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Gazeta n.º 250 | sexta-feira, 30 de dezembro de 2017
Jornal Oficial da União Europeia
PAUTA ADUANEIRA COMUM: abertura e ao modo de gestão de contingentes pautais
autónomos da União para determinados produtos agrícolas e industriais
(1) Regulamento (UE) 2016/2389 do Conselho, de 19 de dezembro de 2016, que altera o Regulamento (UE) n.º 1388/2013
relativo à abertura e ao modo de gestão de contingentes pautais autónomos da União para determinados produtos
agrícolas e industriais. JO L 360 de 30.12.2016, p. 1-13.
PDF http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016R2389&from=PT
ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2016/2389/oj
Artigo 1.º - O anexo do Regulamento (UE) n.º 1388/2013 é substituído pelo texto que consta do anexo do presente
regulamento.
Artigo 2.º - O presente regulamento entra em vigor na data da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2017.
O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.
ANEXO
(2) Regulamento (UE) n.º 1388/2013 do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, relativo à abertura e ao modo de gestão de
contingentes pautais autónomos da União para determinados produtos agrícolas e industriais e que revoga o Regulamento
(UE) n.º 7/2010 (JO L 354 de 28.12.2013, p. 319).
(3) Regulamento de Execução (UE) 2016/1821 da Comissão, de 6 de outubro de 2016, que altera o anexo I do Regulamento
(CEE) n.º 2658/87 do Conselho relativo à nomenclatura pautal e estatística e à pauta aduaneira comum (JO L 294 de
28.10.2016, p. 1).
PAUTA ADUANEIRA COMUM: suspensão dos direitos autónomos da pauta aduaneira
comum para certos produtos agrícolas e industriais
(1) Regulamento (UE) 2016/2390 do Conselho, de 19 de dezembro de 2016, que altera o Regulamento (UE) n.º 1387/2013 que suspende os direitos autónomos da pauta aduaneira comum para certos produtos agrícolas e industriais. JO L 360 de 30.12.2016, p. 14-272. PDF http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016R2390&from=PT
ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2016/2390/oj
Artigo 1.º - O anexo do Regulamento (UE) n.º 1387/2013 é substituído pelo texto que consta do anexo do presente
regulamento.
Artigo 2.º - O presente regulamento entra em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. O
presente regulamento é aplicável a partir de 1 de janeiro de 2017.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.
ANEXO
(2) Regulamento (UE) n.º 1387/2013 do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que suspende os direitos autónomos da pauta aduaneira comum para certos produtos agrícolas e industriais e que revoga o Regulamento (UE) n.º 1344/2011 (JO L 354 de 28.12.2013, p. 201).
(3) Regulamento de Execução (UE) 2016/1821 da Comissão, de 6 de outubro de 2016, que altera o anexo I do Regulamento (CEE) n.º 2658/87 do Conselho relativo à nomenclatura pautal e estatística e à pauta aduaneira comum (JO L 294 de 28.10.2016, p. 1).
VERSÃO REVISTA EM 02-02-2017
DOC / 21460 PLAVRAS / 377 KB / 32 PÁGINAS
Diário da República
AGRICULTURA E AMBIENTE | RETIFICAÇÃO
Regime de pagamento de base (RPB) | Práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente (greening) | Pagamento para os
jovens agricultores | Pagamento específico para o algodão | Regime da pequena agricultura (RPA)
(1.1) Declaração de Retificação n.º 25/2016, de 30 de dezembro / AGRICULTURA, FLORESTAS E DESENVOLVIMENTO
RURAL. - Ao abrigo do disposto no artigo 5.º da Lei n.º 74/98, de 11 de novembro, alterada pelas Leis n.os 2/2005, de 24 de
janeiro, 26/2006, de 30 de junho, 42/2007, de 24 de agosto, e 43/2014, de 11 de julho, retifica a Portaria n.º 321/2016, de
16 de dezembro, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 240, de 16 de dezembro de 2016. Diário da República. -
Série I - N.º 250 (30-12-2016), p. 5157.
ELI: http://data.dre.pt/eli/declretif/25/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105658681
(1.2) Portaria n.º 321/2016 (Série I), de 16 de dezembro / Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. - Ao abrigo do
disposto no Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro, no Regulamento
Delegado (UE) n.º 639/2014 da Comissão, de 11 de março, e no Regulamento de Execução (UE) n.º 641/2014 da Comissão,
de 16 de junho, procede à quarta alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.ºs
409/2015, de 25 de novembro, 24-B/2016, de 11 de fevereiro, que a republicou, e 131/2016, de 10 de maio, que aprova o
regulamento de aplicação do regime de pagamento base, do pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e
para o ambiente (greening), do pagamento para os jovens agricultores, do pagamento específico para o algodão e do
regime da pequena agricultura. Diário da República. - Série I - N.º 240 (16-12-2016), p. 4738 - 4741. PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105371773
A Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.os 409/2015, de 25 de novembro, 24-B/2016, de 11 de fevereiro, que
a republicou, e 131/2016, de 10 de maio, aprovou, em anexo, o regulamento de aplicação do regime de pagamento base, do pagamento
por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente (greening), do pagamento para os jovens agricultores, do pagamento
específico para o algodão e do regime da pequena agricultura.
No sentido de alcançar uma maior eficiência na distribuição do apoio ao rendimento e de reforçar o nível de apoio unitário aos
agricultores, e conforme previsto no programa do XXI Governo Constitucional, é implementado o regime de pagamento redistributivo e é
alterado o mecanismo de redução de pagamentos, através da introdução de um limite máximo de 300.000 euros de pagamento base por
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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agricultor, com aplicação da disposição que permite a subtração do valor dos salários e encargos relacionados com o emprego permanente
ligados à atividade agrícola.
Introduzem-se também alterações nas condições de acesso à reserva nacional, no que se refere à formação profissional adquirida por
jovens agricultores e por outros agricultores em início de atividade. No âmbito das práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente
(greening), em concreto no que respeita à prática das superfícies de interesse ecológico, procede-se à introdução da soja enquanto cultura
fixadora de azoto e à ativação do fator de ponderação dos bosquetes.
Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria procede à quarta alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, alterada
pelas Portarias n.os 409/2015, de 25 de novembro, 24-B/2016, de 11 de fevereiro, que a republicou, e 131/2016, de 10 de
maio, que aprova o regulamento de aplicação do regime de pagamento base, do pagamento por práticas agrícolas
benéficas para o clima e para o ambiente (greening), do pagamento para os jovens agricultores, do pagamento específico
para o algodão e do regime da pequena agricultura.
Artigo 2.º (Alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro). - Os artigos 1.º, 4.º, 5.º, 12.º, 15.º, 17.º, 23.º, 25.º, 27.º e
32.º da Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, passam a ter a seguinte redação: (...)
Artigo 3.º (Aditamento à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro). - São aditados ao regulamento de aplicação do regime
de pagamento base, do pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente (greening), do
pagamento para os jovens agricultores, do pagamento específico para o algodão e do regime de pequena agricultura,
aprovado em anexo à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, os artigos 34.º-A [Regras gerais] e 34.º-B [Montante de
pagamento], com a seguinte redação: «CAPÍTULO VIII - Pagamento redistributivo (...)».
Artigo 5.º (Norma revogatória). - São revogados os n.ºs 5, 6 e 7 do artigo 15.º da Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro.
Artigo 6.º (Entrada em vigor e produção de efeitos). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua
publicação e produz efeitos a 1 de janeiro de 2017.
ANEXO V
Referenciais de formação excluída
[a que se referem a alínea d) do n.º 2 do artigo 12.º e a alínea d) do n.º 1 do artigo 27.º]
Referencial de Formação Global CNQ - Código e unidade de formação
(2) Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro.
ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2013/1307/oj
(3) Regulamento Delegado (UE) n.º 639/2014 da Comissão, de 11 de março.
ELI: http://data.europa.eu/eli/reg_del/2014/639/oj
(4) Regulamento de Execução (UE) n.º 641/2014 da Comissão, de 16 de junho.
ELI: http://data.europa.eu/eli/reg_impl/2014/641/oj
(5) Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.ºs 409/2015, de 25 de novembro, 24-B/2016, de 11
de fevereiro, que a republicou, e 131/2016, de 10 de maio:
(5.1) Portaria n.º 24-B/2016 (Série I), de 11 de fevereiro / Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. - Ao abrigo do
disposto no Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Conselho e do Parlamento Europeu, de 17 de dezembro, no Regulamento
Delegado (UE) n.º 639/2014, da Comissão, de 11 de março, e no Regulamento de Execução (UE) n.º 641/2014, da Comissão,
de 16 de junho, procede à segunda alteração e republica a Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, que aprova o
regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o
ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime de pequena agricultura.
