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O Fundamento da Igreja
A sua origem
Basta ler o Novo Testamento para perceber claramente a origem da Igreja.
Ela estava no coração de Jesus. Quando Jesus perguntou aos discípulos –
“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”, Mt 16:13, as respostas
foram as mais variadas, mas quando perguntou diretamente a eles, Pedro
respondeu: “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo”, Mt 16:16. E no verso 18, Jesus
manifestou que tinha alguma coisa nova para revelar – a Fundação da
Igreja. E de fato, no dia de Pentecostes, inaugurou a Igreja, derramando do
seu Espírito e tornando-a poderosa para a sua missão evangelizadora:
“Portando ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado...”, Mt 28:19-20. E criou-a para distribuir com os pecadores o
tesouro da salvação. Incumbiu os apóstolos dessa tarefa, conforme o que
acima ficou dito.
A base da Igreja
A Igreja Católica Apostólica Romana ensina que Pedro é o fundador da
Igreja, mas, por mais que se indague, não há comprovação Bíblica. Se a Igreja
tivesse como fundamento qualquer ser humano, estaria fadada ao fracasso.
Em resposta a afirmação de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – é
que Jesus revelou do coração do Pai, a existência da Igreja. Jesus disse – “A
MINHA IGREJA” E Paulo referendou – “A IGREJA DE DEUS”, Mt 16:18 e At
20:28.
Os componentes da Igreja
A palavra IGREJA é traduzida por reunião, assembléia, o que indica
ajuntamento para o culto – “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em
meu nome, aí estou eu no meio deles”, “Que fareis pois, irmãos? Quando vos
ajuntais, cada um de vós tem...”, Mt 18:20 e I Co 14:26. Então a Igreja é
composta de pessoas regeneradas que, unindo-se a Cristo pela fé, e aos
irmãos, lutam pelo crescimento de sua vida moral e espiritual. Os cristãos,
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membros da Igreja, são chamados de irmãos (Gl 4:12); crentes (I Tm 5:16);
santos (Fp 4:21); eleitos (Cl 3:12); discípulos (Jo 6:66); cristãos (At 11:26);
e os do caminho (Mt 22:16 e At 9:2). A Igreja é ilustrada como o CORPO
VIVO DE CRISTO (I Co 12:13, 27); TEMPLO DE DEUS (I Co 3:16, 17) e NOIVA
DE CRISTO (Ap. 19:7 e 22:17).
O serviço da Igreja
1. A Igreja está comissionada para explicar o plano da salvação e trazer
almas a Jesus (Mt 28:19-20 e MC 16:15;
2. Está incumbida de proclamar os sinais (Mc 16:17 a 20); e a promessa da
presença permanente de Jesus (Mt 28:20);
3. É de seu dever convocar o mundo para cultuar a Deus, com adoração,
oração e testemunho (Is. 56:7 e At 2:46, 47);
4. Ela tem o dever de ensinar os homens como viver bem e a maneira de se
preparar para a vida futura;
5. Proclamar que um dia Jesus virá buscar os salvos (I Ts. 4:13-18).
As ordenanças da Igreja
São duas as ordenanças instituídas por Jesus: o Batismo e a Ceia do
Senhor. Essas ordenanças representam Cristo e os seus benefícios e, também,
estabelecem a diferença entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo.
O Batismo nas águas é o rito de iniciação da igreja cristã, simbolizando o
começo da vida espiritual. Não existe outro meio de ingressar na Igreja de
Jesus a não ser pelo Batismo (Mt 28:19; Mc 16:16; At 2:38; 8:12, 38). A Ceia
do Senhor, instituída na véspera de sua morte expiatória, consiste na
distribuição do pão e do vinho. O pão é a comemoração de modo especial da
morte de Cristo que nos libertou do pecado, entregando o seu corpo (Lc 22:19)
e o vinho é a representação de seu sangue derramado na cruz por nós (Lc
22:20): “Isto é o meu corpo, que por vós é dado; ...” e “Este cálice é o Novo
Testamento no meu sangue, que é derramado por vós”.
Igreja terrena e divina
A Igreja é uma Instituição Divina, diferente de qualquer instituição humana.
Ela é temporal porque realiza a sua obra na terra e é perpétua porque um dia
será levada para o céu. Portanto, é indestrutível. Jesus mesmo, disse que “...as
portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt 16:18. Embora se manifeste
como local, contudo, engloba todos os crentes do presente, passado e do
futuro, pois são os salvos da Igreja visível e invisível, militante e triunfante. Ela
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está no mundo, mas não é do mundo; não obstante, ela pode ser vista
com uma estrutura, como no caso da Igreja Presbiteriana Renovada,
como segue:
Governo
A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil, adota, como Instituição
Eclesiástica, o mesmo sistema adotado pelas Igrejas Presbiterianas, isto é, o
Sistema representativo de Governo. O que na realidade é um meio termo entre
a forma de governo episcopal, onde o governo é exercido pelo bispo, ou
pelo Papa, como nas Igrejas Católica Romana, Anglicana, Luterana e Metodista;
e a forma de governo congregacional, onde as decisões são tomadas em
assembléias ou sessões, com a participação de todos os membros, como nas
Igrejas Batistas, Congregacionais e a maioria das Pentecostais, inclusive
Assembléia de Deus. No sistema episcopal uma só pessoa decide por todos, e
no sistema congregacional, as decisões são tomadas por todos.
