View
219
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Federação Brasileira de Bancos
Relatório Social 2005
Federação Brasileira de Bancos
Rua Líbero Badaró, 425 17º andar01009-905 São Paulo SP
www.febraban.org.br
Re
lató
rio
So
cia
l 2
00
5
Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Relatório Social 2005
A FEBRABAN
A Febraban – Federação Brasileira de Bancos é a principal entidaderepresentativa do setor bancáriobrasileiro. Com 114 bancos associados –de um universo de 161 instituiçõesbancárias em operação no Brasil em 2005 –, representa 94% do total de ativos do sistema e 95,3% do patrimônio.Em dezembro de 2005, os ativos dosistema bancário totalizavam R$ 1,67trilhão, enquanto o patrimônio líquidodos bancos somava R$ 164,3 bilhões,sendo R$ 1,57 trilhão e R$ 156,6 bilhões,respectivamente, correspondentes a bancos filiados à Febraban. Conscientede sua capacidade de representação e diálogo com os diversos segmentos da sociedade e do governo, a Febrabanatua tanto no País quanto em âmbitointernacional, como afiliada da Felaban –Federação Latino-Americana de Bancos.
VISÃO
Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico e social do País.
MISSÃO
Representar seus associados, objetivando a melhoria contínua da eficiência do sistemafinanceiro e das suas relações com a sociedade, contribuindo assim para o desenvolvimentoeconômico e social do País.
VALORES
• Valorizar as pessoas.• Promover valores éticos, morais e legais.• Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade social.• Defender o livre mercado e a livre concorrência.• Atuar com profissionalismo e transparência.• Valorizar a diversidade.
ATUAÇÃO
• Propor e defender mudanças ou ediçãode normas que aumentem a eficiênciado sistema financeiro e o aprimoramentodos seus instrumentos.
• Desenvolver e manter canais decomunicação com os Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário e com associaçõesde classe, sindicatos e demais entidadese organismos nacionais e internacionais.
• Coordenar, quando necessária, a contratação de profissionais para a defesa de legítimos interesses dos associados.
• Realizar e divulgar estudos e pesquisasvisando ao aperfeiçoamento do sistema financeiro.
• Comunicar o papel e a atuação dosistema financeiro, de forma pró-ativa.
• Manifestar-se, quando for o caso, sobretemas de interesse da opinião pública.
• Desenvolver programas de formação e qualificação para os funcionários dos associados.
• Implementar programas de auto-regulação.
• Divulgar, aos associados, informaçõesrelevantes sobre assuntos objeto de sua atuação.
OBJETIVOS
• Representar os seus associados peranteos poderes constituídos e as entidadesrepresentativas da sociedade.
• Interagir com autoridades e instituiçõesna elaboração e no aperfeiçoamentodo sistema normativo.
• Desenvolver iniciativas para a contínuamelhoria da produtividade do sistema e a redução dos níveis de risco.
• Zelar pela eficiência da intermediaçãofinanceira e aumentar a sua contribuiçãopara a sociedade, inclusive desenvolvendoesforços que viabilizem o crescenteacesso da população a produtos e serviços financeiros.
• Transmitir à sociedade o papel e a contribuição do sistema financeiropara o desenvolvimento econômico e social do País.
Índice
Mensagem da Diretoria
Sobre o Relatório
Valores e transparência
O setor bancário em 2005
Bancarização
Relacionamento com os públicos interessadosProjetos institucionaisConsumidores e clientesColaboradoresFornecedoresGoverno e sociedadeComunidade
Projetos sociaisEducaçãoCultura e preservação do patrimônio Desenvolvimento comunitárioAssistência socialInfância e juventudeEsporteSaúdeTerceira idadeValorização da diversidadeProgramas ou projetos de voluntariadoOutras categorias de projetos sociais
Meio ambiente
6
8
10
12
14
20202225394142
464660667275777981828386
90
6 Relatório Social 2005
Mensagem da Diretoria
O diálogo permanente e sistemático com
a sociedade em geral e a gestão transparente
em relação às estratégias e resultados são
práticas comuns nos bancos.
E não poderia ser de outra forma. O cliente
bancário caracteriza-se por um relacionamento
contínuo e sistemático com o banco. Ele demanda
inúmeros produtos e serviços, com a utilização
das mais diferentes tecnologias. Mas o sistema
bancário brasileiro caracteriza-se pelo amplo
e generalizado atendimento ao não-cliente.
Clientes e não-clientes acessam serviços bancários
na agência, no correspondente, na máquina de
auto-atendimento, na Internet ou pelo telefone.
As pessoas podem realizar um grande número
de operações relacionadas com sua rotina financeira
diária: podem sacar e depositar, conferir seu extrato,
receber seu talão de cheques, realizar um investimento,
pagar suas contas.
Por isso, no Brasil, os bancos também são um
dos segmentos da economia com o maior volume
de atendimento à população em geral. Não há
sistema financeiro no mundo com a mesma
variedade e quantidade de serviços prestados
a não-clientes.
O setor bancário se preparou e hoje pode ser
considerado um símbolo da democracia brasileira.
Atende desde cidadãos com renda mais baixa
até as grandes corporações multinacionais.
É uma questão de sustentabilidade do negócio
bancário. O acesso a serviços bancários facilita
a inserção econômica, incrementa a formalidade,
disponibiliza o crédito de consumo e de investimento,
serviços de pagamento e cobrança e de seguros,
além de eliminar a agiotagem. Dessa forma,
a promoção à bancarização é um fomento
à inclusão, à cidadania e ao desenvolvimento.
Sempre com a intenção de superar as metas
estabelecidas, os bancos promovem aprimoramentos
em seus canais de atendimento, para que
expressem de forma fiel seus códigos de ética
e atendam à legislação de direitos do consumidor.
Para isso, têm investido nos capitais, humano
e tecnológico, buscando o entendimento,
a análise e a solução das manifestações oriundas
dos consumidores.
Como se pode ver neste Relatório Social 2005,
que consolida as informações de instituições que
representam 77,3% do total de ativos do sistema
financeiro brasileiro, 85% dos bancos consultados
promovem treinamento contínuo para que haja
uma relação ética e de respeito aos direitos do
consumidor e 75% revelaram possuir programa
específico para determinar o reconhecimento de
falhas, aumentar a rapidez e propiciar autonomia
na solução dos problemas.
Especificamente em relação ao atendimento
realizado nas agências, os bancos empenharam-se
em realizar diversos treinamentos, para aumentar
a interação dos funcionários com os clientes,
efetuar mudanças comportamentais, aumentar
a clareza sobre os produtos e serviços, visando
à melhoria do relacionamento com o público
em geral.
Paralelamente à expansão e ao aprimoramento
dos serviços bancários, e mais ainda do que em
2004, as operações de crédito foram as grandes
responsáveis pelo crescimento da economia
brasileira. Segundo dados do Banco Central,
o volume total das operações de crédito atingiu
o maior nível em dez anos em dezembro de 2005,
chegando a R$ 606,9 bilhões, um aumento de
21,5% no ano. Esse volume de recursos equivale
a 31,3% do Produto Interno Bruto (PIB), o segundo
maior da História, perdendo apenas para o registrado
em fevereiro de 1995 (36,9%).
O estoque de crédito de recursos livres
(não-direcionados) atingiu 66,7% do total,
em dezembro, ou R$ 404,8 bilhões,
um crescimento de 27%.
Em 2005, os bancos dedicaram particular
atenção ao financiamento do varejo e das
pequenas e médias empresas, segmentos que
têm aumentado cada vez mais a participação
na carteira de crédito dos bancos.
Nesse quadro, merece destaque o crédito com
desconto em folha de pagamento, com taxas
mensais ao redor de 2%. Estima-se que só entre
os beneficiários do INSS já sejam 6 milhões de
usuários deste produto no País, número que
pode chegar a 8,5 milhões até o final de 2006.
Essa linha de crédito contribuiu para outro
fenômeno importante: o alongamento dos
prazos de concessão de crédito, cuja média
chegou a 264 dias em dezembro, o maior
desde março de 2001 (266 dias).
Ampliou-se, portanto, a inclusão bancária,
processo que significa melhora da condição
social e econômica das pessoas e comunidades.
Mas a participação dos bancos vai além, está
presente em iniciativas, projetos e investimentos
que promovem a inclusão social de forma digna
e sustentável. Nesse campo, a Febraban vem
apoiando, desde 2003, o Projeto Cisternas, que
já atendeu mais de 20 mil famílias (cerca de 100
mil pessoas) na região do Semi-Árido brasileiro.
A Febraban apóia esse projeto porque sua principal
característica é a capacitação das famílias, que são
escolhidas pelas próprias comunidades. Ou seja,
não se limita a doar recursos, mas se preocupa
em garantir e avaliar que o projeto constitua
um paradigma de programa auto-sustentável.
7Febraban – Federação Brasileira de Bancos
A iniciativa da Febraban é consoante a outras ações
que, sem alarde, os bancos vêm desenvolvendo.
Em 2005, realizaram investimentos de R$ 719,3
milhões em programas de educação, treinamento
e desenvolvimento dos colaboradores, com uma
média de 66 horas por empregado/ano. Além
disso, destinaram R$ 154,3 milhões para bolsas
de estudo (cursos de graduação, pós-graduação,
técnicos e de especialização ou ainda de idiomas),
189,5% mais que em 2004.
Já os investimentos em projetos de educação
gratuita ou programas destinados às comunidades
carentes cresceram 21,25%, para R$ 1 bilhão,
em 2005.
São parcerias e programas consistentes, desenvolvidos
no esforço de reduzir os efeitos da desigualdade
social que aflige a todos os brasileiros.
Este Relatório Social dos Bancos, assim, presta
conta dessas ações, voltadas a fazer do Brasil
um país mais justo, mais solidário e mais humano.
Márcio Artur Laurelli Cypriano
Presidente da Febraban
Sobre o Relatório
Publicado desde 1993, o Relatório Social
da Febraban tem o objetivo de apresentar
a participação e o envolvimento do setor bancário
no atendimento às demandas da sociedade.
Este ano consolida informações de 41 bancos,
que representam cerca de 35,9% dos associados
da Febraban e 77,3% dos ativos totais do sistema
financeiro brasileiro, sendo que 23 instituições
descreveram os principais projetos sociais
e culturais que apóiam.
Todos os associados da Febraban são convidados
a participar deste Relatório, realizado com a adesão
voluntária das instituições. Elas respondem a um
questionário baseado nos Indicadores Ethos
de Responsabilidade Social Empresarial e em
indicadores específicos do setor financeiro.
O trabalho foi coordenado pela Comissão de
Responsabilidade Social da Febraban, integrada
por representantes de 12 bancos, e contou com
a colaboração de várias pessoas nas instituições,
que se envolveram no levantamento, na
consolidação e na análise dos indicadores.
8 Relatório Social 2005
9Febraban – Federação Brasileira de Bancos
10 Relatório Social 2005
Valores e transparência
Compromissos éticos e auto-regulação da conduta
A preocupação do setor no relacionamento com seus diferentes públicos avançou em 2005.A Febraban tornou-se signatária do Código deÉtica do Programa de Auto-Regulação do Setorde Relacionamento com Clientes e Consumidores,que envolve empresas de call center, contactcenter, help desk, telemarketing e Serviços deAssistência ao Cliente (SAC). Passou também a integrar o Conselho Gestor do Programa deAuto-Regulação, que tem como principal funçãoo direcionamento estratégico que é adotado pelaAssociação Brasileira de Telemarketing (ABT),pela Associação Brasileira de Marketing Direto(Abend) e pela Associação Brasileira das RelaçõesEmpresa–Cliente (Abrarec).
Além disso, em 2005 elevou-se para 94,3%(90,1% em 2004) a proporção de bancos querelataram possuir um código de ética ou umadeclaração de crenças e valores devidamentedocumentados e atualizados periodicamente e que pautam suas relações humanas e comerciais.Para cumprir os princípios adotados, 68,6%informaram realizar auditorias internas paraverificar a utilização dos códigos e declarações.No ano anterior, o índice havia chegado a 57,6%.No mesmo sentido, uma prática começa a ganharcorpo nas instituições: 42,9% passaram a auditaras informações apresentadas nos RelatóriosSociais – em muitos deles, existem códigosespecíficos para o relacionamento com públicosdistintos (fornecedores, por exemplo).
Na elaboração dos códigos e declarações, 88,6%abordam três ou mais stakeholders (funcionários,fornecedores, clientes, comunidade, governo e acionistas minoritários) e 94,3% são explícitosquanto ao compromisso de ética na gestão dasinformações de caráter privado obtidas duranteos processos de interação com esses públicos.Também é de 94,3% o comprometimento quantoà transparência e à veracidade das informaçõesprestadas a todas as partes interessadas.
Foi observado ainda que 88,6% incluem o respeitoaos direitos dos públicos interessados comocritério formal em suas decisões de investimentoe aquisições; 82,9% orientam suas operações em concordância com as declarações de princípiosda Organização Internacional do Trabalho (OIT)ou com as diretrizes para empresas multinacionaisda Organização de Cooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE), sendo que 51,4% já divulgamos compromissos éticos pela Internet.
Os bancos continuam a trabalhar no sentido deeliminar as ações ilegais, proíbem expressamentea utilização de práticas como corrupção e propinapara a obtenção de favorecimento e adotamprocedimentos de combate à lavagem de dinheiro.
As instituições seguem rotinas para identificarrecursos oriundos do crime organizado, tais comoo tráfico de drogas e de armas e o terrorismo.Nesses procedimentos, é incentivada a participaçãodos funcionários em políticas para conhecer o cliente, e os sistemas tecnológicos estãopreparados para identificar a movimentaçãoatípica de dinheiro por parte dos correntistas.
Erradicação do trabalho escravo
Durante o ano, a Febraban assinou a Declaraçãode Intenções pela Erradicação do Trabalho Escravono Brasil, reforçando o compromisso do setorbancário com a dignificação e a modernizaçãodas relações de trabalho.
11Febraban – Federação Brasileira de Bancos
A solenidade contou com a participação do Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva; do ministrodo Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, PatrusAnanias; e da diretora no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Laís Abramo.
A Febraban se propõe a orientar os associados a adotarem restrições cadastrais e creditícias a empreendimentosnos quais se tenha constatado o uso de trabalho análogo ao escravo, desde que tal constatação tenha sidoinformada pelos princípios do devido processo legal e da ampla defesa. Além disso, apoiará, mediantedivulgação e recomendações aos associados, as seguintes ações:
a. reintegração social e produtiva dos trabalhadores que ainda se encontrem em relações de trabalho degradantesou indignas, em parceria com as diferentes esferas de governo e organizações sem fins lucrativos;
b. informação aos trabalhadores vulneráveis ao aliciamento de mão-de-obra escrava, assim como campanhas,destinadas à sociedade, de prevenção contra a escravidão;
c. parcerias com entidades públicas e privadas no sentido de propiciar o treinamento e o aperfeiçoamentoprofissional de trabalhadores egressos das condições de trabalho degradantes ou indignas.
Cultura
O sistema bancário também procura agir para incentivar e verificar a assimilação dos procedimentos porparte dos públicos envolvidos. Dos participantes deste Relatório, 71,4% mantêm processos sistemáticosque, além de difundir os compromissos, monitoram, avaliam e verificam periodicamente sua utilização(63,4% em 2004). Em alguns casos, são estabelecidas regras para ocorrências de infração.
Em 77,1% das instituições são mantidos conselhos, comitês ou indicados responsáveis formais por questõesde natureza ética. O assunto, inclusive, vem sendo abordado em pesquisas de clima organizacional em60,0% dos casos. E em 62,0% os fornecedores também precisam estar alinhados aos mesmos valores e princípios, cuja observação é prevista no contrato firmado entre as partes.
Relações transparentes com a sociedade
Práticas comuns para 71,4% dos bancos incluem o diálogo permanente e sistemático com a sociedade emgeral, o incentivo à participação de todos os envolvidos no negócio, a gestão transparente em relação àsestratégias e aos resultados e a utilização de indicadores de desempenho. Além disso, 40,0% mensuram o desempenho obtido nesse diálogo com os stakeholders e 82,9% levam em conta as expectativas oudemandas dos interlocutores em suas decisões sobre políticas ou operações. Em 80,0% dos bancos existecomunicação regular com grupos ou partes interessadas que criticam a natureza de seus processos, produtose serviços, o que revela o respeito pela livre manifestação da opinião.
Concorrência
O setor bancário entende que a livre competição em busca de um lucro justo é um dos pilares da democraciamoderna, e não se furta em adotar práticas éticas cada vez mais elevadas em relação aos concorrentes no mesmo mercado. Os bancos adotaram esse comportamento, o que denota o repúdio à formação de trustes e cartéis, à deslealdade comercial, à fraude em licitações e à espionagem industrial. Nesse âmbito,apenas 2,9% receberam algum tipo de denúncia na Secretaria de Defesa Econômica (Cade) e 37,0% expõempublicamente os princípios em relação à concorrência.
Relatórios Sociais
O envolvimento efetivo com as comunidades nasquais mantém negócios é ponto primordial paraa manutenção da credibilidade do sistema entrea sociedade, os acionistas e os investidores. Na mesma linha, é cada vez mais exigida a prestação de contas sobre o assunto, o queenvolve a descrição das iniciativas realizadas nos campos social, ambiental e econômico.
Em 2005, 40,0% dos bancos publicaramRelatórios Sociais e de ResponsabilidadeCorporativa. Levaram ao público informaçõesquantitativas e qualitativas acerca das atividadesdesenvolvidas, sendo que 20,0% informaramincluir nesses relatórios aspectos desfavoráveissobre o desempenho, de forma a abrir o debatesobre o assunto, o que revela a preocupaçãocom a transparência e o valor desse tipo de canal de comunicação. Em 68,6% dos casos, tais informações também foram tornadasdisponíveis na Internet.
Para demonstrar a veracidade das informações, 91,4%informaram a contratação de auditores externospara ratificar os dados econômico-financeiros e 17,1% utilizaram o mesmo expediente parareferendar informações sobre aspectos sociais e ambientais das atividades.
Uma prática sadia em relação à responsabilidadesocial empresarial por parte de 28,6% do sistemaestá na rotina usual de envolver pelo menos trêsstakeholders no processo de elaboração oulançamento dos relatórios, como: comunidade,público interno, consumidores e clientes,fornecedores, governo e a sociedade em geral.
12 Relatório Social 2005
O Setor Bancário em 2005
A política e a economia seguiram rumos diferentes em 2005. Denúncias de corrupção assolaram a classe
política de uma maneira nunca vista em Brasília. No entanto, diferentemente do ocorrido em outras ocasiões,
o lado econômico logrou absorver os impactos da turbulência política a um custo relativamente baixo
e apresentar um crescimento modesto, mas positivo.
Houve desaceleração no crescimento no terceiro trimestre do ano. Dados de produção, emprego e vendas
refletiram a postergação de algumas decisões de consumo e de investimento, que diminuíram temporariamente
o ritmo da atividade econômica em razão dos acontecimentos políticos. Mas no quarto trimestre os
indicadores mostraram recuperação modesta. Em 2005, o PIB brasileiro evoluiu 2,3% – o menor crescimento
entre os países da América Latina, depois do Haiti.
O aperto monetário iniciado em setembro de 2004 terminou em maio de 2005. O processo de redução
de juros (taxa Selic) começou em setembro e as taxas encerraram 2005 praticamente no mesmo nível
do início do ano. A inflação foi controlada e observou-se valorização cambial. O dólar foi de R$ 2,65
em dezembro de 2004 para R$ 2,32 em dezembro de 2005. Já a inflação medida pelo IPCA caiu
de 7,6% em 2004 para 5,7% em 2005.
20,0
19,5
19,0
18,5
18,0
17,5
17,0
16,5
dez/04
17,7
18,2
jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05
18,7
19,219,5
19,7 19,7 19,7 19,7
19,5
19,0
18,5
18,0
A balança comercial apresentou o quinto recorde anual sucessivo, apresentando um saldo de US$ 44.756
milhões, obtido basicamente em razão do crescimento das exportações, que totalizaram US$ 118.308 milhões.
Os indicadores de risco-país, juros e dólar terminaram o ano em queda e mostraram-se dissonantes com
a crise. O risco-país caiu de 377 pontos-base em 2004 para 311 pontos-base em 2005. Tudo indica que
o desempenho da economia em 2006 será melhor que o de 2005.
Balança comercial Exportações Importações
(US$ milhões) (US$ milhões) (US$ milhões)
2002 13.121,3 60.361,8 -47.240,5
2003 24.793,9 73.084,1 -48.290,2
2004 33.640,5 96.475,2 -62.834,7
2005 44.756,9 118.308,3 -73.551,4
Taxa Selic (em %)
13Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Crédito
O crédito, repetindo o desempenho de 2004, apresentou um crescimento expressivo. A relação crédito
bancário/PIB subiu de 27,0% para 31,3%, superando a marca de 30% pela primeira vez desde 1995.
Houve crescimento em todos os segmentos, mas o destaque foi para as modalidades com maior segurança
jurídica: o leasing, que cresceu 56,2%, e o crédito consignado, que aumentou 84,3% – demonstração
cabal da importância de melhorias institucionais para a redução dos juros finais ao tomador.
Pessoajurídica
Pessoafísica
Habitação Rural BNDES Outros Setorpúblico
2004 2005
20,619,25,95,4
124,1110,0
45,140,7
28,124,7
138,5190,4
213,0180,2
Dez/2005 Dez/2004 Variação (%)
2004/2005
Total 606.702 499.604 21,4
Recursos livres (1) 403.460 318.796 26,6
Pessoa jurídica 213.015 180.248 18,2
Pessoa física 190.445 138.548 37,5
Direcionados 203.242 180.807 12,4
Habitação 28.125 24.694 13,9
Rural 45.116 40.714 10,8
BNDES 124.105 110.013 12,8
Outros (2) 5.896 5.386 9,5
Setor público 20.556 19.212 7,0
Participação no PIB 31,3% 27,0% 4,3 pp*
Fonte: Bacen.(1) Incluem leasing, cooperativas de crédito, crédito rural não-direcionado e parcela das faturas de cartão de crédito não-financiadas.(2) Incluem créditos de bancos de desenvolvimento e agências de fomento.*Pontos percentuais.
Evolução do crédito (R$ bilhões)
A diminuição da taxa de juros permitiu estender os benefícios do crédito à base da pirâmide. Tanto a conta
simplificada como a expansão do crédito consignado e o financiamento de bens e de veículos estenderam
benefícios a camadas crescentes da população.
14 Relatório Social 2005
Bancarização
O acesso a serviços bancários facilita a inserção econômica, fomenta a formalidade, disponibiliza o crédito
de consumo e de investimento, serviços de pagamento e cobrança e seguros além de eliminar a agiotagem.
Dessa forma, a promoção à bancarização é um fomento à inclusão, à cidadania e ao crescimento.
A política macroeconômica para os bancos, em 2005, mostrou retrocessos e avanços. Se por um lado, elevou
as alíquotas de PIS-Cofins, aumentou os compulsórios – que subiram 19,01% – e encareceu a tributação
do pequeno aplicador, por outro, se destacou na impulsão ao crédito em consignação, na conta simplificada,
na cédula de crédito bancário e na promoção das sociedades garantidoras de crédito, entre outras. O saldo
foi positivo.
Número de contas
Em 2005, houve expansão no atendimento bancário, privilegiando as transações eletrônicas. O uso do Internet
banking cresceu 217% nos últimos cinco anos, o que demonstra que esse será o canal de serviços do futuro.
O número de contas de poupança totalizou 70,8 milhões e o de contas-correntes, 95,1 milhões, crescimento
de 4,3% e 5,4%, respectivamente.
O crescimento do uso de meios eletrônicos de pagamento apresentou-se mais vigoroso. O número de cartões
aumentou 29,5%, o total de transações subiu 9,3%, fazendo com que o valor financeiro das transações
se elevasse 25,2%.
(em milhões) 2005 2004 2003 2002 2001 2000 Variação (%)
2005/2004
Contas-correntes (1) 95,1 90,2 87,0 77,3 71,5 63,7 5,4
Movimentadas 70,5 66,9 61,4 55,7 53,5 48,2 5,4
Não movimentadas (2) 24,6 23,3 25,6 21,6 17,9 15,5 5,6
Clientes de poupan•a (3) 70,8 67,9 62,4 58,2 51,2 45,8 4,3
Clientes com Internet banking (4) 26,3 18,1 11,7 9,2 8,8 8,3 45,3
(1) Fonte: Bacen.(2) Contas inativas há mais de seis meses.(3) Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).(4) Fonte: Febraban.
2005 2004 2003 2002 2001 2000 Variação (%)2005/2004
Cartões de crédito (milhões) 68,0 52,5 47,5 41,5 35,3 28,0 16,2
Transações com cartões de crédito (milhões) 1.692 1.548 1.285 1.119 1.028 1.004 9,3
Valor total das transações (R$ bilhões) 129,0 103,0 87,7 72,2 62,9 50,4 25,2
Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Transações com cartões
15Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Rede de atendimento
Enquanto o atendimento tradicional permaneceu estabilizado – nos últimos cinco anos, o total de agências
bancárias e postos tradicionais praticamente não variou –, os postos eletrônicos apresentaram um crescimento
robusto de 76,6%, no mesmo período. Também os correspondentes vêm ganhando um novo espaço na rede
de atendimento ao cliente, com expansão de 406% na mesma base de comparação.
Solidez dos bancos
Os indicadores de desempenho do setor bancário tiveram uma evolução positiva em 2005, assim como
os indicadores de estabilidade do sistema. O índice de Basiléia, que mede a solvência dos bancos, permaneceu
acima do mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil (11%) e superou o percentual recomendado
internacionalmente (8%), apesar da diminuição observada entre 2004 e 2005, quando passou de 24,3%
para 22,3%. Esse índice mostra a solidez do setor bancário brasileiro e o potencial de crescimento
da carteira de crédito nos próximos anos.
2005 2004 2003 2002 2001 2000 Variação (%)2005/2004
Número de agências 17.515 17.260 16.829 17.049 16.841 16.396 1,5Postos tradicionais (1) 9.527 9.837 10.045 10.140 10.241 9.495 -3,2Postos eletrônicos 27.405 25.595 24.367 22.428 16.748 14.453 7,1Correspondentes (2) 69.546 46.035 36.474 32.511 18.653 13.731 -8,3Total de dependências 123.993 98.727 87.715 82.128 62.483 54,075 -2,1
Fonte: Banco Central do Brasil.(1) Inclui postos avançados de atendimento (PAA), postos de atendimento bancário(PAB) postos de atendimento cooperativo (PCO), postos de atendimento ao microcrédito (PAM),postos avançados de crédito rural (Pacre), de arrecadação e pagamentos (PAP), de compra de ouro (PCO) e unidades administrativas.(2) Fonte: Febraban e Bacen.
2005 2004 2003 2002
Patrimônio líquido (R$ bilhões) (1) 153,2 121,0 114,0 94,0Índice de Basiléia (%) (2) 22,3 24,3 23,5 24,2
Fontes:(1) Bacen.(2) Febraban.
Itens de investimento
16 Relatório Social 2005
Bancarização
Arrecadação e pagamentos
O total de transações referentes a arrecadações e pagamentos públicos e privados manteve-se estável em 2005, na comparação com o ano anterior. O crescimento
de 4% no número de contas de concessionárias de serviços públicos foi contraposto pelo recuo de 12% em faturas dessas concessionárias colocadas em débito
automático. Já as transações referentes a guias de tributos evoluíram 15,9%, enquanto os pagamentos de FGTS e de aposentados e pensionistas do INSS
recuaram 26,7%.
2005 2004 2003 2002 2001 2000 Var. (%) Var. (%)
2005/2004 2005/2000
Contas de concessionárias de água, energia, saneamento, telefone e gás (1) 1.228 1.181 1.064 1.050 1.202 1.076 4,0 14,1
Faturas de concessionárias debitadas automaticamente nas contas dos clientes 264 300 260 255 290 225 -12,0 17,3
Guias de tributos municipais, estaduais e federais de FGTS, INSS, DPVAT e Ibama (2) 729 629 590 504 428 412 15,9 76,9
Pagamento de FGTS, de aposentados e pensionistas do INSS 288 393 332 253 247 240 -26,7 20,0
Total 2.509 2.503 2.246 2.063 2.167 1.953 0,2 28,5
Fonte: Febraban.(1) Todos os canais de recebimento, exceto débito automático.(2) Todos os canais de recebimento, inclusive débito automático.
Quantidade de transações (milhões)
2005 (1) Part. (%) 2004 Part. (%) 2003 Part. (%) 2002 Part. (%) 2001 Part. (%) Part. Média (%)
Recursos humanos 32.779 37,7 33.984 44,0 31.458 43,4 29.078 42,7 28.004 68,9 47,3
Salários e honorários 18.302 21,0 19.643 25,4 18.014 24,8 16.777 24,6 16.116 39,6 27,0
Encargos sociais (30%) 9.289 10,7 9.496 12,3 9.007 12,4 8.389 12,3 8.058 19,8 13,5
Benefícios (10%) 3.096 3,6 3.165 4,1 3.002 4,1 2.796 4,1 2.686 6,6 4,5
Participações (funcionários e minoritários) 2.092 2,4 1.680 2,2 1.434 2,0 1.116 1,6 1.145 2,8 2,2
Governo 21.885 25,2 20.060 25,9 18.294 25,2 15.729 23,1 11.198 27,5 25,3
Despesas tributárias 7.915 9,1 7.721 10,0 6.187 8,5 5.439 8 4.207 10,3 9,1
Imposto de Renda e Contribuição Social 7.003 8,1 5.217 6,7 5.352 7,4 3.999 5,9 947 2,3 6,0
INSS sobre salário (22,5%) 6.967 8,0 7.122 9,2 6.755 9,3 6.291 9,2 6.043 14,9 10,1
Líquido para acionistas 32.306 37,1 23.288 30,1 22.774 31,4 23.311 34,2 1.458 3,6 27,2
Dividendos distribuídos 8.292 9,5 6.055 7,8 5.887 8,1 6.291 9,2 11.725 28,8 12,6
Lucro retido 24.877 28,6 18.166 23,5 17.660 24,3 18.874 27,7 11.725 28,8 26,5
Prejuízo -863 -1,0 -933 -1,2 -773 -1,1 -1.855 -2,7 -14.157 -34,9 -8,1
Total 86.970 100,0 77.333 100 72.525 100 68.118 100 40.660 100 100
Fonte: Febraban.(1) Dados de 127 bancos, que correspondem a 95,6% dos ativos totais do sistema.
Distribuição dos resultados (R$ milhões)
17Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Transações bancárias e automação
Em 2005, o número total de transações bancárias expandiu-se 16,9% em relação a 2004, corroborando
o fato de que os bancos têm crescido em importância como prestadores de serviços para a sociedade.
Ademais, o crescimento de 50%, em média, do uso de meios eletrônicos, como o Internet Banking
(tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas), indica que, cada vez mais, os clientes dos bancos
não precisam mais sair do conforto de suas casas ou escritórios para efetuar a maioria das transações
bancárias. Este fato é confirmado pelo baixo crescimento (3%) das transações presenciais nos caixas
das agências no período.
2005 2004 2003 2002 2001 2000 Var. (%)
2005/2004
Automáticas externas (1) 1.412 667 610 599 653 557 111,7%
Automáticas internas (2) 8.639 7.514 6.758 3.893 3.805 3.585 15,0%
Auto-atendimento (3) 10.790 9.891 7.585 6.094 7.766 6.616 9,1%
Home e Office Banking PJ (4) 2.682 1.862 1.174 970 664 359 44,0%
Internet Banking PF (5) 3.167 2.045 1.457 1.139 820 370 54,9%
POS – ponto-de-venda no comércio (6) 1.116 1.002 581 549 380 314 11,4%
Transações em caixas de agências 3.719 3.609 4.451 4.463 5.188 4.027 3,0%
Número de cheques compensados 1.940 2.107 2.246 2.397 2.600 2.638 -7,9%
Call center com intervenção de atendente 348 301 321 380 242 130 15,6%
Call center (Unidade com Resposta Audível) 1.014 850 994 1.133 1.326 1.164 19,3%
Correspondentes (7) 296 187 125 - - - 58,3%
Total 35.122 30.035 26.302 21.617 23.444 19.760 16,9%
Fonte: Febraban.(1) Débitos automáticos, crédito de salário, etc.(2) Tarifas, taxas, IOF, CPMF, etc.(3) Saque, depósitos, consultas, emissão de cheques, etc.(4) Transferências de arquivos, consultas, pagamentos, investimentos, etc.(5) Consultas, transferências, pagamentos, investimentos, empréstimos, etc.(6) Pagamentos em lojas, supermercados, postos de gasolina, etc.(7) Estabelecimentos comerciais, correios, casas lotéricas, etc.
Origem das transações (milhões)
Relacionamento com os públicos interessados
20 Relatório Social 2005
Relacionamento com os públicos interessados
Projetos institucionais
Várias iniciativas na área social são desenvolvidas
em conjunto pelos bancos, em um trabalho
coordenado pela Febraban. O objetivo comum
é a melhoria da qualidade de vida de comunidades
e colaboradores, estimulando a inserção social
e no mundo do trabalho.
Projeto Cisternas
Assegurar condições básicas de saúde e higiene,
de aprendizagem e de cidadania é fundamental
para a elevação do capital humano. Mas, para
ser perene, sua conquista tem de significar
a garantia da sustentabilidade.
Com essa visão, a Febraban decidiu apoiar
o Projeto Cisternas, por trazer em seu bojo
a transformação social resultante do aprendizado
relativo à preservação, ao acesso, ao gerenciamento
e à valorização da água. Assim, por exemplo, a
criação de demanda para material de construção
aquece a economia local; e a facilidade de acesso
a água limpa permite o cultivo de hortaliças
e a criação de cabras, proporcionando condições
de auto-sustentação para as famílias do
Semi-Árido brasileiro.
Durante 2003, a Febraban investiu na construção
de 10 mil cisternas, para uma população estimada
em 50 mil pessoas. O orçamento original incluiu
recursos para a instalação de toda a infra-estrutura
necessária para as atividades do projeto, em
48 Unidades Gestoras Regionais. Em 2005,
a Febraban manteve o compromisso de construir
outros 10 mil reservatórios. O valor agregado desse
apoio à Associação Programa 1 Milhão de Cisternas
para o Semi-Árido (AP1MC) envolve a criação
de processos de controle e sistemas de administração
de fluxos financeiros. A transferência desse
conhecimento possibilitou à AP1MC um melhor
gerenciamento do ciclo completo do projeto:
da captação de recursos até a aplicação final
na construção das cisternas.