Diário da República. - Série I - n.º 29 - 1º Suplemento (11-02-2016), p. 456-(2) a 456-(17).
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/73576686
A Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro aprovou, em anexo, o regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por
práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e
regime da pequena agricultura, tendo sido alterada pela Portaria n.º 409/2015, de 25 de novembro.
Este regulamento estabelece as normas nacionais complementares dos regimes de pagamentos diretos, previstos no Regulamento (UE) n.º
1307/2013, do Conselho e do Parlamento Europeu, de 17 de dezembro, no Regulamento Delegado (UE) n.º 639/2014, da Comissão, de 11
de março, e no Regulamento de Execução (UE) n.º 641/2014, da Comissão, de 16 de junho.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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Volvido cerca de um ano desde a sua entrada em vigor, verifica-se a necessidade de proceder a alguns ajustamentos na referida portaria,
designadamente quanto às matérias identificadas pela Comissão Europeia na sequência da notificação das decisões nacionais de aplicação
dos regimes de pagamentos diretos, as quais incidem sobre as condições de elegibilidade do jovem agricultor e do agricultor em início de
atividade, bem como sobre a elegibilidade das subparcelas de talhadia de curta rotação.
Acresce que, no âmbito das práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente (greening), a presente portaria procede à introdução de
novos elementos considerados superfícies de interesse ecológico e de um regime de certificação ambiental.
Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria procede à segunda alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, que
aprova o regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima
e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime de pequena
agricultura.
Artigo 2.º (Alteração à Portaria n.º 57/2015 de 27 de fevereiro). - Os artigos 4.º, 10.º, 12.º, 15.º, 16.º, 19.º, 25.º, 26.º, 27.º
e 35.º do regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima
e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime de pequena
agricultura, aprovado em anexo à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, passam a ter a seguinte redação: (…)
Artigo 3.º (Alteração aos anexos II e IV da Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro). - Os anexos II e IV do regulamento de
aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente,
pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime de pequena agricultura, aprovado
em anexo à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, passam a ter a seguinte redação: (…)
Artigo 4.º (Norma revogatória). - São revogados: a) O n.º 5 do artigo 4.º; b) O n.º 3 do artigo 12.º; c) O n.º 3 do artigo 16.º
Artigo 5.º (Republicação). - É republicado na sua redação atual, em anexo à presente portaria, da qual faz parte integrante,
o regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para
o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime de pequena agricultura,
aprovado em anexo à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro.
Artigo 6.º (Entrada em vigor e produção de efeitos). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua
publicação e produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2016.
ANEXO
(a que se refere o artigo [5].º)
Republicação do regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas
para o clima e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime
de pequena agricultura.
Artigo 1.º (Objeto). - 1 - O presente Regulamento estabelece as normas nacionais complementares dos regimes de
pagamentos diretos, previstos no Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Conselho e do Parlamento Europeu, de 17 de
dezembro, no Regulamento Delegado (UE) n.º 639/2014, da Comissão, de 11 de março, e no Regulamento de Execução
(UE) n.º 641/2014, da Comissão, de 16 de junho, no que se refere à aplicação das decisões nacionais relativas: a) Ao regime
de pagamento de base (RPB); b) Ao pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente (greening);
c) Ao pagamento para os jovens agricultores; d) Ao pagamento específico para o algodão; e) Ao regime da pequena
agricultura (RPA). 2 - O presente Regulamento estabelece ainda os requisitos mínimos para a concessão dos pagamentos
diretos, a definição de agricultor ativo e a redução de pagamentos, previstos nos artigos 9.º, 10.º e 11.º do Regulamento
(UE) n.º 1307/2013, do Conselho e do Parlamento Europeu, de 17 de dezembro.
Artigo 35.º (Disposição transitória). - No ano de 2016, excecionalmente, os n.ºs 5, 6 e 7 do artigo 15.º não são aplicáveis.
ANEXO I
(a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º)
Lista negativa das Atividades Económicas (CAE Rev.3), para efeitos de definição de agricultor ativo
ANEXO II
(a que se refere o n.º 2 do artigo 15.º)
Regras de elegibilidade para efeitos do RPB das parcelas agrícolas
ANEXO III
(a que se refere o n.º 7 do artigo 15.º)
Tabela de conversão em cabeças normais (CN)
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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ANEXO IV
(a que se refere o n.º 6 do artigo 26.º)
(5.2) Portaria n.º 131/2016 (Série I), de 10 de maio / Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. - Ao abrigo do
disposto no Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro, no Regulamento
Delegado (UE) n.º 639/2014, da Comissão, de 11 de março, e no Regulamento de Execução (UE) n.º 641/2014, da Comissão,
de 16 de junho, procede à terceira alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, republicada pela Portaria n.º 24-
B/2016, de 11 de fevereiro, que aprova o regulamento de aplicação do regime de pagamento base, pagamento por práticas
agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o
algodão e regime da pequena agricultura. Diário da República. - Série I - N.º 90 (10-05-2016), p. 1531 - 1533.
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/74403503
A Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, alterada pela Portaria n.º 409/2015, de 25 de novembro e republicada pela Portaria n.º 24-
B/2016, de 11 de fevereiro, aprovou o regulamento de aplicação do regime de pagamento base (RPB), pagamento por práticas agrícolas
benéficas para o clima e para o ambiente, pagamento para os jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime da
pequena agricultura.
Verifica-se, entretanto, a necessidade de introduzir alguns ajustamentos à referida portaria. Por um lado, com o objetivo de reforçar o
apoio aos pequenos agricultores consagrado no programa do XXI Governo Constitucional, considera-se adequado aumentar para 600 euros
o pagamento anual pela participação no regime da pequena agricultura, a partir de 1 de janeiro de 2017. Por outro, entende-se igualmente
oportuno introduzir algumas alterações às regras de elegibilidade do RPB no que respeita às parcelas agrícolas com árvores, com o intuito
de considerar elegíveis as superfícies ocupadas com prados e pastagens permanentes em sob coberto de oliveiras, nos casos em que estas
não sejam exploradas para a produção de azeitonas.
Aproveita-se, ainda, a oportunidade para otimizar a margem permitida para alterações de uso de prados permanentes dentro das
orientações comunitárias em vigor.
Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria procede à terceira alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro,
republicada pela Portaria n.º 24-B/2016, de 11 de fevereiro, que aprova o regulamento de aplicação do regime de
pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente, pagamento para os jovens
agricultores, pagamento específico para o algodão e regime da pequena agricultura.
Artigo 2.º (Alteração à Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro). - Os artigos 23.º, 24.º e 33.º da Portaria n.º 57/2015, de
27 de fevereiro, passam a ter a seguinte redação:
«Artigo 23.º [...]. - 1 - [...] 2 - [...] 3 - Só são autorizadas as alterações de uso enquanto for respeitado o valor de 95,5 % da relação de
referência nacional de prados permanentes. 4 - [...] 5 - [...]
Artigo 24.º [...]. - 1 - Sempre que a proporção anual de prados permanentes seja inferior a 95 % da proporção de referência nacional,
é efetuada uma reconversão nacional até atingir 98 % da proporção de referência nacional de prados permanentes. 2 - [...] 3 - [...] 4 -
[...]
Artigo 33.º [...]. - O pagamento anual pela participação no regime da pequena agricultura é de 600 (euro), em aplicação do disposto
na alínea b) e nos 2.º e 3.º parágrafos do n.º 1 do artigo 63.º do Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 17 de dezembro.»
Artigo 3.º (Alteração ao anexo II da Portaria n.º 57/2015, de 27 de fevereiro). - O anexo II do regulamento de aplicação do
regime de pagamento base, pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente, pagamento para os
jovens agricultores, pagamento específico para o algodão e regime da pequena agricultura, aprovado em anexo à Portaria
n.º 57/2015, de 27 de fevereiro, republicada pela Portaria n.º 24-B/2016, de 11 de fevereiro, passa a ter a seguinte redação:
«ANEXO II [...] [...] (ver documento original) [...]»
Artigo 4.º (Entrada em vigor e produção de efeitos). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua
publicação e produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2016, com exceção do disposto no artigo 33.º, que produz efeitos a
partir de 1 de janeiro de 2017.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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COMUNICAÇÃO SOCIAL NAS REGIÕES AUTÓNOMAS DOS AÇORES E DA MADEIRA:
incentivos do Estado
Portaria n.º 345-E/2016, de 30 de dezembro / CULTURA E PLANEAMENTO E INFRAESTRUTURAS. - Regula os termos e
condições do financiamento dos incentivos do Estado à comunicação social nas Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira, nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 23/2015, de 6 de fevereiro. Diário da República.
