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Federação Brasileira de Bancos Relatório Social 2005

Federação Brasileira de Bancos - febraban.org.br · dos bancos somava R$ 164,3 bilhões, sendo R$ 1,57 trilhão e R$ 156,6 bilhões, respectivamente, correspondentes a bancos filiados

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Federação Brasileira de Bancos

Relatório Social 2005

Federação Brasileira de Bancos

Rua Líbero Badaró, 425 17º andar01009-905 São Paulo SP

www.febraban.org.br

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Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Relatório Social 2005

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A FEBRABAN

A Febraban – Federação Brasileira de Bancos é a principal entidaderepresentativa do setor bancáriobrasileiro. Com 114 bancos associados –de um universo de 161 instituiçõesbancárias em operação no Brasil em 2005 –, representa 94% do total de ativos do sistema e 95,3% do patrimônio.Em dezembro de 2005, os ativos dosistema bancário totalizavam R$ 1,67trilhão, enquanto o patrimônio líquidodos bancos somava R$ 164,3 bilhões,sendo R$ 1,57 trilhão e R$ 156,6 bilhões,respectivamente, correspondentes a bancos filiados à Febraban. Conscientede sua capacidade de representação e diálogo com os diversos segmentos da sociedade e do governo, a Febrabanatua tanto no País quanto em âmbitointernacional, como afiliada da Felaban –Federação Latino-Americana de Bancos.

VISÃO

Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico e social do País.

MISSÃO

Representar seus associados, objetivando a melhoria contínua da eficiência do sistemafinanceiro e das suas relações com a sociedade, contribuindo assim para o desenvolvimentoeconômico e social do País.

VALORES

• Valorizar as pessoas.• Promover valores éticos, morais e legais.• Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade social.• Defender o livre mercado e a livre concorrência.• Atuar com profissionalismo e transparência.• Valorizar a diversidade.

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ATUAÇÃO

• Propor e defender mudanças ou ediçãode normas que aumentem a eficiênciado sistema financeiro e o aprimoramentodos seus instrumentos.

• Desenvolver e manter canais decomunicação com os Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário e com associaçõesde classe, sindicatos e demais entidadese organismos nacionais e internacionais.

• Coordenar, quando necessária, a contratação de profissionais para a defesa de legítimos interesses dos associados.

• Realizar e divulgar estudos e pesquisasvisando ao aperfeiçoamento do sistema financeiro.

• Comunicar o papel e a atuação dosistema financeiro, de forma pró-ativa.

• Manifestar-se, quando for o caso, sobretemas de interesse da opinião pública.

• Desenvolver programas de formação e qualificação para os funcionários dos associados.

• Implementar programas de auto-regulação.

• Divulgar, aos associados, informaçõesrelevantes sobre assuntos objeto de sua atuação.

OBJETIVOS

• Representar os seus associados peranteos poderes constituídos e as entidadesrepresentativas da sociedade.

• Interagir com autoridades e instituiçõesna elaboração e no aperfeiçoamentodo sistema normativo.

• Desenvolver iniciativas para a contínuamelhoria da produtividade do sistema e a redução dos níveis de risco.

• Zelar pela eficiência da intermediaçãofinanceira e aumentar a sua contribuiçãopara a sociedade, inclusive desenvolvendoesforços que viabilizem o crescenteacesso da população a produtos e serviços financeiros.

• Transmitir à sociedade o papel e a contribuição do sistema financeiropara o desenvolvimento econômico e social do País.

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Índice

Mensagem da Diretoria

Sobre o Relatório

Valores e transparência

O setor bancário em 2005

Bancarização

Relacionamento com os públicos interessadosProjetos institucionaisConsumidores e clientesColaboradoresFornecedoresGoverno e sociedadeComunidade

Projetos sociaisEducaçãoCultura e preservação do patrimônio Desenvolvimento comunitárioAssistência socialInfância e juventudeEsporteSaúdeTerceira idadeValorização da diversidadeProgramas ou projetos de voluntariadoOutras categorias de projetos sociais

Meio ambiente

6

8

10

12

14

20202225394142

464660667275777981828386

90

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6 Relatório Social 2005

Mensagem da Diretoria

O diálogo permanente e sistemático com

a sociedade em geral e a gestão transparente

em relação às estratégias e resultados são

práticas comuns nos bancos.

E não poderia ser de outra forma. O cliente

bancário caracteriza-se por um relacionamento

contínuo e sistemático com o banco. Ele demanda

inúmeros produtos e serviços, com a utilização

das mais diferentes tecnologias. Mas o sistema

bancário brasileiro caracteriza-se pelo amplo

e generalizado atendimento ao não-cliente.

Clientes e não-clientes acessam serviços bancários

na agência, no correspondente, na máquina de

auto-atendimento, na Internet ou pelo telefone.

As pessoas podem realizar um grande número

de operações relacionadas com sua rotina financeira

diária: podem sacar e depositar, conferir seu extrato,

receber seu talão de cheques, realizar um investimento,

pagar suas contas.

Por isso, no Brasil, os bancos também são um

dos segmentos da economia com o maior volume

de atendimento à população em geral. Não há

sistema financeiro no mundo com a mesma

variedade e quantidade de serviços prestados

a não-clientes.

O setor bancário se preparou e hoje pode ser

considerado um símbolo da democracia brasileira.

Atende desde cidadãos com renda mais baixa

até as grandes corporações multinacionais.

É uma questão de sustentabilidade do negócio

bancário. O acesso a serviços bancários facilita

a inserção econômica, incrementa a formalidade,

disponibiliza o crédito de consumo e de investimento,

serviços de pagamento e cobrança e de seguros,

além de eliminar a agiotagem. Dessa forma,

a promoção à bancarização é um fomento

à inclusão, à cidadania e ao desenvolvimento.

Sempre com a intenção de superar as metas

estabelecidas, os bancos promovem aprimoramentos

em seus canais de atendimento, para que

expressem de forma fiel seus códigos de ética

e atendam à legislação de direitos do consumidor.

Para isso, têm investido nos capitais, humano

e tecnológico, buscando o entendimento,

a análise e a solução das manifestações oriundas

dos consumidores.

Como se pode ver neste Relatório Social 2005,

que consolida as informações de instituições que

representam 77,3% do total de ativos do sistema

financeiro brasileiro, 85% dos bancos consultados

promovem treinamento contínuo para que haja

uma relação ética e de respeito aos direitos do

consumidor e 75% revelaram possuir programa

específico para determinar o reconhecimento de

falhas, aumentar a rapidez e propiciar autonomia

na solução dos problemas.

Especificamente em relação ao atendimento

realizado nas agências, os bancos empenharam-se

em realizar diversos treinamentos, para aumentar

a interação dos funcionários com os clientes,

efetuar mudanças comportamentais, aumentar

a clareza sobre os produtos e serviços, visando

à melhoria do relacionamento com o público

em geral.

Paralelamente à expansão e ao aprimoramento

dos serviços bancários, e mais ainda do que em

2004, as operações de crédito foram as grandes

responsáveis pelo crescimento da economia

brasileira. Segundo dados do Banco Central,

o volume total das operações de crédito atingiu

o maior nível em dez anos em dezembro de 2005,

chegando a R$ 606,9 bilhões, um aumento de

21,5% no ano. Esse volume de recursos equivale

a 31,3% do Produto Interno Bruto (PIB), o segundo

maior da História, perdendo apenas para o registrado

em fevereiro de 1995 (36,9%).

O estoque de crédito de recursos livres

(não-direcionados) atingiu 66,7% do total,

em dezembro, ou R$ 404,8 bilhões,

um crescimento de 27%.

Em 2005, os bancos dedicaram particular

atenção ao financiamento do varejo e das

pequenas e médias empresas, segmentos que

têm aumentado cada vez mais a participação

na carteira de crédito dos bancos.

Nesse quadro, merece destaque o crédito com

desconto em folha de pagamento, com taxas

mensais ao redor de 2%. Estima-se que só entre

os beneficiários do INSS já sejam 6 milhões de

usuários deste produto no País, número que

pode chegar a 8,5 milhões até o final de 2006.

Essa linha de crédito contribuiu para outro

fenômeno importante: o alongamento dos

prazos de concessão de crédito, cuja média

chegou a 264 dias em dezembro, o maior

desde março de 2001 (266 dias).

Ampliou-se, portanto, a inclusão bancária,

processo que significa melhora da condição

social e econômica das pessoas e comunidades.

Mas a participação dos bancos vai além, está

presente em iniciativas, projetos e investimentos

que promovem a inclusão social de forma digna

e sustentável. Nesse campo, a Febraban vem

apoiando, desde 2003, o Projeto Cisternas, que

já atendeu mais de 20 mil famílias (cerca de 100

mil pessoas) na região do Semi-Árido brasileiro.

A Febraban apóia esse projeto porque sua principal

característica é a capacitação das famílias, que são

escolhidas pelas próprias comunidades. Ou seja,

não se limita a doar recursos, mas se preocupa

em garantir e avaliar que o projeto constitua

um paradigma de programa auto-sustentável.

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7Febraban – Federação Brasileira de Bancos

A iniciativa da Febraban é consoante a outras ações

que, sem alarde, os bancos vêm desenvolvendo.

Em 2005, realizaram investimentos de R$ 719,3

milhões em programas de educação, treinamento

e desenvolvimento dos colaboradores, com uma

média de 66 horas por empregado/ano. Além

disso, destinaram R$ 154,3 milhões para bolsas

de estudo (cursos de graduação, pós-graduação,

técnicos e de especialização ou ainda de idiomas),

189,5% mais que em 2004.

Já os investimentos em projetos de educação

gratuita ou programas destinados às comunidades

carentes cresceram 21,25%, para R$ 1 bilhão,

em 2005.

São parcerias e programas consistentes, desenvolvidos

no esforço de reduzir os efeitos da desigualdade

social que aflige a todos os brasileiros.

Este Relatório Social dos Bancos, assim, presta

conta dessas ações, voltadas a fazer do Brasil

um país mais justo, mais solidário e mais humano.

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Presidente da Febraban

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Sobre o Relatório

Publicado desde 1993, o Relatório Social

da Febraban tem o objetivo de apresentar

a participação e o envolvimento do setor bancário

no atendimento às demandas da sociedade.

Este ano consolida informações de 41 bancos,

que representam cerca de 35,9% dos associados

da Febraban e 77,3% dos ativos totais do sistema

financeiro brasileiro, sendo que 23 instituições

descreveram os principais projetos sociais

e culturais que apóiam.

Todos os associados da Febraban são convidados

a participar deste Relatório, realizado com a adesão

voluntária das instituições. Elas respondem a um

questionário baseado nos Indicadores Ethos

de Responsabilidade Social Empresarial e em

indicadores específicos do setor financeiro.

O trabalho foi coordenado pela Comissão de

Responsabilidade Social da Febraban, integrada

por representantes de 12 bancos, e contou com

a colaboração de várias pessoas nas instituições,

que se envolveram no levantamento, na

consolidação e na análise dos indicadores.

8 Relatório Social 2005

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10 Relatório Social 2005

Valores e transparência

Compromissos éticos e auto-regulação da conduta

A preocupação do setor no relacionamento com seus diferentes públicos avançou em 2005.A Febraban tornou-se signatária do Código deÉtica do Programa de Auto-Regulação do Setorde Relacionamento com Clientes e Consumidores,que envolve empresas de call center, contactcenter, help desk, telemarketing e Serviços deAssistência ao Cliente (SAC). Passou também a integrar o Conselho Gestor do Programa deAuto-Regulação, que tem como principal funçãoo direcionamento estratégico que é adotado pelaAssociação Brasileira de Telemarketing (ABT),pela Associação Brasileira de Marketing Direto(Abend) e pela Associação Brasileira das RelaçõesEmpresa–Cliente (Abrarec).

Além disso, em 2005 elevou-se para 94,3%(90,1% em 2004) a proporção de bancos querelataram possuir um código de ética ou umadeclaração de crenças e valores devidamentedocumentados e atualizados periodicamente e que pautam suas relações humanas e comerciais.Para cumprir os princípios adotados, 68,6%informaram realizar auditorias internas paraverificar a utilização dos códigos e declarações.No ano anterior, o índice havia chegado a 57,6%.No mesmo sentido, uma prática começa a ganharcorpo nas instituições: 42,9% passaram a auditaras informações apresentadas nos RelatóriosSociais – em muitos deles, existem códigosespecíficos para o relacionamento com públicosdistintos (fornecedores, por exemplo).

Na elaboração dos códigos e declarações, 88,6%abordam três ou mais stakeholders (funcionários,fornecedores, clientes, comunidade, governo e acionistas minoritários) e 94,3% são explícitosquanto ao compromisso de ética na gestão dasinformações de caráter privado obtidas duranteos processos de interação com esses públicos.Também é de 94,3% o comprometimento quantoà transparência e à veracidade das informaçõesprestadas a todas as partes interessadas.

Foi observado ainda que 88,6% incluem o respeitoaos direitos dos públicos interessados comocritério formal em suas decisões de investimentoe aquisições; 82,9% orientam suas operações em concordância com as declarações de princípiosda Organização Internacional do Trabalho (OIT)ou com as diretrizes para empresas multinacionaisda Organização de Cooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE), sendo que 51,4% já divulgamos compromissos éticos pela Internet.

Os bancos continuam a trabalhar no sentido deeliminar as ações ilegais, proíbem expressamentea utilização de práticas como corrupção e propinapara a obtenção de favorecimento e adotamprocedimentos de combate à lavagem de dinheiro.

As instituições seguem rotinas para identificarrecursos oriundos do crime organizado, tais comoo tráfico de drogas e de armas e o terrorismo.Nesses procedimentos, é incentivada a participaçãodos funcionários em políticas para conhecer o cliente, e os sistemas tecnológicos estãopreparados para identificar a movimentaçãoatípica de dinheiro por parte dos correntistas.

Erradicação do trabalho escravo

Durante o ano, a Febraban assinou a Declaraçãode Intenções pela Erradicação do Trabalho Escravono Brasil, reforçando o compromisso do setorbancário com a dignificação e a modernizaçãodas relações de trabalho.

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11Febraban – Federação Brasileira de Bancos

A solenidade contou com a participação do Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva; do ministrodo Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, PatrusAnanias; e da diretora no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Laís Abramo.

A Febraban se propõe a orientar os associados a adotarem restrições cadastrais e creditícias a empreendimentosnos quais se tenha constatado o uso de trabalho análogo ao escravo, desde que tal constatação tenha sidoinformada pelos princípios do devido processo legal e da ampla defesa. Além disso, apoiará, mediantedivulgação e recomendações aos associados, as seguintes ações:

a. reintegração social e produtiva dos trabalhadores que ainda se encontrem em relações de trabalho degradantesou indignas, em parceria com as diferentes esferas de governo e organizações sem fins lucrativos;

b. informação aos trabalhadores vulneráveis ao aliciamento de mão-de-obra escrava, assim como campanhas,destinadas à sociedade, de prevenção contra a escravidão;

c. parcerias com entidades públicas e privadas no sentido de propiciar o treinamento e o aperfeiçoamentoprofissional de trabalhadores egressos das condições de trabalho degradantes ou indignas.

Cultura

O sistema bancário também procura agir para incentivar e verificar a assimilação dos procedimentos porparte dos públicos envolvidos. Dos participantes deste Relatório, 71,4% mantêm processos sistemáticosque, além de difundir os compromissos, monitoram, avaliam e verificam periodicamente sua utilização(63,4% em 2004). Em alguns casos, são estabelecidas regras para ocorrências de infração.

Em 77,1% das instituições são mantidos conselhos, comitês ou indicados responsáveis formais por questõesde natureza ética. O assunto, inclusive, vem sendo abordado em pesquisas de clima organizacional em60,0% dos casos. E em 62,0% os fornecedores também precisam estar alinhados aos mesmos valores e princípios, cuja observação é prevista no contrato firmado entre as partes.

Relações transparentes com a sociedade

Práticas comuns para 71,4% dos bancos incluem o diálogo permanente e sistemático com a sociedade emgeral, o incentivo à participação de todos os envolvidos no negócio, a gestão transparente em relação àsestratégias e aos resultados e a utilização de indicadores de desempenho. Além disso, 40,0% mensuram o desempenho obtido nesse diálogo com os stakeholders e 82,9% levam em conta as expectativas oudemandas dos interlocutores em suas decisões sobre políticas ou operações. Em 80,0% dos bancos existecomunicação regular com grupos ou partes interessadas que criticam a natureza de seus processos, produtose serviços, o que revela o respeito pela livre manifestação da opinião.

Concorrência

O setor bancário entende que a livre competição em busca de um lucro justo é um dos pilares da democraciamoderna, e não se furta em adotar práticas éticas cada vez mais elevadas em relação aos concorrentes no mesmo mercado. Os bancos adotaram esse comportamento, o que denota o repúdio à formação de trustes e cartéis, à deslealdade comercial, à fraude em licitações e à espionagem industrial. Nesse âmbito,apenas 2,9% receberam algum tipo de denúncia na Secretaria de Defesa Econômica (Cade) e 37,0% expõempublicamente os princípios em relação à concorrência.

Relatórios Sociais

O envolvimento efetivo com as comunidades nasquais mantém negócios é ponto primordial paraa manutenção da credibilidade do sistema entrea sociedade, os acionistas e os investidores. Na mesma linha, é cada vez mais exigida a prestação de contas sobre o assunto, o queenvolve a descrição das iniciativas realizadas nos campos social, ambiental e econômico.

Em 2005, 40,0% dos bancos publicaramRelatórios Sociais e de ResponsabilidadeCorporativa. Levaram ao público informaçõesquantitativas e qualitativas acerca das atividadesdesenvolvidas, sendo que 20,0% informaramincluir nesses relatórios aspectos desfavoráveissobre o desempenho, de forma a abrir o debatesobre o assunto, o que revela a preocupaçãocom a transparência e o valor desse tipo de canal de comunicação. Em 68,6% dos casos, tais informações também foram tornadasdisponíveis na Internet.

Para demonstrar a veracidade das informações, 91,4%informaram a contratação de auditores externospara ratificar os dados econômico-financeiros e 17,1% utilizaram o mesmo expediente parareferendar informações sobre aspectos sociais e ambientais das atividades.

Uma prática sadia em relação à responsabilidadesocial empresarial por parte de 28,6% do sistemaestá na rotina usual de envolver pelo menos trêsstakeholders no processo de elaboração oulançamento dos relatórios, como: comunidade,público interno, consumidores e clientes,fornecedores, governo e a sociedade em geral.

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12 Relatório Social 2005

O Setor Bancário em 2005

A política e a economia seguiram rumos diferentes em 2005. Denúncias de corrupção assolaram a classe

política de uma maneira nunca vista em Brasília. No entanto, diferentemente do ocorrido em outras ocasiões,

o lado econômico logrou absorver os impactos da turbulência política a um custo relativamente baixo

e apresentar um crescimento modesto, mas positivo.

Houve desaceleração no crescimento no terceiro trimestre do ano. Dados de produção, emprego e vendas

refletiram a postergação de algumas decisões de consumo e de investimento, que diminuíram temporariamente

o ritmo da atividade econômica em razão dos acontecimentos políticos. Mas no quarto trimestre os

indicadores mostraram recuperação modesta. Em 2005, o PIB brasileiro evoluiu 2,3% – o menor crescimento

entre os países da América Latina, depois do Haiti.

O aperto monetário iniciado em setembro de 2004 terminou em maio de 2005. O processo de redução

de juros (taxa Selic) começou em setembro e as taxas encerraram 2005 praticamente no mesmo nível

do início do ano. A inflação foi controlada e observou-se valorização cambial. O dólar foi de R$ 2,65

em dezembro de 2004 para R$ 2,32 em dezembro de 2005. Já a inflação medida pelo IPCA caiu

de 7,6% em 2004 para 5,7% em 2005.

20,0

19,5

19,0

18,5

18,0

17,5

17,0

16,5

dez/04

17,7

18,2

jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05

18,7

19,219,5

19,7 19,7 19,7 19,7

19,5

19,0

18,5

18,0

A balança comercial apresentou o quinto recorde anual sucessivo, apresentando um saldo de US$ 44.756

milhões, obtido basicamente em razão do crescimento das exportações, que totalizaram US$ 118.308 milhões.

Os indicadores de risco-país, juros e dólar terminaram o ano em queda e mostraram-se dissonantes com

a crise. O risco-país caiu de 377 pontos-base em 2004 para 311 pontos-base em 2005. Tudo indica que

o desempenho da economia em 2006 será melhor que o de 2005.

Balança comercial Exportações Importações

(US$ milhões) (US$ milhões) (US$ milhões)

2002 13.121,3 60.361,8 -47.240,5

2003 24.793,9 73.084,1 -48.290,2

2004 33.640,5 96.475,2 -62.834,7

2005 44.756,9 118.308,3 -73.551,4

Taxa Selic (em %)

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13Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Crédito

O crédito, repetindo o desempenho de 2004, apresentou um crescimento expressivo. A relação crédito

bancário/PIB subiu de 27,0% para 31,3%, superando a marca de 30% pela primeira vez desde 1995.

Houve crescimento em todos os segmentos, mas o destaque foi para as modalidades com maior segurança

jurídica: o leasing, que cresceu 56,2%, e o crédito consignado, que aumentou 84,3% – demonstração

cabal da importância de melhorias institucionais para a redução dos juros finais ao tomador.

Pessoajurídica

Pessoafísica

Habitação Rural BNDES Outros Setorpúblico

2004 2005

20,619,25,95,4

124,1110,0

45,140,7

28,124,7

138,5190,4

213,0180,2

Dez/2005 Dez/2004 Variação (%)

2004/2005

Total 606.702 499.604 21,4

Recursos livres (1) 403.460 318.796 26,6

Pessoa jurídica 213.015 180.248 18,2

Pessoa física 190.445 138.548 37,5

Direcionados 203.242 180.807 12,4

Habitação 28.125 24.694 13,9

Rural 45.116 40.714 10,8

BNDES 124.105 110.013 12,8

Outros (2) 5.896 5.386 9,5

Setor público 20.556 19.212 7,0

Participação no PIB 31,3% 27,0% 4,3 pp*

Fonte: Bacen.(1) Incluem leasing, cooperativas de crédito, crédito rural não-direcionado e parcela das faturas de cartão de crédito não-financiadas.(2) Incluem créditos de bancos de desenvolvimento e agências de fomento.*Pontos percentuais.

Evolução do crédito (R$ bilhões)

A diminuição da taxa de juros permitiu estender os benefícios do crédito à base da pirâmide. Tanto a conta

simplificada como a expansão do crédito consignado e o financiamento de bens e de veículos estenderam

benefícios a camadas crescentes da população.

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14 Relatório Social 2005

Bancarização

O acesso a serviços bancários facilita a inserção econômica, fomenta a formalidade, disponibiliza o crédito

de consumo e de investimento, serviços de pagamento e cobrança e seguros além de eliminar a agiotagem.

Dessa forma, a promoção à bancarização é um fomento à inclusão, à cidadania e ao crescimento.

A política macroeconômica para os bancos, em 2005, mostrou retrocessos e avanços. Se por um lado, elevou

as alíquotas de PIS-Cofins, aumentou os compulsórios – que subiram 19,01% – e encareceu a tributação

do pequeno aplicador, por outro, se destacou na impulsão ao crédito em consignação, na conta simplificada,

na cédula de crédito bancário e na promoção das sociedades garantidoras de crédito, entre outras. O saldo

foi positivo.

Número de contas

Em 2005, houve expansão no atendimento bancário, privilegiando as transações eletrônicas. O uso do Internet

banking cresceu 217% nos últimos cinco anos, o que demonstra que esse será o canal de serviços do futuro.

O número de contas de poupança totalizou 70,8 milhões e o de contas-correntes, 95,1 milhões, crescimento

de 4,3% e 5,4%, respectivamente.

O crescimento do uso de meios eletrônicos de pagamento apresentou-se mais vigoroso. O número de cartões

aumentou 29,5%, o total de transações subiu 9,3%, fazendo com que o valor financeiro das transações

se elevasse 25,2%.

(em milhões) 2005 2004 2003 2002 2001 2000 Variação (%)

2005/2004

Contas-correntes (1) 95,1 90,2 87,0 77,3 71,5 63,7 5,4

Movimentadas 70,5 66,9 61,4 55,7 53,5 48,2 5,4

Não movimentadas (2) 24,6 23,3 25,6 21,6 17,9 15,5 5,6

Clientes de poupan•a (3) 70,8 67,9 62,4 58,2 51,2 45,8 4,3

Clientes com Internet banking (4) 26,3 18,1 11,7 9,2 8,8 8,3 45,3

(1) Fonte: Bacen.(2) Contas inativas há mais de seis meses.(3) Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).(4) Fonte: Febraban.

2005 2004 2003 2002 2001 2000 Variação (%)2005/2004

Cartões de crédito (milhões) 68,0 52,5 47,5 41,5 35,3 28,0 16,2

Transações com cartões de crédito (milhões) 1.692 1.548 1.285 1.119 1.028 1.004 9,3

Valor total das transações (R$ bilhões) 129,0 103,0 87,7 72,2 62,9 50,4 25,2

Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Transações com cartões

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15Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Rede de atendimento

Enquanto o atendimento tradicional permaneceu estabilizado – nos últimos cinco anos, o total de agências

bancárias e postos tradicionais praticamente não variou –, os postos eletrônicos apresentaram um crescimento

robusto de 76,6%, no mesmo período. Também os correspondentes vêm ganhando um novo espaço na rede

de atendimento ao cliente, com expansão de 406% na mesma base de comparação.

Solidez dos bancos

Os indicadores de desempenho do setor bancário tiveram uma evolução positiva em 2005, assim como

os indicadores de estabilidade do sistema. O índice de Basiléia, que mede a solvência dos bancos, permaneceu

acima do mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil (11%) e superou o percentual recomendado

internacionalmente (8%), apesar da diminuição observada entre 2004 e 2005, quando passou de 24,3%

para 22,3%. Esse índice mostra a solidez do setor bancário brasileiro e o potencial de crescimento

da carteira de crédito nos próximos anos.

2005 2004 2003 2002 2001 2000 Variação (%)2005/2004

Número de agências 17.515 17.260 16.829 17.049 16.841 16.396 1,5Postos tradicionais (1) 9.527 9.837 10.045 10.140 10.241 9.495 -3,2Postos eletrônicos 27.405 25.595 24.367 22.428 16.748 14.453 7,1Correspondentes (2) 69.546 46.035 36.474 32.511 18.653 13.731 -8,3Total de dependências 123.993 98.727 87.715 82.128 62.483 54,075 -2,1

Fonte: Banco Central do Brasil.(1) Inclui postos avançados de atendimento (PAA), postos de atendimento bancário(PAB) postos de atendimento cooperativo (PCO), postos de atendimento ao microcrédito (PAM),postos avançados de crédito rural (Pacre), de arrecadação e pagamentos (PAP), de compra de ouro (PCO) e unidades administrativas.(2) Fonte: Febraban e Bacen.

2005 2004 2003 2002

Patrimônio líquido (R$ bilhões) (1) 153,2 121,0 114,0 94,0Índice de Basiléia (%) (2) 22,3 24,3 23,5 24,2

Fontes:(1) Bacen.(2) Febraban.

Itens de investimento

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16 Relatório Social 2005

Bancarização

Arrecadação e pagamentos

O total de transações referentes a arrecadações e pagamentos públicos e privados manteve-se estável em 2005, na comparação com o ano anterior. O crescimento

de 4% no número de contas de concessionárias de serviços públicos foi contraposto pelo recuo de 12% em faturas dessas concessionárias colocadas em débito

automático. Já as transações referentes a guias de tributos evoluíram 15,9%, enquanto os pagamentos de FGTS e de aposentados e pensionistas do INSS

recuaram 26,7%.

2005 2004 2003 2002 2001 2000 Var. (%) Var. (%)

2005/2004 2005/2000

Contas de concessionárias de água, energia, saneamento, telefone e gás (1) 1.228 1.181 1.064 1.050 1.202 1.076 4,0 14,1

Faturas de concessionárias debitadas automaticamente nas contas dos clientes 264 300 260 255 290 225 -12,0 17,3

Guias de tributos municipais, estaduais e federais de FGTS, INSS, DPVAT e Ibama (2) 729 629 590 504 428 412 15,9 76,9

Pagamento de FGTS, de aposentados e pensionistas do INSS 288 393 332 253 247 240 -26,7 20,0

Total 2.509 2.503 2.246 2.063 2.167 1.953 0,2 28,5

Fonte: Febraban.(1) Todos os canais de recebimento, exceto débito automático.(2) Todos os canais de recebimento, inclusive débito automático.

Quantidade de transações (milhões)

2005 (1) Part. (%) 2004 Part. (%) 2003 Part. (%) 2002 Part. (%) 2001 Part. (%) Part. Média (%)

Recursos humanos 32.779 37,7 33.984 44,0 31.458 43,4 29.078 42,7 28.004 68,9 47,3

Salários e honorários 18.302 21,0 19.643 25,4 18.014 24,8 16.777 24,6 16.116 39,6 27,0

Encargos sociais (30%) 9.289 10,7 9.496 12,3 9.007 12,4 8.389 12,3 8.058 19,8 13,5

Benefícios (10%) 3.096 3,6 3.165 4,1 3.002 4,1 2.796 4,1 2.686 6,6 4,5

Participações (funcionários e minoritários) 2.092 2,4 1.680 2,2 1.434 2,0 1.116 1,6 1.145 2,8 2,2

Governo 21.885 25,2 20.060 25,9 18.294 25,2 15.729 23,1 11.198 27,5 25,3

Despesas tributárias 7.915 9,1 7.721 10,0 6.187 8,5 5.439 8 4.207 10,3 9,1

Imposto de Renda e Contribuição Social 7.003 8,1 5.217 6,7 5.352 7,4 3.999 5,9 947 2,3 6,0

INSS sobre salário (22,5%) 6.967 8,0 7.122 9,2 6.755 9,3 6.291 9,2 6.043 14,9 10,1

Líquido para acionistas 32.306 37,1 23.288 30,1 22.774 31,4 23.311 34,2 1.458 3,6 27,2

Dividendos distribuídos 8.292 9,5 6.055 7,8 5.887 8,1 6.291 9,2 11.725 28,8 12,6

Lucro retido 24.877 28,6 18.166 23,5 17.660 24,3 18.874 27,7 11.725 28,8 26,5

Prejuízo -863 -1,0 -933 -1,2 -773 -1,1 -1.855 -2,7 -14.157 -34,9 -8,1

Total 86.970 100,0 77.333 100 72.525 100 68.118 100 40.660 100 100

Fonte: Febraban.(1) Dados de 127 bancos, que correspondem a 95,6% dos ativos totais do sistema.

Distribuição dos resultados (R$ milhões)

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17Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Transações bancárias e automação

Em 2005, o número total de transações bancárias expandiu-se 16,9% em relação a 2004, corroborando

o fato de que os bancos têm crescido em importância como prestadores de serviços para a sociedade.

Ademais, o crescimento de 50%, em média, do uso de meios eletrônicos, como o Internet Banking

(tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas), indica que, cada vez mais, os clientes dos bancos

não precisam mais sair do conforto de suas casas ou escritórios para efetuar a maioria das transações

bancárias. Este fato é confirmado pelo baixo crescimento (3%) das transações presenciais nos caixas

das agências no período.

2005 2004 2003 2002 2001 2000 Var. (%)

2005/2004

Automáticas externas (1) 1.412 667 610 599 653 557 111,7%

Automáticas internas (2) 8.639 7.514 6.758 3.893 3.805 3.585 15,0%

Auto-atendimento (3) 10.790 9.891 7.585 6.094 7.766 6.616 9,1%

Home e Office Banking PJ (4) 2.682 1.862 1.174 970 664 359 44,0%

Internet Banking PF (5) 3.167 2.045 1.457 1.139 820 370 54,9%

POS – ponto-de-venda no comércio (6) 1.116 1.002 581 549 380 314 11,4%

Transações em caixas de agências 3.719 3.609 4.451 4.463 5.188 4.027 3,0%

Número de cheques compensados 1.940 2.107 2.246 2.397 2.600 2.638 -7,9%

Call center com intervenção de atendente 348 301 321 380 242 130 15,6%

Call center (Unidade com Resposta Audível) 1.014 850 994 1.133 1.326 1.164 19,3%

Correspondentes (7) 296 187 125 - - - 58,3%

Total 35.122 30.035 26.302 21.617 23.444 19.760 16,9%

Fonte: Febraban.(1) Débitos automáticos, crédito de salário, etc.(2) Tarifas, taxas, IOF, CPMF, etc.(3) Saque, depósitos, consultas, emissão de cheques, etc.(4) Transferências de arquivos, consultas, pagamentos, investimentos, etc.(5) Consultas, transferências, pagamentos, investimentos, empréstimos, etc.(6) Pagamentos em lojas, supermercados, postos de gasolina, etc.(7) Estabelecimentos comerciais, correios, casas lotéricas, etc.

Origem das transações (milhões)

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Relacionamento com os públicos interessados

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20 Relatório Social 2005

Relacionamento com os públicos interessados

Projetos institucionais

Várias iniciativas na área social são desenvolvidas

em conjunto pelos bancos, em um trabalho

coordenado pela Febraban. O objetivo comum

é a melhoria da qualidade de vida de comunidades

e colaboradores, estimulando a inserção social

e no mundo do trabalho.

Projeto Cisternas

Assegurar condições básicas de saúde e higiene,

de aprendizagem e de cidadania é fundamental

para a elevação do capital humano. Mas, para

ser perene, sua conquista tem de significar

a garantia da sustentabilidade.

Com essa visão, a Febraban decidiu apoiar

o Projeto Cisternas, por trazer em seu bojo

a transformação social resultante do aprendizado

relativo à preservação, ao acesso, ao gerenciamento

e à valorização da água. Assim, por exemplo, a

criação de demanda para material de construção

aquece a economia local; e a facilidade de acesso

a água limpa permite o cultivo de hortaliças

e a criação de cabras, proporcionando condições

de auto-sustentação para as famílias do

Semi-Árido brasileiro.

Durante 2003, a Febraban investiu na construção

de 10 mil cisternas, para uma população estimada

em 50 mil pessoas. O orçamento original incluiu

recursos para a instalação de toda a infra-estrutura

necessária para as atividades do projeto, em

48 Unidades Gestoras Regionais. Em 2005,

a Febraban manteve o compromisso de construir

outros 10 mil reservatórios. O valor agregado desse

apoio à Associação Programa 1 Milhão de Cisternas

para o Semi-Árido (AP1MC) envolve a criação

de processos de controle e sistemas de administração

de fluxos financeiros. A transferência desse

conhecimento possibilitou à AP1MC um melhor

gerenciamento do ciclo completo do projeto:

da captação de recursos até a aplicação final

na construção das cisternas.

