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Fichamento
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FICHAMENTO
ALESSANDRA KÊNIA DE MORAIS NEVES
Fichamento: Páginas 15 a 236. Capítulos 1 e 5. O Capítulo 1 (Páginas 15 a 47) –
Universidades, colégios e saberes (séculos XII a XVIII), é organizado da seguinte
maneira: 1.1 Universitas studii: Uma corporação original e inovadora. 1.2
Organização dos estudos, graus de ensino das universidades, pedagogia
escolástica. 1.3 Outros espaços de produção do saber e aprendizagem na época
medieval. 1.4 A origem dos colégios e a substituição das faculdades de artes. 1.5
Especialização de espaços, hierarquias sociais e organização dos saberes do século
XVI ao XVIII. 1.6 Humanismo pedagógico, colégios e universidades: Espaços e
formas de distinção social. 1.7 A crise do modelo escolar do Antigo Regime e a
crítica de Rousseau. O Capítulo 5 (Páginas 201 a 236) – A sociedade do trabalho e
os movimentos por uma nova escola (final do século XIX e início do XX), é
organizado da seguinte maneira: 5.1 Sociedade do trabalho e as proposições de
educação de Marx e Engels. 5.2 Sociedade do trabalho e a dimensão educativa das
cidades. 5.3 A infância como um “lugar” de criança. 5.4 Escola Nova: Uma escola
ativa.5.5 Proposições conceituais e modelos didáticos. 5.6 A organização da escola,
materiais e formação de professores.
CAPÍTULO 1 – Universidades, colégios e saberes (séculos XII a XVIII). (p.15-47)
O capítulo fala sobre um período de bastante relevância para educação que o
ocorreu entre a Idade Média e Moderna com o surgimento das Universidades,
faculdades de artes e os colégios, estabelecendo uma organização nos estudos.
Antes de se organizar esta corporação de estudos, existia a corporação de ofício,
onde através de um contrato (com preço e duração) eram ensinados ofícios a
aprendizes e estes ao final da aprendizagem poderia se tornar assalariado ( oque
quase nunca acontecia ou demorava anos para acontecer pois para isto o aprendiz
teria que apresentar uma obra prima) ou não. Os mestres controlam a ascensão dos
aprendizes, as relações externas e internas.
1.1. Universitas studdi: Uma corporação original e inovadora. (p. 15-17)
A educação é monopolizada pela igreja.
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Cresce o número de escolas, mestres e alunos por consequência das
Cruzadas, que fez com que mais textos circulassem e mais tradutores
aparecessem.
A igreja licencia os mestres que apareceram como uma forma de manter sob
controle.
Surgem as Universidades (agrupamento de indivíduos, alunos e professores
com atividades de estudo – studium). Não é um local, mas sim um
agrupamento que pode ocorrer em salas alugadas , na casa do professor,
espaço da igreja.
O Doutor de uma universidade tem que se também Doutor da igreja (astúcia
da igreja em acolher as universidades).
No século XII criou-se uma corporação para transmissão e aprendizagem de
conhecimentos desinteressados (associação de alunos e mestres) a
Universitas studdi, com estatuto e autonomia.
Ensino é gratuito, considerado um dom divino e não pode ser cobrado. O
mestre recebe prebendas (renda eclesiástica que garante o sustento dos
mestres).
As universidades possuem duas divisões administrativas: Nações –
agrupamento de alunos conforme a etnia. Faculdades – grupo de pessoas
com estudos específicos em comum, não é um local).
Surgem as faculdades de artes (aglutinação de mestres e alunos das sete
artes liberais),e as faculdades dos estudos superiores de Teologia, Direito e
Medicina.
1.2. Organização dos estudos, graus de ensino das universidades, pedagogia escolástica. (p.24-27).
Fazer faculdade é frequentar um professor da corporação, se graduar
(carreiras profissionais ou se tornar um mestre).
Para frequentar a faculdade de artes é necessário conhecimento de latim, e
para os estudos superiores é necessário ter passado pelas disciplinas da
faculdade de artes.
Nas faculdades as aulas ocorriam em salas alugadas ou na casa do
professor. O ensino é individual (cada aluno é chamado a frente para dar e
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tomar a lição), aprendizado é essencialmente oral (cantado ou gritado),
catequético (diálogo decorado entre mestre e aluno), textos decorados e
manuais de gramática, as indisciplinas e as deficiências de aprendizagem
eram corrigidas com chicotadas.
Ser letrado é saber latim, língua sagrada.
O trivium predomina como conhecimento prévio para os estudos superiores.