- Série I - N.º 250 – 3.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(128).
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/345-e/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105673278
O Decreto-Lei n.º 23/2015, de 6 de fevereiro, que aprovou o novo regime de incentivos do Estado à comunicação social de âmbito regional
e local, prevê, no seu artigo 45.º, que os montantes a atribuir às Regiões Autónomas no âmbito do referido diploma são anualmente
fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da comunicação social e do desenvolvimento regional, sob
proposta do membro do governo regional responsável pela área da comunicação social, depois de ouvida a respetiva comissão de
acompanhamento. Dando cumprimento ao disposto no referido normativo, a presente Portaria procede, desde logo, à fixação da dotação
que cabe a cada Região Autónoma para efeitos de atribuição de apoios ao abrigo do Decreto-Lei n.º 23/2015, de 6 de fevereiro. De
seguida, antecipando a possibilidade de as dotações não serem integralmente utilizadas nos termos agora fixados, a presente Portaria
estabelece um primeiro mecanismo que permite a reafetação de verbas entre as diferentes tipologias de incentivos, mecanismo esse
interno a cada Região e de aplicação residual, que visa garantir uma eficiente e completa utilização das dotações atribuídas. Por fim,
consagra-se um segundo mecanismo de reafetação de dotações, neste caso entre Regiões Autónomas, e que apenas operará, de acordo
com as regras definidas na presente Portaria, em caso de apuramento de verbas excedentárias após a aprovação de todas as candidaturas
apresentadas numa das Regiões.
Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria regula os termos e condições do financiamento dos incentivos do Estado à
comunicação social nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 45.º do
Decreto-Lei n.º 23/2015, de 6 de fevereiro.
Artigo 2.º (Financiamento). - 1 - O montante total de apoios do Estado à comunicação social a atribuir em 2016 às Regiões
Autónomas dos Açores e da Madeira, nos termos do Decreto-Lei n.º 23/2015, de 6 de fevereiro, é de 56.489,98 euros, que
serão distribuídos da seguinte forma:
Dotação: Região Autónoma dos Açores - 9.241,98 €; Região Autónoma da Madeira - 47.248,00 €.
2 - Cabe a cada Região Autónoma proceder à distribuição da dotação referida no número anterior pelas diferentes
tipologias de incentivos previstas no Decreto-Lei n.º 23/2015, de 6 de fevereiro, de acordo com as prioridades de
desenvolvimento e investimento que entendam definir. 3 - Dentro da respetiva dotação orçamental, cada Região
Autónoma pode aprovar o financiamento das candidaturas apresentadas até ao limite máximo definido para cada tipologia
de incentivo. 4 - Caso a dotação fixada para cada tipologia de incentivo não seja totalmente comprometida e subsistam
candidaturas a outras tipologias de incentivos onde se verifique insuficiência de dotação, cada Região Autónoma reafeta as
verbas excedentárias, de acordo com as seguintes regras, a adotar sucessivamente: a) Será aprovada a parte remanescente das
candidaturas com financiamento parcialmente aprovado, tendo por referência a grelha de pontuação constante da lista de ordenação final;
b) Serão aprovadas as candidaturas em função da pontuação atribuída na lista de ordenação final. 5 - Sempre que, depois de cumprido
o disposto nos números anteriores, se verifique a existência de verbas excedentárias em qualquer das dotações
orçamentais regionais, as mesmas serão redistribuídas pela Região Autónoma que apresente dotação orçamental
insuficiente face ao número de candidaturas aprovadas, devendo os montantes excedentários ser afetos, prioritariamente,
às candidaturas com financiamento parcialmente aprovado e, subsidiariamente, às candidaturas com pontuação mais
elevada constantes da lista de ordenação final. 6 - A entidade encarregue de efetuar os pagamentos e transferências aos
beneficiários aplica os critérios de reafetação previstos no número anterior e comunica à respetiva Região Autónoma as
candidaturas beneficiadas, total ou parcialmente, com a reafetação.
Artigo 3.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Em 29 de dezembro de 2016.
O Ministro da Cultura, Luís Filipe Carrilho de Castro Mendes. - O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro
Manuel Dias de Jesus Marques.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO DE
PASSAGEIROS: indemnizações compensatórias
Resolução do Conselho de Ministros n.º 84-F/2016, de 30 de dezembro / PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. -
Nos termos do n.º 2 do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1370/2007, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de
outubro de 2007, da alínea e) do n.º 1 do artigo 17.º e do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho, do
artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 167/2008, de 26 de agosto, do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 18/2016, de 13 de abril, aprova,
para o corrente ano, a distribuição de indemnizações compensatórias pelas diferentes empresas prestadoras de serviço
público de transporte coletivo de passageiros. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 2.º Suplemento (30-12-2016), p.
5158-(109) a 5158-(110).
ELI: http://data.dre.pt/eli/resolconsmin/84-f/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105657335
O Orçamento do Estado para 2016, aprovado pela Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, contempla dotações para indemnizações
compensatórias a atribuir a empresas que prestam serviço público, cuja distribuição foi, em grande parte, definida pela Resolução do
Conselho de Ministros n.º 37-B/2016, de 30 de junho, em conformidade com o disposto no artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 18/2016, de 13
de abril, que estabelece as disposições necessárias à execução do Orçamento do Estado para o corrente ano.
Torna-se, também, necessário autorizar a realização de despesa com as compensações financeiras a que se refere o artigo 8.º da Portaria
n.º 241-A/2013, de 31 de julho, respeitante à imposição aos operadores rodoviários da área metropolitana de Lisboa, da obrigação de
serviço público de disponibilização de títulos de transporte intermodais L1, L12, L123, L123SX, L123MA, 12, 23 e 123, nos anos 2014, 2015
e 2016, cuja dotação orçamental se encontra igualmente contemplada no Orçamento do Estado em vigor.
1 - Autorizar a realização da despesa relativa à compensação financeira devida pela prestação do serviço público de
disponibilização dos títulos de transporte intermodais L1, L12, L123, L123SX, L123MA, 12, 23 e 123, nos anos 2014, 2015 e
2016, a atribuir aos operadores privados de transporte coletivo rodoviário da área metropolitana de Lisboa, constantes do
anexo à presente resolução, que dela faz parte integrante, no montante total de € 13 880 978, incluindo IVA à taxa legal em
vigor, a processar através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).
2 - Autorizar a realização de despesa relativa à compensação financeira pela disponibilização de títulos intermodais de
transporte, nos anos de 2014, 2015 e 2016, a atribuir ao Município do Barreiro, constantes do anexo à presente resolução,
no montante de € 110 122, incluindo IVA à taxa legal em vigor, a processar pela DGTF.
3 - Estabelecer que os montantes a que se referem os números anteriores são calculados nos termos do disposto na
Portaria n.º 241-A/2013, de 31 de julho, e no Despacho n.º 9456-A/2015, de 12 de agosto, e das alterações sequentes, pela
autoridade de transporte competente conforme o artigo 8.º do Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de
Passageiros, aprovado pela Lei n.º 52/2015, de 9 de junho.
7 - Determinar que a presente resolução produz efeitos desde a data da sua aprovação.
Presidência do Conselho de Ministros, 15 de dezembro de 2016. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
ANEXO
(a que se refere os n.ºs 1 e 2).
FATORES DE CORREÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS RENDAS PARA O ANO DE 2017
Portaria n.º 345-D/2016, de 30 de dezembro / FINANÇAS E AMBIENTE. - Ao abrigo do n.º 2 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85,
de 20 de setembro, e do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 13/86, de 23 de janeiro, ambos aplicáveis por força do disposto no
artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de outubro, atualiza os fatores de correção extraordinária das rendas para o
ano de 2017. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 3.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(125) a 5158-(127).
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/345-d/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105673277
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O artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de setembro, aplicável por força do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de
outubro, determina que as rendas dos prédios arrendados para habitação anteriormente a 1 de janeiro de 1980 podem ser objeto de
correção extraordinária durante a vigência do contrato, através da aplicação de fatores referidos ao ano da última fixação da renda.
Artigo 1.º (Fatores de correção extraordinária para o ano de 2017). - Para o ano de 2017, os fatores da correção
extraordinária das rendas a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de setembro, são os constantes da tabela I
anexa à presente portaria, que desta faz parte integrante, tendo sido atualizados, nos termos do n.º 1 do artigo 12.º do
mesmo diploma pela aplicação do coeficiente 1,0054 fixado pelo aviso n.º 11562/2016, de 15 de setembro, do Instituto
Nacional de Estatística, I. P., publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 183, de 22 de setembro de 2016.