Desde o início do projeto até o final de 2005,

foram concluídas 20.540 cisternas, beneficiando,

diretamente, mais de 100 mil pessoas.

Fundo da Infância e Adolescência – FIA

Dentro de sua estratégia de incentivo à destinação

de recursos de Imposto de Renda aos Conselhos

dos Direitos da Criança e do Adolescente, a

Febraban deu continuidade em 2005 à divulgação

do mecanismo por meio de comunicado enviado

a todos os bancos filiados.

Essa possibilidade de destinação dos recursos aos

Conselhos é uma renúncia fiscal prevista na Lei

8.069/90. Aos fundos de natureza contábil

administrados por Conselhos dos Direitos da

Criança e do Adolescente – nas instâncias nacional,

estadual e municipal – podem ser destinados até

1% do Imposto de Renda devido das pessoas

jurídicas e até 6% do das pessoas físicas.

Projeto Adolescente Aprendiz

Os bancos prosseguiram, em 2005, os programas

de qualificação de adolescentes de 14 a 18 anos

no âmbito do Projeto Aprendiz, cujo protocolo

de intenção foi assinado em 2004 pela Federação

Nacional dos Bancos – Fenaban e o Ministério do

Trabalho e Emprego e as Secretarias de Políticas

Públicas de Emprego e de Inspeção do Trabalho.

Os aprendizes desenvolvem atividades nas áreas

administrativas, com jornada diária de seis horas,

de segunda a sexta-feira. Para fazer parte do

programa, o jovem deve estar freqüentando

o ensino regular.

Os aprendizes recebem qualificação não só para

sua formação profissional, mas também como

cidadãos, exercendo atividades teóricas e práticas,

mediante parcerias dos bancos com entidades

especializadas em educação e profissionalização

de jovens.

Por meio do programa, os aprendizes aumentam

significativamente suas chances de absorção pelo

mercado de trabalho e até mesmo de permanecerem

nos bancos após o treinamento, pois a maioria

das grandes instituições adota o sistema de

carreira fechada, com um fluxo permanente

de entradas e saídas.

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21Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Inclusão social, acessibilidade e qualificação

Ao longo de 2005, os bancos desenvolveram

várias iniciativas para estimular a inclusão social

de pessoas portadoras de deficiência. Para isso,

promoveram a adequação de agências e postos

de atendimento às necessidades de acesso dos

deficientes, com a construção de rampas, banheiros,

elevadores e a instalação de mobiliário diferenciado.

Da mesma forma, máquinas de auto-atendimento,

telefones e Internet incorporaram novas tecnologias,

permitindo seu uso por clientes e usuários com

necessidades especiais.

Outras iniciativas buscam identificar e qualificar

portadores de deficiência para integrarem o quadro

de funcionários dos bancos. Também estão

sendo realizadas pesquisas para traçar o perfil

sociodemográfico desse público, identificar seu

grau de satisfação e uso de serviços bancários

e, principalmente, suas reais necessidades e

prioridades relativas aos canais preferenciais

para seu atendimento.

Banco de Talentos

A valorização das pessoas e da diversidade,

a promoção de valores éticos e morais, assim

como o incentivo a práticas de cidadania

e responsabilidade social, são valores que

norteiam a missão da Febraban, em busca

de melhoria contínua da eficiência do sistema

financeiro e de suas relações com a sociedade,

contribuindo assim para o desenvolvimento

econômico e social do País.

Como uma das ações concretas da entidade

na busca desse objetivo, o Banco de Talentos

é uma iniciativa cultural que registra 11 anos

de histórias de sucesso para os colaboradores

dos bancos, suas famílias e colegas de trabalho.

O projeto teve início em 1994 e se desenvolve

por meio de ciclos bienais de caráter permanente,

alternando as categorias Fotografia, Pintura

e Música com Artesanato, Canto Coral, Escultura,

Literatura e Teatro. Embora não premie e não

atribua classificações, muitos bancários não

perdem uma edição do evento.

Os trabalhos são escolhidos por comissões

selecionadoras, integradas por artistas, críticos

e professores de destaque nos meios artístico

e cultural.

Em sua 12a edição, o Banco de Talentos é a

iniciativa cultural direcionada exclusivamente

a artistas amadores de maior longevidade na

história do País. Sem prêmios ou classificações,

todos os trabalhos selecionados são registrados

em CDs, calendários, livros, exposições e

espetáculos. Em 2005, o Banco de Talentos

abrangeu as categorias Artesanato, Canto Coral,

Contos, Escultura e Poesia.

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22 Relatório Social 2005

Consumidores e clientes

A razão de ser do setor bancário é seu consumidor

final, e a transparência com a qual ele aprofunda esse

relacionamento se reflete no esforço de aplicar com

eficácia as proposições contidas em seus códigos de

conduta e ética, e também em sua visão, sua missão

e seus valores.

Tem sido constante o aprimoramento no uso dos

diversos canais de comunicação para a oferta de

produtos e serviços aos clientes em geral. Assim como

ocorre com o meio de transmissão, o conteúdo

veiculado pelas mensagens também vem passando

por reformulações – pontuais ou profundas – sempre

que se exige uma correta adequação da linguagem

ao pleno entendimento dos usuários dos serviços

e produtos bancários.

Em 55,0% das instituições, são realizados estudos

e pesquisas com os públicos de interesse sobre danos

potenciais de seus produtos e serviços e adotadas

medidas preventivas ou corretivas com agilidade

para minimizar riscos à segurança, bem como evitar

danos morais e garantir a privacidade dos clientes.

Clareza

Ao estabelecer relações contratuais com os clientes,

90,0% dos bancos preocuparam-se em facilitar

o entendimento e a compreensão daquilo que

foi oferecido ou adquirido. E, sabendo que dúvidas

sempre podem aparecer após a veiculação das

mensagens e mesmo depois da venda do produto

ou serviço, as instituições informaram manter

um Serviço de Atendimento ao Consumidor

(por telefone ou correio eletrônico), no qual

os clientes relatam suas sugestões e críticas,

recebem orientações e têm seus eventuais

problemas solucionados.

O mesmo percentual de instituições analisa e avalia

os indicadores de desempenho desse serviço e os

utiliza em grande parte nos processos de tomada

de decisão que visam criar, manter ou descontinuar

a oferta de produtos e serviços ou mesmo no

aperfeiçoamento das práticas de atendimento.

Em 85% dos casos, os clientes são informados

sistematicamente sobre as condições e as alterações

introduzidas em produtos e serviços, como juros,

prazos, vantagens e desvantagens.

Já em 37,5% das instituições são realizadas,

inclusive, pesquisas para medir o nível de

satisfação do cliente quanto ao grau de clareza

na apresentação de informações bancárias,

como extratos de contas e contratos.

Comunicação e propaganda

Uma prática comercial é o uso de peças publicitárias

para conquistar maiores mercados para os produtos

e serviços bancários. Veiculadas na imprensa, no

rádio e na TV, em outdoors, via Internet e telefone,

por meio de fôlderes à disposição na rede de

atendimento ou enviados pelo correio, exigem

rigorosos cuidados na abordagem do tema

ou assunto.

Diante disso, o setor tem preocupação redobrada

quanto ao teor da informação. O principal

indicador revela que 87,5% se preocupam com

a comunicação interna e externa, verificando

previamente o alinhamento com as crenças

e os valores para que expresse posicionamento

ético e transparente ao público final.

Também são observadas as seguintes práticas:

• 87,5% promovem a atualização do material

de comunicação destinado aos clientes, para

tornar mais transparente o relacionamento

e mais segura a utilização dos produtos oferecidos.

• 50,0% adotam políticas contra a produção

e veiculação de propaganda que coloque

crianças, adolescentes, negros (pretos e pardos),

mulheres ou qualquer indivíduo em situação

preconceituosa, constrangedora, desrespeitosa

ou de risco.

• 80,0% realizam a análise prévia de peças

publicitárias para verificar a conformidade com

os valores éticos e com a legislação de defesa

do consumidor, inclusive com a apreciação

dos departamentos jurídicos das instituições.

Excelência no atendimento

É incessante a necessidade de as instituições

ampliarem o nível de satisfação dos diferentes

públicos. Sempre com a intenção de superar

as metas estabelecidas, os bancos promovem

aprimoramentos em seus canais de atendimento,

para que expressem de forma fiel seus códigos

de ética e atendam à legislação de direitos do

consumidor. Para isso, têm investido nos capitais,

humano e tecnológico, buscando o entendimento,

a análise e a solução das manifestações oriundas

dos consumidores.

Em 2005, por exemplo, 68,3% dos bancos

afirmaram efetuar o registro dessas manifestações,

por meio de um ou mais canais, para a solução

das pendências: departamentos de ouvidoria,

serviços de ombudsman, centrais de atendimento

por telefone e correio eletrônico. Em alguns

casos, começam a ser utilizados modernos

softwares, que auxiliam na resolução dos

problemas identificados. Além disso, 82,9%

procuraram identificar as causas dos problemas

apontados e aproveitaram a aprendizagem

para atualizar ou introduzir políticas de melhoria

da qualidade de seus produtos e serviços.

Relacionamento com os públicos interessados

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23Febraban – Federação Brasileira de Bancos

A política de treinamento dos profissionais de

atendimento também vem sendo amplamente

aprimorada no âmbito das organizações. Muitas

delas mantêm programas constantes, de periodicidade

trimestral a anual, com atividades presenciais ou

desenvolvidas por meios eletrônicos.

Em 85,0% dos casos, são promovidos treinamentos

contínuos para que haja uma relação ética e de

respeito aos direitos do consumidor e 75,0%

revelaram possuir programa específico para

determinar o reconhecimento de falhas, aumentar

a rapidez e propiciar autonomia na solução

dos problemas.

Outro pilar que sustenta a credibilidade do sistema

bancário está no cuidado com que são manipuladas

as informações dos clientes pelos colaboradores.

Para a manutenção dessa política, 80,5%

treinam continuamente os profissionais de

atendimento sobre a importância de procedimentos

éticos no uso das informações privadas dos

consumidores e clientes.

Especificamente em relação ao atendimento

realizado nas agências, os bancos empenharam-

se em realizar diversos treinamentos, para aumentar

a interação dos funcionários com os clientes,

efetuar mudanças comportamentais, aumentar

a clareza sobre os produtos e serviços, visando

à melhoria do relacionamento com o público

em geral. Nesse aspecto, destacam-se:

• certificação de pessoal pela Associação

Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid);

• treinamentos sobre concessão de crédito

direcionado a uma atuação com negócios

sustentáveis (que observem padrões de

responsabilidade socioambiental);

• programas educativos contra a lavagem de dinheiro;

• padronização de atividades comerciais;

• continuidade na busca de certificações dos padrões de atendimento pelas normas ISO;

• facilitação das operações por meio de rede de auto-atendimento;

• reconhecimento dos funcionários que mais se destacarem no atendimento ao cliente;

• criação de conselhos ou comitês de qualidade.

2005 2004 2003

Total de ligações atendidas pelo SAC 67.144.747 51.146.418 31.800.219

Percentual de reclamações em relação ao total de ligações atendidas pelo SAC 2,2% 2,1% 2,9%

Tempo médio de espera no telefone do SAC até o início do atendimento (em segundos) 56 31 180

Quantidade de inovações adotadas em razão da interferência do ombudsman e/ou do Serviço de Atendimento a Consumidores/Clientes 278 110 185

Número de bancos participantes: 28, 23, 13 e 13 (2005); 14, 16, 11 e 8 (2004); 17, 18, 14 e 5 (2003).

Serviços de Atendimento ao Cliente

Pesquisas

Tem sido fundamental a utilização de pesquisas de satisfação dos clientes para determinar os rumos das

decisões das instituições para a melhoria ou a criação de produtos e serviços, bem como para identificar

possíveis falhas no atendimento ou mesmo facilitar a busca por novas oportunidades de negócio.

Essas pesquisas foram realizadas em 2005 por 46,3% dos bancos, com diferentes metodologias (focus group,

entrevistas, dentre outras técnicas) e com periodicidade variada (trimestral, semestral, anual). As perguntas

foram centralizadas em três pontos primordiais: atendimento nas agências (tema abordado por 40,0%),

auto-atendimento (42,0%) e produtos e serviços (42,0%).

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24 Relatório Social 2005

Privacidade

Como participam de um negócio marcado por rigorosas regras quanto à manipulação de informações,

estabelecidas de acordo com as legislações nacional e internacional, 90,0% dos bancos têm políticas

formais e sistemas de proteção à privacidade dos consumidores e clientes. Também existem recomendações

para que sejam solicitadas apenas informações pessoais relevantes, o que ocorre em 87,5% dos casos.

Boa parte dos bancos (72,5%) também permite que o consumidor, cliente ou usuário, possa efetuar

pessoalmente inclusão, alteração e exclusão de seus dados cadastrais, e um quarto das instituições registra

formalmente as reclamações recebidas por desrespeito à privacidade do cliente.

Defesa do consumidor

Todas as ações realizadas pelos bancos na adequação dos produtos e serviços a seus conceitos de transparência

e ética permitiram que, em 2005, nenhuma multa fosse aplicada pelos órgãos de defesa do consumidor

por não-cumprimento dos regulamentos referentes à informação. Apenas 20,0% receberam alguma

autuação de órgãos como Procon, Vigilância Sanitária e Instituto de Pesos e Medidas, mas em áreas alheias

aos direitos do consumidor. Nos 30 bancos, aproximadamente, que informaram esse item da pesquisa,

o número de processos administrativos foi em média de 309, um recuo de 32,7% comparativamente à média

do ano anterior. O número de reclamações de clientes e usuários dos bancos no Banco Central do Brasil

decresceu 43,2% entre 2004 e 2005, passando de 2,59 reclamações para 1,47 em cada grupo de 100 mil

clientes, revelando o grande avanço no atendimento ao consumidor.

2005 2004 2003

Quantidade de processos administrativos (Procon, Vigilância Sanitária, Ipem) 8.643 5.513 6.989

Quantidade de reclamações no Banco Central para cada grupo de 100 mil consumidores (1) 1,47 2,59 3,41

Número de bancos participantes: 27 e 27 (2005) 16 e 15 (2004), 8 e 10 (2003).(1) Fonte: Bacen.

Direitos do consumidor

Relacionamento com os públicos interessados

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25Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Colaboradores

Perfil por cargo e gênero

Os bancos que participaram deste Relatório empregavam 402.977 pessoas em 2005. Desse total 46,5%

eram mulheres, proporção praticamente idêntica à do ano anterior (46,3%) e acima da realidade brasileira –

pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2004), do IBGE, as mulheres constituem

43,1% da população economicamente ativa (PEA).

As mulheres representavam 50,2% dos colaboradores em cargos funcionais; 47,0% em cargos de supervisão,

chefia, coordenação ou técnicos de nível superior; 29,7% em gerências; e 13,1% em posições de direção.

Esse perfil também reflete uma característica do mercado de emprego no País, em que as mulheres enfrentam

maiores barreiras do que os homens para a ascensão profissional. Para equilibrar essa relação, vários bancos

monitoram seus quadros buscando eqüidade na participação de homens e mulheres em cargos gerenciais.

Valorização da diversidade

A manutenção de programas específicos que

valorizam a diversidade em seus quadros de

funcionários foi prática usual em 46,3% dos

bancos. A grande maioria zela pela valorização

de grupos usualmente excluídos em razão de

cor, raça, orientação sexual e tipo de deficiência.

Uma parcela de 68,3% afirmou adotar políticas

de não-discriminação na admissão e promoção

de funcionários. Em algumas instituições

já existem comitês ou grupos de trabalho

específicos, que se reúnem com o propósito de

definir o planejamento e as ações sobre o tema.

Sobre a diversidade no ambiente de trabalho

destacam-se:

• 29,3% concedem extensão dos benefícios aos

parceiros de funcionários do mesmo sexo;

• 7,3% contratam indivíduos com idade superior

a 45 anos ou desempregados há mais de

dois anos;

• 2,4% oferecem oportunidades para ex-detentos;

• 73,2% possuem normas e processo para

combater o assédio sexual;

• 26,8% adotam horário flexível para homens

e mulheres com filhos menores de seis anos.

Cor/raça

Os bancos têm procurado a diversidade na

admissão e na manutenção de funcionários

oriundos de grupos sociais diversificados

e 51,2% adotam políticas de variação nas

fontes de captação de pessoas de grupos

pouco representados.

2005 2004 2003

402.977 382.786 389.074

Número de bancos participantes: 36, 33 e 40, respectivamente.

Total de colaboradores

Mulheres Homens

Total

Funcionais

Supervisão

Gerência

Direção

0% 20% 40% 50% 80% 100%

46,5%

50,2%

47,0%

29,7%

13,1%

53,5%

49,8%

53,0%

70,3%

86,9%

Distribuição por gênero

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26 Relatório Social 2005

Foram contratados colaboradores desses grupos

por meio de parcerias com o apoio de instituições

educacionais conceituadas, como Fundação Getúlio

Vargas, Universidade de São Paulo – incluindo

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe),

Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais

e Financeiras (Fipecafi), Fundação Instituto de

Administração (FIA) – e Serviço Social da Indústria

(Sesi), entre outras. Sob o conceito de cultura

organizacional, 36,6% das instituições bancárias

procuram realizar capacitações profissionais

específicas para os grupos de funcionários

usualmente discriminados. Os bancos oferecem as

mesmas políticas de remuneração

e benefícios para todo o corpo funcional.

As instituições permitem a auto-identificação

dos colaboradores, e os sistemas de informações

sobre empregados incluem quesitos como raça

e cor conforme determina a Relação Anual

de Informações Sociais (RAIS) e de acordo com

a nomenclatura utilizada pelo Censo do IBGE.

Pessoas com deficiência

As pessoas com deficiência têm ocupado cada

vez mais espaço dentro das organizações bancárias,

sendo que 56,1% mantêm programa especial

para a contratação de profissionais com tais

características e 51,2% realizaram adequações

nas estruturas físicas e de mobiliário para

a efetiva adaptação dos deficientes ao ambiente

de trabalho.

O último dado consolidado nacional sobre a

população com deficiência é do Censo 2000

do IBGE, com a identificação de 24,6 milhões

de pessoas – ou 14,5% da população naquele

ano – com algum tipo de incapacidade ou

deficiência. São pessoas com dificuldade

de enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma

deficiência física ou mental. Pesquisa do Centro

de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas

(FGV), entretanto, aponta que apenas 2,0%

dessas pessoas estão inseridas no mercado

formal de trabalho.

Há uma política nacional para a integração desse

contingente da população. As Leis 7.853/89

e 8.213/91 e os Decretos 3.289/99 e 5.296/2004

estabelecem a obrigatoriedade de as empresas

manterem em seu quadro de 2% a 5% de pessoas

portadoras de deficiência (o percentual varia

de acordo com o total de empregados)

e oferecerem condições de acessibilidade.

Mulheres brancas

Mulheres negras (pretas e pardas)

Mulheres amarelas

Mulheres indígenas

Homens brancos

Homens negros (pretos e pardos)

Homens amarelos

Homens indígenas

0% 10% 20% 30% 40% 50%

0,1%

0,1%

1,1%

1,3%

7,9%

5,1%

44,4%

40,0%

Relacionamento com os públicos interessados

Total de colaboradores

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27Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Tempo de banco – pessoas com deficiência Cargos – pessoas com deficiência

Escolaridade – pessoas com deficiênciaLotação – pessoas com deficiência

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28 Relatório Social 2005

Faixa etária

O perfil de colaboradores por idade revela a predominância dos profissionais que têm entre 26 e 45 anos.

Eles representam 63,1% do total, mais do que os 61,1% apurados pelo IBGE na Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad 2004) para as pessoas ocupadas na área urbana com idade entre 25 e 49

anos. Os bancos também empregam um percentual de pessoas com idade acima de 46 anos que é superior

aos indicadores nacionais: 20,0%, ante 16,7% identificados pelo IBGE na população de 50 anos ou mais.

Nos cargos funcionais há um equilíbrio na proporção de faixas etárias, com maior incidência no intervalo

entre 26 e 35 anos (31,0%) e 36 e 45 anos (27,0%). Em gerências e diretorias – cargos que requerem maior

experiência – cresce a proporção de profissionais com 46 anos ou mais, que representam 42,7% dos diretores

e 33,8% dos gerentes. Nas áreas de supervisão, chefia, coordenação ou de técnicos de nível superior é maior

o contingente com idade entre 36 e 45 anos (40,1%).

0,2%

15,7%

30,3%

32,8%

19,9%

0,9%

0,2%

16 – 17 anos

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

16 – 17 anos

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

0,1%

14,3%

28,5%

33,1%

22,6%

1,2%

0,2%

16 – 17 anos

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

0,2%

17,4%

32,5%

32,6%

16,7%

0,5%

0,1%

Relacionamento com os públicos interessados

Faixa etária – total Faixa etária – homens Faixa etária – mulheres

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29Febraban – Federação Brasileira de Bancos

0,3%

11,6%

45,4%

34,4%

5,4%

2,9%

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

6,4%

36,0%

40,1%

16,8%

0,6%

0,1%

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

1,5%

18,7%

46,0%

32,8%

0,9%

0,1%

18 – 25 anos

26 – 35 anos

36 – 45 anos

46 – 55 anos

56 – 60 anos

Mais de 60 anos

22,7%

31,0%

27,0%

18,2%

0,9%

0,2%

Faixa etária – direção

Faixa etária – supervisão Faixa etária – funcionais

Faixa etária – gerência

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30 Relatório Social 2005

Tempo de banco

Há equilíbrio entre os profissionais com mais de dez anos de casa (50,5%) e os que ingressaram há menos

de dez anos nas instituições (49,5%), mas com o maior contingente concentrado no período até cinco

anos (41,1% do total). É menor o número de mulheres do que o de homens que atuam no banco há mais

de 20 anos (16,6% e 25,8%, respectivamente).

Escolaridade

O nível de escolaridade dos colaboradores dos bancos supera a média nacional da população economicamente

ativa identificada pela Pnad 2004: 41,2% concluíram o Ensino Médio ou profissional e 44,5% o Ensino

Superior, ante 23,1% da população que estudou de 11 a 14 anos (o equivalente ao Ensino Médio) e apenas

6,1% que estudou 15 anos ou mais. Entre os profissionais das instituições bancárias destacam-se ainda

10,2% com pós-graduação, mestrado ou doutorado.

A escolaridade é mais elevada entre as mulheres (47,6% têm curso superior e 9,1% pós-graduação, mestrado

ou doutorado) do que entre os homens (41,9% e 11,2%, respectivamente). Essa realidade tem aderência

com os indicadores nacionais: 30,3% das mulheres estudaram de 11 a 14 anos e 9,2% mais de 15 anos,

em comparação a 23,1% e 6,1% dos homens, respectivamente.

Relacionamento com os públicos interessados

Escolaridade – total Escolaridade – homens Escolaridade – mulheres

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31Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Lotação por dependência

A maior parte dos colaboradores (69,0%) atua em agências, Postos de Atendimento Bancários (PABs)

e Postos de Arrecadação e Pagamento (PAPs), como decorrência da própria natureza da prestação de

serviços das instituições bancárias. Já no atendimento remoto (fora das agências, em mesas e plataformas,

via telefone e terminais eletrônicos) trabalham mais 2,9%.

Na infra-estrutura de apoio (como contabilidade, processamento de dados e serviços administrativos)

estão 24,0%. E em órgãos de negócios centralizados (câmbio, open market, repasses) atuam 4,1%.

41,1%

8,4%

29,0%

21,5%

Até 5 anos

De 5 a 10 anos

De 10 a 20 anos

Mais de 20 anos

39,3%

7,8%

27,1%

25,8%

Até 5 anos

De 5 a 10 anos

De 10 a 20 anos

Mais de 20 anos

43,1%

9,2%

31,1%

16,6%

Até 5 anos

De 5 a 10 anos

De 10 a 20 anos

Mais de 20 anos

69,0%

2,9%

4,1%

24,0%

Agências, PABs e PAPs

Atendimento remoto

Órgãos de negócioscentralizados

Infra-estrutura de apoio

71,1%

4,0%

3,5%

21,4%

Agências, PABs e PAPs

Atendimento remoto

Órgãos de negócioscentralizados

Infra-estrutura de apoio

67,2%

2,0%

4,5%

26,3%

Agências, PABs e PAPs

Atendimento remoto

Órgãos de negócioscentralizados

Infra-estrutura de apoio

Tempo de banco – total Tempo de banco – homens Tempo de banco – mulheres

Lotação – total Lotação – mulheres Lotação – homens

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32 Relatório Social 2005

Desenvolvimento profissional e empregabilidade

Dar chances a seus empregados de aumentar as competências profissionais por meio de programas

específicos de desenvolvimento e treinamento é prática comum para 80,0% dos bancos pesquisados.

São oferecidos treinamentos, presenciais ou não, que visam ao direcionamento da carreira, à ampliação

de conhecimentos gerais e posturas humanas, além de cursos sobre práticas comerciais.

Em 2005, 61,1% dos bancos informaram investimentos de R$ 719,3 milhões em programas de educação,

treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, com uma média de 66 horas por empregado/ano

(em comparação a R$ 300,7 milhões e 43,9 horas em 2004).

Além disso, 70,3% dos bancos informaram ter destinado R$ 154,3 milhões para bolsas de estudo (cursos

de graduação, pós-graduação, técnicos e de especialização ou ainda de idiomas), beneficiando 24.403

colaboradores – 189,5% e 25,2% acima do registrado em 2004 (R$ 53,3 milhões e 19.949 pessoas,

respectivamente), de acordo com idêntico número de instituições.

Compromisso com futuras gerações

O setor deu continuidade, em 2005, às ações de comprometimento com as novas gerações, com abertura

de oportunidades no mercado de trabalho, promoção de políticas para erradicar o trabalho infantil e participação

em ações sociais e educativas em conjunto com entidades assistenciais.

Com relação à legislação trabalhista, todos os bancos respeitam a determinação de não empregar crianças

menores de 16 anos, com exceção dos participantes do projeto Adolescente Aprendiz.

A totalidade dos bancos participantes declarou não utilizar menores de 18 anos em trabalhos noturnos

ou considerados insalubres, ratificando assim seus princípios éticos. No mesmo sentido, 57,1% afirmaram

exigir de seus parceiros e fornecedores a não-contratação de mão-de-obra infantil. Além disso, 31,0%

auxiliam empresas de outros setores a respeitarem essa prática condenada no mundo inteiro.

Como parte do compromisso com o futuro das novas gerações, 26,2% ainda informaram manter programas

educativos e sociais para filhos de funcionários e 21,6% apóiam o poder público em ações que beneficiam

a criança e o adolescente.

Programas de trainees e estagiários são adotados como parte da estratégia de renovação permanente

do quadro de pessoal e criação de oportunidades para o ingresso de jovens no mercado de trabalho.

Relacionamento com os públicos interessados

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33Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Remuneração e benefícios

A efetiva produtividade e o comprometimento dos funcionários são obtidos por meio de políticas eficientes

de remuneração e de concessão de benefícios. Nas pesquisas realizadas por 46,3% dos bancos são usualmente

incluídos itens que permitem medir a satisfação interna quanto à política de remuneração e benefícios.

Também são considerados os seguintes índices:

• todas as instituições oferecem participação nos resultados;

• 92,7% concedem planos de saúde familiar;

• 51,2% possuem política de remuneração variável, principalmente para funcionários lotados na rede

de agências e áreas comerciais;

• 9,8% oferecem aos funcionários a possibilidade de se tornarem acionistas (stock options);

• 36,6% mantêm creche no local de trabalho ou por rede conveniada, além dos benefícios estabelecidos

em convenção coletiva firmada com sindicatos de bancários;

• 22,0% oferecem taxas de juros diferenciadas no financiamento de casa própria.

2005 2004 2003

Número total de trainees contratados no período 307 672 137

Número total de estagiários efetivados no período 3.088 2.428 2.652

Número total de adolescentes (idade entre 14 e 17 anos,inclusive) contratados pela Lei de Aprendizagem no período 9.323 10.272 4.001

Bancos participantes: 12, 30 e 25 (2005); 28, 30 e 30 (2004); 28, 26 e 28 (2003).

2005 2004 2003

Valores totais distribuídos (R$ milhões) 1.613,9 1.577,0 1.354,9Número de colaboradores beneficiados (mil) 402,9 379,8 304,2Valores totais distribuídos aos diretores estatutários (1) (R$ milhões) 63,7 57,8 100,3

Bancos participantes: 26, 27 e 16 (2005); 27, 27 e 18 (2004); 29, 28 e 10 (2003).(1) Os dados de 2003 referem-se a todos os administradores e não apenas aos diretores estatutários.

Programas de participação nos resultados e bonificações

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34 Relatório Social 2005

Nº de Nº de Nº de Nº debancos 2005 bancos 2004 bancos 2003 bancos 2002

Demonstrativo de benefício

Valor total – Cosif: 8.1.7.27.00-3 + 8.1.7.30.60-5 (R$ milhões) 30 4.586,4 27 3.993,2 29 3.040,8 29 2.507,4

Alimentação (custo da alimentação em geral: tíquetes, restaurante)

Valores totais (R$ milhões) 31 1.922,3 28 1.719,7 24 1.364,1 24 1.132,6

Número de beneficiados 33 513.993 28 436.115 24 302.766 24 288.850

Saúde (assistência médica/convênio/auxílio-doença)

Valores totais 30 938,2 26 781,8 23 571,4 23 517,0

Número de beneficiados 32 799.789 27 674.822 23 273.099 23 254.455

Transporte (custos do transporte em geral, como vale-transporte, ônibus)

Valores totais (R$ milhões) 32 102,6 27 93,8 19 73,2 19 53,3

Número de beneficiados 32 126.056 26 110.548 19 88.400 19 81.895

Seguros (seguros de vida e de acidentes pessoais pagos pelo banco)

Valores totais (R$ milhões) 27 15,4 25 14,3 20 11,5 20 10,8

Número de beneficiados 29 236.519 24 195.740 20 123.140 20 128.504

Creches (manutenção de creches e auxílio-creche/babá)

Valores totais (R$ milhões) 31 129,9 28 116,0 20 77,9 20 72,2

Número de beneficiados 31 71.772 24 54.036 20 51.253 20 52.339

Educação (bolsas de estudo)

Valores totais (R$ milhões) 26 154,3 26 53,3 - - - -

Número de beneficiados 25 24.403 24 19.498 16 29.970 - -

Cursos de nível superior 18 10.103 23 11.418 16 6.137 - -

Cursos técnicos e de especialização 10 9.369 20 4.162 16 17.479 - -

Cursos de idiomas 16 2.386 22 13.646 16 3.803 - -

Programa de pós-graduação e mestrado no Brasil (custeado pelo banco) 19 2.511 23 3.460 16 2.502 - -

Programa de pós-graduação e mestrado no exterior (custeado pelo banco) 4 34 21 48 16 49 - -

Donativos assistenciais (tratamento médico-hospitalar, aparelhos ortopédicos,cadeiras de rodas, exames médicos não cobertos pelos convênios)

Valores totais (R$ milhões) 5 2,2 16 6,3 4 5,3 4 5,0

Número de beneficiados 4 2.323 15 1.856 4 1.519 4 1.002

Atividades de lazer (subsídios e donativos para associações de funcionários,atividades de lazer e recreação)

Valores totais (R$ milhões) 10 7,7 19 7,0 - - -

Número de beneficiados 4 2.323 19 93.016 - - -

Outros (ajuda-aluguel, licença-prêmio, salário-educação, medicamentos,academia de ginástica, mudança, ajuda a expatriados, vacinação, medicina e segurança no trabalho)

Valores totais (R$ milhões) 5 89,9 20 113,4 7 26,1 22,7

Número de beneficiados 4 29.371 16 46.772 7 81.335 52.210

Benefícios concedidos (número de empregados beneficiados)

Crédito imobiliário 10 89.876 18 1.381 - - -

Outros empréstimos em condições privilegiadas 5 96.097 18 24.385 4 28.890 -

Benefícios concedidos aos colaboradores

Relacionamento com os públicos interessados

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35Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Saúde e segurança no trabalho

A qualidade de vida dentro e fora das dependências de trabalho, assim como a preocupação com a segurança

e a saúde dos colaboradores, continua a ser objeto de aprimoramento por parte do sistema bancário. Nesse

sentido, 46,3% dos bancos mantêm planos e estabelecem metas que pretendem ultrapassar os padrões

de excelência em relação a esse tema, além de realizarem campanhas regulares de conscientização entre

seus públicos e pesquisas periódicas para aferição dos níveis de eficácia e satisfação.

Normas e procedimentos de segurança no trabalho, do meio ambiente e da saúde ocupacional, reconhecidas

mundialmente, começam a ser observadas nas organizações.

Muitos bancos (34,1%) também têm incentivado a prática regular de exercícios físicos dentro do horário

de trabalho e 22,0% adotam políticas visando equilibrar a vida profissional com a pessoal.

Entre as instituições, 25,0% também mantêm programas específicos dirigidos aos funcionários sobre doenças

relacionadas a drogas e ao álcool e para portadores de HIV. Estão incluídos ainda programas para a saúde

da mulher.

Relacionamento sindical

O relacionamento do setor bancário com entidades sindicais é marcado pela transparência nas negociações.

Sua característica mais significativa é a unificação nacional dos acordos coletivos anuais. Critérios de transparência

nas relações entre banco e representantes sindicais são preconizados por 87,8% das instituições e 71,0%

procuram fornecer rapidamente as informações que afetem os trabalhadores.

Bolsas de estudo – beneficiados por curso

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36 Relatório Social 2005

Relacionamento com os públicos interessados

Gestão participativa

É prática recorrente o incentivo para que os funcionários participem dos processos decisórios que ocorrem

nas organizações. Em muitas delas, o planejamento é realizado com suporte orçamentário e autonomia em

relação aos altos níveis hierárquicos. Além disso, os bancos afirmam não interferir nos processos decisórios

para eleição dos integrantes de comissões internas de prevenção a acidentes ou de PLR.

Demissões e admissões

O desligamento de pessoal, por demissão ou aposentadoria, também merece atenção especial por parte

do setor. Cerca de 70,0% dos bancos se preocupam em evitar as demissões e, diante de inevitáveis

situações, procuram discutir alternativas com os empregados. Em 37,0% foram criados programas de

demissão voluntária e ainda oferecida ajuda na recolocação do ex-empregado no mercado de trabalho,

enquanto a convenção coletiva de trabalho oferece condições para a atualização profissional dos demitidos.

Os bancos participantes da pesquisa admitiram 49.149 pessoas em 2005, enquanto demitiram 31.100.