Todo o conhecimento se resume a estas matérias (ortografia, morfologia,
sintaxe e métrica), visão da cristandade, outras coisas são vãs.
Dinâmica de ensino é a pedagogia escolástica, raciocínio conduzido para
ausência de contradições (saber o que escritores autorizados diziam sobre
determinada coisa).
Restriçõe como: Teologia – Restrito ao clero, monges e religiosos. E estes
não podem estudar direito civil (concorre com os estudos da Teologia),
Medicina – Restrito a curandeiros e barbeiros-cirurgiões. Graduação era
universal e variava conforme a corporação.
1.3. Outros espaços de produção do saber e aprendizagem na época medieval. (p.27-29).
O latim é idioma oficial da igreja e das corporações universitárias (língua
acadêmica, literária e política), língua dos letrados.
Trabalhadores não ligados as corporações ganham destaque devido a
intensa movimentação urbana e comercial (parteiras, curandeiros,
trabalhadores rurais).
Cultura patriarcal, mulher é reprimida. As nobres não trabalham e têm algum
acesso a aprendizados (etiqueta, latim). As pobres trabalham em feiras,
circulam mais.
Rapazes da corte que não frequentava as corporações recebiam educação
cavalheiresca (dança, canto, recitação, manejo de armas, cavalgada, latim),
1.4. A origem dos colégios e a substituição das faculdades de artes. (p.29-32)
Surgimento dos colégios (final da Idade Média), em substituição aos estudos
dispersos das faculdades.
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Os primeiros colégios serviam apenas de dormitório/alimentação/orientação
moral a jovens estudantes, com o aumento da procura e devido a boa
reputação quanto ao fato de conter os jovens, os colégios se tornaram local
de estudo além de moradia, aos estudantes pobres. Devido a qualidade
apresentada pelos colégios as corporações passaram a exigir que seus
alunos fossem oriundos destes.
Os colégios deixam de servir como abrigo e se especializam como locais de
ensino, em um único espaço físico (a partir do século XVI). Dificulta o acesso
aos pobres. Passam a atender a tríplice função disciplinar: moral-corpo-mente
dos alunos, coincidindo com a moral cristã vigente.
Diretores são designados pela autoridade civil e eclesiástica para comandar a
instituição através de dispositivos disciplinares independentes da vontade de
estudantes e mestres.
Os colégios introduziram uma nova forma escolar (espaço-tempo-estrutura de
poder-seleção de elementos socioculturais), nova organização espacial,
prédios próprios especializados a determinada função, divisão de classes
conforme o nível do saber, divisão dos dias, horário, meses de acordo com o
conteúdo.
Surgimento de novas estruturas e relações de poder, autoridade educacional.
O ensino passa a ser compulsório, seriado e com conteúdo hierarquizado.
O rigor dos colégios começa a contrariar a liberdade usufruída pelos
escolares e mestres cooperados.
Acontecem Reformas Sociais e políticas devido as transformações na
estrutura dos colégios, alterando a política, religião e práticas de mercado.
Surge uma visão individualista e uma distinção social. Novos costumes e
hábitos demarcaram o lugar do indivíduo e do coletivo, surgem novos
elementos socioculturais.
Sucesso dos colégios entre as elites.
Especialização de espaços, hierarquias sociais e organização dos saberes do século XVI ao XVIII. (p.32-37).
O governo (nobreza) passa a interferir na escolha de Papas. Acontece a
Reforma e a Contrarreforma Religiosa do séc. XVI, (a igreja se divide em não
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reformada = Católica e reformada = Protestante) e continua com o suporte na
educação e na escola.
Crise no feudalismo (séc. XIV) surgindo os estados nacionais absolutistas,
(centrado na figura do rei), processo de monetarização econômica
favorecendo reis e comerciantes (enriquecia cada vez mais com a cobrança
de impostos cada vez mais caros sobre as mercadorias), prejudicando os
senhores feudais (preços e mercadorias tinham que aumentar).
A escassez de terras leva ex escravos para as cidades. A burguesia
enriqueceu e passou a adquiri terras e equipamentos, passando a
desenvolver o mercado financeiro (instalaram manufaturas com divisão de
trabalhos remunerados sobre o controle de um patrão).
Surgem novas relações de interdependência entre os grupos sociais gerando
um ambiente de tensão entre a nobreza e a burguesia. O monopólio continua
a ser soberano e é crescente o processo de dependência e competição por
privilégios e favores.