Artigo 2.º (Fatores acumulados). - Os fatores acumulados a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de
20 de setembro, resultantes da aplicação da correção extraordinária no período de 1986 a 2017, são os constantes da
tabela II anexa à presente portaria, que desta faz parte integrante.
Artigo 3.º (Fatores a aplicar no ano civil de 2017). - 1 - Os fatores para o ano civil de 2017, nos termos do n.º 4 do artigo
12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de setembro, são os constantes da tabela III anexa à presente portaria, que desta parte
integrante. 2 - Os fatores referidos no número anterior podem ser aplicados, cumpridas que sejam as formalidades
previstas no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 13/86, de 23 de janeiro, com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º
9/88, de 15 de janeiro.
Artigo 4.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2017.
Em 30 de dezembro de 2016.
O Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Emanuel Martins Mourinho Félix. - O Secretário de
Estado Adjunto e do Ambiente, José Fernando Gomes Mendes.
TABELA I
(a que se refere o artigo 1.º)
TABELA II
(a que se refere o artigo 2.º)
TABELA III
(a que refere o n.º 1 do artigo 3.º)
FUNDAÇÕES: registo único de fundações
Instituto dos Registos e Notariado, I. P. | Concessão de apoios financeiros dependente da inscrição no registo
Lei-Quadro das Fundações de 2012: artigo 8.º (Registo), n.º 5
OE/2017: Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro: artigo 14.º, n.º 4
(1) Despacho n.º 15775-B/2016 (Série II), de 29 de dezembro / Presidência do Conselho de Ministros e Justiça. Gabinetes da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa e da Secretária de Estado da Justiça. - Determina que o Instituto dos Registos e Notariado, I. P. e os serviços da Presidência do Conselho de Ministros apresentem ao Governo no prazo de 60 dias uma proposta que identifique o modelo a fixar, os conteúdos a registar, os procedimentos a adotar e a infraestrutura tecnológica que suportará o futuro registo único de fundações. Diário da República. - Série II-C - N.º 250 – 2.º Suplemento (30-12-2016), p. 37894-(493). PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105669736
I. Na sequência do censo e avaliação dirigidos às fundações, nos termos da Lei n.º 1/2012, de 3 de janeiro, foram adotadas,
entre outras, medidas de cessação e redução de apoios financeiros às fundações identificadas na Resolução do Conselho de
Ministros n.º 13-A/2013, de 8 de março.
II. As medidas acima referidas, que teriam caráter provisório, vieram a ser mantidas através das sucessivas leis do
Orçamento do Estado, constituindo, assim, na prática, um impedimento vitalício.
III. Por sua vez, a Lei n.º 24/2012, de 9 de julho, alterada pela Lei n.º 150/2015, de 10 de setembro, que aprovou a Lei-
Quadro das Fundações, veio estabelecer, com caráter permanente, que a concessão de apoios financeiros pela
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administração direta ou indireta do Estado, regiões autónomas, autarquias locais, outras pessoas coletivas da
administração autónoma e demais pessoas coletivas públicas depende da inscrição da fundação no registo.
IV. Importa, pois, que o regime provisório determinado pelas conclusões do censo possa dar lugar a um regime permanente
adotado à luz da Lei-Quadro das Fundações.
V. Para o efeito, o Orçamento do Estado para 2017, aprovado pela Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, prevê, no n.º 4 do
artigo 14.º, que, doravante, a realização de transferências para fundações depende da prévia verificação, pela entidade
transferente, do cumprimento de determinadas condições, entre as quais, a inscrição no registo previsto no artigo 8.º da
Lei-Quadro das Fundações.
VI. O registo a que faz referência o n.º 3 do artigo 8.º da Lei-Quadro das Fundações é, até ao desenvolvimento de um
registo único que permita o conhecimento da realidade fundacional existente no nosso país e, ao mesmo tempo, permita
simplificar todos os procedimentos associados à vida das fundações, conferido pela inscrição no Ficheiro Central de Pessoas
Coletivas para efeitos da verificação prevista no n.º 4 do artigo 14.º da Lei 42/2016, de 28 de dezembro.
VII. Considerando o supra exposto, e no sentido de ser dado integral cumprimento ao disposto quer na Lei-Quadro das
Fundações, quer na Lei do Orçamento do Estado para 2017, deverá o Instituto dos Registos e Notariado, I. P. disponibilizar,
com efeitos imediatos para consulta pública, a lista das fundações que se encontram inscritas no Ficheiro Central de
Pessoas Coletivas, seja no seu site ou em site do Ministério da Justiça.
VIII. Paralelamente a esta publicação, será desenvolvido um registo único de todas as fundações que prosseguem os seus
fins em território nacional, que assegure o conhecimento da realidade fundacional existente no nosso país e, ao mesmo
tempo, permita simplificar todos os procedimentos associados à vida das fundações, desde a sua criação até à sua extinção,
disponibilizando publicamente informação fiável e reduzindo os custos burocráticos atualmente existentes.
IX. O referido registo será implementado entre serviços públicos através da incorporação de contributos das entidades
sujeitas a registo, devendo ser desenvolvido a partir da inscrição já existente no Ficheiro Central de Pessoas Coletivas,
enriquecido com informação adicional relativa às entidades registadas.
X. No sentido de dar resposta aos objetivos acima enunciados, determina-se que o Instituto dos Registos e Notariado, I. P. e
os serviços da Presidência do Conselho de Ministros apresentem ao Governo, no prazo de 60 dias, uma proposta que
identifique o modelo a fixar, os conteúdos a registar, os procedimentos a adotar e a infraestrutura tecnológica que
suportará o futuro registo único de fundações, ouvidas as entidades que considerem relevantes para o efeito.
29 de dezembro de 2016. - A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel de Lemos Leitão
Marques. - A Secretária de Estado da Justiça, Anabela Damásio Caetano Pedroso.
(2.1) Lei n.º 24/2012, de 9 de julho / Assembleia da República. - Aprova a Lei-Quadro das Fundações e altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47344, de 25 de novembro de 1966. Diário da República. - Série I - n.º 131 (09-07-2012), p. 3550 - 3564. ELI: http://data.dre.pt/eli/lei/24/2012/p/dre/pt/html
(2.2) Lei n.º 150/2015, de 10 de setembro / Assembleia da República. - Altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966, e procede à primeira alteração à Lei-Quadro das Fundações, aprovada pela Lei n.º 24/2012, de 9 de julho. Diário da República. - Série I - n.º 177 (10-05-2015), p. 7533 - 7551. ELI: http://data.dre.pt/eli/lei/150/2015/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/70241301
Artigo 1.º (Objeto). - A presente lei altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966,
e procede à primeira alteração à Lei-Quadro das Fundações, aprovada pela Lei n.º 24/2012, de 9 de julho.
Artigo 5.º (Republicação). - A Lei-Quadro das Fundações, aprovada pela Lei n.º 24/2012, de 9 de julho, com a redação
resultante dos artigos 3.º e 4.º e com as necessárias correções materiais, é republicada no anexo à presente lei, da qual faz
parte integrante.
Artigo 6.º (Entrada em vigor). - A presente lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação.
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ANEXO
(a que se refere o artigo 5.º)
Republicação da Lei-Quadro das Fundações, aprovada pela Lei n.º 24/2012, de 9 de julho
[Artigo 1.º (Objeto) a Artigo 61.º (Publicidade)]
Artigo 1.º
Objeto
1 - A presente lei-quadro estabelece os princípios e as normas por que se regem as fundações.
2 - As normas constantes da presente lei-quadro são de aplicação imperativa e prevalecem sobre as normas
especiais atualmente em vigor, salvo na medida em que o contrário resulte expressamente da presente lei-
quadro.
Artigo 8.º
Registo
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 2.º, a utilização do termo fundação na denominação das
pessoas coletivas é exclusiva das entidades reconhecidas como fundações nos termos da presente lei-
quadro.
2 - As fundações públicas utilizam obrigatoriamente os acrónimos «IP» ou «FP» no final da respetiva
designação, consoante sejam de direito público ou de direito privado.
3 - As fundações portuguesas e as fundações estrangeiras que desenvolvam os seus fins em território
nacional estão sujeitas a registo nos termos da lei.
4 - O registo referido no número anterior consta de uma base de dados única, mantida e disponibilizada
para consulta pública pelo Instituto dos Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I. P.).
5 - A concessão de apoios financeiros pela administração direta ou indireta do Estado, regiões autónomas,
autarquias locais, outras pessoas coletivas da administração autónoma e demais pessoas coletivas públicas
depende da inscrição da fundação no registo nos termos dos números anteriores.
