entidade de plane
j amento devidamente institucio
nalizada. E formularia progra
n:as e planos, para que o exe
cutiyo os apresentasse à Comis
S;-\O ~ i s t a
de Orçamento Xacio
Eal, prevista pelo projeto em
aprêço para funcionar no Con
gresso (6).
De modo geral, há motivos
lml
fundados para otimismo. A
pressão dos acontecimentos
é
um aliado poderoso daqueles que,
em princípio, crêem no planeja
mento econômico
nacic.bal. O
povo dos Estados Cnidos apren-
(6)
O
projeto não
se transformou em lei. O Congresso, na
2.
a
sessão da 79.
8
legislatura, votou uma versão muito alterada, que
é
a Lei n,o
304,
de
20
de fevereiro de
1946,
conhecida como Employment
Act ,
8/18/2019 Execução Planejada
30/32
EXECUÇÃO PLANEJADA
29
deu muito desde os desesperados
dias de 1932: na primeira parte
do período que sucedeu a
e s ~
ocasião yiyeu o problema do
contrôle e da regulamentação da
economia nacional; na segunda
parte dêsse período sentiu o im
pacto dos problemas mundiais
sôbre a economia nacional. Sabe
que os Estados tTnidos devem
partilhar a direção dos negócios
mundiais
C0111
outras duas pode
rosas nações. por um longo pe
ríodo. Essa direção partilhada
implica harmonizar as economias
naCIOnaiS
com a economia mun-
dial. Sabe também que as ou
tras duas nações que participam
dessa responsabilidade são na
ções em que há planejamento;
numa porque instituiu delibera
damente o planejamento organi
zado; noutra porque o planeja
mento decorre naturalmente da
sua forma de govêrno. O po\ o
dos Estados Unidos há de com
preender essa necessidade fun
cional do país. E bem assim que
a necessidade funcional é a que
preyalece. em última análise.
Em geral
o
pensamento
se
exprime, abertamente,
pela
linguagem.
Os
homens
tendem a verbalizar
as
idéias
dúvi-
das dificuldades raciocínios
que ocorrem
no
curso
do
pensa-
mento.
Se vocês
estiverem
lendo
na certa
que
pensaram;
há alguma
coisa
que podem exprimir em palavras.
Uma
das
razões
que me
fazem
julgar
a
leitura
como u processo
lento
é que procuro
gravar
os
poucos
pensamentos que
me ocor
rem.
Não posso passar
para
a página
seguinte,
se
não
es
crever
o
que penso desta.
MORTIMER
J.
ADLER, rte
e
er
8/18/2019 Execução Planejada
31/32
FUNDAÇÃO
G E T ú L I O
V A R G A S
Entidade de
caráter
técnico-educativo,
instituida
em 20 UI: dt'1.t'lIlhru dt'
lY44,
( Umo
p e s ~ o 8 .
jurldica
de
direito
privado.
visando
os' prulJlemas
t 1 ~ orj, :iuizaçà() J'
lIu
. ~ I ü r e s
t Hllht'n
U',-\tmada
IIHlt.1 1'''l't"
CONSELHO CURADOR
Presidente -
Embaixador
MAURÍCIO
~ A B V C O
Vice-Presidente
-
ALBERTO
PIRES
AMARAXTE
Antônio Garcia de Miranda
Seto,
Antônio Ribeiro França Filho, Ary Frede
Torre.,
Arthur
Antuo".
Alaciel, Rrll.Rio
Machado Neto,
Carlos
Alberto.
Alves
de
PlntD, C
r
Reis de
Cantanhede
e A mpida, Celso
'fimponl, Euvaldo
Lodl
M o n t o j { ) ~ .
Jleítor
C».mpe'u
Duarte, Henrique
Rlanc de Freitas. J[enrí4Uf' D o r n i n r ~
Joaquim Bertino de ~ ( ) r a e s
Canalho.
Jo,;é Nazareth Teixeira Di...
