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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
PI nº 123316/2014 Página 1 de 34
Relatório de Estudo Técnico Gabinete da Secretaria de Planejamento Urbano
SUMÁRIO Páginas
1. Apresentação 3
2. Objeto 3
3. Caracterização da área nos termos da Carta Geotécnica de São José dos
Campos (1.996) 3 e 4
4. Caracterização socioeconômica da região Oeste 4 e 5
5. Aspectos demográficos 5 a 7
5.1. Setor socioeconômico 17 – Jardim das Indústrias;
5.2. Setor socioeconômico 18 – Urbanova;
5.3. Setor socioeconômico 19 – Jardim Aquárius;
6. Quadro resumo do crescimento populacional e de número domicílio na região Oeste 7
7. Densidade populacional Bruta 7 a 9
7.1. Tabela 1 - Região Oeste Densidade Bruta por Subsetor
8. Verticalização 10 e 11
8.1. Tabela 2 - Distribuição dos Edifícios de Três Pavimentos e Mais.
Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN – 2013;
8.2. Tabela 3 - Distribuição dos Edifícios de Três Pavimentos e Mais na região Oeste.
Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN – 2013;
8.3. Gráfico - Evolução da Ocupação Vertical na Região Oeste;
8.4. Tabela 4 - Medidas de tendência central quanto ao número de pavimentos/região Oeste.
Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN – 2013
9. Mobilidade Urbana 12 a 14
9.1. Tabela 5 - Viagens com origem na região Oeste.
Fonte: Pesquisa OD em São José dos Campos – 2011;
9.2 Tabela 6 - Viagens com destino à região Oeste.
Fonte: Pesquisa OD em São José dos Campos – 2011;
9.3 Tabela 7 - Distribuição modal das viagens originadas na região Oeste e conjunto da cidade.
Fonte: Pesquisa OD em São José dos Campos – 2011
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10. Cronologia da área em termos das leis de uso e ocupação do solo 14 a 16
11. Considerações sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado 16 a 18
(LC 306/06 de 19/11/06)
12. Considerações sobre a classificação atual do zoneamento da gleba 19 e 20
(Zona de Urbanização Controlada Um – ZUC1)
13. Considerações sobre a classificação de zoneamento sugerida para a gleba 20 a 22
(Zona de Qualificação – ZQA)
14. Considerações socioeconômicas relativas à alteração proposta 22 e 23
15. Conclusões Finais 23 a 25
ANEXOS: 26 a 34
Anexo I – Identificação da Gleba
Anexo II – Carta Geotécnica (1996) – Mapeamento
Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 01 a 06)
Anexo IV – Linhas, Itinerários de ônibus e Alternativo
Anexo V – Seção Transversal de Via Expressa: 56,00 m
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1. Apresentação
O presente estudo tem como objetivo embasar e fundamentar a proposta de alteração do
zoneamento da gleba objeto do projeto de lei.
2. Objeto
A gleba objeto desse relatório situa-se à Avenida Cassiano Ricardo, com área de terreno
de 588.919,00 m² (quinhentos e oitenta e oito mil, novecentos e dezenove metros quadrados), melhor
caracterizada pela Inscrição Imobiliária n° 99.0099.0072.0000 e pela Matrícula n° 58.000 do Cartório
de Registro de Imóveis de São José dos Campos.
Situa-se na região Oeste da cidade, no Setor Socioeconômico 17, entre a Avenida
Cassiano Ricardo e Avenida Professor Alfredo Fernandes de Almeida (Via Oeste), delimitada ao Norte
pelo loteamento Jardim Colinas e a Nordeste pelo loteamento Residencial Sunset Park. Ao Sul, limita-
se com o loteamento Jardim Alvorada. Para além da Via Oeste, esta área tem no horizonte a várzea do
Banhado em sua porção ocidental. Ao leste, tem por divisa a Avenida Cassiano Ricardo.
Esta gleba está melhor caracterizada no anexo I, parte integrante desse relatório.
3. Caracterização da área nos termos da Carta Geotécnica de São José dos Campos (1996)
A gleba em questão possui 3 (três) unidades geotécnicas distintas, a saber:
A – a maior porção da gleba (cerca de 70% - setenta por cento) encontra-se na unidade denominada
“colinas e morrotes em sedimentos arenosos”;
B – a porção média da gleba (cerca de 21% - vinte e um por cento) encontra-se na unidade
denominada “colinas e morrotes em sedimentos argilosos” (argila arenosa);
C – a menor porção da gleba (cerca de 9% - nove por cento) encontra-se na unidade denominada
“terraços” (sedimentares).
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Detalhes de cada uma dessas 3 (três) unidades geotécnicas encontram-se nos anexos II e
III, parte integrante deste documento.
Com base na classificação dessas 3 (três) porções, pode-se inferir que uma vez tomadas
as devidas medidas de controle para a ocupação urbana, evitando ações que resultem em erosão dos
solos e aporte de efluentes urbano-industriais diversos para áreas mais rebaixadas, todas estas unidades
geológicas não só permitem, como já possuem trechos significativos da ocupação urbana existente no
município.
4. Caracterização socioeconômica da região Oeste
Com a segunda maior renda domiciliar e a maior média de valor pago em aluguéis, a
região Oeste apresenta-se como um dos principais focos de desenvolvimento socioeconômico na
cidade. Possui a segunda mais alta renda domiciliar média da cidade, porém apresenta também elevado
coeficiente de Gini (0,51), o que indica forte desigualdade na distribuição.
Seus domicílios distribuem-se entre casas (cerca de 50%), casas de condomínio (10%) e
apartamentos (40%). Em números absolutos (± 1.250) e na proporção, é o local por excelência dos
condomínios na cidade. Não é desprezível também o número de domicílios em apartamentos.
As distribuições quanto à situação do imóvel – quitado, financiado ou alugado, entre
outras – são muito próximas quando consideramos a região Oeste e a cidade. O número de imóveis
cedidos é proporcionalmente baixo (cerca de 3%).
O padrão é de imóveis concluídos e bem estruturados: 96,34% dos domicílios tem
parede de alvenaria com revestimento; quase a totalidade dos domicílios conta com água pela rede de
distribuição (99,17%) e esgotamento pela rede geral (98,04%). A média do número de cômodos por
domicílio é também a mais alta da cidade (8,31), reflexo da existência de imóveis de alto padrão (isto
é, com muitos cômodos) nos condomínios de padrão elevado.