Desde o início do projeto até o final de 2005,
foram concluídas 20.540 cisternas, beneficiando,
diretamente, mais de 100 mil pessoas.
Fundo da Infância e Adolescência – FIA
Dentro de sua estratégia de incentivo à destinação
de recursos de Imposto de Renda aos Conselhos
dos Direitos da Criança e do Adolescente, a
Febraban deu continuidade em 2005 à divulgação
do mecanismo por meio de comunicado enviado
a todos os bancos filiados.
Essa possibilidade de destinação dos recursos aos
Conselhos é uma renúncia fiscal prevista na Lei
8.069/90. Aos fundos de natureza contábil
administrados por Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente – nas instâncias nacional,
estadual e municipal – podem ser destinados até
1% do Imposto de Renda devido das pessoas
jurídicas e até 6% do das pessoas físicas.
Projeto Adolescente Aprendiz
Os bancos prosseguiram, em 2005, os programas
de qualificação de adolescentes de 14 a 18 anos
no âmbito do Projeto Aprendiz, cujo protocolo
de intenção foi assinado em 2004 pela Federação
Nacional dos Bancos – Fenaban e o Ministério do
Trabalho e Emprego e as Secretarias de Políticas
Públicas de Emprego e de Inspeção do Trabalho.
Os aprendizes desenvolvem atividades nas áreas
administrativas, com jornada diária de seis horas,
de segunda a sexta-feira. Para fazer parte do
programa, o jovem deve estar freqüentando
o ensino regular.
Os aprendizes recebem qualificação não só para
sua formação profissional, mas também como
cidadãos, exercendo atividades teóricas e práticas,
mediante parcerias dos bancos com entidades
especializadas em educação e profissionalização
de jovens.
Por meio do programa, os aprendizes aumentam
significativamente suas chances de absorção pelo
mercado de trabalho e até mesmo de permanecerem
nos bancos após o treinamento, pois a maioria
das grandes instituições adota o sistema de
carreira fechada, com um fluxo permanente
de entradas e saídas.
21Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Inclusão social, acessibilidade e qualificação
Ao longo de 2005, os bancos desenvolveram
várias iniciativas para estimular a inclusão social
de pessoas portadoras de deficiência. Para isso,
promoveram a adequação de agências e postos
de atendimento às necessidades de acesso dos
deficientes, com a construção de rampas, banheiros,
elevadores e a instalação de mobiliário diferenciado.
Da mesma forma, máquinas de auto-atendimento,
telefones e Internet incorporaram novas tecnologias,
permitindo seu uso por clientes e usuários com
necessidades especiais.
Outras iniciativas buscam identificar e qualificar
portadores de deficiência para integrarem o quadro
de funcionários dos bancos. Também estão
sendo realizadas pesquisas para traçar o perfil
sociodemográfico desse público, identificar seu
grau de satisfação e uso de serviços bancários
e, principalmente, suas reais necessidades e
prioridades relativas aos canais preferenciais
para seu atendimento.
Banco de Talentos
A valorização das pessoas e da diversidade,
a promoção de valores éticos e morais, assim
como o incentivo a práticas de cidadania
e responsabilidade social, são valores que
norteiam a missão da Febraban, em busca
de melhoria contínua da eficiência do sistema
financeiro e de suas relações com a sociedade,
contribuindo assim para o desenvolvimento
econômico e social do País.
Como uma das ações concretas da entidade
na busca desse objetivo, o Banco de Talentos
é uma iniciativa cultural que registra 11 anos
de histórias de sucesso para os colaboradores
dos bancos, suas famílias e colegas de trabalho.
O projeto teve início em 1994 e se desenvolve
por meio de ciclos bienais de caráter permanente,
alternando as categorias Fotografia, Pintura
e Música com Artesanato, Canto Coral, Escultura,
Literatura e Teatro. Embora não premie e não
atribua classificações, muitos bancários não
perdem uma edição do evento.
Os trabalhos são escolhidos por comissões
selecionadoras, integradas por artistas, críticos
e professores de destaque nos meios artístico
e cultural.
Em sua 12a edição, o Banco de Talentos é a
iniciativa cultural direcionada exclusivamente
a artistas amadores de maior longevidade na
história do País. Sem prêmios ou classificações,
todos os trabalhos selecionados são registrados
em CDs, calendários, livros, exposições e
espetáculos. Em 2005, o Banco de Talentos
abrangeu as categorias Artesanato, Canto Coral,
Contos, Escultura e Poesia.
22 Relatório Social 2005
Consumidores e clientes
A razão de ser do setor bancário é seu consumidor
final, e a transparência com a qual ele aprofunda esse
relacionamento se reflete no esforço de aplicar com
eficácia as proposições contidas em seus códigos de
conduta e ética, e também em sua visão, sua missão
e seus valores.
Tem sido constante o aprimoramento no uso dos
diversos canais de comunicação para a oferta de
produtos e serviços aos clientes em geral. Assim como
ocorre com o meio de transmissão, o conteúdo
veiculado pelas mensagens também vem passando
por reformulações – pontuais ou profundas – sempre
que se exige uma correta adequação da linguagem
ao pleno entendimento dos usuários dos serviços
e produtos bancários.
Em 55,0% das instituições, são realizados estudos
e pesquisas com os públicos de interesse sobre danos
potenciais de seus produtos e serviços e adotadas
medidas preventivas ou corretivas com agilidade
para minimizar riscos à segurança, bem como evitar
danos morais e garantir a privacidade dos clientes.
Clareza
Ao estabelecer relações contratuais com os clientes,
90,0% dos bancos preocuparam-se em facilitar
o entendimento e a compreensão daquilo que
foi oferecido ou adquirido. E, sabendo que dúvidas
sempre podem aparecer após a veiculação das
mensagens e mesmo depois da venda do produto
ou serviço, as instituições informaram manter
um Serviço de Atendimento ao Consumidor
(por telefone ou correio eletrônico), no qual
os clientes relatam suas sugestões e críticas,
recebem orientações e têm seus eventuais
problemas solucionados.
O mesmo percentual de instituições analisa e avalia
os indicadores de desempenho desse serviço e os
utiliza em grande parte nos processos de tomada
de decisão que visam criar, manter ou descontinuar
a oferta de produtos e serviços ou mesmo no
aperfeiçoamento das práticas de atendimento.
Em 85% dos casos, os clientes são informados
sistematicamente sobre as condições e as alterações
introduzidas em produtos e serviços, como juros,
prazos, vantagens e desvantagens.
Já em 37,5% das instituições são realizadas,
inclusive, pesquisas para medir o nível de
satisfação do cliente quanto ao grau de clareza
na apresentação de informações bancárias,
como extratos de contas e contratos.
Comunicação e propaganda
Uma prática comercial é o uso de peças publicitárias
para conquistar maiores mercados para os produtos
e serviços bancários. Veiculadas na imprensa, no
rádio e na TV, em outdoors, via Internet e telefone,
por meio de fôlderes à disposição na rede de
atendimento ou enviados pelo correio, exigem
rigorosos cuidados na abordagem do tema
ou assunto.
Diante disso, o setor tem preocupação redobrada
quanto ao teor da informação. O principal
indicador revela que 87,5% se preocupam com
a comunicação interna e externa, verificando
previamente o alinhamento com as crenças
e os valores para que expresse posicionamento
ético e transparente ao público final.
Também são observadas as seguintes práticas:
• 87,5% promovem a atualização do material
de comunicação destinado aos clientes, para
tornar mais transparente o relacionamento
e mais segura a utilização dos produtos oferecidos.
• 50,0% adotam políticas contra a produção
e veiculação de propaganda que coloque
crianças, adolescentes, negros (pretos e pardos),
mulheres ou qualquer indivíduo em situação
preconceituosa, constrangedora, desrespeitosa
ou de risco.
• 80,0% realizam a análise prévia de peças
publicitárias para verificar a conformidade com
os valores éticos e com a legislação de defesa
do consumidor, inclusive com a apreciação
dos departamentos jurídicos das instituições.
Excelência no atendimento
É incessante a necessidade de as instituições
ampliarem o nível de satisfação dos diferentes
públicos. Sempre com a intenção de superar
as metas estabelecidas, os bancos promovem
aprimoramentos em seus canais de atendimento,
para que expressem de forma fiel seus códigos
de ética e atendam à legislação de direitos do
consumidor. Para isso, têm investido nos capitais,
humano e tecnológico, buscando o entendimento,
a análise e a solução das manifestações oriundas
dos consumidores.
Em 2005, por exemplo, 68,3% dos bancos
afirmaram efetuar o registro dessas manifestações,
por meio de um ou mais canais, para a solução
das pendências: departamentos de ouvidoria,
serviços de ombudsman, centrais de atendimento
por telefone e correio eletrônico. Em alguns
casos, começam a ser utilizados modernos
softwares, que auxiliam na resolução dos
problemas identificados. Além disso, 82,9%
procuraram identificar as causas dos problemas
apontados e aproveitaram a aprendizagem
para atualizar ou introduzir políticas de melhoria
da qualidade de seus produtos e serviços.
Relacionamento com os públicos interessados
23Febraban – Federação Brasileira de Bancos
A política de treinamento dos profissionais de
atendimento também vem sendo amplamente
aprimorada no âmbito das organizações. Muitas
delas mantêm programas constantes, de periodicidade
trimestral a anual, com atividades presenciais ou
desenvolvidas por meios eletrônicos.
Em 85,0% dos casos, são promovidos treinamentos
contínuos para que haja uma relação ética e de
respeito aos direitos do consumidor e 75,0%
revelaram possuir programa específico para
determinar o reconhecimento de falhas, aumentar
a rapidez e propiciar autonomia na solução
dos problemas.
Outro pilar que sustenta a credibilidade do sistema
bancário está no cuidado com que são manipuladas
as informações dos clientes pelos colaboradores.
Para a manutenção dessa política, 80,5%
treinam continuamente os profissionais de
atendimento sobre a importância de procedimentos
éticos no uso das informações privadas dos
consumidores e clientes.
Especificamente em relação ao atendimento
realizado nas agências, os bancos empenharam-
se em realizar diversos treinamentos, para aumentar
a interação dos funcionários com os clientes,
efetuar mudanças comportamentais, aumentar
a clareza sobre os produtos e serviços, visando
à melhoria do relacionamento com o público
em geral. Nesse aspecto, destacam-se:
• certificação de pessoal pela Associação
Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid);
• treinamentos sobre concessão de crédito
direcionado a uma atuação com negócios
sustentáveis (que observem padrões de
responsabilidade socioambiental);
• programas educativos contra a lavagem de dinheiro;
• padronização de atividades comerciais;
• continuidade na busca de certificações dos padrões de atendimento pelas normas ISO;
• facilitação das operações por meio de rede de auto-atendimento;
• reconhecimento dos funcionários que mais se destacarem no atendimento ao cliente;
• criação de conselhos ou comitês de qualidade.
2005 2004 2003
Total de ligações atendidas pelo SAC 67.144.747 51.146.418 31.800.219
Percentual de reclamações em relação ao total de ligações atendidas pelo SAC 2,2% 2,1% 2,9%
Tempo médio de espera no telefone do SAC até o início do atendimento (em segundos) 56 31 180
Quantidade de inovações adotadas em razão da interferência do ombudsman e/ou do Serviço de Atendimento a Consumidores/Clientes 278 110 185
Número de bancos participantes: 28, 23, 13 e 13 (2005); 14, 16, 11 e 8 (2004); 17, 18, 14 e 5 (2003).
Serviços de Atendimento ao Cliente
Pesquisas
Tem sido fundamental a utilização de pesquisas de satisfação dos clientes para determinar os rumos das
decisões das instituições para a melhoria ou a criação de produtos e serviços, bem como para identificar
possíveis falhas no atendimento ou mesmo facilitar a busca por novas oportunidades de negócio.
Essas pesquisas foram realizadas em 2005 por 46,3% dos bancos, com diferentes metodologias (focus group,
entrevistas, dentre outras técnicas) e com periodicidade variada (trimestral, semestral, anual). As perguntas
foram centralizadas em três pontos primordiais: atendimento nas agências (tema abordado por 40,0%),
auto-atendimento (42,0%) e produtos e serviços (42,0%).
24 Relatório Social 2005
Privacidade
Como participam de um negócio marcado por rigorosas regras quanto à manipulação de informações,
estabelecidas de acordo com as legislações nacional e internacional, 90,0% dos bancos têm políticas
formais e sistemas de proteção à privacidade dos consumidores e clientes. Também existem recomendações
para que sejam solicitadas apenas informações pessoais relevantes, o que ocorre em 87,5% dos casos.
Boa parte dos bancos (72,5%) também permite que o consumidor, cliente ou usuário, possa efetuar
pessoalmente inclusão, alteração e exclusão de seus dados cadastrais, e um quarto das instituições registra
formalmente as reclamações recebidas por desrespeito à privacidade do cliente.
Defesa do consumidor
Todas as ações realizadas pelos bancos na adequação dos produtos e serviços a seus conceitos de transparência
e ética permitiram que, em 2005, nenhuma multa fosse aplicada pelos órgãos de defesa do consumidor
por não-cumprimento dos regulamentos referentes à informação. Apenas 20,0% receberam alguma
autuação de órgãos como Procon, Vigilância Sanitária e Instituto de Pesos e Medidas, mas em áreas alheias
aos direitos do consumidor. Nos 30 bancos, aproximadamente, que informaram esse item da pesquisa,
o número de processos administrativos foi em média de 309, um recuo de 32,7% comparativamente à média
do ano anterior. O número de reclamações de clientes e usuários dos bancos no Banco Central do Brasil
decresceu 43,2% entre 2004 e 2005, passando de 2,59 reclamações para 1,47 em cada grupo de 100 mil
clientes, revelando o grande avanço no atendimento ao consumidor.
2005 2004 2003
Quantidade de processos administrativos (Procon, Vigilância Sanitária, Ipem) 8.643 5.513 6.989
Quantidade de reclamações no Banco Central para cada grupo de 100 mil consumidores (1) 1,47 2,59 3,41
Número de bancos participantes: 27 e 27 (2005) 16 e 15 (2004), 8 e 10 (2003).(1) Fonte: Bacen.
Direitos do consumidor
Relacionamento com os públicos interessados
25Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Colaboradores
Perfil por cargo e gênero
Os bancos que participaram deste Relatório empregavam 402.977 pessoas em 2005. Desse total 46,5%
eram mulheres, proporção praticamente idêntica à do ano anterior (46,3%) e acima da realidade brasileira –
pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2004), do IBGE, as mulheres constituem
43,1% da população economicamente ativa (PEA).
As mulheres representavam 50,2% dos colaboradores em cargos funcionais; 47,0% em cargos de supervisão,
chefia, coordenação ou técnicos de nível superior; 29,7% em gerências; e 13,1% em posições de direção.
Esse perfil também reflete uma característica do mercado de emprego no País, em que as mulheres enfrentam
maiores barreiras do que os homens para a ascensão profissional. Para equilibrar essa relação, vários bancos
monitoram seus quadros buscando eqüidade na participação de homens e mulheres em cargos gerenciais.
Valorização da diversidade
A manutenção de programas específicos que
valorizam a diversidade em seus quadros de
funcionários foi prática usual em 46,3% dos
bancos. A grande maioria zela pela valorização
de grupos usualmente excluídos em razão de
cor, raça, orientação sexual e tipo de deficiência.
Uma parcela de 68,3% afirmou adotar políticas
de não-discriminação na admissão e promoção
de funcionários. Em algumas instituições
já existem comitês ou grupos de trabalho
específicos, que se reúnem com o propósito de
definir o planejamento e as ações sobre o tema.
Sobre a diversidade no ambiente de trabalho
destacam-se:
• 29,3% concedem extensão dos benefícios aos
parceiros de funcionários do mesmo sexo;
• 7,3% contratam indivíduos com idade superior
a 45 anos ou desempregados há mais de
dois anos;
• 2,4% oferecem oportunidades para ex-detentos;
• 73,2% possuem normas e processo para
combater o assédio sexual;
• 26,8% adotam horário flexível para homens
e mulheres com filhos menores de seis anos.
Cor/raça
Os bancos têm procurado a diversidade na
admissão e na manutenção de funcionários
oriundos de grupos sociais diversificados
e 51,2% adotam políticas de variação nas
fontes de captação de pessoas de grupos
pouco representados.
2005 2004 2003
402.977 382.786 389.074
Número de bancos participantes: 36, 33 e 40, respectivamente.
Total de colaboradores
Mulheres Homens
Total
Funcionais
Supervisão
Gerência
Direção
0% 20% 40% 50% 80% 100%
46,5%
50,2%
47,0%
29,7%
13,1%
53,5%
49,8%
53,0%
70,3%
86,9%
Distribuição por gênero
26 Relatório Social 2005
Foram contratados colaboradores desses grupos
por meio de parcerias com o apoio de instituições
educacionais conceituadas, como Fundação Getúlio
Vargas, Universidade de São Paulo – incluindo
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe),
Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais
e Financeiras (Fipecafi), Fundação Instituto de
Administração (FIA) – e Serviço Social da Indústria
(Sesi), entre outras. Sob o conceito de cultura
organizacional, 36,6% das instituições bancárias
procuram realizar capacitações profissionais
específicas para os grupos de funcionários
usualmente discriminados. Os bancos oferecem as
mesmas políticas de remuneração
e benefícios para todo o corpo funcional.
As instituições permitem a auto-identificação
dos colaboradores, e os sistemas de informações
sobre empregados incluem quesitos como raça
e cor conforme determina a Relação Anual
de Informações Sociais (RAIS) e de acordo com
a nomenclatura utilizada pelo Censo do IBGE.
Pessoas com deficiência
As pessoas com deficiência têm ocupado cada
vez mais espaço dentro das organizações bancárias,
sendo que 56,1% mantêm programa especial
para a contratação de profissionais com tais
características e 51,2% realizaram adequações
nas estruturas físicas e de mobiliário para
a efetiva adaptação dos deficientes ao ambiente
de trabalho.
O último dado consolidado nacional sobre a
população com deficiência é do Censo 2000
do IBGE, com a identificação de 24,6 milhões
de pessoas – ou 14,5% da população naquele
ano – com algum tipo de incapacidade ou
deficiência. São pessoas com dificuldade
de enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma
deficiência física ou mental. Pesquisa do Centro
de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), entretanto, aponta que apenas 2,0%
dessas pessoas estão inseridas no mercado
formal de trabalho.
Há uma política nacional para a integração desse
contingente da população. As Leis 7.853/89
e 8.213/91 e os Decretos 3.289/99 e 5.296/2004
estabelecem a obrigatoriedade de as empresas
manterem em seu quadro de 2% a 5% de pessoas
portadoras de deficiência (o percentual varia
de acordo com o total de empregados)
e oferecerem condições de acessibilidade.
Mulheres brancas
Mulheres negras (pretas e pardas)
Mulheres amarelas
Mulheres indígenas
Homens brancos
Homens negros (pretos e pardos)
Homens amarelos
Homens indígenas
0% 10% 20% 30% 40% 50%
0,1%
0,1%
1,1%
1,3%
7,9%
5,1%
44,4%
40,0%
Relacionamento com os públicos interessados
Total de colaboradores
27Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Tempo de banco – pessoas com deficiência Cargos – pessoas com deficiência
Escolaridade – pessoas com deficiênciaLotação – pessoas com deficiência
28 Relatório Social 2005
Faixa etária
O perfil de colaboradores por idade revela a predominância dos profissionais que têm entre 26 e 45 anos.
Eles representam 63,1% do total, mais do que os 61,1% apurados pelo IBGE na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad 2004) para as pessoas ocupadas na área urbana com idade entre 25 e 49
anos. Os bancos também empregam um percentual de pessoas com idade acima de 46 anos que é superior
aos indicadores nacionais: 20,0%, ante 16,7% identificados pelo IBGE na população de 50 anos ou mais.
Nos cargos funcionais há um equilíbrio na proporção de faixas etárias, com maior incidência no intervalo
entre 26 e 35 anos (31,0%) e 36 e 45 anos (27,0%). Em gerências e diretorias – cargos que requerem maior
experiência – cresce a proporção de profissionais com 46 anos ou mais, que representam 42,7% dos diretores
e 33,8% dos gerentes. Nas áreas de supervisão, chefia, coordenação ou de técnicos de nível superior é maior
o contingente com idade entre 36 e 45 anos (40,1%).
0,2%
15,7%
30,3%
32,8%
19,9%
0,9%
0,2%
16 – 17 anos
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
16 – 17 anos
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
0,1%
14,3%
28,5%
33,1%
22,6%
1,2%
0,2%
16 – 17 anos
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
0,2%
17,4%
32,5%
32,6%
16,7%
0,5%
0,1%
Relacionamento com os públicos interessados
Faixa etária – total Faixa etária – homens Faixa etária – mulheres
29Febraban – Federação Brasileira de Bancos
0,3%
11,6%
45,4%
34,4%
5,4%
2,9%
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
6,4%
36,0%
40,1%
16,8%
0,6%
0,1%
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
1,5%
18,7%
46,0%
32,8%
0,9%
0,1%
18 – 25 anos
26 – 35 anos
36 – 45 anos
46 – 55 anos
56 – 60 anos
Mais de 60 anos
22,7%
31,0%
27,0%
18,2%
0,9%
0,2%
Faixa etária – direção
Faixa etária – supervisão Faixa etária – funcionais
Faixa etária – gerência
30 Relatório Social 2005
Tempo de banco
Há equilíbrio entre os profissionais com mais de dez anos de casa (50,5%) e os que ingressaram há menos
de dez anos nas instituições (49,5%), mas com o maior contingente concentrado no período até cinco
anos (41,1% do total). É menor o número de mulheres do que o de homens que atuam no banco há mais
de 20 anos (16,6% e 25,8%, respectivamente).
Escolaridade
O nível de escolaridade dos colaboradores dos bancos supera a média nacional da população economicamente
ativa identificada pela Pnad 2004: 41,2% concluíram o Ensino Médio ou profissional e 44,5% o Ensino
Superior, ante 23,1% da população que estudou de 11 a 14 anos (o equivalente ao Ensino Médio) e apenas
6,1% que estudou 15 anos ou mais. Entre os profissionais das instituições bancárias destacam-se ainda
10,2% com pós-graduação, mestrado ou doutorado.
A escolaridade é mais elevada entre as mulheres (47,6% têm curso superior e 9,1% pós-graduação, mestrado
ou doutorado) do que entre os homens (41,9% e 11,2%, respectivamente). Essa realidade tem aderência
com os indicadores nacionais: 30,3% das mulheres estudaram de 11 a 14 anos e 9,2% mais de 15 anos,
em comparação a 23,1% e 6,1% dos homens, respectivamente.
Relacionamento com os públicos interessados
Escolaridade – total Escolaridade – homens Escolaridade – mulheres
31Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Lotação por dependência
A maior parte dos colaboradores (69,0%) atua em agências, Postos de Atendimento Bancários (PABs)
e Postos de Arrecadação e Pagamento (PAPs), como decorrência da própria natureza da prestação de
serviços das instituições bancárias. Já no atendimento remoto (fora das agências, em mesas e plataformas,
via telefone e terminais eletrônicos) trabalham mais 2,9%.
Na infra-estrutura de apoio (como contabilidade, processamento de dados e serviços administrativos)
estão 24,0%. E em órgãos de negócios centralizados (câmbio, open market, repasses) atuam 4,1%.
41,1%
8,4%
29,0%
21,5%
Até 5 anos
De 5 a 10 anos
De 10 a 20 anos
Mais de 20 anos
39,3%
7,8%
27,1%
25,8%
Até 5 anos
De 5 a 10 anos
De 10 a 20 anos
Mais de 20 anos
43,1%
9,2%
31,1%
16,6%
Até 5 anos
De 5 a 10 anos
De 10 a 20 anos
Mais de 20 anos
69,0%
2,9%
4,1%
24,0%
Agências, PABs e PAPs
Atendimento remoto
Órgãos de negócioscentralizados
Infra-estrutura de apoio
71,1%
4,0%
3,5%
21,4%
Agências, PABs e PAPs
Atendimento remoto
Órgãos de negócioscentralizados
Infra-estrutura de apoio
67,2%
2,0%
4,5%
26,3%
Agências, PABs e PAPs
Atendimento remoto
Órgãos de negócioscentralizados
Infra-estrutura de apoio
Tempo de banco – total Tempo de banco – homens Tempo de banco – mulheres
Lotação – total Lotação – mulheres Lotação – homens
32 Relatório Social 2005
Desenvolvimento profissional e empregabilidade
Dar chances a seus empregados de aumentar as competências profissionais por meio de programas
específicos de desenvolvimento e treinamento é prática comum para 80,0% dos bancos pesquisados.
São oferecidos treinamentos, presenciais ou não, que visam ao direcionamento da carreira, à ampliação
de conhecimentos gerais e posturas humanas, além de cursos sobre práticas comerciais.
Em 2005, 61,1% dos bancos informaram investimentos de R$ 719,3 milhões em programas de educação,
treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, com uma média de 66 horas por empregado/ano
(em comparação a R$ 300,7 milhões e 43,9 horas em 2004).
Além disso, 70,3% dos bancos informaram ter destinado R$ 154,3 milhões para bolsas de estudo (cursos
de graduação, pós-graduação, técnicos e de especialização ou ainda de idiomas), beneficiando 24.403
colaboradores – 189,5% e 25,2% acima do registrado em 2004 (R$ 53,3 milhões e 19.949 pessoas,
respectivamente), de acordo com idêntico número de instituições.
Compromisso com futuras gerações
O setor deu continuidade, em 2005, às ações de comprometimento com as novas gerações, com abertura
de oportunidades no mercado de trabalho, promoção de políticas para erradicar o trabalho infantil e participação
em ações sociais e educativas em conjunto com entidades assistenciais.
Com relação à legislação trabalhista, todos os bancos respeitam a determinação de não empregar crianças
menores de 16 anos, com exceção dos participantes do projeto Adolescente Aprendiz.
A totalidade dos bancos participantes declarou não utilizar menores de 18 anos em trabalhos noturnos
ou considerados insalubres, ratificando assim seus princípios éticos. No mesmo sentido, 57,1% afirmaram
exigir de seus parceiros e fornecedores a não-contratação de mão-de-obra infantil. Além disso, 31,0%
auxiliam empresas de outros setores a respeitarem essa prática condenada no mundo inteiro.
Como parte do compromisso com o futuro das novas gerações, 26,2% ainda informaram manter programas
educativos e sociais para filhos de funcionários e 21,6% apóiam o poder público em ações que beneficiam
a criança e o adolescente.
Programas de trainees e estagiários são adotados como parte da estratégia de renovação permanente
do quadro de pessoal e criação de oportunidades para o ingresso de jovens no mercado de trabalho.
Relacionamento com os públicos interessados
33Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Remuneração e benefícios
A efetiva produtividade e o comprometimento dos funcionários são obtidos por meio de políticas eficientes
de remuneração e de concessão de benefícios. Nas pesquisas realizadas por 46,3% dos bancos são usualmente
incluídos itens que permitem medir a satisfação interna quanto à política de remuneração e benefícios.
Também são considerados os seguintes índices:
• todas as instituições oferecem participação nos resultados;
• 92,7% concedem planos de saúde familiar;
• 51,2% possuem política de remuneração variável, principalmente para funcionários lotados na rede
de agências e áreas comerciais;
• 9,8% oferecem aos funcionários a possibilidade de se tornarem acionistas (stock options);
• 36,6% mantêm creche no local de trabalho ou por rede conveniada, além dos benefícios estabelecidos
em convenção coletiva firmada com sindicatos de bancários;
• 22,0% oferecem taxas de juros diferenciadas no financiamento de casa própria.
2005 2004 2003
Número total de trainees contratados no período 307 672 137
Número total de estagiários efetivados no período 3.088 2.428 2.652
Número total de adolescentes (idade entre 14 e 17 anos,inclusive) contratados pela Lei de Aprendizagem no período 9.323 10.272 4.001
Bancos participantes: 12, 30 e 25 (2005); 28, 30 e 30 (2004); 28, 26 e 28 (2003).
2005 2004 2003
Valores totais distribuídos (R$ milhões) 1.613,9 1.577,0 1.354,9Número de colaboradores beneficiados (mil) 402,9 379,8 304,2Valores totais distribuídos aos diretores estatutários (1) (R$ milhões) 63,7 57,8 100,3
Bancos participantes: 26, 27 e 16 (2005); 27, 27 e 18 (2004); 29, 28 e 10 (2003).(1) Os dados de 2003 referem-se a todos os administradores e não apenas aos diretores estatutários.
Programas de participação nos resultados e bonificações
34 Relatório Social 2005
Nº de Nº de Nº de Nº debancos 2005 bancos 2004 bancos 2003 bancos 2002
Demonstrativo de benefício
Valor total – Cosif: 8.1.7.27.00-3 + 8.1.7.30.60-5 (R$ milhões) 30 4.586,4 27 3.993,2 29 3.040,8 29 2.507,4
Alimentação (custo da alimentação em geral: tíquetes, restaurante)
Valores totais (R$ milhões) 31 1.922,3 28 1.719,7 24 1.364,1 24 1.132,6
Número de beneficiados 33 513.993 28 436.115 24 302.766 24 288.850
Saúde (assistência médica/convênio/auxílio-doença)
Valores totais 30 938,2 26 781,8 23 571,4 23 517,0
Número de beneficiados 32 799.789 27 674.822 23 273.099 23 254.455
Transporte (custos do transporte em geral, como vale-transporte, ônibus)
Valores totais (R$ milhões) 32 102,6 27 93,8 19 73,2 19 53,3
Número de beneficiados 32 126.056 26 110.548 19 88.400 19 81.895
Seguros (seguros de vida e de acidentes pessoais pagos pelo banco)
Valores totais (R$ milhões) 27 15,4 25 14,3 20 11,5 20 10,8
Número de beneficiados 29 236.519 24 195.740 20 123.140 20 128.504
Creches (manutenção de creches e auxílio-creche/babá)
Valores totais (R$ milhões) 31 129,9 28 116,0 20 77,9 20 72,2
Número de beneficiados 31 71.772 24 54.036 20 51.253 20 52.339
Educação (bolsas de estudo)
Valores totais (R$ milhões) 26 154,3 26 53,3 - - - -
Número de beneficiados 25 24.403 24 19.498 16 29.970 - -
Cursos de nível superior 18 10.103 23 11.418 16 6.137 - -
Cursos técnicos e de especialização 10 9.369 20 4.162 16 17.479 - -
Cursos de idiomas 16 2.386 22 13.646 16 3.803 - -
Programa de pós-graduação e mestrado no Brasil (custeado pelo banco) 19 2.511 23 3.460 16 2.502 - -
Programa de pós-graduação e mestrado no exterior (custeado pelo banco) 4 34 21 48 16 49 - -
Donativos assistenciais (tratamento médico-hospitalar, aparelhos ortopédicos,cadeiras de rodas, exames médicos não cobertos pelos convênios)
Valores totais (R$ milhões) 5 2,2 16 6,3 4 5,3 4 5,0
Número de beneficiados 4 2.323 15 1.856 4 1.519 4 1.002
Atividades de lazer (subsídios e donativos para associações de funcionários,atividades de lazer e recreação)
Valores totais (R$ milhões) 10 7,7 19 7,0 - - -
Número de beneficiados 4 2.323 19 93.016 - - -
Outros (ajuda-aluguel, licença-prêmio, salário-educação, medicamentos,academia de ginástica, mudança, ajuda a expatriados, vacinação, medicina e segurança no trabalho)
Valores totais (R$ milhões) 5 89,9 20 113,4 7 26,1 22,7
Número de beneficiados 4 29.371 16 46.772 7 81.335 52.210
Benefícios concedidos (número de empregados beneficiados)
Crédito imobiliário 10 89.876 18 1.381 - - -
Outros empréstimos em condições privilegiadas 5 96.097 18 24.385 4 28.890 -
Benefícios concedidos aos colaboradores
Relacionamento com os públicos interessados
35Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Saúde e segurança no trabalho
A qualidade de vida dentro e fora das dependências de trabalho, assim como a preocupação com a segurança
e a saúde dos colaboradores, continua a ser objeto de aprimoramento por parte do sistema bancário. Nesse
sentido, 46,3% dos bancos mantêm planos e estabelecem metas que pretendem ultrapassar os padrões
de excelência em relação a esse tema, além de realizarem campanhas regulares de conscientização entre
seus públicos e pesquisas periódicas para aferição dos níveis de eficácia e satisfação.
Normas e procedimentos de segurança no trabalho, do meio ambiente e da saúde ocupacional, reconhecidas
mundialmente, começam a ser observadas nas organizações.
Muitos bancos (34,1%) também têm incentivado a prática regular de exercícios físicos dentro do horário
de trabalho e 22,0% adotam políticas visando equilibrar a vida profissional com a pessoal.
Entre as instituições, 25,0% também mantêm programas específicos dirigidos aos funcionários sobre doenças
relacionadas a drogas e ao álcool e para portadores de HIV. Estão incluídos ainda programas para a saúde
da mulher.
Relacionamento sindical
O relacionamento do setor bancário com entidades sindicais é marcado pela transparência nas negociações.
Sua característica mais significativa é a unificação nacional dos acordos coletivos anuais. Critérios de transparência
nas relações entre banco e representantes sindicais são preconizados por 87,8% das instituições e 71,0%
procuram fornecer rapidamente as informações que afetem os trabalhadores.
Bolsas de estudo – beneficiados por curso
36 Relatório Social 2005
Relacionamento com os públicos interessados
Gestão participativa
É prática recorrente o incentivo para que os funcionários participem dos processos decisórios que ocorrem
nas organizações. Em muitas delas, o planejamento é realizado com suporte orçamentário e autonomia em
relação aos altos níveis hierárquicos. Além disso, os bancos afirmam não interferir nos processos decisórios
para eleição dos integrantes de comissões internas de prevenção a acidentes ou de PLR.
Demissões e admissões
O desligamento de pessoal, por demissão ou aposentadoria, também merece atenção especial por parte
do setor. Cerca de 70,0% dos bancos se preocupam em evitar as demissões e, diante de inevitáveis
situações, procuram discutir alternativas com os empregados. Em 37,0% foram criados programas de
demissão voluntária e ainda oferecida ajuda na recolocação do ex-empregado no mercado de trabalho,
enquanto a convenção coletiva de trabalho oferece condições para a atualização profissional dos demitidos.
Os bancos participantes da pesquisa admitiram 49.149 pessoas em 2005, enquanto demitiram 31.100.