O sistema de Governo Presbiteriano ou Representativo entende que os
outros são defeituosos pelas seguintes razões: no governo episcopal uma só
pessoa decide, tendo uma compreenção limitada, portanto, os erros são mais
freqüentes; no governo congregacional, pela razão de que nem todos estão
preparados para tomar decisões, portanto, os erros também são freqüentes.
No sistema presbiteriano, os membros da igreja local, reunidos em assembléia,
elegem os seus representantes, de acordo com as exigências Bíblicas e as
habilidades naturais observadas por todos; que, no entendimento geral, são os
mais qualificados. E estes então, após consagração e posse, cuidarão do
governo da Igreja. Estes são chamados de Presbíteros.
O governo da Igreja local
Os membros da Igreja elegem os Oficiais da Igreja – Presbíteros e Diáconos
para um mandato de dois (2) anos. Os Presbíteros, que são os Oficiais Maiores,
juntamente com o Pastor, forma o conselho da Igreja, que cuida do governo, da
administração e da disciplina local. Os Diáconos formam a Junta Diaconal, que
cuida da ordem da igreja e seus arredores, bem como da beneficência e ação
social. A Junta Diaconal funciona sob orientação do Conselho da Igreja Local.
Expirado o prazo do mandato, se o Oficial, maior ou não, não for reeleito, ficará
em disponibilidade.
Alguns atos do Conselho, em sua administração temporal, dependem da
aprovação dos membros da igreja, reunidos em assembléia, para tal fim. Por
exemplo, aquisição ou alienação de imóveis de propriedade da igreja só poderá
ser feita mediante aprovação da assembléia.
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Além desses existem os líderes da Igreja – Departamentos, Sociedades
Internas e outros, que são eleitos pelos membros de cada segmento, no caso
das Sociedades Internas. Os Diretores de Departamentos, são designados pelo
Conselho, sempre em um número de dois (2) para cada Departamento, e
exercem o governo daquele subordinados aos conselhos e Oficiais.
O governo regional ou presbiterial
As igrejas de uma determinada região são supervisionadas pelo Presbitério,
que é constituído pelos Pastores, Obreiros Licenciados, Obreiros Provisionados
e pelos Presbíteros representantes das igrejas daquela região; incluindo os
Evangelistas que tem assento no Presbitério para discussões das matérias,
entretanto sem direito a voto. Os pastores são membros do Presbitério. Os
Presbíteros são nomeados pelos Conselhos, para representa-los, bem como as
igrejas, em cada reunião.
O governo nacional
O Governo da Igreja Presbiteriana Renovada, a nível nacional, é exercido
pela Assembléia Geral, e nos intervalos de suas reuniões ordinárias, que são de
três em três anos, é administrada pela Diretoria Executiva Nacional e pela
Diretoria Administrativa.
A Diretoria Executiva Nacional é composta de Presidente, Vice-Presidente,
Secretário Executivo, Primeiro Secretário, Segundo Secretário, Primeiro
Tesoureiro e Segundo Tesoureiro, eleitos a cada três anos, no início da reunião
ordinária.
A Diretoria Administrativa é composta pela Diretoria Executiva Nacional,
pelos Presidentes Presbiteriais e pelos Presidente das Instituições Internas da
Igreja, tais como Missão Priscila e Áquila-MISPA, associação Evangélica
Educacional Beneficente – AEEB, Gráfica ALELUIA, etc. Tendo a
responsabilidade de assuntos doutrinários e de competência no âmbito
nacional.
Sistema doutrinário
A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil adota como exposição das
doutrinas Bíblicas, a Confissão de Fé de Westminster, do batismo com o
Espírito Santo e a atuação dos dons espirituais para os nossos dias, e daqueles
constantes no Manual de Normas da IPRB. Tendo como única regra de fé e
prática a Bíblia Sagrada.
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A Confissão de Fé e os Catecismos são conhecidos, historicamente, como
Símbolos de Westminster. Eles foram preparados por uma assembléia de
clérigos anglicanos, congregacionais, independentes, batistas e presbiterianos.
Essa assembléia foi convocada pelo Parlamento Inglês para elaborar os
princípios de governo, doutrina e culto que deveriam reger as atividades
religiosas na Inglaterra, Escócia e Irlanda. A assembléia foi instalada no dia 01
de julho de 1643, com a presença de 151 membros. Realizou 1.163 sessões,
sem contar as reuniões de comissões e subcomissões. A participação média
variava entre 60 e 80 membros. A maior presença consta de 96 membros. O
local da reunião foi a Abadia de Westminster e, por isso, ficou conhecida como
Assembléia de Westminster.