Os homens representaram 54,8% dos demitidos e 51,6% dos admitidos, concentrando-se a movimentação

de pessoal em cargos funcionais (55,8% e 77,8%, respectivamente). Por faixa etária, 57,5% dos demitidos

tinham entre 26 e 45 anos, enquanto houve equilíbrio na contratação de profissionais de até 35 anos (47,1%)

e com mais de 46 anos (50,0%), indicando a busca pelo equilíbrio entre juventude e experiência. E, por

lotação, tanto as demissões quanto as admissões concentraram-se nas agências e Postos de Atendimento

Bancário (65,2% e 66,8%, respectivamente).

O turnover foi de 7,7% (8,8% no ano anterior), sendo mais elevado em cargos de direção (14,4%).

Demitidos Admitidos Turnover (%)

Total 31.100 49.149 7,7Cargos de direção 244 117 14,4Cargos de gerência 4.716 5.949 8,6Cargos de supervisão, chefia, coordenação e técnico de nível superior 8.790 4.827 9,0Cargos funcionais 17.350 38.256 7,0

Movimentação de pessoal por cargo

Bancos participantes: 36.

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37Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Funcionais

Supervisão

Gerência

Direção

Funcionais

Supervisão

Gerência

Direção

Mulheres Homens Mulheres Homens

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

50,5%

43,1%

31,1%

13,9%

49,5%

56,9%

68,9%

86,1%

51,1%

44,1%

35,1%

14,5%

48,9%

55,9%

64,9%

85,5%

Mais de 46 anos

De 26 a 45 anos

Até 25 anos

Mulheres Homens

0% 20% 40% 60% 80% 100%

51,5%48,5%

54,8%45,2%

53,7%46,3%

Demissões – por cargo Admissões – por cargo

Demissões – por faixa etária

Mais de 46 anos

De 26 a 45 anos

Até 25 anos

Mulheres Homens

0% 20% 40% 60% 80% 100%

50,7%49,3%

65,6%34,4%

51,6%48,4%

Admissões – por faixa etária

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38 Relatório Social 2005

Aposentadoria

Quando o assunto é aposentadoria, 22% dos bancos têm programas que preparam o profissional para deixar

de desempenhar uma atividade remunerada, oferecendo apoio na busca de uma melhor qualidade de vida

por meio do equilíbrio físico, emocional e financeiro, além de estender benefícios, como planos de saúde

e seguro de vida em grupo. Em 2005, 6.114 profissionais participaram desses programas, em comparação

a 3.241 informados em 2004.

Adicionalmente, 56,1% mantêm planos de previdência complementar a todos os funcionários.

Relacionamento com os públicos interessados

Agências, PABs e PAPs

Atendimento remoto

Órgãos de negócios centralizados

Infra-estrutura de apoio

65,2%

4,7%

5,4%

24,7%

Agências, PABs e PAPs

Atendimento remoto

Órgãos de negócios centralizados

Infra-estrutura de apoio

66,8%

9,3%

5,2%

18,7%

Demissões por lotação Admissões por lotação

Demissões Admissões

Até 25 anos

De 25 a 45 anos

Mais de 46 anos

22,1%

57,5%

20,4%

Até 25 anos

De 25 a 45 anos

Mais de 46 anos

50,0%

2,9%

47,1%

Movimentação de pessoal por idade

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39Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Fornecedores

Ao se relacionarem com um grande número

de fornecedores de matéria-prima, serviços

ou de capital humano, os bancos têm o cuidado

de estabelecer regras claras sobre cumprimento

de legislação e práticas socialmente responsáveis.

Essa conduta é adotada por 61,0% na cadeia

de fornecimento, para que o ganho obtido

na parceria seja igual para ambos os lados.

Ao selecionarem ou desenvolverem novos

fornecedores, 63,4% estabeleceram critérios

amplamente discutidos, que visam garantir

a lisura na gestão das informações confidenciais

obtidas durante sua integração com clientes

ou o mercado em geral.

Esses são aspectos fundamentais, considerando-se

um universo de 99.684 fornecedores informados

por 76,3% dos bancos que participaram da pesquisa.

Do total de instituições, 34,2% apresentou

o porte de seus 75.140 fornecedores, dos quais

81,0% são pequenas e microempresas.

No âmbito da responsabilidade social, 34,1% das

instituições preocupam-se em divulgar e adequar

os fornecedores a seus critérios éticos. O mesmo

percentual institui programas específicos de estímulo

e treinamento desses parceiros para que iniciem

ou tomem contato com as modernas práticas

de responsabilidade corporativa.

Muitos bancos, inclusive, realizam avaliações

periódicas de desempenho dos fornecedores,

para proporcionar a possibilidade de ações

corretivas, evitando o desgaste – financeiro

ou de imagem – para as partes envolvidas.

Em 2005, uma parcela de 13,5% das

instituições informou ter inspecionado

práticas de responsabilidade social em 2.648

fornecedores, ou o equivalente a 2,7% do total.

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40 Relatório Social 2005

Ponto crucial na contratação e manutenção das parcerias é o rigoroso cumprimento da legislação que condena

o trabalho infantil. Para 42,5% dos bancos, além da inclusão de cláusulas sobre o assunto nos contratos

de fornecimento, também são realizadas inspeções regulares, visando ao cumprimento desse item. Em muitos

casos, proporcionam mecanismos para que os parceiros identifiquem e erradiquem essa prática condenável

em sua cadeia produtiva.

Desenvolvimento

Para o estabelecimento de critérios que proporcionem o desenvolvimento mútuo, visando alcançar a qualidade

total no âmbito das parcerias, os bancos destinam tempo e recursos necessários para que os benefícios do

relacionamento sejam obtidos com rapidez e eficácia.

No caso de fornecedores de igual ou menor porte, 30,0% das instituições bancárias contribuíram permanentemente

para a melhoria dos processos de gestão, tornaram disponíveis informações, incentivaram o treinamento de

pessoal e utilizaram critérios de negociação que estabelecessem premissas como crescimento, estímulo e facilitação

do envolvimento dos parceiros com projetos sociais e ambientais. Além disso, 32,5% dos bancos incluíram

na cadeia produtiva indivíduos ou empresas que desenvolvem trabalhos de inclusão social de grupos menos

favorecidos e 12,0% promovem programas de erradicação do analfabetismo dirigidos aos fornecedores.

Em outra frente, 27,5% realizam pesquisas periódicas de satisfação dos fornecedores quanto aos prazos

de pagamento, preços e tratamento.

Terceirização

Como mantêm em suas dependências um número expressivo de funcionários de empresas terceirizadas –

equivalente à média de 38,2% do número de empregados próprios –, os bancos procuram estabelecer

políticas que resguardem os direitos legais e humanos desses profissionais. A ação mais efetiva é o constante

monitoramento quanto à observância da legislação trabalhista, o que ocorre em 77,5% dos casos.

Uma parcela de 75,0% também procura zelar pela igualdade dos terceirizados em relação aos benefícios

básicos concedidos aos próprios funcionários. Já 35,0% os incluem – com a mesma consideração –

em programas de treinamento e desenvolvimento profissional.

2,8%

16,0%

81,0%

0,2%

Grandes empresas

Médias empresas

Pequenas e microempresas

Indivíduos ou gruposde comunidades locais

Relacionamento com os públicos interessados

Perfil dos fornecedores

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41Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Governo e sociedade

Mais do que estreitar os laços com o governo,

o fato de participar de políticas e projetos criados

pelas várias esferas do poder público contribui

efetivamente com a diminuição das carências

sociais e o conseqüente aumento na qualidade

de vida da sociedade brasileira. Para as instituições

bancárias, esse relacionamento proporciona

aprendizado constante e denota comprometimento

com questões culturais, educacionais e do

meio ambiente.

Dessa forma, 48,8% declararam envolvimento

com atividades sociais realizadas por entidades

governamentais, contribuindo com recursos

humanos, técnicos ou financeiros e apoio para

a elaboração, o aperfeiçoamento e a execução

de políticas públicas. Cerca de 40,0% adotam

ou patrocinam projetos para o melhoramento

das condições de ensino das escolas públicas

e também promovem programas de bolsas

de estudo.

O Programa Fome Zero, do governo federal,

é um exemplo da participação do setor em

políticas públicas e 51,0% das instituições

colaboram com esse programa.

Os bancos ainda procuram participar (58,5%) em

associações e fóruns empresariais, comissões ou

grupos destinados a constituir políticas de interesse

público e 34,1% patrocinam ou realizam campanhas

de mídia exclusivamente direcionadas a questões

de interesse público, tais como combate ao uso

de drogas e à deterioração ambiental.

O setor (39%) também procura discutir questões

relacionadas à responsabilidade social com

a direção das empresas que financia e 26,8%

dos bancos realizam a mesma ação com as

empresas nas quais investem.

Transparência

A mesma lisura no relacionamento com clientes,

colaboradores, a sociedade e fornecedores é

observada no contato com políticos e agentes

do poder público, de maneira que o respeito

às leis e à ética nas relações pessoais continue

sendo ponto-chave para o reconhecimento

das atividades bancárias.

Na mesma linha, os bancos estabelecem critérios

que proíbem o favorecimento direto ou indireto

para autoridades, agentes e fiscais do poder

público, incluindo a obrigatoriedade de denunciar

qualquer oferta recebida, sob pena de haver

punição para empregados envolvidos nesses casos.

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42 Relatório Social 2005

ComunidadeAlém de financiar e participar de políticas

de inclusão social, as instituições bancárias

procuram potencializar ações efetivas de

cooperação com as comunidades nas quais estão

estabelecidas, de maneira a manter um ciclo

virtuoso de comprometimento social. Em 2005,

40,0% dos bancos declararam adotar políticas

formais para o relacionamento com a comunidade

na qual possuem unidades de negócios e 26,8%

atuam diretamente na discussão dos principais

problemas comunitários ou no encaminhamento

de soluções para os órgãos responsáveis.

Já 44,0% destinam recursos para a melhoria

da infra-estrutura comunitária no entorno das

unidades de negócios. Esses investimentos vão

desde a destinação orçamentária para a manutenção

periódica de logradouros e praças públicas,

restauração de prédios históricos até a administração

efetiva de hospitais. Também são firmadas

parcerias em que os recursos são utilizados por

entidades assistenciais na construção de moradias

e rede de saneamento básico, bem como na

manutenção de pontes e viadutos. O mesmo

percentual de bancos direciona esforços no

engajamento com organizações assistenciais que

realizam campanhas educativas na comunidade.

Recursos

O grau de importância que os bancos dão ao

relacionamento com a comunidade é explicitado

pelo comprometimento de seu corpo diretivo na

tomada de decisões sobre onde, quando e como

investir. Em 77,5% das instituições, essa decisão

tem a participação direta do presidente; em 52,5%,

a da vice-presidência; em 80,0% os diretores

estão envolvidos; 35,0% têm a participação

de comitê específico; e em 32,5% a direção

do instituto ou fundação também promove

as decisões.

Em relação às previsões orçamentárias para projetos

dessa natureza, 30,0% mantêm verba anual fixa;

para 7,5% o recurso é baseado no percentual

da receita; e 57,5% direcionam valores variáveis,

de acordo com a demanda exigida.

Além de recursos financeiros, os bancos realizam

doações de maneira variada:

• 72,5% doam equipamentos, móveis, materiais

de escritório ou outros materiais usados ou novos;

• 27,5% permitem que funcionários sejam

utilizados em tempo integral ou parcial;

• 15,0% oferecem serviços do banco, de forma

gratuita ou em condições diferenciadas;

• 10,0% permitem a utilização da tecnologia

desenvolvida para o banco;

• 35,0% buscam recursos com parceiros

ou com o governo;

• 47,5% destinam dinheiro do Imposto de

Renda para Fundos da Infância e Adolescência,

sendo que 25,0% incentivam a participação

de funcionários e 17,5% têm estratégias

definidas para essa política.

Uma prática que vem-se tornando comum dentro

das organizações bancárias é a criação de

departamentos ou equipes com dedicação

exclusiva para a condução de projetos sociais,

o que foi observado em 2005 em 37,5% das

instituições. Nesse mesmo grupo, são realizados

treinamentos e qualificações para que os

funcionários possam desempenhar tais funções

com o profissionalismo requerido. Além disso,

em 22,5% é usual a participação de membros

da comunidade nos processos decisórios.

No setor bancário como um todo, o gerenciamento

das ações de responsabilidade social é realizado

da seguinte forma:

• em 15,0%, por meio de institutos;

• em 12,5%, por fundações, nas quais

o conselho ou a diretoria tem integrantes

de fora do banco;

• em 30,0%, por áreas especialmente criadas;

• em 25,0%, por diferentes departamentos.

Relacionamento com os públicos interessados

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43Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Investimentos

Os investimentos em projetos ou programas destinados às comunidades somaram R$ 1.002 milhões

em 2005. Exclusivamente para cultura, foram aplicados R$ 320,3 milhões. Em iniciativas sociais, foram

investidos R$ 681,7 milhões. Do total, R$ 144,9 milhões (14,4%) representaram recursos de incentivo fiscal.

24,6%

17,8%

9,7%

0,5%

1,4%

1,1%

4,5%

1,5%

32,0%

6,9%

EducaÁão

Desenvolvimento comunitárioe ação social

Esporte

Saúde

Meio ambiente

Terceira idade

Outras categorias

Microcrédito

Cultura

Infância e adolescência

Investimentos sociais e culturais

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44 Relatório Social 2005

2005 2004 2003

Educação

Educação escolar 139,0 182,9 183,7

Atividades complementares à escola 27,5 22,6 10,6

Apoio a bibliotecas e incentivo à leitura 5,0 0,9 0,9

Erradicação do analfabetismo 17,6

Apoio à universidade pública, a programas do Ensino Superior e a universitários 25,5 12,3 12

Educação profissionalizante 30,5 18,3 1,0

Desenvolvimento comunitário

Apoio à comunidade 13,8 46,4 2,2

Combate à fome e segurança alimentar 145,8 6,9 8,9

Erradicação da pobreza e combate às desigualdades sociais 2,8 1,7 1,6

Assistência social

Doações e apoios pontuais 11,8 4,0 0,5

Assistência social 2,8 1,7 6,5

Infância e juventude

Erradicação do trabalho infantil 0,1 0,1 22,3

Apoio ao Fundo da Infância e Adolescência 6,7 - -

Esporte 93,9 75,8 168,2

Saúde 3,9 5 7,7

Meio ambiente 13,8 16,4 3,4

Terceira idade 10,7 7,2 4,3

Valorização da diversidade 1,6 1,6 2,1

Programas ou projetos de Voluntariado 1,3 1,3 1,4

Outras categorias de projetos sociais 42,3 33,2 15,5

Microcrédito 15,1

Total de investimentos sociais 611,5 446,0 456,9

Cultura e preservação do patrimônio cultural 245,5 298,9 93,4

Total 857,0 744,9 550,3

Investimentos sociais e culturais (R$ milhões)

2005 2004 2003

Lei Rouanet (8.313). 65,9 56,5 33,1Lei do Audiovisual (8.685). 8,9 7 4,5Fundo da Infância e Adolescência (Lei 8.069). 62,6 11,1 10,1Instituições de Utilidade Pública Federal (Lei 9.249). 5,7 0,4 0,7Oscip (MP 2113-32). 0,9 0,6 -Outras (leis municipais e estaduais) 0,9 5,9 3,3Total 144,9 81,5 51,7

Total geral 1.002,0 826,4 602,0

Investimentos incentivados (R$ milhões)

Relacionamento com os públicos interessados

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45Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Resultados

A apresentação à sociedade dos resultados desse trabalho é prática comum em 40,0% das instituições.

Esses bancos possuem processos sistemáticos de avaliação das ações no campo social, monitoram os

programas e projetos e sistematizam a divulgação. São estabelecidos critérios para a publicação, que podem

ter periodicidade variada dentro do ano, e são apresentados em formato de relatórios socioambientais ou

como menções dentro das análises econômicas. Há inclusive preocupação de que os dados sejam verificados

por parceiros externos (20,0% dos casos). Além disso, 47,5% preocupam-se em produzir ou apoiar

publicações ou materiais de comunicação sobre temas e/ou questões sociais de interesse da sociedade.

Áreas de atuação

Todas as regiões geográficas do Brasil recebem investimentos dos bancos em iniciativas sociais. A Região

Sudeste, por concentrar a maioria das sedes das instituições, é localização de projetos apoiados por 62,5%

dos bancos. É seguida pela Região Nordeste, onde 37,5% destinaram recursos, enquanto 27,5% mantêm

ações nas Regiões Sul e Centro-Oeste e 22,5% também atendem a Região Norte.

De todo o grupo, 47,5% dá prioridade à atuação em localidades onde possuem unidades de negócios

e 42,5% atuam em todo o território nacional, mesmo que por meio de parcerias.

Voluntariado

Faz parte da política de responsabilidade social

de muitas instituições bancárias o incentivo

aos funcionários para a prática de ações de

voluntariado, que podem envolver prestadores

de serviços, fornecedores e clientes, além

de funcionários e familiares. Chega a 40,0%

o percentual de instituições que possuem esse

tipo de programa, a 37,5% o das que destinam

verba para a atividade, a 32,5% o das que

mantêm cadastro de interessados em trabalhar

pela causa. Em 17,5% dos casos, é permitida

a liberação do expediente normal de trabalho

para realizar ações voluntárias. Alguns bancos

(32,5%) preocupam-se em treinar os profissionais

que são voluntários e 15,0% alocam recursos

humanos em entidades assistenciais.

Em 37,5% das instituições os clientes também

são mobilizados a participar de ações promovidas

no campo social, e 27,5% criam as mesmas

oportunidades para seus fornecedores.

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46 Relatório Social 2005

Projetos sociais

Educação

Entendida como essencial para o desenvolvimento

do País, a área de educação recebeu o maior

volume de investimentos sociais do sistema

bancário em 2005: R$ 246,5 milhões, o equivalente

a 36,2% dos recursos destinados especificamente

a projetos sociais, sendo R$ 245,1 milhões

com recursos próprios e R$ 1,4 milhão com

recursos incentivados.

Realizadas em parceria com organizações

não-governamentais, entidades da sociedade civil

e órgãos públicos, as iniciativas abrangem seis

frentes de atuação: educação escolar; atividades

complementares à escola; apoio a bibliotecas

e incentivo à leitura; erradicação do

analfabetismo; apoio à universidade pública;

e educação profissionalizante.

Educação escolar

Para a promoção do acesso de crianças

e adolescentes à escola e a melhoria da qualidade

do ensino foram investidos R$ 139,2 milhões

(R$ 139,0 milhões, com recursos próprios),

representando 56,5% do total destinado

à educação. Os projetos apoiados pelos bancos

são complementares ao sistema público de ensino

e envolvem melhoria do espaço físico das escolas,

formação de professores, desenvolvimento de

material educativo em geral, realização de eventos,

envolvimento da comunidade na gestão escolar

e oferta de escola para filhos de funcionários

e/ou pessoas da comunidade.

O ABN AMRO Real deu continuidade ao Projeto

Escola Brasil, iniciado em 1998 e que envolve

diretamente 151 colégios públicos de todo o País,

com 135 mil crianças e adolescentes beneficiados.

A iniciativa tem como objetivo contribuir para

a melhoria da educação na escola pública e sua

maior inserção na sociedade, visando promover

o desenvolvimento local, por meio de uma

efetiva participação voluntária de funcionários,

familiares, clientes, fornecedores e parceiros

de negócio em geral, que compõem uma rede

de relações dinâmica, criativa e produtiva.

Funcionários voluntários – 1.594 colaboradores

do banco – desenvolvem atividades culturais,

artísticas, esportivas e de lazer, em horários

alternativos ao escolar. As ações envolvem desde

a melhoria das instalações físicas até a doação

de equipamentos e a construção de novos

ambientes, como laboratórios de informática.

Desde que foi criada, a iniciativa proporcionou

a construção ou a reforma de mais de 100 espaços

para a prática de esportes e a realização de cerca

de 70 eventos esportivos. Os parceiros são

o Instituto Escola Brasil, ONG mantida pelo

banco, e as escolas públicas onde atuam os

grupos de voluntários. O projeto, em sua rede

de relações, também conta com outros parceiros,

que atuam de forma mais pontual, como lojas

de esporte, materiais de construção, informática,

empresas de transporte e outras. Os clientes

da Aymoré, empresa de financiamentos do ABN

AMRO Real, são convidados a doar R$ 1,00 por

prestação a ser paga, sendo que o banco dá

contrapartida no mesmo valor. Também são

arrecadados fundos por meio do Canto

da Escola, espaço instalado em centros

administrativos que comercializam artesanato.

Em 2005, a banco destinou R$ 1,9 milhão ao

projeto, valor que chega a R$ 6,8 milhões desde

o ano de sua criação.

Relacionamento com os públicos interessados

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47Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Banco BMC faz uma doação mensal, no valor

de R$ 9,6 mil, para a Inspetoria Salesiana de

Ensino, em Porto Alegre.

O Fundo Educação é um fundo de investimento

criado em 2001 pelo BankBoston especificamente

para estimular a permanência na escola, até

o término do Ensino Médio, de 300 crianças

e jovens atendidos pela ONG Missão Criança,

em Goiânia, Valparaíso e Cidade Ocidental (GO).

Os valores referentes à taxa de administração

ficam aplicados no mesmo fundo, sob

a responsabilidade da ONG, que se encarrega

de repassá-los anualmente a cada participante.

Em 2005, o valor foi de R$ 67,1 mil e soma

R$ 250,7 mil desde o início do apoio.

O Banco Bradesco, por meio da Fundação Bradesco,

proporcionou ensino totalmente gratuito a mais

de 107 mil alunos, incluindo-se os cursos de

educação básica, educação profissional técnica

de nível médio, educação de jovens e adultos

e formação inicial e continuada de trabalhadores,

o que mobilizou recursos totais da ordem

de R$ 167,1 milhões em 2005, provenientes

de rendas exclusivas de seu patrimônio para

diferentes projetos educacionais. No segmento

Educação Básica, da Fundação Bradesco, atende

49.966 crianças e jovens em idade escolar, de 37

escolas no Brasil. Em 2005, o investimento chegou

a R$ 129,5 milhões. A iniciativa tem o objetivo

de proporcionar à comunidade menos favorecida

o acesso ao ensino regular de qualidade, com

metodologias avançadas e ambiente motivador.

Para isso, procura atuar como pólo criador

e multiplicador de cultura e envolve, além dos

alunos, a comunidade, permitindo contato com

novos conhecimentos e novas formas de agir.

Busca ainda ampliar nos estudantes a compreensão

da própria cultura, desenvolver a originalidade,

a criatividade, a capacidade de interagir e refletir

sobre as diversidades, a possibilidade de

comunicação e a interação e inserção na

sociedade em contextos diversos.

As escolas oferecem ambiente propício para

o desenvolvimento das atividades de pesquisa,

com biblioteca, laboratórios de ciência e informática,

oficina pedagógica, além de quadras poliesportivas

e áreas verdes, utilizadas para o plantio de

hortaliças, legumes e que possibilitam aos alunos

desenvolver atividades e projetos relacionados

ao meio ambiente. A instituição também oferece

tratamento médico e odontológico, uniforme,

material escolar completo e merenda adequada

à região onde a unidade escolar está inserida.

O HSBC apoiou a construção do Centro

Profissionalizante de Inclusão Digital, da Escola

Cônego Camargo, em Curitiba (PR), iniciada em

maio de 2005. A intenção é abrir a escola para

a comunidade, fazendo com que o espaço seja

de fato público e de prestação de serviços, com

aulas de iniciação e informática, além de permitir

pesquisas na Internet e realização de trabalhos.

Foram investidos R$ 59,9 mil e desde os meados

do ano cerca de 100 alunos começaram

a receber aulas de informática dentro da grade

curricular da escola. A comunidade utiliza

o Centro Profissionalizante de Inclusão Digital

em períodos noturnos e finais de semana.

O Banco Indusval Multistock patrocina o Projeto

Educadores Leitores desde fevereiro de 2004

e tem como parceira a Organização Arrastão

Movimento de Promoção Humana, que

contribui com espaço físico e recursos humanos.

O público-alvo são professores das redes públicas

de ensino municipal e estadual de São Paulo,

Taboão da Serra e Embu das Artes. Já são

beneficiados cinco organizações sociais, 71 escolas

públicas e 120 educadores – o que significa

atingir 24 mil alunos. O objetivo é promover

a valorização do profissional da área de educação

e a difusão de seus saberes teóricos e práticos

com relação à leitura, além de estimular o hábito

de ler por parte dos educadores e as iniciativas

em que eles são protagonistas e multiplicadores

do conhecimento. Os educadores participam de

cursos de 56 horas e realizam visitas a espaços

de leitura na cidade de São Paulo.

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48 Relatório Social 2005

Nos anos de 2004 e 2005 foram formados 240

pessoas, sendo 120 por ano. A instituição investiu

R$ 30,0 mil no projeto em 2005, sendo que desde

2004 o montante é de R$ 60,0 mil. A Fundação

Itaú Social também apóia a iniciativa.

O ING Bank e o UBS apóiam o projeto Fundação

Nossa Casa – Pró-Saber, que tem como público-alvo

40 crianças de quatro a seis anos residentes na

favela de Paraisópolis, em São Paulo. O objetivo

é promover ensino de qualidade na região, que

é carente de escolas públicas. As principais

atividades incluem apoio à formação de

professores, ampliação e reforma das instalações

de educandários, doação de móveis e utensílios,

reforma de quadras esportivas e patrocínio

de passeios com as crianças. Sete funcionários

do ING estão envolvidos na iniciativa e a instituição

patrocina as atividades e participa de algumas

festas organizadas pela entidade beneficiada.

Um dos pontos fortes do projeto é promover

educação de qualidade em uma região

extremamente carente. Dentre os resultados

obtidos está o de que as crianças estão sendo

alfabetizadas e bem preparadas para seguir

o Ensino Fundamental. Em 2005, R$ 100,0 mil

foram investidos na iniciativa. Desde 2004,

quando o ING iniciou sua participação, foram

empregados R$ 150,0 mil.

O Banco Itaú, por intermédio da Fundação Itaú Social, criou, em 2002, o Programa Escrevendo o Futuro,

ação de abrangência nacional que tem como principal objetivo contribuir para a melhoria da capacidade

de leitura e escrita de alunos de escolas públicas. Para isso, enriquece as práticas de professores e impulsiona

crianças que vivem em contextos sociais desfavoráveis. O público-alvo são alunos regularmente matriculados

na 4ª e na 5ª série do Ensino Fundamental de escolas públicas de todo o País (universo de 140 mil instituições)

e professores polivalentes e de língua portuguesa que lecionam em escolas públicas. O programa tem

caráter de investimento social estratégico, pois não se limita apenas a aplicar conhecimentos existentes,

mas favorece a produção de novos conhecimentos. Assim, nos anos pares realiza-se uma grande mobilização,

com a premiação dos textos produzidos pelos alunos. A Fundação Itaú Social distribui o Kit Itaú de Criação

de Textos, que serve de subsídio para a realização de oficinas de escrita em sala de aula com os alunos.

Os melhores textos são selecionados por profissionais da área de ensino, e seus autores, bem como seus

professores, participam das Oficinas Regionais de Escrita. Nos anos ímpares, é realizada a formação de

educadores. Em 2005, os 25 mil professores inscritos no Prêmio Escrevendo o Futuro em 2004 participaram

de ações a distância por meio de publicações, Internet e programas de TV (Canal Futura). Em nove Estados

(SP, MG, CE, PE, RJ, GO, SC, PA, RS) ocorreram também oficinas de formação presencial, com 540 técnicos

das Secretarias Estaduais de Educação. Eles passaram a atuar como multiplicadores, atingindo 5.216

educadores em todo o Brasil. Em 2005 foram investidos R$ 1,7 milhão, valor que soma R$ 12 milhões

desde o início do projeto. A meta do programa para 2006, com a 3ª edição do Prêmio Escrevendo

o Futuro, é aumentar em 100% o número de escolas participantes, de professores e alunos beneficiados,

em relação a 2004, e em 20% a presença em cidades brasileiras (para chegar a 2.880). O Programa

Escrevendo o Futuro foi vencedor no Prêmio ODM Brasil 2005, sendo uma referência para os objetivos

de desenvolvimento do milênio.

Iniciado em julho de 2005, o Projeto Centenário da Avenida Central, patrocinado pelo Unibanco, mostra

a arquitetura e a evolução urbana utilizando como referência a Avenida Central – desde sua concepção

e construção no início do século XX –, o que é fundamental para compreender o desenvolvimento da

cidade, contar sua história para as novas gerações, trabalhar para a inclusão das comunidades escolares

na comemoração e estimular a preservação do patrimônio histórico e cultural. A meta é beneficiar 200

educadores, 7.400 professores e 100 mil alunos. Em 2005, foram atingidos 5.221 professores e 112.727

alunos do Ensino Fundamental. A iniciativa abrange oficinas de capacitação de professores, distribuição

de materiais didáticos específicos e suporte para atividades escolares. Os trabalhos são expostos em

diversas lonas culturais da cidade e mostras itinerantes. Ocorrem ainda palestras sobre a Avenida Central

nos centros culturais do município e é mantido um site com o resumo dos conteúdos já produzidos.

Para o desenvolvimento do projeto há a parceria da Conteúdo Expresso S/A – que é responsável por sua

elaboração, coordenação e aplicação – e do Instituto Telemar, que contribui com recursos financeiros

e materiais tecnológicos.

Atividades complementares à escola

O apoio a projetos e programas que envolvem atividades desenvolvidas fora do horário regular das escolas

reflete a visão de que a educação não se restringe à sala de aula. O objetivo é melhorar as condições de

acesso, permanência e sucesso de crianças e adolescentes no sistema de ensino por meio de atividades

educativas, culturais e esportivas que fortalecem a sociabilidade e a convivência e garantem o desenvolvimento

integral de crianças e adolescentes. Nessas iniciativas foram investidos R$ 27,5 milhões em 2005.

Relacionamento com os públicos interessados

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49Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O ABN AMRO Real desenvolve e mantém o site

de entretenimento infantil Brincando na Rede

(www.brincandonarede.com.br), dedicado a

crianças com idade entre 5 e 12 anos. O objetivo

é contribuir para a formação da criança e sua

inserção social, tornando-a capaz de usar a Internet

de forma lúdica e desenvolvendo seu potencial

de reflexão sobre temas cotidianos. O site possui

cinco canais de entretenimento – áreas interativas –,

em que personagens da fauna brasileira estimulam

os pequenos a navegar, despertando curiosidade

e interesse pela pesquisa, o raciocínio lógico, a

criatividade e a imaginação, além de contribuir

para o aprendizado de língua estrangeira e estimular

os hábitos de leitura e escrita da língua portuguesa

com mais de 20 livros virtuais, escritos com a

participação das crianças. O site tem hoje mais

de 75 mil crianças cadastradas. Para 2006, quando

o site completa cinco anos, estão estabelecidas

as metas de aumentar em 45% o índice de

acesso e em 50% o número de crianças cadastradas.

Em comemoração, serão lançadas duas obras da

Coleção Brincando na Rede (oriunda dos livros

escritos no site) e uma versão do site para crianças

deficientes visuais. Toda a renda obtida com a

venda da coleção pela Siciliano é doada à ONG

Instituto Escola Brasil. O ABN AMRO Real contribui

com 100% dos recursos do site, o que representou

em 2005 R$ 1,1 milhão.

O Banrisul apóia, desde 2004, o Projeto Pescar.

Foi a primeira empresa pública do País a integrar

a rede de franqueadas da iniciativa, que busca

promover a inclusão social de pessoas com idade

entre 15 e 18 anos nas dimensões social, cultural

e profissional. Estimula o desenvolvimento de

hábitos, atitudes de convivência e cidadania,

promove o encaminhamento ao primeiro

emprego ou estimula o empreendedorismo.

O principal parceiro é a organização Voluntariado

Banrisul, constituída por funcionários do banco.

A ela se somam outros apoiadores, como Cabergs

e Fundação Banrisul. Por intermédio de parcerias

com empresas prestadoras de serviços e fornecedores,

o banco possibilita a colocação dos jovens no

mercado formal de trabalho.

Da primeira turma, foram empregados 70% dos

19 participantes. O Banrisul beneficia a Fundação

Projeto Pescar mensalmente com o repasse

de verba (R$ 3,0 mil) e arca com os custos de

manutenção, como alimentação, deslocamento

dos jovens, uniformes, recursos pedagógicos

e materiais. Em 2004, foram investidos

R$ 88,9 mil e, em 2005, R$ 101,5 mil.

Desde 1956, o Banco Bradesco tem a preocupação

com o desenvolvimento do saber e com o respeito

e a valorização do ser humano e do meio ambiente,

dedicando-se a promover a formação integral

do aluno, o que inclui seu desenvolvimento

emocional, intelectual, cognitivo, social, ético

e estético. Nas escolas da Fundação Bradesco,

os alunos e suas comunidades são estimulados

e dão origem a projetos inovadores e criativos,

que lançam novos desafios, a partir dos problemas

identificados por eles (meio ambiente, trabalho

e consumo, sexualidade, drogas, entre outros).

Em 2005, as escolas realizaram 232 projetos

e programas educacionais, envolvendo apresentações,

de banda, coral, grupos de teatro e de dança,

oficinas pedagógicas, práticas esportivas e mostras

culturais. As atividades, os projetos e programas

educacionais são realizados com recursos próprios

e a ajuda de parceiros, como a Fundação SOS

Mata Atlântica, a Polícia Militar Ambiental

do Estado de São Paulo e o Canal Futura, que

colaboram com o desenvolvimento de ações

específicas. Em todas as unidades escolares

foram investidos R$ 746,9 mil.

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50 Relatório Social 2005

A Fundação Banco do Brasil, em parceria com

a Federação das Associações Atléticas do Banco

do Brasil, instituiu o Programa AABB-Comunidade,

que em 2005 atendeu mais de 54 mil crianças

e adolescentes de baixa renda, na faixa etária

de 7 a 18 anos incompletos, em 412 municípios

brasileiros e no Distrito Federal. Seu objetivo

é melhorar o rendimento escolar por meio de

atividades complementares socioeducativas,

culturais, desportivas e de saúde, além de reduzir

a evasão, envolver as famílias em ações que

contribuam para o bem-estar da juventude

e colaborar com a formação de políticas sociais

de atendimento integral, de acordo com as diretrizes

do Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Rádio Ativo, projeto desenvolvido pela Cidade

Escola Aprendiz, com o apoio da Fundação

BankBoston e parceria com a Rádio CBN, faz

de uma emissora de rádio ambiente de ensino

e aprendizagem sobre todas as etapas da

produção de um programa. Alunos de escolas

públicas de São Paulo e jovens em situação

de exclusão social recebem formação geral

e específica em um estágio com duração de

um ano, passando por diferentes metodologias

de aprendizagem em rádio. Ao final do período,

produzem programas que vão ao ar pela rádio

parceira. Em 2005, o projeto, em sua terceira

edição, assumiu um novo formato, sendo dividido

em duas turmas: Turma Rádio (12 jovens) e Turma

Escola (4 jovens). A primeira continua formando

jovens em comunicação e rádio e a segunda

aproveita o conhecimento adquirido pelos jovens

que participaram das edições anteriores, como

capacitadores da comunidade escolar, para

construção de rádios comunitárias em escolas

municipais. As primeiras experiências envolveram

as escolas municipais Olavo Pezzotti, na Vila

Madalena, e Amorim Lima, no Butantã. Desde

o início do programa, a Fundação BankBoston

já investiu R$ 252,4 mil, sendo R$ 65,4 mil

em 2005.