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As taxas de ocupação econômica são altas, e registra-se um percentual notável de
empregadores e trabalhadores por conta própria (juntos, somam aproximadamente um quarto da PEA).
Uma parcela considerável da população possui curso superior (37%), sendo que
aproximadamente um quarto dos diplomados declarou ter feito curso nas áreas de Engenharia,
Produção e Construção.
5. Aspectos demográficos
Com uma população de 41.163 habitantes, esta é a região da cidade que registrou a
maior taxa de crescimento populacional (4,99%) no período entre 2000 e 2010, conforme indicam os
dados dos últimos dois levantamentos censitários realizados pelo IBGE. O número de domicílios
ocupados quase dobrou, passando de 7.143 para 13.490.
A região Oeste ocupa 44,01 km² da área urbana e é formada por quatro setores
socioeconômicos. A evolução recente da ocupação desses setores está descrita a seguir.
5.1. Setor socioeconômico 17 – Jardim das Indústrias
(Inclui os bairros/loteamentos: Jardim das Indústrias, Jardim Alvorada, Jardim Por do Sol e
Limoeiro que formam os quatro subsetores do setor 17).
Embora todos os subsetores do setor Jardim das Indústrias tenham apresentado taxa de
crescimento positiva, o crescimento populacional foi ligeiramente abaixo da média da cidade (1,39%).
A área do Jardim Alvorada (17.2) foi o subsetor que mais cresceu (2,27%), passando de 1.750 para
2.190 pessoas.
No setor 17.1, que corresponde ao loteamento Jardim das Indústrias, a população
registrada em 2010 atingiu 13.561 pessoas, com taxa de crescimento de 1,33%.
Crescendo menos de 1%, compõe ainda este setor a área que engloba parte do bairro do Limoeiro e
Jardim Por do Sol (17.3).
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Lindeiro ao setor socioeconômico 17 está o setor 17A, que corresponde à APA do
Limoeiro, com taxa negativa (-3,28%) de crescimento.
5.2. Setor socioeconômico 18 – Urbanova
(Inclui os bairros/loteamentos: Urbanova, Jaguariúna e Beira Rio)
Este setor socioeconômico contém apenas um subsetor, englobando todo o Urbanova
onde foi registrado um crescimento bastante expressivo (10,03%) – o maior da região – entre os dois
censos. Oito novos setores censitários foram criados pelo IBGE nesta área onde a população passou de
2.717 para 7.069 pessoas, havendo praticamente triplicado o número de domicílios.
5.3. Setor socioeconômico 19 – Jardim Aquárius
(Inclui os bairros/loteamento: Jardim Colinas, Jardim Aquárius, Bosque Imperial, Residencial
Sunset Park, Parque Residencial Aquárius, Jardim Altos do Esplanada, Jardim Cassiano Ricardo e
Royal Park que formam os quatro subsetores do setor 19)
Este setor, que contava com 6.041 pessoas residentes e 1.747 domicílios ocupados em
2000, saltou para 15.552 pessoas e 5.464 domicílios em 2010, registrando uma taxa de crescimento
populacional de 9,92%.
Os quatro subsetores que compõem o setor socioeconômico do Jardim Aquarius
indicaram taxas positivas de crescimento, com destaque para os subsetores 19.3 e 19.4.
No subsetor 19.3, onde se localiza o Residencial Sunset Park, loteamento implantado no
final dos anos noventa e consolidado ao longo da última década, a taxa atingiu 11.8%. Os domicílios
ocupados ali aumentaram de 61 para 167 entre os dois censos.
Ainda mais expressiva foi a taxa de crescimento apresentada pelo subsetor 19.4
(18,67%), área dos loteamentos Parque Residencial Aquarius, Jardim Altos do Esplanada e Jardim
Cassiano Ricardo, onde ocorreu intenso processo de verticalização no período em análise.
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Neste subsetor, a população elevou-se de 1.960 para 10.852 pessoas e o número de
domicílios ocupados de 655 para 3.997.
No subsetor 19.2, onde se situam o Jardim Aquárius e o Bosque Imperial, verificou-se
uma taxa de crescimento abaixo da média da cidade (1,13%) com um acréscimo de 141 domicílios
ocupados.
Com taxa de crescimento de apenas 0,22%, o subsetor correspondente ao Jardim Colinas
(19.1) elevou de 436 para 577 o número de domicílios ocupados entre 2000 e 2010.
6. Quadro resumo do crescimento populacional e de número domicílio na região Oeste
População Domicílios
2000 2010
Taxa Crescimento
ao ano 2000 2010
Região Oeste 25.294 41.163 4,99 7.143 13.490
Setores 17 15.517 17.812 1,39 4.385 5.652
17A 1.019 730 -3,28 254 213
18 2.717 7.069 10,03 757 2.161
19 6.041 15.552 9,92 1.747 5.464
Subsetores 17.1 11.882 13.561 1,33 3.387 4.360
17.2 1.750 2.190 2,27 515 718
17.3 1.885 2.061 0,90 483 574
17A.1 1.019 730 -3,28 254 213
18.1 2.717 7.069 10,03 757 2.161
19.1 2.413 2.466 0,22 595 723
19.2 1.478 1.654 1,13 436 577
19.3 190 580 11,81 61 167
19.4 1.960 10.852 18,67 655 3.997
Fonte: IBGE/Censo demográfico 2010
7. Densidade Populacional Bruta
Com uma densidade média de 57,3 habitantes por hectare, a população joseense se
distribui de forma bastante irregular pelo território. O eixo centro-sul concentra um número maior de
áreas de ocupação contínua com densidades mais elevadas, como podemos visualizar no Mapa de
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Densidades. A região Oeste como um todo, entretanto, em função de suas áreas onde há
predominância de ocupação horizontal, ainda apresenta baixas densidades.
A Tabela 1 apresenta as densidades registradas nos setores da região Oeste segundo
dados do último Censo Demográfico (2010). A distribuição das densidades sobre a área urbana do
município pode ser observada no Mapa de Densidades.
Tabela 1: Região Oeste – Densidade por Subsetor
Subsetor Região População Domicílios Bairros
Densidade
(hab/ha)
17.2 Oeste 2.190 718 Jardim Alvorada 87,6
19.4 Oeste 10.852 3.997
Parque Residencial Aquarius; Jardim
Altos do Esplanada; Jardim Cassiano
Ricardo; Royal Park
52,7*
17.1 Oeste 13.561 4.360 Jardim das Indústrias 43,2
19.2 Oeste 1.654 577 Jardim Aquarius; Bosque Imperial 33,8
19.1 Oeste 2.466 723 Jardim Colinas 26,5
17.3 Oeste 2.061 574 Jardim Por do Sol; Bairro do Limoeiro
(parte) 11,3
19.3 Oeste 580 167 Residencial Sunset Park 7,7
18.1 Oeste 7.069 2.161 Urbanova; Bairro Jaguariúna; Beira
Rio 4,1
17A.1 Oeste 730 213 Bairro do Limoeiro (parte) 0,4
Fonte: IBGE/Censo demográfico 2010, com cálculos elaborados pelo IPPLAN e SPU.