Surgem as Regras de Civilidade (discrição, auto controle, e dissimulação de
afetos), para refrear grosserias e violência, controlar gestos e uso adequado
das palavras. Estas foram estabelecidas pela nobreza para diferenciar
cortesãos dos outros, é um código de comportamento que excluía pobres,
trabalhadores e camponeses (desqualificação social).
Ideia de riqueza como uma virtude, um prestígio (séc. XVI e XVIII sociedade
laica e individualista (profissão e dinheiro como bases para o sucesso e o
fracasso).
Poder coercivo frente o que é lícito e ilícito, noção do público (Estado é a
autoridade – Rei). Separação das formas de vida privada e da vida pública
(individualidade crescente), gerando novas formas de comportamento e
práticas sociais (modificações arquitetônicas, no vestuário, formas de convívio
familiar), o lar passa a ser visto como uma local onde pode-se demonstrar
afetos (modificando a forma de tratar e educar os filhos). Em principio as
novas regras do comportamento civilizado não se estendiam aos pobres,
estes eram discriminados. A partir do séc. XVIII e XIX passou a ser
compartilhado com toda a população.
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Ruptura com a mentalidade escolástica quanto ao campo do saber, esta foi
questionada por grupos saídos das universidades ou corporações de ofício,
defendia uma combinação racional de observação para a produção do
conhecimento – Revolução Científica do Século XVII.
Aparece um movimento de ideias denominado Humanismo, criado pelas
sociedades científicas dando origem a academias, museus, observatórios,
ateliês, laboratórios, jardins botânicos, bibliotecas, e outros.
Nestas novas associações estudava-se matemática, geografia, cosmografia,
cartografia, navegação, astronomia, botânica, química, línguas, politica,
economia, historia, diversidades que foram influenciadas pelas navegações e
descobertas de outras terras, o que exigia novos saberes e instrumentos. Em
XVII e XVIII ocorrem expedições científicas financiadas pelos governos.
As universidades perdem o monopólio da formação superior. Apesar das
academias não conferirem grau, foram muito importantes para a produção e
circulação de novos saberes – Organização profissionalização cientifica.
1.5. Humanismo pedagógico, colégios e universidades: espaços e formas de distinção social. (p.37-42)
Nos séculos XVI, XVII e XVIII ocorreu uma imensa busca por conhecimentos
e novos saberes, a sociedade se tornou mais heterogênea, pluralidade de
classes sociais e culturais, se tornando inviável as propostas educacionais
até então praticadas (crítica a pedagogia escolástica), surgimento da
pedagogia humanista ( que de certa maneira não encontrou homogeneidade
devido as diferentes óticas religiosas) esta irá propor um novo modelo
educacional mais adequado as necessidades da época (ampliação do
currículo – incluir a língua materna e o ensino de belas letras, estudo de
grego e hebraico . Predominância do estudo será a retórica e não mais a
lógica, ciências em geral, matemáticas, artes e estéticas além da formação
profissional. Emulações e premiações publicas como incentivos a
aprendizagem, fim das punições a base de chicotadas, o proposito é uma
educação com bases no autocontrole e autodisciplina.
Desenvolve-se uma preocupação com a educação das crianças a partir do
séc. XVII, pensando em uma educação distinta e apropriada a estes surgiram
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várias literaturas para instruir os pais. A formação moral adquire papel
importante com o objetivo de planejar o futuro profissional dos filhos.
A escolaridade só se estendeu ao todo social (pobres) ao longo do séc. XIX
especialmente nos estados protestantes e algumas vezes nos católicos onde
eram mais voltadas para a caridade do que ao combate da ignorância. Nos
países protestantes a alfabetização se estendeu a meninos e meninas, a
língua materna deveria seu a base da educação, assim como grego, latim,
hebraico, ciências, artes e leitura de clássicos traduzidos para o vernáculo.
Os alunos eram divididos em principiantes, médios e adiantados. Utilizavam
cartilhas e livros específicos e o da Civilização Cristã (o qual continha regras
de conduta para os alunos seguirem tanto para os pais quanto para Deus),
haviam regulamentações quanto a horários, disciplina interna, orações.
Pedagogia humanista fundada na moral cristã – Didática magna. Tratado da
arte universal de ensinar tudo a todos, foi uma obra que serviu como
referencia para elaboração da pedagogia como ciência.
Ocorreram disputas entre as diferentes ordens religiosas, as quais os
modelos de educação se diferenciavam, sob a clientela dos colégios e
universidades.
1.6. A crise no modelo escolar do Antigo Regime e a Crítica de Rousseau. (p.43-45).
Fechados no séc. XVIII os colégios jesuítas por imposição da monarquia
(disputa politica em torno do monopólio da educação).
