Figado Vias Biliares Pancreas e Baco

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Radiologia /Imagiologia ICBAS de lesões no fígado, pâncreas e baço

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Estudo do Fígado, Vesícula, Vias biliares,

Pâncreas e Baço

Radiologia

2014/2015

Métodos de avaliação destes órgãos:

• US

• TC

• RM

Estudo do Fígado

Semiologia das principais lesões focais benignas

Quistos Hepáticos

Lesões focais de conteúdo líquido, únicas ou múltiplas no parênquima hepático

• Predominam em fígado são

• Mais comuns na mulher

• A doença poliquística autossómica dominante está associada com quistos múltiplos em 40% dos casos.

• Constituem anomalia de desenvolvimento que não comunica com a árvore biliar.

Método de Escolha: ultrassonografia, RM e TC

ACHADOS ESPECÍFICOS:

• Lesões de tamanho variável, rodeadas por cápsula fina, quase imperceptível, bem demarcadas do parênquima.

Quisto complexo com parede espessa, ecos internos e septos.

Diagnóstico diferencial dos quistos hepáticos

• Abcesso

• Quisto hidático

• Metástases císticas

Abcesso em US

TC

Quistos hidáticos: US e TC

Quisto hidático em TC

Hemangioma Hepático

• É o tumor benigno + frequente do fígado.

• Ocorre em 5-7% da população.

• Mais frequente nas mulheres.

• Varia de poucos mm a 20cm.

Métodos de imagem: US, RM e TC

• Achados na US: lesão bem circunscrita, hiperecogénia, homogénia, por vezes com discreto reforço posterior.

TC padrão de captação típico

RM

Hiperplasia nodular focal

• Lesão bem circunscrita, muito vascularizada, com células de Kuppfer e canais biliares.

• 2º tumor benigno mais frequente do fígado.

• Entre 30-50 anos.

• Mais frequente na mulher e pode associar-se com hemangiomas.

Métodos de imagem: RM,TC e US

• A ecografia é pouco específica, pode ser levemente ecogénia e rodeada por pseudo-cápsula.

TC

RM

Diagnóstico diferencial:

Adenoma hepático

Adenoma: -menor captação de contraste

-ausência de cicatriz central

-pode existir hemorragia nas lesões maiores

• É um tumor benigno raro no homem.

• Mais frequente na mulher com história de ACO de longa data.

• Risco de hemorragia alto em lesões > 5cm.

Carcinoma hepato-celular

• Tumor primário maligno + frequente.

• 4x mais frequente no homem.

• A frequência tem vindo a aumentar.

• Ocorre no contexto de cirrose ou hepatite crónica B ou C.

• Forma solitária, nodular ou multifocal/difusa.

• Com trombose porta, metas pulmonares/ósseas.

• Com adenopatias metastáticas.

CHC multifocal

RM

Metástases hepáticas

• É o tumor maligno mais frequente do fígado (20x mais frequente que os tumores primários)

• Origem em tumores primários do pulmão, mama, G.I., pâncreas, melanoma, sarcomas.

Método de escolha inicial

• Ecografia como estudo inicial de estadiamento em doentes com Ca da mama, melanoma.

US

Cirrose Hepática

• Doença hepática crónica com destruição da arquitectura lobar, proliferação de tecido conjuntivo e nódulos de regeneração.

Etiologia e Patogénese

• Maioria causada pela ingestão crónica de álcool e hepatite vírica (B e C).

• Causas menos frequentes: colestase crónica, d. auto-imunes, síndrome de Budd-Chiari e doenças metabólicas (hemocromotase, d. Wilson e outras).

Métodos de avaliação: US e TC

• O fígado está aumentado ou diminuído.

• Hipertrofia do lobo caudado.

• Contorno irregular.

• Dilatação da veia porta e veia esplénica.

• Esplenomegalia.

TC

Ecografia (hipertensão portal)

Hipertensão portal

Vesícula biliar e vias biliares

Vesícula biliar e vias biliares

• Visualizadas por US e TC

• Principais afecções:

- Colelitíase com ou sem obstrução

- Colecistite aguda

Vesícula de porcelana

Colecistose hiperplásica

Adenomiomatose

Ca vesicular

Vias Biliares

•US •Colangio-RM •TC

Colédocolitíase

Colangiograma normal

Obstruções malignas

Pancreatite Aguda

Causas principais: -Abuso de álcool -Litíase vesicular

PANCREATITE AGUDA

Diagnóstico

• Dor abdominal de início súbito

• Aumento da enzimas pancreáticas no sangue e urina

• Edema pancreático / necrose da glândula e gordura / hemorragia

• Envolvimento variável dos tecidos locais ou sistémicos

(Atlanta 1992)