O projeto Criança Arteira, da Caixa Econômica

Federal, tem como objetivo promover a inclusão

social ao contribuir para sanar a carência

artístico-educacional dos alunos das redes pública

e privada de ensino e de instituições sociais,

quebrando barreiras sociais, geográficas

e culturais. São realizadas oficinas infanto-juvenis

de artes, música, teatro e dança, além de monitoria

às exposições em cartaz nas galerias e visita ao

Teatro da Caixa. O banco ainda proporciona

transporte e lanches para os alunos. A iniciativa –

que acontece desde julho de 2003 e é realizada

em Brasília – beneficiou 8.114 pessoas diretamente

em 2005 (30 mil desde seu começo), ano em

que sua atuação foi ampliada, envolvendo novas

oficinas para crianças e adolescentes e também

oficinas destinadas a públicos específicos: portadores

de necessidades especiais e idosos vinculados

a entidades assistenciais. Em 2006, o projeto será

ainda mais amplo, chegando aos espaços culturais

da Caixa em Curitiba, Salvador, São Paulo

e Rio de Janeiro. Em 2005, o banco destinou

R$ 250,0 mil para o projeto. Desde 2003,

o total investido, sempre com recursos próprios,

é de R$ 600,0 mil.

O programa Bancos em Ação Citibank, desenvolvido

pela Associação Junior Achievement e aplicado

exclusivamente pelo Citigroup no Brasil desde

1998, visa despertar o espírito empreendedor

nos jovens ainda na escola, estimular o

desenvolvimento pessoal, proporcionar uma visão

clara do mundo dos negócios e facilitar o acesso

ao mercado de trabalho por meio de programas

práticos. Ele é realizado por meio de um simulador

de um banco virtual que permite aos participantes

administrá-lo em condições competitivas,

compreendendo seu funcionamento, operando

com taxas de curto e longo prazo para captação

e empréstimo de dinheiro. Somente no Brasil,

o Torneio Nacional Bancos em Ação Citibank

já chegou a oito Estados e contou com

a participação de 14 mil jovens, entre os anos

de 1998 e 2005.

Além do Torneio Nacional, em 2005 o Brasil

sediou pela segunda vez consecutiva o Torneio

Latino-Americano Bancos em Ação Citibank,

que contou com a participação de 17 países

e no qual a equipe brasileira sagrou-se campeã.

O Centro Educacional e Esportivo Jorginho –

Instituto Bola Pra Frente, do Rio de Janeiro,

recebe desde 2004 o apoio do HSBC, com

o objetivo de promover o resgate de 700 crianças

e adolescentes entre 6 e 16 anos por meio de

atividades atraentes e de qualidade. As principais

ações envolvem futebol, voleibol, futsal, karatê,

xadrez, aulas de apoio pedagógico, língua

portuguesa, matemática, recreação dirigida,

educação artística, educação nutricional, meio

ambiente, filosofia e informática, oficinas

culturais e aulas de informática e tecnologia.

As atividades buscam ampliar as perspectivas de

vida dos participantes e melhorar a qualificação

profissional, assegurando o envolvimento das

crianças e adolescentes e a assiduidade ao projeto.

Além disso, para os jovens entre 14 e 16 anos

possibilitam a inserção no mercado de trabalho

nas áreas de tecnologia e informática, no que

o projeto conta com a colaboração de empresas

parceiras. Durante o ano foram investidos

R$ 55,0 mil, valor que sobe para R$ 115,0 mil

desde 2004.

Desde dezembro de 2004, o Banco Indusval

Multistock destinou R$ 80,0 mil de recursos

incentivados para o projeto Arrastão Cultural,

desenvolvido na zona sul da cidade de São Paulo.

A ação beneficia crianças com idade entre

7 e 14 anos que freqüentam a organização

e tem o objetivo de promover o resgate

e a disseminação da cultura na comunidade,

por meio da reflexão sobre a cultura brasileira

e sua diversidade. Entre jovens, crianças

e adultos, são atendidas diariamente pelo

Arrastão 800 pessoas, sendo 240 somente

no Núcleo Socioeducativo. Em 2005 foi realizada

uma mostra cultural, que teve a participação

de 700 pessoas. Foram oferecidas oficinas

de música, vídeo, dança, poesia e visitas

a centros culturais.

Relacionamento com os públicos interessados

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51Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Três funcionários do banco estão envolvidos com as atividades, que devem ser novamente apoiadas em 2006.

Para contornar a grande rotatividade de profissionais na organização, são feitos registros das atividades

e planos, de forma que novos educadores possam continuar o que havia sido planejado.

Os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Tide Setúbal são o público-alvo de projeto iniciado

em março de 2005 e para o qual o ING Bank destinou R$ 25,6 mil no ano. São beneficiadas 340 crianças

de São Paulo, com idade entre quatro e seis anos, que têm acesso à informática em aulas ministradas por

profissionais especializados. Para isso, foi montada uma sala, doados computadores e feito o cabeamento

de rede e a oferta de acesso à Internet. Por meio de atividades lúdicas e brincadeiras, as crianças se

familiarizam com o uso do computador, o que promove, entre outras coisas, desenvolvimento motor fino

e abre novas oportunidades e conhecimento a partir do uso da Internet. O conteúdo do projeto foi desenhado

em linha com a proposta pedagógica da escola. Foram instaladas, ainda, cortinas em todas as salas de aula

da escola, realizadas três festas – Páscoa, Dia da Criança e Natal – e patrocinada uma apresentação de teatro.

Quatro profissionais do ING foram envolvidos na instalação dos computadores nas escolas. Ao longo do ano,

foram duas aulas semanais de uma hora de duração para as seis classes do primeiro e do segundo estágio.

O Programa Educação e Participação, da Fundação Itaú Social, realizado em parceria com o Fundo

das Nações Unidas para a Infância (Unicef), acontece desde 1995 e tem como público-alvo organizações

não-governamentais que realizam projetos socioeducativos para crianças e adolescentes de todo o País.

Seus principais objetivos são promover o desenvolvimento de ONGs, qualificar, valorizar e divulgar sua

ação educativa e participar e contribuir no debate e na formulação de prioridades da política pública para

a infância e a juventude. É composto por três projetos: 1) Prêmio Itaú-Unicef, que busca identificar e dar

visibilidade ao trabalho de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que estimulam o ingresso,

o regresso, a permanência, a aprendizagem e a participação na escola pública, contribuindo para

a educação integral de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, em condições de vulnerabilidade

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52 Relatório Social 2005

socioeconômica – em 2005, recebeu a inscrição

de 1.682 projetos; 2) Encontros de Formação,

realizados nos anos pares com o intuito de

proporcionar aos educadores e coordenadores

das organizações, assim como aos agentes

públicos participantes do processo seletivo

do Prêmio Itaú-Unicef, um momento de reflexão

e aprimoramento de suas práticas e de aproximação

para a construção de parcerias – oferece diferentes

estratégias de formação presencial e a distância;

3) Gestores de Aprendizagem, que pretende

constituir um marco-referência para uma ação

educativa diferenciada em programas

complementares à escola, introduzindo

a aprendizagem como foco prioritário do trabalho

desenvolvido e os sujeitos crianças adolescentes

como atores principais da ação pedagógica.

Foram beneficiados, no ano, 233 profissionais

de 117 ONGs, 166 técnicos do poder público

e 60 profissionais de escolas públicas.

Os bancos JPMorgan e Santander Banespa

apóiam o Curso Pré-Vestibular Comunitário,

que beneficiou, durante o ano, 30 jovens entre

17 e 22 anos, com renda per capita familiar

inferior a um salário mínimo e oriundos do

Projeto Aprendiz JPMorgan, de projetos sociais

desenvolvidos ou apoiados pelo Santander

Banespa ou, ainda, da ONG Cidade Escola

Aprendiz, que também é parceira do projeto.

Estes bancos financiam a iniciativa, o que inclui

despesas para a contratação dos professores

pela Fundação Instituto de Administração (FIA) –

entidade conveniada à Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade da USP (FEA) –,

aluguel da sala de estudos, aquisição de

equipamentos (como computadores e quadro-

negro), mobiliário, material didático, bolsa-auxílio

de um salário mínimo aos estudantes, transporte

e alimentação. O objetivo é permitir que os alunos

ingressem em universidades de primeira linha.

Estão cursando a faculdade 42% dos alunos

que fizeram o cursinho em 2004. Em 2005, 25

jovens concluíram o cursinho, sendo 9 aprovados

em mais de uma universidade, totalizando 17

aprovações em instituições como USP, Unesp,

Cefet, Prouni, Fatec, PUC e Senac.

O Projeto Educacional Mercantil do Brasil acontece

há cinco anos e atinge crianças de três a dez

anos de 61 cidades do interior de Minas Gerais.

O objetivo é auxiliar as escolas e os professores

por meio da oferta de material pedagógico

de qualidade, complementar à educação formal,

abordando temas como histórias folclóricas,

preservação da água, reciclagem de lixo

e solidariedade.

Ao todo, são beneficiadas 4,5 mil escolas, o que

representa 150 mil crianças. Em 2005, o banco

investiu R$ 110,0 mil na iniciativa e, em cinco

anos, o montante chega a R$ 500,0 mil. Em 2006,

a iniciativa deve ter continuidade, com o tema

incentivo à leitura.

a função dos bancos, funcionamento de operações,

auto-atendimento, segurança bancária, cuidados

com o uso do dinheiro e finanças pessoais.

A Caixa envolve-se diretamente no programa,

com a participação de, em média, 20 funcionários

para cada escola contemplada.

O Santander Banespa realiza desde 2003

o projeto Redescobrindo o Centro de São Paulo,

dirigido a crianças de 7 a 14 anos de entidades

sociais e escolas públicas. A ação surgiu em

parceria com a Fundação Abrinq, que seleciona

as entidades participantes. O objetivo é favorecer

a socialização das crianças, que realizam caminhadas

pelo centro histórico de São Paulo. As atrações

servem como subsídio para trabalhar conceitos

de história, geografia e língua portuguesa.

O Programa Escola na Nossa Caixa foi iniciado

em março de 2005 e é destinado a estudantes

do Ensino Médio e Profissionalizante, matriculados

nas redes pública e particular. O programa

é desenvolvido em São Paulo, porém atinge

a Grande São Paulo e todo o interior paulista.

As atividades são organizadas de modo

a proporcionar estudos para o conhecimento

e aprofundamento sobre uma instituição

financeira; desenvolvimento de pesquisas,

trabalhos, redação, dentro do Sistema de

Pagamentos Brasileiro, mesa de operações,

Banco Central, segurança bancária, Loteria

Paulista e Espaço Cultural Nossa Caixa, detalhando

As crianças recebem o material da visita com uma

semana de antecedência, para que os educadores

possam trabalhar as informações na entidade.

Durante a visita, ganham um mapa dos lugares

por onde passarão. No ano, 520 pessoas foram

beneficiadas com o projeto. Em 2005, o Redescobrindo

o Centro, além de firmar parceria para atender

crianças de escolas públicas da subprefeitura

da Sé, deu origem ao Redescobrindo a Avenida

Paulista, que beneficiou cinco entidades ligadas

à Fundação Abrinq. Há a perspectiva de,

proximamente, criar outros roteiros, além

de ampliar o número de pessoas atendidas.

Relacionamento com os públicos interessados

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53Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Centro de Estudos Instituto Unibanco, existente

desde 2003, beneficia, por mês, uma média de

2.500 crianças e adolescentes do Distrito Raposo

Tavares – localizado na cidade de São Paulo –,

totalizando 34.243 em 2005. A ação é desenvolvida

em parceria com escolas públicas, com o objetivo

de compreender as principais demandas e

transformá-las em ações nas oficinas socioeducativas.

Seu objetivo é dar novas perspectivas e oportunidades

de vida a crianças e jovens da comunidade do

entorno, contribuindo para a melhoria da qualidade

de vida por meio de ações focadas em educação

complementar, como oficinas socioeducativas,

acesso à biblioteca e a atividades de cultura e

lazer, como cinema, palestras e cursos extras,

atividades desenvolvidas em 2005. Ao todo,

12 funcionários do Instituto Unibanco estão

envolvidos com o projeto, que atende mais de

400 crianças e adolescentes apenas nas oficinas.

Apoio a bibliotecas e incentivo à leitura

A habilidade de ler e compreender o conteúdo

do texto estimula o aprendizado, permite a inclusão

social e o alcance da plena cidadania. Para atingir

esses objetivos, os bancos apóiam a construção

e/ou manutenção de bibliotecas, projetos e

programas que incentivam crianças, adolescentes

ou adultos ao hábito da leitura, com a oferta de

acesso a livros e publicações multimídia em geral.

Nessas iniciativas foram investidos R$ 5,0 milhões

em 2005.

O Banco da Amazônia é um dos patrocinadores

do projeto Expedição Vagalume, que em 2005

chegou a sua segunda etapa. A iniciativa favorece

crianças, jovens e adultos de escolas públicas

e as comunidades, sendo que a Associação

Vagalume atende 1.394 famílias. Ao todo, são

49 comunidades rurais localizadas na área da

Amazônia Legal. O projeto tem o objetivo de

fornecer livros às bibliotecas criadas na primeira

etapa da ação, além de realizar seminários de

leitura e de capacitação nas comunidades, criar

grupos – como Guardiões da Limpeza e Roda de

Histórias – e promover palestras e exibição de

filmes para a população. A meta é distribuir 25

mil obras. Dessa forma, pretende-se difundir e

fortalecer o hábito da leitura entre as pessoas

e qualificar os participantes. Em 2005, o banco

destinou ao projeto R$ 112,6 mil, por intermédio

da Lei Rouanet. Desde o início do patrocínio,

o montante chega a R$ 192 mil.

O BankBoston doou computadores para o Projeto

São Paulo, um Estado de Leitores, da Secretaria

Estadual da Cultura, e para a Secretaria Municipal

de Educação de São Paulo. Também foram

beneficiados com a doação outros projetos

em municípios onde a Fundação BankBoston

intervém no campo social: Ribeirão das Neves

(MG) e Russas (CE). No total, foram doados

1.042 computadores.

Desde sua criação, a Fundação Bradesco promove

ações de incentivo à leitura que atendem alunos

da educação básica e contemplam toda a comunidade

escolar – professores, funcionários, alunos que

cursam a Educação de Jovens e Adultos e a

Educação Profissional, com 107.699 beneficiados.

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54 Relatório Social 2005

São desenvolvidas ações como elaboração de um plano de leitura para os diversos segmentos, seleção

e aquisição de livros de reconhecido valor literário para atualizar os acervos e suprir as propostas de leitura,

bem como a compra de obras para formar bibliotecas de classe, além de modernização do layout e automação

das bibliotecas da instituição. Para a manutenção do projeto, a Fundação Bradesco utiliza recursos próprios

e o investimento foi de R$ 4,1 milhões em 2005 e R$ 6,6 milhões nos últimos dois anos.

O Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem o apoio do Banco do Brasil

e seu objetivo é promover o acesso a livros e estimular a leitura em comunidades do interior do País.

O Banco do Brasil contribui com 20% do valor arrecadado nas bilheterias de seus Centros Culturais.

Incentiva também a participação das agências em identificar comunidades que possam ser beneficiadas

e no acompanhamento e revitalização da Arca em conjunto com a comunidade. Até o final de 2005,

estavam instaladas 1.369 Arcas, em 315 municípios, beneficiando populações rurais, assentamentos

de reforma agrária e remanescentes de quilombos, num total de 137.649 famílias.

Criado em 1995, o projeto Biblioteca Viva é desenvolvido pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança

e do Adolescente com o apoio do Citigroup, e visa contribuir para a criação de políticas públicas de leitura

que garantam a crianças e jovens em situação de risco o acesso a livros de qualidade, além de melhorar a relação

do público infanto-juvenil com a leitura. O projeto também forma mediadores de leitura e doa acervos de

literatura infantil e juvenil para instituições de atendimento direto a crianças e adolescentes em situação

de risco. O Biblioteca Viva foi instalado, num primeiro momento, em organizações sociais de atendimento

a crianças e jovens, em projetos para jovens em conflito com a lei ou em situação de rua, em escolas públicas

urbanas e rurais. Em dez anos de existência, beneficiou cerca de 80 mil crianças e jovens em 293 núcleos

de bibliotecas em 12 cidades de dez Estados do País, e capacitou 597 mediadores de leitura. Em 2001,

numa ação conjunta com o Ministério da Saúde, o programa foi adotado em 26 hospitais públicos em dez

Estados brasileiros e beneficiou outras 95 mil crianças.

Relacionamento com os públicos interessados

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55Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O projeto Espiral da Leitura, desenvolvido pela

entidade Incentivo à Criança e ao Adolescente

(ICA), de Mogi Mirim (SP), tem o apoio do HSBC

para promover o hábito da leitura entre adolescentes

de 13 a 17 anos e diminuir as dificuldades de

aprendizagem que atingem 52% do público

atendido. Ele envolve manuseio, exploração

e leitura da literatura brasileira pelos jovens, suas

famílias e a comunidade. São atendidas diretamente

200 pessoas, que participam de círculos que

estimulam leitura de livros, reflexão sobre o

tema, discussão e conclusões. Foram adquiridos

2 mil títulos e adequado o espaço físico da

biblioteca da Escola de Ensino Fundamental

Dona Sinhazinha, aberta também para a comunidade.

Além disso, os jovens produzirão um jornal em

que todas as idades terão um espaço para colocar

suas reflexões e sínteses do material que leram.

O projeto inclui a formação de jovens multiplicadores

e mediadores de leitura, realizada em parceria

com a Fundação Abrinq. Esses jovens são voluntários

e, depois de capacitados, promoverão sessões

de leitura na escola, atendendo 300 crianças

uma vez por semana. O investimento, em 2005,

foi de R$ 111,3 mil.

Mantida pelo Banco do Nordeste desde maio

de 2004, a Biblioteca Inspiração Nordestina tem

o objetivo de estimular a leitura e a aquisição

de novos conhecimentos, além de possibilitar

intercâmbio de informações entre seus usuários

e promover a inclusão digital e informacional.

Integrada ao Centro Cultural Banco do Nordeste,

em Fortaleza (CE), seu acervo mantém obras

de grandes autores, como Raquel de Queiroz,

Graciliano Ramos e Jorge Amado, entre outros.

Promove cursos de utilização da Internet, inclusive

com um módulo básico para usuários de terceira

idade, e está desenvolvendo um setor específico

para deficientes visuais, com livros em braile

e sonoros. Em 2005, recebeu 215.157 visitantes,

25.495 acessos à biblioteca virtual e 405 pessoas

participaram de treinamento para acesso à

Internet. O investimento do banco no projeto

foi de R$ 300 mil.

O Banco Nossa Caixa apoiou a instalação e mantém

o Projeto Bibliotecas – Ação Leitura, na Academia

de Polícia Militar do Barro Branco e no Centro

de Formação de Soldados Coronel Eduardo

Assumpção, na cidade de São Paulo, numa

parceria com a Secretaria de Segurança Pública

do Estado. O objetivo é incentivar a leitura,

colocando à disposição de oficiais e seus familiares

um acervo de mais de 3.500 livros e completa

infra-estrutura. Foram investidos recursos de

incentivo fiscal no valor de R$ 190,0 mil em

2005 e de R$ 520,0 mil desde o início do apoio,

em dezembro de 2003.

O Unibanco patrocina os Círculos de Leitura,

iniciativa que conta com a parceria do Instituto

Fernand Braudel – responsável pelo desenvolvimento,

acompanhamento e execução do projeto –

e de escolas públicas estaduais de São Paulo.

O projeto favorece 1.700 jovens de 12 a 19 anos

matriculados em 24 escolas da rede pública de

Ensino Fundamental e Ensino Médio, na periferia

da Grande São Paulo, que freqüentam as aulas

e residem em bairros com altas taxas de violência

e carência de atividades de leitura. A ação utiliza

uma metodologia diferenciada, com leitura em

voz alta de clássicos da literatura e estímulo

à escrita por meio da reflexão sobre o que foi

lido e discutido coletivamente. Os objetivos são

promover o hábito da leitura, a reflexão e o diálogo;

desenvolver a capacidade de autoconhecimento,

cooperação, liderança e discernimento ético, que

se reflita em atitudes e ações de cidadania; ampliar

o acesso do jovem a recursos culturais e educacionais

dentro e fora de seu bairro; e apoiar a formação

de jovens multiplicadores. A expectativa é que

o projeto seja ampliado em 2006, atingindo 30

escolas, com a participação de 1.500 estudantes.

O Banco Votorantim apóia, desde maio de 2005,

o projeto Espaço Cultural Viver Melhor, iniciativa

desenvolvida pela Associação Viver em Família

para um Futuro Melhor, que consiste no

estabelecimento de uma biblioteca na comunidade

do Jardim Colombo, favela localizada na zona sul

de São Paulo.

Além de ser patrocinador, o banco coloca à

disposição seus recursos humanos, incentivando

sua participação como voluntários. São beneficiadas

4.500 famílias moradoras da comunidade.

As principais ações incluem a montagem de uma

biblioteca, o tombamento e a catalogação dos

livros e a captação de voluntários da comunidade

para atuarem como monitores. Com o objetivo

de promover a apropriação da biblioteca pela

comunidade, o projeto foi estruturado para que

a gestão do espaço fosse exercida por um grupo

de moradores, que recebe o apoio necessário

para sua formação, o que inclui capacitação

para utilização do software de controle do acervo

(empréstimo, devolução, cadastramento de novos

livros) e sensibilização para formação de mediadores

de leitura. Está sendo finalizada a catalogação

do acervo e iniciada a capacitação de monitores

voluntários, para então ser aberta a biblioteca.

Já existem 3 mil livros catalogados, superando

a meta inicial de 2 mil obras.

Erradicação do analfabetismo

Os bancos participam do esforço para superar

o déficit educacional representado pela realidade

em que 13% da população brasileira

economicamente ativa é analfabeta, segundo

dados do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE), o equivalente a cerca

de 20 milhões de pessoas acima de 15 anos.

Nesse sentido, destinaram R$ 17,6 milhões

a programas ou projetos de alfabetização.

O programa Alfabetização Solidária tem o apoio

de vários bancos, como Amazônia, Bradesco,

BankBoston, Santander Banespa e Unibanco.

O Banco da Amazônia destinou R$ 378 mil em

2005, beneficiando 3 mil pessoas dos Estados

do Acre, Amazonas, Pará e Tocantins, valor que

totaliza R$ 1,6 milhão nos últimos oito anos.

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56 Relatório Social 2005

O Bradesco adotou 16 municípios da Região

Nordeste e proporcionou a alfabetização de

6 mil pessoas, com recursos de R$ 1,0 milhão

durante |o ano. O BankBoston apoiou o atendimento

a 13 alfabetizadores e 325 pessoas, destinando

R$ 63 mil para a comunidade do município de

Iati. O Santander Banespa, que contribui com

o projeto em Manari (PE) desde 2000, já alfabetizou

1.125 pessoas desde 2003. O Unibanco adotou

os municípios de Alcobaça (BA), Heliópolis (BA),

Lamarão (BA), Bodocó (PE), São Bento do Una

(PE), Maraú (MG), Serra Grande (PB), Cajazeirinhas

(PB) e Duas Estradas (PB), beneficiando 3.750

alunos, com um investimento de R$ 630 mil

em 2005 e R$ 1,8 milhão desde o início

do apoio, em 1998.

Os funcionários de empresas que prestam

serviços ao ABN AMRO Real e portadores de

síndrome de Down atendidos pela ONG Carpe

Diem integram o público-alvo do Programa

Compartilhar, criado em agosto de 2003.

A iniciativa, desenvolvida na cidade de São Paulo,

tem como objetivo promover a alfabetização

de adultos e incentivar a conclusão do Ensino

Fundamental. Conta com a parceria de diversas

empresas fornecedoras do banco, que mobilizam

seus funcionários a participarem das aulas, colocam

material didático à disposição e acompanham

a evolução do grupo. Já foram favorecidas 120

pessoas, que, ao cursarem o programa, assistem

a aulas especialmente preparadas, fazem uso

de computador e biblioteca dentro das

dependências do ABN AMRO Real e participam

de atividades externas ao longo do ano. São

oferecidas aulas de habilidades básicas (equivalentes

ao processo de alfabetização) e de Ensino

Fundamental I e II. Os cursos acontecem em sala

dentro do próprio banco, o que facilita o acesso

dos estudantes. Em 2006 deverão ser abertas

novas turmas de habilidades básicas e Ensino

Fundamental. Desde o início do projeto,

o ABN AMRO Real investiu R$ 221,0 mil,

sendo R$ 82,4 mil em 2005.

Desenvolvido pelo Banco do Brasil desde 1992, e gerenciado pela Fundação Banco do Brasil a partir de

2000, o BB Educar, programa de alfabetização de jovens e adultos, já possibilitou a alfabetização de 240,6

mil pessoas e a capacitação de 30.802 alfabetizadores, que atuam/atuaram como voluntários em suas

comunidades. Em dezembro de 2005, concentrava em sala de aula outras 106,8 mil pessoas. O projeto

está consolidado em todo o País e busca, além de reduzir o analfabetismo, envolver as famílias em ações

que acentuem o exercício da cidadania, criar condições de inclusão dos alfabetizados nos cursos supletivos

ou equivalentes e envolver o poder público em iniciativas que possibilitem a concessão de documentos

de identidade aos cidadãos alfabetizados.

A Fundação Bradesco oferece o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, via teleeducação, que

em 2005 beneficiou mais de 21 mil alunos. Destinado principalmente a pais de estudantes, é realizado

em toda a rede de escolas da fundação e em empresas que oferecem escolarização a seus funcionários.

Somente em 2005, participaram do curso 2.830 alunos. Os resultados quantitativos são demonstrados

pelos índices de aprovação de 87,3% no Ensino Fundamental e 92,7% no Ensino Médio, considerados

excelentes para essa modalidade de ensino. O aluno tem no material didático a possibilidade de auto-instrução,

além do apoio diário de profissional habilitado a orientar sua aprendizagem. Nas empresas, os funcionários

contam com a facilidade de telessalas dentro do próprio local de trabalho, com ganhos de tempo e redução

de gastos com condução. Ao término de cada etapa, os alunos recebem certificação com validade nacional,

ficando habilitados a prosseguir os estudos. Em 2005, foram investidos R$ 11,5 milhões.

O HSBC apóia o projeto Nossa Escola – Ensino Especializado, desde 2004, com a meta de alfabetizar 45

pessoas com deficiência mental, de forma a proporcionar condições para o início/continuidade da escolaridade

do excepcional, de acordo com suas capacidades individuais, e promover condições para sua formação

profissional. Instalada na Vila Prudente, em São Paulo, a escola conta com o envolvimento das famílias

e criou níveis de escolarização que permitem o avanço dos alunos de forma seqüenciada, com atividades

que incluem oficinas profissionalizantes. Atualmente 36% dos alunos têm bolsas de estudo. O banco

investe R$ 60,0 mil anuais no projeto.

O Banco Itaú foi a primeira organização financeira a ingressar no Projeto Alfabetização nas Empresas, iniciado

em outubro de 2004, como parceiro da Associação de Apoio ao Programa Alfabetização Solidária (AAPAS).

O objetivo é proporcionar a alfabetização de funcionários terceirizados que atuam no banco, além de apoiar

o engajamento dos funcionários do Itaú em ações sociais e reforçar o comprometimento com ações comunitárias.

Funcionários do banco, participantes do Programa Itaú Voluntário, foram capacitados pela AAPAS para

atuarem como alfabetizadores do projeto. Também apóiam a iniciativa a Universidade Mackenzie (responsável

pela capacitação dos voluntários e o acompanhamento do projeto) e a ISS Servisystem do Brasil (fornecedora

do serviço de limpeza ao Banco Itaú, e que identificou funcionários não-alfabetizados, organizou seus

turnos e cedeu suas horas de trabalho para as aulas). Até o final de 2005, 20 pessoas foram alfabetizadas

em duas turmas. Paralelamente, foram promovidas atividades para o desenvolvimento de habilidades,

a integração social e o crescimento intelectual, como visitas a museus e centros culturais, artesanato

e eventos comemorativos.

Relacionamento com os públicos interessados

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57Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Apoio à universidade pública, a programas do ensino superior e a universitários

Programas de apoio a universidades e ao Ensino Superior receberam investimentos de R$ 25,5 milhões.

Eles envolvem a oferta de bolsas de estudo, melhoria do espaço físico de universidades ou faculdades

públicas ou privadas, apoio a estudos e pesquisas, apoio em geral para a manutenção de estudantes

universitários e apoio em geral ao sistema de Ensino Superior, visando à melhor qualidade de ensino.

Há dez anos o ABN AMRO Real concede o Prêmio Banco Real Universidade Solidária, cujo principal parceiro

é o programa Universidade Solidária. O prêmio é direcionado a instituições e alunos de Ensino Superior e

reconhece projetos de ação comunitária cujo tema seja desenvolvimento sustentável, com ênfase em criação

de renda. A cada ano são premiadas dez iniciativas, que recebem recursos para seu desenvolvimento.

Com isso, busca-se fomentar a mobilização das instituições de Ensino Superior para a elaboração de projetos,

ampliar a conscientização dos estudantes em relação a temas sociais e ambientais, além de promover

melhores condições de vida em comunidades carentes. O prêmio tem abrangência nacional e os projetos

escolhidos em 2005 envolveram 359 pessoas, entre professores e alunos. Estima-se que 150 pessoas

tenham sido diretamente favorecidas com as iniciativas durante o ano. Os projetos são realizados durante

nove meses, com avaliações trimestrais e uma avaliação final seis meses após o término do incentivo financeiro.

Em 2005, o banco destinou R$ 614 mil ao prêmio, com recursos próprios. Ao longo de dez anos, o montante

chega a R$ 3,0 milhões.

O Banco Bradesco colabora com a manutenção de salas e a oferta de bolsas de estudo para alunos

da Escola de Administração de Empresas Fundação Getúlio Vargas, numa parceria que existe há 15 anos

e propiciou estudo gratuito e de qualidade a dezenas de alunos carentes.

Com o envolvimento direto de executivos da instituição, o HSBC é parceiro do Student in Free Entrepreneurship

(Sife), programa internacional que estimula jovens universitários a aplicarem seus conhecimentos para

a melhoria da qualidade de vida das comunidades. Entre outros parceiros no País estão o Banco do Brasil

e a KPMG. Os jovens devem usar ferramentas de administração e obter resultados concretos em projetos

que criem renda, inclusão e cidadania. Dez executivos do HSBC fizeram a leitura dos projetos, a verificação

das metodologias, resultados e impactos, visitas a alguns projetos e acompanhamento das regionais

semifinais e do campeonato nacional. A atuação do banco se deu em São Paulo, no Rio de Janeiro e no

Piauí – Estado do grupo que foi o vencedor nacional. O HSBC apóia mundialmente a ação e em 2005

realizou evento paralelo no Canadá, para um encontro das lideranças estudantis de 28 países. Em 2005,

o banco destinou R$ 14 mil no Brasil e R$ 3 milhões no mundo para reforço da entidade e incentivo aos

estudantes, identificando no Sife uma fonte para futuros trainees e/ou colaboradores da organização.

O projeto Virada de Futuro, patrocinado pelo JPMorgan desde 2005, é realizado pela Fundação Abrinq.

Iniciado em 2001, o projeto beneficia 22 jovens de 14 organizações sociais da Rede Nossas Crianças,

de São Paulo. São pessoas que já alcançaram a idade-limite para participar dos projetos oferecidos pelas

entidades e buscam novas oportunidades para desenvolver seus potenciais e talentos. O Virada de Futuro

oferece bolsas de estudo em faculdades, escolas técnicas ou cursos livres e de Ensino Médio, como forma

de promover a capacitação dos jovens e prepará-los profissionalmente. Eles recebem alimentação, transporte

e material didático, e contam com o apoio de mentores, profissionais da área de sua escolha que,

voluntariamente, se dispõem a acompanhar a trajetória acadêmica e a entrada do jovem no mercado

de trabalho. O JPMorgan financia 3 das 22 bolsas concedidas pelo projeto e três funcionários do banco

atuam voluntariamente como mentores. Dos 22 bolsistas em formação, 11 já estão no mercado de trabalho.

Em 2005, o JPMorgan destinou R$ 135,4 mil para a iniciativa.

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58 Relatório Social 2005

O Banco Nossa Caixa apóia desde 2002 o Projeto

Adote um Aluno. O objetivo é custear os gastos

pessoais de estudantes carentes que ingressam

na UNESP – Universidade Estadual Paulista Júlio

de Mesquita Filho, reduzindo a evasão de

universitários em alguns cursos. Em 2005, foram

beneficiados 47 alunos, com R$ 139 mil. Desde

o início de sua participação, o banco já destinou

R$ 405 mil ao projeto.

O Santander Banespa investe no projeto Universia

Brasil (www.universia.com.br), em que atua desde

2002 como parceiro financeiro-estratégico em 11

países. Trata-se de um portal que desenvolve

e integra conteúdo e serviços em parceria com

universidades – ao todo, participam mais de 850

instituições, sendo 225 no Brasil. Os beneficiados

são professores, gestores de instituições de ensino,

pré-universitários, universitários e pós-universitários

e pessoas em busca de conhecimento

e aprimoramento profissional. O objetivo

é promover as inclusões acadêmica e digital

e a democratização da informação. Além da

participação indireta de funcionários do Santander

Banespa, o banco dedica 35 colaboradores para

o Universia Brasil. Destaques são o desenvolvimento

e a gestão dos Prêmios Santander Banespa

de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação.

Em 2005, estavam cadastrados no Universia

1,44 milhão de usuários e 180 milhões de páginas

foram vistas, com 800 mil visitantes únicos por

mês. Os dados revelam que o portal já se tornou

uma referência em educação no País. Para 2006,

a meta é atingir 205 milhões de páginas vistas

e 1,65 milhão de usuários cadastrados.