* Deve-se destacar, no entanto, que o Parque Residencial Aquarius não aparece entre os mais
adensados em função dos seus loteamentos horizontais. Considerada apenas a área verticalizada, o
loteamento apresenta densidade de 194,26 habitantes por hectare, bem inferior ao que estabelece a
Organização das Nações Unidas que é de 450 habitantes por hectares.
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Mapa de Densidades
Fonte: IBGE/Censo demográfico 2010, com cálculos elaborados pelo IPPLAN e SPU.
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8. Verticalização
A região Oeste conta com 185 edifícios de três pavimentos ou mais, contribuindo com
cerca de 16% do total de edifícios existentes na cidade, como indica a Tabela 2.
Tabela 2: Distribuição dos edifícios de três pavimentos e mais
Região Quantidade de
edifícios
Participação
Oeste 185 16,3%
Centro 507 44,7%
Sul 311 27,4%
Leste 71 6,3%
Sudeste 19 1,7%
Norte 40 3,5%
Total geral 1.133 100% Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN - 2013
Considerando-se os setores socioeconômicos que compõem a região, conforme Tabela
3, verificamos a grande concentração da ocupação vertical no setor 19, com 101 edifícios, ou quase
55% do total da região.
Tabela 3: Distribuição dos edifícios de três pavimentos e mais na região Oeste
Setor
socioeconômico
Quantidade de edifícios
17 69
18 15
19 101
Total geral 185 Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN - 2013
A ocupação vertical nesta região da cidade iniciou-se na década de 1980, concentrada
no setor socioeconômico 17 (Jardim das Indústrias e Alvorada). No setor 19 (Aquarius), os edifícios
passaram a ser produzidos de forma mais intensa nos anos 2000. Já no setor 18 (Urbanova), a
ocupação vertical é bem mais recente. O gráfico a seguir apresenta o processo de produção de edifícios
nos três setores da região Oeste.
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Gráfico: Evolução da Ocupação Vertical na Região Oeste
Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN - 2013
Conforme tabela 4, é característica desta região da cidade uma verticalização mais
elevada, com medidas de tendência estatísticas relativas ao número de pavimentos apresentando
valores superiores ao restante da cidade. Enquanto o número médio de pavimentos no conjunto da
cidade é 8,98, na região Oeste a média atinge 12,16.
Tabela 4: Medidas de tendência central quanto ao número de pavimentos/região Oeste
Número de
pavimentos
CIDADE REGIÃO OESTE
Média 8,98 12,16
Mediana 7,00 13
Moda 4,0 4,0 Fonte: A Verticalização em São José dos Campos. SPU/IPPLAN - 2013
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9. Mobilidade Urbana
A região do Aquarius é atualmente atendida com 12 (doze) linhas de ônibus e 1 (uma) linha
de alternativo (vide anexo IV).
Segundo dados da Pesquisa Origem e Destino, realizada em 2011, a região Oeste gera
134.764 viagens diárias, sendo 34,5% direcionadas à mesma região. Assim como ocorre nas outras
regiões, o Centro é a segunda região de destino das viagens que partem da Oeste, como vemos na
Tabela 5.
Tabela 5: Viagens com origem na região Oeste
Região de Destino Viagens Participação
Oeste 46.449 34,47%
Centro 31.330 23,25%
Sul 28.905 21,45%
Leste 14.340 10,64%
Sudeste 7.064 5,24%
Norte 3.738 2,77%
Externa 2.660 1,97%
Extremo Norte
279
0,21%
Total geral 134.764 100% Fonte: Pesquisa OD em São José dos Campos – 2011
Por outro lado, a região Oeste recebe 131.423 viagens, sendo que 65% têm origens externas à
região. Observamos, através da Tabela 6, que as regiões Centro e Sul concorrem com os maiores
volumes de trocas nos deslocamentos que incluem a Oeste.
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Tabela 6: Viagens com destino à região Oeste
Região de Origem Viagens Participação
Oeste 46.449 35,34%
Centro 32.708 24,89%
Sul 26.421 20,10%
Leste 12.252 9,32%
Sudeste 7.046 5,36%
Norte 3.754 2,86%
Externa 2.575 1,96%
Extremo Norte 219 0,17%
Total geral 131.423 100%
Fonte: Pesquisa OD em São José dos Campos – 2011
Nas viagens geradas na região Oeste, os modos não motorizados exibem os menores
percentuais de participação entre todas as regiões da cidade: em torno de 12% apenas. Por automóvel
são realizados cerca de 65% dos deslocamentos gerados. Qualquer que seja o motivo da viagem, o
modo “automóvel” é amplamente utilizado para os trajetos que saem da região, inclusive quando
consideramos apenas as viagens internas.
Com uma participação também reduzida quando comparada à média da cidade, o
“transporte de passageiros” aparece como segundo modo, realizando 21,4% dos trajetos. A
distribuição modal da região, comparada ao padrão geral da cidade pode ser observada através da
Tabela 7.
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Tabela 7 - Distribuição modal das viagens originadas na região Oeste e conjunto da cidade
Modo de Transporte Na cidade Na região Oeste
Automóvel 44,16% 65,27%
Transporte de
Passageiros
27,06% 21,40%
A pé 23,38% 10,45%
Motocicleta 2,38% 1,38%
Bicicleta 2,58% 1,23%
Outros 0,44% 0,26%
Total geral 100% 100%
Fonte: Pesquisa OD em São José dos Campos – 2011
10. Cronologia da área em termos das leis de uso e ocupação do solo
A gleba passou a ser incluída na Zona Urbana do município no ano de 1967, através da
lei no 1.359 de 26/05/67.
Em 1971 através da lei no 1.606 de 13/09/71, foi classificada como Zona Industrial (ZI),
que tinha a seguinte definição: “constituída por diversos setores administrativos (bairros)
descontínuos; nela será permitida a edificação de depósitos, silos, armazéns, indústrias de qualquer
tipo, garagens coletivas, oficinas, beneficiamento de produtos agrícolas, abastecimento de combustível
e serviços automobilísticos”.