A confissão de fé e os Catecismos foram aprovados pelo Parlamento Inglês
em 1648. A Igreja Presbiteriana da Escócia, a da Inglaterra e a dos Estados
Unidos da América adotaram a Confissão de Fé e os Catecismos como padrão
doutrinário. Por ter sido estabelecida pela Igreja Presbiteriana dos Estados
Unidos da América, a Igreja Presbiteriana do Brasil também fez o mesmo.
Camargo, Abel A. – Manual de Lições Bíblicas p/ Preparação de Batismo – ALELUIA, 1.988.
A Igreja Presbiteriana
A reforma protestante
A partir do ano de 1300, o mundo ocidental experimentou um sentimento
crescente de nacionalismo. Os povos não queriam sujeitar-se a Roma.
Aspiravam ver surgir uma igreja nacional. Esse clima favoreceu o surgimento
dos Precursores da Reforma. Eram homens cultos, de vida exemplar, que
tinham prazer na leitura e na exposição da Bíblia Sagrada. São chamados
precursores porque antecederam aos reformadores e, principalmente, porque
não conseguiram superar o legalismo religioso – não descobriram a graça
salvadora. Queriam fazer alguma coisa para alcançar a salvação, quando a
Bíblia afirma: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é
dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Ef 2:8,9.
Os principais precursores da Reforma foram: João Wyclif (1328?-1384),
Professor na Universidade de Oxford, na Inglaterra; João Huss (1373?-1415),
Professor da Universidade de Praga, (hoje República Techa), que foi queimado
por causa da sua fé; e Girolando Savonarola (1452-1498), monge dominicano,
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que foi enforcado e queimado por ordem do Papa Alexandre VI, em Florença,
na Itália.
Além dos movimentos liderados pelos precursores da Reforma, ocorreram
outras tentativas de reformar a igreja, mas sem êxito.
No século XVI a situação era bastante propícia a uma refoma da igreja. A
Europa estava no limiar de uma nova era política e social. Gutemberg
revolucionara o processo de impressão de livro; Colombo descobrira a
América... E o descontentamento com a igreja persistia. Tudo isso preparava o
terreno para a reforma. E Lutero foi o homem que Deus levantou para
desencadear o movimento que resultou na Reforma Religiosa do Século XVI.
Martinho Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483. Sua família era
pobre e ele lutou com muita dificuldade para estudar. Preparava-se para
ingressar no curso de Direito, quando resolveu tornar-se monge. Entrou para o
mosteiro agostiniano de Erfurt, em 1505, antes de completar 22 anos de idade.
Dois anos depois foi ordenado sacerdote. No ano seguinte foi para Wittenberg
preparar-se para ser professor na recém criada universidade daquela cidade.
Foi lá que Lutero dedicou-se ao estudo das Escrituras. E ao estudar a Epístola
aos Romanos descobriu que “o justo viverá por fé”, Rm 1:17. Ele já havia feito
tudo que a igreja indicava para alcançar a paz com Deus. Mas sua situação
interior só piorava. Ao descobrir a graça redentora, entregou-se a Jesus Cristo,
pela fé, e encontrou a paz e a segurança da salvação.
No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou, na porta da capela
da Wittenberg, as suas 95 teses. Era o início da Reforma Protestante.
Lutero tentou reformar a igreja, mas Roma não quis se reformar. Antes o
perseguiu violentamente. Em 1521 ele foi excomungado. Neste mesmo ano
teve que se esconder durante 10 meses no castelo de Wartburgo, perto de
Eisenach, para não ser morto. Depois voltou para Wittenberg, de onde
comandou a expansão do movimento de reforma.
O Presbiterianismo
Paralelo à Reforma de Lutero, surgiu na Suíça um reformador chamado
Úlrico Zwínglio. Era mais novo do que Lutero apenas 50 dias, mas tinha
formação e idéias diferentes do reformador alemão. Contudo, não pode ir
muito longe em seu movimento de reforma, pois morreu prematuramente no
campo de batalha, no dia 11 de outubro de 1531. Mesmo assim é considerado
o “pai do protestantismo reformado” (Presbiterianismo).
Mas o homem responsável pela sistematização doutrinária e pela expansão
do protestantismo reformado foi João Calvino. Ele nasceu em Noyon, província
da Picardia, na França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai era advogado e se
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chamava Gerar Calvino. Sua mãe, Jeanne lê Franc Calvino, morreu quando ele
tinha apenas 3 anos de idade. Aos 14 anos, Calvino entrou para a Universidade
de Paris. Com 20 anos formou-se em Direito na Universidade de Orléans. Não
se sabe com precisão o ano em que o jovem Calvino converteu-se a Jesus
Cristo. Alguns historiadores julgam que foi em 1533. Neste ano um amigo de
Calvino, chama Nicolas Cop, tomou posse como Reitor da Universidade de
Paris. E o seu discurso de posse falava em reforma, numa linguagem que
refletia idéias luteranas. E o comentário geral era que o discurso tinha sido
escrito por Calvino. O rei Francisco I resolveu agir contra os “luteranos”.