(3) Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro / Assembleia da República. - Orçamento do Estado para 2017. Diário da República. - Série I - N.º 248 (28-12-2016), p. 4875 - 5107. PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105637672
ELI: http://data.dre.pt/eli/lei/42/2016/p/dre/pt/html
Artigo 14.º (Transferências para fundações). - 1 — As transferências a conceder às fundações identificadas na Resolução do
Conselho de Ministros n.º 13-A/2013, de 8 de março, não podem exceder os montantes concedidos nos termos do n.º 1 do
artigo 20.º da Lei n.º 83 -C/2013, de 31 de dezembro, alterada pelas Leis n.ºs 13/2014, de 14 de março, 75-A/2014, de 30 de
setembro, 82-B/2014, de 31 de dezembro, e 33/2015, de 27 de abril. (...). 4 — A realização das transferências previstas no
presente artigo depende da verificação prévia, pela entidade transferente: a) Da validação da situação da fundação à luz da
Lei -Quadro das Fundações, aprovada em anexo à Lei n.º 24/2012, de 9 de julho, alterada e republicada pela Lei n.º
150/2015, de 10 de setembro; b) De inscrição no registo previsto no artigo 8.º da Lei-Quadro das Fundações, aprovada em
anexo à Lei n.º 24/2012, de 9 de julho, alterada e republicada pela Lei n.º 150/2015, de 10 de setembro; c) De parecer
prévio da Inspeção -Geral de Finanças, em termos a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das
finanças.
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FUNDO AZUL
Apoios financeiros a conceder pelo Fundo | Apresentação das candidaturas | Beneficiários | Competências do Conselho Consultivo |
Competências do Conselho de Gestão | Competências da Direção-Geral de Política do Mar DGPM | Elegibilidade das operações |
Formulário eletrónico disponível no portal da DGPM, em www.dgpm.gov.pt (submenu «Fundo Azul») | Operações | Pagamento dos apoios
| Plano anual de atividades | Relatório de atividades e contas | Vinculação do Fundo
(1) Portaria n.º 344/2016, de 30 de dezembro / FINANÇAS E MAR. - Ao abrigo do disposto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º
16/2016, de 9 de março, aprova o Regulamento de Gestão do Fundo Azul. Diário da República. - Série I - N.º 250 (30-12-
2016), p. 5145 - 5152.
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/344/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105658679
Conforme se alcança do preâmbulo do Decreto-Lei n.º 16/2016, de 9 de março, o Programa do XXI Governo Constitucional definiu o Mar
como uma das suas prioridades e atribuiu à Ministra do Mar a responsabilidade pela implementação de uma estratégia transversal que
materialize esse desígnio nacional.
Nesse contexto, o mencionado Decreto-Lei veio criar mecanismo de incentivos, designado Fundo Azul, destinado a potenciar o
desenvolvimento da economia do mar, a apoiar a investigação científica e tecnológica, a incentivar proteção e monitorização do meio
marinho e a incrementar a segurança marítima.
O referido diploma estabeleceu as bases essenciais daquele instrumento financeiro, relegando para portaria dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das finanças e do mar a regulamentação detalhada do modelo de gestão do Fundo e o enquadramento dos apoios
a conceder nesse âmbito.
Artigo 1.º (Objeto). - É aprovado o Regulamento de Gestão do Fundo Azul, em anexo à presente portaria, dela fazendo
parte integrante.
Artigo 2.º (Logótipo do Fundo Azul). - O logótipo do Fundo Azul é aprovado por despacho do membro do Governo
responsável pela área do mar.
Artigo 3.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno, em 23 de dezembro de 2016. - A Ministra do Mar, Ana
Paula Mendes Vitorino, em 22 de dezembro de 2016.
ANEXO
REGULAMENTO DE GESTÃO DO FUNDO AZUL
Artigo 1.º
Âmbito
O presente Regulamento estabelece as regras de gestão do Fundo Azul, criado pelo Decreto-Lei n.º 16/2016, de 9 de março,
doravante designado por Fundo, bem como o regime de atribuição dos respetivos apoios financeiros.
Artigo 2.º
Objetivos do Fundo
Os apoios previstos no presente regulamento têm como finalidade contribuir para o desenvolvimento da economia do mar,
potenciar a investigação científica e tecnológica nesse domínio, incentivar a proteção e monitorização do meio marinho e
incrementar a segurança marítima.
Artigo 8.º
Vinculação do Fundo
1 - O Fundo vincula-se: a) Pela assinatura de dois membros do Conselho de Gestão, sendo uma delas a do respetivo
presidente ou de quem o substitua; b) Pela assinatura de um dos membros do Conselho de Gestão, quando haja delegação
no mesmo de competências para a prática do ato em causa;
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c) Pela assinatura de mandatário constituído, no âmbito do correspondente mandato. 2 - Os atos de mero expediente
podem ser assinados por um só membro do Conselho de Gestão ou por mandatário com poderes para o efeito.
Artigo 15.º
Apoios
1 - Os apoios financeiros a conceder pelo Fundo podem ter caráter reembolsável ou não reembolsável, em função dos
critérios definidos no plano anual de atividades e do eixo de intervenção e prioridade estratégica em que se insiram. 2 - Os
apoios financeiros não podem ultrapassar o montante ou percentagem que vier a ser definido no plano de atividades.
Artigo 17.º
Tipologia de operações
São suscetíveis de apoios pelo Fundo as operações enquadráveis numa das seguintes tipologias: a) No âmbito do
desenvolvimento da economia do mar: i) Criação de start-ups tecnológicas da nova economia do mar; ii) Criação ou dinamização de
atividades económicas ligadas ao mar, designadamente no âmbito da formação, da facilitação do acesso das PME a financiamento, da
investigação, desenvolvimento e inovação; iii) Dinamização de instrumentos de reforço ou de financiamento de capital próprio ou de
capital alheio e de partilha de risco; iv) Proteção e desenvolvimento da segurança alimentar e alimentação escolar; v) Promoção das
energias renováveis; b) No âmbito da investigação científica e tecnológica do mar: i) Exploração de novas linhas de investigação científica e
tecnológica aplicadas às prioridades das políticas públicas para o mar; ii) Desenvolvimento tecnológico para a economia do mar e da
biotecnologia; iii) Transferência de conhecimento na área das políticas públicas e economia do mar; iv) Investigação aplicada, em parceria
com a indústria; v) Atualização nas áreas da investigação e do desenvolvimento tecnológico para a economia do mar; c) No âmbito da
monitorização e proteção do ambiente marinho: i) Garantia do bom estado ambiental do domínio público marítimo; ii) Prevenção e
combate à poluição do meio marinho; iii) Proteção ou recuperação de ecossistemas e biodiversidade marinha; iv) Resposta a situações de
emergência de salvaguarda dos interesses nacionais marítimos; v) Consciencialização social sobre a importância do mar; d) No âmbito da
segurança marítima: i) Formação ao nível da segurança no mar; ii) Investimentos ou ações que visem a salvaguarda da vida humana no
mar.
Artigo 18.º
Elegibilidade das operações
Podem beneficiar de apoios ao abrigo do presente regime as operações que visem os objetivos previstos no artigo 2.º e se
enquadrem numa das tipologias elencadas no artigo anterior.
Artigo 19.º
Tipologia de beneficiários
1 - Pode beneficiar dos apoios do Fundo qualquer entidade, singular ou coletiva, do setor público, cooperativo, social ou
privado, com ou sem fins lucrativos, que preencha as condições previstas no presente Regulamento, nos avisos de abertura
de candidaturas aplicáveis e nas normas técnicas aprovadas pelo Conselho de Gestão. 2 - O disposto no número anterior
não prejudica a possibilidade do Conselho de Gestão, nos avisos de abertura de candidaturas, limitar o acesso ao Fundo a
determinadas tipologias de beneficiários.
Artigo 23.º
Apresentação das candidaturas
1 - São estabelecidos períodos para apresentação de candidaturas, mediante anúncios de abertura dos respetivos
procedimentos concursais. 2 - A apresentação das candidaturas efetua-se através da submissão de formulário eletrónico
disponível no portal da DGPM, em www.dgpm.gov.pt (submenu «Fundo Azul»), ao qual são anexados todos os documentos
que constituem o dossier de candidatura (i. e., lista dos documentos a entregar pelo beneficiário e exigidos no âmbito da
candidatura). 3 - As candidaturas estão sujeitas a confirmação eletrónica, a efetuar pela DGPM, considerando-se a data de
submissão como a data de apresentação da candidatura. 4 - O regime-regra previsto nos números precedentes não
prejudica a possibilidade de os anúncios a que alude o artigo seguinte fixarem forma diversa de apresentação de
candidaturas quando tal se justifique.