Na ZI também era permitida a construção de edifícios administrativos, garagens
coletivas, comércio atacadista, bares e restaurantes, ambulatórios, farmácias e supermercados.
Em 1980, com o advento da lei no 2.263/80 de 04/01/80, essa gleba veio a ser
classificada como Zona Residencial Dois (ZR2), destinada ao uso predominantemente residencial
(horizontal e vertical) de densidade baixa/média. Eram também admitidos os usos comerciais, de
serviços e institucionais.
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Com o advento da lei no 3.721/90 em 25/01/90, essa gleba veio a ser classificada como
Zona de Vazio Urbano (ZVU), que tinha a seguinte definição: “Zona de uso compreendida por glebas
de médio e grande porte, não ocupadas, constituindo vazios no perímetro urbano, necessitando de
planejamento específico para sua ocupação”.
O aproveitamento, uso e ocupação das glebas situadas em ZVU deveria ser determinado
em Plano Diretor de Ocupação Específica. Caberia ao proprietário da gleba, por ocasião da
apresentação do anteprojeto de loteamento, encaminhar proposta desse Plano.
Assim o fazendo, posteriormente caberia ao Executivo Municipal, por decreto, aprovar
o Plano Diretor de Ocupação Específica, a ser revisto e elaborado pela Secretaria de Planejamento
Urbano, que criaria setores especiais de uso e ocupação, após a aprovação e registro do loteamento.
Já em 1997, com o advento da Lei Complementar no 165/97 de 15/12/1997, essa gleba
foi classificada como Zona Mista Dois (ZM2). Considerava-se ZM2, as áreas dotadas de infraestrutura,
com tendência à intensificação da urbanização na qual se permitia maior adensamento, para melhor e
maior otimização da infraestrutura existente e ocupação dos terrenos ociosos, admitindo-se o uso
residencial, o uso compatível com o uso residencial, uso sujeito a controle e uso industrial compatível
com o uso residencial. Admitia-se, portanto o uso residencial (horizontal e vertical), comércio,
serviços e uso industrial de baixo impacto.
No ano de 2008, na vigência da Lei Complementar 165/97, alterou-se a classificação da
gleba para Zona Mista Cinco (ZM5), segundo a Lei Complementar no 363/08 de 10/06/2008. Na ZM5
passou-se a admitir apenas o uso residencial unifamiliar e usos comerciais de baixo impacto
urbanístico. A definição de ZM5 dizia tratar-se de áreas com limitada capacidade de infraestrutura,
podendo apresentar tendências à saturação do sistema viário local, nas quais é necessário o controle de
adensamento, mediante taxa de ocupação e do coeficiente de aproveitamento adequados, bem como a
limitação do gabarito de altura máxima permitida.
Em 2010, com o advento da Lei Complementar 428/10 de 09/08/10, essa gleba veio a
ser classificada como Zona de Urbanização Controlada Um (ZUC1), que tem a seguinte definição:
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“constitui-se de áreas com ocupação predominantemente residencial e comércio de âmbito local, ou
glebas vazias, ambas com tendência à saturação do sistema viário, sendo necessário o controle do
adensamento, bem como a limitação do gabarito de altura, permitindo os usos residencial unifamiliar e
multifamiliar horizontal, admitidos os usos comercial, de serviço e institucional com nível de
interferência urbano-ambiental desprezível”.
Pelo histórico apresentado podemos verificar quer a Lei Complementar 363/08,
diferentemente de suas antecessoras, traz em seu texto que a gleba em questão, possuía “limitada
capacidade de infraestrutura”. Ora, além de contrariar as antecessoras, a referida lei desprezou todos os
investimentos públicos e privados feitos nessa região desde a década de 1970.
Essa mesma postura repetiu-se na atual lei de zoneamento em vigor, a Lei
Complementar 428/10, uma vez que ao classificá-la como ZUC1, adotou parâmetros de uso e
ocupação do solo restritivos, o que não reflete a sua verdadeira vocação em termos do
desenvolvimento social e econômico desejado para a cidade.
A classificação como ZUC1, deve ser entendida como uma medida que apenas e tão
somente visava “congelar” essa área, pois toda a infraestrutura à sua volta, e aquela que virá, lhe
confere uma aptidão e uma vocação de aproveitamento mais intenso, que deverá ser controlado e
adequado. Essa vocação é importante na medida em que se deseja uma cidade mais compacta e
portanto menos espraiada, mas sobretudo com qualidade de vida, onde a terra cumpra a sua função
social e econômica.
11. Considerações sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (Lei Complementar
306/06 de 19/11/06)
Transcrevemos a seguir parte do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, relativo ao
sistema viário:
“Subseção IV - Do Sistema Viário
Art. 60. São diretrizes gerais da política do Sistema Viário:
I - propiciar o melhor deslocamento de veículos, bicicletas e pedestres, atendendo as necessidades da
população, do sistema de transporte coletivo, individual e de bens;
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II - modernizar o sistema de controle de tráfego, de redução de acidentes e de informação nas vias de
circulação do Município;
III - definir e adequar a estrutura do pavimento viário de acordo com a hierarquização das vias; e,
IV - estimular a adoção de redes elétricas e de telefonia subterrâneas para reduzir a intrusão visual e
os problemas de interferências com a arborização urbana.
Art. 61. Com o objetivo de promover a integração regional e melhor mobilidade no Município, fica
definido o Sistema Estrutural do Município, por meio da identificação das vias estruturais existentes e
projetadas, constante do Mapa 04 - Macroestrutura Viária / Hierarquia das Vias.
Parágrafo único. É parte integrante do Mapa da Macroestrutura Viária a hierarquia das funções das
vias estruturais existentes e projetadas.
Art. 62. O sistema viário do Município deve atender a seguinte hierarquização viária:
I - Via Expressa é a via de circulação caracterizada por acessos especiais com trânsito livre sem
intersecções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes e sem travessia de pedestres em nível. É
prioritária ao transporte individual e de carga;
II - Via Arterial é a via de percurso longo de ligação Inter-regiões, com intersecções em nível. Acesso
direto aos lotes, com prioridade ao transporte coletivo.
III - Via Coletora é a via que permite a ligação interbairros, recebendo e distribuindo o tráfego entre
as vias locais e arteriais. Intersecções em nível, acesso direto aos lotes e com possibilidade de faixa
exclusiva para estacionamento paralelo a via.