Calvino e Nicolas Cop foram obrigados a fugir de Paris.
Em julho de 1536, Calvino passava por Genebra. A cidade havia se
declarado oficialmente protestante no dia 21 de maio daquele ano. E
Guilherme Farel liderava o movimento protestante na cidade. Sabendo da
presença de Calvino, Farel foi ao seu encontro e o persuadiu a ficar na cidade
para ajuda-lo. E Calvino fez de Genebra uma cidade modelo.
Mas Calvino foi, acima de tudo, um grande teólogo. Escreveu dezenas de
livros. Sua principal obra é a INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO CRISTÃ, conhecida
como Institutas, concluída em 1559. O sistema doutrinário elaborado por
Calvino é essencialmente Bíblico, e se tornou conhecido como Calvinismo.
Os seguidores do movimento iniciado por Zwínglio e estruturado por Calvino
se espalharam imediatamente por toda a Europa. Na França eles eram
chamados de Huguenotes; na Inglaterra, Puritanos; na Suíça e Países Baixos
(Holanda), Reformados; na Escócia, Presbiterianos.
O Protestantismo Reformado foi levado para Escócia por George Wishart,
que estudara na Suiça e foi morto na fogueira da inquisição em 1546. As
primeiras igrejas reformadas surgiram no final da decada seguinte. Estas foram
as primeiras Igrejas Presbiterianas. Os eventos se precipitaram com o retorno
do líder John Knox ( 1514 à 1572 ), que passou alguns anos em Genebra
estudando aos pés de Calvino, e retornou ao seu país em 1559. No ano
seguinte o parlamento aboliu o catolicismo e adotou a fé reformada ( Confissão
Escocesa ).Em dezembro de 1560 reuniu-se a primeira Assembléia Geral da
Igreja Presbiteriana Escocesa que elaborou o Livro de Disciplina.
A Inglaterra passou a dominar a Escócia e a rainha Elizabete I ( 1558 à 1603
) não apreciava os aspectos populares do sistema presbiteriano de governo,
preferindo uma estrutura episcopal que deixava o controle ultimo da igreja nas
mãos das autoridades civis. O rei Carlos I ( 1625 à 1649 ) queria impor o
anglicanismo aos puritanos ingleses e aos presbiterianos escoceses. Porém
estes ultimos se rebelaram e enfrentaram com êxito os exercitos reais.
Precisando de mais tropas, Carlos se viu forçado a promover a eleição de um
Parlamento. Para frustração do rei, os ingleses elegeram um parlamento
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puritano, que foi prontamente dissolvido. Feita nova eleição, a maioria puritana
tornou-se ainda mais expressiva. Diante da recusa do Parlamento em ser
novamente dissolvido, e o resultado foi uma guerra civil. A consequência desta
foi a execução do rei. Esse Parlamento convocou a ”Assembléia de
Westminster”( 1643 à 1649 ), composta de 121 dos mais capazes pastores da
Inglaterra, 20 membros da Casa dos Comuns e 10 membros da Casa dos
Lordes, que produziu os padrões presbiterianos de culto, governo e doutrina
( Confissão de Fé e Catecismos ). Tão logo a Assembléia iniciou os seus
trabalhos, as forças parlamentares começaram a sofrer reveses na guerra. O
Parlamento buscou o auxílio da Escócia, que concordou em ajudar sob uma
condição: que todos os membros da Assembléia de Westminster e do
Parlamento assinassem um pacto solene comprometendo-se a manter e
defender a Igreja Presbiteriana da Escócia e a reforma da igreja na Inglaterra e
na Irlanda em sua doutrina, governo, culto e disciplina, de acordo com a
Palavra de Deus.Isso foi aceito. Os presbiterianos escoceses também puderam
enviar representantes à Assembléia de Westminster; 4 pastores e 2
presbíteros, mas sem poder de voto. Eles exerceram uma influência
desproporcional ao seu número. Logo que chegaram e foi assinado o pacto
solene ( 1643 ), houve uma mudança radical no trabalho da Assembléia. Até
então a idéia era de revisar os Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana. Agora
passou-se a fazer uma reforma completa da igreja.
Os documentos da Assembléia de Westminster caracterizaram-se não
somente pela erudição teológica, mas por uma profunda espiritualidade.
Gastava-se muito tempo em oração e tudo era feito em um espírito de
reverência. Cada documento produzido era encaminhado ao Parlamento para
aprovação, o que só acontecia após muita discução e estudo. Desta forma tais
documentos receberam a aprovação de teólogos de renome e pelos
representantes do povo que compunham o Parlamento da Inglaterra. As igrejas
escocesa ( Presbiterianas ), inglesa ( Puritana ) e irlandesa, adotaram os
padrões de Westminster, com fundamento na teologia de Calvino, e até hoje
estes permanecem a base da maioria das igrejas protestantes.