Expande-se o Iluminismo (movimento intelectual), consenso entre os letrado e
governantes – Necessidade de associar razão e progresso.
Fim da monarquia absolutista, separação entre a Igreja e o Estado. Instala o
governo constitucional (mudanças econômicas, tecnológicas e culturais).
As ideias pedagógicas de Jean Jacques Rousseau tiveram significado e
influencia na pedagogia do século XIX, causaram tanto impacto que seus
livros foram queimados em Genebra e ele teve que fugir para Prússia.
A sociedade atual é individualista e privatizada, a política pedagógica tem o
sentido de regrar e controlar as coletividades.
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CAPÍTULO 5 – A sociedade do trabalho e os movimentos por uma nova escola (final do século XIX e início do XX. (p.201-232).
Várias mudanças ocorreram na sociedade a partir da metade do século XIX, a
criação da escola nova e escola ativa (novos modelos escolares), novas relações de
organização urbana, o trabalho, a maquinaria, e a indústria (demanda de novas
habilidades industriais), invenção de novos artefatos mecânicos (telefone,
iluminação elétrica, e outros), foram singulares para organização da vida associativa
e como componente das novas dinâmicas sociais (ênfase no trabalho, na atividade,
na racionalização dos espaços e do tempo), e da sistematização do processo
educacional, tendo em vista as demandas individuais e sociais, propondo uma
educação ativa integrada às exigências da velocidade, do automatismo industrial e
da eficiência de resultados.
5.1 Sociedade do trabalho e as proposições de educação de Marx e Engels. (p.202-206).
Burguesia revolucionaram as relações de produção e as próprias relações
sociais,
Ativismo e empreendedorismo, Capitalismo se consolidou no séc. XIX e
estabeleceu a elite econômica, força de trabalho é transformada em
mercadoria trocada por salário, exploração do trabalho assalariado,
enriquecimento dos capitalistas, empobrecimento dos trabalhadores urbanos
e camponeses.
Divisão do trabalho, racionalização de atividades, hierarquia das
qualificações, diferenciação salarial, compartimento do trabalho, divisão das
capacidades humanas com relação ao desempenho de determinada função.
O saber científico já não é necessário à todos os trabalhadores, basta
dominar uma atividade específica.
Educação orientada para o trabalho (camadas populares), instrução base
utilitária, trabalho infantil é organizado para que estes não sejam tão
explorados e recebam uma formação politécnica.
5.2 Sociedade do trabalho e a dimensão educativa das cidades. (p.206-209)
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A industrialização alterou a qualidade de vida nas grandes cidades
(deteriorou), movimento intenso de pessoas, desigualdades sociais, pobreza,
desemprego, e criminalidade. Surgimento de bairros miseráveis, com ruas
estreitas ao lado dos bairros de elite.
Problemas urbanos passam a merecer atenção, surgem os departamentos
especializados (coleta de dados sobre doenças, insalubridade, despesas com
moradia, etc), com o progresso também vieram vários problemas.
Reformulação da vida urbana com o objetivo de ordenar as vias de
circulação, diferenciar locais de trabalho, de moradia, de estudo, e de lazer
para promover funcionalidade integrada ao ritmo de trabalho e ao progresso.
A cidade é vista como formadora e educadora.
A situação em que viviam os pobres (vida promiscua, ocorrência de doenças,
falta de saneamento, condições de moradia) colocam em perigo os ricos e
somente por isto, passou a se preocupar com saneamento físico e moral das
populações e em melhorar um pouco as condições de moradia deles.
Ocorrem reformas arquitetônicas para favorecer a eficiência (abertura de
novas ruas, desapropriação de habitações populares expulsando os pobres
para os subúrbios – exclusão social).
Consolidação do individualismo e segregação social.
Engenheiros redesenharam os espaços urbanos praças, parques com o ideal
cívico de ligar os diferentes sujeitos e grupos sociais (reeducar as atividades
coletivas e produzir sentimentos de pertencimento urbano) os quais passaram
a ter apresentações culturais, exercícios físicos e outras atividades de
integração social.
As escolas também sofreram intervenção técnica na arquitetura para criar
sentimento de pertencimento no aluno (confraternização e socialização),
conclui-se que o espaço influencia o comportamento e desempenho, o
aprendizado e a saúde das pessoas.
5.3 A infância como um “lugar” de criança. (p.209-217).
Novas percepções com relação a criança (particularidades infantis), definição
de nova postura pais conscientes de sua função na dinâmica geracional,
preocupação em civilizar atitudes e comportamentos sociais, cuidado,
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interesse pelo desenvolvimento físico e moral dos pequenos, saúde (cuidados
corporais e aleitamento materno).