Os homens representaram 54,8% dos demitidos e 51,6% dos admitidos, concentrando-se a movimentação
de pessoal em cargos funcionais (55,8% e 77,8%, respectivamente). Por faixa etária, 57,5% dos demitidos
tinham entre 26 e 45 anos, enquanto houve equilíbrio na contratação de profissionais de até 35 anos (47,1%)
e com mais de 46 anos (50,0%), indicando a busca pelo equilíbrio entre juventude e experiência. E, por
lotação, tanto as demissões quanto as admissões concentraram-se nas agências e Postos de Atendimento
Bancário (65,2% e 66,8%, respectivamente).
O turnover foi de 7,7% (8,8% no ano anterior), sendo mais elevado em cargos de direção (14,4%).
Demitidos Admitidos Turnover (%)
Total 31.100 49.149 7,7Cargos de direção 244 117 14,4Cargos de gerência 4.716 5.949 8,6Cargos de supervisão, chefia, coordenação e técnico de nível superior 8.790 4.827 9,0Cargos funcionais 17.350 38.256 7,0
Movimentação de pessoal por cargo
Bancos participantes: 36.
37Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Funcionais
Supervisão
Gerência
Direção
Funcionais
Supervisão
Gerência
Direção
Mulheres Homens Mulheres Homens
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
50,5%
43,1%
31,1%
13,9%
49,5%
56,9%
68,9%
86,1%
51,1%
44,1%
35,1%
14,5%
48,9%
55,9%
64,9%
85,5%
Mais de 46 anos
De 26 a 45 anos
Até 25 anos
Mulheres Homens
0% 20% 40% 60% 80% 100%
51,5%48,5%
54,8%45,2%
53,7%46,3%
Demissões – por cargo Admissões – por cargo
Demissões – por faixa etária
Mais de 46 anos
De 26 a 45 anos
Até 25 anos
Mulheres Homens
0% 20% 40% 60% 80% 100%
50,7%49,3%
65,6%34,4%
51,6%48,4%
Admissões – por faixa etária
38 Relatório Social 2005
Aposentadoria
Quando o assunto é aposentadoria, 22% dos bancos têm programas que preparam o profissional para deixar
de desempenhar uma atividade remunerada, oferecendo apoio na busca de uma melhor qualidade de vida
por meio do equilíbrio físico, emocional e financeiro, além de estender benefícios, como planos de saúde
e seguro de vida em grupo. Em 2005, 6.114 profissionais participaram desses programas, em comparação
a 3.241 informados em 2004.
Adicionalmente, 56,1% mantêm planos de previdência complementar a todos os funcionários.
Relacionamento com os públicos interessados
Agências, PABs e PAPs
Atendimento remoto
Órgãos de negócios centralizados
Infra-estrutura de apoio
65,2%
4,7%
5,4%
24,7%
Agências, PABs e PAPs
Atendimento remoto
Órgãos de negócios centralizados
Infra-estrutura de apoio
66,8%
9,3%
5,2%
18,7%
Demissões por lotação Admissões por lotação
Demissões Admissões
Até 25 anos
De 25 a 45 anos
Mais de 46 anos
22,1%
57,5%
20,4%
Até 25 anos
De 25 a 45 anos
Mais de 46 anos
50,0%
2,9%
47,1%
Movimentação de pessoal por idade
39Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Fornecedores
Ao se relacionarem com um grande número
de fornecedores de matéria-prima, serviços
ou de capital humano, os bancos têm o cuidado
de estabelecer regras claras sobre cumprimento
de legislação e práticas socialmente responsáveis.
Essa conduta é adotada por 61,0% na cadeia
de fornecimento, para que o ganho obtido
na parceria seja igual para ambos os lados.
Ao selecionarem ou desenvolverem novos
fornecedores, 63,4% estabeleceram critérios
amplamente discutidos, que visam garantir
a lisura na gestão das informações confidenciais
obtidas durante sua integração com clientes
ou o mercado em geral.
Esses são aspectos fundamentais, considerando-se
um universo de 99.684 fornecedores informados
por 76,3% dos bancos que participaram da pesquisa.
Do total de instituições, 34,2% apresentou
o porte de seus 75.140 fornecedores, dos quais
81,0% são pequenas e microempresas.
No âmbito da responsabilidade social, 34,1% das
instituições preocupam-se em divulgar e adequar
os fornecedores a seus critérios éticos. O mesmo
percentual institui programas específicos de estímulo
e treinamento desses parceiros para que iniciem
ou tomem contato com as modernas práticas
de responsabilidade corporativa.
Muitos bancos, inclusive, realizam avaliações
periódicas de desempenho dos fornecedores,
para proporcionar a possibilidade de ações
corretivas, evitando o desgaste – financeiro
ou de imagem – para as partes envolvidas.
Em 2005, uma parcela de 13,5% das
instituições informou ter inspecionado
práticas de responsabilidade social em 2.648
fornecedores, ou o equivalente a 2,7% do total.
40 Relatório Social 2005
Ponto crucial na contratação e manutenção das parcerias é o rigoroso cumprimento da legislação que condena
o trabalho infantil. Para 42,5% dos bancos, além da inclusão de cláusulas sobre o assunto nos contratos
de fornecimento, também são realizadas inspeções regulares, visando ao cumprimento desse item. Em muitos
casos, proporcionam mecanismos para que os parceiros identifiquem e erradiquem essa prática condenável
em sua cadeia produtiva.
Desenvolvimento
Para o estabelecimento de critérios que proporcionem o desenvolvimento mútuo, visando alcançar a qualidade
total no âmbito das parcerias, os bancos destinam tempo e recursos necessários para que os benefícios do
relacionamento sejam obtidos com rapidez e eficácia.
No caso de fornecedores de igual ou menor porte, 30,0% das instituições bancárias contribuíram permanentemente
para a melhoria dos processos de gestão, tornaram disponíveis informações, incentivaram o treinamento de
pessoal e utilizaram critérios de negociação que estabelecessem premissas como crescimento, estímulo e facilitação
do envolvimento dos parceiros com projetos sociais e ambientais. Além disso, 32,5% dos bancos incluíram
na cadeia produtiva indivíduos ou empresas que desenvolvem trabalhos de inclusão social de grupos menos
favorecidos e 12,0% promovem programas de erradicação do analfabetismo dirigidos aos fornecedores.
Em outra frente, 27,5% realizam pesquisas periódicas de satisfação dos fornecedores quanto aos prazos
de pagamento, preços e tratamento.
Terceirização
Como mantêm em suas dependências um número expressivo de funcionários de empresas terceirizadas –
equivalente à média de 38,2% do número de empregados próprios –, os bancos procuram estabelecer
políticas que resguardem os direitos legais e humanos desses profissionais. A ação mais efetiva é o constante
monitoramento quanto à observância da legislação trabalhista, o que ocorre em 77,5% dos casos.
Uma parcela de 75,0% também procura zelar pela igualdade dos terceirizados em relação aos benefícios
básicos concedidos aos próprios funcionários. Já 35,0% os incluem – com a mesma consideração –
em programas de treinamento e desenvolvimento profissional.
2,8%
16,0%
81,0%
0,2%
Grandes empresas
Médias empresas
Pequenas e microempresas
Indivíduos ou gruposde comunidades locais
Relacionamento com os públicos interessados
Perfil dos fornecedores
41Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Governo e sociedade
Mais do que estreitar os laços com o governo,
o fato de participar de políticas e projetos criados
pelas várias esferas do poder público contribui
efetivamente com a diminuição das carências
sociais e o conseqüente aumento na qualidade
de vida da sociedade brasileira. Para as instituições
bancárias, esse relacionamento proporciona
aprendizado constante e denota comprometimento
com questões culturais, educacionais e do
meio ambiente.
Dessa forma, 48,8% declararam envolvimento
com atividades sociais realizadas por entidades
governamentais, contribuindo com recursos
humanos, técnicos ou financeiros e apoio para
a elaboração, o aperfeiçoamento e a execução
de políticas públicas. Cerca de 40,0% adotam
ou patrocinam projetos para o melhoramento
das condições de ensino das escolas públicas
e também promovem programas de bolsas
de estudo.
O Programa Fome Zero, do governo federal,
é um exemplo da participação do setor em
políticas públicas e 51,0% das instituições
colaboram com esse programa.
Os bancos ainda procuram participar (58,5%) em
associações e fóruns empresariais, comissões ou
grupos destinados a constituir políticas de interesse
público e 34,1% patrocinam ou realizam campanhas
de mídia exclusivamente direcionadas a questões
de interesse público, tais como combate ao uso
de drogas e à deterioração ambiental.
O setor (39%) também procura discutir questões
relacionadas à responsabilidade social com
a direção das empresas que financia e 26,8%
dos bancos realizam a mesma ação com as
empresas nas quais investem.
Transparência
A mesma lisura no relacionamento com clientes,
colaboradores, a sociedade e fornecedores é
observada no contato com políticos e agentes
do poder público, de maneira que o respeito
às leis e à ética nas relações pessoais continue
sendo ponto-chave para o reconhecimento
das atividades bancárias.
Na mesma linha, os bancos estabelecem critérios
que proíbem o favorecimento direto ou indireto
para autoridades, agentes e fiscais do poder
público, incluindo a obrigatoriedade de denunciar
qualquer oferta recebida, sob pena de haver
punição para empregados envolvidos nesses casos.
42 Relatório Social 2005
ComunidadeAlém de financiar e participar de políticas
de inclusão social, as instituições bancárias
procuram potencializar ações efetivas de
cooperação com as comunidades nas quais estão
estabelecidas, de maneira a manter um ciclo
virtuoso de comprometimento social. Em 2005,
40,0% dos bancos declararam adotar políticas
formais para o relacionamento com a comunidade
na qual possuem unidades de negócios e 26,8%
atuam diretamente na discussão dos principais
problemas comunitários ou no encaminhamento
de soluções para os órgãos responsáveis.
Já 44,0% destinam recursos para a melhoria
da infra-estrutura comunitária no entorno das
unidades de negócios. Esses investimentos vão
desde a destinação orçamentária para a manutenção
periódica de logradouros e praças públicas,
restauração de prédios históricos até a administração
efetiva de hospitais. Também são firmadas
parcerias em que os recursos são utilizados por
entidades assistenciais na construção de moradias
e rede de saneamento básico, bem como na
manutenção de pontes e viadutos. O mesmo
percentual de bancos direciona esforços no
engajamento com organizações assistenciais que
realizam campanhas educativas na comunidade.
Recursos
O grau de importância que os bancos dão ao
relacionamento com a comunidade é explicitado
pelo comprometimento de seu corpo diretivo na
tomada de decisões sobre onde, quando e como
investir. Em 77,5% das instituições, essa decisão
tem a participação direta do presidente; em 52,5%,
a da vice-presidência; em 80,0% os diretores
estão envolvidos; 35,0% têm a participação
de comitê específico; e em 32,5% a direção
do instituto ou fundação também promove
as decisões.
Em relação às previsões orçamentárias para projetos
dessa natureza, 30,0% mantêm verba anual fixa;
para 7,5% o recurso é baseado no percentual
da receita; e 57,5% direcionam valores variáveis,
de acordo com a demanda exigida.
Além de recursos financeiros, os bancos realizam
doações de maneira variada:
• 72,5% doam equipamentos, móveis, materiais
de escritório ou outros materiais usados ou novos;
• 27,5% permitem que funcionários sejam
utilizados em tempo integral ou parcial;
• 15,0% oferecem serviços do banco, de forma
gratuita ou em condições diferenciadas;
• 10,0% permitem a utilização da tecnologia
desenvolvida para o banco;
• 35,0% buscam recursos com parceiros
ou com o governo;
• 47,5% destinam dinheiro do Imposto de
Renda para Fundos da Infância e Adolescência,
sendo que 25,0% incentivam a participação
de funcionários e 17,5% têm estratégias
definidas para essa política.
Uma prática que vem-se tornando comum dentro
das organizações bancárias é a criação de
departamentos ou equipes com dedicação
exclusiva para a condução de projetos sociais,
o que foi observado em 2005 em 37,5% das
instituições. Nesse mesmo grupo, são realizados
treinamentos e qualificações para que os
funcionários possam desempenhar tais funções
com o profissionalismo requerido. Além disso,
em 22,5% é usual a participação de membros
da comunidade nos processos decisórios.
No setor bancário como um todo, o gerenciamento
das ações de responsabilidade social é realizado
da seguinte forma:
• em 15,0%, por meio de institutos;
• em 12,5%, por fundações, nas quais
o conselho ou a diretoria tem integrantes
de fora do banco;
• em 30,0%, por áreas especialmente criadas;
• em 25,0%, por diferentes departamentos.
Relacionamento com os públicos interessados
43Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Investimentos
Os investimentos em projetos ou programas destinados às comunidades somaram R$ 1.002 milhões
em 2005. Exclusivamente para cultura, foram aplicados R$ 320,3 milhões. Em iniciativas sociais, foram
investidos R$ 681,7 milhões. Do total, R$ 144,9 milhões (14,4%) representaram recursos de incentivo fiscal.
24,6%
17,8%
9,7%
0,5%
1,4%
1,1%
4,5%
1,5%
32,0%
6,9%
EducaÁão
Desenvolvimento comunitárioe ação social
Esporte
Saúde
Meio ambiente
Terceira idade
Outras categorias
Microcrédito
Cultura
Infância e adolescência
Investimentos sociais e culturais
44 Relatório Social 2005
2005 2004 2003
Educação
Educação escolar 139,0 182,9 183,7
Atividades complementares à escola 27,5 22,6 10,6
Apoio a bibliotecas e incentivo à leitura 5,0 0,9 0,9
Erradicação do analfabetismo 17,6
Apoio à universidade pública, a programas do Ensino Superior e a universitários 25,5 12,3 12
Educação profissionalizante 30,5 18,3 1,0
Desenvolvimento comunitário
Apoio à comunidade 13,8 46,4 2,2
Combate à fome e segurança alimentar 145,8 6,9 8,9
Erradicação da pobreza e combate às desigualdades sociais 2,8 1,7 1,6
Assistência social
Doações e apoios pontuais 11,8 4,0 0,5
Assistência social 2,8 1,7 6,5
Infância e juventude
Erradicação do trabalho infantil 0,1 0,1 22,3
Apoio ao Fundo da Infância e Adolescência 6,7 - -
Esporte 93,9 75,8 168,2
Saúde 3,9 5 7,7
Meio ambiente 13,8 16,4 3,4
Terceira idade 10,7 7,2 4,3
Valorização da diversidade 1,6 1,6 2,1
Programas ou projetos de Voluntariado 1,3 1,3 1,4
Outras categorias de projetos sociais 42,3 33,2 15,5
Microcrédito 15,1
Total de investimentos sociais 611,5 446,0 456,9
Cultura e preservação do patrimônio cultural 245,5 298,9 93,4
Total 857,0 744,9 550,3
Investimentos sociais e culturais (R$ milhões)
2005 2004 2003
Lei Rouanet (8.313). 65,9 56,5 33,1Lei do Audiovisual (8.685). 8,9 7 4,5Fundo da Infância e Adolescência (Lei 8.069). 62,6 11,1 10,1Instituições de Utilidade Pública Federal (Lei 9.249). 5,7 0,4 0,7Oscip (MP 2113-32). 0,9 0,6 -Outras (leis municipais e estaduais) 0,9 5,9 3,3Total 144,9 81,5 51,7
Total geral 1.002,0 826,4 602,0
Investimentos incentivados (R$ milhões)
Relacionamento com os públicos interessados
45Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Resultados
A apresentação à sociedade dos resultados desse trabalho é prática comum em 40,0% das instituições.
Esses bancos possuem processos sistemáticos de avaliação das ações no campo social, monitoram os
programas e projetos e sistematizam a divulgação. São estabelecidos critérios para a publicação, que podem
ter periodicidade variada dentro do ano, e são apresentados em formato de relatórios socioambientais ou
como menções dentro das análises econômicas. Há inclusive preocupação de que os dados sejam verificados
por parceiros externos (20,0% dos casos). Além disso, 47,5% preocupam-se em produzir ou apoiar
publicações ou materiais de comunicação sobre temas e/ou questões sociais de interesse da sociedade.
Áreas de atuação
Todas as regiões geográficas do Brasil recebem investimentos dos bancos em iniciativas sociais. A Região
Sudeste, por concentrar a maioria das sedes das instituições, é localização de projetos apoiados por 62,5%
dos bancos. É seguida pela Região Nordeste, onde 37,5% destinaram recursos, enquanto 27,5% mantêm
ações nas Regiões Sul e Centro-Oeste e 22,5% também atendem a Região Norte.
De todo o grupo, 47,5% dá prioridade à atuação em localidades onde possuem unidades de negócios
e 42,5% atuam em todo o território nacional, mesmo que por meio de parcerias.
Voluntariado
Faz parte da política de responsabilidade social
de muitas instituições bancárias o incentivo
aos funcionários para a prática de ações de
voluntariado, que podem envolver prestadores
de serviços, fornecedores e clientes, além
de funcionários e familiares. Chega a 40,0%
o percentual de instituições que possuem esse
tipo de programa, a 37,5% o das que destinam
verba para a atividade, a 32,5% o das que
mantêm cadastro de interessados em trabalhar
pela causa. Em 17,5% dos casos, é permitida
a liberação do expediente normal de trabalho
para realizar ações voluntárias. Alguns bancos
(32,5%) preocupam-se em treinar os profissionais
que são voluntários e 15,0% alocam recursos
humanos em entidades assistenciais.
Em 37,5% das instituições os clientes também
são mobilizados a participar de ações promovidas
no campo social, e 27,5% criam as mesmas
oportunidades para seus fornecedores.
46 Relatório Social 2005
Projetos sociais
Educação
Entendida como essencial para o desenvolvimento
do País, a área de educação recebeu o maior
volume de investimentos sociais do sistema
bancário em 2005: R$ 246,5 milhões, o equivalente
a 36,2% dos recursos destinados especificamente
a projetos sociais, sendo R$ 245,1 milhões
com recursos próprios e R$ 1,4 milhão com
recursos incentivados.
Realizadas em parceria com organizações
não-governamentais, entidades da sociedade civil
e órgãos públicos, as iniciativas abrangem seis
frentes de atuação: educação escolar; atividades
complementares à escola; apoio a bibliotecas
e incentivo à leitura; erradicação do
analfabetismo; apoio à universidade pública;
e educação profissionalizante.
Educação escolar
Para a promoção do acesso de crianças
e adolescentes à escola e a melhoria da qualidade
do ensino foram investidos R$ 139,2 milhões
(R$ 139,0 milhões, com recursos próprios),
representando 56,5% do total destinado
à educação. Os projetos apoiados pelos bancos
são complementares ao sistema público de ensino
e envolvem melhoria do espaço físico das escolas,
formação de professores, desenvolvimento de
material educativo em geral, realização de eventos,
envolvimento da comunidade na gestão escolar
e oferta de escola para filhos de funcionários
e/ou pessoas da comunidade.
O ABN AMRO Real deu continuidade ao Projeto
Escola Brasil, iniciado em 1998 e que envolve
diretamente 151 colégios públicos de todo o País,
com 135 mil crianças e adolescentes beneficiados.
A iniciativa tem como objetivo contribuir para
a melhoria da educação na escola pública e sua
maior inserção na sociedade, visando promover
o desenvolvimento local, por meio de uma
efetiva participação voluntária de funcionários,
familiares, clientes, fornecedores e parceiros
de negócio em geral, que compõem uma rede
de relações dinâmica, criativa e produtiva.
Funcionários voluntários – 1.594 colaboradores
do banco – desenvolvem atividades culturais,
artísticas, esportivas e de lazer, em horários
alternativos ao escolar. As ações envolvem desde
a melhoria das instalações físicas até a doação
de equipamentos e a construção de novos
ambientes, como laboratórios de informática.
Desde que foi criada, a iniciativa proporcionou
a construção ou a reforma de mais de 100 espaços
para a prática de esportes e a realização de cerca
de 70 eventos esportivos. Os parceiros são
o Instituto Escola Brasil, ONG mantida pelo
banco, e as escolas públicas onde atuam os
grupos de voluntários. O projeto, em sua rede
de relações, também conta com outros parceiros,
que atuam de forma mais pontual, como lojas
de esporte, materiais de construção, informática,
empresas de transporte e outras. Os clientes
da Aymoré, empresa de financiamentos do ABN
AMRO Real, são convidados a doar R$ 1,00 por
prestação a ser paga, sendo que o banco dá
contrapartida no mesmo valor. Também são
arrecadados fundos por meio do Canto
da Escola, espaço instalado em centros
administrativos que comercializam artesanato.
Em 2005, a banco destinou R$ 1,9 milhão ao
projeto, valor que chega a R$ 6,8 milhões desde
o ano de sua criação.
Relacionamento com os públicos interessados
47Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Banco BMC faz uma doação mensal, no valor
de R$ 9,6 mil, para a Inspetoria Salesiana de
Ensino, em Porto Alegre.
O Fundo Educação é um fundo de investimento
criado em 2001 pelo BankBoston especificamente
para estimular a permanência na escola, até
o término do Ensino Médio, de 300 crianças
e jovens atendidos pela ONG Missão Criança,
em Goiânia, Valparaíso e Cidade Ocidental (GO).
Os valores referentes à taxa de administração
ficam aplicados no mesmo fundo, sob
a responsabilidade da ONG, que se encarrega
de repassá-los anualmente a cada participante.
Em 2005, o valor foi de R$ 67,1 mil e soma
R$ 250,7 mil desde o início do apoio.
O Banco Bradesco, por meio da Fundação Bradesco,
proporcionou ensino totalmente gratuito a mais
de 107 mil alunos, incluindo-se os cursos de
educação básica, educação profissional técnica
de nível médio, educação de jovens e adultos
e formação inicial e continuada de trabalhadores,
o que mobilizou recursos totais da ordem
de R$ 167,1 milhões em 2005, provenientes
de rendas exclusivas de seu patrimônio para
diferentes projetos educacionais. No segmento
Educação Básica, da Fundação Bradesco, atende
49.966 crianças e jovens em idade escolar, de 37
escolas no Brasil. Em 2005, o investimento chegou
a R$ 129,5 milhões. A iniciativa tem o objetivo
de proporcionar à comunidade menos favorecida
o acesso ao ensino regular de qualidade, com
metodologias avançadas e ambiente motivador.
Para isso, procura atuar como pólo criador
e multiplicador de cultura e envolve, além dos
alunos, a comunidade, permitindo contato com
novos conhecimentos e novas formas de agir.
Busca ainda ampliar nos estudantes a compreensão
da própria cultura, desenvolver a originalidade,
a criatividade, a capacidade de interagir e refletir
sobre as diversidades, a possibilidade de
comunicação e a interação e inserção na
sociedade em contextos diversos.
As escolas oferecem ambiente propício para
o desenvolvimento das atividades de pesquisa,
com biblioteca, laboratórios de ciência e informática,
oficina pedagógica, além de quadras poliesportivas
e áreas verdes, utilizadas para o plantio de
hortaliças, legumes e que possibilitam aos alunos
desenvolver atividades e projetos relacionados
ao meio ambiente. A instituição também oferece
tratamento médico e odontológico, uniforme,
material escolar completo e merenda adequada
à região onde a unidade escolar está inserida.
O HSBC apoiou a construção do Centro
Profissionalizante de Inclusão Digital, da Escola
Cônego Camargo, em Curitiba (PR), iniciada em
maio de 2005. A intenção é abrir a escola para
a comunidade, fazendo com que o espaço seja
de fato público e de prestação de serviços, com
aulas de iniciação e informática, além de permitir
pesquisas na Internet e realização de trabalhos.
Foram investidos R$ 59,9 mil e desde os meados
do ano cerca de 100 alunos começaram
a receber aulas de informática dentro da grade
curricular da escola. A comunidade utiliza
o Centro Profissionalizante de Inclusão Digital
em períodos noturnos e finais de semana.
O Banco Indusval Multistock patrocina o Projeto
Educadores Leitores desde fevereiro de 2004
e tem como parceira a Organização Arrastão
Movimento de Promoção Humana, que
contribui com espaço físico e recursos humanos.
O público-alvo são professores das redes públicas
de ensino municipal e estadual de São Paulo,
Taboão da Serra e Embu das Artes. Já são
beneficiados cinco organizações sociais, 71 escolas
públicas e 120 educadores – o que significa
atingir 24 mil alunos. O objetivo é promover
a valorização do profissional da área de educação
e a difusão de seus saberes teóricos e práticos
com relação à leitura, além de estimular o hábito
de ler por parte dos educadores e as iniciativas
em que eles são protagonistas e multiplicadores
do conhecimento. Os educadores participam de
cursos de 56 horas e realizam visitas a espaços
de leitura na cidade de São Paulo.
48 Relatório Social 2005
Nos anos de 2004 e 2005 foram formados 240
pessoas, sendo 120 por ano. A instituição investiu
R$ 30,0 mil no projeto em 2005, sendo que desde
2004 o montante é de R$ 60,0 mil. A Fundação
Itaú Social também apóia a iniciativa.
O ING Bank e o UBS apóiam o projeto Fundação
Nossa Casa – Pró-Saber, que tem como público-alvo
40 crianças de quatro a seis anos residentes na
favela de Paraisópolis, em São Paulo. O objetivo
é promover ensino de qualidade na região, que
é carente de escolas públicas. As principais
atividades incluem apoio à formação de
professores, ampliação e reforma das instalações
de educandários, doação de móveis e utensílios,
reforma de quadras esportivas e patrocínio
de passeios com as crianças. Sete funcionários
do ING estão envolvidos na iniciativa e a instituição
patrocina as atividades e participa de algumas
festas organizadas pela entidade beneficiada.
Um dos pontos fortes do projeto é promover
educação de qualidade em uma região
extremamente carente. Dentre os resultados
obtidos está o de que as crianças estão sendo
alfabetizadas e bem preparadas para seguir
o Ensino Fundamental. Em 2005, R$ 100,0 mil
foram investidos na iniciativa. Desde 2004,
quando o ING iniciou sua participação, foram
empregados R$ 150,0 mil.
O Banco Itaú, por intermédio da Fundação Itaú Social, criou, em 2002, o Programa Escrevendo o Futuro,
ação de abrangência nacional que tem como principal objetivo contribuir para a melhoria da capacidade
de leitura e escrita de alunos de escolas públicas. Para isso, enriquece as práticas de professores e impulsiona
crianças que vivem em contextos sociais desfavoráveis. O público-alvo são alunos regularmente matriculados
na 4ª e na 5ª série do Ensino Fundamental de escolas públicas de todo o País (universo de 140 mil instituições)
e professores polivalentes e de língua portuguesa que lecionam em escolas públicas. O programa tem
caráter de investimento social estratégico, pois não se limita apenas a aplicar conhecimentos existentes,
mas favorece a produção de novos conhecimentos. Assim, nos anos pares realiza-se uma grande mobilização,
com a premiação dos textos produzidos pelos alunos. A Fundação Itaú Social distribui o Kit Itaú de Criação
de Textos, que serve de subsídio para a realização de oficinas de escrita em sala de aula com os alunos.
Os melhores textos são selecionados por profissionais da área de ensino, e seus autores, bem como seus
professores, participam das Oficinas Regionais de Escrita. Nos anos ímpares, é realizada a formação de
educadores. Em 2005, os 25 mil professores inscritos no Prêmio Escrevendo o Futuro em 2004 participaram
de ações a distância por meio de publicações, Internet e programas de TV (Canal Futura). Em nove Estados
(SP, MG, CE, PE, RJ, GO, SC, PA, RS) ocorreram também oficinas de formação presencial, com 540 técnicos
das Secretarias Estaduais de Educação. Eles passaram a atuar como multiplicadores, atingindo 5.216
educadores em todo o Brasil. Em 2005 foram investidos R$ 1,7 milhão, valor que soma R$ 12 milhões
desde o início do projeto. A meta do programa para 2006, com a 3ª edição do Prêmio Escrevendo
o Futuro, é aumentar em 100% o número de escolas participantes, de professores e alunos beneficiados,
em relação a 2004, e em 20% a presença em cidades brasileiras (para chegar a 2.880). O Programa
Escrevendo o Futuro foi vencedor no Prêmio ODM Brasil 2005, sendo uma referência para os objetivos
de desenvolvimento do milênio.
Iniciado em julho de 2005, o Projeto Centenário da Avenida Central, patrocinado pelo Unibanco, mostra
a arquitetura e a evolução urbana utilizando como referência a Avenida Central – desde sua concepção
e construção no início do século XX –, o que é fundamental para compreender o desenvolvimento da
cidade, contar sua história para as novas gerações, trabalhar para a inclusão das comunidades escolares
na comemoração e estimular a preservação do patrimônio histórico e cultural. A meta é beneficiar 200
educadores, 7.400 professores e 100 mil alunos. Em 2005, foram atingidos 5.221 professores e 112.727
alunos do Ensino Fundamental. A iniciativa abrange oficinas de capacitação de professores, distribuição
de materiais didáticos específicos e suporte para atividades escolares. Os trabalhos são expostos em
diversas lonas culturais da cidade e mostras itinerantes. Ocorrem ainda palestras sobre a Avenida Central
nos centros culturais do município e é mantido um site com o resumo dos conteúdos já produzidos.
Para o desenvolvimento do projeto há a parceria da Conteúdo Expresso S/A – que é responsável por sua
elaboração, coordenação e aplicação – e do Instituto Telemar, que contribui com recursos financeiros
e materiais tecnológicos.
Atividades complementares à escola
O apoio a projetos e programas que envolvem atividades desenvolvidas fora do horário regular das escolas
reflete a visão de que a educação não se restringe à sala de aula. O objetivo é melhorar as condições de
acesso, permanência e sucesso de crianças e adolescentes no sistema de ensino por meio de atividades
educativas, culturais e esportivas que fortalecem a sociabilidade e a convivência e garantem o desenvolvimento
integral de crianças e adolescentes. Nessas iniciativas foram investidos R$ 27,5 milhões em 2005.
Relacionamento com os públicos interessados
49Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O ABN AMRO Real desenvolve e mantém o site
de entretenimento infantil Brincando na Rede
(www.brincandonarede.com.br), dedicado a
crianças com idade entre 5 e 12 anos. O objetivo
é contribuir para a formação da criança e sua
inserção social, tornando-a capaz de usar a Internet
de forma lúdica e desenvolvendo seu potencial
de reflexão sobre temas cotidianos. O site possui
cinco canais de entretenimento – áreas interativas –,
em que personagens da fauna brasileira estimulam
os pequenos a navegar, despertando curiosidade
e interesse pela pesquisa, o raciocínio lógico, a
criatividade e a imaginação, além de contribuir
para o aprendizado de língua estrangeira e estimular
os hábitos de leitura e escrita da língua portuguesa
com mais de 20 livros virtuais, escritos com a
participação das crianças. O site tem hoje mais
de 75 mil crianças cadastradas. Para 2006, quando
o site completa cinco anos, estão estabelecidas
as metas de aumentar em 45% o índice de
acesso e em 50% o número de crianças cadastradas.
Em comemoração, serão lançadas duas obras da
Coleção Brincando na Rede (oriunda dos livros
escritos no site) e uma versão do site para crianças
deficientes visuais. Toda a renda obtida com a
venda da coleção pela Siciliano é doada à ONG
Instituto Escola Brasil. O ABN AMRO Real contribui
com 100% dos recursos do site, o que representou
em 2005 R$ 1,1 milhão.
O Banrisul apóia, desde 2004, o Projeto Pescar.
Foi a primeira empresa pública do País a integrar
a rede de franqueadas da iniciativa, que busca
promover a inclusão social de pessoas com idade
entre 15 e 18 anos nas dimensões social, cultural
e profissional. Estimula o desenvolvimento de
hábitos, atitudes de convivência e cidadania,
promove o encaminhamento ao primeiro
emprego ou estimula o empreendedorismo.
O principal parceiro é a organização Voluntariado
Banrisul, constituída por funcionários do banco.
A ela se somam outros apoiadores, como Cabergs
e Fundação Banrisul. Por intermédio de parcerias
com empresas prestadoras de serviços e fornecedores,
o banco possibilita a colocação dos jovens no
mercado formal de trabalho.
Da primeira turma, foram empregados 70% dos
19 participantes. O Banrisul beneficia a Fundação
Projeto Pescar mensalmente com o repasse
de verba (R$ 3,0 mil) e arca com os custos de
manutenção, como alimentação, deslocamento
dos jovens, uniformes, recursos pedagógicos
e materiais. Em 2004, foram investidos
R$ 88,9 mil e, em 2005, R$ 101,5 mil.
Desde 1956, o Banco Bradesco tem a preocupação
com o desenvolvimento do saber e com o respeito
e a valorização do ser humano e do meio ambiente,
dedicando-se a promover a formação integral
do aluno, o que inclui seu desenvolvimento
emocional, intelectual, cognitivo, social, ético
e estético. Nas escolas da Fundação Bradesco,
os alunos e suas comunidades são estimulados
e dão origem a projetos inovadores e criativos,
que lançam novos desafios, a partir dos problemas
identificados por eles (meio ambiente, trabalho
e consumo, sexualidade, drogas, entre outros).
Em 2005, as escolas realizaram 232 projetos
e programas educacionais, envolvendo apresentações,
de banda, coral, grupos de teatro e de dança,
oficinas pedagógicas, práticas esportivas e mostras
culturais. As atividades, os projetos e programas
educacionais são realizados com recursos próprios
e a ajuda de parceiros, como a Fundação SOS
Mata Atlântica, a Polícia Militar Ambiental
do Estado de São Paulo e o Canal Futura, que
colaboram com o desenvolvimento de ações
específicas. Em todas as unidades escolares
foram investidos R$ 746,9 mil.
50 Relatório Social 2005
A Fundação Banco do Brasil, em parceria com
a Federação das Associações Atléticas do Banco
do Brasil, instituiu o Programa AABB-Comunidade,
que em 2005 atendeu mais de 54 mil crianças
e adolescentes de baixa renda, na faixa etária
de 7 a 18 anos incompletos, em 412 municípios
brasileiros e no Distrito Federal. Seu objetivo
é melhorar o rendimento escolar por meio de
atividades complementares socioeducativas,
culturais, desportivas e de saúde, além de reduzir
a evasão, envolver as famílias em ações que
contribuam para o bem-estar da juventude
e colaborar com a formação de políticas sociais
de atendimento integral, de acordo com as diretrizes
do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Rádio Ativo, projeto desenvolvido pela Cidade
Escola Aprendiz, com o apoio da Fundação
BankBoston e parceria com a Rádio CBN, faz
de uma emissora de rádio ambiente de ensino
e aprendizagem sobre todas as etapas da
produção de um programa. Alunos de escolas
públicas de São Paulo e jovens em situação
de exclusão social recebem formação geral
e específica em um estágio com duração de
um ano, passando por diferentes metodologias
de aprendizagem em rádio. Ao final do período,
produzem programas que vão ao ar pela rádio
parceira. Em 2005, o projeto, em sua terceira
edição, assumiu um novo formato, sendo dividido
em duas turmas: Turma Rádio (12 jovens) e Turma
Escola (4 jovens). A primeira continua formando
jovens em comunicação e rádio e a segunda
aproveita o conhecimento adquirido pelos jovens
que participaram das edições anteriores, como
capacitadores da comunidade escolar, para
construção de rádios comunitárias em escolas
municipais. As primeiras experiências envolveram
as escolas municipais Olavo Pezzotti, na Vila
Madalena, e Amorim Lima, no Butantã. Desde
o início do programa, a Fundação BankBoston
já investiu R$ 252,4 mil, sendo R$ 65,4 mil
em 2005.