A partir de 1715, muitos escoceses presbiterianos que habitavam no norte
da Irlanda, começaram a sofrer restrições religiosas impostas pelo governo
inglês, além de calamidades naturais como a seca. Com isto, começaram a
imigrar para os Estados Unidos. Até 1775, pelo menos 250 mil destes cruzaram
o Atlântico. Eles se erradicaram principalmente em Nova Jersey, Pensilvânia,
Maryland, Virgínia e nas Carolinas. No oeste da Pensilvânia eles fundaram
Pittsburgh, a cidade mais presbiteriana dos Estados Unidos. O Rev. Ashbel G.
Simonton era descendente destes escoceses-irlandeses da Pensilvânia.
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O Presbiterianismo no Brasil
No dia 12 de agosto de 1859, chegou ao nosso país o primeiro missionário
presbiteriano: Ashbel Green Simonton. Tinha apenas 26 anos de idade. Era
formado pelo Seminário de Princeton e ordenado Pastor pelo Presbitério de
Carlisle. Embora tivesse estudado Português em Nova Iorque, Simonton não
tinha domínio de nossa língua suficiente para pregar aos brasileiros. Por isso,
enquanto aprendia melhor o português, ele se dedicava ao trabalho de
evangelização dos estrangeiros que ali residiam ou que por ali passavam.
No dia 22 de abril de 1860, Simonton dirigiu o primeiro trabalho em
português. Era uma Escola Dominical. A assistência total somava cinco
pessoas: três crianças e duas moças. Dois anos depois, Simonton recebeu os
dois primeiros membros: um norte americano e um português. O primeiro
brasileiro a se tornar membro da Igreja Presbiteriana se Chamava Serafim
Pinto Ribeiro. Ele foi recebido por profissão de fé e batismo, no dia 22 de junho
de 1862.
O segundo missionário presbiteriano a chegar ao Brasil foi Alexander
Blackford, que era casado com uma irmã de Simonton. Ele e a esposa
chegaram ao Rio de Janeiro no dia 25 de julho de 1860. O terceiro missionário
era um alemão, naturalizado norte-americano, chamado Francis Schneider. Ele
chegou no dia 7 de dezembro de 1861. A missão estabeleceu sua sede no Rio
de Janeiro, mas os missionários viajavam pelo Brasil todo, procurando conhecer
o país e, ao mesmo tempo, divulgar o evangelho.
A primeira Igreja Presbiteriana organizada no Brasil foi no Rio de Janeiro em
12 de janeiro de 1862; a segunda foi no Estado de São Paulo, a 5 de março de
1865. As subsequentes foram: Igreja Presbiteriana de Brotas, no interior
paulista, fundada no dia 13 de novembro de 1865; a Igreja Presbiteriana de
Lorena, estado de São Paulo, fundada no dia 17 de maio de 1868; e a Igreja
Presbiteriana de Borda da Mara, interior de Minas Gerais, fundada em 23 de
maio de 1869.
O primeiro pastor ordenado foi o ex-padre José Manoel da Conceição, pelo
Presbitério do Rio de Janeiro. E o primeiro Seminário Presbiteriano a funcionar
em solo brasileiro, iniciou suas atividades em 14 de janeiro de 1867, no Estado
do Rio de Janeiro; fundado com o objetivo de preparar e treinar nacionais, isto
é, pastores brasileiros.
O Reverendo Ashbel Green Simonton, faleceu em solo brasileiro, no estado
de São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1867.
A Igreja Presbiteriana do Brasil
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O Primeiro Presbitério a se organizar foi o do Rio de Janeiro, em 1865. O
segundo a se organizar foi o Presbitério de São Paulo, em 13 de janeiro de
1872. Em setembro de 1888 foi organizado o primeiro Sínodo da Igreja
Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-se autônoma, desligando-se assim
das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três presbitérios
( Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco ), tinha vinte e três
missionários, doze pastores nacionais e cerca de sessenta igrejas. O Sínodo
criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e
dividiu o presbitério Campinas-Oeste de Minas em dois; São Paulo e Minas.
Nesse periodo a denominação expandiu grandemente, com muitos novos
missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O seminário começou a
funcionar em Nova Friburgo-RJ, no ano de 1892 e no início de 1895 transferiu-
se para São Paulo tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Instituto
Presbiteriano Mackenzie foi criado em 1891, sendo seu primeiro diretor o Dr.
Horace Manley Lane.
Igreja Presbiteriana Independente
Infelizmente o progresso deste periodo foi ofuscado em parte pela grave
crise que se abateu sobre a vida da igreja. Surgiu uma diferença sobre
prioridades em relação ao Instituto Mackenzie em detrimento do evangelismo e
estruturação do seminário. Paralelamente surgiram outras divergências
doutrinárias entre pastores e os líderes do Mackenzie, até que em 31 de julho
de 1903, na reunião do Sínodo, o Rev. Eduardo Carlos Pereira e seus colegas
desligaram-se deste e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.