Artigo 36.º
Intervenções urgentes ou de excecional relevância
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1 - À margem do plano anual de atividades aprovado, o membro do Governo responsável pela área do mar pode, a todo o
tempo, declarar, sob proposta do Conselho de Gestão, a necessidade de abertura de candidaturas para determinada
tipologia de operações consideradas urgentes ou de excecional relevância. 2 - Consideram-se urgentes ou de excecional
relevância, nomeadamente, as intervenções no âmbito da monitorização e de proteção do meio marinho justificadas por
catástrofe ou fundado interesse público.
Artigo 37.º
Regime subsidiário
Em tudo o que não estiver regulado no presente Regulamento, é aplicável o disposto no Código do Procedimento
Administrativo.
(2) Decreto-Lei n.º 16/2016, de 9 de março / Mar. - Cria o Fundo Azul. Diário da República. - Série I - N.º 48 (09-03-2016), p. 769 - 773. https://dre.pt/application/conteudo/73807563
Artigo 1.º (Objeto). - O presente decreto-lei cria o Fundo Azul, doravante designado por Fundo.
Artigo 2.º (Natureza jurídica). - O Fundo tem a natureza de património autónomo e goza de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial, sendo dotado de personalidade judiciária.
Artigo 3.º (Finalidade e objetivos). - 1 - O Fundo tem por finalidade o desenvolvimento da economia do mar, a investigação
científica e tecnológica, a proteção e monitorização do meio marinho e a segurança marítima, através da criação ou do
reforço de mecanismos de financiamento de entidades, atividades ou projetos que cumpram os seguintes objetivos:
a) No âmbito do financiamento ao desenvolvimento da economia do mar:
i) Apoio a start-ups tecnológicas da nova economia do mar;
ii) Apoio às atividades económicas ligadas ao mar, designadamente no âmbito dos auxílios à formação, ao acesso das pequenas e médias
empresas ao financiamento, à investigação, desenvolvimento, e inovação;
iii) Dinamização de instrumentos de reforço ou de financiamento de capital próprio ou de capital alheio e de partilha de risco;
iv) Ações para proteção e desenvolvimento da segurança alimentar e alimentação escolar;
v) Apoio à promoção das energias renováveis;
b) No âmbito do financiamento à investigação científica e tecnológica do mar:
i) Novas linhas de investigação científica e tecnológica aplicadas às prioridades das políticas públicas para o mar;
ii) Desenvolvimento tecnológico para a economia do mar e da biotecnologia;
iii) Transferência de conhecimento na área das políticas públicas e economia do mar;
iv) Investigação aplicada, em parceria com a indústria;
v) Atualização nas áreas da investigação e do desenvolvimento tecnológico para a economia do mar;
c) No âmbito de financiamento da monitorização e proteção do ambiente marinho:
i) Garantir o bom estado ambiental do domínio público marítimo;
ii) Prevenção e combate à poluição do meio marinho;
iii) Proteção ou recuperação de ecossistemas e biodiversidade marinha;
iv) Resposta a situações de emergência de salvaguarda dos interesses nacionais marítimos;
v) Consciencialização social sobre a importância do mar;
d) No âmbito da segurança marítima, salvaguardar a vida humana no mar.
Artigo 17.º (Disposições transitórias). - 1 - As estruturas de funcionamento e gestão do Fundo iniciam os seus trabalhos nos
60 dias posteriores à entrada em vigor do presente decreto-lei. 2 - Nos seis meses posteriores à data de entrada em vigor
do presente decreto-lei, deve ser realizado o capital inicial do Fundo. 3 - Até à data de início do financiamento de entidades,
atividades e projetos pelo Fundo, são lançados todos os atos preparatórios dos procedimentos para atribuição de
financiamento e dos procedimentos necessários à concretização do disposto nos artigos 36.º e seguintes do Decreto-Lei n.º
137/2014, de 12 de setembro. 4 - O Fundo financia entidades, projetos ou atividades, nos termos do presente decreto-lei, a
partir de 1 de janeiro de 2017. 5 - As despesas e encargos com os atos preparatórios necessários à entrada em
funcionamento do Fundo, bem como os custos com a instalação das estruturas de funcionamento e gestão, são suportados
pelo orçamento da DGPM, sem prejuízo do reembolso que venha a ser efetuado pelo Fundo, após a sua entrada em
funcionamento. 6 - As receitas previstas na alínea d) do n.º 1 do artigo 8.º são afetas ao Fundo a partir de 1 de janeiro de
2017.
Artigo 18.º (Entrada em vigor). - O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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IMPOSTO SOBRE OS PRODUTOS PETROLÍFEROS E ENERGÉTICOS (ISP) | GASOLINA SEM
CHUMBO E AO GASÓLEO RODOVIÁRIO
Portaria n.º 345-C/2016, de 30 de dezembro / FINANÇAS E ECONOMIA. - A presente portaria atualiza o valor da taxa
unitária do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos aplicável no continente à gasolina sem chumbo e ao
gasóleo rodoviário. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 3.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(125).
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/345-c/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105673276
O Orçamento do Estado para 2017 tem como base, conforme consta do respetivo relatório, «uma descida na tributação sobre a gasolina
com contrapartida numa subida de igual montante da tributação do gasóleo. Simultaneamente, introduz-se uma moratória na
incorporação de biocombustíveis no gasóleo e gasolina, evitando a subida dos seus preços base. O conjunto das alterações será assim
neutro do ponto de vista do preço do gasóleo e contribuirá para a redução do preço da gasolina.»
Com efeito, o artigo 176.º do Orçamento de Estado para 2017 derrogou a meta de incorporação de biocombustíveis, tendo em vista evitar
por essa via uma subida de cerca de 2 cêntimos no preço de todos os combustíveis.
Essa margem de 2 cêntimos, alcançada pela mencionada derrogação da meta de incorporação de biocombustíveis, permite aproximar a
tributação entre a gasolina e o gasóleo, reduzindo em dois cêntimos o ISP sobre a gasolina e aumentando em dois cêntimos o ISP sobre o
gasóleo.
Conjugando o efeito das duas medidas - alteração dos biocombustíveis (menos 2 cêntimos de custos incorporados nos combustíveis em
relação ao previsto) e alteração do ISP (menos 2 cêntimos na gasolina e mais 2 cêntimos no gasóleo) -, criam-se as condições para o
seguinte efeito: uma redução daquele que seria o preço da gasolina em 2017; uma manutenção daquele que seria o preço do gasóleo em
2017.
Aproxima-se, assim, o ISP vigente em Portugal do praticado na média dos países ocidentais da União Europeia. Os impostos especiais de
consumo na Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Reino Unido e Suécia
ascendem em média a 62 cêntimos por litro na gasolina e a 50 cêntimos por litro no gasóleo. Ou seja, os impostos especiais de consumo
em Portugal são atualmente cerca de 5 cêntimos mais elevados na gasolina e 5 cêntimos mais baixos no gasóleo quando comparado com
aqueles países europeus.
Com a introdução do regime de gasóleo profissional, reduz-se a justificação para a diferença de tributação entre o gasóleo e a gasolina,
pelo que deverá caminhar-se no sentido da aproximação das taxas aplicáveis aos dois tipos de combustível. Esta correção deverá ser
gradual, pois ao longo dos anos houve em Portugal, tal como noutros países europeus, um incentivo à utilização individual de veículos
movidos a gasóleo, eventualmente mais poluentes do que aqueles que funcionam a gasolina, com as inevitáveis consequências ambientais.
Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria atualiza o valor da taxa unitária do imposto sobre os produtos petrolíferos e
energéticos aplicável no continente à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário.
Artigo 2.º (Atualização do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos). - 1 - A taxa do imposto sobre os
produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aplicáveis à gasolina com teor de chumbo igual ou inferior a 0,013 g por litro,
classificada pelos códigos NC 2710 11 41 a 2710 11 49, é de € 548,95 por 1000 l. 2 - A taxa do ISP aplicável ao gasóleo,
classificado pelos códigos NC 2710 19 41 a 2710 19 49, é de € 338,41 por 1000 l.
Artigo 3.º (Norma revogatória). - É revogada a Portaria n.º 291-A/2016, de 16 de novembro.
Artigo 4.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2017.
Em 30 de dezembro de 2016.