O projeto Criança Arteira, da Caixa Econômica
Federal, tem como objetivo promover a inclusão
social ao contribuir para sanar a carência
artístico-educacional dos alunos das redes pública
e privada de ensino e de instituições sociais,
quebrando barreiras sociais, geográficas
e culturais. São realizadas oficinas infanto-juvenis
de artes, música, teatro e dança, além de monitoria
às exposições em cartaz nas galerias e visita ao
Teatro da Caixa. O banco ainda proporciona
transporte e lanches para os alunos. A iniciativa –
que acontece desde julho de 2003 e é realizada
em Brasília – beneficiou 8.114 pessoas diretamente
em 2005 (30 mil desde seu começo), ano em
que sua atuação foi ampliada, envolvendo novas
oficinas para crianças e adolescentes e também
oficinas destinadas a públicos específicos: portadores
de necessidades especiais e idosos vinculados
a entidades assistenciais. Em 2006, o projeto será
ainda mais amplo, chegando aos espaços culturais
da Caixa em Curitiba, Salvador, São Paulo
e Rio de Janeiro. Em 2005, o banco destinou
R$ 250,0 mil para o projeto. Desde 2003,
o total investido, sempre com recursos próprios,
é de R$ 600,0 mil.
O programa Bancos em Ação Citibank, desenvolvido
pela Associação Junior Achievement e aplicado
exclusivamente pelo Citigroup no Brasil desde
1998, visa despertar o espírito empreendedor
nos jovens ainda na escola, estimular o
desenvolvimento pessoal, proporcionar uma visão
clara do mundo dos negócios e facilitar o acesso
ao mercado de trabalho por meio de programas
práticos. Ele é realizado por meio de um simulador
de um banco virtual que permite aos participantes
administrá-lo em condições competitivas,
compreendendo seu funcionamento, operando
com taxas de curto e longo prazo para captação
e empréstimo de dinheiro. Somente no Brasil,
o Torneio Nacional Bancos em Ação Citibank
já chegou a oito Estados e contou com
a participação de 14 mil jovens, entre os anos
de 1998 e 2005.
Além do Torneio Nacional, em 2005 o Brasil
sediou pela segunda vez consecutiva o Torneio
Latino-Americano Bancos em Ação Citibank,
que contou com a participação de 17 países
e no qual a equipe brasileira sagrou-se campeã.
O Centro Educacional e Esportivo Jorginho –
Instituto Bola Pra Frente, do Rio de Janeiro,
recebe desde 2004 o apoio do HSBC, com
o objetivo de promover o resgate de 700 crianças
e adolescentes entre 6 e 16 anos por meio de
atividades atraentes e de qualidade. As principais
ações envolvem futebol, voleibol, futsal, karatê,
xadrez, aulas de apoio pedagógico, língua
portuguesa, matemática, recreação dirigida,
educação artística, educação nutricional, meio
ambiente, filosofia e informática, oficinas
culturais e aulas de informática e tecnologia.
As atividades buscam ampliar as perspectivas de
vida dos participantes e melhorar a qualificação
profissional, assegurando o envolvimento das
crianças e adolescentes e a assiduidade ao projeto.
Além disso, para os jovens entre 14 e 16 anos
possibilitam a inserção no mercado de trabalho
nas áreas de tecnologia e informática, no que
o projeto conta com a colaboração de empresas
parceiras. Durante o ano foram investidos
R$ 55,0 mil, valor que sobe para R$ 115,0 mil
desde 2004.
Desde dezembro de 2004, o Banco Indusval
Multistock destinou R$ 80,0 mil de recursos
incentivados para o projeto Arrastão Cultural,
desenvolvido na zona sul da cidade de São Paulo.
A ação beneficia crianças com idade entre
7 e 14 anos que freqüentam a organização
e tem o objetivo de promover o resgate
e a disseminação da cultura na comunidade,
por meio da reflexão sobre a cultura brasileira
e sua diversidade. Entre jovens, crianças
e adultos, são atendidas diariamente pelo
Arrastão 800 pessoas, sendo 240 somente
no Núcleo Socioeducativo. Em 2005 foi realizada
uma mostra cultural, que teve a participação
de 700 pessoas. Foram oferecidas oficinas
de música, vídeo, dança, poesia e visitas
a centros culturais.
Relacionamento com os públicos interessados
51Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Três funcionários do banco estão envolvidos com as atividades, que devem ser novamente apoiadas em 2006.
Para contornar a grande rotatividade de profissionais na organização, são feitos registros das atividades
e planos, de forma que novos educadores possam continuar o que havia sido planejado.
Os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Tide Setúbal são o público-alvo de projeto iniciado
em março de 2005 e para o qual o ING Bank destinou R$ 25,6 mil no ano. São beneficiadas 340 crianças
de São Paulo, com idade entre quatro e seis anos, que têm acesso à informática em aulas ministradas por
profissionais especializados. Para isso, foi montada uma sala, doados computadores e feito o cabeamento
de rede e a oferta de acesso à Internet. Por meio de atividades lúdicas e brincadeiras, as crianças se
familiarizam com o uso do computador, o que promove, entre outras coisas, desenvolvimento motor fino
e abre novas oportunidades e conhecimento a partir do uso da Internet. O conteúdo do projeto foi desenhado
em linha com a proposta pedagógica da escola. Foram instaladas, ainda, cortinas em todas as salas de aula
da escola, realizadas três festas – Páscoa, Dia da Criança e Natal – e patrocinada uma apresentação de teatro.
Quatro profissionais do ING foram envolvidos na instalação dos computadores nas escolas. Ao longo do ano,
foram duas aulas semanais de uma hora de duração para as seis classes do primeiro e do segundo estágio.
O Programa Educação e Participação, da Fundação Itaú Social, realizado em parceria com o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), acontece desde 1995 e tem como público-alvo organizações
não-governamentais que realizam projetos socioeducativos para crianças e adolescentes de todo o País.
Seus principais objetivos são promover o desenvolvimento de ONGs, qualificar, valorizar e divulgar sua
ação educativa e participar e contribuir no debate e na formulação de prioridades da política pública para
a infância e a juventude. É composto por três projetos: 1) Prêmio Itaú-Unicef, que busca identificar e dar
visibilidade ao trabalho de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que estimulam o ingresso,
o regresso, a permanência, a aprendizagem e a participação na escola pública, contribuindo para
a educação integral de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, em condições de vulnerabilidade
52 Relatório Social 2005
socioeconômica – em 2005, recebeu a inscrição
de 1.682 projetos; 2) Encontros de Formação,
realizados nos anos pares com o intuito de
proporcionar aos educadores e coordenadores
das organizações, assim como aos agentes
públicos participantes do processo seletivo
do Prêmio Itaú-Unicef, um momento de reflexão
e aprimoramento de suas práticas e de aproximação
para a construção de parcerias – oferece diferentes
estratégias de formação presencial e a distância;
3) Gestores de Aprendizagem, que pretende
constituir um marco-referência para uma ação
educativa diferenciada em programas
complementares à escola, introduzindo
a aprendizagem como foco prioritário do trabalho
desenvolvido e os sujeitos crianças adolescentes
como atores principais da ação pedagógica.
Foram beneficiados, no ano, 233 profissionais
de 117 ONGs, 166 técnicos do poder público
e 60 profissionais de escolas públicas.
Os bancos JPMorgan e Santander Banespa
apóiam o Curso Pré-Vestibular Comunitário,
que beneficiou, durante o ano, 30 jovens entre
17 e 22 anos, com renda per capita familiar
inferior a um salário mínimo e oriundos do
Projeto Aprendiz JPMorgan, de projetos sociais
desenvolvidos ou apoiados pelo Santander
Banespa ou, ainda, da ONG Cidade Escola
Aprendiz, que também é parceira do projeto.
Estes bancos financiam a iniciativa, o que inclui
despesas para a contratação dos professores
pela Fundação Instituto de Administração (FIA) –
entidade conveniada à Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da USP (FEA) –,
aluguel da sala de estudos, aquisição de
equipamentos (como computadores e quadro-
negro), mobiliário, material didático, bolsa-auxílio
de um salário mínimo aos estudantes, transporte
e alimentação. O objetivo é permitir que os alunos
ingressem em universidades de primeira linha.
Estão cursando a faculdade 42% dos alunos
que fizeram o cursinho em 2004. Em 2005, 25
jovens concluíram o cursinho, sendo 9 aprovados
em mais de uma universidade, totalizando 17
aprovações em instituições como USP, Unesp,
Cefet, Prouni, Fatec, PUC e Senac.
O Projeto Educacional Mercantil do Brasil acontece
há cinco anos e atinge crianças de três a dez
anos de 61 cidades do interior de Minas Gerais.
O objetivo é auxiliar as escolas e os professores
por meio da oferta de material pedagógico
de qualidade, complementar à educação formal,
abordando temas como histórias folclóricas,
preservação da água, reciclagem de lixo
e solidariedade.
Ao todo, são beneficiadas 4,5 mil escolas, o que
representa 150 mil crianças. Em 2005, o banco
investiu R$ 110,0 mil na iniciativa e, em cinco
anos, o montante chega a R$ 500,0 mil. Em 2006,
a iniciativa deve ter continuidade, com o tema
incentivo à leitura.
a função dos bancos, funcionamento de operações,
auto-atendimento, segurança bancária, cuidados
com o uso do dinheiro e finanças pessoais.
A Caixa envolve-se diretamente no programa,
com a participação de, em média, 20 funcionários
para cada escola contemplada.
O Santander Banespa realiza desde 2003
o projeto Redescobrindo o Centro de São Paulo,
dirigido a crianças de 7 a 14 anos de entidades
sociais e escolas públicas. A ação surgiu em
parceria com a Fundação Abrinq, que seleciona
as entidades participantes. O objetivo é favorecer
a socialização das crianças, que realizam caminhadas
pelo centro histórico de São Paulo. As atrações
servem como subsídio para trabalhar conceitos
de história, geografia e língua portuguesa.
O Programa Escola na Nossa Caixa foi iniciado
em março de 2005 e é destinado a estudantes
do Ensino Médio e Profissionalizante, matriculados
nas redes pública e particular. O programa
é desenvolvido em São Paulo, porém atinge
a Grande São Paulo e todo o interior paulista.
As atividades são organizadas de modo
a proporcionar estudos para o conhecimento
e aprofundamento sobre uma instituição
financeira; desenvolvimento de pesquisas,
trabalhos, redação, dentro do Sistema de
Pagamentos Brasileiro, mesa de operações,
Banco Central, segurança bancária, Loteria
Paulista e Espaço Cultural Nossa Caixa, detalhando
As crianças recebem o material da visita com uma
semana de antecedência, para que os educadores
possam trabalhar as informações na entidade.
Durante a visita, ganham um mapa dos lugares
por onde passarão. No ano, 520 pessoas foram
beneficiadas com o projeto. Em 2005, o Redescobrindo
o Centro, além de firmar parceria para atender
crianças de escolas públicas da subprefeitura
da Sé, deu origem ao Redescobrindo a Avenida
Paulista, que beneficiou cinco entidades ligadas
à Fundação Abrinq. Há a perspectiva de,
proximamente, criar outros roteiros, além
de ampliar o número de pessoas atendidas.
Relacionamento com os públicos interessados
53Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Centro de Estudos Instituto Unibanco, existente
desde 2003, beneficia, por mês, uma média de
2.500 crianças e adolescentes do Distrito Raposo
Tavares – localizado na cidade de São Paulo –,
totalizando 34.243 em 2005. A ação é desenvolvida
em parceria com escolas públicas, com o objetivo
de compreender as principais demandas e
transformá-las em ações nas oficinas socioeducativas.
Seu objetivo é dar novas perspectivas e oportunidades
de vida a crianças e jovens da comunidade do
entorno, contribuindo para a melhoria da qualidade
de vida por meio de ações focadas em educação
complementar, como oficinas socioeducativas,
acesso à biblioteca e a atividades de cultura e
lazer, como cinema, palestras e cursos extras,
atividades desenvolvidas em 2005. Ao todo,
12 funcionários do Instituto Unibanco estão
envolvidos com o projeto, que atende mais de
400 crianças e adolescentes apenas nas oficinas.
Apoio a bibliotecas e incentivo à leitura
A habilidade de ler e compreender o conteúdo
do texto estimula o aprendizado, permite a inclusão
social e o alcance da plena cidadania. Para atingir
esses objetivos, os bancos apóiam a construção
e/ou manutenção de bibliotecas, projetos e
programas que incentivam crianças, adolescentes
ou adultos ao hábito da leitura, com a oferta de
acesso a livros e publicações multimídia em geral.
Nessas iniciativas foram investidos R$ 5,0 milhões
em 2005.
O Banco da Amazônia é um dos patrocinadores
do projeto Expedição Vagalume, que em 2005
chegou a sua segunda etapa. A iniciativa favorece
crianças, jovens e adultos de escolas públicas
e as comunidades, sendo que a Associação
Vagalume atende 1.394 famílias. Ao todo, são
49 comunidades rurais localizadas na área da
Amazônia Legal. O projeto tem o objetivo de
fornecer livros às bibliotecas criadas na primeira
etapa da ação, além de realizar seminários de
leitura e de capacitação nas comunidades, criar
grupos – como Guardiões da Limpeza e Roda de
Histórias – e promover palestras e exibição de
filmes para a população. A meta é distribuir 25
mil obras. Dessa forma, pretende-se difundir e
fortalecer o hábito da leitura entre as pessoas
e qualificar os participantes. Em 2005, o banco
destinou ao projeto R$ 112,6 mil, por intermédio
da Lei Rouanet. Desde o início do patrocínio,
o montante chega a R$ 192 mil.
O BankBoston doou computadores para o Projeto
São Paulo, um Estado de Leitores, da Secretaria
Estadual da Cultura, e para a Secretaria Municipal
de Educação de São Paulo. Também foram
beneficiados com a doação outros projetos
em municípios onde a Fundação BankBoston
intervém no campo social: Ribeirão das Neves
(MG) e Russas (CE). No total, foram doados
1.042 computadores.
Desde sua criação, a Fundação Bradesco promove
ações de incentivo à leitura que atendem alunos
da educação básica e contemplam toda a comunidade
escolar – professores, funcionários, alunos que
cursam a Educação de Jovens e Adultos e a
Educação Profissional, com 107.699 beneficiados.
54 Relatório Social 2005
São desenvolvidas ações como elaboração de um plano de leitura para os diversos segmentos, seleção
e aquisição de livros de reconhecido valor literário para atualizar os acervos e suprir as propostas de leitura,
bem como a compra de obras para formar bibliotecas de classe, além de modernização do layout e automação
das bibliotecas da instituição. Para a manutenção do projeto, a Fundação Bradesco utiliza recursos próprios
e o investimento foi de R$ 4,1 milhões em 2005 e R$ 6,6 milhões nos últimos dois anos.
O Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem o apoio do Banco do Brasil
e seu objetivo é promover o acesso a livros e estimular a leitura em comunidades do interior do País.
O Banco do Brasil contribui com 20% do valor arrecadado nas bilheterias de seus Centros Culturais.
Incentiva também a participação das agências em identificar comunidades que possam ser beneficiadas
e no acompanhamento e revitalização da Arca em conjunto com a comunidade. Até o final de 2005,
estavam instaladas 1.369 Arcas, em 315 municípios, beneficiando populações rurais, assentamentos
de reforma agrária e remanescentes de quilombos, num total de 137.649 famílias.
Criado em 1995, o projeto Biblioteca Viva é desenvolvido pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança
e do Adolescente com o apoio do Citigroup, e visa contribuir para a criação de políticas públicas de leitura
que garantam a crianças e jovens em situação de risco o acesso a livros de qualidade, além de melhorar a relação
do público infanto-juvenil com a leitura. O projeto também forma mediadores de leitura e doa acervos de
literatura infantil e juvenil para instituições de atendimento direto a crianças e adolescentes em situação
de risco. O Biblioteca Viva foi instalado, num primeiro momento, em organizações sociais de atendimento
a crianças e jovens, em projetos para jovens em conflito com a lei ou em situação de rua, em escolas públicas
urbanas e rurais. Em dez anos de existência, beneficiou cerca de 80 mil crianças e jovens em 293 núcleos
de bibliotecas em 12 cidades de dez Estados do País, e capacitou 597 mediadores de leitura. Em 2001,
numa ação conjunta com o Ministério da Saúde, o programa foi adotado em 26 hospitais públicos em dez
Estados brasileiros e beneficiou outras 95 mil crianças.
Relacionamento com os públicos interessados
55Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O projeto Espiral da Leitura, desenvolvido pela
entidade Incentivo à Criança e ao Adolescente
(ICA), de Mogi Mirim (SP), tem o apoio do HSBC
para promover o hábito da leitura entre adolescentes
de 13 a 17 anos e diminuir as dificuldades de
aprendizagem que atingem 52% do público
atendido. Ele envolve manuseio, exploração
e leitura da literatura brasileira pelos jovens, suas
famílias e a comunidade. São atendidas diretamente
200 pessoas, que participam de círculos que
estimulam leitura de livros, reflexão sobre o
tema, discussão e conclusões. Foram adquiridos
2 mil títulos e adequado o espaço físico da
biblioteca da Escola de Ensino Fundamental
Dona Sinhazinha, aberta também para a comunidade.
Além disso, os jovens produzirão um jornal em
que todas as idades terão um espaço para colocar
suas reflexões e sínteses do material que leram.
O projeto inclui a formação de jovens multiplicadores
e mediadores de leitura, realizada em parceria
com a Fundação Abrinq. Esses jovens são voluntários
e, depois de capacitados, promoverão sessões
de leitura na escola, atendendo 300 crianças
uma vez por semana. O investimento, em 2005,
foi de R$ 111,3 mil.
Mantida pelo Banco do Nordeste desde maio
de 2004, a Biblioteca Inspiração Nordestina tem
o objetivo de estimular a leitura e a aquisição
de novos conhecimentos, além de possibilitar
intercâmbio de informações entre seus usuários
e promover a inclusão digital e informacional.
Integrada ao Centro Cultural Banco do Nordeste,
em Fortaleza (CE), seu acervo mantém obras
de grandes autores, como Raquel de Queiroz,
Graciliano Ramos e Jorge Amado, entre outros.
Promove cursos de utilização da Internet, inclusive
com um módulo básico para usuários de terceira
idade, e está desenvolvendo um setor específico
para deficientes visuais, com livros em braile
e sonoros. Em 2005, recebeu 215.157 visitantes,
25.495 acessos à biblioteca virtual e 405 pessoas
participaram de treinamento para acesso à
Internet. O investimento do banco no projeto
foi de R$ 300 mil.
O Banco Nossa Caixa apoiou a instalação e mantém
o Projeto Bibliotecas – Ação Leitura, na Academia
de Polícia Militar do Barro Branco e no Centro
de Formação de Soldados Coronel Eduardo
Assumpção, na cidade de São Paulo, numa
parceria com a Secretaria de Segurança Pública
do Estado. O objetivo é incentivar a leitura,
colocando à disposição de oficiais e seus familiares
um acervo de mais de 3.500 livros e completa
infra-estrutura. Foram investidos recursos de
incentivo fiscal no valor de R$ 190,0 mil em
2005 e de R$ 520,0 mil desde o início do apoio,
em dezembro de 2003.
O Unibanco patrocina os Círculos de Leitura,
iniciativa que conta com a parceria do Instituto
Fernand Braudel – responsável pelo desenvolvimento,
acompanhamento e execução do projeto –
e de escolas públicas estaduais de São Paulo.
O projeto favorece 1.700 jovens de 12 a 19 anos
matriculados em 24 escolas da rede pública de
Ensino Fundamental e Ensino Médio, na periferia
da Grande São Paulo, que freqüentam as aulas
e residem em bairros com altas taxas de violência
e carência de atividades de leitura. A ação utiliza
uma metodologia diferenciada, com leitura em
voz alta de clássicos da literatura e estímulo
à escrita por meio da reflexão sobre o que foi
lido e discutido coletivamente. Os objetivos são
promover o hábito da leitura, a reflexão e o diálogo;
desenvolver a capacidade de autoconhecimento,
cooperação, liderança e discernimento ético, que
se reflita em atitudes e ações de cidadania; ampliar
o acesso do jovem a recursos culturais e educacionais
dentro e fora de seu bairro; e apoiar a formação
de jovens multiplicadores. A expectativa é que
o projeto seja ampliado em 2006, atingindo 30
escolas, com a participação de 1.500 estudantes.
O Banco Votorantim apóia, desde maio de 2005,
o projeto Espaço Cultural Viver Melhor, iniciativa
desenvolvida pela Associação Viver em Família
para um Futuro Melhor, que consiste no
estabelecimento de uma biblioteca na comunidade
do Jardim Colombo, favela localizada na zona sul
de São Paulo.
Além de ser patrocinador, o banco coloca à
disposição seus recursos humanos, incentivando
sua participação como voluntários. São beneficiadas
4.500 famílias moradoras da comunidade.
As principais ações incluem a montagem de uma
biblioteca, o tombamento e a catalogação dos
livros e a captação de voluntários da comunidade
para atuarem como monitores. Com o objetivo
de promover a apropriação da biblioteca pela
comunidade, o projeto foi estruturado para que
a gestão do espaço fosse exercida por um grupo
de moradores, que recebe o apoio necessário
para sua formação, o que inclui capacitação
para utilização do software de controle do acervo
(empréstimo, devolução, cadastramento de novos
livros) e sensibilização para formação de mediadores
de leitura. Está sendo finalizada a catalogação
do acervo e iniciada a capacitação de monitores
voluntários, para então ser aberta a biblioteca.
Já existem 3 mil livros catalogados, superando
a meta inicial de 2 mil obras.
Erradicação do analfabetismo
Os bancos participam do esforço para superar
o déficit educacional representado pela realidade
em que 13% da população brasileira
economicamente ativa é analfabeta, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), o equivalente a cerca
de 20 milhões de pessoas acima de 15 anos.
Nesse sentido, destinaram R$ 17,6 milhões
a programas ou projetos de alfabetização.
O programa Alfabetização Solidária tem o apoio
de vários bancos, como Amazônia, Bradesco,
BankBoston, Santander Banespa e Unibanco.
O Banco da Amazônia destinou R$ 378 mil em
2005, beneficiando 3 mil pessoas dos Estados
do Acre, Amazonas, Pará e Tocantins, valor que
totaliza R$ 1,6 milhão nos últimos oito anos.
56 Relatório Social 2005
O Bradesco adotou 16 municípios da Região
Nordeste e proporcionou a alfabetização de
6 mil pessoas, com recursos de R$ 1,0 milhão
durante |o ano. O BankBoston apoiou o atendimento
a 13 alfabetizadores e 325 pessoas, destinando
R$ 63 mil para a comunidade do município de
Iati. O Santander Banespa, que contribui com
o projeto em Manari (PE) desde 2000, já alfabetizou
1.125 pessoas desde 2003. O Unibanco adotou
os municípios de Alcobaça (BA), Heliópolis (BA),
Lamarão (BA), Bodocó (PE), São Bento do Una
(PE), Maraú (MG), Serra Grande (PB), Cajazeirinhas
(PB) e Duas Estradas (PB), beneficiando 3.750
alunos, com um investimento de R$ 630 mil
em 2005 e R$ 1,8 milhão desde o início
do apoio, em 1998.
Os funcionários de empresas que prestam
serviços ao ABN AMRO Real e portadores de
síndrome de Down atendidos pela ONG Carpe
Diem integram o público-alvo do Programa
Compartilhar, criado em agosto de 2003.
A iniciativa, desenvolvida na cidade de São Paulo,
tem como objetivo promover a alfabetização
de adultos e incentivar a conclusão do Ensino
Fundamental. Conta com a parceria de diversas
empresas fornecedoras do banco, que mobilizam
seus funcionários a participarem das aulas, colocam
material didático à disposição e acompanham
a evolução do grupo. Já foram favorecidas 120
pessoas, que, ao cursarem o programa, assistem
a aulas especialmente preparadas, fazem uso
de computador e biblioteca dentro das
dependências do ABN AMRO Real e participam
de atividades externas ao longo do ano. São
oferecidas aulas de habilidades básicas (equivalentes
ao processo de alfabetização) e de Ensino
Fundamental I e II. Os cursos acontecem em sala
dentro do próprio banco, o que facilita o acesso
dos estudantes. Em 2006 deverão ser abertas
novas turmas de habilidades básicas e Ensino
Fundamental. Desde o início do projeto,
o ABN AMRO Real investiu R$ 221,0 mil,
sendo R$ 82,4 mil em 2005.
Desenvolvido pelo Banco do Brasil desde 1992, e gerenciado pela Fundação Banco do Brasil a partir de
2000, o BB Educar, programa de alfabetização de jovens e adultos, já possibilitou a alfabetização de 240,6
mil pessoas e a capacitação de 30.802 alfabetizadores, que atuam/atuaram como voluntários em suas
comunidades. Em dezembro de 2005, concentrava em sala de aula outras 106,8 mil pessoas. O projeto
está consolidado em todo o País e busca, além de reduzir o analfabetismo, envolver as famílias em ações
que acentuem o exercício da cidadania, criar condições de inclusão dos alfabetizados nos cursos supletivos
ou equivalentes e envolver o poder público em iniciativas que possibilitem a concessão de documentos
de identidade aos cidadãos alfabetizados.
A Fundação Bradesco oferece o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, via teleeducação, que
em 2005 beneficiou mais de 21 mil alunos. Destinado principalmente a pais de estudantes, é realizado
em toda a rede de escolas da fundação e em empresas que oferecem escolarização a seus funcionários.
Somente em 2005, participaram do curso 2.830 alunos. Os resultados quantitativos são demonstrados
pelos índices de aprovação de 87,3% no Ensino Fundamental e 92,7% no Ensino Médio, considerados
excelentes para essa modalidade de ensino. O aluno tem no material didático a possibilidade de auto-instrução,
além do apoio diário de profissional habilitado a orientar sua aprendizagem. Nas empresas, os funcionários
contam com a facilidade de telessalas dentro do próprio local de trabalho, com ganhos de tempo e redução
de gastos com condução. Ao término de cada etapa, os alunos recebem certificação com validade nacional,
ficando habilitados a prosseguir os estudos. Em 2005, foram investidos R$ 11,5 milhões.
O HSBC apóia o projeto Nossa Escola – Ensino Especializado, desde 2004, com a meta de alfabetizar 45
pessoas com deficiência mental, de forma a proporcionar condições para o início/continuidade da escolaridade
do excepcional, de acordo com suas capacidades individuais, e promover condições para sua formação
profissional. Instalada na Vila Prudente, em São Paulo, a escola conta com o envolvimento das famílias
e criou níveis de escolarização que permitem o avanço dos alunos de forma seqüenciada, com atividades
que incluem oficinas profissionalizantes. Atualmente 36% dos alunos têm bolsas de estudo. O banco
investe R$ 60,0 mil anuais no projeto.
O Banco Itaú foi a primeira organização financeira a ingressar no Projeto Alfabetização nas Empresas, iniciado
em outubro de 2004, como parceiro da Associação de Apoio ao Programa Alfabetização Solidária (AAPAS).
O objetivo é proporcionar a alfabetização de funcionários terceirizados que atuam no banco, além de apoiar
o engajamento dos funcionários do Itaú em ações sociais e reforçar o comprometimento com ações comunitárias.
Funcionários do banco, participantes do Programa Itaú Voluntário, foram capacitados pela AAPAS para
atuarem como alfabetizadores do projeto. Também apóiam a iniciativa a Universidade Mackenzie (responsável
pela capacitação dos voluntários e o acompanhamento do projeto) e a ISS Servisystem do Brasil (fornecedora
do serviço de limpeza ao Banco Itaú, e que identificou funcionários não-alfabetizados, organizou seus
turnos e cedeu suas horas de trabalho para as aulas). Até o final de 2005, 20 pessoas foram alfabetizadas
em duas turmas. Paralelamente, foram promovidas atividades para o desenvolvimento de habilidades,
a integração social e o crescimento intelectual, como visitas a museus e centros culturais, artesanato
e eventos comemorativos.
Relacionamento com os públicos interessados
57Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Apoio à universidade pública, a programas do ensino superior e a universitários
Programas de apoio a universidades e ao Ensino Superior receberam investimentos de R$ 25,5 milhões.
Eles envolvem a oferta de bolsas de estudo, melhoria do espaço físico de universidades ou faculdades
públicas ou privadas, apoio a estudos e pesquisas, apoio em geral para a manutenção de estudantes
universitários e apoio em geral ao sistema de Ensino Superior, visando à melhor qualidade de ensino.
Há dez anos o ABN AMRO Real concede o Prêmio Banco Real Universidade Solidária, cujo principal parceiro
é o programa Universidade Solidária. O prêmio é direcionado a instituições e alunos de Ensino Superior e
reconhece projetos de ação comunitária cujo tema seja desenvolvimento sustentável, com ênfase em criação
de renda. A cada ano são premiadas dez iniciativas, que recebem recursos para seu desenvolvimento.
Com isso, busca-se fomentar a mobilização das instituições de Ensino Superior para a elaboração de projetos,
ampliar a conscientização dos estudantes em relação a temas sociais e ambientais, além de promover
melhores condições de vida em comunidades carentes. O prêmio tem abrangência nacional e os projetos
escolhidos em 2005 envolveram 359 pessoas, entre professores e alunos. Estima-se que 150 pessoas
tenham sido diretamente favorecidas com as iniciativas durante o ano. Os projetos são realizados durante
nove meses, com avaliações trimestrais e uma avaliação final seis meses após o término do incentivo financeiro.
Em 2005, o banco destinou R$ 614 mil ao prêmio, com recursos próprios. Ao longo de dez anos, o montante
chega a R$ 3,0 milhões.
O Banco Bradesco colabora com a manutenção de salas e a oferta de bolsas de estudo para alunos
da Escola de Administração de Empresas Fundação Getúlio Vargas, numa parceria que existe há 15 anos
e propiciou estudo gratuito e de qualidade a dezenas de alunos carentes.
Com o envolvimento direto de executivos da instituição, o HSBC é parceiro do Student in Free Entrepreneurship
(Sife), programa internacional que estimula jovens universitários a aplicarem seus conhecimentos para
a melhoria da qualidade de vida das comunidades. Entre outros parceiros no País estão o Banco do Brasil
e a KPMG. Os jovens devem usar ferramentas de administração e obter resultados concretos em projetos
que criem renda, inclusão e cidadania. Dez executivos do HSBC fizeram a leitura dos projetos, a verificação
das metodologias, resultados e impactos, visitas a alguns projetos e acompanhamento das regionais
semifinais e do campeonato nacional. A atuação do banco se deu em São Paulo, no Rio de Janeiro e no
Piauí – Estado do grupo que foi o vencedor nacional. O HSBC apóia mundialmente a ação e em 2005
realizou evento paralelo no Canadá, para um encontro das lideranças estudantis de 28 países. Em 2005,
o banco destinou R$ 14 mil no Brasil e R$ 3 milhões no mundo para reforço da entidade e incentivo aos
estudantes, identificando no Sife uma fonte para futuros trainees e/ou colaboradores da organização.
O projeto Virada de Futuro, patrocinado pelo JPMorgan desde 2005, é realizado pela Fundação Abrinq.
Iniciado em 2001, o projeto beneficia 22 jovens de 14 organizações sociais da Rede Nossas Crianças,
de São Paulo. São pessoas que já alcançaram a idade-limite para participar dos projetos oferecidos pelas
entidades e buscam novas oportunidades para desenvolver seus potenciais e talentos. O Virada de Futuro
oferece bolsas de estudo em faculdades, escolas técnicas ou cursos livres e de Ensino Médio, como forma
de promover a capacitação dos jovens e prepará-los profissionalmente. Eles recebem alimentação, transporte
e material didático, e contam com o apoio de mentores, profissionais da área de sua escolha que,
voluntariamente, se dispõem a acompanhar a trajetória acadêmica e a entrada do jovem no mercado
de trabalho. O JPMorgan financia 3 das 22 bolsas concedidas pelo projeto e três funcionários do banco
atuam voluntariamente como mentores. Dos 22 bolsistas em formação, 11 já estão no mercado de trabalho.
Em 2005, o JPMorgan destinou R$ 135,4 mil para a iniciativa.
58 Relatório Social 2005
O Banco Nossa Caixa apóia desde 2002 o Projeto
Adote um Aluno. O objetivo é custear os gastos
pessoais de estudantes carentes que ingressam
na UNESP – Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho, reduzindo a evasão de
universitários em alguns cursos. Em 2005, foram
beneficiados 47 alunos, com R$ 139 mil. Desde
o início de sua participação, o banco já destinou
R$ 405 mil ao projeto.
O Santander Banespa investe no projeto Universia
Brasil (www.universia.com.br), em que atua desde
2002 como parceiro financeiro-estratégico em 11
países. Trata-se de um portal que desenvolve
e integra conteúdo e serviços em parceria com
universidades – ao todo, participam mais de 850
instituições, sendo 225 no Brasil. Os beneficiados
são professores, gestores de instituições de ensino,
pré-universitários, universitários e pós-universitários
e pessoas em busca de conhecimento
e aprimoramento profissional. O objetivo
é promover as inclusões acadêmica e digital
e a democratização da informação. Além da
participação indireta de funcionários do Santander
Banespa, o banco dedica 35 colaboradores para
o Universia Brasil. Destaques são o desenvolvimento
e a gestão dos Prêmios Santander Banespa
de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação.
Em 2005, estavam cadastrados no Universia
1,44 milhão de usuários e 180 milhões de páginas
foram vistas, com 800 mil visitantes únicos por
mês. Os dados revelam que o portal já se tornou
uma referência em educação no País. Para 2006,
a meta é atingir 205 milhões de páginas vistas
e 1,65 milhão de usuários cadastrados.
