Físico diz que há muito catastrofismo na questão nuclear no Japão

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Físico diz que há muito catastrofismo na questão nuclear no Japão

Odiario.com(http://londrina.odiario.com/londrina/noticia/402035/fisico-diz-que-ha-muito-

catastrofismo-sobre-o-japao/ )17 de março de 2011 – 16h04

Victoria Costa Palhas e Catharina Cavalcanti

O mundo não vai acabar

Durante dias e até semanas que se sucederam após o terremoto de 8,9

graus na escala Hitcher, ocorrido no Japão em 11 de março deste ano, várias

notícias apareceram na mídia relatando a gravidade da situação. E, muitas

vezes, o que aparece nos noticiários é mais alarmante do que a realidade.

É justamente deste catastrofismo relacionado à situação japonesa,

privilegiando a usina nuclear de Fukushima, que a entrevista publicada no

website odiario.com comenta.

O professor Carlos Roberto Appoloni responde as perguntas

relacionadas ao tema e nos fornece outro ponto de vista sobre o ocorrido. Ele,

coordenador do Laboratório de Física Nuclear Aplicada da Universidade

Estadual de Londrina (UEL), diz “Estou vendo um catastrofismo exacerbado no

noticiário de algo que é um evento triste, um evento sério, mas não é para fazer

o mundo parar por causa disso.”

Na entrevista são abordados aspectos como as críticas à usina nuclear,

seu funcionamento, as práticas adotadas quando ocorre um acidente nuclear, a

comparação de acidentes já ocorridos e o uso deste tipo de energia no Brasil.

Fala-se em fechar usinas quando acidentes como este acontecem, mas

na verdade, quem reclama dos prejuízos causados por eles e que desejam

esse fechamento pouco se dá conta da importância da energia fornecida pelas

usinas nucleares.

Pessoas que irão assistir à televisão e esquentar sua comida no

microondas, e que não cederiam a esses caprichos que utilizam da energia,

são as que fazem os pedidos de fechamento. Estes podem ser causados

justamente pelas informações exageradas passadas pela mídia.

Entretanto, não é levado em consideração que, frequentemente,

pequenos acidentes nuclares acontecem, e que sempre são derterminados

novos parâmetros de segurança para não colocar a vida da população em

risco.

Outro fator que faz agravar a situação imposta pela mídia são as

informações equivocadas, como as comparações com falhas entre os

acidentes já ocorridos.

Citam explosões nucleares, enquanto o que aconteceu foram explosões

químicas, que não envolvem o urânio (material radioativo usado nas usinas

nucleares para produzir calor através de uma reação nuclar) de forma direta.

Colocam lado a lado acidentes como o de Chernobyl (Ucrânia) e o de

Three Mile Island (EUA) junto ao do Japão, sendo que os dois primeiros foram

provocados por falha humana, e que o caso em Fukushima foi de um terremoto

fortíssimo.

Era de se esperar que as estruturas da usina nuclear fossem abaladas,

levando em consideração que elas eram preparadas para aguentar terremotos

de até 8 graus na escala Hitcher. O que é bem menos intenso que 8,9 graus,

afinal a escala adotada é logarítmica.

É necessário deixar claro que o reator da usina de Fukushima não

explodiu. As explosões ocorreram fora do prédio de contenção, o que

representa um risco bem menor, uma vez que o reator fica dentro do vaso de

contenção, que por sua vez fica dentro do prédio de contenção.

Porém, além das questões já discutidas ainda há o fator da radiação que

causa danos às células. Gerando reações que vão desde enjôos à mutações

no DNA que podem causar o câncer.

Todos esses aspectos nos fazem pensar sobre uma balança para avaliar

os benefícios e malefícios de se ter energia de fonte nuclear no país. No Brasil,

3% da energia total utilizada provêm das usinas nucleares, o que é um

percentual baixo num olhar geral.

Mas, analisando somente o Rio de Janeiro, por exemplo, essa energia

representa 40% da utilizada.

O fato é que o catastrofismo existe, porém nota-se o estrago feito num

país com tecnologias como o Japão. É preciso tomar consciência que a

tenologia presente nas usinas nucleares brasileiras é muito antiga e deve ser

aprimorada.

Neste ponto chegamos à origem do conflito: não é viável ter as fontes de

energia concentradas em sua grande parte nos recursos hídricos, pois poderia

ser um problema nas épocas de estiagem e neste caso, a energia nuclear deve

ser considerada.

O maior problema está, então, concentrado na falta de uma tenologia

adequada para construir usinas nucleares adequadas. Checando mais a fundo

a situação: temos que o Brasil pouco investe em ciência e na eduação como

um todo.

E sem profissionais qualificados não existe possibilidade de manter

estuturas que, se rompidas, geram enormes prejuíjos à população e à

natureza.

Referências Bibliográficas:

Redação, Físico diz que há muito catastrofismo na questão nuclear no Japão, O diário, Londrina, 17 de março de 2011. Disponível em: <http://londrina.odiario.com/londrina/noticia/402035/fisico-diz-que-ha-muito- catastrofismo-sobre-o-japao/ >

MANGUEIRA, Clarissa. Radiação atingirá França sem riscos, diz agência, Estadão, 21 de março de 2011. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,radiacao-atingira-franca-sem- riscos-diz-agencia,695007,0.htm >

Usinas Nucleares - Você é contra ou a favor?, Área Seg. Disponível em: <http://areaseg.com/vote2/html/un.html>

Alunos da Escola Frei Heitor Pinto da Covilhã, Projecto de Medição de Campos Electromagnéticos, 14 de janeiro de 2009. Disponível em: <http://quark-esfhp.blogspot.com/2009/01/como-se-mede-radiao.html>

Imagens disponíveis em: <http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi>, <http://www.ecodebate.com.br/foto/energia2.jpg>

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