O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno. - O Ministro da Economia, Manuel de Herédia Caldeira
Cabral.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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LUSA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DE PORTUGAL, S. A. (LUSA): indemnização compensatória
e contrato de prestação de serviço noticioso e informativo
Resolução do Conselho de Ministros n.º 84-L/2016, de 30 de dezembro / PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. -
Nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 17.º e do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho, do artigo
5.º do Decreto-Lei n.º 167/2008, de 26 de agosto, aprova a minuta do contrato de prestação de serviço noticioso e
informativo a celebrar entre o Estado e a Lusa - Agência de Notícias de Portugal, S. A., e aprova a realização da despesa com
a indemnização compensatória. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 2.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(113).
ELI: http://data.dre.pt/eli/resolconsmin/84-l/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105657341
1 - Aprovar a minuta do contrato de prestação de serviços noticioso e informativo a celebrar entre o Estado Português e a
Lusa - Agência de Notícias de Portugal, S. A., para o triénio de 2017-2019.
2 - Autorizar a realização da despesa com a indemnização compensatória correspondente ao contrato referido no número
anterior, no montante global de € 38 630 157, nos termos previstos no número seguinte.
6 - Estabelecer que a presente resolução reporta os seus efeitos à data da sua aprovação [22-12-2016].
Presidência do Conselho de Ministros, 22 de dezembro de 2016. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
ORÇAMENTO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA PARA 2017
Aquisição, alienação, arrendamento, locação ou oneração de imóveis | Assunção de encargos plurianuais | autorização de
despesas | Compromissos | Contratos de aquisição de serviços | Contribuição sobre o setor bancário | Derrama regional |
Execução do Estatuto Político-Administrativo | Execução orçamental | Finanças locais | IRC | IRS | Operações ativas,
regularização de responsabilidades e prestação de garantias | Operações passivas | Procedimentos de contratação pública
| Seguros de responsabilidade civil extracontratual | Sistema de Normalização Contabilística da Administração Pública
(SNC-AP) | Subsídios e outras formas de apoio |Trabalhadores do setor público
Decreto Legislativo Regional n.º 42-A/2016/M, de 30 de dezembro / REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA. - Ao abrigo do disposto na alínea p) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição e na alínea c) do n.º 1 do artigo
36.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho,
revisto e alterado pelas Leis n.os 130/99, de 21 de agosto, e 12/2000, de 21 de junho, aprova o Orçamento da Região
Autónoma da Madeira para 2017. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 1.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(2) a 5158-
(105). ELI: http://data.dre.pt/eli/declegreg/42-a/2016/m/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105657288
Artigo 1.º (Aprovação do Orçamento). - É aprovado, pelo presente diploma, o Orçamento da Região Autónoma da Madeira
para 2017, constante dos mapas seguintes: a) Mapas I a VIII do orçamento da administração pública regional, incluindo os
orçamentos dos serviços e fundos autónomos; b) Mapa IX, com o programa de investimentos e despesas de desenvolvimento da
administração regional (PIDDAR); c) Mapa X, com as despesas correspondentes a programas; d) Mapa XI, com as transferências no âmbito
das finanças locais; e) Mapa XVII das responsabilidades contratuais plurianuais dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos,
agrupadas por secretarias; f) Mapa XXI, com as receitas tributárias cessantes dos serviços integrados.
Artigo 2.º (Aplicação dos normativos às entidades integradas no setor público administrativo). - 1 - Todas as entidades da
administração pública regional, previstas no âmbito do artigo 2.º da Lei de Enquadramento Orçamental, aprovada em
anexo à Lei n.º 151/2015, de 11 de setembro, independentemente da sua natureza e estatuto jurídico, ficam sujeitas ao
cumprimento dos normativos previstos no presente decreto legislativo regional e no decreto regulamentar regional de
execução orçamental. 2 - O disposto neste diploma prevalece sobre todas as disposições contrárias, ficando ainda sem
efeito todas as obrigações em curso que, de algum modo, impeçam o cumprimento dos objetivos de estabilidade e
disciplina orçamental e dos compromissos assumidos pela Região Autónoma da Madeira. 3 - Fica vedada a celebração de
qualquer negócio jurídico, a assunção de obrigações que impliquem novos compromissos financeiros e a tomada de
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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qualquer decisão que envolva o aumento de despesa, desde que tal contrarie ou torne inexequível o cumprimento dos
compromissos mencionados no número anterior. 4 - Todas as entidades referidas no n.º 1 do presente artigo estão
abrangidas pelas regras aplicáveis à assunção de compromissos e aos pagamentos em atraso constantes na Lei n.º 8/2012,
de 21 de fevereiro, alterada pelas Leis n.os 20/2012, de 14 de maio, 64/2012, de 20 de dezembro, 66-B/2012, de 31 de
dezembro, e 22/2015, de 17 de março.
Artigo 17.º (Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares). - O artigo 2.º do Decreto Legislativo Regional n.º
3/2001/M, de 22 de fevereiro, com a redação consolidada e republicado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 33/2016/M,
de 20 de julho, passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 2.º
[...]
1 - A tabela de taxas do imposto aplicável aos sujeitos passivos de IRS residentes na Região Autónoma da Madeira, em
substituição da tabela de taxas gerais previstas no artigo 68.º do CIRS, é a seguinte:
(ver documento original). 2 - O quantitativo do rendimento coletável, quando superior a € 7 091, é dividido em duas partes:
uma igual ao limite do maior dos escalões que nele couber, à qual se aplica a taxa da coluna (B) correspondente a esse escalão;
outra igual ao excedente, a que se aplica a taxa da coluna (A) respeitante ao escalão imediatamente superior.
3 - [...]. 4 - [...].»
Artigo 18.º (Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas). - Mantêm-se em vigor para a Região Autónoma da
Madeira as taxas de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas, aprovadas pelo artigo 2.º do Decreto Legislativo
Regional n.º 2/2001/M, de 20 de fevereiro, com a redação consolidada pelo Decreto Legislativo Regional n.º 18/2014/M, de
31 de dezembro.
Artigo 19.º (Derrama regional). - Mantém-se em vigor para a Região Autónoma da Madeira, a derrama regional, aprovada
pelos artigos 3.º a 6.º do Decreto Legislativo Regional n.º 14/2010/M, de 5 de agosto, com as alterações introduzidas pelo
Decretos Legislativos Regionais n.os 5/2012/M, de 30 de março e 5-A/2014/M, de 23 de julho.
Artigo 20.º (Contribuição sobre o setor bancário). - É prorrogado o regime da contribuição sobre o setor bancário para a
Região Autónoma da Madeira, aprovado pelos artigos 17.º a 24.º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/2011/M, de 10 de
janeiro, e alterações previstas no artigo 16.º do Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/M, de 30 de março, no artigo 20.º
do Decreto Legislativo Regional n.º 31-A/2013/M, de 31 de dezembro, e no artigo 20.º do Decreto Legislativo Regional n.º
18/2014/M, de 31 de dezembro.
Artigo 75.º (Entrada em vigor). - 1 - O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, produzindo
efeitos desde 1 de janeiro de 2017. 2 - As alterações introduzidas pelo artigo 55.º do presente diploma ao Decreto
Legislativo Regional n.º 17/2007/M, de 12 de novembro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 1/2008 de 4 de
janeiro e alterado pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 24/2012/M, de 30 de agosto, e 2/2013/M, de 2 de janeiro,
produzem efeitos a 7 de julho de 2016.
Aprovado em Sessão Plenária da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, em 16 de dezembro de 2016.
O Presidente da Assembleia Legislativa, José Lino Tranquada Gomes.
Publique-se.
Assinado em 27 de dezembro de 2016.
O Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Barreto.
PAÍSES, TERRITÓRIOS E REGIÕES COM REGIMES DE TRIBUTAÇÃO PRIVILEGIADA
(1) Portaria n.º 345-A/2016, de 30 de dezembro / FINANÇAS. - Alteração à Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro. Diário
da República. - Série I - N.º 250 – 3.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(123) a 5158-(124).
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/345-a/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105669774
A Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, procedeu à publicação, para todos os efeitos previstos na lei, da lista dos países, territórios e
regiões com regimes de tributação privilegiada claramente mais favoráveis.
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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Em 2011, procedeu-se à alteração daquela lista para eliminação da República de Chipre e o Grão-Ducado do Luxemburgo, ambos Estados
membros da União Europeia.
Decorridos cinco anos desde a última alteração, o Governo considera agora oportuno proceder a uma nova revisão, tendo em conta os
desenvolvimentos entretanto ocorridos ao nível da implementação de mecanismos antiabuso no plano da tributação internacional, os
quais tornam, nalguns casos, desnecessária a manutenção de determinados países, territórios e regiões na lista.