• Rx Tórax – Derrame pleural em 43% nas pancreatites graves

– ARDS

– Enfarte pulmonar

• Distensão do duodeno ou cólon

– Ansa sentinela = dilatação focal

– Sinal de stop cólico = aerocolia marcada

stop abrupto no ângulo esplénico

PANCREATITE AGUDA Rx simples

PANCREATITE AGUDA Tipos

• Intersticial (leve) - 80-90 %

– Edema

– Preservação da arquitectura

– Ausência de hemorragia

– Recuperação sem complicações

– < 10 % falência orgânica

– 1-3 % mortalidade

• Hemorrágica (grave) - 10-20 %

– Necrose tecidular, pancreática, gordura

– Hemorragia

– Trombose vascular e inflamação

– Complicações: Necrose infectada, PQ, abcesso

– 50-60 % falência orgânica

– 15-20 % mortalidade

PANCREATITE AGUDA Ecografia

• Uso limitado no diagnóstico (gás intestinal)

• Litíase vesicular?

• Colecções líquidas peri-pancreáticas?

• Complicações vasculares?

• Guia para Intervenção

PANCREATITE AGUDA TC

• Melhor método visualização pâncreas

• Prognóstico / Seguimento

Achados imagiológicos:

• Aumento focal / difuso pâncreas

• Captação heterogénea: áreas não captantes (necrose)

• Captação periférica em anel: colecção liquida / PQ

• Infiltração gordura peripancreática; litiase vesicular

• Pseudoaneurisma (pode simular PQ)

• Derrame pleural e atelectasia pulmonar secundária

PANCREATITE AGUDA Achados na TC

PANCREATITE AGUDA Colecções líquidas agudas

- Extravasamento líquido pancreático → necrose gordura retroperitoneal

- Não loculado / capsulado

- 40% doentes

- 50% resolvem espontaneamente

- Pode desenvolver pseudoquistos

PANCREATITE AGUDA Localização

• Localização central → várias vias de disseminação

• Maioria retroperitoneal

(retrocavidade epiplons; Para.renal ant esq / dto; raíz mesentério; outras)

• Intraperitoneal

PANCREATITE AGUDA Necrose

• Ausência de captação do pâncreas / tecido peri-pancreático

• Precoce (48-72h após internamento) → TC 2º-3º dia

• Tecido não viável (sem captação < 30 UH)

• Mau prognóstico

• Tipo de necrose → tratamento

- Estéril → tratamento médico

- Infectado → Desbridamento

- Seguimento nas primeiras duas semanas

(abcesso requer várias semanas)

- Mortalidade → 15 – 50 %

• Aspiração diagnóstica por agulha

Pancreatite Aguda

Necrose

Resolução 30-50% Necrose estável

Liquido (colecção) estéril

Necrose gordura peri-pancreática

Infecção

Necrose pancreática infectada Abcesso

PANCREATITE AGUDA Abcesso

• Colecção circunscrita hipodensa

• Desenvolve-se após várias semanas (~ 5 semanas)

• Aspiração por agulha

• Drenagem percutânea

PANCREATITE AGUDA Drenagem percutânea

Decisão → Dados clínicos, laboratoriais e imagiológicos

Drenagem → colecção líquida infectada

Aspiração → diagnóstico necrose infectada → Cirurgia

Não drenar → Necrose / colecções não infectadas / Hematoma

Resolução → Colecções não infectadas e pequenos PQ

Complicações → Obstrução catéter / Colecção multiloculada / Sépsis

PANCREATITE AGUDA RM - Indicações

• Planeamento terapêutico:

Dilatação / litíase VBP

PANCREATITE CRÓNICA

• Inflamação persistente do pâncreas com alterações morfológicas irreversíveis associadas a dor e má-absorção.

• ACHADOS: atrofia do parênquima com dilatação irregular do Wirsung e calcificações intraductais.

Estudo do baço

Lesões esplénicas solitárias:

• Císticas

-Cisto pós-traumático

-Cisto congénito

-Cisto hidático

-Abcesso

-Metástase cística

• Vasculares - Hemangioma

• Sólida não vascular - Linfoma, metástase

Lesões esplénicas múltiplas

• Linfoma

• Metástases

• Infecção (abcessos/micro-abcessos)

Traumatismos abdominais

• Trauma esplénico

• Trauma hepático

• Outros órgãos…