Adoção de atitude modera por parte da mãe para evitar os mimos e estragar
a criança, racionalizar os afetos. Os pais passam a ter responsabilidade
privada e estatal na educação e nos cuidados das crianças.
Criado um novo ramo de conhecimento – pedologia ou ciência da criança,
com objetivo de estudar a criança em todos os seus aspectos fisiológicos,
psicológicos e morais. Foram publicadas revistas e organizados eventos
sobre o tema. Surgem diversos outros saberes (pediatria, pedotécnica
judiciária, pedagogia experimental, psicopedagogia, higiene infantil e a
ortofrenia) que possibilitaram um entendimento sobre o desenvolvimento
normal e anormal, em todos os níveis, para realização de intervenções
eficazes no corpo e na mente da criança.
A psicologia apresentou vários procedimentos objetivos de analise,
influenciando de forma marcante a organização escolar e os procedimentos
pedagógicos (reforma escolar), muito destes de maneira positiva e alguns de
maneira negativa, como a classificação de QI para a separação de aluno em
classes seletivas e diferenciais (estereótipos).
5.4 Escola Nova: Uma escola ativa. (p.217-225).
A Escola Nova é um novo movimento pedagógico que visa estimular o
interesse da criança, proporcionar aprendizado de acordo com suas
potencialidades, adaptar a criança ao ambiente e realizar a sua integração
social, era um internato de ensino secundário para crianças e jovens em que
vigora um sistema familiar, com um conteúdo programático muito
diversificado: Pela manhã e parte da tarde, matérias comuns das escolas
secundaria e língua clássica e estrangeira, ciências e matemática (de forma
prática, com discussões, observações da realidade e aplicação). O restante
da tarde era dedicado a jogos coletivos, atividades desportivas e artísticas,
jardinagem, horticultura, carpintaria, visitas a granjas e oficinas. No período
da noite as atividades eram de livre escolha do aluno.
Ocorrem em várias partes do mundo experiências pedagógicas inovadoras
que servem como base de analise umas as outras, todos em busca de uma
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educação de sucesso. Nos Estados Unidos, por exemplo, aconteceram
iniciativas de renovação pedagógicas com propostas que se baseiam na
individualização do ensino e na autonomia de aprendizagem por parte do
aluno, “aprender fazendo”.
5.5 Proposições conceituais e modelos didáticos. (p.225-229).
Proliferam propostas de didática que visam a efetiva participação dos alunos
no processo de ensino- aprendizagem, com o objetivo de estimular o
raciocínio, adquirir autonomia na organização do conhecimento, cooperação,
aplicação prática, socialização, divisão do trabalho, comunicação,
planejamento. Aprender significa mudar de comportamento perante as
diversas situações da vida. O aperfeiçoamento das relações sociais é o
elemento fundamental da ação educativa.
Concepção de educação funcional e a de escola sob medida – a estrutura
escolar deve ser organizada de maneira a adequar-se as necessidades e
interesses das crianças, conforme individualidades e potencialidades.
5.6 A organização da escola, materiais e formação de professores. (p.229-232).
Com a aplicação da nova pedagogia ocorreram modificações no espaço
escolar, modificando o padrão das salas de aula, introduzindo materiais
pedagógicos inovadores, criação de novos ambientes para: praticas de
educação física (áreas de recreio, ginásios e quadras poliesportivas),
atividades cotidianas e alimentação.
Atividades que contribuem para o equilíbrio físico e mental dos alunos:
Atividades escolares integradas com as necessidades da vida prática
(oficinas de trabalho), áreas de praticas rurais (horticultura, jardinagem,
criação de pequenos animais) e também áreas com representação de
ambientes urbanos (vendas, agência de correios, bancos).
Preocupação com dietas planejadas para uma alimentação saudável.
Criação de locais de socialização para a comunidade escolar, família e
público (bibliotecas, museus escolares, auditórios, corais, festividades cívicas,
etc.).
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Mobília foi adequada para proporcionar conforto e uma postura corporal
correta (mesas e cadeiras especiais para o jardim de infância, carteiras
individuais ou duplas e moveis especiais para atividades coletivas).
Formação docente adequada: Responsabilidade e extensão de suas funções
e preparo intelectual e técnico.
Educar, preparar o aluno para a vida prática e social, formar cidadãos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
VEIGA, CYNTHIA GREIVE. História da Educação. 1ª Edição /2007. Editora Ática.
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