No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu
presbitério, com quinze presbíteros e sete pastores. Seguiu-se um triste
periodo de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades e litígios
judiciais. O periodo mais conflitivo estendeu-se até 1906. Nesta época a Igreja
Presbiteriana do Brasil contava com 77 igrejas e cerca de 6.500 membros; e os
independentes tinham 56 igrejas e cerca de 4.200 membros.
Nas decadas posteriores, a IPB e a IPI cresceram muito, até que em 1957 a
IPB contava com 6 sínodos, 41 Presbitérios, 489 igrejas, 883 congregações,
389 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros comungantes e
71.650 congregados; e a IPI contava com 3 sínodos, 10 presbitérios, 189
igrejas, 105 pastores e cerca de 30.000 membros comungantes.
O centenário no Brasil
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A campanha do centenário da Igreja Preasbiteriana em solo brasileiro foi
lançada em 1946 tendo como objetivos; avivamento espiritual, expansão
numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e
homenagem aos pioneiros.
A Comissão Unida do Centenário composta pela IPB, IPI e Igreja Reformada
Húngara, planejou uma grande campanha evangelística e estendeu-se por todo
o país em 1952. A 18ªAssembléia da Aliança Presbiteriana Mundial, reuniu-se
em São Paulo entre os dias 27 de julho e 06 de agosto de 1959. O lema do
centenário foi;”Um ano de gratidão por um século de bençãos”.
Avivamento espiritual na IPB
Por volta de 1962, Deus começou a despertar pessoas dentro da IPB, no
Brasil Central, notadamente em Goiânia, levando-as a buscar o batismo com o
Espírito Santo e os dons espirituais.
Nesse período surgiram lutas e o grupo dissidente organizou a Igreja Bom
Pastor. Nessa igreja surge a ”Equipe Jovens Livres”, ocorrendo a realização de
vários encontros de avivamento. Muitos tomaram conhecimento da obra e
estes dois fatos ( a Equipe e os Encontros ), foram a fonte para expansão do
avivamento na região. O Distrito Federal foi alcançado em 1970. Muitos se
desligaram da IPB e formaram a Igreja Cristã Presbiteriana.
O movimento cresceu. Em 1974, o presbitério Brasil Central arrolava 15
igrejas, 8 pastores e 8 evangelistas. Seus líderes eram os pastores Paulo de
Oliveira Brasil, Drumond de Oliveira Caixeta, Nagep Morais Amim, Abel Pereira
Cortes e Sebastião Rodrigues dos Santos.
A IPB de Cianorte foi fundada em 1955. O então pastor desta igreja,
Jonathan Ferreira dos Santos, após participar de um Encontro de Avivamento
Espiritual em Belo Horizonte, em 1963, juntamente com alguns presbíteros,
tornou-se aberto às práticas pentecostais. Sua igreja começou a prosperar e
havia ardente desejo de vida espiritual mais profunda. Desde 1966, Cianorte
era conhecida pelos grandes encontros de avivamento que promovia e que
chamaram muito a atenção dos crentes que desejavam uma vida cristã mais
abundante.
Logo o movimento passou a preocupar a direção da IPB, que tomou
medidas para evitar que o avivamento proliferasse. O Pr. Jonathan foi
transferido. O sínodo dissolveu vários presbitérios, inclusive o de Cianorte. Mais
tarde Cianorte ganhou novamente a projeção e isto gerou novos conflitos. O Pr.
Jonathan, vendo que não havia condições de trabalho, deixou a IPB. Outros
fizeram o mesmo. E, dessa forma, o grupo dissidente se estruturou e surgiu o
presbitério de Cianorte da Igreja Cristã Presbiteriana, em agosto de 1968.
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Em 1974, o presbitério de Cianorte arrolava 16 pastores, 14 missionários de
tempo integral, 28 igrejas, 40 congregações e cerca de 4.000 membros.
Possuia também um Instituto Bíblico. Entre seus líderes estavam o Pr. Celsino
Marques de Azevedo, Pr.Jonathan Ferreira dos Santos, Pr. Dário José Caetano,
Pb. João Ceolin, Pb. João Alves Veloso e Pb. Francisco Lamônica Crespo.
Avivamento espiritual na IPI
No final da decada de 60, pastores e membros da IPI, assim como na IPB,
começaram a buscar avivamento para suas igrejas. Os primeiros grandes
despertamentos ocorreram nas igrejas do estado de São Paulo, Paraná, Minas e
Pernambuco. O Norte do Paraná começou a ser alcançado por este derramar
do Espírito quando se realizou um Encontro de Avivamento, em Maringá, numa
tenda armada ao lado da 1ª IPI e principalmente na reunião do Sínodo
Meridional, realizada em Londrina-PR, em 1968, quando muitos pastores
tiveram uma experiência carismática, inclusive o pastor Ner de Moura e o
pastor Palmiro Francisco de Andrade, este mais tarde um dos líderes da IPRB.