IV - Via Local é a via destinada a promover a distribuição do tráfego local do bairro, apresentando
baixa fluidez de tráfego, com acesso direto aos lotes”.
Cabe ressaltar que todo e qualquer parcelamento de solo nessa gleba deverá respeitar as
diretrizes constantes do mesmo, onde a partir do loteamento deverão ser viabilizadas as vias previstas
em parte do Mapa 4 do PDDI - Macroestrutura Viária, o que permitirá a ligação da Av. Cassiano
Ricardo à Avenida Professor Alfredo Fernandes de Almeida (Via Oeste), através de três novas vias.
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A Via Oeste foi projetada como Via expressa, vide Anexo V, com
largura final de 56,00m, e atualmente, encontra-se executada com a metade da largura da Via.
Com relação à Av. Cassiano Ricardo, classificada como Via Coletora com largura final de 28,00m,
atualmente a mesma tem variações de largura entre 20m e 25m, e por ocasião de novos
empreendimentos na gleba, haverá necessidade de adequações viárias em ambas, promovendo a
ampliação das mesmas, bem como redimensionamento de rotatórias para acessos e retornos.
Com a viabilização e implantação dessas três novas vias haverá significativa
melhora no trânsito nessa região, beneficiando direta e indiretamente pouco mais de 40.000 (quarenta
mil) habitantes, quer circulam em suas imediações.
Fonte: Reprodução parcial do Mapa 4 do PDDI/2006 (LC 306/06)
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12. Considerações sobre a classificação atual do zoneamento da gleba (Zona de Urbanização
Controlada Um – ZUC1)
De acordo com o artigo 127, inciso IV da LC 428/10, a gleba situa-se em Zona de
Urbanização Controlada Um - ZUC1 que se constitui de áreas com ocupação predominantemente
residencial e comércio de âmbito local, ou glebas vazias, ambas com tendência à saturação do sistema
viário, sendo necessário o controle do adensamento, bem como a limitação do gabarito de
altura,permitindo os usos residencial unifamiliar (R1) e multifamiliar horizontal (RH1), admitidos os
usos comercial, de serviço e institucional com nível de interferência urbano-ambiental desprezível
(CS).
Entretanto considerando o porte e localização estratégica da referida área, os
parâmetros extremamente restritivos de uso e ocupação do solo da ZUC1, como o gabarito de altura
máximo de 8,70m e os usos admitidos na referida zona de uso como o R1 (residencial unifamiliar);
RH1 (residencial multifamiliar com até 50 unidades habitacionais (UH); este último, de forma isolada,
não permitido na referida área (devido a exigência de área máxima de terreno de 30.000 m² (trinta mil
metros quadrados) para a implantação da categoria RH) e o uso comercial, de serviço e institucional
com nível de interferência desprezível (CS); torna a ocupação da área inviabilizada; com restrições ao
desmembramento da área considerando as disposições do artigo 101 da LC 428/10, alterado pelo
artigo 14 da LC 498/13, onde a ocupação somente é permitida através do parcelamento do solo de
áreas superiores a 100.000,00m² (cem mil metros quadrados), desde que seja feito sob a forma de
loteamento, admitido o desmembramento de glebas com área igual ou superior a 200.000,00m²
(duzentos mil metros quadrados), desde que os lotes resultantes deste desmembramento tenham área
igual ou superior a 100.000,00m² (cem mil metros quadrados).
Ressalta-se que a abertura de novas vias caracteriza-se com a exigência de implantar
o loteamento da área, em questão.
A LC 165/97 enquadrava a área na zona de uso ZM 2, com coeficiente de
aproveitamento igual a 3,00, taxa de ocupação igual a 0,65; admitindo os prédios comerciais e
residenciais.
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A LC 363/08, alterou o zoneamento para ZM 5, com coeficiente de aproveitamento
igual a 1,30, taxa de ocupação igual a 0,65; admitindo somente o uso residencial unifamiliar e o
comércio de âmbito local. Ressalta-se que nessa época não estava implantada a Via Oeste, lindeira a
área. A execução da referida Via, posterior a 2.008, dota a área, em questão, de nova possibilidade de
ocupação, uma vez que melhora de forma significativa, os acessos viários para a implantação dos
futuros empreendimentos que vierem a se instalar.
13. Considerações sobre a classificação de zoneamento sugerida para a gleba (Zona de
Qualificação – ZQA)
Segundo a LC 428/10, foram classificadas como ZQA, as glebas e/ou terrenos sem
infraestrutura que, devido a sua localização estratégica para o crescimento urbano e o desenvolvimento
do Município, necessitam de Plano de Ocupação Específica visando configurar novas centralidades,
com diversidade de usos e com boa qualidade urbano-ambiental, podendo ter parâmetros específicos.
Segundo essa mesma LC as glebas situadas em ZQA, com área superior a 100.000,00m²
(cem mil metros quadrados) deverão ser objeto de parcelamento do solo, através de loteamento,
mediante a apresentação de Plano de Ocupação Específica, elaborado pelo interessado, devendo
atender às seguintes disposições:
I - a Secretaria de Planejamento Urbano deverá indicar no pedido de diretriz para o loteamento ou
desmembramento da gleba a relação das diferentes categorias de uso para o qual o parcelamento se
destinará, respeitando as características físico-ambientais e urbanísticas da gleba, bem como seu
entorno;
II - O coeficiente de aproveitamento máximo será de até 3,0 (três);
III - Após o registro do loteamento, a Prefeitura Municipal regulamentará por ato do Executivo as
zonas de usos e os parâmetros de uso e ocupação adequados ao loteamento, com base no Plano de
Ocupação Específica aprovado para a gleba.
IV - A aprovação do parcelamento, com ocorrência da vegetação cerrado fica condicionada a
apresentação de Estudo Ambiental Específico que garanta a proteção e o adequado manejo ambiental
do bioma.
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V - As glebas com área inferior ou igual a 100.000,00m² (cem mil metros quadrados) poderão ser
parceladas através de desmembramento ou desdobro, desde que não seja comprovada a necessidade de
abertura de vias no seu interior, quer seja para a implantação das vias constantes no Mapa 04, relativo
a Macroestrutura Viária, da Lei Complementar nº 306, de 17 de novembro de 2006, quer seja para a
implantação de vias complementares de acordo com a diretriz do órgão competente da Secretaria de
Transportes.
VI - Em caso de desmembramento, desdobro, instalação ou construção de atividade isolada, as frações
mínimas, assim como o uso, ocupação e aproveitamento dos lotes serão fixados pela Secretaria de
Planejamento Urbano.