Educação profissionalizante

Projetos de preparação de jovens para o mercado

de trabalho receberam investimentos de R$ 30,5

milhões. Os recursos foram destinados a iniciativas

de educação profissionalizante a membros da

comunidade ou filhos de colaboradores.

O Banco da Amazônia é patrocinador do Projeto

Renascer, destinado a promover a capacitação

de jovens e adultos com idade entre 14 e 18

anos, provenientes de famílias de baixa renda

da periferia de Belém (PA). Eles participam

de cursos profissionalizantes, como de garçom,

manicure, cabeleireiro e camareiro. As atividades

incluem palestras e visitas a hotéis, restaurantes

e outros estabelecimentos para o contato dos

participantes com a realidade do trabalho para

o qual estão sendo capacitados. Desde janeiro

de 2002, quando o projeto teve início, o banco

destinou R$ 132,4 mil em recursos próprios para

a iniciativa, que já beneficiou 300 jovens – em

2005, o investimento totalizou R$ 45,0 mil e 100

pessoas foram favorecidas. A perspectiva é de,

nos próximos anos, manter uma média de quatro

cursos a cada 12 meses.

A Fundação Bradesco oferece, gratuitamente,

a formação inicial e continuada de trabalhadores,

que atende à necessidade de qualificação

e requalificação para o trabalho de jovens e

adultos com diferentes níveis de escolaridade,

por meio de cursos livres gratuitos, que têm

programas flexíveis, ajustados às necessidades

individuais. Atualmente são ofertados 135 cursos

nas áreas de Agropecuária, Comunicação e Artes,

Gestão, Indústria, Lazer e Desenvolvimento, Imagem

Pessoal, Turismo e Hospitalidade e Informática.

O banco também promove encontros de gestores,

trazendo para as escolas importantes representantes

do setor empresarial e organizacional, além

de visitas técnicas a diversas empresas

e organizações, palestras com profissionais

de destaque no cenário nacional e videoconferências

interligando as escolas. Com o desenvolvimento

de projetos técnicos, sob orientação das equipes

escolares, os alunos contextualizam os ensinamentos

construídos em sala de aula. O investimento

em 2005 foi de R$ 18,5 milhões, beneficiando

37.013 alunos.

O Instituto Profissionalizante Paulista (IPP-Citigroup),

na região da Avenida Paulista, é um centro

de aprendizagem e capacitação profissional

que tem como objetivo oferecer aos jovens

de baixa renda formação básica para o trabalho

e o primeiro emprego, além da inclusão social.

A iniciativa é uma parceria entre o Citigroup

e o Rotary Club SP Avenida Paulista. O IPP-Citigroup

atende jovens com idade entre 14 e 18 anos,

que freqüentam aulas de conhecimentos gerais,

português, inglês, matemática, telemarketing,

secretariado e computação, entre outras. Nos

dias e horários em que não há aulas, o espaço

é transformado em um centro cultural, que

oferece à comunidade atividades variadas.

Em junho de 2005, o Instituto inaugurou sua

sede à Rua Sílvia, 423, na região da Bela Vista.

O projeto já beneficiou mais de 170 jovens

e inseriu cerca de 20 jovens no mercado de

trabalho, por meio da Lei do Menor Aprendiz.

Apoiado pelo ING e JPMorgan, o projeto Escola

de Artes e Ofícios – Apoio ao Curso de Marchetaria

é coordenado pela Care Brasil e desenvolvido

em parceria com a subprefeitura de Perus –

que destinou R$ 68,2 mil para a iniciativa.

Relacionamento com os públicos interessados

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59Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O lançamento aconteceu em novembro de 2005 e seu objetivo é formar, ao longo de 18 meses,

30 multiplicadores no ofício da marchetaria, utilizando somente sobras de madeira e de ossos facilmente

encontrados na região. O curso tem carga horária de 24 horas/mês no turno inverso ao do Ensino Médio

e conta com a participação de jovens com idade entre 17 e 24 anos, residentes nos distritos de Perus

e Anhangüera, em São Paulo. A iniciativa é monitorada por meio de uma avaliação de 360º – entre

professores e alunos – e pelo controle de freqüência. O ING investiu R$ 26,0 mil em 2005.

Desde outubro de 2005, o HSBC apóia a Associação Jovens Aprendendo a Empreender, do Centro Tecnológico

do Estado da Bahia, em Feira de Santana. O objetivo é atender 30 jovens entre 13 e 17 anos, preparando-os

para atuarem como líderes de processos empresariais e elementos transformadores da realidade, além de

inseri-los no mundo do trabalho como empregados ou empregadores. O projeto prevê desenvolver um

curso de empreendedorismo aliado a atividades lúdicas, pedagógicas, sociointerativas e dinâmicas de relações

interpessoais. Na conclusão do trabalho, os jovens deverão apresentar projetos de empreendedorismo.

Para essa iniciativa, o banco destinou R$ 73,2 mil em 2005 e a continuidade do projeto estará ligada

aos resultados que forem alcançados em 2006.

O programa Jovens Urbanos é uma iniciativa da Fundação Itaú Social para a formação de jovens da periferia

de grandes centros urbanos, pelo período de dez meses. O foco é no aprendizado de tecnologias e na adoção

de projetos de melhoria da qualidade de vida nas comunidades, com o objetivo de garantir a permanência

e o retorno ao Ensino Básico e estimular a continuidade dos estudos; promover o desenvolvimento de

competências e habilidades básicas para a vida pública e pessoal; promover a empregabilidade dos jovens

e fomentar, nas ONGs parceiras, o compromisso com o desenvolvimento local e com a ação educativa ao

segmento juvenil. O projeto piloto, iniciado em 2004 e concluído em 2005, beneficiou 480 jovens de 16

a 24 anos com renda familiar de até meio salário mínimo per capita e residentes nas áreas abrangidas

pelas subprefeituras de Campo Limpo e Brasilândia, em São Paulo. A perspectiva para 2006 é estender

a iniciativa para a cidade do Rio de Janeiro.

O Santander Banespa promove desde 2001 o projeto Padarias Artesanais, em parceria com o Fundo Social

de Solidariedade do Estado de São Paulo. O objetivo é melhorar a quantidade e a qualidade da alimentação;

capacitar mão-de-obra em técnicas de panificação e oferecer opções de criação de renda e emprego para

populações carentes. Desde o início da parceria já foram doados 2.520 kits de panificação (forno, botijão

de gás, batedeira, liquidificador, balança mecânica e assadeiras). Também foi dado apoio à capacitação

em técnicas de panificação, noções de alimentação e higiene, beneficiando pessoas ligadas a entidades

e escolas. Mais de 19 mil pessoas já foram capacitadas como agentes multiplicadores, em 645 municípios

do Estado de São Paulo, 500 escolas estaduais e centenas de entidades.

O Unibanco patrocina o desenvolvimento do Espaço do Artesão, que dá prioridade à educação como via

de qualificação profissional e criação de empregos, afastando os jovens da violência. O projeto foi iniciado

em janeiro de 2005 e tem como principais parceiros o Instituto Stimulu Brasil, que executa o projeto,

e a prefeitura do Rio de Janeiro, responsável pelo pagamento da bolsa-auxílio aos participantes. Apóiam

a iniciativa o Galpão Aplauso Rio (que ofereceu o espaço para as aulas) e a Liga das Escolas de Samba (convênio

para atender à demanda das escolas de samba). Os beneficiados são moradores das comunidades de baixa

renda, com idade entre 18 e 25 anos e escolaridade mínima até a quarta série. Eles optam entre três oficinas

de arte complementar: adereços, costura e carpintaria, realizadas com o apoio de mestres profissionalizantes,

equipamentos e espaço físico necessário e adequado para pesquisas, estudos, estágios, trabalhos

e apresentações de suas obras abertas ao público. O Espaço Artesão já encaminhou 40 oportunidades

de estágio e possibilitou a contratação de 80 jovens pela Escola de Samba Viradouro.

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60 Relatório Social 2005

Os 50 melhores jovens artesãos participaram do

curso de Empreendedorismo do Sebrae e tiveram

acesso a crédito oferecido pelo Fundo Carioca,

da prefeitura.

O Banco Votorantim apóia o Curso de Capacitação

Básica para o Trabalho, que beneficia a comunidade

do Jardim Colombo, favela da zona sul de São

Paulo. A iniciativa é desenvolvida pela Associação

Viver em Família para um Futuro Melhor e conta

com a parceria da Associação de Ensino Social

Profissionalizante (Espro), responsável por ministrar

o curso, oferecer material pedagógico para

instrutores e recursos financeiros para pagamento

dos instrutores. Outros apoiadores são a Associação

English for All, que dá aulas de inglês, e a Fundação

Pensamento Digital, que doa equipamentos

de informática para a montagem do laboratório.

O projeto beneficiou, em 2005, 148 alunos

em curso profissionalizante com carga horária

de 560 horas – 68 formaram-se no primeiro

semestre de 2005. São jovens de 14 a 16 anos,

que freqüentam a partir da 1ª série do Ensino

Médio (preferencialmente no período da noite)

e residem na região. A iniciativa promove a

capacitação de jovens de comunidades carentes

com o objetivo de encaminhamento para

o mercado de trabalho como menor aprendiz.

Cultura e preservação do patrimônio

O sistema bancário investiu R$ 320,3 milhões

em apoio ou patrocínio a iniciativas que têm

o objetivo de democratizar o acesso à cultura,

como parte do processo de estímulo ao

desenvolvimento social e econômico do

País, sendo 23,4% do total (o equivalente

a R$ 74,8 milhões) provenientes de incentivos

fiscais. Os recursos foram destinados à divulgação

ou realização de atividades artísticas e culturais,

preservação ou recuperação de patrimônio

cultural ou histórico, além de manutenção

de institutos e centros próprios, criados para

ampliar o acesso da população a exposições

e eventos artísticos e culturais.

Projetos culturais

Em 2005, o ABN AMRO Real deu continuidade

a suas exposições de Natal no prédio central

da instituição, em São Paulo, o que se repete

há sete anos. O tema foi Papai Noel e a Floresta

Encantada, com o objetivo de unir o aspecto lúdico

do Natal com a conscientização socioambiental,

ao revelar a importância da floresta para o homem,

sensibilizar para o problema do desmatamento

e suas conseqüências e estimular o consumo

racional dos recursos naturais.

Relacionamento com os públicos interessados

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61Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Os 300 mil visitantes receberam livretos com

uma história de Natal relacionada ao manejo

sustentável da floresta. Ao todo, 50 funcionários

estiveram envolvidos com a exposição, que

demandou investimento de R$ 2,0 milhões em

2005. As duas edições anteriores representaram

um investimento de R$ 3,0 milhões.

A Associação Viva o Centro foi criada em 1991

por iniciativa do BankBoston para promover

o desenvolvimento da área central de São Paulo,

em seus aspectos urbanísticos, culturais, funcionais,

sociais e econômicos. Conta com 125 instituições

associadas e beneficia diretamente mais de

2 milhões de pessoas que moram ou freqüentam

o centro da cidade e, indiretamente, todos os

paulistanos e visitantes. São desenvolvidas

43 ações locais, reunindo 4 mil empresas,

condomínios, organizações e moradores da

região. Um dos benefícios proporcionados pelo

projeto foi a revitalização da Sala São Paulo,

do Complexo Cultural Júlio Prestes, do Mosteiro

de São Bento e do Sesc Centro, entre outros

pontos tradicionais e relevantes da cidade.

Participam também da associação ABN AMRO

Real, Banco do Brasil, Banco Itaú, Banco Nossa

Caixa, Banco Safra e Santander Banespa.

O Alfa Cultura 2005 realizou quatro espetáculos

na temporada, para um público de 15.609 pessoas.

Promovido pelo Instituto Alfa de Cultura, recebeu

investimentos do Banco Alfa de R$ 432,0 mil

(recursos próprios) e R$ 288,0 mil (recursos de

incentivo fiscal). O banco também patrocinou

a mostra internacional A Arte da Dança, assistida

por 22.997 pessoas e que recebeu R$ 457,0 mil

de recursos de leis de incentivo à cultura.

O projeto 5ª Cultural Banco da Amazônia é dirigido

aos amantes das manifestações culturais, como

artes cênicas, música e cinema, e chega a cidades

da Região Norte, ao Rio de Janeiro, a São Paulo,

Brasília e Porto Alegre.

Realizada desde 2000, a iniciativa busca difundir

a cultura nortista e estimular a responsabilidade

social, uma vez que o ingresso para o espetáculo

é um quilo de alimento não-perecível, que são

destinados a comunidades carentes. Aproximadamente

50 pessoas – sendo 12 funcionários do banco –

estão envolvidas na organização de 10 a 12

eventos por ano. Mais de 500 artistas regionais

tiveram espaço para mostrar seu talento e 165

toneladas de alimento foram arrecadadas e

distribuídas entre 450 instituições assistenciais,

beneficiando cerca de 36 mil pessoas. Em 2005,

o projeto demandou R$ 292,1 mil em recursos

próprios, valor que chega a R$ 1,1 milhão desde

seu início.

Em 2005, durante o período de maio a novembro,

o programa Concertos Banrisul para a Juventude

promoveu apresentações da Orquestra de

Câmara do Theatro São Pedro, proporcionando

a oportunidade de vivência da cultura erudita

a estudantes do Ensino Fundamental até a 8a

série. A ação é direcionada à educação musical

de estudantes de escolas públicas ou particulares

e contempla 500 alunos por concerto. No final

de cada espetáculo, os jovens recebem brindes

do banco.

O Banco Bradesco foi um dos principais

patrocinadores do Festival Internacional de

Inverno de Campos do Jordão de 2005, realizado

durante o mês de julho e promovido pela Secretaria

da Cultura do Estado de São Paulo. O banco

financiou a remodelação da Concha Acústica,

espaço ao ar livre que abrigou dezenas de

apresentações artísticas e culturais oferecidas

gratuitamente à população da cidade e aos milhares

de turistas. Uma das atrações foi o Coral de Alunos

da Escola da Fundação Bradesco de Osasco, formado

por 80 adolescentes dos Ensinos Fundamental

e Médio. Foi a primeira vez que o Bradesco

patrocinou o festival, envolvendo 40 funcionários

no evento. Os recursos de patrocínio, com incentivo

fiscal, foram de R$ 800,0 mil, chegando a R$ 3,0

milhões em investimentos totais.

A Exposição Itinerante do Acervo Artístico da

Caixa Econômica Federal é dirigida a estudantes,

artistas plásticos e o público em geral de todo

o País, que são beneficiados pelas exposições

realizadas nos espaços culturais da Caixa e de

terceiros, como museus e galerias. Promovido

desde 2000, o projeto contempla também

monitorias e oficinas realizadas por estudantes

de artes plásticas que complementam o currículo

escolar, e conta com a atuação de cerca de

70 empregados do banco. O investimento foi

de R$ 200,0 mil (recursos próprios) em 2005

e de R$ 600,0 mil desde sua criação. Para superar

a barreira representada pela inexistência, em

algumas pequenas cidades, de espaços com

climatização adequada para receber as obras,

principalmente pintura, a Caixa formou uma

coleção das principais gravuras que compõem

seu acervo para expor nesses municípios.

O Natal do HSBC, realizado pelo banco desde

1980, tornou-se um espetáculo da comunidade

de Curitiba (PR). Em 2005 foram 18 apresentações

para 450 mil pessoas. O ponto alto foi um coral

formado por 160 crianças de sete entidades

assistenciais apoiadas pelo banco, que se

apresentou nas janelas do Palácio Avenida, um

prédio histórico no centro da cidade, que foi

totalmente iluminado. Em 2005, um convidado

especial foi o ator Antonio Fagundes, que

contracenou com as crianças cantoras. O principal

parceiro da iniciativa é o In Brasil Marketing

Cultural, que realiza o espetáculo com o apoio

logístico da prefeitura. Há ainda o envolvimento

direto de dez funcionários do banco, além de

150 que atuam como voluntários para promover

o espetáculo. O banco investiu R$ 1,2 milhão

em 2005 com recursos próprios e R$ 1,7 milhão

proveniente de incentivo fiscal.

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62 Relatório Social 2005

O projeto Parangolé, patrocinado pelo Banco Indusval Multistock, atua com 350 jovens dos bairros Real

Parque e Jardim Panorama, da zona sudoeste de São Paulo, com o objetivo de desenvolver habilidades

de expressão e comunicação e permitir que os participantes articulem percepção, imaginação, emoção,

sensibilidade e reflexão. Conta com a parceria do Projeto Casulo e do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE),

que promovem, desde agosto de 2005, atividades como oficinas e passeios a centros culturais, o que possibilita

aos jovens o contato com produções artísticas e amplia a autoconfiança em relação à produção artística

pessoal e a compreensão da arte como fato histórico. No ano, foram realizadas duas mostras culturais

e um cortejo que contou com grande adesão na comunidade. O banco investiu R$ 120,0 mil no ano, com

recursos de leis de incentivo fiscal.

O Festival de Teatro de Curitiba, maior evento do setor no Brasil, teve o apoio do Banco Itaú. Foram apresentados

mais de 200 espetáculos, para um público que superou 100 mil pessoas. Em 12 anos de festival, o evento

contabilizou mais de 600 apresentações. Participaram companhias teatrais de diversos Estados brasileiros,

além de grupos internacionais.

Em 2005, mais de 250 mil pessoas foram diretamente beneficiadas pelo projeto Mercantil do Brasil Cultural,

que atinge 18 cidades de Minas Gerais e tem o objetivo de levar às comunidades shows gratuitos realizados

em praça pública, oficinas para professores (564 participaram em 2005, quando o tema foi fonoaudiologia),

além de campanhas de arrecadação de alimentos, democratizando o acesso à cultura e promovendo

a qualificação de docentes. A ação desenvolve-se durante pelo menos sete meses e existe há cinco anos.

Para produzir o evento, o banco conta com a parceria da Art BHZ Produtora. No ano, o investimento foi

de R$ 1,1 milhão, sendo R$ 250,0 mil por intermédio de incentivo fiscal. Desde o início do projeto, foram

aplicados R$ 4,8 milhões.

O Banco Nossa Caixa patrocinou o projeto Temporada 2005, com apresentações da Orquestra Sinfônica

do Estado de São Paulo (Osesp) e concertos das séries Paineira e Sapucaia. Apoiada pelo banco desde

2002, a Osesp realiza mais de 130 apresentações anuais em sua temporada de concertos, com a execução

de grandes obras da música nacional e internacional, beneficiando milhares de pessoas de São Paulo.

Em 2005, o banco investiu R$ 1,0 milhão, valor que totaliza R$ 5,2 milhões desde 2002, por meio das

leis de incentivo à cultura e do audiovisual.

O Santander Banespa, por meio do Santander Cultural, foi o patrocinador e realizador direto da Mostra

Cultural !Mirabolante Miró, que reuniu gravuras, litografias e xilogravuras originais do artista espanhol.

Paralelamente, aconteceu o Programa de Atividades Simultâneas, que originou 192 iniciativas (como

debates, encontros com artistas, oficinas, saraus e lançamentos de livros), 28 parcerias e 23 produtos

culturais num período de 45 dias, realizados dentro e fora do Santander Cultural. Uma ação inovadora foi

o Mirabolante Circuito Galerias de Arte de Porto Alegre, que reuniu 16 galerias de arte em 16 exposições

simultâneas, que marcaram agosto como o mês da gravura na capital gaúcha. A mostra e as atividades

simultâneas atingiram 1.150 instituições de ensino e receberam mais de 190 mil freqüentadores, principalmente

da Grande Porto Alegre e de outros Estados do Sul. Os resultados significam um crescimento de 2.000%

em relação a programas similares em outras mostras.

O projeto Espaço Unibanco de Cinema 2005 teve

como objetivo patrocinar as 54 salas de cinema

do circuito, localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro,

Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba

e Juiz de Fora. Elas dispõem de áreas para convívio

social e eventos, como livrarias, coffee-shops,

fotogalerias e outras, constituindo-se verdadeiros

centros culturais direcionados, além do cinema,

a diversas outras manifestações artísticas. A idéia

é criar platéia para os cinemas, oferecendo subsídio

no valor do ingresso, e promover eventos que

beneficiem professores, alunos e pessoas de todas

as classes sociais, com programações especiais.

Em 2005, foram alcançadas as metas para o ano,

com a realização de 1.322 eventos, público de

116 mil alunos e professores, além de outras

435 mil pessoas presentes em atividades como

pré-estréias, sessões especiais, mostras de cinema,

curtas, lançamentos de livros e clube do professor.

O projeto conta com vários parceiros, que

contribuem financeiramente. No ano, foram

investidos, por intermédio de leis de incentivo

fiscal, R$ 2,2 milhões.

Institutos, fundações e centros culturais

Vários bancos mantêm institutos, fundações

ou centros culturais próprios, como espaços

reservados à difusão da arte e da cultura.

Nesses projetos foram aplicados R$ 53,3 milhões

em 2005.

O ABN AMRO Real mantém em Recife (PE)

o Instituto Cultural Bandepe, que desenvolveu

em 2005 uma programação sobre colecionismo,

com debate a partir de grandes coleções de arte

pernambucanas. As mostras incluíram as coleções

de Marcantonio Vilaça (contemporâneo), Jarbas

Vasconcelos (obras de artistas brasileiros e peças

de arte popular portuguesas, peruanas, indígenas

e brasileiras), Giuseppe Baccaro (livros raros

renascentistas a cartografia do século XVII) e José

dos Santos (imaginária sacra). Foi também realizado

o seminário Universo das Coleções, que reuniu

colecionadores e intelectuais para debater

o tema colecionismo. O investimento do banco

foi de R$ 815,3 mil.

Relacionamento com os públicos interessados

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63Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Instituto Itaú Cultural estrutura sua atuação

com base em três linhas mestras: a democratização

do acesso à cultura; a articulação entre artistas,

produtores e agentes culturais; e a produção de

conteúdo cultural diferenciado. Alguns dos eixos

dessa atuação são o programa Rumos; as atividades

culturais, entre elas as exposições temporárias

e o programa Jogo de Idéias; as parcerias com

instituições de várias partes do território nacional

e do exterior; e as ações que se utilizam das novas

tecnologias de comunicação, como a Enciclopédia

Itaú Cultural de Artes Visuais. Em 2005, foram

produzidos 70 eventos em todos os Estados

brasileiros, que atingiram cerca de 8 mil pessoas.

O programa Rumos premiou em 2005 as categorias

Artes Visuais e Educação, Cultura e Arte e promoveu

debates e apresentações de artistas premiados

em edições anteriores. Foram feitas também

a articulação e a difusão das obras e carreiras dos

premiados em Música, por meio de parceria com

a Rádio França Internacional e pela rede formada

pelo programa Onda Cidadã. Em São Paulo,

o Instituto realizou três eventos temáticos –

Corpo, Cinético_Digital e O Lúdico na Arte,

compostos de exposições, seminários, espetáculos

de música, teatro, dança, arte circense, edições

do programa Jogo de Idéias, atividades educativas

e mostras de cinema e vídeo. As atividades foram

assistidas por 300 mil pessoas. Para cada um dos

eventos, foram produzidos fôlderes, livros e DVDs.

Como parte das ações de relações internacionais,

foram distribuídos 400 produtos a centros de

estudos brasileiros em 94 países e difundida

a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais

em instituições ligadas ao ensino da língua

portuguesa no exterior.

O Centro Cultural Banco do Nordeste é um espaço

de difusão e promoção da cultura nordestina

e universal, com o objetivo de despertar nas pessoas

a curiosidade, a valorização e o interesse pelos

bens culturais. Criado em 1998, em Fortaleza

(CE), é uma ação estratégica do Banco do

Nordeste – que, como banco de desenvolvimento,

compreende a cultura como parte fundamental

do processo de crescimento regional. Equipado

com salões de exposições permanentes

e temporárias, teatro multifuncional e biblioteca,

o Centro Cultural oferece uma variada programação

diária, nas áreas de museologia, cinema, artes

plásticas, música, teatro, literatura e cursos,

além de eventos especiais, com acesso gratuito

à população. Desde sua criação até dezembro

de 2005, recebeu um público de 1.543.043

pessoas – sendo 442.571 apenas em 2005,

em 1.766 eventos. Também são beneficiados

artistas, produtores e outros profissionais da arte

e cultura, envolvendo cerca de 3 mil pessoas.

No ano foram investidos R$ 2,0 milhões, com

recursos próprios, valor que totaliza R$ 10,0

milhões desde 1998. Sua ação é direcionada

para a formação de platéias – todos os eventos

realizados oferecem ao público material

informativo – e tem como prioridade as escolas

públicas, com orientação ao professor e utilização

de material pedagógico para os alunos, de forma

a obter um melhor aproveitamento da visita.

Em 2006, serão inaugurados mais dois centros:

Cariri, em Juazeiro do Norte (CE) e Souza (PB).

O Espaço Nossa Caixa, inaugurado em 2004,

localiza-se no edifício da Administração Central

do banco, no centro de São Paulo. Ele é dividido

em três ambientes: espaço para exposições

temporárias de fotos; Centro de Memória,

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64 Relatório Social 2005

que abriga o mobiliário antigo do banco, além

de peças da mecanografia e demais objetos que

compõem sua história e auditório. Em apenas

15 meses de existência, ganhou o reconhecimento

do público e de profissionais de artes por ter

organizado exposições de destaque, passando

a integrar o circuito internacional de mostras

fotográficas. É aberto ao público diariamente,

das 10 às 16 horas, e tem entrada gratuita,

integrando o esforço para a recuperação

do centro da cidade.

Aproximadamente 3 mil colaboradores do

Santander Banespa e mais de 1,5 milhão de

freqüentadores são beneficiados pelo Santander

Cultural, instalado em Porto Alegre, cuja gestão

é alinhada ao que preconiza o banco: contribuir

para a qualidade de vida das comunidades em

que está presente, desempenhando um papel

articulador, integrador e educativo, ampliando

o acesso de diversos segmentos da comunidade

à produção cultural contemporânea e atuando

como pólo difusor da cultura. As ações

desenvolvem-se principalmente na Região Sul –

prioritariamente em Porto Alegre –, mas se

estendem para outros Estados brasileiros, como

São Paulo e Rio de Janeiro. Oferece uma

programação cultural regular – atividades de

artes visuais, música, cinema e reflexão –, com

atuação definida de acordo com pesquisa para

atender às vocações, lacunas e demandas culturais

de Porto Alegre – cidade mais beneficiada pelo

programa – e do mercado nacional. O foco

educativo está em todos os empreendimentos,

no sentido de estimular a criatividade, a percepção,

a participação, o olhar e a postura crítica

e formadora, por meio de práticas educativas

e sensibilizadoras. Mais de 1,5 milhão de

freqüentadores, 4 mil instituições de ensino,

12 mil professores e 150 mil estudantes já foram

beneficiados por ações do Santander Cultural.

Preservação do patrimônio cultural,

artístico e histórico

O ABN AMRO Real patrocinou a reforma da Escola

Estadual Rodrigues Alves, localizada em São Paulo,

obra que teve início em julho de 2003 e para

a qual a instituição destinou R$ 574,8 mil em

recursos próprios e R$ 3,3 milhões por meio

das Leis Rouanet e Mendonça, além de dedicar

12 profissionais para o projeto. A iniciativa

beneficiou, principalmente, os 2,5 mil estudantes

da instituição. O objetivo foi restaurar o prédio,

fundado em 1919 e tombado pelo Conselho

de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,

Artístico e Turístico do Estado de São Paulo

(Condephaat), em 1985, e pelo Conselho

Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico

(Conpresp), em 1992. Os principais parceiros

na iniciativa foram a FormArte, empresa

especializada na recuperação de patrimônios

públicos, que foi a gestora financeira das etapas

da reforma, e a Concrejato, que executou a obra.

O projeto incluiu atividades de restauração – como

recuperação de fachada, pisos e pintura – e de

educação patrimonial, em que funcionários

da obra, professores e alunos participaram de

palestras, aulas de história e cursos de formação

profissional. Além disso, houve atividades

de restauração de objetos históricos de madeira

e desenvolvimento de competências para o mundo

do trabalho, com o objetivo de desenvolver

diferentes modos de apropriação da experiência

cultural, por meio da utilização consciente

do bem público.

Em junho de 2005, o Banco da Amazônia deu

início ao projeto Jardim das Esculturas – Revitalização

do Museu da Universidade Federal do Pará, que

teve o objetivo de reformar o jardim do Museu

da Universidade, em Belém, transformando-o em

um jardim de esculturas, com obras permanentes

instaladas no local – incluindo peças de artistas

locais, no sentido de valorizar os talentos da região.

A ação beneficia os mais de 600 visitantes que

mensalmente passam pelo espaço. As obras

devem estar concluídas em 2006. Durante o ano,

por meio da Lei Rouanet, o banco destinou

R$ 144,0 mil.

O Banco Bradesco patrocinou a restauração

da cúpula e do altar-mor da Basílica de São

Sebastião do Mosteiro de São Bento, em Salvador,

na Bahia. Fundado em 1582, é apontado como

o primeiro mosteiro das Américas. A Basílica

conta com uma biblioteca com 300 mil livros,

o segundo maior acervo de documentos e livros

raros do Brasil, e reúne documentos como

o testamento de Catarina Paraguaçu e outras

importantes peças relativas à abolição da escravatura,

Guerra de Canudos, bulas de Papas e impressos

pré-gutemberguianos. O Mosteiro de São Bento

é visitado anualmente por milhares de pessoas,

vindas de todas as partes do Brasil e do mundo.

O Bradesco destinou para a obra recursos

incentivados de R$ 330,7 mil.

Relacionamento com os públicos interessados

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65Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Uma iniciativa de abrangência nacional da Caixa Econômica Federal é o Programa Caixa de Adoção de Entidades

Culturais, que em 2005 beneficiou 28 entidades culturais sem fins lucrativos, que desejam recuperar, ampliar

ou promover acervos de relevância nacional em todas as regiões do Brasil. O objetivo é apoiar, pelo período

de um ano, projetos que contemplem ações de recuperação de acervos, instalação ou modernização de

laboratórios de conservação/restauração, aquisição de obras para a expansão ou atualização das coleções,

de pesquisa, catalogação e informatização de acervo, criação ou ampliação de reserva técnica e introdução

ou reformulação de módulos expositivos de longa duração. A Caixa foi o primeiro banco a aplicar recursos

próprios na recuperação de acervos de entidades culturais e em 2005 investiu no programa R$ 3,4 milhões,

com recursos próprios.

O Programa São Paulo – Apoio à Recuperação de dois quilômetros da Ferrovia Perus–Pirapora, coordenado

pela Care Brasil (Cooperative for Assistance and Relief Everywhere), tem foco na preservação da Natureza

e o resgate da memória local, pois a antiga Ferrovia Perus–Pirapora é tombada como patrimônio histórico.

O objetivo é criar um pólo turístico na região, abrindo novos postos de trabalho e oportunidades para

criação de renda. Iniciado em agosto de 2005, tem o apoio do ING, que destinou R$ 25,0 mil ao projeto,

e do JPMorgan. O trabalho beneficia a população de Perus, Anhangüera e entorno, região reconhecida

pela Unesco como espaço diferenciado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Às margens dela está

o Parque Estadual do Jaraguá, que possui remanescentes de cavas de ouro, antigo engenho de açúcar com

senzala, duas aldeias indígenas, o pico mais alto de São Paulo e restos da Mata Atlântica. Atinge também

o Parque Municipal do Anhangüera – com criação de animais silvestres e área de 900 hectares –, antiga

fazenda de reflorestamento da fábrica de Cimento Portland de Perus, hoje tombada como patrimônio

histórico, e a Serra da Cantareira, parque estadual com amplas áreas da Mata Atlântica. A área total

é de 7.980 hectares.

O Banco Nossa Caixa é o principal apoiador do Projeto Cultural de Restauro da igreja São Francisco, em

São Paulo, iniciado em setembro de 2005. O prédio data de 1644 e até hoje é uma das Igrejas mais freqüentadas

do centro da cidade, sendo uma das poucas construções em estilo colonial que ainda permanecem na região.

Seus afrescos retratam a história dos padres franciscanos. Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio

Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e pelo Conselho Municipal

de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), a restauração

da igreja recebeu um investimento de R$ 500,0 mil em 2005.

O Santander Banespa realiza eventos no Edifício Altino Arantes (torre, saguão e Museu Banespa), localizado

no centro de São Paulo, com o objetivo de promover o acesso à cultura. São organizadas visitas guiadas

ao museu, explicando a história do edifício e seu paralelo com acontecimentos importantes de São Paulo,

visitas de entretenimento à torre, além de exposições periódicas no saguão. A partir do acompanhamento

do número de visitantes mês a mês, a instituição passou a abrir a torre para visitação nos finais de semana

dos meses de maior movimento. Em 2005, as principais atividades foram a exposição Vista-se contra a Aids,

de Adriana Bertini; a exposição fotográfica Viajero de la Mancha, de Luiz Henrique Góes; a 3ª mostra Aids

e as Imagens da Prevenção; e a exposição Reduzir, Reutilizar, Reciclar em Respeito ao Meio Ambiente,

de Denise Mennella.

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66 Relatório Social 2005

O Unibanco apóia e patrocina o projeto de digitalização do acervo do crítico e historiador José Ramos

Tinhorão, que pertence ao Instituto Moreira Salles. Futuramente, todo o material será colocado à disposição

do público por meio da Internet. O trabalho teve início em 2003 e o banco já investiu R$ 18,1 mil com

recursos próprios e R$ 1,9 milhão por meio de leis de incentivo fiscal (em 2005, os montantes foram de

R$ 18,1 mil e R$ 460,6 mil, respectivamente). O trabalho envolve digitalização dos fonogramas e do material

iconográfico e textual; catalogação e indexação; incorporação do conjunto ao banco de dados; e liberação

para consulta. Cerca de 100 mil músicas estão disponíveis para audição.

Desenvolvimento comunitário

Apoio a comunidades

Para o impulso ao desenvolvimento econômico e à auto-suficiência das comunidades, o sistema bancário

apóia iniciativas de organizações ou comunidades que visem ao bem comum, maior participação da população

nas decisões que afetam a vida de todos, preservação da cultura local, formas de desenvolvimento sustentável,

entre outras. Para projetos e programas dessa natureza foram destinados R$ 13,8 milhões em 2005.