Educação profissionalizante
Projetos de preparação de jovens para o mercado
de trabalho receberam investimentos de R$ 30,5
milhões. Os recursos foram destinados a iniciativas
de educação profissionalizante a membros da
comunidade ou filhos de colaboradores.
O Banco da Amazônia é patrocinador do Projeto
Renascer, destinado a promover a capacitação
de jovens e adultos com idade entre 14 e 18
anos, provenientes de famílias de baixa renda
da periferia de Belém (PA). Eles participam
de cursos profissionalizantes, como de garçom,
manicure, cabeleireiro e camareiro. As atividades
incluem palestras e visitas a hotéis, restaurantes
e outros estabelecimentos para o contato dos
participantes com a realidade do trabalho para
o qual estão sendo capacitados. Desde janeiro
de 2002, quando o projeto teve início, o banco
destinou R$ 132,4 mil em recursos próprios para
a iniciativa, que já beneficiou 300 jovens – em
2005, o investimento totalizou R$ 45,0 mil e 100
pessoas foram favorecidas. A perspectiva é de,
nos próximos anos, manter uma média de quatro
cursos a cada 12 meses.
A Fundação Bradesco oferece, gratuitamente,
a formação inicial e continuada de trabalhadores,
que atende à necessidade de qualificação
e requalificação para o trabalho de jovens e
adultos com diferentes níveis de escolaridade,
por meio de cursos livres gratuitos, que têm
programas flexíveis, ajustados às necessidades
individuais. Atualmente são ofertados 135 cursos
nas áreas de Agropecuária, Comunicação e Artes,
Gestão, Indústria, Lazer e Desenvolvimento, Imagem
Pessoal, Turismo e Hospitalidade e Informática.
O banco também promove encontros de gestores,
trazendo para as escolas importantes representantes
do setor empresarial e organizacional, além
de visitas técnicas a diversas empresas
e organizações, palestras com profissionais
de destaque no cenário nacional e videoconferências
interligando as escolas. Com o desenvolvimento
de projetos técnicos, sob orientação das equipes
escolares, os alunos contextualizam os ensinamentos
construídos em sala de aula. O investimento
em 2005 foi de R$ 18,5 milhões, beneficiando
37.013 alunos.
O Instituto Profissionalizante Paulista (IPP-Citigroup),
na região da Avenida Paulista, é um centro
de aprendizagem e capacitação profissional
que tem como objetivo oferecer aos jovens
de baixa renda formação básica para o trabalho
e o primeiro emprego, além da inclusão social.
A iniciativa é uma parceria entre o Citigroup
e o Rotary Club SP Avenida Paulista. O IPP-Citigroup
atende jovens com idade entre 14 e 18 anos,
que freqüentam aulas de conhecimentos gerais,
português, inglês, matemática, telemarketing,
secretariado e computação, entre outras. Nos
dias e horários em que não há aulas, o espaço
é transformado em um centro cultural, que
oferece à comunidade atividades variadas.
Em junho de 2005, o Instituto inaugurou sua
sede à Rua Sílvia, 423, na região da Bela Vista.
O projeto já beneficiou mais de 170 jovens
e inseriu cerca de 20 jovens no mercado de
trabalho, por meio da Lei do Menor Aprendiz.
Apoiado pelo ING e JPMorgan, o projeto Escola
de Artes e Ofícios – Apoio ao Curso de Marchetaria
é coordenado pela Care Brasil e desenvolvido
em parceria com a subprefeitura de Perus –
que destinou R$ 68,2 mil para a iniciativa.
Relacionamento com os públicos interessados
59Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O lançamento aconteceu em novembro de 2005 e seu objetivo é formar, ao longo de 18 meses,
30 multiplicadores no ofício da marchetaria, utilizando somente sobras de madeira e de ossos facilmente
encontrados na região. O curso tem carga horária de 24 horas/mês no turno inverso ao do Ensino Médio
e conta com a participação de jovens com idade entre 17 e 24 anos, residentes nos distritos de Perus
e Anhangüera, em São Paulo. A iniciativa é monitorada por meio de uma avaliação de 360º – entre
professores e alunos – e pelo controle de freqüência. O ING investiu R$ 26,0 mil em 2005.
Desde outubro de 2005, o HSBC apóia a Associação Jovens Aprendendo a Empreender, do Centro Tecnológico
do Estado da Bahia, em Feira de Santana. O objetivo é atender 30 jovens entre 13 e 17 anos, preparando-os
para atuarem como líderes de processos empresariais e elementos transformadores da realidade, além de
inseri-los no mundo do trabalho como empregados ou empregadores. O projeto prevê desenvolver um
curso de empreendedorismo aliado a atividades lúdicas, pedagógicas, sociointerativas e dinâmicas de relações
interpessoais. Na conclusão do trabalho, os jovens deverão apresentar projetos de empreendedorismo.
Para essa iniciativa, o banco destinou R$ 73,2 mil em 2005 e a continuidade do projeto estará ligada
aos resultados que forem alcançados em 2006.
O programa Jovens Urbanos é uma iniciativa da Fundação Itaú Social para a formação de jovens da periferia
de grandes centros urbanos, pelo período de dez meses. O foco é no aprendizado de tecnologias e na adoção
de projetos de melhoria da qualidade de vida nas comunidades, com o objetivo de garantir a permanência
e o retorno ao Ensino Básico e estimular a continuidade dos estudos; promover o desenvolvimento de
competências e habilidades básicas para a vida pública e pessoal; promover a empregabilidade dos jovens
e fomentar, nas ONGs parceiras, o compromisso com o desenvolvimento local e com a ação educativa ao
segmento juvenil. O projeto piloto, iniciado em 2004 e concluído em 2005, beneficiou 480 jovens de 16
a 24 anos com renda familiar de até meio salário mínimo per capita e residentes nas áreas abrangidas
pelas subprefeituras de Campo Limpo e Brasilândia, em São Paulo. A perspectiva para 2006 é estender
a iniciativa para a cidade do Rio de Janeiro.
O Santander Banespa promove desde 2001 o projeto Padarias Artesanais, em parceria com o Fundo Social
de Solidariedade do Estado de São Paulo. O objetivo é melhorar a quantidade e a qualidade da alimentação;
capacitar mão-de-obra em técnicas de panificação e oferecer opções de criação de renda e emprego para
populações carentes. Desde o início da parceria já foram doados 2.520 kits de panificação (forno, botijão
de gás, batedeira, liquidificador, balança mecânica e assadeiras). Também foi dado apoio à capacitação
em técnicas de panificação, noções de alimentação e higiene, beneficiando pessoas ligadas a entidades
e escolas. Mais de 19 mil pessoas já foram capacitadas como agentes multiplicadores, em 645 municípios
do Estado de São Paulo, 500 escolas estaduais e centenas de entidades.
O Unibanco patrocina o desenvolvimento do Espaço do Artesão, que dá prioridade à educação como via
de qualificação profissional e criação de empregos, afastando os jovens da violência. O projeto foi iniciado
em janeiro de 2005 e tem como principais parceiros o Instituto Stimulu Brasil, que executa o projeto,
e a prefeitura do Rio de Janeiro, responsável pelo pagamento da bolsa-auxílio aos participantes. Apóiam
a iniciativa o Galpão Aplauso Rio (que ofereceu o espaço para as aulas) e a Liga das Escolas de Samba (convênio
para atender à demanda das escolas de samba). Os beneficiados são moradores das comunidades de baixa
renda, com idade entre 18 e 25 anos e escolaridade mínima até a quarta série. Eles optam entre três oficinas
de arte complementar: adereços, costura e carpintaria, realizadas com o apoio de mestres profissionalizantes,
equipamentos e espaço físico necessário e adequado para pesquisas, estudos, estágios, trabalhos
e apresentações de suas obras abertas ao público. O Espaço Artesão já encaminhou 40 oportunidades
de estágio e possibilitou a contratação de 80 jovens pela Escola de Samba Viradouro.
60 Relatório Social 2005
Os 50 melhores jovens artesãos participaram do
curso de Empreendedorismo do Sebrae e tiveram
acesso a crédito oferecido pelo Fundo Carioca,
da prefeitura.
O Banco Votorantim apóia o Curso de Capacitação
Básica para o Trabalho, que beneficia a comunidade
do Jardim Colombo, favela da zona sul de São
Paulo. A iniciativa é desenvolvida pela Associação
Viver em Família para um Futuro Melhor e conta
com a parceria da Associação de Ensino Social
Profissionalizante (Espro), responsável por ministrar
o curso, oferecer material pedagógico para
instrutores e recursos financeiros para pagamento
dos instrutores. Outros apoiadores são a Associação
English for All, que dá aulas de inglês, e a Fundação
Pensamento Digital, que doa equipamentos
de informática para a montagem do laboratório.
O projeto beneficiou, em 2005, 148 alunos
em curso profissionalizante com carga horária
de 560 horas – 68 formaram-se no primeiro
semestre de 2005. São jovens de 14 a 16 anos,
que freqüentam a partir da 1ª série do Ensino
Médio (preferencialmente no período da noite)
e residem na região. A iniciativa promove a
capacitação de jovens de comunidades carentes
com o objetivo de encaminhamento para
o mercado de trabalho como menor aprendiz.
Cultura e preservação do patrimônio
O sistema bancário investiu R$ 320,3 milhões
em apoio ou patrocínio a iniciativas que têm
o objetivo de democratizar o acesso à cultura,
como parte do processo de estímulo ao
desenvolvimento social e econômico do
País, sendo 23,4% do total (o equivalente
a R$ 74,8 milhões) provenientes de incentivos
fiscais. Os recursos foram destinados à divulgação
ou realização de atividades artísticas e culturais,
preservação ou recuperação de patrimônio
cultural ou histórico, além de manutenção
de institutos e centros próprios, criados para
ampliar o acesso da população a exposições
e eventos artísticos e culturais.
Projetos culturais
Em 2005, o ABN AMRO Real deu continuidade
a suas exposições de Natal no prédio central
da instituição, em São Paulo, o que se repete
há sete anos. O tema foi Papai Noel e a Floresta
Encantada, com o objetivo de unir o aspecto lúdico
do Natal com a conscientização socioambiental,
ao revelar a importância da floresta para o homem,
sensibilizar para o problema do desmatamento
e suas conseqüências e estimular o consumo
racional dos recursos naturais.
Relacionamento com os públicos interessados
61Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Os 300 mil visitantes receberam livretos com
uma história de Natal relacionada ao manejo
sustentável da floresta. Ao todo, 50 funcionários
estiveram envolvidos com a exposição, que
demandou investimento de R$ 2,0 milhões em
2005. As duas edições anteriores representaram
um investimento de R$ 3,0 milhões.
A Associação Viva o Centro foi criada em 1991
por iniciativa do BankBoston para promover
o desenvolvimento da área central de São Paulo,
em seus aspectos urbanísticos, culturais, funcionais,
sociais e econômicos. Conta com 125 instituições
associadas e beneficia diretamente mais de
2 milhões de pessoas que moram ou freqüentam
o centro da cidade e, indiretamente, todos os
paulistanos e visitantes. São desenvolvidas
43 ações locais, reunindo 4 mil empresas,
condomínios, organizações e moradores da
região. Um dos benefícios proporcionados pelo
projeto foi a revitalização da Sala São Paulo,
do Complexo Cultural Júlio Prestes, do Mosteiro
de São Bento e do Sesc Centro, entre outros
pontos tradicionais e relevantes da cidade.
Participam também da associação ABN AMRO
Real, Banco do Brasil, Banco Itaú, Banco Nossa
Caixa, Banco Safra e Santander Banespa.
O Alfa Cultura 2005 realizou quatro espetáculos
na temporada, para um público de 15.609 pessoas.
Promovido pelo Instituto Alfa de Cultura, recebeu
investimentos do Banco Alfa de R$ 432,0 mil
(recursos próprios) e R$ 288,0 mil (recursos de
incentivo fiscal). O banco também patrocinou
a mostra internacional A Arte da Dança, assistida
por 22.997 pessoas e que recebeu R$ 457,0 mil
de recursos de leis de incentivo à cultura.
O projeto 5ª Cultural Banco da Amazônia é dirigido
aos amantes das manifestações culturais, como
artes cênicas, música e cinema, e chega a cidades
da Região Norte, ao Rio de Janeiro, a São Paulo,
Brasília e Porto Alegre.
Realizada desde 2000, a iniciativa busca difundir
a cultura nortista e estimular a responsabilidade
social, uma vez que o ingresso para o espetáculo
é um quilo de alimento não-perecível, que são
destinados a comunidades carentes. Aproximadamente
50 pessoas – sendo 12 funcionários do banco –
estão envolvidas na organização de 10 a 12
eventos por ano. Mais de 500 artistas regionais
tiveram espaço para mostrar seu talento e 165
toneladas de alimento foram arrecadadas e
distribuídas entre 450 instituições assistenciais,
beneficiando cerca de 36 mil pessoas. Em 2005,
o projeto demandou R$ 292,1 mil em recursos
próprios, valor que chega a R$ 1,1 milhão desde
seu início.
Em 2005, durante o período de maio a novembro,
o programa Concertos Banrisul para a Juventude
promoveu apresentações da Orquestra de
Câmara do Theatro São Pedro, proporcionando
a oportunidade de vivência da cultura erudita
a estudantes do Ensino Fundamental até a 8a
série. A ação é direcionada à educação musical
de estudantes de escolas públicas ou particulares
e contempla 500 alunos por concerto. No final
de cada espetáculo, os jovens recebem brindes
do banco.
O Banco Bradesco foi um dos principais
patrocinadores do Festival Internacional de
Inverno de Campos do Jordão de 2005, realizado
durante o mês de julho e promovido pela Secretaria
da Cultura do Estado de São Paulo. O banco
financiou a remodelação da Concha Acústica,
espaço ao ar livre que abrigou dezenas de
apresentações artísticas e culturais oferecidas
gratuitamente à população da cidade e aos milhares
de turistas. Uma das atrações foi o Coral de Alunos
da Escola da Fundação Bradesco de Osasco, formado
por 80 adolescentes dos Ensinos Fundamental
e Médio. Foi a primeira vez que o Bradesco
patrocinou o festival, envolvendo 40 funcionários
no evento. Os recursos de patrocínio, com incentivo
fiscal, foram de R$ 800,0 mil, chegando a R$ 3,0
milhões em investimentos totais.
A Exposição Itinerante do Acervo Artístico da
Caixa Econômica Federal é dirigida a estudantes,
artistas plásticos e o público em geral de todo
o País, que são beneficiados pelas exposições
realizadas nos espaços culturais da Caixa e de
terceiros, como museus e galerias. Promovido
desde 2000, o projeto contempla também
monitorias e oficinas realizadas por estudantes
de artes plásticas que complementam o currículo
escolar, e conta com a atuação de cerca de
70 empregados do banco. O investimento foi
de R$ 200,0 mil (recursos próprios) em 2005
e de R$ 600,0 mil desde sua criação. Para superar
a barreira representada pela inexistência, em
algumas pequenas cidades, de espaços com
climatização adequada para receber as obras,
principalmente pintura, a Caixa formou uma
coleção das principais gravuras que compõem
seu acervo para expor nesses municípios.
O Natal do HSBC, realizado pelo banco desde
1980, tornou-se um espetáculo da comunidade
de Curitiba (PR). Em 2005 foram 18 apresentações
para 450 mil pessoas. O ponto alto foi um coral
formado por 160 crianças de sete entidades
assistenciais apoiadas pelo banco, que se
apresentou nas janelas do Palácio Avenida, um
prédio histórico no centro da cidade, que foi
totalmente iluminado. Em 2005, um convidado
especial foi o ator Antonio Fagundes, que
contracenou com as crianças cantoras. O principal
parceiro da iniciativa é o In Brasil Marketing
Cultural, que realiza o espetáculo com o apoio
logístico da prefeitura. Há ainda o envolvimento
direto de dez funcionários do banco, além de
150 que atuam como voluntários para promover
o espetáculo. O banco investiu R$ 1,2 milhão
em 2005 com recursos próprios e R$ 1,7 milhão
proveniente de incentivo fiscal.
62 Relatório Social 2005
O projeto Parangolé, patrocinado pelo Banco Indusval Multistock, atua com 350 jovens dos bairros Real
Parque e Jardim Panorama, da zona sudoeste de São Paulo, com o objetivo de desenvolver habilidades
de expressão e comunicação e permitir que os participantes articulem percepção, imaginação, emoção,
sensibilidade e reflexão. Conta com a parceria do Projeto Casulo e do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE),
que promovem, desde agosto de 2005, atividades como oficinas e passeios a centros culturais, o que possibilita
aos jovens o contato com produções artísticas e amplia a autoconfiança em relação à produção artística
pessoal e a compreensão da arte como fato histórico. No ano, foram realizadas duas mostras culturais
e um cortejo que contou com grande adesão na comunidade. O banco investiu R$ 120,0 mil no ano, com
recursos de leis de incentivo fiscal.
O Festival de Teatro de Curitiba, maior evento do setor no Brasil, teve o apoio do Banco Itaú. Foram apresentados
mais de 200 espetáculos, para um público que superou 100 mil pessoas. Em 12 anos de festival, o evento
contabilizou mais de 600 apresentações. Participaram companhias teatrais de diversos Estados brasileiros,
além de grupos internacionais.
Em 2005, mais de 250 mil pessoas foram diretamente beneficiadas pelo projeto Mercantil do Brasil Cultural,
que atinge 18 cidades de Minas Gerais e tem o objetivo de levar às comunidades shows gratuitos realizados
em praça pública, oficinas para professores (564 participaram em 2005, quando o tema foi fonoaudiologia),
além de campanhas de arrecadação de alimentos, democratizando o acesso à cultura e promovendo
a qualificação de docentes. A ação desenvolve-se durante pelo menos sete meses e existe há cinco anos.
Para produzir o evento, o banco conta com a parceria da Art BHZ Produtora. No ano, o investimento foi
de R$ 1,1 milhão, sendo R$ 250,0 mil por intermédio de incentivo fiscal. Desde o início do projeto, foram
aplicados R$ 4,8 milhões.
O Banco Nossa Caixa patrocinou o projeto Temporada 2005, com apresentações da Orquestra Sinfônica
do Estado de São Paulo (Osesp) e concertos das séries Paineira e Sapucaia. Apoiada pelo banco desde
2002, a Osesp realiza mais de 130 apresentações anuais em sua temporada de concertos, com a execução
de grandes obras da música nacional e internacional, beneficiando milhares de pessoas de São Paulo.
Em 2005, o banco investiu R$ 1,0 milhão, valor que totaliza R$ 5,2 milhões desde 2002, por meio das
leis de incentivo à cultura e do audiovisual.
O Santander Banespa, por meio do Santander Cultural, foi o patrocinador e realizador direto da Mostra
Cultural !Mirabolante Miró, que reuniu gravuras, litografias e xilogravuras originais do artista espanhol.
Paralelamente, aconteceu o Programa de Atividades Simultâneas, que originou 192 iniciativas (como
debates, encontros com artistas, oficinas, saraus e lançamentos de livros), 28 parcerias e 23 produtos
culturais num período de 45 dias, realizados dentro e fora do Santander Cultural. Uma ação inovadora foi
o Mirabolante Circuito Galerias de Arte de Porto Alegre, que reuniu 16 galerias de arte em 16 exposições
simultâneas, que marcaram agosto como o mês da gravura na capital gaúcha. A mostra e as atividades
simultâneas atingiram 1.150 instituições de ensino e receberam mais de 190 mil freqüentadores, principalmente
da Grande Porto Alegre e de outros Estados do Sul. Os resultados significam um crescimento de 2.000%
em relação a programas similares em outras mostras.
O projeto Espaço Unibanco de Cinema 2005 teve
como objetivo patrocinar as 54 salas de cinema
do circuito, localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba
e Juiz de Fora. Elas dispõem de áreas para convívio
social e eventos, como livrarias, coffee-shops,
fotogalerias e outras, constituindo-se verdadeiros
centros culturais direcionados, além do cinema,
a diversas outras manifestações artísticas. A idéia
é criar platéia para os cinemas, oferecendo subsídio
no valor do ingresso, e promover eventos que
beneficiem professores, alunos e pessoas de todas
as classes sociais, com programações especiais.
Em 2005, foram alcançadas as metas para o ano,
com a realização de 1.322 eventos, público de
116 mil alunos e professores, além de outras
435 mil pessoas presentes em atividades como
pré-estréias, sessões especiais, mostras de cinema,
curtas, lançamentos de livros e clube do professor.
O projeto conta com vários parceiros, que
contribuem financeiramente. No ano, foram
investidos, por intermédio de leis de incentivo
fiscal, R$ 2,2 milhões.
Institutos, fundações e centros culturais
Vários bancos mantêm institutos, fundações
ou centros culturais próprios, como espaços
reservados à difusão da arte e da cultura.
Nesses projetos foram aplicados R$ 53,3 milhões
em 2005.
O ABN AMRO Real mantém em Recife (PE)
o Instituto Cultural Bandepe, que desenvolveu
em 2005 uma programação sobre colecionismo,
com debate a partir de grandes coleções de arte
pernambucanas. As mostras incluíram as coleções
de Marcantonio Vilaça (contemporâneo), Jarbas
Vasconcelos (obras de artistas brasileiros e peças
de arte popular portuguesas, peruanas, indígenas
e brasileiras), Giuseppe Baccaro (livros raros
renascentistas a cartografia do século XVII) e José
dos Santos (imaginária sacra). Foi também realizado
o seminário Universo das Coleções, que reuniu
colecionadores e intelectuais para debater
o tema colecionismo. O investimento do banco
foi de R$ 815,3 mil.
Relacionamento com os públicos interessados
63Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Instituto Itaú Cultural estrutura sua atuação
com base em três linhas mestras: a democratização
do acesso à cultura; a articulação entre artistas,
produtores e agentes culturais; e a produção de
conteúdo cultural diferenciado. Alguns dos eixos
dessa atuação são o programa Rumos; as atividades
culturais, entre elas as exposições temporárias
e o programa Jogo de Idéias; as parcerias com
instituições de várias partes do território nacional
e do exterior; e as ações que se utilizam das novas
tecnologias de comunicação, como a Enciclopédia
Itaú Cultural de Artes Visuais. Em 2005, foram
produzidos 70 eventos em todos os Estados
brasileiros, que atingiram cerca de 8 mil pessoas.
O programa Rumos premiou em 2005 as categorias
Artes Visuais e Educação, Cultura e Arte e promoveu
debates e apresentações de artistas premiados
em edições anteriores. Foram feitas também
a articulação e a difusão das obras e carreiras dos
premiados em Música, por meio de parceria com
a Rádio França Internacional e pela rede formada
pelo programa Onda Cidadã. Em São Paulo,
o Instituto realizou três eventos temáticos –
Corpo, Cinético_Digital e O Lúdico na Arte,
compostos de exposições, seminários, espetáculos
de música, teatro, dança, arte circense, edições
do programa Jogo de Idéias, atividades educativas
e mostras de cinema e vídeo. As atividades foram
assistidas por 300 mil pessoas. Para cada um dos
eventos, foram produzidos fôlderes, livros e DVDs.
Como parte das ações de relações internacionais,
foram distribuídos 400 produtos a centros de
estudos brasileiros em 94 países e difundida
a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais
em instituições ligadas ao ensino da língua
portuguesa no exterior.
O Centro Cultural Banco do Nordeste é um espaço
de difusão e promoção da cultura nordestina
e universal, com o objetivo de despertar nas pessoas
a curiosidade, a valorização e o interesse pelos
bens culturais. Criado em 1998, em Fortaleza
(CE), é uma ação estratégica do Banco do
Nordeste – que, como banco de desenvolvimento,
compreende a cultura como parte fundamental
do processo de crescimento regional. Equipado
com salões de exposições permanentes
e temporárias, teatro multifuncional e biblioteca,
o Centro Cultural oferece uma variada programação
diária, nas áreas de museologia, cinema, artes
plásticas, música, teatro, literatura e cursos,
além de eventos especiais, com acesso gratuito
à população. Desde sua criação até dezembro
de 2005, recebeu um público de 1.543.043
pessoas – sendo 442.571 apenas em 2005,
em 1.766 eventos. Também são beneficiados
artistas, produtores e outros profissionais da arte
e cultura, envolvendo cerca de 3 mil pessoas.
No ano foram investidos R$ 2,0 milhões, com
recursos próprios, valor que totaliza R$ 10,0
milhões desde 1998. Sua ação é direcionada
para a formação de platéias – todos os eventos
realizados oferecem ao público material
informativo – e tem como prioridade as escolas
públicas, com orientação ao professor e utilização
de material pedagógico para os alunos, de forma
a obter um melhor aproveitamento da visita.
Em 2006, serão inaugurados mais dois centros:
Cariri, em Juazeiro do Norte (CE) e Souza (PB).
O Espaço Nossa Caixa, inaugurado em 2004,
localiza-se no edifício da Administração Central
do banco, no centro de São Paulo. Ele é dividido
em três ambientes: espaço para exposições
temporárias de fotos; Centro de Memória,
64 Relatório Social 2005
que abriga o mobiliário antigo do banco, além
de peças da mecanografia e demais objetos que
compõem sua história e auditório. Em apenas
15 meses de existência, ganhou o reconhecimento
do público e de profissionais de artes por ter
organizado exposições de destaque, passando
a integrar o circuito internacional de mostras
fotográficas. É aberto ao público diariamente,
das 10 às 16 horas, e tem entrada gratuita,
integrando o esforço para a recuperação
do centro da cidade.
Aproximadamente 3 mil colaboradores do
Santander Banespa e mais de 1,5 milhão de
freqüentadores são beneficiados pelo Santander
Cultural, instalado em Porto Alegre, cuja gestão
é alinhada ao que preconiza o banco: contribuir
para a qualidade de vida das comunidades em
que está presente, desempenhando um papel
articulador, integrador e educativo, ampliando
o acesso de diversos segmentos da comunidade
à produção cultural contemporânea e atuando
como pólo difusor da cultura. As ações
desenvolvem-se principalmente na Região Sul –
prioritariamente em Porto Alegre –, mas se
estendem para outros Estados brasileiros, como
São Paulo e Rio de Janeiro. Oferece uma
programação cultural regular – atividades de
artes visuais, música, cinema e reflexão –, com
atuação definida de acordo com pesquisa para
atender às vocações, lacunas e demandas culturais
de Porto Alegre – cidade mais beneficiada pelo
programa – e do mercado nacional. O foco
educativo está em todos os empreendimentos,
no sentido de estimular a criatividade, a percepção,
a participação, o olhar e a postura crítica
e formadora, por meio de práticas educativas
e sensibilizadoras. Mais de 1,5 milhão de
freqüentadores, 4 mil instituições de ensino,
12 mil professores e 150 mil estudantes já foram
beneficiados por ações do Santander Cultural.
Preservação do patrimônio cultural,
artístico e histórico
O ABN AMRO Real patrocinou a reforma da Escola
Estadual Rodrigues Alves, localizada em São Paulo,
obra que teve início em julho de 2003 e para
a qual a instituição destinou R$ 574,8 mil em
recursos próprios e R$ 3,3 milhões por meio
das Leis Rouanet e Mendonça, além de dedicar
12 profissionais para o projeto. A iniciativa
beneficiou, principalmente, os 2,5 mil estudantes
da instituição. O objetivo foi restaurar o prédio,
fundado em 1919 e tombado pelo Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico do Estado de São Paulo
(Condephaat), em 1985, e pelo Conselho
Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico
(Conpresp), em 1992. Os principais parceiros
na iniciativa foram a FormArte, empresa
especializada na recuperação de patrimônios
públicos, que foi a gestora financeira das etapas
da reforma, e a Concrejato, que executou a obra.
O projeto incluiu atividades de restauração – como
recuperação de fachada, pisos e pintura – e de
educação patrimonial, em que funcionários
da obra, professores e alunos participaram de
palestras, aulas de história e cursos de formação
profissional. Além disso, houve atividades
de restauração de objetos históricos de madeira
e desenvolvimento de competências para o mundo
do trabalho, com o objetivo de desenvolver
diferentes modos de apropriação da experiência
cultural, por meio da utilização consciente
do bem público.
Em junho de 2005, o Banco da Amazônia deu
início ao projeto Jardim das Esculturas – Revitalização
do Museu da Universidade Federal do Pará, que
teve o objetivo de reformar o jardim do Museu
da Universidade, em Belém, transformando-o em
um jardim de esculturas, com obras permanentes
instaladas no local – incluindo peças de artistas
locais, no sentido de valorizar os talentos da região.
A ação beneficia os mais de 600 visitantes que
mensalmente passam pelo espaço. As obras
devem estar concluídas em 2006. Durante o ano,
por meio da Lei Rouanet, o banco destinou
R$ 144,0 mil.
O Banco Bradesco patrocinou a restauração
da cúpula e do altar-mor da Basílica de São
Sebastião do Mosteiro de São Bento, em Salvador,
na Bahia. Fundado em 1582, é apontado como
o primeiro mosteiro das Américas. A Basílica
conta com uma biblioteca com 300 mil livros,
o segundo maior acervo de documentos e livros
raros do Brasil, e reúne documentos como
o testamento de Catarina Paraguaçu e outras
importantes peças relativas à abolição da escravatura,
Guerra de Canudos, bulas de Papas e impressos
pré-gutemberguianos. O Mosteiro de São Bento
é visitado anualmente por milhares de pessoas,
vindas de todas as partes do Brasil e do mundo.
O Bradesco destinou para a obra recursos
incentivados de R$ 330,7 mil.
Relacionamento com os públicos interessados
65Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Uma iniciativa de abrangência nacional da Caixa Econômica Federal é o Programa Caixa de Adoção de Entidades
Culturais, que em 2005 beneficiou 28 entidades culturais sem fins lucrativos, que desejam recuperar, ampliar
ou promover acervos de relevância nacional em todas as regiões do Brasil. O objetivo é apoiar, pelo período
de um ano, projetos que contemplem ações de recuperação de acervos, instalação ou modernização de
laboratórios de conservação/restauração, aquisição de obras para a expansão ou atualização das coleções,
de pesquisa, catalogação e informatização de acervo, criação ou ampliação de reserva técnica e introdução
ou reformulação de módulos expositivos de longa duração. A Caixa foi o primeiro banco a aplicar recursos
próprios na recuperação de acervos de entidades culturais e em 2005 investiu no programa R$ 3,4 milhões,
com recursos próprios.
O Programa São Paulo – Apoio à Recuperação de dois quilômetros da Ferrovia Perus–Pirapora, coordenado
pela Care Brasil (Cooperative for Assistance and Relief Everywhere), tem foco na preservação da Natureza
e o resgate da memória local, pois a antiga Ferrovia Perus–Pirapora é tombada como patrimônio histórico.
O objetivo é criar um pólo turístico na região, abrindo novos postos de trabalho e oportunidades para
criação de renda. Iniciado em agosto de 2005, tem o apoio do ING, que destinou R$ 25,0 mil ao projeto,
e do JPMorgan. O trabalho beneficia a população de Perus, Anhangüera e entorno, região reconhecida
pela Unesco como espaço diferenciado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Às margens dela está
o Parque Estadual do Jaraguá, que possui remanescentes de cavas de ouro, antigo engenho de açúcar com
senzala, duas aldeias indígenas, o pico mais alto de São Paulo e restos da Mata Atlântica. Atinge também
o Parque Municipal do Anhangüera – com criação de animais silvestres e área de 900 hectares –, antiga
fazenda de reflorestamento da fábrica de Cimento Portland de Perus, hoje tombada como patrimônio
histórico, e a Serra da Cantareira, parque estadual com amplas áreas da Mata Atlântica. A área total
é de 7.980 hectares.
O Banco Nossa Caixa é o principal apoiador do Projeto Cultural de Restauro da igreja São Francisco, em
São Paulo, iniciado em setembro de 2005. O prédio data de 1644 e até hoje é uma das Igrejas mais freqüentadas
do centro da cidade, sendo uma das poucas construções em estilo colonial que ainda permanecem na região.
Seus afrescos retratam a história dos padres franciscanos. Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e pelo Conselho Municipal
de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), a restauração
da igreja recebeu um investimento de R$ 500,0 mil em 2005.
O Santander Banespa realiza eventos no Edifício Altino Arantes (torre, saguão e Museu Banespa), localizado
no centro de São Paulo, com o objetivo de promover o acesso à cultura. São organizadas visitas guiadas
ao museu, explicando a história do edifício e seu paralelo com acontecimentos importantes de São Paulo,
visitas de entretenimento à torre, além de exposições periódicas no saguão. A partir do acompanhamento
do número de visitantes mês a mês, a instituição passou a abrir a torre para visitação nos finais de semana
dos meses de maior movimento. Em 2005, as principais atividades foram a exposição Vista-se contra a Aids,
de Adriana Bertini; a exposição fotográfica Viajero de la Mancha, de Luiz Henrique Góes; a 3ª mostra Aids
e as Imagens da Prevenção; e a exposição Reduzir, Reutilizar, Reciclar em Respeito ao Meio Ambiente,
de Denise Mennella.
66 Relatório Social 2005
O Unibanco apóia e patrocina o projeto de digitalização do acervo do crítico e historiador José Ramos
Tinhorão, que pertence ao Instituto Moreira Salles. Futuramente, todo o material será colocado à disposição
do público por meio da Internet. O trabalho teve início em 2003 e o banco já investiu R$ 18,1 mil com
recursos próprios e R$ 1,9 milhão por meio de leis de incentivo fiscal (em 2005, os montantes foram de
R$ 18,1 mil e R$ 460,6 mil, respectivamente). O trabalho envolve digitalização dos fonogramas e do material
iconográfico e textual; catalogação e indexação; incorporação do conjunto ao banco de dados; e liberação
para consulta. Cerca de 100 mil músicas estão disponíveis para audição.
Desenvolvimento comunitário
Apoio a comunidades
Para o impulso ao desenvolvimento econômico e à auto-suficiência das comunidades, o sistema bancário
apóia iniciativas de organizações ou comunidades que visem ao bem comum, maior participação da população
nas decisões que afetam a vida de todos, preservação da cultura local, formas de desenvolvimento sustentável,
entre outras. Para projetos e programas dessa natureza foram destinados R$ 13,8 milhões em 2005.
O projeto Transferência de Tecnologia para o Cultivo, Conservação, Uso e Manipulação de Plantas Medicinais
por Comunidades Quilombolas do Estado do Pará, lançado em março de 2005, beneficia 180 famílias dos
municípios de Santarém e Santa Izabel. Desenvolvida pelo Banco da Amazônia e a Fundação Professor Luiz
Décort, a iniciativa permite que os participantes aprendam a cultivar, manejar, usar e manipular corretamente
as plantas medicinais, com a instalação de hortos e treinamentos. Os objetivos são criar uma nova fonte
de renda e promover a socialização das comunidades quilombolas. Ao longo do ano, o banco destinou
R$ 27,8 mil para o desenvolvimento do projeto.