A presente proposta é que a referida área pertencente a ZUC 1 seja reenquadrada para
ZQA - Zona de Qualificação, de forma a atender a demanda empreendedora da região e a viabilização
da ocupação da referida área. De acordo com o artigo 127; inciso XXIV da LC 428/10 a ZQA
constitui-se de glebas e/ou terrenos sem infraestrutura que, devido a sua localização estratégica para o
crescimento urbano e o desenvolvimento do Município, necessitam de Plano de Ocupação Específica
visando configurar novas centralidades, com diversidade de usos e com boa qualidade urbano-
ambiental, podendo ter parâmetros específicos e respeitar as características dispostas no artigo
143 da LC 428/10. Desta forma busca-se fortalecer a centralidade do Jardim das Indústrias e Aquarius,
orientando a ocupação desta área numa concepção de inovação urbana, à altura das necessidades da
população do entorno imediato, bem como, induzir e potencializar outros espaços.
De acordo com o artigo 143 da LC 428/10, alterado pelo artigo 22 da LC 498/13, as
glebas situadas em Zona de Qualificação - ZQA com área superior a 100.000,00m² (cem mil metros
quadrados) deverão ser objeto de parcelamento do solo, através de loteamento, mediante a
apresentação de Plano de Ocupação Específica.
A possibilidade do parcelamento do solo, através do loteamento, viabilizará a execução
de importantes vias estruturantes para a região, constantes na macroestrutura viária, Mapa 04, parte
integrante do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – PDDI – LC 306/06. A implantação do
loteamento também propicia a criação de novas áreas públicas, sistemas de lazer, áreas verdes e
institucionais, destinadas aos equipamentos públicos e comunitários, carentes na região.
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Os estudos técnicos referentes à ocupação futura da área serão elaborados na ocasião da
aprovação do loteamento, baseado no plano de ocupação da referida área, que deverão constar da
aprovação do referido parcelamento do solo.
14. Considerações socioeconômicas relativas à alteração proposta
Preliminarmente constatamos que em nosso município a indústria vem perdendo postos
de trabalho nos últimos anos, no entanto a queda vem sendo compensada pelo ganho de empregos nos
demais setores, como o comércio e a construção civil. Conforme dados do Sistema de Informações dos
Municípios Paulistas – IMP, da Fundação SEADE, os empregos formais da Indústria em janeiro de
2014 eram de 47.935 pessoas, enquanto os empregos nas atividades de serviços, comércio e construção
civil eram de 150.250 pessoas. Essa situação reflete no valor adicionado bruto dos serviços na
composição do Produto Interno Bruto de São José dos Campos, que segundo o IBGE em 2011 foi de
R$ 11.063.773.000, 00 (onze bilhões, sessenta e três milhões e setecentos e setenta e três mil reais)
enquanto o valor adicionado da Indústria no mesmo período foi de R$ 10.369.974.000,00 (dez bilhões,
trezentos e sessenta e nove milhões e novecentos e setenta e quatro mil reais), demonstrando assim a
maior participação dos setores de serviços, comércio e construção civil na economia do município.
Ao efetuarmos cálculos comparativos e estimativas da Receita Municipal gerada
anualmente, a partir do uso e ocupação da gleba atual (área subutilizada), reenquadrada como ZQA –
Zona de Qualificação, concluímos que a receita tributária municipal, somente com o IPTU poderá ser
aumentada dos atuais 2 milhões de reais para mais de 10 milhões de reais por ano, sem contar com a
arrecadação de ISSQN, durante e após a conclusão de obras de qualquer que seja o empreendimento.
Consequentemente teremos mais recursos para os programas de Educação e de Saúde do município.
A partir da metodologia adotada pela ACONVAP – Associação das Construtoras do
Vale do Paraíba, expressa em sua publicação semestral sobre o Mercado Imobiliário de São José dos
Campos, fizemos algumas projeções para empreendimentos hipotéticos e potenciais na gleba, quanto à
geração de emprego e renda, se reenquadrada como ZQA. Em relação ao número de empregos diretos
e indiretos, dependendo do tipo e padrão do empreendimento, poderíamos obter a geração de mais de
10.000 (dez mil) empregos, parte no desenvolvimento da construção e parte após a conclusão dos
empreendimentos.
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Em relação à geração de riqueza em toda a cadeia produtiva, tanto na implantação e
após a conclusão dos empreendimentos, dependendo do tipo de atividade econômica alí instalada,
poderão potencialmente gerar mais recursos de investimentos, agregando valor na economia do
município.
15. Conclusões Finais
Algumas constatações decorrentes deste estudo merecem ser destacadas:
I) A caracterização da área nos termos da carta geotécnica de São José dos Campos, não é fator
impeditivo para a ocupação urbana da gleba em questão;
II) Mesmo constatando uma evolução significativa da verticalização na região nos últimos anos, a
densidade populacional bruta máxima de 194,26 habitantes por hectare no Parque Residencial
Aquarius, é inferior ao que é admitido pela Organização das Nações Unidas (ONU) que gira em
torno de 450 habitantes por hectare;
III) Segundo os dados da Pesquisa Origem e Destino, realizada em 2011, as regiões Centro Sul
concorrem com os maiores volumes de trocas nos deslocamentos que incluem a Região Oeste.
IV) Verificamos que ficou evidente a existência de uma contradição entre as restrições para o uso
e ocupação da gleba objeto da alteração de zoneamento proposta, entre as leis
complementares 165/1997, 363/2008 e 428/2010. Quando na LC 165/1997 enquadrava a
gleba em Zona Mista Dois (ZM2), dotada de infraestrutura com à intensificação da
urbanização, as demais leis complementares 363/2008 e 428/2010, caracterizava a gleba com
limitada capacidade de infraestrutura, não considerando os investimentos públicos feitos nesta
região desde a década de 70;
V) No ano de 1997 esta gleba já era reconhecida como propícia ao uso e ocupação nos mesmos
termos, que se pretende neste momento, com a alteração do zoneamento proposto;
VI) A mudança de zoneamento pretendida tem amparo no Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado do Município, sendo previsto por meio do loteamento desta gleba, duas a três
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vias de ligações entre a Av. Cassiano Ricardo e a Via Oeste, viabilizando as intervenções
urbanas no sistema viário, melhorando a qualidade das rotatórias e acessos entre as mesmas,
inclusive os seus alargamentos.