Em 1969, o Supremo Concílio abre a IPI para o avivamento, orientando e
pedindo moderação. O movimento toma impulso. Desta data até o próximo
Concílio, que se realizaria em 1972, configurou-se um nítido quadro; de um
lado crentes abertos à renovação, alguns já cheios do Espírito Santo, pregando
cura divina, os dons espirituais para os dias atuais, a santificação das vidas,
irmãos e irmãs com dons de profecia, cultos movimentados, mocidade
formando conjuntos e cantando com liberdade, havendo como resultado
muitas conversões, alegria, mudança de vida e crescimento espiritual. Do outro
lado, a resistência a essa situação inovadora no meio presbiteriano, a que
chamavam de ”fanatismo”, ”pentecostalismo”,etc. Pela imprensa oficial da
igreja, o grupo pentecostal vinha sendo hostilizado sem oportunidade de
defesa.
Finalmente chega a época do Supremo Concílio; janeiro de 1972. Havia
esperança de que uma posição conciliadora fosse alcançada. Mas, reunido em
Brasilia, contrariamente às expectativas, um documento foi aprovado
extirpando da igreja o avivamento. Os pastores avivados presentes sentiram
que um debate seria inútil àquela altura. O Concílio proibiu a continuidade do
movimento de renovação em seus limites. Estava aberta a porta de exclusão
dos grupos avivados, que seria executada pelos presbitérios.
Um ”tempo difícil”para os avivados seguiu-se ao Concílio de 1972, na
definição do Pr. Abel Amaral de Camargo. ”Os que não entenderam, não
aceitaram ou não entraram nesta entusiástica arrancada de fé, posicionaram-
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se contrariamente a ela. Movimentaram-se as lideranças. Ativaram-se os
presbitérios. E muitos foram punidos, excluidos ou renunciaram a jurisdição”.
Sem voz, e tendo seus processos arquivados, um a um, os grupos avivados,
diáconos, presbíteros e pastores foram submetidos a julgamento pelos
presbitérios. Eram pessoas religiosas e companheiros de valor. Por
solidariedade à estes, realizou-se em Arapongas-PR, a reunião de 21 de abril
de 1972, que encaminhou documento ao presidente da IPI, tentando
sensibiliza-lo quanto à situação de constrangimento a que estavam sendo
submetidos pastores e presbíteros, ao mesmo tempo reafirmando a posição
dos avivados de não acatar as decisões do Supremo Concílio que limitavam a
liberdade na igreja. Mas a reunião não surtiu os efeitos esperados, antes
provocou novos processos e exclusões.
Nasce a Igreja Presbiteriana Independente Renovada
O povo foi se colocando solidariamente ao lado de seus presbíteros e
pastores, muitos deles abatidos e entristecidos com o desfecho que esse
processo provocou, pois buscavam o avivamento sem pensar em criar uma
denominação. Mas, de repente, viram-se sem direitos, sem rebanho. Após 78
dias, contando-se a partir da ”Reunião de Arapongas”, numa convenção
realizada em Assis-SP, em 1972, com a presença de 11 ministros e 40
presbíteros, foi organizada a IPIR ( Igreja Presbiteriana Independente Renovada
). O Pr. Palmiro Francisco de Andrade foi eleito o presidente; o Aleluia
declarado seu órgão oficial; o hino ”Obra Santa”também oficial e a sede fixada
em Arapongas-PR. Outros pastores e grupos avivados se filiariam mais tarde e
a obra foi crescendo.
A união; nasce a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil
O Pr. Jonathan acompanhava atentamente a evolução dos acontecimentos
na IPI e orientou os que foram sendo desligados dessa igreja a que não
formassem uma nova denominação mas que se unissem à ICP. Isto
entretanto,não aconteceu, e a IPIR foi organizada em julho de 1972. Mas as
duas igrejas continuaram a manter estreitos laços à nível de liderança,
procurando com interesse uma união futura, pois tinham muita coisa em
comum.
Depois de vários encontros, à nível de diretoria, em 1974, na cidade de
Assis-SP, houve uma importante reunião entre a liderança da IPIR e ICP para
discutir a viabilidade da união. Doze pontos favoraveis foram listados,
destacando-se, entre eles, a identidade de convicções doutrinárias.
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Acertadas as ultimas providências e decidiu-se a favor da união. No mesmo
ano, julho de 1974, em Arapongas-PR, numa calorosa alocução, o Pr. Abel
Amaral de Camargo, presidente da IPRI, após nova reunião com os dois grupos,
comunicou oficialmente a cerca de mil pessoas que particpavam de um
Encontro de Avivamento que “a igreja estava unida”. Houve um regozijo geral
e o povo cantou “Obra Santa”.