A Fundação BankBoston apóia a ONG Cidade Escola Aprendiz, localizada no bairro Vila Madalena, em
São Paulo, que atua desde 1997 em benefício principalmente de crianças e jovens – mais de 5 mil já foram
favorecidos diretamente. Busca construir oportunidades educativas para transformar os potenciais dos jovens
em competências para a vida. Para isso, promove oficinas de arte, profissionalização de adolescentes e jovens,
acompanhamento às crianças e suas famílias, atividades de expressão escrita, oral, artística, digital e em
comunicação, preparação para o vestibular e orientação vocacional. Suas ações têm como base o conceito
bairro-escola, cujo princípio é a integração entre os agentes sociais e a comunidade. Assim, cafés, praças,
becos, restaurantes, discotecas, livrarias, entre outros, são utilizados como espaços para difundir a educação.
Em 2005, a Fundação BankBoston destinou R$ 150,0 mil para o projeto e mais R$ 70,0 mil com recursos
provenientes de incentivo fiscal. Desde o início do apoio, o valor chega a R$ 1,3 milhão com recursos
próprios e R$ 520,0 mil com incentivo fiscal. Outros apoiadores são a Fundação Bradesco, a Fundação
Itaú Social e o JPMorgan.
Relacionamento com os públicos interessados
67Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Em outubro de 2003, a Fundação Bradesco criou
os Centros de Inclusão Digital (CIDs) em parceria
com a Microsoft, que doa parte dos recursos
financeiros, a Cisco (recursos tecnológicos),
a Intel e o MIT. São espaços comunitários
e públicos, localizados próximo às escolas
da Fundação Bradesco, equipados com computadores,
impressoras, meio de conexão com a Internet
e mobiliário próprio. O objetivo básico é promover
inclusão digital e estimular ações de responsabilidade
social. Professores, alunos e monitores voluntários
da fundação ensinam a trabalhar com
microcomputadores e programas e formam
monitores entre as pessoas da comunidade.
Desde o início do projeto, a fundação investiu
R$ 100,0 mil, sendo R$ 81,0 mil em 2005.
No ano, foram atendidas cerca de 10 mil pessoas,
entre crianças, jovens e adultos, em CIDs instalados
em mais de 30 municípios, em 26 Estados brasileiros
e no Distrito Federal. A perspectiva é que
a comunidade se aproprie dos CIDs para torná-los
auto-sustentáveis.
O Banco do Brasil pauta seu relacionamento
com a comunidade na universalização dos direitos
sociais e de cidadania e no fortalecimento de sua
atuação como empresa social e ambientalmente
responsável. No relacionamento com a comunidade,
destaca-se a participação do BB no Fome Zero,
política priorizada pelo governo federal como base
de sua atuação social. Desse modo, o banco alinha
suas prioridades sociais às estabelecidas pelo
poder público, promovendo ações que permitam
a inclusão e a organização social dos beneficiários.
O projeto Artesanato Brasil com Design é uma
iniciativa da Caixa Econômica Federal para preservar,
resgatar e divulgar o valor artístico do artesanato
brasileiro, promover a qualidade do produto
artesanal com inclusão dos conceitos de design,
além de incrementar o aspecto econômico, por
meio do aprimoramento do produto, criação de
novos canais para comercialização e qualificação
da mão-de-obra, contribuindo para a criação de
empregos e renda.
O projeto já pesquisou 38 comunidades em 12
Estados e selecionou 15 associações, onde foram
realizadas 72 oficinas de criatividade, palestras
sobre finanças e orientações para a formação de
associações e cooperativas. O projeto beneficiou
383 artesãos e incentivou a criação de 26 produtos.
O projeto também promove a inclusão bancária
dessas comunidades, o que abrange desde
a abertura de conta corrente simplificada
até a concessão de crédito. O banco investiu
R$ 3,7 milhões desde julho de 2003, sendo
R$ 1,2 milhão em 2005.
O projeto Habitat para a Humanidade visa melhorar
a qualidade de vida de famílias de baixa renda
por meio da construção de casas, banheiros
e cisternas a baixo custo. O projeto, que beneficiará
250 pessoas diretamente e 600 indiretamente,
já entregou 50 cisternas e 50 banheiros na
comunidade de Varjada de Cima, no Semi-Árido
pernambucano, melhorando a qualidade de vida
de 50 famílias. Trata-se de uma parceria entre
a Citigroup Foundation, financiadora do projeto,
e as ONGs Habitat para a Humanidade, idealizadora,
e Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA),
responsável pela capacitação de pessoas
na própria comunidade para a construção
das cisternas. O projeto iniciou suas atividades
na região em novembro de 2004. Em 2006,
serão construídas 50 casas em Varjada de Cima.
O programa de construção de casas também
é desenvolvido pela Habitat em parceria com
o Citigroup, na cidade de Franca (SP). Iniciado
em 2005, o projeto entregou três casas na cidade
no final do ano. Em 2006 serão entregues outras 15.
O fortalecimento de 210 organizações e a
contribuição para o desenvolvimento de iniciativas
sociais no País são os objetivos do programa
Iniciativas Sociais e Desenvolvimento – A Arte
de Empreender e Transformar. Desenvolvido
pelo Instituto Fonte, é patrocinado desde
outubro de 2005 pelo HSBC. Outros parceiros
são a Philips, Decivil Construções e a Ashoka
Empreendedores Sociais.
Destinado a lideranças e empreendedores sociais,
constou de quatro seminários – Criando Iniciativas
Sociais; Lidando com Conflitos em Iniciativas
Sociais; Desenvolvendo a Capacidade Avaliatória
em Iniciativas Sociais; e Desenvolvendo a
Sustentabilidade em Iniciativas Sociais – destinados
a criar condições para os participantes ampliarem
sua visão, amadurecerem suas relações e reverem
suas práticas.
O projeto Reativar e Empreender é apoiado desde
agosto de 2005 pelo Banco Indusval Multistock.
O objetivo é promover o empreendedorismo
e capacitar jovens para a gestão de negócios
sustentáveis e atuação como agentes multiplicadores
de ações de conscientização e transformação
socioambiental. Proposto por um participante,
é desenvolvido em parceria com a Fundação
Artemísia e a organização Arrastão Movimento
de Promoção Humana. Atua com 30 adolescentes
da zona sul de São Paulo, que são capacitados
para a fabricação de produtos artesanais, de
qualidade e viabilidade comercial. Um aspecto
inovador é o fato de sua criação, captação
e coordenação serem realizadas por um jovem
que participou de projetos na área de educação
ambiental dentro da organização. O banco
destinou R$ 40,0 mil para o projeto durante o ano.
O Banco Itaú promoveu mais uma edição do
Domingo Alegre Itaú, envolvendo a comunidade
na realização de 47 eventos em cidades de vários
Estados do País. A cada domingo, entre 3 de julho
e 18 de dezembro, participaram em média 800
crianças e mil acompanhantes nas atividades de
lazer, recreação e educação esportiva básica para
algumas modalidades, como vôlei, futebol e basquete.
Durante os eventos, foram arrecadados alimentos
não-perecíveis e brinquedos, doados a entidades
assistenciais de cada cidade.
68 Relatório Social 2005
O projeto Desenvolvimento Econômico e Inclusão
Social em Perus, executado pela ONG Care, recebeu
em 2005 um investimento de R$ 278,0 mil do
banco JPMorgan. A iniciativa envolve uma série
de parceiros públicos e privados, com o objetivo
de estimular e apoiar de forma continuada
empreendimentos populares viáveis e sustentáveis,
levando em consideração os potenciais humano,
histórico e ambiental da região, na periferia
de São Paulo. A meta é identificar 15 potenciais
negócios populares que envolvam o Parque
Anhangüera e a preservação do meio ambiente
local, para que pelo menos quatro planos
de negócio sejam incubados e empreendidos.
A iniciativa promoveu a participação de 25
jovens em curso para monitores ambientais,
o desenvolvimento de uma unidade piloto de
horticultura em acampamento de 28 famílias
desempregadas e o teste de incubação de
padaria comunitária, cooperativa de triagem
e reciclagem de resíduos sólidos e cooperativa
de costura. Além disso, 212 jovens participaram
de oficinas (auto-estima, análise de vocações,
mundo do trabalho, noções de empreendedorismo
e gestão de negócios) e a parceria do banco
com a Associação Jr. Achievement atendeu
100 alunos da rede pública da região.
O Banco Nossa Caixa apóia desde 2000 o projeto
Nossa Cidade, que aproveita o roteiro percorrido
pelo caminhão de sorteios da Loteria Paulista para
disseminar informações sobre hábitos saudáveis
de vida em diferentes municípios do Estado de
São Paulo. Uma das ações desenvolvidas é a
arrecadação de alimentos não-perecíveis – foram
51 toneladas desde o início do projeto –, distribuídos
à população carente dos municípios. Já foram
distribuídos mais de 60 mil folhetos sobre prevenção
de doenças, 9.900 preservativos e 67 mil brindes
institucionais, além de serem realizados 18.452
medições de pressão arterial, 5.335 exames de
colesterol total, 6.200 exames de detecção de
diabetes, 643 testes de acuidade visual, 1.039
exames de tipagem sangüínea, 988 pesagens
de crianças de 0 a 5 anos, 3.850 vacinações contra
poliomielite, 4.120 vacinações contra gripe,
difteria e tétano em idosos com mais de 60 anos
de idade, 3.890 cortes gratuitos de cabelo e 260
expedições de protocolos de Registro Geral (RG),
dentre outras ações. O investimento em 2005 foi
de R$ 85,0 mil, valor que chega a R$ 280,0 mil
desde
o início do projeto.
O programa Parceiros em Ação, mantido desde
2002 pelo Santander Banespa, tem como objetivo
apoiar projetos desenvolvidos por organizações
não-governamentais. Em 2005 a iniciativa passou
a ter foco exclusivo na área de educação. O objetivo
é analisar e selecionar semestralmente iniciativas
inovadoras e estratégicas que beneficiem crianças,
adolescentes e o público universitário, para
a realização de parcerias que contribuam para
o desenvolvimento social e das pessoas,
proporcionando novas oportunidades e melhoria
na qualidade de vida. Podem participar do processo
de seleção entidades sem fins lucrativos, fundações,
associações e organizações sociais de interesse
público. Em 2005, foram apresentadas mais de
200 solicitações e selecionados cinco projetos.
Relacionamento com os públicos interessados
Desde 2002, o Banco Votorantim patrocina
e estimula o engajamento de funcionários
voluntários no Projeto Viver, para a promoção
de mudanças na realidade social de 4.500
famílias (cerca de 16 mil pessoas) da comunidade
do Jardim Colombo, favela da cidade de São Paulo.
O projeto envolve a identificação e o atendimento
das necessidades básicas de saúde, educação,
capacitação profissional, esportes, cultura e lazer,
além do desenvolvimento de talentos e
potencialidades dos indivíduos dessas famílias.
As ações permanentes incluem, entre outras,
a manutenção de brinquedoteca, quadra de
esportes e pátios para recreação de 180 crianças
das creches comunitárias; projetos de criação
de renda, como os grupos Pontos & Linhas –
que confeccionam e comercializam produtos
artesanais –, e a produção de lanches – com
renda para a manutenção e o custeio do Espaço
Viver Melhor; orientação nutricional para
gestantes e adultos; atendimento psicológico
e de fisioterapia para crianças e adolescentes;
aulas de reforço escolar e de incentivo à leitura.
69Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Combate à fome e segurança alimentar
No apoio ou na realização de ações, programas e projetos de combate à fome, foram destinados recursos
de R$ 145,8 milhões em 2005. Nessas iniciativas, as instituições mobilizaram recursos financeiros e de pessoas,
com o objetivo de beneficiar populações em situação de pobreza extrema ou miséria.
O Banco Bradesco é um dos patrocinadores do Projeto Amigos do Bem, da ONG Amigos do Bem, que
realiza ações sociais com o objetivo principal de erradicar a fome e a miséria na Região Nordeste do Brasil.
Criado em 2002, por um grupo de pessoas com experiência de mais de dez anos no desenvolvimento
de ações comunitárias e sociais no sertão nordestino, o projeto já beneficiou centenas de famílias, em
iniciativas que buscam promover o desenvolvimento local sustentável e a inclusão social. O projeto atende
mais de 4 mil famílias durante o ano em praticamente todos os Estados nordestinos. Em 2005 o Bradesco
participou com R$ 10,0 mil, e desde a criação do projeto com mais de R$ 50,0 mil.
O Projeto Travessia, apoiado pela Fundação BankBoston, busca criar condições para crianças e adolescentes
que vivem nas ruas retornarem para suas famílias ou construírem novas formas de vida familiar ou independente,
reinserindo-se na escola e voltando ao convívio da comunidade. Em 2005, nos dez anos de existência do
projeto, foram inaugurados a estação móvel de atendimento Permóvel e um Telecentro, visando à inclusão
e à capacitação para o acesso ao meio digital. Foram atendidas 560 crianças que vivem nas ruas no centro
de São Paulo. O banco destinou R$ 360,0 mil em 2005 e R$ 1.771,0 mil desde o início do projeto.
O apoio da Caixa Econômica Federal ao Programa de Combate à Fome e Erradicação da Pobreza inclui
a doação de 50% da taxa de administração do Fundo CAIXA FI Fome Zero Curto Prazo – o que significou
recursos de R$ 346,9 mil em 2005 – e a divulgação, nos terminais eletrônicos, de mensagens de incentivo
à doação e conta para recebimento de recursos para o programa.
A contribuição do HSBC Bank à Pastoral da Criança teve início em 2000, com o objetivo de patrocinar e dar
apoio institucional ao trabalho da entidade no acompanhamento a gestantes e crianças menores de seis
anos. Com atuação em todo o País, a Pastoral beneficia 1,6 milhão de crianças carentes, proporcionando
seu desenvolvimento integral e promovendo suas famílias e comunidades. Para isso, realiza ações básicas
de saúde, nutrição, educação e comunicação, sobretudo nos bolsões de miséria, o que inclui apoio especial
às pessoas da terceira idade que participam de suas atividades e alfabetização de jovens e adultos.
A mortalidade de menores de um ano nas comunidades em que a Pastoral da Criança atua é 60% menor
do que a média nacional. Em 2005, o banco destinou R$ 240 mil em iniciativas da instituição.
Pelo quarto ano consecutivo, o Banco Itaú mobilizou funcionários para doar, voluntariamente, uma hora
de trabalho para a Campanha Natal sem Fome. Foram arrecadados R$ 475,8 mil, somando a doação dos
funcionários e o valor doado pelo Banco Itaú, Banco Itaú BBA e Itaú Seguros. Os recursos foram entregues
à ONG Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida e contribuíram para alimentar 25 mil
famílias na noite de Natal.
O projeto Amigos da Estação Especial da Lapa, apoiado pelo Banco Nossa Caixa, beneficia crianças com
necessidades especiais, suas famílias e a comunidade em geral. São promovidos cursos de iniciação profissional,
oficinas culturais, programas de esportes adaptados e equoterapia. Foram destinados R$ 40,0 mil em 2005
e R$ 54,6 mil desde 2004.
70 Relatório Social 2005
Com o objetivo de contribuir para o combate
à fome e com a promoção da segurança alimentar,
o Santander Banespa apóia desde 2004 a atuação
da Pastoral da Criança de Manari (PE), cidade que
apresenta o menor Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) do País. O banco ofereceu a infra-
estrutura necessária (como reforma da cozinha,
compra de utensílios e de balanças mecânicas
para a pesagem mensal das crianças, necessária
a seu acompanhamento), ingredientes para
a multimistura (um preparado de farelo de trigo,
açúcar mascavo, farinha de mandioca, amendoim,
gergelim, girassol, fubá, leite em pó e rapadura,
que visa combater a desnutrição), ingredientes
para remédios (rapadura, gordura vegetal
e bananas para fazer pomadas de ervas e para
vermífugo) e para o dia da merenda. Assim,
a parceria do banco foi essencial para fornecer
os recursos necessários ao trabalho das irmãs
e, conseqüentemente, para a melhoria dos
resultados obtidos no município: em 2005
nenhuma das mais de 700 crianças de zero a seis
anos acompanhadas mensalmente pela Pastoral
faleceu em razão de desnutrição. As irmãs também
tiveram condições de dar mais atenção ao trabalho
de capacitação dos líderes comunitários e de
conscientização das mães sobre a importância
do cuidado com a alimentação, a higiene e a
vacinação de seus filhos. Além disso, em julho
de 2005, o banco enviou à Pastoral 1.600 kits
com escova, creme e fio dentais e folheto explicativo
sobre cuidados com a higiene bucal, que foram
distribuídos durante palestras para as mães.
Erradicação da pobreza
e combate a desigualdades sociais
Para o apoio a ações, programas ou projetos que
atendam populações ou comunidades em situação
de pobreza extrema ou de vulnerabilidade social,
foram destinados R$ 2,8 milhões em 2005.
As iniciativas envolveram diferentes ações para
o fortalecimento das condições de sobrevivência
e desenvolvimento, como projetos de renda
mínima, geração de emprego e renda,
microcrédito, entre outros.
O Banco Postal é resultado de uma parceria entre
o Banco Bradesco e a Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos (ECT), iniciada no segundo semestre
de 2001. O Bradesco conquistou o direito de
utilizar com exclusividade, como correspondente
bancário, a rede de agências dos Correios em
todo o País, o que já motivou a abertura de 5.442
agências. Concebido para suplementar o sistema
financeiro, proporciona atendimento à população,
principalmente de baixa renda, em suas próprias
localidades. Configura-se como um agente de
desenvolvimento socioeconômico, ao possibilitar
que os recursos circulem nos próprios municípios,
fomentando a poupança local. Dos 4,3 milhões
de brasileiros bancarizados pelo Banco Postal,
3,57 milhões (83%) têm renda inferior a três
salários mínimos. Até agora foram investidos no
projeto mais de R$ 450,0 milhões, beneficiando
13,5 milhões de brasileiros. Em 2006, o programa
será estendido para as mais de 2.500 agências
franqueadas, permissionárias e comunitárias dos
Correios, atingindo 651 municípios ainda sem
sistema bancário.
O Banco do Brasil contribui para a promoção da
segurança alimentar, a erradicação da extrema
pobreza e a conquista da cidadania pela população
vulnerável à fome por intermédio do Plano de
Ação Banco do Brasil no Fome Zero, desenvolvido
desde janeiro de 2003. Ele compreende 23 ações
com metas estabelecidas, entre elas concessão
de crédito, profissionalização de jovens, criação
de emprego e renda por meio da exportação
de produtos, oficinas de capacitação, apoio
a cadeias produtivas e oficinas educacionais.
Iniciado em 2005, o projeto de Inclusão Social
de Comunidades Quilombolas é desenvolvido
pela Caixa Econômica Federal e beneficia as
comunidades remanescentes de quilombos
em todo o Brasil. O auxílio acontece por meio
de patrocínio a eventos e doação de equipamentos
de microinformática.
Relacionamento com os públicos interessados
71Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O objetivo é auxiliar na adoção de políticas públicas
para essas comunidades, abrangendo as áreas
de habitação, saneamento, criação de emprego
e renda e acesso aos serviços bancários.
A iniciativa deve ter continuidade em 2006,
com o desenvolvimento de programas específicos
para os assistidos.
Patrocinado pelo HSBC, o Ofício da Moda busca
promover a inclusão social de 40 jovens, de 16
a 25 anos, da região de Campo Limpo, em
São Paulo, por meio da capacitação profissional
na área da moda. Realizado em parceria com
a Prefeitura Municipal de São Paulo e as fundações
Wild Gazen (ICCO) e Estrela Nova, pretende
proporcionar novas formas de criação de renda
e colocação no mercado de trabalho de
profissionais com perfil empreendedor
e compromisso social. Em 2005 foram realizados
workshop de personalização de camisetas,
atividades de capacitação e desenvolvimento
das competências básicas e específicas da área
de moda e encaminhamento de jovens para
estágio. Para essa iniciativa, o banco destinou
R$ 106,4 mil em 2005.
O Banco Itaú, por meio da Fundação Itaú Social,
coordena o Prêmio Itaú Apoio ao Empreendedor,
lançado em 2005. O objetivo da iniciativa
é identificar, divulgar e apoiar o trabalho de
Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (Oscips) que, mediante concessão
de crédito a empreendedores de baixa renda,
propiciam o incremento de atividades produtivas,
estimulam a criação de renda e postos de trabalho
e contribuem para o desenvolvimento econômico
da região em que atuam. Na primeira edição,
inscreveram-se 44 instituições, de 19 Estados.
Foram premiadas seis delas, que beneficiam
diretamente 26,3 mil microempreendedores.
O Projeto Aprendizes no JPMorgan existe desde
2001 e em 2005 beneficiou diretamente 17
jovens, criando condições para o acesso ao primeiro
emprego. O principal parceiro é o Centro de
Profissionalização de Adolescentes Padre Bello
(CPA), o executor da iniciativa. Os jovens são
egressos de cursos profissionalizantes do CPA
do Distrito de Iguatemi, em São Mateus, zona
leste da cidade de São Paulo. O projeto oferece
formação para o mercado de trabalho,
acompanhamento pedagógico individual,
reuniões bimestrais com supervisores e reuniões
com as famílias.
Os objetivos são incentivar os jovens a continuarem
os estudos, possibilitar a experiência do primeiro
emprego, proporcionar uma melhor qualidade
de vida aos participantes, ampliar a consciência
e a participação dos funcionários do JPMorgan –
25 envolvem-se com a iniciativa – e formatar
experiência para referenciar outras empresas.
Dos 48 jovens que desde 2001 foram formados
no projeto, 80% estão no mercado de trabalho.
Em 2005, o JPMorgan investiu R$ 200,0 mil
no projeto, valor que totaliza R$ 315,0 mil
desde 2001.
O programa Microinvest, do Unibanco, é uma
operação de microcrédito produtivo que existe
desde 1971, com o objetivo de proporcionar a
consolidação e o crescimento de micro e pequenos
negócios, contribuindo para o desenvolvimento
localizado, a criação de empregos e a distribuição
de renda. Até agora, mais de 320 mil empresários
foram favorecidos nas Regiões Sul e Sudeste, onde
o projeto é desenvolvido. Além de ser um segmento
pouco explorado no País e apresentar grande
potencial, o microcrédito produtivo é um canal
de distribuição para ofertar outros serviços
financeiros (poupança, conta corrente, cartão
de crédito, seguros, etc). A carteira ativa
do Microinvest chega a R$ 2,0 milhões.
O Banco Votorantim apóia o projeto Produção
de Lanches, que teve início em 2004 no Jardim
Colombo, favela da zona sul da cidade de
São Paulo. Ali, o banco é parceiro da Associação
Viver em Família para um Futuro Melhor no
desenvolvimento de uma série de ações para
melhorar as condições de vida dos moradores.
São beneficiados diretamente cinco moradores,
que passaram por processo de recrutamento,
seleção e capacitação profissional para a produção
de lanches. Foi montada uma cozinha semi-industrial
e a idéia é que o empreendimento seja
auto-sustentável a partir da ampliação da carteira
de clientes. Hoje, o projeto fornece diariamente
1.233 lanches para um cliente, proporcionando
recursos para o custeio da produção e também
a manutenção do Espaço Viver Melhor, da
comunidade. Está sendo negociada a entrega
de 100 lanches diários a outra empresa.
72 Relatório Social 2005
Assistência social
Assistência social
Em ações pontuais ou projetos complementaresàs políticas e programas assistenciais oficiais, osbancos investiram R$ 2,8 milhões em 2005. As iniciativas compreendem o atendimento a necessidades básicas, como proteção à família,à maternidade, à infância, à adolescência, àvelhice, o amparo de crianças e adolescentescarentes, a promoção da integração ao mercadode trabalho, entre outras.
A Fundação BankBoston apóia desde 1999 asatividades profissionalizantes de música e dançado Projeto Axé, que atende anualmente cerca de 1.500 crianças e adolescentes em situação de risco social e extrema pobreza, da RegiãoMetropolitana de Salvador, na Bahia. O objetivoé contribuir para a redução da violência socialcom a oferta de atividades de profissionalizaçãoem arte a grupos vinculados ao Axé. Além disso,quer ajudar a criar uma cultura de convivênciaconstrutiva e de tolerância entre as pessoas,articulando a inclusão escolar, a profissionalizaçãoe a inserção no mercado de trabalho, com aaprendizagem técnica das diferentes linguagensartísticas. Como resultado, 100% dos participantesestão matriculados e são acompanhados no sistemaeducacional formal, como perspectiva de acessoao Ensino Superior. Em 2005, oito jovens jáfreqüentavam universidades. Nesses seis anosforam investidos R$ 758,0 mil. Em 2005, o investimento de R$ 133,7 mil foi alocadoespecificamente para o núcleo Matriz das Artes,que trabalha com jovens entre 15 e 25 anos para sua formação profissional e ingresso no mercado de trabalho relacionado às artes.
A Campanha do Agasalho 2005, realizada peloBanrisul, promoveu a coleta de 31.459 peças de roupas, além de calçados, cobertores,colchões, utensílios domésticos, alimentos e brinquedos. Participaram da iniciativa asunidades do banco e agências de vários municípios.Os funcionários foram motivados a participar,assim como os clientes e a comunidade.
As doações foram encaminhadas para o gabineteda primeira dama do Estado, dos municípios e para as instituições indicadas pelas agências e unidades participantes.
O Banco Bradesco participou mais um ano doTeleton, maratona televisiva com 27 horas deduração, transmitida pelo SBT, que recebe doaçõespara a Associação de Assistência à CriançaDeficiente (AACD), feitas em uma conta nainstituição, por meio do telefone ou site doTeleton. O banco é patrocinador desde a primeiraedição, em 1998, e já participou com recursosincentivados que ultrapassam R$ 3,0 milhões –em 2005, doou R$ 500,0 mil. Além de recursosfinanceiros, o Bradesco também colocou à disposição seus canais de atendimento (FoneFácil Bradesco e Internet Banking) para que osclientes fizessem doações. As edições do Teletonpermitiram à AACD construir, equipar e mantersete centros de reabilitação, que estão instaladosem São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul,Minas Gerais e Rio de Janeiro, com capacidadepara mais de 1 milhão de atendimentos/ano. Em 2005, a iniciativa recebeu mais de 8 milhõesde ligações e arrecadou R$ 16,0 milhões. No ano,funcionários, professores e alunos da escola daFundação Bradesco de Osasco também participaramda campanha Corrente do Bem, da AACD, quearrecadou dinheiro por meio de doações com a distribuição de cofrinhos e venda de pulseiras.
Alternativa de criação de renda para um públicoque está à margem da sociedade é proporcionadapela Oficina Terapêutica de Separação de Materiaispara Reciclagem, em Curitiba (PR), que atende50 crianças e jovens com necessidades especiais.A iniciativa, patrocinada pelo HSBC, capacitaportadores de deficiência mental no trabalhocom reciclagem de papel, plástico e metais. A Associação Franciscana de Ensino Senhor BomJesus colocou à disposição local, equipamentos –como balanças e prensas –, além de transporte de material. O atendimento da escola estrutura-sepor meio de pequenos grupos distribuídos segundoa faixa etária e/ou programação didático-pedagógica.O planejamento curricular é individualizado e prevê o trabalho em diversas áreas deconhecimento. Para esse projeto, o bancodestinou R$ 12,0 mil em 2005.
O Banco Indusval Multistock patrocina a AssociaçãoCriança Brasil desde 1987. A iniciativa, que contacom a parceria da Secretaria de Educação e daAssistência Social de São Paulo, tem comopúblico-alvo crianças de 2 a 14 anos da zona sulda cidade de São Paulo – são 600 beneficiadosdiariamente nos cinco núcleos da associação. O objetivo é possibilitar a formação qualificadadas crianças, construindo alternativas educativase propiciando o desenvolvimento da comunidade.Como resultado do projeto, as crianças aprendemcom qualidade e desenvolvem capacidade paracriticar e transformar sua realidade. As principaisações da associação envolvem berçário, EducaçãoInfantil, Núcleo Socioeducativo e a participaçãode voluntários. O Indusval investiu R$ 72,0 milem 2005 e acompanha o andamento dasatividades mensalmente, por meio de reuniões e visitas aos núcleos.
O público-alvo do projeto de Olho no Futuro,apoiado pelo Banco Mercantil, são 300 crianças e jovens de 7 a 17 anos, da região de Buritis, em Belo Horizonte (MG). Também são parceirosa RM Sistemas, o América Futebol Clube, o Sesi,o Senac e o Centro de Futebol Zico. Desenvolvidahá quatro anos, a iniciativa beneficia os participantese suas famílias, o que em 2005 representouaproximadamente mil pessoas e proporcionou a colocação de 18 jovens em empregos formais.O projeto tem o objetivo de auxiliar na formaçãodo caráter, na profissionalização e no desenvolvimentofísico e emocional das crianças que vivem emsituação de risco social. Elas participam de atividadesde esporte, aulas de inglês, arte, informática,cursos profissionalizantes do Senac, coral e visitasa bibliotecas, além de receberem alimentação.Em 2005, o banco investiu R$ 100,0 mil nainiciativa, montante que totaliza R$ 350,0 mildesde o início das atividades. A iniciativa temcomo meta incrementar em 20% o número de jovens atendidos.
Os bancos Itaú e Nossa Caixa participaram daCampanha do Agasalho, sob a coordenação do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, em parceria com órgãos estatais,entidades de classe e sociedade civil, beneficiandomilhões de pessoas carentes de todo o Estado de São Paulo.
Relacionamento com os públicos interessados
73Febraban – Federação Brasileira de Bancos
No Itaú, mobilizaram-se cerca de 12 mil colaboradores,que em três semanas arrecadaram cerca de1.026 quilos de agasalhos. Adicionalmente, a instituição doou uma tonelada de cobertores.Para desenvolver a iniciativa, o Nossa Caixa contacom a participação de funcionários, contratados,familiares, jovens cidadãos, adolescentes aprendizes,clientes e usuários que colaboram por meio deunidades de negócios e administrativas de todo o Estado. Em 2005 foram arrecadadas mais de79 mil peças. São 170 mil peças desde o inícioda campanha, em 2002.
A assistência social é exercida principalmentepela Associação Banespiana de Assistência Social(Abas), fundada em 1982 por funcionários doSantander Banespa, que favorece organizaçõesnão-governamentais de assistência a crianças,adolescentes e pessoas portadoras de necessidadesespeciais em todo o Brasil. O banco apóia a Abasdando espaço físico e infra-estrutura. Para serematendidas, as entidades devem ser visitadas e apresentadas por funcionários do banco – há 15.277 cadastrados – e a Associação fazcampanhas para incentivar novos ingressos. Os colaboradores do banco contribuemmensalmente com recursos financeiros.
Só em 2005, ela beneficiou 579 instituições e 95.253 pessoas por meio do repasse de R$ 1,2 milhão. Desde 1982, o acumulado chega a R$ 31 milhões. A Abas tem como meta aumentar em 5% a quantidade de pessoasatendidas, para beneficiar 100.015 crianças,adolescentes ou pessoas com deficiência.
Doações e apoios pontuais
Como doações e apoios pontuais foram
destinados R$ 11,8 milhões em 2005, além
de recursos não-monetários, envolvendo campanhas,
mobilizações em situações adversas para destinação
de alimentos, móveis e roupas, para pessoas
em situação de pobreza ou risco social.
O ABN AMRO Real desenvolve o projeto Doações
Qualificadas, que tem como público-alvo escolas
públicas parceiras do Projeto Escola Brasil, programa
Amigo Real e outros projetos apoiados pela
instituição em todo o País. Por meio dele, o banco
busca qualificar os processos de suas doações de
recursos e serviços, definindo critérios, diretrizes
e/ou políticas que garantam o alinhamento com
o foco do investimento social.
74 Relatório Social 2005
O principal parceiro é a Microsoft, que concede
gratuitamente licenças do sistema operacional
Windows instalado nos computadores entregues
pelo banco a escolas públicas. Outra atividade
é a venda de cartuchos e tonners usados, com
o valor revertido para escolas públicas, e a doação
de móveis. Dez colaboradores do banco estão
envolvidos no projeto, que é monitorado por meio
de relatórios mensais e trimestrais. Um dos mais
expressivos resultados qualitativos obtidos foi
a criação de 57 salas de informática em escolas
públicas pelo País.
Com o projeto Natal Solidário, uma campanha
realizada pelo Programa Participação Cidadã,
de voluntariado, com o objetivo de sensibilizar
os funcionários e proporcionar uma oportunidade
de atuação solidária, a Fundação BankBoston
procurou em 2005 beneficiar uma comunidade
próxima à sede do banco, em São Paulo.
A campanha constou da arrecadação de tíquetes
e entrega de brinquedos e alimentos para 700
crianças e 400 famílias. Foram arrecadados
R$ 13,5 mil, sendo que o banco dobrou esse valor.
O Banco Bradesco colaborou com o povo do
Amazonas, vítima em 2005 de uma das maiores
estiagens já vividas na região. A instituição
contribuiu com R$ 500,0 mil na Ação Emergencial
da Frente de Atendimento dos Municípios,
desenvolvida pelo governo do Estado em parceria
com o governo federal e que aconteceu em duas
etapas. A primeira, emergencial, teve uma grande
mobilização de prefeituras, Defesa Civil Estadual,
Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil
Nacional, Exército, Aeronáutica e Marinha. Já a
segunda teve o objetivo de diminuir os danos da
seca, levando alimento, água potável e medicamentos
à população. Foram distribuídas 200 mil cestas
básicas, 30 toneladas de medicamentos
e construídos poços artesianos para a garantia
de água potável. Todas as 2.400 comunidades
rurais do Estado do Amazonas foram beneficiadas,
com 296 mil pessoas atendidas.
A Caixa Econômica Federal promoveu, nas
agências, campanhas de arrecadação de alimentos
para entidades sociais cadastradas no Programa
Fome Zero, para auxiliar municípios atingidos por
calamidades, famílias acampadas, comunidades
indígenas e entidades assistenciais reconhecidas
pelas prefeituras.
A rede de agências do HSBC fez doações no valor
de R$ 120,0 mil, em 2005, para 53 projetos
apresentados por organizações carentes que
atuam nas comunidades do entorno das instalações
do banco em todo o País. Foram atendidas
solicitações de até R$ 3,0 mil, em iniciativas
que melhoram o relacionamento do HSBC com
a comunidade próxima das agências.