VII) A classificação atual desta gleba como ZUC1 é inadequada e impede a sua utilização
compatível com a estrutura urbana existente na região, inibindo o desenvolvimento urbano
e deixando de contribuir para que a cidade exerça a sua função social, prevista no art. 182
da Constituição Federal;
VIII) A classificação desta gleba ora proposta para ZQA é estratégica, confere aptidão e uma
vocação de aproveitamento mais intenso, que deverá ser controlado e adequado, mediante a
apresentação de um Plano de Ocupação Específica pelo interessado, atendendo a demanda
empreendedora da região e viabilização efetiva da utilização da referida gleba.
IX) A implantação de loteamento nesta gleba nas condições previstas para ZQA propiciará
também o fortalecimento desta importante centralidade, a criação de novas áreas públicas,
sistema de lazer, áreas verdes e institucionais acessíveis aos munícipes.
X) Acrescenta-se que a alteração proposta com a consequente implantação do loteamento desta
gleba e concomitante utilização para empreendimentos, contribuirá significativamente com
o aumento da arrecadação tributária municipal. Estimamos que potencialmente possa ser
gerado anualmente, cerca de 4 (quatro) vezes mais recursos do que o valor atual
arrecadado;
XI) Com novos empreendimentos e edificações nesta gleba estaremos agregando valor na
economia do município, decorrente da geração de empregos diretos e indiretos na fase de
construção, bem como após a sua implantação;
XII) Finalizando, além dos aspectos já mencionados, destacamos que no caso de se instalar
naquela gleba áreas de comércio, serviços, salões de convenções, hotéis, entre outros, o
nosso município poderá ser inserido no mercado de eventos corporativos, com grande
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repercussão nacional e internacional, fomentando o turismo de negócios, gerando empregos
mais qualificados.
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Anexo I – Identificação da Gleba
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Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 01/06)
TERRAÇOS
CARACTERÍSTICAS DE INTERESSE DO MEIO FÍSICO
Unidade delimitada apenas junto às várzeas dos rios Paraíba do Sul e Jaguari, onde é significativa em área. Nas
demais drenagens, estes terraços foram englobados, quando fluviais, nos aluviões (unidade 1) e, quando residuais,
nas colinas (unidades 4, 5 e 6);
terrenos pouco inclinados, constituídos por sedimentos de antigas planícies aluvionares, em patamares atualmente
mais elevados, ou trechos mais aplainados das colinas sedimentares e cristalinas, margeando os aluviões;
sedimentos com textura predominantemente arenosa ou solo de alteração de composição variada, dependendo do
embasamento;
áreas com depressões formando embaciamentos são comuns nos terraços fluviais, com nível d’água próximo à
superfície e capacidade de suporte e drenabilidade reduzidas quando ocorrem camadas argilosas no subsolo.
ASPECTOS DO USO DO SOLO
Corresponde a pequena parte da Área de Proteção Ambiental (APA) municipal;
apresenta atividades minerárias de areia e saibro para material de empréstimo de aterro;
ocupação urbana de grande parte dos terrenos, incluindo sistema viário, favelas e parte das instalações de
indústrias de grande porte (Rhodia, Petybom, Matarazzo, antiga Tecelagem Parahyba etc.);
avanço da expansão urbana nesta unidade, com execução de terraplanagem (corte e aterro), saneamento e
infraestrutura nem sempre adequados.
PROCESSOS/PROBLEMAS EXISTENTES OU POTENCIAIS
Contaminação das águas subterrâneas e de superfície, por fossas e lançamento de efluentes domésticos e
industriais;
alagamentos frequentes durante os períodos mais chuvosos, devido às dificuldades de escoamento das águas
superficiais nesta unidade, principalmente nas porções embaciadas. Isto ocorre em razão da baixa declividade,
com os alagamentos incrementados pela ocupação urbana, com obstruções do fluxo das águas por detritos e
implantação de sistema de drenagem inadequado;
processo erosivo provocando assoreamento do leito dos rios;
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Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 02/06)
recalques localizados em fundações, aterros, infraestrutura subterrânea e pavimentos viários quando ocorre
sedimentos argilosos moles em superfície;
dificuldade de escavação nos terraços fluviais, pela baixa coesão dos materiais e nível d’água raso, além de
instabilidade em paredes de escavação dos terrenos.
RECOMENDAÇÕES PARA USO DO SOLO
Controlar com rigidez a ocupação urbana nesta unidade, evitando ações que resultem em erosão dos solos e aporte
de efluentes urbano-industriais diversos para áreas mais rebaixadas, instalando, obrigatoriamente, rede coletora de
esgoto nas áreas ocupadas;
implantar sistemas de drenagem detalhado, considerando as impermeabilizações do solo já impostas pelo uso ou
previstas, que podem provocar alagamentos pela concentração das águas de chuva;
subordinar a implantação de loteamentos e a mineração apenas depois de estudo prévio detalhado de impacto
ambiental e, nas áreas já instaladas e com problemas, realizar o Plano de recuperação de Áreas Degradadas –
PRAD.
COLINAS E MORROTES EM SEDIMENTOS ARENOSOS
CARACTERÍSTICAS DE INTERESSE DO MEIO FÍSICO
Relevo de colinas, subordinadamente morrotes e planícies aluviais, com declividades predominantes entre 5 e
10% nos topos e chegando a situações de até 20% nas vertentes;
Sedimentos de fácies fluvial meandrante e leques aluviais arenosos da Formação Tremembé, em que prevalecem
arenitos, eventualmente com camadas e lentes de argilitos de folhelhos;
Cobertura de solo superficial coluvionar areno-argiloso de espessura média em torno de 2m, mais espessa nos
topos aplainados de maior expressão;
Presença de lençol d’água suspenso quando ocorrem intercalações de camadas arenosas e argilosas.
Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 03/06)
ASPECTOS DO USO DO SOLO
Terrenos topograficamente bastante favoráveis à ocupação onde está instalada grande parte dos sistemas viários
da região, áreas urbanas antigas e em franca expansão, indústrias de grande porte (grande parte da Petrobrás, GM,
Johnson e Kodak), favelas, parte do aterro sanitário e usina de compostagem;
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Na antiga área rural predominam campos antrópicos, onde estão sendo implantados loteamentos;
Uso parcial das águas subterrâneas no abastecimento urbano e de indústrias (cerca de 1/3 do consumo do
município);
Áreas mineradoras (saibro) abandonadas à medida que a urbanização avança e se consolida, muitas vezes
ocupadas em situações de risco.