O projeto Transferência de Tecnologia para o Cultivo, Conservação, Uso e Manipulação de Plantas Medicinais

por Comunidades Quilombolas do Estado do Pará, lançado em março de 2005, beneficia 180 famílias dos

municípios de Santarém e Santa Izabel. Desenvolvida pelo Banco da Amazônia e a Fundação Professor Luiz

Décort, a iniciativa permite que os participantes aprendam a cultivar, manejar, usar e manipular corretamente

as plantas medicinais, com a instalação de hortos e treinamentos. Os objetivos são criar uma nova fonte

de renda e promover a socialização das comunidades quilombolas. Ao longo do ano, o banco destinou

R$ 27,8 mil para o desenvolvimento do projeto.

A Fundação BankBoston apóia a ONG Cidade Escola Aprendiz, localizada no bairro Vila Madalena, em

São Paulo, que atua desde 1997 em benefício principalmente de crianças e jovens – mais de 5 mil já foram

favorecidos diretamente. Busca construir oportunidades educativas para transformar os potenciais dos jovens

em competências para a vida. Para isso, promove oficinas de arte, profissionalização de adolescentes e jovens,

acompanhamento às crianças e suas famílias, atividades de expressão escrita, oral, artística, digital e em

comunicação, preparação para o vestibular e orientação vocacional. Suas ações têm como base o conceito

bairro-escola, cujo princípio é a integração entre os agentes sociais e a comunidade. Assim, cafés, praças,

becos, restaurantes, discotecas, livrarias, entre outros, são utilizados como espaços para difundir a educação.

Em 2005, a Fundação BankBoston destinou R$ 150,0 mil para o projeto e mais R$ 70,0 mil com recursos

provenientes de incentivo fiscal. Desde o início do apoio, o valor chega a R$ 1,3 milhão com recursos

próprios e R$ 520,0 mil com incentivo fiscal. Outros apoiadores são a Fundação Bradesco, a Fundação

Itaú Social e o JPMorgan.

Relacionamento com os públicos interessados

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67Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Em outubro de 2003, a Fundação Bradesco criou

os Centros de Inclusão Digital (CIDs) em parceria

com a Microsoft, que doa parte dos recursos

financeiros, a Cisco (recursos tecnológicos),

a Intel e o MIT. São espaços comunitários

e públicos, localizados próximo às escolas

da Fundação Bradesco, equipados com computadores,

impressoras, meio de conexão com a Internet

e mobiliário próprio. O objetivo básico é promover

inclusão digital e estimular ações de responsabilidade

social. Professores, alunos e monitores voluntários

da fundação ensinam a trabalhar com

microcomputadores e programas e formam

monitores entre as pessoas da comunidade.

Desde o início do projeto, a fundação investiu

R$ 100,0 mil, sendo R$ 81,0 mil em 2005.

No ano, foram atendidas cerca de 10 mil pessoas,

entre crianças, jovens e adultos, em CIDs instalados

em mais de 30 municípios, em 26 Estados brasileiros

e no Distrito Federal. A perspectiva é que

a comunidade se aproprie dos CIDs para torná-los

auto-sustentáveis.

O Banco do Brasil pauta seu relacionamento

com a comunidade na universalização dos direitos

sociais e de cidadania e no fortalecimento de sua

atuação como empresa social e ambientalmente

responsável. No relacionamento com a comunidade,

destaca-se a participação do BB no Fome Zero,

política priorizada pelo governo federal como base

de sua atuação social. Desse modo, o banco alinha

suas prioridades sociais às estabelecidas pelo

poder público, promovendo ações que permitam

a inclusão e a organização social dos beneficiários.

O projeto Artesanato Brasil com Design é uma

iniciativa da Caixa Econômica Federal para preservar,

resgatar e divulgar o valor artístico do artesanato

brasileiro, promover a qualidade do produto

artesanal com inclusão dos conceitos de design,

além de incrementar o aspecto econômico, por

meio do aprimoramento do produto, criação de

novos canais para comercialização e qualificação

da mão-de-obra, contribuindo para a criação de

empregos e renda.

O projeto já pesquisou 38 comunidades em 12

Estados e selecionou 15 associações, onde foram

realizadas 72 oficinas de criatividade, palestras

sobre finanças e orientações para a formação de

associações e cooperativas. O projeto beneficiou

383 artesãos e incentivou a criação de 26 produtos.

O projeto também promove a inclusão bancária

dessas comunidades, o que abrange desde

a abertura de conta corrente simplificada

até a concessão de crédito. O banco investiu

R$ 3,7 milhões desde julho de 2003, sendo

R$ 1,2 milhão em 2005.

O projeto Habitat para a Humanidade visa melhorar

a qualidade de vida de famílias de baixa renda

por meio da construção de casas, banheiros

e cisternas a baixo custo. O projeto, que beneficiará

250 pessoas diretamente e 600 indiretamente,

já entregou 50 cisternas e 50 banheiros na

comunidade de Varjada de Cima, no Semi-Árido

pernambucano, melhorando a qualidade de vida

de 50 famílias. Trata-se de uma parceria entre

a Citigroup Foundation, financiadora do projeto,

e as ONGs Habitat para a Humanidade, idealizadora,

e Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA),

responsável pela capacitação de pessoas

na própria comunidade para a construção

das cisternas. O projeto iniciou suas atividades

na região em novembro de 2004. Em 2006,

serão construídas 50 casas em Varjada de Cima.

O programa de construção de casas também

é desenvolvido pela Habitat em parceria com

o Citigroup, na cidade de Franca (SP). Iniciado

em 2005, o projeto entregou três casas na cidade

no final do ano. Em 2006 serão entregues outras 15.

O fortalecimento de 210 organizações e a

contribuição para o desenvolvimento de iniciativas

sociais no País são os objetivos do programa

Iniciativas Sociais e Desenvolvimento – A Arte

de Empreender e Transformar. Desenvolvido

pelo Instituto Fonte, é patrocinado desde

outubro de 2005 pelo HSBC. Outros parceiros

são a Philips, Decivil Construções e a Ashoka

Empreendedores Sociais.

Destinado a lideranças e empreendedores sociais,

constou de quatro seminários – Criando Iniciativas

Sociais; Lidando com Conflitos em Iniciativas

Sociais; Desenvolvendo a Capacidade Avaliatória

em Iniciativas Sociais; e Desenvolvendo a

Sustentabilidade em Iniciativas Sociais – destinados

a criar condições para os participantes ampliarem

sua visão, amadurecerem suas relações e reverem

suas práticas.

O projeto Reativar e Empreender é apoiado desde

agosto de 2005 pelo Banco Indusval Multistock.

O objetivo é promover o empreendedorismo

e capacitar jovens para a gestão de negócios

sustentáveis e atuação como agentes multiplicadores

de ações de conscientização e transformação

socioambiental. Proposto por um participante,

é desenvolvido em parceria com a Fundação

Artemísia e a organização Arrastão Movimento

de Promoção Humana. Atua com 30 adolescentes

da zona sul de São Paulo, que são capacitados

para a fabricação de produtos artesanais, de

qualidade e viabilidade comercial. Um aspecto

inovador é o fato de sua criação, captação

e coordenação serem realizadas por um jovem

que participou de projetos na área de educação

ambiental dentro da organização. O banco

destinou R$ 40,0 mil para o projeto durante o ano.

O Banco Itaú promoveu mais uma edição do

Domingo Alegre Itaú, envolvendo a comunidade

na realização de 47 eventos em cidades de vários

Estados do País. A cada domingo, entre 3 de julho

e 18 de dezembro, participaram em média 800

crianças e mil acompanhantes nas atividades de

lazer, recreação e educação esportiva básica para

algumas modalidades, como vôlei, futebol e basquete.

Durante os eventos, foram arrecadados alimentos

não-perecíveis e brinquedos, doados a entidades

assistenciais de cada cidade.

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68 Relatório Social 2005

O projeto Desenvolvimento Econômico e Inclusão

Social em Perus, executado pela ONG Care, recebeu

em 2005 um investimento de R$ 278,0 mil do

banco JPMorgan. A iniciativa envolve uma série

de parceiros públicos e privados, com o objetivo

de estimular e apoiar de forma continuada

empreendimentos populares viáveis e sustentáveis,

levando em consideração os potenciais humano,

histórico e ambiental da região, na periferia

de São Paulo. A meta é identificar 15 potenciais

negócios populares que envolvam o Parque

Anhangüera e a preservação do meio ambiente

local, para que pelo menos quatro planos

de negócio sejam incubados e empreendidos.

A iniciativa promoveu a participação de 25

jovens em curso para monitores ambientais,

o desenvolvimento de uma unidade piloto de

horticultura em acampamento de 28 famílias

desempregadas e o teste de incubação de

padaria comunitária, cooperativa de triagem

e reciclagem de resíduos sólidos e cooperativa

de costura. Além disso, 212 jovens participaram

de oficinas (auto-estima, análise de vocações,

mundo do trabalho, noções de empreendedorismo

e gestão de negócios) e a parceria do banco

com a Associação Jr. Achievement atendeu

100 alunos da rede pública da região.

O Banco Nossa Caixa apóia desde 2000 o projeto

Nossa Cidade, que aproveita o roteiro percorrido

pelo caminhão de sorteios da Loteria Paulista para

disseminar informações sobre hábitos saudáveis

de vida em diferentes municípios do Estado de

São Paulo. Uma das ações desenvolvidas é a

arrecadação de alimentos não-perecíveis – foram

51 toneladas desde o início do projeto –, distribuídos

à população carente dos municípios. Já foram

distribuídos mais de 60 mil folhetos sobre prevenção

de doenças, 9.900 preservativos e 67 mil brindes

institucionais, além de serem realizados 18.452

medições de pressão arterial, 5.335 exames de

colesterol total, 6.200 exames de detecção de

diabetes, 643 testes de acuidade visual, 1.039

exames de tipagem sangüínea, 988 pesagens

de crianças de 0 a 5 anos, 3.850 vacinações contra

poliomielite, 4.120 vacinações contra gripe,

difteria e tétano em idosos com mais de 60 anos

de idade, 3.890 cortes gratuitos de cabelo e 260

expedições de protocolos de Registro Geral (RG),

dentre outras ações. O investimento em 2005 foi

de R$ 85,0 mil, valor que chega a R$ 280,0 mil

desde

o início do projeto.

O programa Parceiros em Ação, mantido desde

2002 pelo Santander Banespa, tem como objetivo

apoiar projetos desenvolvidos por organizações

não-governamentais. Em 2005 a iniciativa passou

a ter foco exclusivo na área de educação. O objetivo

é analisar e selecionar semestralmente iniciativas

inovadoras e estratégicas que beneficiem crianças,

adolescentes e o público universitário, para

a realização de parcerias que contribuam para

o desenvolvimento social e das pessoas,

proporcionando novas oportunidades e melhoria

na qualidade de vida. Podem participar do processo

de seleção entidades sem fins lucrativos, fundações,

associações e organizações sociais de interesse

público. Em 2005, foram apresentadas mais de

200 solicitações e selecionados cinco projetos.

Relacionamento com os públicos interessados

Desde 2002, o Banco Votorantim patrocina

e estimula o engajamento de funcionários

voluntários no Projeto Viver, para a promoção

de mudanças na realidade social de 4.500

famílias (cerca de 16 mil pessoas) da comunidade

do Jardim Colombo, favela da cidade de São Paulo.

O projeto envolve a identificação e o atendimento

das necessidades básicas de saúde, educação,

capacitação profissional, esportes, cultura e lazer,

além do desenvolvimento de talentos e

potencialidades dos indivíduos dessas famílias.

As ações permanentes incluem, entre outras,

a manutenção de brinquedoteca, quadra de

esportes e pátios para recreação de 180 crianças

das creches comunitárias; projetos de criação

de renda, como os grupos Pontos & Linhas –

que confeccionam e comercializam produtos

artesanais –, e a produção de lanches – com

renda para a manutenção e o custeio do Espaço

Viver Melhor; orientação nutricional para

gestantes e adultos; atendimento psicológico

e de fisioterapia para crianças e adolescentes;

aulas de reforço escolar e de incentivo à leitura.

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69Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Combate à fome e segurança alimentar

No apoio ou na realização de ações, programas e projetos de combate à fome, foram destinados recursos

de R$ 145,8 milhões em 2005. Nessas iniciativas, as instituições mobilizaram recursos financeiros e de pessoas,

com o objetivo de beneficiar populações em situação de pobreza extrema ou miséria.

O Banco Bradesco é um dos patrocinadores do Projeto Amigos do Bem, da ONG Amigos do Bem, que

realiza ações sociais com o objetivo principal de erradicar a fome e a miséria na Região Nordeste do Brasil.

Criado em 2002, por um grupo de pessoas com experiência de mais de dez anos no desenvolvimento

de ações comunitárias e sociais no sertão nordestino, o projeto já beneficiou centenas de famílias, em

iniciativas que buscam promover o desenvolvimento local sustentável e a inclusão social. O projeto atende

mais de 4 mil famílias durante o ano em praticamente todos os Estados nordestinos. Em 2005 o Bradesco

participou com R$ 10,0 mil, e desde a criação do projeto com mais de R$ 50,0 mil.

O Projeto Travessia, apoiado pela Fundação BankBoston, busca criar condições para crianças e adolescentes

que vivem nas ruas retornarem para suas famílias ou construírem novas formas de vida familiar ou independente,

reinserindo-se na escola e voltando ao convívio da comunidade. Em 2005, nos dez anos de existência do

projeto, foram inaugurados a estação móvel de atendimento Permóvel e um Telecentro, visando à inclusão

e à capacitação para o acesso ao meio digital. Foram atendidas 560 crianças que vivem nas ruas no centro

de São Paulo. O banco destinou R$ 360,0 mil em 2005 e R$ 1.771,0 mil desde o início do projeto.

O apoio da Caixa Econômica Federal ao Programa de Combate à Fome e Erradicação da Pobreza inclui

a doação de 50% da taxa de administração do Fundo CAIXA FI Fome Zero Curto Prazo – o que significou

recursos de R$ 346,9 mil em 2005 – e a divulgação, nos terminais eletrônicos, de mensagens de incentivo

à doação e conta para recebimento de recursos para o programa.

A contribuição do HSBC Bank à Pastoral da Criança teve início em 2000, com o objetivo de patrocinar e dar

apoio institucional ao trabalho da entidade no acompanhamento a gestantes e crianças menores de seis

anos. Com atuação em todo o País, a Pastoral beneficia 1,6 milhão de crianças carentes, proporcionando

seu desenvolvimento integral e promovendo suas famílias e comunidades. Para isso, realiza ações básicas

de saúde, nutrição, educação e comunicação, sobretudo nos bolsões de miséria, o que inclui apoio especial

às pessoas da terceira idade que participam de suas atividades e alfabetização de jovens e adultos.

A mortalidade de menores de um ano nas comunidades em que a Pastoral da Criança atua é 60% menor

do que a média nacional. Em 2005, o banco destinou R$ 240 mil em iniciativas da instituição.

Pelo quarto ano consecutivo, o Banco Itaú mobilizou funcionários para doar, voluntariamente, uma hora

de trabalho para a Campanha Natal sem Fome. Foram arrecadados R$ 475,8 mil, somando a doação dos

funcionários e o valor doado pelo Banco Itaú, Banco Itaú BBA e Itaú Seguros. Os recursos foram entregues

à ONG Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida e contribuíram para alimentar 25 mil

famílias na noite de Natal.

O projeto Amigos da Estação Especial da Lapa, apoiado pelo Banco Nossa Caixa, beneficia crianças com

necessidades especiais, suas famílias e a comunidade em geral. São promovidos cursos de iniciação profissional,

oficinas culturais, programas de esportes adaptados e equoterapia. Foram destinados R$ 40,0 mil em 2005

e R$ 54,6 mil desde 2004.

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70 Relatório Social 2005

Com o objetivo de contribuir para o combate

à fome e com a promoção da segurança alimentar,

o Santander Banespa apóia desde 2004 a atuação

da Pastoral da Criança de Manari (PE), cidade que

apresenta o menor Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) do País. O banco ofereceu a infra-

estrutura necessária (como reforma da cozinha,

compra de utensílios e de balanças mecânicas

para a pesagem mensal das crianças, necessária

a seu acompanhamento), ingredientes para

a multimistura (um preparado de farelo de trigo,

açúcar mascavo, farinha de mandioca, amendoim,

gergelim, girassol, fubá, leite em pó e rapadura,

que visa combater a desnutrição), ingredientes

para remédios (rapadura, gordura vegetal

e bananas para fazer pomadas de ervas e para

vermífugo) e para o dia da merenda. Assim,

a parceria do banco foi essencial para fornecer

os recursos necessários ao trabalho das irmãs

e, conseqüentemente, para a melhoria dos

resultados obtidos no município: em 2005

nenhuma das mais de 700 crianças de zero a seis

anos acompanhadas mensalmente pela Pastoral

faleceu em razão de desnutrição. As irmãs também

tiveram condições de dar mais atenção ao trabalho

de capacitação dos líderes comunitários e de

conscientização das mães sobre a importância

do cuidado com a alimentação, a higiene e a

vacinação de seus filhos. Além disso, em julho

de 2005, o banco enviou à Pastoral 1.600 kits

com escova, creme e fio dentais e folheto explicativo

sobre cuidados com a higiene bucal, que foram

distribuídos durante palestras para as mães.

Erradicação da pobreza

e combate a desigualdades sociais

Para o apoio a ações, programas ou projetos que

atendam populações ou comunidades em situação

de pobreza extrema ou de vulnerabilidade social,

foram destinados R$ 2,8 milhões em 2005.

As iniciativas envolveram diferentes ações para

o fortalecimento das condições de sobrevivência

e desenvolvimento, como projetos de renda

mínima, geração de emprego e renda,

microcrédito, entre outros.

O Banco Postal é resultado de uma parceria entre

o Banco Bradesco e a Empresa Brasileira de Correios

e Telégrafos (ECT), iniciada no segundo semestre

de 2001. O Bradesco conquistou o direito de

utilizar com exclusividade, como correspondente

bancário, a rede de agências dos Correios em

todo o País, o que já motivou a abertura de 5.442

agências. Concebido para suplementar o sistema

financeiro, proporciona atendimento à população,

principalmente de baixa renda, em suas próprias

localidades. Configura-se como um agente de

desenvolvimento socioeconômico, ao possibilitar

que os recursos circulem nos próprios municípios,

fomentando a poupança local. Dos 4,3 milhões

de brasileiros bancarizados pelo Banco Postal,

3,57 milhões (83%) têm renda inferior a três

salários mínimos. Até agora foram investidos no

projeto mais de R$ 450,0 milhões, beneficiando

13,5 milhões de brasileiros. Em 2006, o programa

será estendido para as mais de 2.500 agências

franqueadas, permissionárias e comunitárias dos

Correios, atingindo 651 municípios ainda sem

sistema bancário.

O Banco do Brasil contribui para a promoção da

segurança alimentar, a erradicação da extrema

pobreza e a conquista da cidadania pela população

vulnerável à fome por intermédio do Plano de

Ação Banco do Brasil no Fome Zero, desenvolvido

desde janeiro de 2003. Ele compreende 23 ações

com metas estabelecidas, entre elas concessão

de crédito, profissionalização de jovens, criação

de emprego e renda por meio da exportação

de produtos, oficinas de capacitação, apoio

a cadeias produtivas e oficinas educacionais.

Iniciado em 2005, o projeto de Inclusão Social

de Comunidades Quilombolas é desenvolvido

pela Caixa Econômica Federal e beneficia as

comunidades remanescentes de quilombos

em todo o Brasil. O auxílio acontece por meio

de patrocínio a eventos e doação de equipamentos

de microinformática.

Relacionamento com os públicos interessados

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71Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O objetivo é auxiliar na adoção de políticas públicas

para essas comunidades, abrangendo as áreas

de habitação, saneamento, criação de emprego

e renda e acesso aos serviços bancários.

A iniciativa deve ter continuidade em 2006,

com o desenvolvimento de programas específicos

para os assistidos.

Patrocinado pelo HSBC, o Ofício da Moda busca

promover a inclusão social de 40 jovens, de 16

a 25 anos, da região de Campo Limpo, em

São Paulo, por meio da capacitação profissional

na área da moda. Realizado em parceria com

a Prefeitura Municipal de São Paulo e as fundações

Wild Gazen (ICCO) e Estrela Nova, pretende

proporcionar novas formas de criação de renda

e colocação no mercado de trabalho de

profissionais com perfil empreendedor

e compromisso social. Em 2005 foram realizados

workshop de personalização de camisetas,

atividades de capacitação e desenvolvimento

das competências básicas e específicas da área

de moda e encaminhamento de jovens para

estágio. Para essa iniciativa, o banco destinou

R$ 106,4 mil em 2005.

O Banco Itaú, por meio da Fundação Itaú Social,

coordena o Prêmio Itaú Apoio ao Empreendedor,

lançado em 2005. O objetivo da iniciativa

é identificar, divulgar e apoiar o trabalho de

Organizações da Sociedade Civil de Interesse

Público (Oscips) que, mediante concessão

de crédito a empreendedores de baixa renda,

propiciam o incremento de atividades produtivas,

estimulam a criação de renda e postos de trabalho

e contribuem para o desenvolvimento econômico

da região em que atuam. Na primeira edição,

inscreveram-se 44 instituições, de 19 Estados.

Foram premiadas seis delas, que beneficiam

diretamente 26,3 mil microempreendedores.

O Projeto Aprendizes no JPMorgan existe desde

2001 e em 2005 beneficiou diretamente 17

jovens, criando condições para o acesso ao primeiro

emprego. O principal parceiro é o Centro de

Profissionalização de Adolescentes Padre Bello

(CPA), o executor da iniciativa. Os jovens são

egressos de cursos profissionalizantes do CPA

do Distrito de Iguatemi, em São Mateus, zona

leste da cidade de São Paulo. O projeto oferece

formação para o mercado de trabalho,

acompanhamento pedagógico individual,

reuniões bimestrais com supervisores e reuniões

com as famílias.

Os objetivos são incentivar os jovens a continuarem

os estudos, possibilitar a experiência do primeiro

emprego, proporcionar uma melhor qualidade

de vida aos participantes, ampliar a consciência

e a participação dos funcionários do JPMorgan –

25 envolvem-se com a iniciativa – e formatar

experiência para referenciar outras empresas.

Dos 48 jovens que desde 2001 foram formados

no projeto, 80% estão no mercado de trabalho.

Em 2005, o JPMorgan investiu R$ 200,0 mil

no projeto, valor que totaliza R$ 315,0 mil

desde 2001.

O programa Microinvest, do Unibanco, é uma

operação de microcrédito produtivo que existe

desde 1971, com o objetivo de proporcionar a

consolidação e o crescimento de micro e pequenos

negócios, contribuindo para o desenvolvimento

localizado, a criação de empregos e a distribuição

de renda. Até agora, mais de 320 mil empresários

foram favorecidos nas Regiões Sul e Sudeste, onde

o projeto é desenvolvido. Além de ser um segmento

pouco explorado no País e apresentar grande

potencial, o microcrédito produtivo é um canal

de distribuição para ofertar outros serviços

financeiros (poupança, conta corrente, cartão

de crédito, seguros, etc). A carteira ativa

do Microinvest chega a R$ 2,0 milhões.

O Banco Votorantim apóia o projeto Produção

de Lanches, que teve início em 2004 no Jardim

Colombo, favela da zona sul da cidade de

São Paulo. Ali, o banco é parceiro da Associação

Viver em Família para um Futuro Melhor no

desenvolvimento de uma série de ações para

melhorar as condições de vida dos moradores.

São beneficiados diretamente cinco moradores,

que passaram por processo de recrutamento,

seleção e capacitação profissional para a produção

de lanches. Foi montada uma cozinha semi-industrial

e a idéia é que o empreendimento seja

auto-sustentável a partir da ampliação da carteira

de clientes. Hoje, o projeto fornece diariamente

1.233 lanches para um cliente, proporcionando

recursos para o custeio da produção e também

a manutenção do Espaço Viver Melhor, da

comunidade. Está sendo negociada a entrega

de 100 lanches diários a outra empresa.

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72 Relatório Social 2005

Assistência social

Assistência social

Em ações pontuais ou projetos complementaresàs políticas e programas assistenciais oficiais, osbancos investiram R$ 2,8 milhões em 2005. As iniciativas compreendem o atendimento a necessidades básicas, como proteção à família,à maternidade, à infância, à adolescência, àvelhice, o amparo de crianças e adolescentescarentes, a promoção da integração ao mercadode trabalho, entre outras.

A Fundação BankBoston apóia desde 1999 asatividades profissionalizantes de música e dançado Projeto Axé, que atende anualmente cerca de 1.500 crianças e adolescentes em situação de risco social e extrema pobreza, da RegiãoMetropolitana de Salvador, na Bahia. O objetivoé contribuir para a redução da violência socialcom a oferta de atividades de profissionalizaçãoem arte a grupos vinculados ao Axé. Além disso,quer ajudar a criar uma cultura de convivênciaconstrutiva e de tolerância entre as pessoas,articulando a inclusão escolar, a profissionalizaçãoe a inserção no mercado de trabalho, com aaprendizagem técnica das diferentes linguagensartísticas. Como resultado, 100% dos participantesestão matriculados e são acompanhados no sistemaeducacional formal, como perspectiva de acessoao Ensino Superior. Em 2005, oito jovens jáfreqüentavam universidades. Nesses seis anosforam investidos R$ 758,0 mil. Em 2005, o investimento de R$ 133,7 mil foi alocadoespecificamente para o núcleo Matriz das Artes,que trabalha com jovens entre 15 e 25 anos para sua formação profissional e ingresso no mercado de trabalho relacionado às artes.

A Campanha do Agasalho 2005, realizada peloBanrisul, promoveu a coleta de 31.459 peças de roupas, além de calçados, cobertores,colchões, utensílios domésticos, alimentos e brinquedos. Participaram da iniciativa asunidades do banco e agências de vários municípios.Os funcionários foram motivados a participar,assim como os clientes e a comunidade.

As doações foram encaminhadas para o gabineteda primeira dama do Estado, dos municípios e para as instituições indicadas pelas agências e unidades participantes.

O Banco Bradesco participou mais um ano doTeleton, maratona televisiva com 27 horas deduração, transmitida pelo SBT, que recebe doaçõespara a Associação de Assistência à CriançaDeficiente (AACD), feitas em uma conta nainstituição, por meio do telefone ou site doTeleton. O banco é patrocinador desde a primeiraedição, em 1998, e já participou com recursosincentivados que ultrapassam R$ 3,0 milhões –em 2005, doou R$ 500,0 mil. Além de recursosfinanceiros, o Bradesco também colocou à disposição seus canais de atendimento (FoneFácil Bradesco e Internet Banking) para que osclientes fizessem doações. As edições do Teletonpermitiram à AACD construir, equipar e mantersete centros de reabilitação, que estão instaladosem São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul,Minas Gerais e Rio de Janeiro, com capacidadepara mais de 1 milhão de atendimentos/ano. Em 2005, a iniciativa recebeu mais de 8 milhõesde ligações e arrecadou R$ 16,0 milhões. No ano,funcionários, professores e alunos da escola daFundação Bradesco de Osasco também participaramda campanha Corrente do Bem, da AACD, quearrecadou dinheiro por meio de doações com a distribuição de cofrinhos e venda de pulseiras.

Alternativa de criação de renda para um públicoque está à margem da sociedade é proporcionadapela Oficina Terapêutica de Separação de Materiaispara Reciclagem, em Curitiba (PR), que atende50 crianças e jovens com necessidades especiais.A iniciativa, patrocinada pelo HSBC, capacitaportadores de deficiência mental no trabalhocom reciclagem de papel, plástico e metais. A Associação Franciscana de Ensino Senhor BomJesus colocou à disposição local, equipamentos –como balanças e prensas –, além de transporte de material. O atendimento da escola estrutura-sepor meio de pequenos grupos distribuídos segundoa faixa etária e/ou programação didático-pedagógica.O planejamento curricular é individualizado e prevê o trabalho em diversas áreas deconhecimento. Para esse projeto, o bancodestinou R$ 12,0 mil em 2005.

O Banco Indusval Multistock patrocina a AssociaçãoCriança Brasil desde 1987. A iniciativa, que contacom a parceria da Secretaria de Educação e daAssistência Social de São Paulo, tem comopúblico-alvo crianças de 2 a 14 anos da zona sulda cidade de São Paulo – são 600 beneficiadosdiariamente nos cinco núcleos da associação. O objetivo é possibilitar a formação qualificadadas crianças, construindo alternativas educativase propiciando o desenvolvimento da comunidade.Como resultado do projeto, as crianças aprendemcom qualidade e desenvolvem capacidade paracriticar e transformar sua realidade. As principaisações da associação envolvem berçário, EducaçãoInfantil, Núcleo Socioeducativo e a participaçãode voluntários. O Indusval investiu R$ 72,0 milem 2005 e acompanha o andamento dasatividades mensalmente, por meio de reuniões e visitas aos núcleos.

O público-alvo do projeto de Olho no Futuro,apoiado pelo Banco Mercantil, são 300 crianças e jovens de 7 a 17 anos, da região de Buritis, em Belo Horizonte (MG). Também são parceirosa RM Sistemas, o América Futebol Clube, o Sesi,o Senac e o Centro de Futebol Zico. Desenvolvidahá quatro anos, a iniciativa beneficia os participantese suas famílias, o que em 2005 representouaproximadamente mil pessoas e proporcionou a colocação de 18 jovens em empregos formais.O projeto tem o objetivo de auxiliar na formaçãodo caráter, na profissionalização e no desenvolvimentofísico e emocional das crianças que vivem emsituação de risco social. Elas participam de atividadesde esporte, aulas de inglês, arte, informática,cursos profissionalizantes do Senac, coral e visitasa bibliotecas, além de receberem alimentação.Em 2005, o banco investiu R$ 100,0 mil nainiciativa, montante que totaliza R$ 350,0 mildesde o início das atividades. A iniciativa temcomo meta incrementar em 20% o número de jovens atendidos.

Os bancos Itaú e Nossa Caixa participaram daCampanha do Agasalho, sob a coordenação do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, em parceria com órgãos estatais,entidades de classe e sociedade civil, beneficiandomilhões de pessoas carentes de todo o Estado de São Paulo.

Relacionamento com os públicos interessados

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73Febraban – Federação Brasileira de Bancos

No Itaú, mobilizaram-se cerca de 12 mil colaboradores,que em três semanas arrecadaram cerca de1.026 quilos de agasalhos. Adicionalmente, a instituição doou uma tonelada de cobertores.Para desenvolver a iniciativa, o Nossa Caixa contacom a participação de funcionários, contratados,familiares, jovens cidadãos, adolescentes aprendizes,clientes e usuários que colaboram por meio deunidades de negócios e administrativas de todo o Estado. Em 2005 foram arrecadadas mais de79 mil peças. São 170 mil peças desde o inícioda campanha, em 2002.

A assistência social é exercida principalmentepela Associação Banespiana de Assistência Social(Abas), fundada em 1982 por funcionários doSantander Banespa, que favorece organizaçõesnão-governamentais de assistência a crianças,adolescentes e pessoas portadoras de necessidadesespeciais em todo o Brasil. O banco apóia a Abasdando espaço físico e infra-estrutura. Para serematendidas, as entidades devem ser visitadas e apresentadas por funcionários do banco – há 15.277 cadastrados – e a Associação fazcampanhas para incentivar novos ingressos. Os colaboradores do banco contribuemmensalmente com recursos financeiros.

Só em 2005, ela beneficiou 579 instituições e 95.253 pessoas por meio do repasse de R$ 1,2 milhão. Desde 1982, o acumulado chega a R$ 31 milhões. A Abas tem como meta aumentar em 5% a quantidade de pessoasatendidas, para beneficiar 100.015 crianças,adolescentes ou pessoas com deficiência.

Doações e apoios pontuais

Como doações e apoios pontuais foram

destinados R$ 11,8 milhões em 2005, além

de recursos não-monetários, envolvendo campanhas,

mobilizações em situações adversas para destinação

de alimentos, móveis e roupas, para pessoas

em situação de pobreza ou risco social.

O ABN AMRO Real desenvolve o projeto Doações

Qualificadas, que tem como público-alvo escolas

públicas parceiras do Projeto Escola Brasil, programa

Amigo Real e outros projetos apoiados pela

instituição em todo o País. Por meio dele, o banco

busca qualificar os processos de suas doações de

recursos e serviços, definindo critérios, diretrizes

e/ou políticas que garantam o alinhamento com

o foco do investimento social.

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74 Relatório Social 2005

O principal parceiro é a Microsoft, que concede

gratuitamente licenças do sistema operacional

Windows instalado nos computadores entregues

pelo banco a escolas públicas. Outra atividade

é a venda de cartuchos e tonners usados, com

o valor revertido para escolas públicas, e a doação

de móveis. Dez colaboradores do banco estão

envolvidos no projeto, que é monitorado por meio

de relatórios mensais e trimestrais. Um dos mais

expressivos resultados qualitativos obtidos foi

a criação de 57 salas de informática em escolas

públicas pelo País.

Com o projeto Natal Solidário, uma campanha

realizada pelo Programa Participação Cidadã,

de voluntariado, com o objetivo de sensibilizar

os funcionários e proporcionar uma oportunidade

de atuação solidária, a Fundação BankBoston

procurou em 2005 beneficiar uma comunidade

próxima à sede do banco, em São Paulo.

A campanha constou da arrecadação de tíquetes

e entrega de brinquedos e alimentos para 700

crianças e 400 famílias. Foram arrecadados

R$ 13,5 mil, sendo que o banco dobrou esse valor.

O Banco Bradesco colaborou com o povo do

Amazonas, vítima em 2005 de uma das maiores

estiagens já vividas na região. A instituição

contribuiu com R$ 500,0 mil na Ação Emergencial

da Frente de Atendimento dos Municípios,

desenvolvida pelo governo do Estado em parceria

com o governo federal e que aconteceu em duas

etapas. A primeira, emergencial, teve uma grande

mobilização de prefeituras, Defesa Civil Estadual,

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil

Nacional, Exército, Aeronáutica e Marinha. Já a

segunda teve o objetivo de diminuir os danos da

seca, levando alimento, água potável e medicamentos

à população. Foram distribuídas 200 mil cestas

básicas, 30 toneladas de medicamentos

e construídos poços artesianos para a garantia

de água potável. Todas as 2.400 comunidades

rurais do Estado do Amazonas foram beneficiadas,

com 296 mil pessoas atendidas.

A Caixa Econômica Federal promoveu, nas

agências, campanhas de arrecadação de alimentos

para entidades sociais cadastradas no Programa

Fome Zero, para auxiliar municípios atingidos por

calamidades, famílias acampadas, comunidades

indígenas e entidades assistenciais reconhecidas

pelas prefeituras.