O ING Bank apóia o projeto Meu Direito de
Crescer, que acolhe, abriga e atende de forma
integral 35 crianças e adolescentes em situação
de risco social e familiar, destinando R$ 5,0 mil
em 2005 e R$ 20,0 mil nos últimos cinco anos.
O JPMorgan desenvolve diversas campanhas
de arrecadação durante o ano. Com revistas
de cunho jornalístico, ajuda a informar e
atualizar jovens do Centro de Profissionalização
de Adolescentes Padre Bello; livros didáticos
ou paradidáticos complementam a biblioteca
do cursinho pré-vestibular do Cidade Escola
Aprendiz; agasalhos são doados no começo
do inverno para populações carentes por
intermédio do Movimento Pax; artigos para
animais são encaminhados para a Associação
Órion Saint Germain, auxiliando também
a divulgar o trabalho da entidade; e sacolinhas
de Natal colaboram com o presente para crianças
da favela de Valo Velho, em Itapecerica da Serra,
assim como produtos de higiene, que representam
a segunda maior carência da região. Essas
campanhas são organizadas por estagiários
voluntários e beneficiaram mais de mil pessoas
em 2005.
Relacionamento com os públicos interessados
75Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Banco Nossa Caixa faz doações pontuais à Casa de Apoio São Francisco de Assis – Recanto do Senhor, que
tem o objetivo de diagnosticar, tratar e prestar assistência a pessoas dependentes químicos, na cidade de
Araraquara, em São Paulo, beneficiando centenas de pessoas. Desde 2004, a instituição apóia a iniciativa, no sentido
de contribuir com abordagens biológica, psicológica e social. O investimento, em 2005, foi de R$ 15,0 mil,
quantia que dobra considerando-se dois anos de doações.
O Banco do Pará mantém a estrutura da Casa do Menino Jesus III, realizando o pagamento de água, luz
e telefone, e promove campanhas de arrecadação de brinquedos e alimentos. São beneficiadas crianças
com câncer atendidas e seus acompanhantes, oriundos de cidades do interior do Pará e do Maranhão.
Já o Unibanco promoveu uma campanha de auxílio às vítimas do tsunami no Sri Lanka, desastre ambiental
ocorrido no final de 2004. Ele foi responsável pela mobilização em torno de um projeto realizado pela ONG
Arte de Viver, contratada pela instituição para o acompanhamento das obras e prestação de contas para
os doadores dos recursos, que possibilitaram a construção de um orfanato que beneficia diretamente 200
crianças. Além disso, 150 mulheres que perderam suas famílias no desastre são contratadas para trabalhar
e moram na instituição. A iniciativa teve como parceiros os funcionários do banco, clientes, fornecedores –
que arrecadaram R$ 300,0 mil – e imprensa, que ajudou na divulgação. O Instituto Unibanco fez uma
doação inicial de R$ 100,0 mil e, depois, a organização depositava valores equivalentes aos doados pelos
funcionários. Mais de 2.500 colaboradores doaram recursos financeiros e outros 11 mil mobilizaram-se
para sensibilizar os clientes nas agências. No total, a arrecadação atingiu R$ 500,0 mil.
Infância e juventude
Erradicação do trabalho infantil
Iniciativas de erradicação do trabalho infantil receberam recursos de R$ 0,1 milhão em 2005. Elas incluem
atividades, programas ou projetos de sensibilização e mobilização das comunidades, produção de material
e fortalecimento de organizações que atuam no tema, entre outras.
A Fundação BankBoston iniciou o Projeto Russas, em 2000, com o desafio de erradicar o trabalho infantil
no município de Russas (CE). Por um ano, o projeto subsidiou a bolsa-escola de 300 crianças e adolescentes
que trabalhavam nas olarias locais. O recurso financeiro veio da destinação de parte do Imposto de Renda
de funcionários e do banco para o Fundo da Infância e Adolescência. Ao final do período, o município foi
inserido no Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (Peti) e o problema
foi eliminado. A partir daí, o projeto foi mantido com recursos do BankBoston, concentrando seu foco
na criação de renda para as famílias e em atividades profissionalizantes para os egressos do Peti. Foram
beneficiadas 420 crianças e adolescentes que trabalhavam nas olarias e suas famílias. O investimento do
banco em 2005 foi de R$ 100,0 mil, totalizando R$ 553,0 mil desde o início do projeto. Com o mesmo
desenho, foi iniciado em 2003 o Projeto Ribeirão das Neves, município mineiro que também apresentava
um quadro de exploração do trabalho infantil. A proposta é de fortalecimento do Peti, com a formação
dos educadores, incremento nas atividades culturais e de lazer, investimentos em infra-estrutura
e atendimento das famílias. O projeto já foi ampliado de 230 para 430 crianças.
O Peti – Laboratório de Informática, mantido em
Guaramiranga (PR), recebeu recursos de R$ 27,6
mil do HSBC para equipar com 15 microcomputadores
as instalações da unidade Boa Vista, destinados
ao ensino básico de informática aos beneficiários
do Programa de Erradicação de Trabalho Infantil.
Participam 60 crianças e adolescentes, que têm
aulas três vezes por semana.
Como contribuição para ações que discutem
a proteção dos direitos da criança e do adolescente,
o Santander Banespa patrocinou a impressão
de 15 mil exemplares do gibi “A Turma
da Mônica em: o Estatuto da Criança e do
Adolescente” para distribuição entre crianças
de escolas públicas de São Paulo. Também apoiou
evento em comemoração aos 15 anos da Fundação
Abrinq e a 6ª Conferência Nacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente, em Brasília.
Combate ao abuso e à exploração sexual
de crianças e adolescentes
Com patrocínio do HSBC, o Programa de Ação
Comunitária Total (Pacto) é desenvolvido em
Curitiba (PR) com o objetivo de reintegrar às
famílias mil jovens com menos de 18 anos. Busca
promover a cidadania da população infanto-juvenil
que vive em abrigos e enfrenta processos na
1ª Vara da Infância e Juventude. Para evitar que
os adolescentes fiquem em abrigos, os casos
são avaliados individualmente, identificando
as condições das famílias e a possibilidade
de retorno dos jovens. Para essa iniciativa,
o banco destinou R$ 18,0 mil em 2005.
O Banco Nossa Caixa apoiou a infra-estrutura
para a realização da VI Conferência Estadual
da Criança e do Adolescente, que buscou padronizar
as metodologias e os conceitos referentes ao
Estatuto da Criança e do Adolescente. O debate
do tema foi feito por meio de conferências, com
a participação de 1.800 representantes de centenas
de municípios (o banco apoiou na infra-estrutura
da conferência). Foram destinados R$ 15,0 mil.
76 Relatório Social 2005
Apoio a Fundos da Infância e Adolescência
Muitos bancos realizam campanhas para mobilizar seus funcionários e clientes pessoas físicas a destinarem
até 1% do Imposto de Renda (IR) devido aos Fundos da Infância e Adolescência de municípios em situação
crítica. Ao mesmo tempo, estimulam fornecedores e clientes pessoas jurídicas a direcionarem até 6%
do IR devido e difundirem essa prática entres os funcionários. Com o recurso, os conselhos – em âmbito
federal, estadual ou municipal – passam a ter condições de desenvolver projetos capazes de qualificar a vida
de milhares de jovens. Em 2005, foram informadas contribuições de R$ 6,7 milhões com recursos próprios
e R$ 62,6 milhões como destinação do Imposto de Renda, totalizando R$ 69,3 milhões.
O programa Amigo Real, desenvolvido desde 2002 pelo ABN AMRO Real, tem os funcionários da instituição
como principais parceiros. Anualmente, cerca de 150 são capacitados sobre cenário social e critérios de
avaliação de projetos, além de atuarem como multiplicadores e coordenadores de um Grupo Mobilizador,
composto por 1.350 funcionários. Os conselheiros municipais e os representantes das entidades executoras
participam de oficinas de capacitação. Em 2005, mais de mil empresas estiveram presentes em eventos
para compartilhar a experiência do Amigo Real em inspirar parceiros e clientes no apoio aos Fundos da
Infância e Adolescência. Em 2005, 11.054 funcionários (40% do quadro) participaram do programa, com
uma contribuição de R$ 1,8 milhão, enquanto 7.425 clientes e fornecedores destinaram R$ 1,1 milhão.
O banco investiu R$ 2,4 milhões em recursos próprios, além de R$ 1,1 milhão por meio de incentivo
fiscal. Nos quatro anos de existência do programa foram repassados R$ 8,5 milhões, apoiando cerca
de 86 projetos e mais de 50 Conselhos Municipais, com a soma das contribuições de funcionários, clientes,
fornecedores e do próprio banco. Em 2005 foram selecionados 40 projetos sociais em 40 cidades de 12
Estados, beneficiando mais de 10 mil crianças e adolescentes, para execução em 2006.
Por meio da campanha Imposto Criança, que existe desde 2001, o BankBoston estimula a contribuição
para Fundos da Infância e Adolescência, procurando envolver funcionários, clientes, organizações parceiras
da Fundação BankBoston, assim como todos que acessam o site do banco. Em 2005, o CD-Rom da
campanha foi reeditado e enviado para os clientes, com informações e instruções sobre como efetuar
a doação via abatimento no Imposto de Renda. O banco também recomenda projetos que apóia, que são
indicados por funcionários voluntários ou que tenham resultados reconhecidos. Em 2005, foram diretamente
beneficiados 15 projetos das cidades de Campinas, Pirapora do Bom Jesus e São Paulo (SP), Ribeirão das
Neves (MG) e Russas (CE). O banco também doou recursos para o projeto Comunicação para o Desenvolvimento:
Mídia, Infância e Adolescência no Semi-Árido Brasileiro, executado pela Rede ANDI Brasil. O investimento
em 2005 foi de R$ 17,0 mil com recursos próprios e R$ 625,0 mil por incentivo fiscal. Desde o início do
projeto, os valores somam, respectivamente, R$ 32,0 mil e R$ 3,8 milhões.
O Banco Bradesco doou R$ 350,0 mil ao Fundo Municipal para a Defesa da Criança e do Adolescente
de Campinas, em 2005. O valor foi dividido entre: Centro Promocional Tia Ileide, que mantém seis
unidades e atende cerca de 700 crianças e adolescentes com idade entre 4 e 18 anos e suas famílias;
Sociedade Feminina de Assistência à Infância Creche Bento Quirino, que oferece educação, alimentação,
saúde, recreação, lazer, cultura, esporte e conceitos de cidadania e higiene a 390 crianças de 2 a 11 anos
e seus familiares; Associação Pestalozzi – Projeto Gente Nova, que beneficia aproximadamente 130 crianças;
União Cristã Feminina, que cuida de 190 famílias e 270 crianças e adolescentes; Associação Beneficente
da Boa Amizade, que atende cerca de 170 crianças; e Associação Semear.
Iniciada em 2004, a parceria Caixa Econômica
Federal, Secretaria de Estado de Direitos Humanos
e Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Conanda) acontece nacionalmente
e tem o objetivo de apoiar a consolidação
das ações da Rede Nacional de Identificação
e Localização de Crianças e Adolescentes
Desaparecidos (RedeSap) e promover um esforço
coletivo e de alcance nacional para busca
e localização dos jovens. O banco promove
a campanha “Com sua ajuda esta saudade pode
ter fim”, com a distribuição de cartazes e fôlderes
com fotos de desaparecidos, divulgação, nos
terminais eletrônicos, de um número 0800 e do
site da RedeSap e divulgação do 1º Encontro
Rede Nacional de Identificação e Localização
de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.
O HSBC destinou R$ 500,0 mil à aquisição
de equipamentos para o Hospital da Criança
Santo Antônio, de Porto Alegre (RS), para oferecer
tecnologia de ponta a pacientes da rede pública
de saúde. O hospital atendeu 172 mil pessoas
em 2004.
Em 2005, o Banco Itaú deu início ao Itaú Solidário,
com ações desenvolvidas em quatro etapas:
mobilização e capacitação de Comitês de
Voluntários; análise de projetos sociais indicados
pelos Conselhos Municipais dos Direitos
da Criança e do Adolescente; mobilização
para a escolha do projeto e para a doação;
e acompanhamento da aplicação dos recursos.
Participaram da votação 7.306 funcionários,
e 2.765 fizeram doações, totalizando mais de
R$ 180,0 mil. Em seu primeiro ano, o Itaú
Solidário contemplou sete pólos, representados
por municípios com grande concentração de
agências: Belo Horizonte, Curitiba, Diadema,
Goiânia, Guarulhos, Manaus e Salvador. Foram
beneficiados oito projetos sociais cadastrados
nos Conselhos Municipais dos Direitos da
Criança e do Adolescente, que repassam
os recursos captados.
Relacionamento com os públicos interessados
77Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Banco Nossa Caixa apóia os projetos do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
(Condeca), em parceria com a Rede Social do Estado de São Paulo, para o atendimento social e educacional
de adolescentes em conflito com a lei, combate ao abuso e à exploração sexual e fortalecimento do sistema
de garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Nesse sentido, são desenvolvidas ações com ênfase em
famílias, crianças, jovens e idosos em situação de risco social. O banco direcionou ao Condeca R$ 6,9 milhões
nos últimos sete anos, sendo R$ 1,5 milhão em 2005. Os recursos ajudam a patrocinar ações específicas,
como os projetos Envolve, Expressão Comunitária, Mexa-se: Esporte Trazendo Qualidade de Vida e
Caminho de Volta.
O Santander Banespa tem a parceria da Fundação Abrinq para estabelecer os critérios de participação
e avaliação de projetos apresentados pelos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente
que podem receber auxílio financeiro. Em 2005, foram convidados a enviar projetos os municípios com os
menores resultados no Índice de Condições de Vida de Crianças e Jovens (ICV), formulado pela Fundação
Abrinq. Em 2005, foram beneficiados os municípios de Caçador (SC), Francisco Morato (SP), Palmas (PR),
Pereira Barreto (SP), Rio Claro (SP) e São Paulo (SP), além do Conselho Estadual de São Paulo.
Já o projeto Envolver é apoiado pelos bancos ABN AMRO Real, Nossa Caixa e Unibanco e pelas fundações
Bradesco e Itaú Social. Ele beneficia 48 municípios do Estado de São Paulo e tem como objetivo capacitar
educadores, mídia, conselhos tutelares, ONGs, poder público, entre outros órgãos e instituições que atuam
no Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. Cria, assim, melhores condições para
a oferta de proteção integral para os jovens e um cenário que permita seu crescimento e desenvolvimento
como pessoas e cidadãos. A meta é fazer com que a iniciativa chegue a todas as cidades de São Paulo até
o final de 2006. Entre as ações desenvolvidas no projeto estão a criação e a adoção de planos de ação
municipais e de capacitação dos atores envolvidos por meio de jornadas temáticas com dinâmicas expositivas
e oficinas de trabalho oferecidas aos operadores do sistema, para que possam aprimorar-se e qualificar
o atendimento aos jovens. A principal parceira da iniciativa é a Rede Social do Estado de São Paulo, que
faz a articulação e o acompanhamento do projeto.
Esporte
Para o apoio ou a manutenção de atividades esportivas e fomento ao esporte, os bancos destinaram
R$ 93,9 milhões em 2005.
O Circuito Banco Real de Corridas de Rua, que se iniciou em setembro de 2003, tem como público-alvo
homens e mulheres de 15 a 60 anos, das classes A e B, esportistas ou não, e pretende estimular a saúde
e a prática do esporte e contribuir para a qualidade de vida. Busca, ainda, reforçar entre os funcionários
do ABN AMRO Real os conceitos de engajamento, time, apoio, cooperação, superação, além de melhorar
a qualidade de vida e a integração. Outro benefício é a criação de empregos temporários locais para 2.700
pessoas. A iniciativa tem o apoio financeiro da Reebok, do McDonald’s e da Montervergine.
78 Relatório Social 2005
O Circuito atrai aproximadamente 28 mil participantes – dentre eles 2 mil funcionários – nas localidades
abrangidas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife). A meta é alcançar um público
de 40 mil pessoas por ano. Uma das ações é a criação da Equipe Real, grupo composto por atletas/caminhantes
funcionários do banco. Estimula-se também a inclusão de público com 60 anos ou mais, por meio de desconto
na inscrição e premiação para a categoria. O projeto é avaliado por meio de pesquisa de satisfação uma
semana após a realização do evento – a média obtida em 2005 foi nota 9 – e por meio da análise de
sugestões e reclamações recebidas pelo Serviço de Atendimento ao Cliente. O investimento total foi
de R$ 3,4 milhões, sendo R$ 2,3 milhões de recursos próprios. Desde 2003, o valor despendido chega
a R$ 5,0 milhões.
O Banco da Amazônia é parceiro do projeto Basquetebol em Cadeira de Roda, que favorece 70 atletas por
meio do Clube dos Deficientes Físicos do Pará. Desenvolvida desde 2002, a ação acontece em Belém e busca
formar profissionalmente atletas portadores de necessidades especiais para a prática da modalidade,
proporcionando, para isso, palestras, treinamentos e subsídios para a participação em campeonatos.
Em 2005, o banco investiu R$ 202,9 mil e desde 2002 o total aplicado foi de R$ 795,6 mil. Todo o investimento
foi feito com recursos próprios.
O Banrisul é parceiro da Federação Gaúcha de Karatê na realização do Programa Social Karatê, que tem
como público-alvo crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos, de famílias carentes de 31 núcleos de todo
o Estado. A divulgação do programa ocorre por meio de prefeituras, escolas da rede pública, associações
de bairros, igrejas e representantes de centros comunitários. Com a prática da modalidade, os objetivos
são estimular a organização pessoal, aumentar a flexibilidade, a coordenação motora e a saúde em geral,
contribuir para o equilíbrio mental, o desenvolvimento do respeito e o controle da agressividade e ampliar
a vitalidade e a disposição para o estudo e o trabalho. Esses benefícios já são percebidos nos 10 mil jovens
participantes do projeto, que em 2006 deve atingir o dobro de pessoas. Em 2005 foram investidos R$ 140,0 mil.
O Torneio Gol de Letra envolveu 22 empresas em disputas de futebol society, com o objetivo de arrecadar
fundos para os programas Virando o Jogo, Dois Toques e Formação de Agentes Comunitários, da Fundação
Gol de Letra, que beneficia 540 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e 590 jovens de 13 a 21 anos.
A Fundação BankBoston apoiou financeiramente o evento, com R$ 20,0 mil, e funcionários do banco
formaram um time e participaram do campeonato.
O Banco Bradesco desenvolve, em parceria com a Prefeitura de Osasco, o programa Finasa Esportes, que
proporciona a iniciação de meninas – a maioria proveniente de famílias carentes – na prática de vôlei e basquete.
Em 2005, destinou R$ 6,0 milhões para o programa, que reuniu 3,8 mil meninas em 73 núcleos – sendo
47 para a prática de vôlei e 26 para basquete – distribuídos em escolas públicas e particulares do município
beneficiado. O projeto preocupa-se com a educação das participantes, sendo a freqüência escolar fator
determinante para integrar a iniciativa, que abrange ainda trabalho de orientação sobre higiene, gravidez
precoce, estresse, drogas e questões da adolescência. As meninas são motivadas a estimular práticas de
convivência e cidadania, como, por exemplo, a participação em programas de conscientização sobre o uso
racional de água e energia e sobre a importância da reciclagem de materiais. A prefeitura de Osasco oferece
as quadras esportivas e os professores, enquanto o Bradesco fornece o material esportivo, além de alimentação.
O Finasa Osasco já obteve importantes conquistas, como o Heptacampeonato Paulista, o Tricampeonato
da Superliga Feminina de Vôlei, o Bicampeonato do Salonpas Cup, além de ser a primeira equipe brasileira
a conquistar o Top Vôlei Internacional, em 2004.
Relacionamento com os públicos interessados
79Febraban – Federação Brasileira de Bancos
A Caixa Econômica Federal é a patrocinadora
do Comitê Paraolímpico Brasileiro e da equipe
Paraolímpica Brasileira desde 2004, quando
possibilitou a ida dos atletas às Paraolimpíadas
de Atenas. O principal objetivo é garantir
a tranqüilidade necessária para que os esportistas
se preparem para competições realizadas em
todo o mundo. Uma das inovações proporcionadas
pelo apoio foi a criação, em 2005, de um circuito
nacional de competições, o Circuito Loterias
Caixa Brasil Paraolímpico. Realizado em seis
diferentes etapas – nos Estados de Minas Gerais,
Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro e São Paulo –, contou com a participação
de mais de 2.700 atletas. A Caixa também
patrocina 12 atletas de atletismo, natação
e judô. O apoio, em 2005, foi de R$ 3,4 milhões,
resultante de patrocínio esportivo direto. O valor
chega a R$ 4,4 milhões desde 2004 – R$ 34,0
milhões são resultantes da venda de apostas das
loterias federais (de 2001 a 2004 – Lei Agnelo
Piva). A Caixa firmou Termo de Compromisso
de patrocínio com o comitê até 2008.
A Copa Intercolegial Mercantil do Brasil acontece
há seis anos e envolve alunos de aulas particulares
e públicas de Belo Horizonte. Promovida pelo
Banco Mercantil, em 2005, recebeu investimento
de R$ 160,0 mil. A atividade favoreceu, no ano,
diretamente 1.610 atletas e 10 mil espectadores,
que praticam ou gostam de futebol society,
a modalidade apoiada no projeto. Em 2005,
o evento foi reconhecido pela Federação Brasileira
de Futebol Society como o maior torneio da
categoria entre escolas de todo o Brasil. No ano,
participaram 36 instituições e 118 equipes,
com a realização de 219 partidas.
O Banco Nossa Caixa realiza o Programa Nosso
Esporte, em parceria com a Secretaria de Estado
da Juventude, Esporte e Lazer e as Federações
Paulistas de Tênis de Mesa, Ciclismo, Judô
e Remo. Iniciado em 2004, atende atletas
federados, visando estimular todos os envolvidos,
desde categorias de base até de alto nível,
oferecendo melhores condições para treinamento
e competições nas referidas modalidades.
O banco é o apoiador oficial do projeto, com
investimentos de R$ 1,2 milhão em 2005, por
meio de recursos próprios. Desde o início da
ação, já aplicou R$ 2,8 milhões.
O Projeto Vôlei Banespa São Bernardo é apoiado
pelo Santander Banespa desde 1984 e atende
jovens de 15 a 19 anos. O objetivo é formar
atletas de alto nível para participarem nos
campeonatos e também integrarem as seleções
nacionais. A iniciativa é desenvolvida em São
Paulo e Grande ABC. Em 2005, foram beneficiados
45 atletas. No ano, uma inovação foi a realização
de pré-peneiras (seletivas) para alunos matriculados
em escolas públicas em conjunto com o Programa
da Família, da Secretaria de Educação do Estado
de São Paulo. Participaram 1.500 estudantes
e 40 foram selecionados para a grande final.
Já a tradicional peneira de novos talentos aconteceu
em dezembro, com a participação de 600
jovens de todo o Brasil e os 40 selecionados
nas pré-peneiras. Além de proporcionar
treinamentos e jogos aos jovens beneficiados,
o projeto também promove clínicas de vôlei
em escolas públicas e privadas, com o objetivo
de divulgar o projeto e a modalidade para alunos
e professores. São parceiras a prefeitura de São
Bernardo – que colabora com estrutura e finanças
– e a marca de material esportivo Rainha.
Saúde
Para atividades, programas ou projetos de atenção
à saúde da população, os bancos informaram
investimento de R$ 4,9 milhões. Os recursos
próprios representaram R$ 3,9 milhões do total
destinado às iniciativas. As ações incluem
participação em campanhas de prevenção;
atenção a pessoas ou grupos com doenças como
câncer, HIV/Aids e hanseníase; atividades
comunitárias de promoção da saúde e prevenção
de doenças; além de apoio, construção e/ou
manutenção de espaços de atenção à saúde
da população.
80 Relatório Social 2005
O Banco da Amazônia apoiou a Campanha McDia
Feliz, realizada em agosto, em Belém do Pará.
O objetivo foi angariar fundos para adquirir
equipamentos para o setor de oncologia
pediátrica do Hospital Ophir Loyola, ação que
beneficiou aproximadamente 200 crianças
portadoras de câncer internadas na instituição.
A atividade consistiu na arrecadação de brindes
(como camisetas e sacolas) para serem revertidos
em espécie, sendo que o banco patrocinou mil
camisas da campanha. A iniciativa envolveu,
ainda, esclarecimentos sobre a prevenção de
câncer. O total destinado à ação foi de R$ 9,0 mil.
O Fitness Banrisul – Vivendo Com Saúde foi criado
há seis anos e inicialmente direcionado a
colaboradores e seus familiares e a estagiários,
enfatizando a importância da adoção de técnicas
que auxiliem na prevenção e na redução do estresse.
Hoje, a iniciativa atinge também comunidades
locais. No ano, 6.230 pessoas participaram das
atividades, que incluem, em média, 35 oficinas
de modalidades como danças, atividades esportivas,
terapias alternativas, yoga, shiatsu, caminhada
orientada, rappel, esgrima, avaliação física
e postural e atividades práticas direcionadas
ao público infantil, conduzidas por uma equipe
de ginástica laboral, sob a coordenação
de 60 profissionais.
Para despertar a atenção dos funcionários
do BankBoston para a realidade que atinge
crianças e adolescentes em todo o Brasil
e contribuir para o aumento do índice de cura
do câncer infanto-juvenil, o banco apóia há sete
anos a realização do McDia Feliz. Em 2005,
com a participação de voluntários do Comitê
de Hospitais, do Programa Participação Cidadã,
foi feita a venda de 200 camisetas do Grupo
de Apoio ao Adolescente e à Criança com
Câncer (GRAACC) e 1.400 tíquetes, totalizando
a contribuição de R$ 8,3 mil, além de promovida
uma visita de funcionários e voluntários
ao GRAACC.
Foram ainda apoiadas financeiramente quatro
instituições indicadas pelo Instituto Ronald
McDonald: Núcleo de Apoio à Criança com
Câncer (NACC), de Recife; Universidade Federal
de Uberlândia – Setor de Oncologia; Associação
dos Amigos da Criança com Câncer (AACC-MS),
de Campo Grande; e Grupo de Apoio à Criança
com Câncer (GACC-AM), de Manaus, além
do GRAACC, de São Paulo.
O Banco Bradesco patrocina o concurso A Saúde
Bucal, desenvolvido em parceria com o Conselho
Regional de Odontologia e a Secretaria de Estado
da Educação, ambos de São Paulo. O objetivo
é proporcionar aos alunos do Ensino Fundamental
da rede estadual a oportunidade de realizar
atividades para a promoção e a manutenção
da saúde bucal. Quer, ainda, destacar o assunto
como tema pedagógico, valorizar os programas
de saúde desenvolvidos pelos professores
e subsidiar a atuação do cirurgião-dentista como
profissional e parceiro na escola. O concurso
premia, com dinheiro, os alunos que conquistam
os três primeiros lugares em quatro categorias.
O Bradesco doa recursos que se destinam
à premiação e à confecção de material de apoio.
Em 2005, o número de participantes do concurso
foi superior a 3 mil e o investimento totalizou
R$ 300,0 mil. Desde 2003, o banco já destinou
mais de R$ 1,0 milhão.
Para manter e fortalecer o vínculo família/criança
durante todo o período de internação hospitalar,
visando à alta mais rápida do paciente, desde
1982 o HSBC apóia o projeto Família Participativa
Módulo II – Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba
(PR), que tem a Volvo como principal parceira.
Foram adequados espaços físicos para descanso,
higiene e treinamento dos acompanhantes das
crianças, que recebem treinamento sobre os
procedimentos hospitalares. Nesse trabalho,
o banco conta com a participação de funcionários
voluntários e do setor de Educação e Cultura, para
transformar a hospitalização em um momento
de inclusão.
Os principais resultados obtidos são o reforço do
vínculo familiar, a democratização de informações
em saúde para a comunidade e sua mobilização
em torno da causa da saúde infanto-juvenil.
Apenas para essa iniciativa foram destinados
R$ 236,0 mil em 2005.
Uma campanha de captação de novos doadores
de medula óssea envolveu colaboradores do
Banco Itaú, em uma ação desenvolvida em
parceria com a Associação da Medula Óssea
(Ameo). A iniciativa foi divulgada para todas
as regiões do Brasil, com o objetivo de disseminar
informações sobre a importância da doação para
elevar as chances de sobrevivência de pessoas que
necessitam de transplante de medula óssea. O tema
também foi abordado durante uma palestra, em
São Paulo, do médico Dráuzio Varela. Nos prédios
administrativos, em São Paulo, foram montados
postos de coleta de sangue e 3.100 colaboradores
doaram uma amostra para integrar o Registro
Nacional de Doadores de Medula (Redome).
O investimento do banco foi de R$ 25,0 mil,
com a divulgação da campanha e os materiais
utilizados na coleta.
O Banco Nossa Caixa, por sua vez, apóia
o Programa Ação pela Saúde, que tem como
objetivo atender pessoas carentes de todas
as regiões dos clubes Rotary, para avaliação
e prevenção do câncer bucal, de pele,
ginecológico e de mama. O projeto promove
também, entre outras ações, a realização de
milhares de exames para identificação de catarata.
Em 2005, o investimento do banco foi de R$ 20,0
mil, com um acumulado de R$ 75 mil desde
o início da participação, em 2004.
O Santander Banespa financia e acompanha
os resultados do Projeto Brincar é Coisa Séria,
existente desde 2002, em parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde e o Comitê Betinho de
Funcionários do Banco. O projeto visa à instalação
de brinquedotecas em postos e unidades básicas
de saúde e tem como objetivo criar um clima
que contribua para a recuperação das crianças
e transformar o ambiente hospitalar num local
mais acolhedor.
Relacionamento com os públicos interessados
81Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Até agora, foram inauguradas 38 brinquedotecas.
Em cada uma delas passam, em média, 300 pessoas
por mês. O banco auxilia também na manutenção
das brinquedotecas e na renovação do acervo de
livros e brinquedos.
Terceira idade
A valorização das pessoas de terceira idade,
como forma de assegurar sua inclusão social
e melhoria da qualidade de vida, incentiva
o apoio a projetos e programas que representaram
investimentos de R$ 10,7 milhões em 2005.
O ABN AMRO Real mantém, desde 1999,
o Concurso Banco Real Talentos da Maturidade,
que dá ao público sênior a oportunidade de mostrar
sua capacidade criadora, além de contribuir para
a discussão sobre a inclusão social das pessoas
da terceira idade e quebrar preconceitos
e estereótipos com relação à velhice. Em sete
concursos, foram mais de 100 mil trabalhos
inscritos, sendo que, anualmente, o número de
participantes cresce, em média, 10%.
Em 2005, foram registradas, nas seis categorias,
20.109 inscrições de idosos e públicos que estudam
ou trabalham temas relacionados à terceira idade.
O investimento no ano foi de R$ 9,5 milhões,
com recursos próprios. Desde o início da iniciativa,
o valor é de R$ 45,5 milhões.
O projeto Potencialização e Valorização do Saber
do Idoso teve início em junho de 2005 e recebeu
investimento de R$ 18,0 mil do Banco da Amazônia,
recurso que beneficiou, até dezembro, 475 pessoas
da terceira idade da instituição Maria Filomena,
de Belém (PA). Por meio de cursos, palestras e da
formação de grupos de teatro, os envolvidos
ampliam seus conhecimentos científicos. A meta
do projeto, que também busca a promoção
da valorização do idoso, é capacitar 950 idosos.
A Caixa Econômica Federal realizou, em 2005,
a primeira edição da Campanha do Idoso, que
beneficiou 700 pessoas da terceira idade de seis
instituições do Distrito Federal, por meio da
arrecadação de material de higiene pessoal
e de limpeza para os asilos públicos. A Caixa
mobilizou seus funcionários na coleta de donativos,
e desenvolveu a iniciativa em parceria com o
Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela
Vida (Coep/DF). Também são parceiras a Fenae,
a Caixa Seguros e a ONG Moradia e Cidadania.
Já o Banco Nossa Caixa apóia os Jogos Regionais
e Estaduais do Idoso (Jori-JEI), promovidos pelo
Fundo Social de Solidariedade do Estado de
São Paulo, em parceria com a Secretaria Estadual
da Juventude, Esporte e Lazer. Para o banco,
a terceira idade é tempo de aprender, fazer
amigos, exercitar, viajar, cantar, dançar. Por isso,
preocupa-se em contribuir para a integração
do idoso na sociedade, por meio do apoio
às atividades físicas esportivas. Os jogos
contemplam 11 modalidades e atingem
milhares de atletas. Em 2005, foram investidos
R$ 72,0 mil, valor que chega a R$ 465,0 mil
desde 1996.
Desde 2003, o Santander Banespa é parceiro
do projeto História da Gente, que tem como
público-alvo crianças de escolas públicas e idosos
atendidos por instituições de Ribeirão Preto (SP).
Os principais objetivos são valorizar o público
da terceira idade e destacar entre as crianças
a importância do hábito da leitura e de
conhecerem, respeitarem e participarem,
como indivíduos e cidadãos, da construção
da história da comunidade na qual vivem.
82 Relatório Social 2005
O projeto contempla atividades como oficinas
de contadores de histórias, dinâmicas corporais
e técnicas de interpretação com os idosos;
workshops para professores para que abordem
a literatura infantil em sala de aula e a importância
da história oral como ferramenta de resgate de
memórias e acontecimentos; sessões de contadores
de histórias nas escolas, com os participantes
da terceira idade; e o Dia de Produção Literária
e Artística, em que textos e desenhos de
estudantes integraram a coletânea Histórias
da Gente. Mais de mil pessoas participaram
das ações.
Valorização da diversidade
A inclusão social e econômica de pessoas
de grupos discriminados e em situação
de vulnerabilidade ou desvantagem social em
razão de raça/cor, deficiência, gênero, orientação
sexual e idade motiva o apoio a iniciativas
de valorização da diversidade. Projetos,
programas e campanhas que buscam combater
todas as formas de discriminação e dar suporte
a ações afirmativas receberam recursos de
R$ 1,7 milhão em 2005, sendo R$ 1,6 milhão
com recursos próprios.
Desde 2004, o ABN AMRO Real já investiu
R$ 490,0 mil – R$ 170,0 mil em 2005 – no
projeto Doação do Programa Virtual Vision,
que tem como parceiro a Micropower, empresa
fornecedora do software que beneficia pessoas
com deficiência visual. O Virtual Vision é um
leitor de telas que permite acessar o computador,
navegar na Internet e realizar operações no Real
Internet Banking. O objetivo estipulado pelo
banco foi dar oportunidade para mil deficientes
visuais de utilizarem o programa. Nesse sentido,
realizou campanha de mobilização interna para
a divulgação da ação entre clientes e familiares.