Uma Assembléia Geral extraordinária, realizada em Maringá, oficializou a
união das duas igrejas em 10 de janeiro de 1975. A primeira diretoria da IPRB
ficou assim constituida: Pr. Abel Amaral de Camargo ( presidente ), Pr. Celsino
Marques de Azevedo ( vice-presidente ), Dr. Jamil Josepetti ( secretário
executivo ), Prof. Joel Ribeiro de Camargo ( 1ºsecretário ), Pr. Jonathan Ferreira
dos Santos ( 2ºsecretário ) e Ir. José F. Pedrosa ( tesoureiro ).
A IPRB nasceu com 84 igrejas, 94 congregações, 59 pastores, 89
evangelistas, 257 presbíteros, 278 diáconos, 8 presbitérios, 7 campos
missionários, 8.335 membros, 12.497 alunos na Escola Bíblica Dominical, 97
templos e salões, 26 casas pastorais, 34 terrenos e 60 alunos no Instituto
Bíblico de Cianorte.
O desenvolvimento da IPRB
Após a união, a IPRB dedicou-se ardentemente à proclamação da Palavra.
Atenta aos problemas espirituais que envolvem o homem urbano, as crises
familiares, a pressão das drogas e vícios em geral sobre os jovens, o
espiritismo ritualístico e o ocultismo, a igreja encontrou espaço para trabalhar;
solidificou-se na fé e cresceu em todos os sentidos. Seus cultos deram lugar a
uma liturgia participativa. A alegria, a liberdade e o sentimento de comunhão
com o Espírito Santo de Deus eram demonstrados pelo comparecimento
constante aos cultos, às reuniões de oração, aos encontros de estudos bíblicos
e na atividade evangelística.
Sentindo a necessidade de criar um órgão que se encarregasse de
superintender toda atividade missionária no Brasil e no exterior, a igreja
ampliou, para nível nacional, a MISPA ( Missão Priscila e Áquila ), criada em
1976 pelo presbitério de Governador Valadares. Seu primeiro presidente foi o
Pr. Altair Batista Linhares. A MISPA tem sua sede em Assis-SP.
Grandes são os benefícios que esta agência vem prestando à denominação,
notadamente nas regiões carentes do Norte-Nordeste, interior do Mato Grosso
e de São Paulo, havendo inúmeras igrejas e três presbitérios formados como
resultado do seu trabalho. Em 1986 foi enviado para Portugal o Pr. Leopoldo
Pereira da Mota, que abriu o trabalho de Almada. Em 1989 este trabalho se
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tornou independente. A partir de então outros campos no exterior começaram
a ser abertos. Seu atual presidente é o Pr. Daniel Silveira.
Em 1987 foi criada a Gráfica Aleluia Ltda, para cumprir a função da até
então Junta de Publicações, criada para superintender toda produção literária
da igreja. Esta, atualmente, funciona em prédio próprio, inaugurado em 1993.
A IPRB possui dois seminários; um em Cianorte-PR e outro em Anápolis-GO.
A estatística de fevereiro de 2006 da IPRB aponta; 358 igrejas, 631
congregações, 442 grupos familiares, 638 pontos de pregação, 10 programas
de TV, 106 programas de rádio, 98.395 membros, 52.825 alunos da Escola
Bíblica Dominical, 41 presbitérios, 20 campos missionários no Brasil, 16
campos missionários no exterior, 463 pastores, 178 pastores auxiliares, 1718
presbíteros, 2073 diáconos, 60 missionárias, 842 templos, 321 casas pastorais,
244 terrenos vagos e 425 imóveis alugados. A atual diretoria executiva da IPRB
está assim constituida: Pr. Advanir Alves Ferreira ( presidente ), Pr. Roberto
Bráz do Nacimento ( vice-presidente ), Pr. José Maurício Pereira ( secretário
executivo ), Pr. Altair do Carmo Mateus Nunes ( 1ºsecretário ), Pr. Marcos
Pereira de Andrade ( 2ºsecretário ), Pr. José Fernandes Pedrosa ( 1ºtesoureiro )
e Pr. Elzi Gomes Fialho ( 2ºtesoureiro ).
Estes dados pretendem trazer a memória da igreja e ao conhecimento dos
novos membros e líderes, as razões que moveram seus pioneiros, desde o
movimento da Reforma Protestante até o movimento de renovação espiritual
destes ultimos dias, seus passos, progressos, revezes e tudo o que foi
conquistado a favor do Reino de Deus nestes séculos. A Igreja Presbiteriana
tem uma grande história,tradição, grandes líderes e um sólido fundamento
teológico. Acrescido a tudo isto desfrutamos hoje da renovação espiritual e da
plenitude do Espírito Santo de Deus constatada pela atuação viva dos dons
espirituais. Esta igreja não está sozinha mas se insere no grande movimento
pentecostal das ultimas decadas em nosso país e em todo mundo.
Yasumura, Luís Kendji G.- Manual de Discipulado IPRJ de Anjo-2006.
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