PROCESSOS/PROBLEMAS EXISTENTES OU POTENCIAIS
Alta suscetibilidade à erosão laminar e em sulcos;
Desagregação superficial (empastilhamento) eventual das camadas argilosas expostas (taludes em loteamentos e
sistema viário), provocando descalçamento e escorregamento de estratos sobrepostos, e aprofundamento gradativo
dos sulcos de erosão. Tal situação é, por vezes, incrementada pela presença de nível d’água suspenso;
assoreamento das drenagens;
recalque em aterros, fundações, infraestrutura subterrânea e pavimentos viários, quando ocorrem camadas
argilosas expressivas no subsolo;
contaminação de drenagem superficial e de parte da água subterrânea, principalmente por efluentes domésticos e
industriais de menor porte;
nas atividades rurais, perda parcial de nutrientes do horizonte A do solo ou, até mesmo, a remoção total deste
horizonte, a partir de retirada da vegetação, levando à baixa fertilidade do solo e restringindo sua utilização
agrícola.
Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 04/06)
RECOMENDAÇÕES PARA USO DO SOLO
Na área rural, além de reflorestamento, os terrenos são propícios também para postagem cultivada e culturas
anuais, desde que aplicadas práticas de conservação das condições químicas e físicas do solo, e de controle da
erosão (com curvas de nível, camalhões etc.);
evitar a utilização dos solos desta unidade como material de empréstimo;
recuperar as áreas degradadas por mineração, com realização de PRAD;
efetuar a proteção superficial do talude, logo após a escavação, para evitar a desagregação superficial;
realizar drenagem para captação e condução das águas do lençol suspenso, quando constatada sua presença;
executar investigações geológicas – geotécnicas específicas para o diagnóstico prévio da presença de solos
expansivos em atividades que impliquem grande movimentação de terra, implantação de sistema viário e
fundações;
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elaborar estudo hidrogeológico e de qualidade das águas subterrâneas, a partir do levantamento de sistematização
de dados disponíveis e sua complementação.
COLINAS E MORROTES EM SEDIMENTOS ARGILOSOS
CARACTERÍSTICAS DE INTERESSE DO MEIO FÍSICO
Relevo de colinas, subordinadamente morrotes e planícies aluviais, com declividades predominantemente
menores que 20%. Ao longo de drenagens forma vertentes mais abruptas, na transição entre platôs e fundos de
vales;
sedimentos argilosos e siltosos predominantes de fácies lacustres da Formação Tremembé, em que prevalecem
argilitos e folhelhos, eventualmente com camadas e lentes de arenitos;
ocorrência comum de argila expansiva, principalmente nas porções dos terrenos destacados com textura na Carta
Geotécnica;
presença de lençol d’água suspenso quando ocorrem intercalações de camadas arenosas e argilosas.
Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 05/06)
ASPECTOS DO USO DO SOLO
Terrenos topograficamente em geral favoráveis à ocupação onde está instalada parte dos sistemas viários da
região e áreas urbano/industriais antigas em franca expansão;
áreas mineradas (saibro) abandonadas à medida que a urbanização avança e se consolida muitas vezes ocupadas
em situações de risco;
ocupação mais problemática nas vertentes abruptas próximas das drenagens;
na área de expansão urbana predominam os campos antrópicos;
terrenos já ocupados, onde se destacam: DCTA, aeroporto, aterro sanitário, lixão, parte da usina de compostagem
e, onde predomina a argila expansiva, está instalado o aterro industrial.
PROCESSOS/PROBLEMAS EXISTENTES OU POTENCIAIS
Desagregação superficial (empastilhamento) das camadas argilosas expostas (taludes em loteamentos e sistema
viário), provocando descalçamento e escorregamento de estratos sobrepostos;
erosão laminar em sulcos, incrementada pela presença de nível d’água suspenso e pela desagregação superficial;
erosão mais profunda nas vertentes, em locais de concentração de água, a partir da ocupação de platôs e montante;
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assoreamento de drenagens;
recalque em aterros, fundações, infraestrutura subterrânea e pavimentos viários;
nas atividades rurais, perda parcial de nutrientes do horizonte A do solo ou, até mesmo, a remoção total deste
horizonte, a partir de retirada da vegetação, levando à baixa fertilidade do solo e restringindo sua utilização
agrícola.
Anexo III – Carta Geotécnica (1996) – Detalhes (Folha 06/06)
RECOMENDAÇÕES PARA USO DO SOLO
Efetuar a proteção superficial do talude, logo após a escavação, par evitar a desagregação superficial;
realizar drenagem criteriosa na crista das vertentes para captação e condução das águas dos platôs e, localmente,
do lençol suspenso, quando constatada sua presença;
executar investigações geológicas – geotécnicas específicas para o diagnóstico prévio da presença de solos
expansivos, em atividades que impliquem grande movimentação de terra, implantação de sistema viário e
fundações;
evitar a utilização de solos expansivos como material de empréstimo. Se necessário, estabelecer emprego
criterioso, considerando a possibilidade de sua estabilização química (p.ex. cal) ou a mistura com material não-
expansivo e sua utilização em aterros com confinamento de, no mínimo, 3m de solo inerte, compactando com
umidade acimada ótima e grau de compactação inferior a 100%;
na área rural, além de reflorestamento, os terrenos são propícios também para a pastagem cultivada e culturas
anuais, desde que aplicadas práticas de conservação das condições químicas e físicas do solo, e de controle da
erosão (om curvas de nível, camalhões, etc.).
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Anexo IV – Linhas, Itinerários de ônibus e Alternativos
LINHA NOME DA LINHA
117 Morumbi/ Aquarius
119 Colonial/ Jd. Aquarius
125 Buquirinha-Vl Dirce/ Aquarius
215 Vila Tesouro/ Jd. Aquarius
222 Galo Branco/ Jd. Aquarius
237 Parque Novo Horizonte - Jd. Aquarius
311 Limoeiro - Via Jd. Das Industrias/ Praça Afonso Pena
313 Aquarius - Colinas/ Terminal Central
320 Pq. Industrial - Jd. Das Industrias/ Praça Afonso Pena
323 Campo dos Alemães/ Aquarius/ Terminal Central
331 Campo dos Alemães/ Aquarius
350 Colonial Corujão (Circular no Bairro)
LINHA NOME DA LINHA
32 Jd. das Industrias/ Olimpio Catão
Fonte: Secretaria de Transportes/PMSJC
ÔNIBUS/ ALTERNATIVOS
ALTERNATIVOS
Anexo IV - Linhas, Itinerários de ônibus e Alternativos
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