Todas as agências são responsáveis por atender
o cliente portador de deficiência visual, solicitar
e entregar o programa.
Desenvolvido em Manaus (AM), o projeto Escola de Pintura Ye’pa beneficia cerca de 300 índios, de diversas
etnias, por meio do Instituto Dirson Costa. A idéia é integrar esse público, por meio da promoção da troca
de saber entre os participantes e a sociedade. Outro objetivo é promover a inserção social dos índios, criando
condições para que sejam cidadãos economicamente ativos e participem da vida da comunidade. Para isso,
são ministrados palestras e cursos de capacitação, como de artes plásticas, por exemplo. Em 2005, o Banco
da Amazônia investiu R$ 80,0 mil no projeto. Desde 2003, quando foi criado, a instituição já destinou
R$ 126,5 mil para seu desenvolvimento.
O Projeto Geração XXI, desenvolvido pelo BankBoston, é a primeira ação afirmativa para jovens negros
no Brasil. Ele proporciona e acompanha o desenvolvimento escolar de 21 jovens até a conclusão da
universidade, oferecendo acesso a novas linguagens, línguas estrangeiras e tecnologia, por meio de
programas de complementação escolar, comunicação, cidadania e cultura. Com seis anos, a iniciativa
já possibilitou que todos os participantes chegassem ao Ensino Superior, sendo que a maior parte já está
no mercado de trabalho. O projeto também mobiliza os mais de 100 familiares dos jovens, que recebem
o apoio do Família XXI, um subprojeto que visa desenvolver a capacidade empreendedora e aumentar a
renda. Na iniciativa, o banco investiu R$ 821,0 mil em 2005, valor que totaliza R$ 4,2 milhões desde 1999.
O Banco Bradesco foi o principal patrocinador da quarta edição dos Jogos Pan-Americanos da International
Blind Sports Federation – Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) –, realizada em setembro
de 2005, em São Paulo. Organizada pela Associação Brasileira de Desportos para Cegos (ABDC) e com
reconhecimento internacional, a competição reuniu atletas de mais de 20 países em modalidades como
atletismo, natação, judô, xadrez, futebol e goalball, esporte específico para deficientes visuais. Para a realização
dos jogos, o Bradesco destinou recursos incentivados de R$ 126,0 mil.
Sensibilizar adolescentes para respeitarem as diversidades de valores e comportamentos é o objetivo do
projeto Vila Mar, que, com o apoio do HSBC, atende 300 jovens em Grande Serviluz (CE). Promove ações
educativas que visem apontar mitos, preconceitos e tabus sociais, estimula um processo de conhecimento
que contemple aspectos psicoafetivos, biológicos e socioculturais, educação sexual e preventiva das DSTs
e uso de drogas. O banco destinou R$ 70,0 mil ao projeto em 2005.
Em 2005, o Banco Nossa Caixa passou a apoiar o Centro de Promoção da Inclusão Digital, Educacional
e Social (CPIDES), que beneficia pessoas portadoras de necessidades especiais, alunos de escolas públicas,
crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, professores de escolas públicas e instituições
especializadas, como Apae, Lumem e Associação de Cegos. Localizado em Presidente Prudente (SP),
o centro desenvolve uma metodologia que faz uso do computador para criar e despertar potencialidades
e habilidades dos alunos, adotando como estratégia a simulação do desenvolvimento de projetos. Cinco
funcionários do banco estão envolvidos na iniciativa, e o total investido em 2005 foi de R$ 198,0 mil.
O projeto Capacitação Cidadã de Jovens com Deficiência Mental, que tem o apoio do Unibanco, busca
proporcionar orientação vocacional, acesso ao emprego apoiado e a educação de jovens e adultos,
tornando-os capazes de fazer uma leitura do mundo atual e escolhas adequadas, que possibilitem sua
autonomia, seu crescimento pessoal e profissional, e o desenvolvimento de seu projeto de vida. Várias
empresas são parceiras da iniciativa, assumindo a responsabilidade de contratação desses jovens. No ano,
o Unibanco destinou R$ 65,9 mil ao projeto, que beneficiou 43 jovens. A meta é atender 46 jovens
em 2006 e 50 em 2007.
Relacionamento com os públicos interessados
83Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Dia Nacional da Consciência Negra, realizado
pela Afrobras, teve o apoio dos bancos Nossa
Caixa e Santander Banespa. Em 12 categorias,
foram premiados os negros mais destacados no
Brasil em 2005, com o objetivo de reconhecer
os mais importantes representantes dos negros
nas áreas de artes e de esportes e homenagear
personalidades que tenham contribuído para
a valorização dos afro-descendentes. Os vencedores
foram escolhidos pela Internet, por voto popular.
Programas ou projetos de voluntariado
Projetos pontuais ou programas permanentes de
voluntariado envolveram recursos de R$ 1,5 milhão
em 2005 (R$ 1,3 milhão próprios). O objetivo é
apoiar ações realizadas pelos colaboradores dos
bancos em benefício de grupos ou causas sociais.
O programa Participação Cidadã é desenvolvido
nos 13 Estados em que estão as agências do
BankBoston. Criado em 1999, tem o objetivo
de difundir um novo conceito de participação
solidária e capacitar os funcionários que querem
atuar como voluntários. O Portal do Voluntário
BKB, lançado em 2003, é uma importante
ferramenta de comunicação do programa,
divulgando também as possibilidades de
participação qualificada nos projetos apoiados
pela Fundação BankBoston. Desde 2004,
a tecnologia volunteer to volunteer permite
formar uma rede social que reúne voluntários
de acordo com afinidades e disposição para
atuar, sem qualquer tipo de intermediação.
Em 2005, 31% dos funcionários estavam
envolvidos no Participação Cidadã. Os investimentos
na iniciativa foram de R$ 173,6 mil, totalizando
R$ 847,0 mil desde seu início.
A Fundação Bradesco incentiva e apóia
a participação em atividades voluntárias de seus
funcionários, alunos, comunidades, empregados
da Organização Bradesco, colaboradores e parceiros.
Em 2005, o 3º Dia Nacional de Ação Voluntária,
realizado nas 40 unidades escolares da instituição,
e em 50 pontos de atendimentos, promoveu
mais de 650 atividades, que envolveram 11 mil
voluntários e proporcionaram 700 mil atendimentos.
O programa inclui ações nas áreas de arte (shows
e apresentações), cidadania (como arrecadação
de alimentos, roupas, medicamentos, emissão de
documentos e casamento comunitário), educação
(atividades de leitura, palestras, oficinas), esporte
e lazer, saúde e bem-estar (consultas médicas
e exames clínicos), segurança e tecnologia.
O Programa Voluntariado Banco do Brasil
tem como objetivo fomentar a cultura
do voluntariado e promover atividades que
contribuam para a melhoria da qualidade de vida
das comunidades carentes e entidades sem fins
lucrativos. No final de 2005, o programa contava
com mais de 16 mil voluntários cadastrados,
cujo destaque é o curso auto-instrucional
e o site Voluntariado, na intranet. Hoje, inúmeros
funcionários do banco participam de comitês
de cidadania nas mais diversas regiões do País,
proporcionam às comunidades ações de resgate
da cidadania e transferem mecanismos
de criação de emprego e renda.
O Programa de Voluntariado Caixa – Nós Podemos!
tem como objetivo contribuir para a melhoria
da qualidade de vida da sociedade brasileira por
meio da participação voluntária dos dirigentes
e empregados da Caixa Econômica Federal.
Um dos objetivos é promover a informação,
a conscientização e a mobilização dos colaboradores
para o exercício da cidadania de forma alinhada
às Oito Metas de Desenvolvimento do Milênio,
definidas pela ONU.
84 Relatório Social 2005
Assim, estão em andamento seis projetos, que
serão reavaliados até março de 2006 – Coleta
Seletiva de Lixo, Alfabetização de Jovens e Adultos,
Solidários contra o Câncer Infanto-Juvenil,
Adolescente Aprendiz, Comunidades de
Recicladores de Lixo – e apoio à atuação e à
melhoria do desempenho gerencial e operacional
de santas casas e hospitais beneficentes.
A Associação CitiEsperança é uma organização
totalmente independente do Citigroup e sem fins
lucrativos, gerida por seus associados (funcionários
e ex-funcionários do Citigroup), que busca promover
o fortalecimento da solidariedade e cidadania
por meio da ajuda às comunidades carentes.
Com foco em projetos para a educação de crianças
e adolescentes, também apóia e incentiva
a participação dos funcionários em atividades
voluntárias. Desde a criação do projeto, em
1997, a CitiEsperança já beneficiou cerca de
10 mil pessoas, assistiu mais de 200 entidades
e financiou mais de 25 projetos sociais. Em 2005,
os recursos repassados superaram R$ 1,0 milhão.
Desde dezembro de 2000, o HSBC mantém
o programa Responsabilidade Social Individual,
para envolver os colaboradores do banco e seus
familiares na divulgação dos Objetivos do Milênio –
uma iniciativa da Secretaria Geral da Organização
das Nações Unidas para o desenvolvimento social.
Além de campanhas (Páscoa, agasalho, Natal,
Dia dos Voluntários, entre outras), o trabalho
envolveu atividades de capacitação de voluntários,
seleção de projetos de responsabilidade social
individual inspirados nos Oito Jeitos de Mudar
o Mundo e criação do Portal dos Voluntários HSBC.
Cadastraram-se no programa 2 mil funcionários.
O Programa Itaú Voluntário – iniciativa da Fundação
Itaú Social em parceria com a área de Recursos
Humanos do Banco Itaú – existe desde 2003
e em 2005 manteve seu crescimento, atingindo
toda a Grande São Paulo. Além de apoiar a atuação
voluntária individual e em equipes, um de seus
diferenciais encontra-se na abertura dos próprios
programas da Fundação Itaú Social para participação
dos funcionários do banco, no estabelecimento
de parcerias técnicas para criar oportunidades de
atuação e na interatividade entre os voluntários,
por meio do Portal Itaú Voluntário. Em 2005,
o número de funcionários que se cadastraram no
programa cresceu 114% (total de 1.534 pessoas,
em novembro) e a quantidade de colaboradores
efetivamente engajados em ações sociais evoluiu
163% (para 469 voluntários).
O programa Juntos Podemos Mudar integra
funcionários do JPMorgan na organização
de projetos voluntários e na colaboração com
entidades que ficam próximas ao banco.
Os funcionários escolhem as ONGs beneficiadas,
inscrevem-se para participar dos eventos
e organizam a pré-ação e a ação voluntária
em si. A verba para a execução dos eventos
é arrecadada com a venda de brindes de cunho
social, bazar solidário, venda de doces dentro
do escritório e doações. Foram realizadas cinco
ações, em cada final de semana do mês
de outubro, com o envolvimento de 115 funcionários
e a participação de 40 familiares e amigos.
O Banco Nossa Caixa realiza programa de
voluntariado desde 2002, em parceria com
a Unidade de Internação Provisória da Febem
do Brás, na zona central de São Paulo.
Os voluntários realizam atividades para
o desenvolvimento dos jovens de 14 a 18 anos,
principalmente com palestras quinzenais sobre
prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis/Aids e orientação profissional.
Há ainda dinâmicas de grupo com psicólogos
do banco e apresentações do Coral Nossa Voz –
Nossa Caixa, integrado por funcionários
da instituição, em conjunto com os internos.
Desde seu início, 4 mil jovens participaram
do programa.
Em 2005, foi realizada a terceira edição do Prêmio
Voluntário do Ano do Santander Banespa, evento
que acontece no Dia Internacional do Voluntário
(5 de dezembro), durante a celebração de um
culto de Ação de Graças do Santander Banespa.
O prêmio tem por objetivo estimular os
colaboradores do banco a desenvolverem um
trabalho voluntário e reconhecer aqueles que
o fazem. Os premiados são avaliados por cinco
ONGs parceiras (Centro de Voluntariado de
São Paulo, Fundação Abrinq, GRAACC, Tertio
Millennio e Voluntários em Ação) e recebem
como reconhecimento um troféu e uma doação
para a entidade em que atuam. A cerimônia
de 2005 contou com a participação de líderes
religiosos, como o Padre Marcelo e o rabino
Henry Sobel, entre outros. Desde sua criação,
o prêmio já contemplou 18 voluntários.
O Programa de Voluntariado Instituto Unibanco
teve início em 2005, com o objetivo de motivar
os 27 mil funcionários do banco em todo o Brasil
a atuarem como voluntários em uma das seguintes
frentes: Educacional (projetos educacionais
apoiados pelo Instituto Unibanco); Apoio Financeiro
(doação de recursos para entidades indicadas
e acompanhadas pelo Instituto Unibanco, além
de incentivo à doação de 1% do Imposto de
Renda devido); SuperAção Social (gincana social
que mobiliza o Conglomerado Unibanco para
atuação em entidades durante dois meses
do ano); e Painel do Voluntariado (ferramenta
para fortalecer a interação entre os voluntários,
permitindo a formação de uma rede social
de voluntários por afinidade). Com o programa,
pretende-se beneficiar as 300 entidades
cadastradas, o que significa atender
diretamente 15 mil pessoas.
Relacionamento com os públicos interessados
85Febraban – Federação Brasileira de Bancos
86 Relatório Social 2005
Outras categorias de projetos sociais
Para outras iniciativas de desenvolvimento social,
os bancos destinaram recursos de R$ 42,3 milhões
em 2005.
O Projeto Cururu – Aprimoramento Musical de
Crianças teve início em abril de 2005, em Belém
do Pará, e pretende promover a inclusão social
e a educação musical direcionada à formação
integral do indivíduo. O Banco da Amazônia
investiu R$ 41,9 mil no projeto, até o final
do ano. A paróquia de Santo Antônio de Lisboa
é beneficiada pela atividade, que cumpriu
sua meta de atender 100 crianças no ano.
Os participantes são moradores de bairros da
periferia de Belém (PA), que vivem em situação
de risco. Eles realizam ensaios de canto coral,
freqüentam aulas de instrumentos musicais
e assistem a palestras sobre formação
de músicos, entre outras atividades.
O Banco Itaú, por meio da Área de Crédito
e Consultoria Econômica, contribui para o
desenvolvimento da iniciativa Avaliação Econômica
de Projetos Sociais, conduzida pela Fundação Itaú
Social. O objetivo é oferecer aos gestores de projetos
sociais instrumentos para avaliação econômica
das iniciativas, com a participação em um curso
que aborda desde a elaboração até a verificação
do impacto e do retorno econômico nas
comunidades afetadas. Realizado a cada semestre,
o curso já beneficiou 53 pessoas de 49 instituições.
Outras 200 foram favorecidas por meio do
Seminário de Avaliação Econômica de Projetos
Sociais, que acontece anualmente.
Em colaboração com a Ashoka Empreendedores
Sociais, o JPMorgan apóia projetos de
empreendedorismo, com foco em iniciativas
inovadoras para a juventude, além de publicações
com exemplos de organizações que atuam com
os sete princípios da Iniciativa de Aprendizagem
Inovadora. Exemplos são o projeto Estrelas do
Mar, de protagonismo juvenil em comunidade
de pescadores de Florianópolis; metodologia
de empoderamento social juvenil; movimento
de adolescentes do Brasil contra o racismo;
e educação em direito que visa transferir
ao jovem conhecimentos específicos de diversas
áreas jurídicas.
Relacionamento com os públicos interessados
87Febraban – Federação Brasileira de Bancos
O Banco Nossa Caixa apoiou a realização do 1º Prêmio de Responsabilidade Social do Alto Tietê, que reconhece
as melhores práticas de responsabilidade social empresarial daquela região. O objetivo é estimular e difundir
os exemplos de empresas que consideram, respeitam, promovem e demonstram, por meio de suas práticas
e ações empresariais, a consciência do dever da responsabilidade socioambiental. Com um investimento de
R$ 25,0 mil no projeto, foram premiadas dez empresas.
Lançado em novembro de 2004, durante o I Encontro de Reitores Universia Brasil, os Prêmios Santander
Banespa de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação tem como objetivo incentivar a pesquisa científica
e a atitude empreendedora de universitários, pós-universitários e recém-doutores das instituições parceiras
da iniciativa. Em 2005, foram 897 inscrições, de alunos e professores de 166 universidades, de 244 cidades
de todo o País. Os prêmios fazem parte de um programa do Santander Banespa de apoio à educação,
para o qual serão destinados US$ 44,0 milhões, no Brasil, entre 2005 e 2007. A segunda edição dos
prêmios será em 2006.
Em 2005, o Unibanco deu início ao projeto Das Ruas para as Empresas. Foram beneficiados 50 jovens que
trabalham como camelôs no centro da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo da iniciativa é afastá-los das
ruas e contribuir para sua colocação no mercado formal de trabalho, oferecer um programa de qualificação
profissional, com duração de cinco meses, e articular a co-responsabilidade de empresas públicas e/ou privadas
com o poder público municipal, para garantir a empregabilidade dos jovens e estimular que voltem à escola.
Entre as atividades desenvolvidas no ano destacam-se a realização do módulo básico de ensino, que inclui
disciplinas como Informática, Mundo do Trabalho, Redação, Direitos Humanos, Cidadania, Marketing Pessoal,
Etiqueta Social e Teatro. Também aconteceu o módulo específico, com a oferta de um curso de Serviços
Administrativos e uma oficina sobre o Novo Mercado de Trabalho. Como resultado, 86% dos participantes
foram encaminhados para o mercado de trabalho formal.
Meio ambiente
90 Relatório Social 2005
Meio ambiente
O setor bancário realiza esforços constantes para
atuar de maneira ambientalmente responsável.
Para isso, entende que deve gerenciar suas
atividades de maneira a identificar os impactos
sobre o meio ambiente, aperfeiçoar-se na busca
pela redução de fatores que são negativos
e amplificar os positivos, dando atenção às ações
próprias potencialmente agressivas, além
de disseminar para outros setores suas práticas
e seus conhecimentos provenientes da experiência
da gestão ambiental.
Os investimentos em programas e projetos de
melhoria ambiental totalizaram R$ 27,3 milhões
em 2005, de acordo com informações relacionadas
por 25% dos bancos. Para projetos internos,
relacionados com a atividade da instituição, foram
destinados R$ 14,9 milhões e para iniciativas
externas, como programas de educação ambiental,
os recursos somaram R$ 13,8 milhões.
Gestão
Os bancos obtiveram em 2005 grandes avanços
na introdução e condução de políticas ambientais,
com 10,0% realizando auditorias socioambientais
em suas dependências ou nas de seus clientes.
Em relação a 2004, passou de 6,1% para 20,0%
o percentual de instituições que declararam
possuir sistemas de gestão com planos de
objetivos e metas, alocação de recursos, preparação
de empregados e auditoria. Para 36,6%, é prática
comum a manutenção de funcionários especializados
em riscos e oportunidades ambientais.
Ainda 22,0% contribuem para a preservação
da biodiversidade por meio de projetos
de conservação de áreas protegidas ou programas
de proteção a animais ameaçados.
Crédito
As rotinas que envolvem a concessão do crédito
em 40,0% dos bancos já passam pelo crivo
socioambiental, com 20,0% realizando treinamento
constante das pessoas envolvidas nessa área.
Essas ações visam identificar o destino dos recursos,
para que sejam utilizados em consonância com
políticas previamente estabelecidas pelos bancos.
Há casos pontuais da recusa de financiamentos
cuja aplicação não respeite o desenvolvimento
sustentável, como em empreendimentos em
que tenha sido comprovada a utilização de
mão-de-obra escrava ou infantil; que praticam
exploração predadora de espécies florestais
e fauna silvestre; que não cumprem obrigações
trabalhistas; ou de empreendimentos do setor
de mineração que incorporem processo de lavra
rudimentar ou garimpo.
Um quarto das instituições fornece linhas
de crédito para o desenvolvimento de projetos
que visam reparar algum dano ou melhorar
a situação ambiental, como reflorestamento
e limpeza de solo contaminado. Outras 29,3%
destinam recursos para projetos de grande
relevância e destinados a prevenir ou minimizar
o impacto ambiental, como a captação
de energia solar e o desenvolvimento
de automóveis elétricos.
Fornecedores
As mensagens de conscientização em relação
às práticas socioambientais também são destinadas
aos fornecedores das instituições. Mais da metade
(55,0%) revelou a preocupação constante com
a aquisição de materiais de consumo interno,
dando especial atenção para produtos como
papel reciclado e madeira certificada. Nesse
sentido, 25,0% estabelecem diálogo constante
com os fornecedores para que eles também
se preocupem com os impactos causados por
seus produtos e serviços e melhorem seus
processos de gestão.
Produtos e serviços
Produtos e serviços que levam em consideração
aspectos ambientais integram o portfólio
de 20,0% dos bancos. Há uma diversidade
de produtos, como aqueles que financiam
tecnologias limpas (geração de energia solar
e hidráulica, produção de biodiesel, substituição
de combustível líquido por gás para automóveis)
ou destinam parte da receita para projetos
de preservação e conscientização ambiental,
a exemplo dos cartões de crédito de afinidade.
Muitas linhas de crédito foram criadas
especificamente para projetos de manejo
ambiental e saneamento básico ou para
a adequação do tratamento de resíduos
sólidos da produção industrial.
Recursos e resíduos
Todos os bancos, de uma forma ou de outra,
consideram as práticas responsáveis no consumo
interno de recursos naturais e na geração
de resíduos, empenhando-se em minimizar
os impactos causados ao ambiente.
Em 2005, 50,0% das instituições trabalharam
para reduzir o consumo de água em suas
dependências, com o estabelecimento de metas
progressivas que foram cumpridas graças
à identificação de novos equipamentos ou pela
adequação da estrutura dos prédios.
Já a redução no consumo de energia elétrica
é objeto de acompanhamento por parte
de 62,5% dos bancos, cuja rotina obedece
aos mesmos padrões da redução do consumo
de água. Também adotam ações de controle
da poluição causada por veículos (seus e de terceiros).
Muitas instituições possuem milhares
de funcionários, o que torna inevitável uma elevada
geração de resíduos sólidos. Nesse sentido, 25,0%
possuem programas exclusivos para conscientizar
e incentivar o pessoal a adotar uma progressiva
redução no descarte de materiais.
91Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Em 2005, o volume de resíduos sólidos – aproveitáveis e não-aproveitáveis – totalizou 31.450 toneladas,
uma média de 2.621 considerando-se os 12 bancos que informaram dados sobre esse item.
Coleta seletiva
Os investimentos na redução, reutilização e reciclagem de resíduos fazem parte das atividades de 62,5%
das instituições, sendo que 47,5% também acompanham efetivamente o destino do lixo produzido.
Muitos bancos realizam parcerias com cooperativas de reciclagem e empresas de saneamento ambiental.
E estabelecem, no contrato com fornecedores de construção civil, critérios para o descarte do material
utilizado nas obras. Já são práticas, também a remanufatura de cartuchos de impressão e a adoção
do papel reciclado em documentos, formulários impressos e na confecção de talões de cheques.
Total Média
2005 5.628.291 268.014 2004 2.387.720 170.5512003 867.119 78.8292002 490.382 61.298
Bancos participantes: 21, 14, 11 e 8, respectivamente.
Consumo de água (em m3)
Total Média
2005 1.328.760.819 45.819.3392004 1.408.163.342 58.673.4742003 1.660.147.834 87.376.2022002 1.682.547.814 112.169.854
Bancos participantes: 29, 24, 19 e 15, respectivamente.
Consumo de energia elétrica (em kWh)
Total Média
2005 31.450 2.6212004 25.948 2.5952003 17.372 3.4742002 16.641 4.160
Bancos participantes: 12, 10, 5 e 4, respectivamente.
Resíduos sólidos gerados (em toneladas)
92 Relatório Social 2005
Educação ambiental
Para a proteção do meio ambiente, em projetos
ou programas externos de conscientização das
comunidades, educação ambiental ou apoio
a iniciativas de preservação de áreas de risco,
foram destinados R$ 13,8 milhões.
Desde 1995, o Banco da Amazônia patrocina
o Programa de Preservação dos Rios da Amazônia –
Pró-Rios, para o qual já destinou R$ 334,6 mil –
no ano, foram R$ 104,1 mil. O programa,
desenvolvido pela Sociedade de Pesquisas
e Preservação da Amazônia, tem como
público-alvo os usuários e tripulantes das
embarcações que operam nos rios, bem como
habitantes das áreas da Amazônia Legal
e escolas ribeirinhas. Seu objetivo é reverter
o hábito predatório da poluição dos rios e evitar
as conseqüências socioambientais. Para isso, são
desenvolvidas campanhas educacionais, transmitidas
orientações para os tripulantes das embarcações
e realizadas atividades escolares, como concurso
de redação, coleta seletiva de lixo e oficinas
pedagógicas de reutilização de materiais descartáveis.
O programa Reciclar, do Banrisul, criado para
aprimorar o relacionamento do banco com
o ambiente natural e a preservação da vida,
evoluiu de uma ação interna para contribuir
na geração de emprego e renda, no resgate da
cidadania e no desenvolvimento social. Iniciativas
direcionam de forma adequada os resíduos do
banco e resultam em menor impacto ambiental.
A venda de papel para reciclagem, por exemplo,
representa mais de 24 mil árvores poupadas.
A Fundação BankBoston é parceira do Instituto
Akatu, que tem o objetivo de conscientizar
a sociedade sobre seu poder transformador,
disseminando o conceito de consumo consciente.
O Instituto Akatu recebeu apoio financeiro
de R$ 110,0 mil em 2005, somando R$ 560,0 mil
em quatro anos.
Para contribuir com a preservação e a
recuperação do bioma da Mata Atlântica,
o Banco Bradesco estabeleceu em 1990
parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica.
Os recursos provenientes do banco – que totalizam
R$ 33,0 milhões desde então – são aplicados
em programas de reflorestamento, projetos de
educação ambiental, edições de livros e atlas,
instalação de viveiros, campanhas de mobilização
da sociedade e projetos especiais, que incluem
eventos institucionais da fundação até campanhas
motivacionais para o público interno do Bradesco.
Foram plantadas 10 milhões de mudas nativas,
com recursos obtidos a partir da venda de títulos
de Capitalização Pé Quente Bradesco SOS Mata
Atlântica e dos Cartões Bradesco Visa SOS Mata
Atlântica. Também foram desenvolvidos outros
programas de reflorestamento, como Florestas
do Futuro, que consistiu no plantio de árvores
para a formação de matas ciliares nas principais
bacias hidrográficas da Mata Atlântica. A parceria
possibilitou, ainda, a Campanha PrevJovem
de educação ambiental em escolas – que resultou
em 13 mil kits com mudas de espécies nativas
distribuídos em escolas e a criação de miniviveiros
de educação ambiental nas unidades da
Fundação Bradesco.
Meio ambiente
93Febraban – Federação Brasileira de Bancos
Foram ainda instalados cinco viveiros nas cidades
de Registro, Osasco, Campinas, Marília e Vila
Velha, e distribuídas mudas de espécies nativas –
80 mil nos pedágios das rodovias Anhangüera
e Bandeirantes e 20 mil nas principais agências
em São Paulo.
O Citigroup apóia o programa Empreendimentos
Sustentáveis do Sul da Bahia, desenvolvido em
parceria com a ONG Conservação Internacional
e o Instituto de Estudos Socioambientais do Sul
da Bahia (Iesb), que acontece desde 2001. Mais
de 230 produtores rurais da região cacaueira
baiana já foram beneficiados pela iniciativa,
que busca encontrar alternativas econômicas
e garantir suporte técnico a pequenos negócios,
incorporando aspectos de conservação
e conscientização ambiental. O programa
desenvolve atividades com pequenos produtores,
como enxertia e clonagem de espécies resistentes
à vassoura-de-bruxa, de modo a evitar
o desmatamento de grandes áreas para
a utilização em monoculturas e pastagens,
ou ainda a ação extrativista. Ele abriga dois
subprogramas: um deles é de apoio às cooperativas
agrícolas Cabruca e Cooperuna, com suporte
técnico à comunidade dos municípios de Una
e Ilhéus; o outro é o Ecoparque de Una, que
conta com 400 hectares de uma rica reserva
de espécies da fauna e da flora nativas, aberta
à visitação pública. Atualmente, o programa
desenvolve o Fundo de Capital Semente para
a Mata Atlântica, que permitirá aos produtores
das duas cooperativas adquirirem insumos,
sementes e mudas para o desenvolvimento
de atividades econômicas sustentáveis.
Frutos desse projeto, o Citigroup criou bombons
artesanais, a partir do cultivo orgânico do cacau
e dos recheios de cupuaçu e graviola, que são
embalados em caixas de madeira certificada.
Esses brindes são utilizados em eventos
com clientes.
Mulheres do Cerrado em Busca de Sustentabilidade,
desenvolvido em Cerrado do Alto Jequitinhonha
(MG) com o apoio do HSBC, busca desenvolver
um negócio sustentável capaz de gerar riqueza
e renda para 30 mulheres integrantes do
projeto, promovendo o empreendedorismo
e a sustentabilidade ambiental. O negócio consiste
na produção de cosméticos, que utilizam como
matéria-prima as plantas medicinais, nativas
e exóticas da região. Em 2005 foi realizado
um diagnóstico socioeconômico e ambiental,
promovidas oficinas sobre comportamento
organizacional, ética e comunicação, treinamentos
sobre liderança, cidadania, empreendedorismo
e gestão de negócios e uma série de outras
atividades para permitir elaborar um plano
de negócios. O projeto está em sua fase inicial,
mas já registrou aumento de 42,5% na produção
dos cosméticos e ampliou os contatos comerciais.
Para essa iniciativa, o banco destinou R$ 19,1 mil
em 2005.
O projeto Plante a Primavera, desenvolvido pelo
Banco Itaú, tem como objetivo estimular
a consciência da população sobre a necessidade
de preservar o meio ambiente, com ações
voluntárias individuais ou coletivas. Em 2005,
envolveu 700 agências e distribuiu 131 mil kits
com sementes e vasinhos de fibra de coco, além
de 3 mil kits educativos, feitos com papel reciclado.
Em conjunto com escolas e a comunidade, os
gerentes do banco desenvolvem uma solenidade
de plantio de árvores em comemoração ao
Dia da Árvore e à Semana do Meio Ambiente.
Em algumas cidades as árvores são plantadas
em praças, e uma escola é escolhida como
responsável pela manutenção de uma árvore.
Em 2005, o Banco Nossa Caixa criou o Programa
Plante uma Árvore, por meio de uma campanha
no Centro Regional Administrativo da cidade
de Bauru (SP), da qual participaram mais de 200
crianças de creches municipais conveniadas com
o Rotary Clube.
No evento foram ministradas palestras sobre
a proteção da Natureza, distribuídas cartilhas
sobre educação ambiental e realizado o plantio
de mil sementes da árvore pau-formiga. O banco
apóia e envolve-se diretamente no programa,
que conta com a participação de 20 funcionários,
além de realizar o monitoramento do crescimento
das árvores plantadas, a cada três meses.
O Plante uma Árvore foi incluído no calendário
anual de ações socioambientais do banco e
recebeu um investimento inicial de R$ 15,0 mil.
O Santander Banespa faz doação de papel para
reciclagem à Associação de Pais Banespianos de
Excepcionais (Apabex), para auxiliar na manutenção
das atividades da entidade fundada pelos
funcionários do Banespa e que atende portadores
de deficiência mental e suas famílias. A associação
recebe todo o valor obtido com a venda do
papel coletado nos centros administrativos.
O projeto Verão Limpo, que aconteceu no
Rio de Janeiro e teve o apoio do Unibanco,
envolveu 3 mil banhistas e pessoas que circulam
pelas praias durante o verão, com ênfase em
crianças e adolescentes, em atividades lúdicas
relacionadas à preservação do meio ambiente,
oficinas de material reciclado, gincanas
monitoradas por professores de educação física,
além de vôlei, futebol, queimada e outros jogos.
Também foram distribuídos sacos plásticos,
materiais promocionais e sementes nativas
do Brasil, enquanto o grupo Pegando de
Surpresa, formado por garis da Companhia
Municipal de Limpeza Urbana, realizou
performances. O projeto também contribuiu
para transformar a vida de 80 jovens carentes,
que foram capacitados e receberam uma
bolsa-auxílio de R$ 250,00 para atuarem nas
ações. Cinco funcionários do banco também
participaram como voluntários. Ao todo, foram
distribuídos 1 milhão de exemplares de material
de conscientização e 9 mil mudas de espécies
vegetais da Mata Atlântica. Foi atingida a meta
de diminuição de 5% do lixo jogado na areia.
94 Relatório Social 2005
Ficha técnica
Referências
CESCentro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP –
Escola de Administração de Empresas de São Paulo
da Fundação Getúlio Vargas
www.ces.fgvsp.br
DIEESEDepartamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Socioeconômicos
www.dieese.org.br
Fundação Abrinqwww.fundabrinq.org.br
Global Compactwww.unglobalcompact.org
IBASEInstituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
www.ibase.org.br
IBGEInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística
www.ibge.gov.br
IFCInternational Finance Corporation
www.ifc.org
Instituto Akatuwww.akatu.net
Instituto EthosEmpresas e Responsabilidade Social
www.ethos.org.br
IPEAInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada
www.ipea.gov.br
Lei do Aprendizwww.leidoaprendiz.org.br
OECDOrganization for Economic Cooperation and Development
www.oecd.org
OITOrganização Internacional do Trabalho – Brasil
www.ilo.org
PNUDPrograma das Nações Unidas de Desenvolvimento
www.pnud.org.br
Princípios do Equadorwww.equator-principles.com
Editado pela Superintendência de Comunicação Social.
Dados compilados pela Superintendência de Assessoria
Técnica, com a colaboração do Grupo de Trabalho
da Comissão e Responsabilidade Social, composto
pelos bancos ABN AMRO Real, Bradesco, Itaú
e Santander Banespa.
Projeto gráficofmcom
RedaçãoEditora Contadino
Créditos das fotosABN AMRO Real
Banco Bradesco
Banco da Amazônia
Banco do Brasil
Banco Itaú
Banco Nossa Caixa
Banco Votorantim
BankBoston
Banrisul
BNB
HSBC Bank
Indusval
ING Bank
JPMorgan
Santander Banespa
Unibanco
Federação Brasileira de Bancos
Relatório Social 2005
Federação Brasileira de Bancos
Rua Líbero Badaró, 425 17º andar01009-905 São Paulo SP
www.febraban.org.br
Re
lató
rio
So
cia
l 2
00
5
Recommended