Mário Paulo de
Brito, Moacyr
R. Alvaro, Odilon BrallR, Paulo de
Ta/w
Leal '
•
Sede: Praia de Botafu o, 1813
Caixa
Postal:
4081 -
T e l ~ f o n e
46-4010
RIO DE JANEIRO, D. F. - BI{ASIL
8/18/2019 Execução Planejada
32/32
7'·
+
~ = ~ ~ ~ o
: : ~ ; ~ ; ; ~ ; B L I C A
2 -
Planejamento do Desenvolvimento Econômico de Países
-
ROIlEJlTO
DE
Subdesenvolvidos
CAMPOS
OUVEI);..,
8 -
Confronto entre a Administração Pública e R Administra
ção
Particular
9 - Relações Humanas na Indústria
11
-
As
Corporações Públicas na Gri-Bretanha
15
- A
Justiça Administrativa
na F rança
16 - O
Estudo da Administração
19 -
A Era do
Administrador
Profissional
21 - Assistência Técnica
em Administração
Pública
23 -
Introdução
à Teoria Geral de Administração Pública
25 - A
Justiça
Administrativa
no
Brasil
29 - O
Conselho de
Estado Francês
30 - Profissiografia do Administrador
31 - A Ambiência da Administração Pública
33 - Planejamento
34 - Execução
Planejada
35
- Como
Dirigir
Reuniões
37 -
Contrôle
dos Gastos Eleitorais
38 -
Procedimento
para
Forçar Acôrdo
39 - Relações Humanas
nas
Atividades
Modernas
40
- O
Govêrno Estadual nos
Estados
Unidos
ADMINISTRAÇÃO
DE PESSOAL
5 - Alguns
Aspectos
do Treinamento
7 - Pequena Bibliografia
sôbre
Treinamento
.12 - As Funções da Administração de Pessoal
no
ServiÇo PÚ-
blico
13 - Dois Programas de
Administração
de Pessoal'
27 - Classificação de Cargos
36
-
Em Busca de
Eixecutivos para Cargos de
Direção
ADMINISTRAÇÃO
DE MATERIAL
14
- Centralização
de Compras para
o Serviço
Público
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
17 - Teoria
das Funções Municipais
.
18 - Curso
de
Administração
Municipal
- Programa
ficação
26 -
Panorama
d A ~ m i n i 8 t r a ç ã o
Municipal
Brasileira
ORGANIZAÇÃO
E
MtTODOS
4 -
Teoria
dos
Departamentos
de Clientela
10
- A Departamentalização
no Nível
Ministerial
20 - O ti: M na Administração Inglêsa
22 - O
li:
M na Administração Sueca
28 - Principais
Processos
de Organização e Direção
RELAÇõES'
púBLICAS
1
Relações
Públicas,
Divulgação
e
P r o p a ~ a n d 9
l -
Publieidade
Admini.trativa
24 - Relações Públicas no Govêrno Muniejpal
ORÇAMENTO E FINANÇAS
púBLICAS
6 -
Os
Prineipios
Orçamentários
Geral
e
Justi-
- BENEDICTO SILVA
- E. DAYA
-
GUSTAVO
LESSA
- FRANÇOIS GAZIF.R
-
WOODROW
WILSON
- BENEDICTO
SILVA
- BENEDICTO SILVA
- PEDRO Mt'NOZ AMAT
- J.
GUILHERME
DE
ARAGÃO
- FRAl'."ÇOIS GAZIER
- EMILlO
MIRA
Y LOPF
-
ROSCOE MARTIN
- PEDRO
MUNO AMA
-
HARLOW
S.
PERSO);
-
EUGEl'."E
RAUDSEPP
-
GERALDO WILSON
NUNAN
- IRVING J.
LEE
- ROBERT
\VOO ) JOHNi>'
- GEORGE W. BEMIS
-
A. FONSECA
PIMEN1,
- A.
FONSECA
PIMEN12
-
HENRY
REINIl'."G Ia.
I. DE NAzARt T. DI.
- ROBERT N.
MACMuRIIA
- JOHN R. SIMPSOS
- BENEDICTO
SILVA
- DlOoo
LoRDELLO
DE
MElLO
- DIOGo LoaDF.LI.o DE
.MEUoO
- BENEDiCto
Sn.VA
- GUSTAVO LESSA
- JOHS R.
SIMPSO:-:
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ARRAS SAi F O R ~
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SECKLER
HUDSON
BENEDICTO SILVA
- RENEDICTO
SILVA
- L.
C.
Jfn.L
-
SEBASTIÃO
S ~ N T A N
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