A rede de agências do HSBC fez doações no valor

de R$ 120,0 mil, em 2005, para 53 projetos

apresentados por organizações carentes que

atuam nas comunidades do entorno das instalações

do banco em todo o País. Foram atendidas

solicitações de até R$ 3,0 mil, em iniciativas

que melhoram o relacionamento do HSBC com

a comunidade próxima das agências.

O ING Bank apóia o projeto Meu Direito de

Crescer, que acolhe, abriga e atende de forma

integral 35 crianças e adolescentes em situação

de risco social e familiar, destinando R$ 5,0 mil

em 2005 e R$ 20,0 mil nos últimos cinco anos.

O JPMorgan desenvolve diversas campanhas

de arrecadação durante o ano. Com revistas

de cunho jornalístico, ajuda a informar e

atualizar jovens do Centro de Profissionalização

de Adolescentes Padre Bello; livros didáticos

ou paradidáticos complementam a biblioteca

do cursinho pré-vestibular do Cidade Escola

Aprendiz; agasalhos são doados no começo

do inverno para populações carentes por

intermédio do Movimento Pax; artigos para

animais são encaminhados para a Associação

Órion Saint Germain, auxiliando também

a divulgar o trabalho da entidade; e sacolinhas

de Natal colaboram com o presente para crianças

da favela de Valo Velho, em Itapecerica da Serra,

assim como produtos de higiene, que representam

a segunda maior carência da região. Essas

campanhas são organizadas por estagiários

voluntários e beneficiaram mais de mil pessoas

em 2005.

Relacionamento com os públicos interessados

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75Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Banco Nossa Caixa faz doações pontuais à Casa de Apoio São Francisco de Assis – Recanto do Senhor, que

tem o objetivo de diagnosticar, tratar e prestar assistência a pessoas dependentes químicos, na cidade de

Araraquara, em São Paulo, beneficiando centenas de pessoas. Desde 2004, a instituição apóia a iniciativa, no sentido

de contribuir com abordagens biológica, psicológica e social. O investimento, em 2005, foi de R$ 15,0 mil,

quantia que dobra considerando-se dois anos de doações.

O Banco do Pará mantém a estrutura da Casa do Menino Jesus III, realizando o pagamento de água, luz

e telefone, e promove campanhas de arrecadação de brinquedos e alimentos. São beneficiadas crianças

com câncer atendidas e seus acompanhantes, oriundos de cidades do interior do Pará e do Maranhão.

Já o Unibanco promoveu uma campanha de auxílio às vítimas do tsunami no Sri Lanka, desastre ambiental

ocorrido no final de 2004. Ele foi responsável pela mobilização em torno de um projeto realizado pela ONG

Arte de Viver, contratada pela instituição para o acompanhamento das obras e prestação de contas para

os doadores dos recursos, que possibilitaram a construção de um orfanato que beneficia diretamente 200

crianças. Além disso, 150 mulheres que perderam suas famílias no desastre são contratadas para trabalhar

e moram na instituição. A iniciativa teve como parceiros os funcionários do banco, clientes, fornecedores –

que arrecadaram R$ 300,0 mil – e imprensa, que ajudou na divulgação. O Instituto Unibanco fez uma

doação inicial de R$ 100,0 mil e, depois, a organização depositava valores equivalentes aos doados pelos

funcionários. Mais de 2.500 colaboradores doaram recursos financeiros e outros 11 mil mobilizaram-se

para sensibilizar os clientes nas agências. No total, a arrecadação atingiu R$ 500,0 mil.

Infância e juventude

Erradicação do trabalho infantil

Iniciativas de erradicação do trabalho infantil receberam recursos de R$ 0,1 milhão em 2005. Elas incluem

atividades, programas ou projetos de sensibilização e mobilização das comunidades, produção de material

e fortalecimento de organizações que atuam no tema, entre outras.

A Fundação BankBoston iniciou o Projeto Russas, em 2000, com o desafio de erradicar o trabalho infantil

no município de Russas (CE). Por um ano, o projeto subsidiou a bolsa-escola de 300 crianças e adolescentes

que trabalhavam nas olarias locais. O recurso financeiro veio da destinação de parte do Imposto de Renda

de funcionários e do banco para o Fundo da Infância e Adolescência. Ao final do período, o município foi

inserido no Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (Peti) e o problema

foi eliminado. A partir daí, o projeto foi mantido com recursos do BankBoston, concentrando seu foco

na criação de renda para as famílias e em atividades profissionalizantes para os egressos do Peti. Foram

beneficiadas 420 crianças e adolescentes que trabalhavam nas olarias e suas famílias. O investimento do

banco em 2005 foi de R$ 100,0 mil, totalizando R$ 553,0 mil desde o início do projeto. Com o mesmo

desenho, foi iniciado em 2003 o Projeto Ribeirão das Neves, município mineiro que também apresentava

um quadro de exploração do trabalho infantil. A proposta é de fortalecimento do Peti, com a formação

dos educadores, incremento nas atividades culturais e de lazer, investimentos em infra-estrutura

e atendimento das famílias. O projeto já foi ampliado de 230 para 430 crianças.

O Peti – Laboratório de Informática, mantido em

Guaramiranga (PR), recebeu recursos de R$ 27,6

mil do HSBC para equipar com 15 microcomputadores

as instalações da unidade Boa Vista, destinados

ao ensino básico de informática aos beneficiários

do Programa de Erradicação de Trabalho Infantil.

Participam 60 crianças e adolescentes, que têm

aulas três vezes por semana.

Como contribuição para ações que discutem

a proteção dos direitos da criança e do adolescente,

o Santander Banespa patrocinou a impressão

de 15 mil exemplares do gibi “A Turma

da Mônica em: o Estatuto da Criança e do

Adolescente” para distribuição entre crianças

de escolas públicas de São Paulo. Também apoiou

evento em comemoração aos 15 anos da Fundação

Abrinq e a 6ª Conferência Nacional dos Direitos

da Criança e do Adolescente, em Brasília.

Combate ao abuso e à exploração sexual

de crianças e adolescentes

Com patrocínio do HSBC, o Programa de Ação

Comunitária Total (Pacto) é desenvolvido em

Curitiba (PR) com o objetivo de reintegrar às

famílias mil jovens com menos de 18 anos. Busca

promover a cidadania da população infanto-juvenil

que vive em abrigos e enfrenta processos na

1ª Vara da Infância e Juventude. Para evitar que

os adolescentes fiquem em abrigos, os casos

são avaliados individualmente, identificando

as condições das famílias e a possibilidade

de retorno dos jovens. Para essa iniciativa,

o banco destinou R$ 18,0 mil em 2005.

O Banco Nossa Caixa apoiou a infra-estrutura

para a realização da VI Conferência Estadual

da Criança e do Adolescente, que buscou padronizar

as metodologias e os conceitos referentes ao

Estatuto da Criança e do Adolescente. O debate

do tema foi feito por meio de conferências, com

a participação de 1.800 representantes de centenas

de municípios (o banco apoiou na infra-estrutura

da conferência). Foram destinados R$ 15,0 mil.

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76 Relatório Social 2005

Apoio a Fundos da Infância e Adolescência

Muitos bancos realizam campanhas para mobilizar seus funcionários e clientes pessoas físicas a destinarem

até 1% do Imposto de Renda (IR) devido aos Fundos da Infância e Adolescência de municípios em situação

crítica. Ao mesmo tempo, estimulam fornecedores e clientes pessoas jurídicas a direcionarem até 6%

do IR devido e difundirem essa prática entres os funcionários. Com o recurso, os conselhos – em âmbito

federal, estadual ou municipal – passam a ter condições de desenvolver projetos capazes de qualificar a vida

de milhares de jovens. Em 2005, foram informadas contribuições de R$ 6,7 milhões com recursos próprios

e R$ 62,6 milhões como destinação do Imposto de Renda, totalizando R$ 69,3 milhões.

O programa Amigo Real, desenvolvido desde 2002 pelo ABN AMRO Real, tem os funcionários da instituição

como principais parceiros. Anualmente, cerca de 150 são capacitados sobre cenário social e critérios de

avaliação de projetos, além de atuarem como multiplicadores e coordenadores de um Grupo Mobilizador,

composto por 1.350 funcionários. Os conselheiros municipais e os representantes das entidades executoras

participam de oficinas de capacitação. Em 2005, mais de mil empresas estiveram presentes em eventos

para compartilhar a experiência do Amigo Real em inspirar parceiros e clientes no apoio aos Fundos da

Infância e Adolescência. Em 2005, 11.054 funcionários (40% do quadro) participaram do programa, com

uma contribuição de R$ 1,8 milhão, enquanto 7.425 clientes e fornecedores destinaram R$ 1,1 milhão.

O banco investiu R$ 2,4 milhões em recursos próprios, além de R$ 1,1 milhão por meio de incentivo

fiscal. Nos quatro anos de existência do programa foram repassados R$ 8,5 milhões, apoiando cerca

de 86 projetos e mais de 50 Conselhos Municipais, com a soma das contribuições de funcionários, clientes,

fornecedores e do próprio banco. Em 2005 foram selecionados 40 projetos sociais em 40 cidades de 12

Estados, beneficiando mais de 10 mil crianças e adolescentes, para execução em 2006.

Por meio da campanha Imposto Criança, que existe desde 2001, o BankBoston estimula a contribuição

para Fundos da Infância e Adolescência, procurando envolver funcionários, clientes, organizações parceiras

da Fundação BankBoston, assim como todos que acessam o site do banco. Em 2005, o CD-Rom da

campanha foi reeditado e enviado para os clientes, com informações e instruções sobre como efetuar

a doação via abatimento no Imposto de Renda. O banco também recomenda projetos que apóia, que são

indicados por funcionários voluntários ou que tenham resultados reconhecidos. Em 2005, foram diretamente

beneficiados 15 projetos das cidades de Campinas, Pirapora do Bom Jesus e São Paulo (SP), Ribeirão das

Neves (MG) e Russas (CE). O banco também doou recursos para o projeto Comunicação para o Desenvolvimento:

Mídia, Infância e Adolescência no Semi-Árido Brasileiro, executado pela Rede ANDI Brasil. O investimento

em 2005 foi de R$ 17,0 mil com recursos próprios e R$ 625,0 mil por incentivo fiscal. Desde o início do

projeto, os valores somam, respectivamente, R$ 32,0 mil e R$ 3,8 milhões.

O Banco Bradesco doou R$ 350,0 mil ao Fundo Municipal para a Defesa da Criança e do Adolescente

de Campinas, em 2005. O valor foi dividido entre: Centro Promocional Tia Ileide, que mantém seis

unidades e atende cerca de 700 crianças e adolescentes com idade entre 4 e 18 anos e suas famílias;

Sociedade Feminina de Assistência à Infância Creche Bento Quirino, que oferece educação, alimentação,

saúde, recreação, lazer, cultura, esporte e conceitos de cidadania e higiene a 390 crianças de 2 a 11 anos

e seus familiares; Associação Pestalozzi – Projeto Gente Nova, que beneficia aproximadamente 130 crianças;

União Cristã Feminina, que cuida de 190 famílias e 270 crianças e adolescentes; Associação Beneficente

da Boa Amizade, que atende cerca de 170 crianças; e Associação Semear.

Iniciada em 2004, a parceria Caixa Econômica

Federal, Secretaria de Estado de Direitos Humanos

e Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do

Adolescente (Conanda) acontece nacionalmente

e tem o objetivo de apoiar a consolidação

das ações da Rede Nacional de Identificação

e Localização de Crianças e Adolescentes

Desaparecidos (RedeSap) e promover um esforço

coletivo e de alcance nacional para busca

e localização dos jovens. O banco promove

a campanha “Com sua ajuda esta saudade pode

ter fim”, com a distribuição de cartazes e fôlderes

com fotos de desaparecidos, divulgação, nos

terminais eletrônicos, de um número 0800 e do

site da RedeSap e divulgação do 1º Encontro

Rede Nacional de Identificação e Localização

de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.

O HSBC destinou R$ 500,0 mil à aquisição

de equipamentos para o Hospital da Criança

Santo Antônio, de Porto Alegre (RS), para oferecer

tecnologia de ponta a pacientes da rede pública

de saúde. O hospital atendeu 172 mil pessoas

em 2004.

Em 2005, o Banco Itaú deu início ao Itaú Solidário,

com ações desenvolvidas em quatro etapas:

mobilização e capacitação de Comitês de

Voluntários; análise de projetos sociais indicados

pelos Conselhos Municipais dos Direitos

da Criança e do Adolescente; mobilização

para a escolha do projeto e para a doação;

e acompanhamento da aplicação dos recursos.

Participaram da votação 7.306 funcionários,

e 2.765 fizeram doações, totalizando mais de

R$ 180,0 mil. Em seu primeiro ano, o Itaú

Solidário contemplou sete pólos, representados

por municípios com grande concentração de

agências: Belo Horizonte, Curitiba, Diadema,

Goiânia, Guarulhos, Manaus e Salvador. Foram

beneficiados oito projetos sociais cadastrados

nos Conselhos Municipais dos Direitos da

Criança e do Adolescente, que repassam

os recursos captados.

Relacionamento com os públicos interessados

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77Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Banco Nossa Caixa apóia os projetos do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente

(Condeca), em parceria com a Rede Social do Estado de São Paulo, para o atendimento social e educacional

de adolescentes em conflito com a lei, combate ao abuso e à exploração sexual e fortalecimento do sistema

de garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Nesse sentido, são desenvolvidas ações com ênfase em

famílias, crianças, jovens e idosos em situação de risco social. O banco direcionou ao Condeca R$ 6,9 milhões

nos últimos sete anos, sendo R$ 1,5 milhão em 2005. Os recursos ajudam a patrocinar ações específicas,

como os projetos Envolve, Expressão Comunitária, Mexa-se: Esporte Trazendo Qualidade de Vida e

Caminho de Volta.

O Santander Banespa tem a parceria da Fundação Abrinq para estabelecer os critérios de participação

e avaliação de projetos apresentados pelos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente

que podem receber auxílio financeiro. Em 2005, foram convidados a enviar projetos os municípios com os

menores resultados no Índice de Condições de Vida de Crianças e Jovens (ICV), formulado pela Fundação

Abrinq. Em 2005, foram beneficiados os municípios de Caçador (SC), Francisco Morato (SP), Palmas (PR),

Pereira Barreto (SP), Rio Claro (SP) e São Paulo (SP), além do Conselho Estadual de São Paulo.

Já o projeto Envolver é apoiado pelos bancos ABN AMRO Real, Nossa Caixa e Unibanco e pelas fundações

Bradesco e Itaú Social. Ele beneficia 48 municípios do Estado de São Paulo e tem como objetivo capacitar

educadores, mídia, conselhos tutelares, ONGs, poder público, entre outros órgãos e instituições que atuam

no Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. Cria, assim, melhores condições para

a oferta de proteção integral para os jovens e um cenário que permita seu crescimento e desenvolvimento

como pessoas e cidadãos. A meta é fazer com que a iniciativa chegue a todas as cidades de São Paulo até

o final de 2006. Entre as ações desenvolvidas no projeto estão a criação e a adoção de planos de ação

municipais e de capacitação dos atores envolvidos por meio de jornadas temáticas com dinâmicas expositivas

e oficinas de trabalho oferecidas aos operadores do sistema, para que possam aprimorar-se e qualificar

o atendimento aos jovens. A principal parceira da iniciativa é a Rede Social do Estado de São Paulo, que

faz a articulação e o acompanhamento do projeto.

Esporte

Para o apoio ou a manutenção de atividades esportivas e fomento ao esporte, os bancos destinaram

R$ 93,9 milhões em 2005.

O Circuito Banco Real de Corridas de Rua, que se iniciou em setembro de 2003, tem como público-alvo

homens e mulheres de 15 a 60 anos, das classes A e B, esportistas ou não, e pretende estimular a saúde

e a prática do esporte e contribuir para a qualidade de vida. Busca, ainda, reforçar entre os funcionários

do ABN AMRO Real os conceitos de engajamento, time, apoio, cooperação, superação, além de melhorar

a qualidade de vida e a integração. Outro benefício é a criação de empregos temporários locais para 2.700

pessoas. A iniciativa tem o apoio financeiro da Reebok, do McDonald’s e da Montervergine.

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78 Relatório Social 2005

O Circuito atrai aproximadamente 28 mil participantes – dentre eles 2 mil funcionários – nas localidades

abrangidas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife). A meta é alcançar um público

de 40 mil pessoas por ano. Uma das ações é a criação da Equipe Real, grupo composto por atletas/caminhantes

funcionários do banco. Estimula-se também a inclusão de público com 60 anos ou mais, por meio de desconto

na inscrição e premiação para a categoria. O projeto é avaliado por meio de pesquisa de satisfação uma

semana após a realização do evento – a média obtida em 2005 foi nota 9 – e por meio da análise de

sugestões e reclamações recebidas pelo Serviço de Atendimento ao Cliente. O investimento total foi

de R$ 3,4 milhões, sendo R$ 2,3 milhões de recursos próprios. Desde 2003, o valor despendido chega

a R$ 5,0 milhões.

O Banco da Amazônia é parceiro do projeto Basquetebol em Cadeira de Roda, que favorece 70 atletas por

meio do Clube dos Deficientes Físicos do Pará. Desenvolvida desde 2002, a ação acontece em Belém e busca

formar profissionalmente atletas portadores de necessidades especiais para a prática da modalidade,

proporcionando, para isso, palestras, treinamentos e subsídios para a participação em campeonatos.

Em 2005, o banco investiu R$ 202,9 mil e desde 2002 o total aplicado foi de R$ 795,6 mil. Todo o investimento

foi feito com recursos próprios.

O Banrisul é parceiro da Federação Gaúcha de Karatê na realização do Programa Social Karatê, que tem

como público-alvo crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos, de famílias carentes de 31 núcleos de todo

o Estado. A divulgação do programa ocorre por meio de prefeituras, escolas da rede pública, associações

de bairros, igrejas e representantes de centros comunitários. Com a prática da modalidade, os objetivos

são estimular a organização pessoal, aumentar a flexibilidade, a coordenação motora e a saúde em geral,

contribuir para o equilíbrio mental, o desenvolvimento do respeito e o controle da agressividade e ampliar

a vitalidade e a disposição para o estudo e o trabalho. Esses benefícios já são percebidos nos 10 mil jovens

participantes do projeto, que em 2006 deve atingir o dobro de pessoas. Em 2005 foram investidos R$ 140,0 mil.

O Torneio Gol de Letra envolveu 22 empresas em disputas de futebol society, com o objetivo de arrecadar

fundos para os programas Virando o Jogo, Dois Toques e Formação de Agentes Comunitários, da Fundação

Gol de Letra, que beneficia 540 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e 590 jovens de 13 a 21 anos.

A Fundação BankBoston apoiou financeiramente o evento, com R$ 20,0 mil, e funcionários do banco

formaram um time e participaram do campeonato.

O Banco Bradesco desenvolve, em parceria com a Prefeitura de Osasco, o programa Finasa Esportes, que

proporciona a iniciação de meninas – a maioria proveniente de famílias carentes – na prática de vôlei e basquete.

Em 2005, destinou R$ 6,0 milhões para o programa, que reuniu 3,8 mil meninas em 73 núcleos – sendo

47 para a prática de vôlei e 26 para basquete – distribuídos em escolas públicas e particulares do município

beneficiado. O projeto preocupa-se com a educação das participantes, sendo a freqüência escolar fator

determinante para integrar a iniciativa, que abrange ainda trabalho de orientação sobre higiene, gravidez

precoce, estresse, drogas e questões da adolescência. As meninas são motivadas a estimular práticas de

convivência e cidadania, como, por exemplo, a participação em programas de conscientização sobre o uso

racional de água e energia e sobre a importância da reciclagem de materiais. A prefeitura de Osasco oferece

as quadras esportivas e os professores, enquanto o Bradesco fornece o material esportivo, além de alimentação.

O Finasa Osasco já obteve importantes conquistas, como o Heptacampeonato Paulista, o Tricampeonato

da Superliga Feminina de Vôlei, o Bicampeonato do Salonpas Cup, além de ser a primeira equipe brasileira

a conquistar o Top Vôlei Internacional, em 2004.

Relacionamento com os públicos interessados

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79Febraban – Federação Brasileira de Bancos

A Caixa Econômica Federal é a patrocinadora

do Comitê Paraolímpico Brasileiro e da equipe

Paraolímpica Brasileira desde 2004, quando

possibilitou a ida dos atletas às Paraolimpíadas

de Atenas. O principal objetivo é garantir

a tranqüilidade necessária para que os esportistas

se preparem para competições realizadas em

todo o mundo. Uma das inovações proporcionadas

pelo apoio foi a criação, em 2005, de um circuito

nacional de competições, o Circuito Loterias

Caixa Brasil Paraolímpico. Realizado em seis

diferentes etapas – nos Estados de Minas Gerais,

Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de

Janeiro e São Paulo –, contou com a participação

de mais de 2.700 atletas. A Caixa também

patrocina 12 atletas de atletismo, natação

e judô. O apoio, em 2005, foi de R$ 3,4 milhões,

resultante de patrocínio esportivo direto. O valor

chega a R$ 4,4 milhões desde 2004 – R$ 34,0

milhões são resultantes da venda de apostas das

loterias federais (de 2001 a 2004 – Lei Agnelo

Piva). A Caixa firmou Termo de Compromisso

de patrocínio com o comitê até 2008.

A Copa Intercolegial Mercantil do Brasil acontece

há seis anos e envolve alunos de aulas particulares

e públicas de Belo Horizonte. Promovida pelo

Banco Mercantil, em 2005, recebeu investimento

de R$ 160,0 mil. A atividade favoreceu, no ano,

diretamente 1.610 atletas e 10 mil espectadores,

que praticam ou gostam de futebol society,

a modalidade apoiada no projeto. Em 2005,

o evento foi reconhecido pela Federação Brasileira

de Futebol Society como o maior torneio da

categoria entre escolas de todo o Brasil. No ano,

participaram 36 instituições e 118 equipes,

com a realização de 219 partidas.

O Banco Nossa Caixa realiza o Programa Nosso

Esporte, em parceria com a Secretaria de Estado

da Juventude, Esporte e Lazer e as Federações

Paulistas de Tênis de Mesa, Ciclismo, Judô

e Remo. Iniciado em 2004, atende atletas

federados, visando estimular todos os envolvidos,

desde categorias de base até de alto nível,

oferecendo melhores condições para treinamento

e competições nas referidas modalidades.

O banco é o apoiador oficial do projeto, com

investimentos de R$ 1,2 milhão em 2005, por

meio de recursos próprios. Desde o início da

ação, já aplicou R$ 2,8 milhões.

O Projeto Vôlei Banespa São Bernardo é apoiado

pelo Santander Banespa desde 1984 e atende

jovens de 15 a 19 anos. O objetivo é formar

atletas de alto nível para participarem nos

campeonatos e também integrarem as seleções

nacionais. A iniciativa é desenvolvida em São

Paulo e Grande ABC. Em 2005, foram beneficiados

45 atletas. No ano, uma inovação foi a realização

de pré-peneiras (seletivas) para alunos matriculados

em escolas públicas em conjunto com o Programa

da Família, da Secretaria de Educação do Estado

de São Paulo. Participaram 1.500 estudantes

e 40 foram selecionados para a grande final.

Já a tradicional peneira de novos talentos aconteceu

em dezembro, com a participação de 600

jovens de todo o Brasil e os 40 selecionados

nas pré-peneiras. Além de proporcionar

treinamentos e jogos aos jovens beneficiados,

o projeto também promove clínicas de vôlei

em escolas públicas e privadas, com o objetivo

de divulgar o projeto e a modalidade para alunos

e professores. São parceiras a prefeitura de São

Bernardo – que colabora com estrutura e finanças

– e a marca de material esportivo Rainha.

Saúde

Para atividades, programas ou projetos de atenção

à saúde da população, os bancos informaram

investimento de R$ 4,9 milhões. Os recursos

próprios representaram R$ 3,9 milhões do total

destinado às iniciativas. As ações incluem

participação em campanhas de prevenção;

atenção a pessoas ou grupos com doenças como

câncer, HIV/Aids e hanseníase; atividades

comunitárias de promoção da saúde e prevenção

de doenças; além de apoio, construção e/ou

manutenção de espaços de atenção à saúde

da população.

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80 Relatório Social 2005

O Banco da Amazônia apoiou a Campanha McDia

Feliz, realizada em agosto, em Belém do Pará.

O objetivo foi angariar fundos para adquirir

equipamentos para o setor de oncologia

pediátrica do Hospital Ophir Loyola, ação que

beneficiou aproximadamente 200 crianças

portadoras de câncer internadas na instituição.

A atividade consistiu na arrecadação de brindes

(como camisetas e sacolas) para serem revertidos

em espécie, sendo que o banco patrocinou mil

camisas da campanha. A iniciativa envolveu,

ainda, esclarecimentos sobre a prevenção de

câncer. O total destinado à ação foi de R$ 9,0 mil.

O Fitness Banrisul – Vivendo Com Saúde foi criado

há seis anos e inicialmente direcionado a

colaboradores e seus familiares e a estagiários,

enfatizando a importância da adoção de técnicas

que auxiliem na prevenção e na redução do estresse.

Hoje, a iniciativa atinge também comunidades

locais. No ano, 6.230 pessoas participaram das

atividades, que incluem, em média, 35 oficinas

de modalidades como danças, atividades esportivas,

terapias alternativas, yoga, shiatsu, caminhada

orientada, rappel, esgrima, avaliação física

e postural e atividades práticas direcionadas

ao público infantil, conduzidas por uma equipe

de ginástica laboral, sob a coordenação

de 60 profissionais.

Para despertar a atenção dos funcionários

do BankBoston para a realidade que atinge

crianças e adolescentes em todo o Brasil

e contribuir para o aumento do índice de cura

do câncer infanto-juvenil, o banco apóia há sete

anos a realização do McDia Feliz. Em 2005,

com a participação de voluntários do Comitê

de Hospitais, do Programa Participação Cidadã,

foi feita a venda de 200 camisetas do Grupo

de Apoio ao Adolescente e à Criança com

Câncer (GRAACC) e 1.400 tíquetes, totalizando

a contribuição de R$ 8,3 mil, além de promovida

uma visita de funcionários e voluntários

ao GRAACC.

Foram ainda apoiadas financeiramente quatro

instituições indicadas pelo Instituto Ronald

McDonald: Núcleo de Apoio à Criança com

Câncer (NACC), de Recife; Universidade Federal

de Uberlândia – Setor de Oncologia; Associação

dos Amigos da Criança com Câncer (AACC-MS),

de Campo Grande; e Grupo de Apoio à Criança

com Câncer (GACC-AM), de Manaus, além

do GRAACC, de São Paulo.

O Banco Bradesco patrocina o concurso A Saúde

Bucal, desenvolvido em parceria com o Conselho

Regional de Odontologia e a Secretaria de Estado

da Educação, ambos de São Paulo. O objetivo

é proporcionar aos alunos do Ensino Fundamental

da rede estadual a oportunidade de realizar

atividades para a promoção e a manutenção

da saúde bucal. Quer, ainda, destacar o assunto

como tema pedagógico, valorizar os programas

de saúde desenvolvidos pelos professores

e subsidiar a atuação do cirurgião-dentista como

profissional e parceiro na escola. O concurso

premia, com dinheiro, os alunos que conquistam

os três primeiros lugares em quatro categorias.

O Bradesco doa recursos que se destinam

à premiação e à confecção de material de apoio.

Em 2005, o número de participantes do concurso

foi superior a 3 mil e o investimento totalizou

R$ 300,0 mil. Desde 2003, o banco já destinou

mais de R$ 1,0 milhão.

Para manter e fortalecer o vínculo família/criança

durante todo o período de internação hospitalar,

visando à alta mais rápida do paciente, desde

1982 o HSBC apóia o projeto Família Participativa

Módulo II – Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba

(PR), que tem a Volvo como principal parceira.

Foram adequados espaços físicos para descanso,

higiene e treinamento dos acompanhantes das

crianças, que recebem treinamento sobre os

procedimentos hospitalares. Nesse trabalho,

o banco conta com a participação de funcionários

voluntários e do setor de Educação e Cultura, para

transformar a hospitalização em um momento

de inclusão.

Os principais resultados obtidos são o reforço do

vínculo familiar, a democratização de informações

em saúde para a comunidade e sua mobilização

em torno da causa da saúde infanto-juvenil.

Apenas para essa iniciativa foram destinados

R$ 236,0 mil em 2005.

Uma campanha de captação de novos doadores

de medula óssea envolveu colaboradores do

Banco Itaú, em uma ação desenvolvida em

parceria com a Associação da Medula Óssea

(Ameo). A iniciativa foi divulgada para todas

as regiões do Brasil, com o objetivo de disseminar

informações sobre a importância da doação para

elevar as chances de sobrevivência de pessoas que

necessitam de transplante de medula óssea. O tema

também foi abordado durante uma palestra, em

São Paulo, do médico Dráuzio Varela. Nos prédios

administrativos, em São Paulo, foram montados

postos de coleta de sangue e 3.100 colaboradores

doaram uma amostra para integrar o Registro

Nacional de Doadores de Medula (Redome).

O investimento do banco foi de R$ 25,0 mil,

com a divulgação da campanha e os materiais

utilizados na coleta.

O Banco Nossa Caixa, por sua vez, apóia

o Programa Ação pela Saúde, que tem como

objetivo atender pessoas carentes de todas

as regiões dos clubes Rotary, para avaliação

e prevenção do câncer bucal, de pele,

ginecológico e de mama. O projeto promove

também, entre outras ações, a realização de

milhares de exames para identificação de catarata.

Em 2005, o investimento do banco foi de R$ 20,0

mil, com um acumulado de R$ 75 mil desde

o início da participação, em 2004.

O Santander Banespa financia e acompanha

os resultados do Projeto Brincar é Coisa Séria,

existente desde 2002, em parceria com a Secretaria

Municipal de Saúde e o Comitê Betinho de

Funcionários do Banco. O projeto visa à instalação

de brinquedotecas em postos e unidades básicas

de saúde e tem como objetivo criar um clima

que contribua para a recuperação das crianças

e transformar o ambiente hospitalar num local

mais acolhedor.

Relacionamento com os públicos interessados

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81Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Até agora, foram inauguradas 38 brinquedotecas.

Em cada uma delas passam, em média, 300 pessoas

por mês. O banco auxilia também na manutenção

das brinquedotecas e na renovação do acervo de

livros e brinquedos.

Terceira idade

A valorização das pessoas de terceira idade,

como forma de assegurar sua inclusão social

e melhoria da qualidade de vida, incentiva

o apoio a projetos e programas que representaram

investimentos de R$ 10,7 milhões em 2005.

O ABN AMRO Real mantém, desde 1999,

o Concurso Banco Real Talentos da Maturidade,

que dá ao público sênior a oportunidade de mostrar

sua capacidade criadora, além de contribuir para

a discussão sobre a inclusão social das pessoas

da terceira idade e quebrar preconceitos

e estereótipos com relação à velhice. Em sete

concursos, foram mais de 100 mil trabalhos

inscritos, sendo que, anualmente, o número de

participantes cresce, em média, 10%.

Em 2005, foram registradas, nas seis categorias,

20.109 inscrições de idosos e públicos que estudam

ou trabalham temas relacionados à terceira idade.

O investimento no ano foi de R$ 9,5 milhões,

com recursos próprios. Desde o início da iniciativa,

o valor é de R$ 45,5 milhões.

O projeto Potencialização e Valorização do Saber

do Idoso teve início em junho de 2005 e recebeu

investimento de R$ 18,0 mil do Banco da Amazônia,

recurso que beneficiou, até dezembro, 475 pessoas

da terceira idade da instituição Maria Filomena,

de Belém (PA). Por meio de cursos, palestras e da

formação de grupos de teatro, os envolvidos

ampliam seus conhecimentos científicos. A meta

do projeto, que também busca a promoção

da valorização do idoso, é capacitar 950 idosos.

A Caixa Econômica Federal realizou, em 2005,

a primeira edição da Campanha do Idoso, que

beneficiou 700 pessoas da terceira idade de seis

instituições do Distrito Federal, por meio da

arrecadação de material de higiene pessoal

e de limpeza para os asilos públicos. A Caixa

mobilizou seus funcionários na coleta de donativos,

e desenvolveu a iniciativa em parceria com o

Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela

Vida (Coep/DF). Também são parceiras a Fenae,

a Caixa Seguros e a ONG Moradia e Cidadania.

Já o Banco Nossa Caixa apóia os Jogos Regionais

e Estaduais do Idoso (Jori-JEI), promovidos pelo

Fundo Social de Solidariedade do Estado de

São Paulo, em parceria com a Secretaria Estadual

da Juventude, Esporte e Lazer. Para o banco,

a terceira idade é tempo de aprender, fazer

amigos, exercitar, viajar, cantar, dançar. Por isso,

preocupa-se em contribuir para a integração

do idoso na sociedade, por meio do apoio

às atividades físicas esportivas. Os jogos

contemplam 11 modalidades e atingem

milhares de atletas. Em 2005, foram investidos

R$ 72,0 mil, valor que chega a R$ 465,0 mil

desde 1996.

Desde 2003, o Santander Banespa é parceiro

do projeto História da Gente, que tem como

público-alvo crianças de escolas públicas e idosos

atendidos por instituições de Ribeirão Preto (SP).

Os principais objetivos são valorizar o público

da terceira idade e destacar entre as crianças

a importância do hábito da leitura e de

conhecerem, respeitarem e participarem,

como indivíduos e cidadãos, da construção

da história da comunidade na qual vivem.

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82 Relatório Social 2005

O projeto contempla atividades como oficinas

de contadores de histórias, dinâmicas corporais

e técnicas de interpretação com os idosos;

workshops para professores para que abordem

a literatura infantil em sala de aula e a importância

da história oral como ferramenta de resgate de

memórias e acontecimentos; sessões de contadores

de histórias nas escolas, com os participantes

da terceira idade; e o Dia de Produção Literária

e Artística, em que textos e desenhos de

estudantes integraram a coletânea Histórias

da Gente. Mais de mil pessoas participaram

das ações.

Valorização da diversidade

A inclusão social e econômica de pessoas

de grupos discriminados e em situação

de vulnerabilidade ou desvantagem social em

razão de raça/cor, deficiência, gênero, orientação

sexual e idade motiva o apoio a iniciativas

de valorização da diversidade. Projetos,

programas e campanhas que buscam combater

todas as formas de discriminação e dar suporte

a ações afirmativas receberam recursos de

R$ 1,7 milhão em 2005, sendo R$ 1,6 milhão

com recursos próprios.

Desde 2004, o ABN AMRO Real já investiu

R$ 490,0 mil – R$ 170,0 mil em 2005 – no

projeto Doação do Programa Virtual Vision,

que tem como parceiro a Micropower, empresa

fornecedora do software que beneficia pessoas

com deficiência visual. O Virtual Vision é um

leitor de telas que permite acessar o computador,

navegar na Internet e realizar operações no Real

Internet Banking. O objetivo estipulado pelo

banco foi dar oportunidade para mil deficientes

visuais de utilizarem o programa. Nesse sentido,

realizou campanha de mobilização interna para

a divulgação da ação entre clientes e familiares.

Todas as agências são responsáveis por atender

o cliente portador de deficiência visual, solicitar

e entregar o programa.

Desenvolvido em Manaus (AM), o projeto Escola de Pintura Ye’pa beneficia cerca de 300 índios, de diversas

etnias, por meio do Instituto Dirson Costa. A idéia é integrar esse público, por meio da promoção da troca

de saber entre os participantes e a sociedade. Outro objetivo é promover a inserção social dos índios, criando

condições para que sejam cidadãos economicamente ativos e participem da vida da comunidade. Para isso,

são ministrados palestras e cursos de capacitação, como de artes plásticas, por exemplo. Em 2005, o Banco

da Amazônia investiu R$ 80,0 mil no projeto. Desde 2003, quando foi criado, a instituição já destinou

R$ 126,5 mil para seu desenvolvimento.

O Projeto Geração XXI, desenvolvido pelo BankBoston, é a primeira ação afirmativa para jovens negros

no Brasil. Ele proporciona e acompanha o desenvolvimento escolar de 21 jovens até a conclusão da

universidade, oferecendo acesso a novas linguagens, línguas estrangeiras e tecnologia, por meio de

programas de complementação escolar, comunicação, cidadania e cultura. Com seis anos, a iniciativa

já possibilitou que todos os participantes chegassem ao Ensino Superior, sendo que a maior parte já está

no mercado de trabalho. O projeto também mobiliza os mais de 100 familiares dos jovens, que recebem

o apoio do Família XXI, um subprojeto que visa desenvolver a capacidade empreendedora e aumentar a

renda. Na iniciativa, o banco investiu R$ 821,0 mil em 2005, valor que totaliza R$ 4,2 milhões desde 1999.

O Banco Bradesco foi o principal patrocinador da quarta edição dos Jogos Pan-Americanos da International

Blind Sports Federation – Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) –, realizada em setembro

de 2005, em São Paulo. Organizada pela Associação Brasileira de Desportos para Cegos (ABDC) e com

reconhecimento internacional, a competição reuniu atletas de mais de 20 países em modalidades como

atletismo, natação, judô, xadrez, futebol e goalball, esporte específico para deficientes visuais. Para a realização

dos jogos, o Bradesco destinou recursos incentivados de R$ 126,0 mil.

Sensibilizar adolescentes para respeitarem as diversidades de valores e comportamentos é o objetivo do

projeto Vila Mar, que, com o apoio do HSBC, atende 300 jovens em Grande Serviluz (CE). Promove ações

educativas que visem apontar mitos, preconceitos e tabus sociais, estimula um processo de conhecimento

que contemple aspectos psicoafetivos, biológicos e socioculturais, educação sexual e preventiva das DSTs

e uso de drogas. O banco destinou R$ 70,0 mil ao projeto em 2005.

Em 2005, o Banco Nossa Caixa passou a apoiar o Centro de Promoção da Inclusão Digital, Educacional

e Social (CPIDES), que beneficia pessoas portadoras de necessidades especiais, alunos de escolas públicas,

crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, professores de escolas públicas e instituições

especializadas, como Apae, Lumem e Associação de Cegos. Localizado em Presidente Prudente (SP),

o centro desenvolve uma metodologia que faz uso do computador para criar e despertar potencialidades

e habilidades dos alunos, adotando como estratégia a simulação do desenvolvimento de projetos. Cinco

funcionários do banco estão envolvidos na iniciativa, e o total investido em 2005 foi de R$ 198,0 mil.

O projeto Capacitação Cidadã de Jovens com Deficiência Mental, que tem o apoio do Unibanco, busca

proporcionar orientação vocacional, acesso ao emprego apoiado e a educação de jovens e adultos,

tornando-os capazes de fazer uma leitura do mundo atual e escolhas adequadas, que possibilitem sua

autonomia, seu crescimento pessoal e profissional, e o desenvolvimento de seu projeto de vida. Várias

empresas são parceiras da iniciativa, assumindo a responsabilidade de contratação desses jovens. No ano,

o Unibanco destinou R$ 65,9 mil ao projeto, que beneficiou 43 jovens. A meta é atender 46 jovens

em 2006 e 50 em 2007.

Relacionamento com os públicos interessados

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83Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Dia Nacional da Consciência Negra, realizado

pela Afrobras, teve o apoio dos bancos Nossa

Caixa e Santander Banespa. Em 12 categorias,

foram premiados os negros mais destacados no

Brasil em 2005, com o objetivo de reconhecer

os mais importantes representantes dos negros

nas áreas de artes e de esportes e homenagear

personalidades que tenham contribuído para

a valorização dos afro-descendentes. Os vencedores

foram escolhidos pela Internet, por voto popular.

Programas ou projetos de voluntariado

Projetos pontuais ou programas permanentes de

voluntariado envolveram recursos de R$ 1,5 milhão

em 2005 (R$ 1,3 milhão próprios). O objetivo é

apoiar ações realizadas pelos colaboradores dos

bancos em benefício de grupos ou causas sociais.

O programa Participação Cidadã é desenvolvido

nos 13 Estados em que estão as agências do

BankBoston. Criado em 1999, tem o objetivo

de difundir um novo conceito de participação

solidária e capacitar os funcionários que querem

atuar como voluntários. O Portal do Voluntário

BKB, lançado em 2003, é uma importante

ferramenta de comunicação do programa,

divulgando também as possibilidades de

participação qualificada nos projetos apoiados

pela Fundação BankBoston. Desde 2004,

a tecnologia volunteer to volunteer permite

formar uma rede social que reúne voluntários

de acordo com afinidades e disposição para

atuar, sem qualquer tipo de intermediação.

Em 2005, 31% dos funcionários estavam

envolvidos no Participação Cidadã. Os investimentos

na iniciativa foram de R$ 173,6 mil, totalizando

R$ 847,0 mil desde seu início.

A Fundação Bradesco incentiva e apóia

a participação em atividades voluntárias de seus

funcionários, alunos, comunidades, empregados

da Organização Bradesco, colaboradores e parceiros.

Em 2005, o 3º Dia Nacional de Ação Voluntária,

realizado nas 40 unidades escolares da instituição,

e em 50 pontos de atendimentos, promoveu

mais de 650 atividades, que envolveram 11 mil

voluntários e proporcionaram 700 mil atendimentos.

O programa inclui ações nas áreas de arte (shows

e apresentações), cidadania (como arrecadação

de alimentos, roupas, medicamentos, emissão de

documentos e casamento comunitário), educação

(atividades de leitura, palestras, oficinas), esporte

e lazer, saúde e bem-estar (consultas médicas

e exames clínicos), segurança e tecnologia.

O Programa Voluntariado Banco do Brasil

tem como objetivo fomentar a cultura

do voluntariado e promover atividades que

contribuam para a melhoria da qualidade de vida

das comunidades carentes e entidades sem fins

lucrativos. No final de 2005, o programa contava

com mais de 16 mil voluntários cadastrados,

cujo destaque é o curso auto-instrucional

e o site Voluntariado, na intranet. Hoje, inúmeros

funcionários do banco participam de comitês

de cidadania nas mais diversas regiões do País,

proporcionam às comunidades ações de resgate

da cidadania e transferem mecanismos

de criação de emprego e renda.

O Programa de Voluntariado Caixa – Nós Podemos!

tem como objetivo contribuir para a melhoria

da qualidade de vida da sociedade brasileira por

meio da participação voluntária dos dirigentes

e empregados da Caixa Econômica Federal.

Um dos objetivos é promover a informação,

a conscientização e a mobilização dos colaboradores

para o exercício da cidadania de forma alinhada

às Oito Metas de Desenvolvimento do Milênio,

definidas pela ONU.

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84 Relatório Social 2005

Assim, estão em andamento seis projetos, que

serão reavaliados até março de 2006 – Coleta

Seletiva de Lixo, Alfabetização de Jovens e Adultos,

Solidários contra o Câncer Infanto-Juvenil,

Adolescente Aprendiz, Comunidades de

Recicladores de Lixo – e apoio à atuação e à

melhoria do desempenho gerencial e operacional

de santas casas e hospitais beneficentes.

A Associação CitiEsperança é uma organização

totalmente independente do Citigroup e sem fins

lucrativos, gerida por seus associados (funcionários

e ex-funcionários do Citigroup), que busca promover

o fortalecimento da solidariedade e cidadania

por meio da ajuda às comunidades carentes.

Com foco em projetos para a educação de crianças

e adolescentes, também apóia e incentiva

a participação dos funcionários em atividades

voluntárias. Desde a criação do projeto, em

1997, a CitiEsperança já beneficiou cerca de

10 mil pessoas, assistiu mais de 200 entidades

e financiou mais de 25 projetos sociais. Em 2005,

os recursos repassados superaram R$ 1,0 milhão.

Desde dezembro de 2000, o HSBC mantém

o programa Responsabilidade Social Individual,

para envolver os colaboradores do banco e seus

familiares na divulgação dos Objetivos do Milênio –

uma iniciativa da Secretaria Geral da Organização

das Nações Unidas para o desenvolvimento social.

Além de campanhas (Páscoa, agasalho, Natal,

Dia dos Voluntários, entre outras), o trabalho

envolveu atividades de capacitação de voluntários,

seleção de projetos de responsabilidade social

individual inspirados nos Oito Jeitos de Mudar

o Mundo e criação do Portal dos Voluntários HSBC.

Cadastraram-se no programa 2 mil funcionários.

O Programa Itaú Voluntário – iniciativa da Fundação

Itaú Social em parceria com a área de Recursos

Humanos do Banco Itaú – existe desde 2003

e em 2005 manteve seu crescimento, atingindo

toda a Grande São Paulo. Além de apoiar a atuação

voluntária individual e em equipes, um de seus

diferenciais encontra-se na abertura dos próprios

programas da Fundação Itaú Social para participação

dos funcionários do banco, no estabelecimento

de parcerias técnicas para criar oportunidades de

atuação e na interatividade entre os voluntários,

por meio do Portal Itaú Voluntário. Em 2005,

o número de funcionários que se cadastraram no

programa cresceu 114% (total de 1.534 pessoas,

em novembro) e a quantidade de colaboradores

efetivamente engajados em ações sociais evoluiu

163% (para 469 voluntários).

O programa Juntos Podemos Mudar integra

funcionários do JPMorgan na organização

de projetos voluntários e na colaboração com

entidades que ficam próximas ao banco.

Os funcionários escolhem as ONGs beneficiadas,

inscrevem-se para participar dos eventos

e organizam a pré-ação e a ação voluntária

em si. A verba para a execução dos eventos

é arrecadada com a venda de brindes de cunho

social, bazar solidário, venda de doces dentro

do escritório e doações. Foram realizadas cinco

ações, em cada final de semana do mês

de outubro, com o envolvimento de 115 funcionários

e a participação de 40 familiares e amigos.

O Banco Nossa Caixa realiza programa de

voluntariado desde 2002, em parceria com

a Unidade de Internação Provisória da Febem

do Brás, na zona central de São Paulo.

Os voluntários realizam atividades para

o desenvolvimento dos jovens de 14 a 18 anos,

principalmente com palestras quinzenais sobre

prevenção de doenças sexualmente

transmissíveis/Aids e orientação profissional.

Há ainda dinâmicas de grupo com psicólogos

do banco e apresentações do Coral Nossa Voz –

Nossa Caixa, integrado por funcionários

da instituição, em conjunto com os internos.

Desde seu início, 4 mil jovens participaram

do programa.

Em 2005, foi realizada a terceira edição do Prêmio

Voluntário do Ano do Santander Banespa, evento

que acontece no Dia Internacional do Voluntário

(5 de dezembro), durante a celebração de um

culto de Ação de Graças do Santander Banespa.

O prêmio tem por objetivo estimular os

colaboradores do banco a desenvolverem um

trabalho voluntário e reconhecer aqueles que

o fazem. Os premiados são avaliados por cinco

ONGs parceiras (Centro de Voluntariado de

São Paulo, Fundação Abrinq, GRAACC, Tertio

Millennio e Voluntários em Ação) e recebem

como reconhecimento um troféu e uma doação

para a entidade em que atuam. A cerimônia

de 2005 contou com a participação de líderes

religiosos, como o Padre Marcelo e o rabino

Henry Sobel, entre outros. Desde sua criação,

o prêmio já contemplou 18 voluntários.

O Programa de Voluntariado Instituto Unibanco

teve início em 2005, com o objetivo de motivar

os 27 mil funcionários do banco em todo o Brasil

a atuarem como voluntários em uma das seguintes

frentes: Educacional (projetos educacionais

apoiados pelo Instituto Unibanco); Apoio Financeiro

(doação de recursos para entidades indicadas

e acompanhadas pelo Instituto Unibanco, além

de incentivo à doação de 1% do Imposto de

Renda devido); SuperAção Social (gincana social

que mobiliza o Conglomerado Unibanco para

atuação em entidades durante dois meses

do ano); e Painel do Voluntariado (ferramenta

para fortalecer a interação entre os voluntários,

permitindo a formação de uma rede social

de voluntários por afinidade). Com o programa,

pretende-se beneficiar as 300 entidades

cadastradas, o que significa atender

diretamente 15 mil pessoas.

Relacionamento com os públicos interessados

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85Febraban – Federação Brasileira de Bancos

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86 Relatório Social 2005

Outras categorias de projetos sociais

Para outras iniciativas de desenvolvimento social,

os bancos destinaram recursos de R$ 42,3 milhões

em 2005.

O Projeto Cururu – Aprimoramento Musical de

Crianças teve início em abril de 2005, em Belém

do Pará, e pretende promover a inclusão social

e a educação musical direcionada à formação

integral do indivíduo. O Banco da Amazônia

investiu R$ 41,9 mil no projeto, até o final

do ano. A paróquia de Santo Antônio de Lisboa

é beneficiada pela atividade, que cumpriu

sua meta de atender 100 crianças no ano.

Os participantes são moradores de bairros da

periferia de Belém (PA), que vivem em situação

de risco. Eles realizam ensaios de canto coral,

freqüentam aulas de instrumentos musicais

e assistem a palestras sobre formação

de músicos, entre outras atividades.

O Banco Itaú, por meio da Área de Crédito

e Consultoria Econômica, contribui para o

desenvolvimento da iniciativa Avaliação Econômica

de Projetos Sociais, conduzida pela Fundação Itaú

Social. O objetivo é oferecer aos gestores de projetos

sociais instrumentos para avaliação econômica

das iniciativas, com a participação em um curso

que aborda desde a elaboração até a verificação

do impacto e do retorno econômico nas

comunidades afetadas. Realizado a cada semestre,

o curso já beneficiou 53 pessoas de 49 instituições.

Outras 200 foram favorecidas por meio do

Seminário de Avaliação Econômica de Projetos

Sociais, que acontece anualmente.

Em colaboração com a Ashoka Empreendedores

Sociais, o JPMorgan apóia projetos de

empreendedorismo, com foco em iniciativas

inovadoras para a juventude, além de publicações

com exemplos de organizações que atuam com

os sete princípios da Iniciativa de Aprendizagem

Inovadora. Exemplos são o projeto Estrelas do

Mar, de protagonismo juvenil em comunidade

de pescadores de Florianópolis; metodologia

de empoderamento social juvenil; movimento

de adolescentes do Brasil contra o racismo;

e educação em direito que visa transferir

ao jovem conhecimentos específicos de diversas

áreas jurídicas.

Relacionamento com os públicos interessados

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87Febraban – Federação Brasileira de Bancos

O Banco Nossa Caixa apoiou a realização do 1º Prêmio de Responsabilidade Social do Alto Tietê, que reconhece

as melhores práticas de responsabilidade social empresarial daquela região. O objetivo é estimular e difundir

os exemplos de empresas que consideram, respeitam, promovem e demonstram, por meio de suas práticas

e ações empresariais, a consciência do dever da responsabilidade socioambiental. Com um investimento de

R$ 25,0 mil no projeto, foram premiadas dez empresas.

Lançado em novembro de 2004, durante o I Encontro de Reitores Universia Brasil, os Prêmios Santander

Banespa de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação tem como objetivo incentivar a pesquisa científica

e a atitude empreendedora de universitários, pós-universitários e recém-doutores das instituições parceiras

da iniciativa. Em 2005, foram 897 inscrições, de alunos e professores de 166 universidades, de 244 cidades

de todo o País. Os prêmios fazem parte de um programa do Santander Banespa de apoio à educação,

para o qual serão destinados US$ 44,0 milhões, no Brasil, entre 2005 e 2007. A segunda edição dos

prêmios será em 2006.

Em 2005, o Unibanco deu início ao projeto Das Ruas para as Empresas. Foram beneficiados 50 jovens que

trabalham como camelôs no centro da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo da iniciativa é afastá-los das

ruas e contribuir para sua colocação no mercado formal de trabalho, oferecer um programa de qualificação

profissional, com duração de cinco meses, e articular a co-responsabilidade de empresas públicas e/ou privadas

com o poder público municipal, para garantir a empregabilidade dos jovens e estimular que voltem à escola.

Entre as atividades desenvolvidas no ano destacam-se a realização do módulo básico de ensino, que inclui

disciplinas como Informática, Mundo do Trabalho, Redação, Direitos Humanos, Cidadania, Marketing Pessoal,

Etiqueta Social e Teatro. Também aconteceu o módulo específico, com a oferta de um curso de Serviços

Administrativos e uma oficina sobre o Novo Mercado de Trabalho. Como resultado, 86% dos participantes

foram encaminhados para o mercado de trabalho formal.

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Meio ambiente

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90 Relatório Social 2005

Meio ambiente

O setor bancário realiza esforços constantes para

atuar de maneira ambientalmente responsável.

Para isso, entende que deve gerenciar suas

atividades de maneira a identificar os impactos

sobre o meio ambiente, aperfeiçoar-se na busca

pela redução de fatores que são negativos

e amplificar os positivos, dando atenção às ações

próprias potencialmente agressivas, além

de disseminar para outros setores suas práticas

e seus conhecimentos provenientes da experiência

da gestão ambiental.

Os investimentos em programas e projetos de

melhoria ambiental totalizaram R$ 27,3 milhões

em 2005, de acordo com informações relacionadas

por 25% dos bancos. Para projetos internos,

relacionados com a atividade da instituição, foram

destinados R$ 14,9 milhões e para iniciativas

externas, como programas de educação ambiental,

os recursos somaram R$ 13,8 milhões.

Gestão

Os bancos obtiveram em 2005 grandes avanços

na introdução e condução de políticas ambientais,

com 10,0% realizando auditorias socioambientais

em suas dependências ou nas de seus clientes.

Em relação a 2004, passou de 6,1% para 20,0%

o percentual de instituições que declararam

possuir sistemas de gestão com planos de

objetivos e metas, alocação de recursos, preparação

de empregados e auditoria. Para 36,6%, é prática

comum a manutenção de funcionários especializados

em riscos e oportunidades ambientais.

Ainda 22,0% contribuem para a preservação

da biodiversidade por meio de projetos

de conservação de áreas protegidas ou programas

de proteção a animais ameaçados.

Crédito

As rotinas que envolvem a concessão do crédito

em 40,0% dos bancos já passam pelo crivo

socioambiental, com 20,0% realizando treinamento

constante das pessoas envolvidas nessa área.

Essas ações visam identificar o destino dos recursos,

para que sejam utilizados em consonância com

políticas previamente estabelecidas pelos bancos.

Há casos pontuais da recusa de financiamentos

cuja aplicação não respeite o desenvolvimento

sustentável, como em empreendimentos em

que tenha sido comprovada a utilização de

mão-de-obra escrava ou infantil; que praticam

exploração predadora de espécies florestais

e fauna silvestre; que não cumprem obrigações

trabalhistas; ou de empreendimentos do setor

de mineração que incorporem processo de lavra

rudimentar ou garimpo.

Um quarto das instituições fornece linhas

de crédito para o desenvolvimento de projetos

que visam reparar algum dano ou melhorar

a situação ambiental, como reflorestamento

e limpeza de solo contaminado. Outras 29,3%

destinam recursos para projetos de grande

relevância e destinados a prevenir ou minimizar

o impacto ambiental, como a captação

de energia solar e o desenvolvimento

de automóveis elétricos.

Fornecedores

As mensagens de conscientização em relação

às práticas socioambientais também são destinadas

aos fornecedores das instituições. Mais da metade

(55,0%) revelou a preocupação constante com

a aquisição de materiais de consumo interno,

dando especial atenção para produtos como

papel reciclado e madeira certificada. Nesse

sentido, 25,0% estabelecem diálogo constante

com os fornecedores para que eles também

se preocupem com os impactos causados por

seus produtos e serviços e melhorem seus

processos de gestão.

Produtos e serviços

Produtos e serviços que levam em consideração

aspectos ambientais integram o portfólio

de 20,0% dos bancos. Há uma diversidade

de produtos, como aqueles que financiam

tecnologias limpas (geração de energia solar

e hidráulica, produção de biodiesel, substituição

de combustível líquido por gás para automóveis)

ou destinam parte da receita para projetos

de preservação e conscientização ambiental,

a exemplo dos cartões de crédito de afinidade.

Muitas linhas de crédito foram criadas

especificamente para projetos de manejo

ambiental e saneamento básico ou para

a adequação do tratamento de resíduos

sólidos da produção industrial.

Recursos e resíduos

Todos os bancos, de uma forma ou de outra,

consideram as práticas responsáveis no consumo

interno de recursos naturais e na geração

de resíduos, empenhando-se em minimizar

os impactos causados ao ambiente.

Em 2005, 50,0% das instituições trabalharam

para reduzir o consumo de água em suas

dependências, com o estabelecimento de metas

progressivas que foram cumpridas graças

à identificação de novos equipamentos ou pela

adequação da estrutura dos prédios.

Já a redução no consumo de energia elétrica

é objeto de acompanhamento por parte

de 62,5% dos bancos, cuja rotina obedece

aos mesmos padrões da redução do consumo

de água. Também adotam ações de controle

da poluição causada por veículos (seus e de terceiros).

Muitas instituições possuem milhares

de funcionários, o que torna inevitável uma elevada

geração de resíduos sólidos. Nesse sentido, 25,0%

possuem programas exclusivos para conscientizar

e incentivar o pessoal a adotar uma progressiva

redução no descarte de materiais.

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91Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Em 2005, o volume de resíduos sólidos – aproveitáveis e não-aproveitáveis – totalizou 31.450 toneladas,

uma média de 2.621 considerando-se os 12 bancos que informaram dados sobre esse item.

Coleta seletiva

Os investimentos na redução, reutilização e reciclagem de resíduos fazem parte das atividades de 62,5%

das instituições, sendo que 47,5% também acompanham efetivamente o destino do lixo produzido.

Muitos bancos realizam parcerias com cooperativas de reciclagem e empresas de saneamento ambiental.

E estabelecem, no contrato com fornecedores de construção civil, critérios para o descarte do material

utilizado nas obras. Já são práticas, também a remanufatura de cartuchos de impressão e a adoção

do papel reciclado em documentos, formulários impressos e na confecção de talões de cheques.

Total Média

2005 5.628.291 268.014 2004 2.387.720 170.5512003 867.119 78.8292002 490.382 61.298

Bancos participantes: 21, 14, 11 e 8, respectivamente.

Consumo de água (em m3)

Total Média

2005 1.328.760.819 45.819.3392004 1.408.163.342 58.673.4742003 1.660.147.834 87.376.2022002 1.682.547.814 112.169.854

Bancos participantes: 29, 24, 19 e 15, respectivamente.

Consumo de energia elétrica (em kWh)

Total Média

2005 31.450 2.6212004 25.948 2.5952003 17.372 3.4742002 16.641 4.160

Bancos participantes: 12, 10, 5 e 4, respectivamente.

Resíduos sólidos gerados (em toneladas)

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92 Relatório Social 2005

Educação ambiental

Para a proteção do meio ambiente, em projetos

ou programas externos de conscientização das

comunidades, educação ambiental ou apoio

a iniciativas de preservação de áreas de risco,

foram destinados R$ 13,8 milhões.

Desde 1995, o Banco da Amazônia patrocina

o Programa de Preservação dos Rios da Amazônia –

Pró-Rios, para o qual já destinou R$ 334,6 mil –

no ano, foram R$ 104,1 mil. O programa,

desenvolvido pela Sociedade de Pesquisas

e Preservação da Amazônia, tem como

público-alvo os usuários e tripulantes das

embarcações que operam nos rios, bem como

habitantes das áreas da Amazônia Legal

e escolas ribeirinhas. Seu objetivo é reverter

o hábito predatório da poluição dos rios e evitar

as conseqüências socioambientais. Para isso, são

desenvolvidas campanhas educacionais, transmitidas

orientações para os tripulantes das embarcações

e realizadas atividades escolares, como concurso

de redação, coleta seletiva de lixo e oficinas

pedagógicas de reutilização de materiais descartáveis.

O programa Reciclar, do Banrisul, criado para

aprimorar o relacionamento do banco com

o ambiente natural e a preservação da vida,

evoluiu de uma ação interna para contribuir

na geração de emprego e renda, no resgate da

cidadania e no desenvolvimento social. Iniciativas

direcionam de forma adequada os resíduos do

banco e resultam em menor impacto ambiental.

A venda de papel para reciclagem, por exemplo,

representa mais de 24 mil árvores poupadas.

A Fundação BankBoston é parceira do Instituto

Akatu, que tem o objetivo de conscientizar

a sociedade sobre seu poder transformador,

disseminando o conceito de consumo consciente.

O Instituto Akatu recebeu apoio financeiro

de R$ 110,0 mil em 2005, somando R$ 560,0 mil

em quatro anos.

Para contribuir com a preservação e a

recuperação do bioma da Mata Atlântica,

o Banco Bradesco estabeleceu em 1990

parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica.

Os recursos provenientes do banco – que totalizam

R$ 33,0 milhões desde então – são aplicados

em programas de reflorestamento, projetos de

educação ambiental, edições de livros e atlas,

instalação de viveiros, campanhas de mobilização

da sociedade e projetos especiais, que incluem

eventos institucionais da fundação até campanhas

motivacionais para o público interno do Bradesco.

Foram plantadas 10 milhões de mudas nativas,

com recursos obtidos a partir da venda de títulos

de Capitalização Pé Quente Bradesco SOS Mata

Atlântica e dos Cartões Bradesco Visa SOS Mata

Atlântica. Também foram desenvolvidos outros

programas de reflorestamento, como Florestas

do Futuro, que consistiu no plantio de árvores

para a formação de matas ciliares nas principais

bacias hidrográficas da Mata Atlântica. A parceria

possibilitou, ainda, a Campanha PrevJovem

de educação ambiental em escolas – que resultou

em 13 mil kits com mudas de espécies nativas

distribuídos em escolas e a criação de miniviveiros

de educação ambiental nas unidades da

Fundação Bradesco.

Meio ambiente

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93Febraban – Federação Brasileira de Bancos

Foram ainda instalados cinco viveiros nas cidades

de Registro, Osasco, Campinas, Marília e Vila

Velha, e distribuídas mudas de espécies nativas –

80 mil nos pedágios das rodovias Anhangüera

e Bandeirantes e 20 mil nas principais agências

em São Paulo.

O Citigroup apóia o programa Empreendimentos

Sustentáveis do Sul da Bahia, desenvolvido em

parceria com a ONG Conservação Internacional

e o Instituto de Estudos Socioambientais do Sul

da Bahia (Iesb), que acontece desde 2001. Mais

de 230 produtores rurais da região cacaueira

baiana já foram beneficiados pela iniciativa,

que busca encontrar alternativas econômicas

e garantir suporte técnico a pequenos negócios,

incorporando aspectos de conservação

e conscientização ambiental. O programa

desenvolve atividades com pequenos produtores,

como enxertia e clonagem de espécies resistentes

à vassoura-de-bruxa, de modo a evitar

o desmatamento de grandes áreas para

a utilização em monoculturas e pastagens,

ou ainda a ação extrativista. Ele abriga dois

subprogramas: um deles é de apoio às cooperativas

agrícolas Cabruca e Cooperuna, com suporte

técnico à comunidade dos municípios de Una

e Ilhéus; o outro é o Ecoparque de Una, que

conta com 400 hectares de uma rica reserva

de espécies da fauna e da flora nativas, aberta

à visitação pública. Atualmente, o programa

desenvolve o Fundo de Capital Semente para

a Mata Atlântica, que permitirá aos produtores

das duas cooperativas adquirirem insumos,

sementes e mudas para o desenvolvimento

de atividades econômicas sustentáveis.

Frutos desse projeto, o Citigroup criou bombons

artesanais, a partir do cultivo orgânico do cacau

e dos recheios de cupuaçu e graviola, que são

embalados em caixas de madeira certificada.

Esses brindes são utilizados em eventos

com clientes.

Mulheres do Cerrado em Busca de Sustentabilidade,

desenvolvido em Cerrado do Alto Jequitinhonha

(MG) com o apoio do HSBC, busca desenvolver

um negócio sustentável capaz de gerar riqueza

e renda para 30 mulheres integrantes do

projeto, promovendo o empreendedorismo

e a sustentabilidade ambiental. O negócio consiste

na produção de cosméticos, que utilizam como

matéria-prima as plantas medicinais, nativas

e exóticas da região. Em 2005 foi realizado

um diagnóstico socioeconômico e ambiental,

promovidas oficinas sobre comportamento

organizacional, ética e comunicação, treinamentos

sobre liderança, cidadania, empreendedorismo

e gestão de negócios e uma série de outras

atividades para permitir elaborar um plano

de negócios. O projeto está em sua fase inicial,

mas já registrou aumento de 42,5% na produção

dos cosméticos e ampliou os contatos comerciais.

Para essa iniciativa, o banco destinou R$ 19,1 mil

em 2005.

O projeto Plante a Primavera, desenvolvido pelo

Banco Itaú, tem como objetivo estimular

a consciência da população sobre a necessidade

de preservar o meio ambiente, com ações

voluntárias individuais ou coletivas. Em 2005,

envolveu 700 agências e distribuiu 131 mil kits

com sementes e vasinhos de fibra de coco, além

de 3 mil kits educativos, feitos com papel reciclado.

Em conjunto com escolas e a comunidade, os

gerentes do banco desenvolvem uma solenidade

de plantio de árvores em comemoração ao

Dia da Árvore e à Semana do Meio Ambiente.

Em algumas cidades as árvores são plantadas

em praças, e uma escola é escolhida como

responsável pela manutenção de uma árvore.

Em 2005, o Banco Nossa Caixa criou o Programa

Plante uma Árvore, por meio de uma campanha

no Centro Regional Administrativo da cidade

de Bauru (SP), da qual participaram mais de 200

crianças de creches municipais conveniadas com

o Rotary Clube.

No evento foram ministradas palestras sobre

a proteção da Natureza, distribuídas cartilhas

sobre educação ambiental e realizado o plantio

de mil sementes da árvore pau-formiga. O banco

apóia e envolve-se diretamente no programa,

que conta com a participação de 20 funcionários,

além de realizar o monitoramento do crescimento

das árvores plantadas, a cada três meses.

O Plante uma Árvore foi incluído no calendário

anual de ações socioambientais do banco e

recebeu um investimento inicial de R$ 15,0 mil.

O Santander Banespa faz doação de papel para

reciclagem à Associação de Pais Banespianos de

Excepcionais (Apabex), para auxiliar na manutenção

das atividades da entidade fundada pelos

funcionários do Banespa e que atende portadores

de deficiência mental e suas famílias. A associação

recebe todo o valor obtido com a venda do

papel coletado nos centros administrativos.

O projeto Verão Limpo, que aconteceu no

Rio de Janeiro e teve o apoio do Unibanco,

envolveu 3 mil banhistas e pessoas que circulam

pelas praias durante o verão, com ênfase em

crianças e adolescentes, em atividades lúdicas

relacionadas à preservação do meio ambiente,

oficinas de material reciclado, gincanas

monitoradas por professores de educação física,

além de vôlei, futebol, queimada e outros jogos.

Também foram distribuídos sacos plásticos,

materiais promocionais e sementes nativas

do Brasil, enquanto o grupo Pegando de

Surpresa, formado por garis da Companhia

Municipal de Limpeza Urbana, realizou

performances. O projeto também contribuiu

para transformar a vida de 80 jovens carentes,

que foram capacitados e receberam uma

bolsa-auxílio de R$ 250,00 para atuarem nas

ações. Cinco funcionários do banco também

participaram como voluntários. Ao todo, foram

distribuídos 1 milhão de exemplares de material

de conscientização e 9 mil mudas de espécies

vegetais da Mata Atlântica. Foi atingida a meta

de diminuição de 5% do lixo jogado na areia.

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94 Relatório Social 2005

Ficha técnica

Referências

CESCentro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP –

Escola de Administração de Empresas de São Paulo

da Fundação Getúlio Vargas

www.ces.fgvsp.br

DIEESEDepartamento Intersindical de Estatísticas

e Estudos Socioeconômicos

www.dieese.org.br

Fundação Abrinqwww.fundabrinq.org.br

Global Compactwww.unglobalcompact.org

IBASEInstituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas

www.ibase.org.br

IBGEInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística

www.ibge.gov.br

IFCInternational Finance Corporation

www.ifc.org

Instituto Akatuwww.akatu.net

Instituto EthosEmpresas e Responsabilidade Social

www.ethos.org.br

IPEAInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada

www.ipea.gov.br

Lei do Aprendizwww.leidoaprendiz.org.br

OECDOrganization for Economic Cooperation and Development

www.oecd.org

OITOrganização Internacional do Trabalho – Brasil

www.ilo.org

PNUDPrograma das Nações Unidas de Desenvolvimento

www.pnud.org.br

Princípios do Equadorwww.equator-principles.com

Editado pela Superintendência de Comunicação Social.

Dados compilados pela Superintendência de Assessoria

Técnica, com a colaboração do Grupo de Trabalho

da Comissão e Responsabilidade Social, composto

pelos bancos ABN AMRO Real, Bradesco, Itaú

e Santander Banespa.

Projeto gráficofmcom

RedaçãoEditora Contadino

Créditos das fotosABN AMRO Real

Banco Bradesco

Banco da Amazônia

Banco do Brasil

Banco Itaú

Banco Nossa Caixa

Banco Votorantim

BankBoston

Banrisul

BNB

HSBC Bank

Indusval

ING Bank

JPMorgan

Santander Banespa

Unibanco

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Relatório Social 2005

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