Destaca-se, designadamente, a adesão voluntária de certos países, territórios e regiões que atualmente ainda constam da lista, a
instrumentos legais de natureza vinculativa de troca automática de informações no domínio da fiscalidade, tanto ao nível da União
Europeia como da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a conclusão de Convenções para Evitar a Dupla
Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal (CDT) e de Acordos sobre Troca de Informações em Matéria Fiscal (ATI).
Os mecanismos bilaterais e multilaterais de troca de informações são suscetíveis de permitir, relativamente aos países que neles
participam efetivamente, o controlo da deslocação de patrimónios ou rendimentos para regimes mais favoráveis que configure uma erosão
da base tributária portuguesa. Acresce, que a eliminação da lista não traduz de forma automática a desconsideração da jurisdição em causa
do âmbito das restantes normas antiabuso dispersas pelo sistema tributário português que contenham critérios materiais adicionais
alternativos à mera presença na lista (v.g. eliminação da dupla tributação económica de lucros e reservas distribuídos ou imputação de
rendimentos de entidades não residentes sujeiras a um regime fiscal privilegiado), critérios materiais que foram reforçados pelas
alterações legislativas introduzidas pela Lei do Orçamento do Estado para 2017.
Ora, no caso de Jersey, Ilha de Man e Uruguai, cumpre referir que são todos membros do Fórum Global sobre Transparência e Troca de
Informações para efeitos Fiscais e que de acordo com a avaliação realizada por esse organismo da OCDE, Jersey e o Uruguai foram
considerados «largely compliant» e a Ilha de Man «compliant».
Acresce, que Jersey e a Ilha de Man assinaram um ATI com Portugal em 2010, e no caso do Uruguai está em vigor uma Convenção para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e sobre o Património, o qual inclui uma
norma sobre troca de informações em matéria fiscal.
Finalmente, todas as jurisdições referidas aderiram plenamente ao Acordo Multilateral das Autoridades Competentes para a Troca
Automática de Informações de Contas Financeiras, celebrado ao abrigo da Convenção relativa à Assistência Mútua em Matéria Fiscal da
OCDE, adotada em Estrasburgo, em 25 de janeiro de 1988, conforme revista pelo Protocolo de Revisão à Convenção relativa à Assistência
Mútua em Matéria Fiscal, adotado em Paris, em 27 de maio de 2010.
Nestes termos, o Governo considera necessário proceder à revisão da lista constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com a
consequente eliminação do seu âmbito de aplicação de Jersey, Ilha de Man e Uruguai.
Artigo 1.º (Alteração à Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro). - Para os efeitos previstos na lei, a lista dos países,
territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, constante da Portaria n.º
150/2004, de 13 de fevereiro, passa a ter a seguinte redação: 1) Andorra; 2) Anguilha; 3) Antígua e Barbuda; 4) Antilhas Holandesas; 5) Aruba; 6) Ascensão; 7) Bahamas; 8) Bahrain; 9) Barbados; 10) Belize; 11) Ilhas Bermudas; 12) Bolívia; 13) Brunei; 14) Ilhas do Canal (Alderney, Guernesey, Great Stark, Herm, Little Sark, Brechou, Jethou e Lihou); 15) Ilhas Cayman; 16) Ilhas Cocos o Keeling; 17) (Revogado.) 18) Ilhas Cook; 19) Costa Rica; 20) Djibouti; 21) Dominica; 22) Emiratos Árabes Unidos; 23) Ilhas Falkland ou Malvinas; 24) Ilhas Fiji; 25) Gâmbia; 26) Grenada;
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27) Gibraltar; 28) Ilha de Guam; 29) Guiana; 30) Honduras; 31) Hong Kong; 32) Jamaica; 33) Jordânia; 34) Ilhas de Queshm; 35) Ilha de Kiribati; 36) Koweit; 37) Labuán; 38) Líbano; 39) Libéria; 40) Liechtenstein; 41) (Revogado.) 42) Ilhas Maldivas; 43) (Revogado.) 44) Ilhas Marianas do Norte; 45) Ilhas Marshall; 46) Maurícias; 47) Mónaco; 48) Monserrate; 49) Nauru; 50) Ilhas Natal; 51) Ilha de Niue; 52) Ilha Norfolk; 53) Sultanato de Oman; 54) Ilhas do Pacífico não compreendidas nos restantes números; 55) Ilhas Palau; 56) Panamá; 57) Ilha de Pitcairn; 58) Polinésia Francesa; 59) Porto Rico; 60) Quatar; 61) Ilhas Salomão; 62) Samoa Americana; 63) Samoa Ocidental; 64) Ilha de Santa Helena; 65) Santa Lúcia; 66) São Cristóvão e Nevis; 67) São Marino; 68) Ilha de São Pedro e Miguelon; 69) São Vicente e Grenadinas; 70) Seychelles; 71) Suazilândia; 72) Ilhas Svalbard (arquipélago Spitsbergen e ilha Bjornoya); 73) Ilha de Tokelau; 74) Tonga; 75) Trinidad e Tobago; 76) Ilha Tristão da Cunha; 77) Ilhas Turks e Caicos; 78) Ilha Tuvalu; 79) (Revogado.) 80) República de Vanuatu; 81) Ilhas Virgens Britânicas; 82) Ilhas Virgens dos Estados Unidos da América; 83) República Árabe do Yémen.
Artigo 2.º (Produção de efeitos). - A presente portaria produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017.
O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno, em 29 de dezembro de 2016.
(2) Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro / Ministério das Finanças. - Aprova a lista dos países, territórios e regiões com
regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis. Diário da República. - Série I-B - n.º 37 (13-02-2004), p. 860.
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/150/2004/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/578338
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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PLANO E PROGRAMA DE INVESTIMENTOS E DESPESAS DE DESENVOLVIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA PARA O ANO DE 2017
Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira n.º 44/2016/M, de 30 de dezembro / REGIÃO
AUTÓNOMA DA MADEIRA. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA. - Aprova o Plano e Programa de Investimentos e Despesas de
Desenvolvimento da Administração da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2017. Diário da República. - Série I - N.º
250 (30-12-2016), p. 5157.
ELI: http://data.dre.pt/eli/resolalram/44/2016/m/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105658682
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL PARA O CONTINENTE (PDR 2020)
Resolução do Conselho de Ministros n.º 84-H/2016, de 30 de dezembro / PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. -
Autoriza, em sede de reprogramação do PDR 2020, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural a definir a
percentagem de cofinanciamento nacional, até ao ano de 2022. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 2.º Suplemento
(30-12-2016), p. 5158-(111).
ELI: http://data.dre.pt/eli/resolconsmin/84-h/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105657337
Face à realidade orçamental do PDR 2020 e por forma a assegurar a sua plena execução no quadro dos compromissos
programáticos do Governo, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural comunicou à Comissão Europeia
uma proposta de reprogramação deste programa, para, designadamente: a) Elevar de €25 000,00 para € 40 000,00 o montante
máximo elegível dos projetos de investimento para os pequenos agricultores; b) Elevar de € 15 000,00 para € 20 000,00 o valor base do
prémio à primeira instalação para os jovens agricultores, com compensação nos valores mais elevados, por forma a assegurar a
neutralidade financeira; c) Privilegiar os jovens agricultores que pretendam instalar-se assumindo a atividade agrícola como ocupação
principal, bem como privilegiar o estabelecimento de residência na zona da exploração e, por outro lado, flexibilizar as exigências em
termos de investimento mínimo; d) Estabelecer como limite de investimento máximo elegível por beneficiário, durante o período de
programação, o valor de € 5 000 000,00, no caso dos apoios ao investimento nas explorações agrícolas e de € 10 000 000,00, no caso dos
apoios ao investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas.
1 - Autorizar, em sede de reprogramação do Programa de Desenvolvimento Rural para o Continente (PDR 2020), o Ministro
da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural a definir a percentagem de cofinanciamento nacional, nos seguintes
termos: a) 2017 - Até 16 %; b) 2018 - Até 16 %; c) 2019 - Até 19 %; d) 2020 e seguintes - Até 23 %.
2 - Determinar que a presente resolução entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Presidência do Conselho de Ministros, 22 de dezembro de 2016. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
REABILITAÇÃO URBANA
Estrutura de Gestão do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020)
Resolução do Conselho de Ministros n.º 84-O/2016, de 30 de dezembro / PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. -
Nos termos dos artigos 44.º, 46.º e 47.º do Código do Procedimento Administrativo, do n.º 1 do artigo 36.º e do artigo
109.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2009, de 29 de janeiro, da alínea e) do n.º 1 do
artigo 17.º e do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho, mantidos em vigor pela alínea f) do n.º 1 do
artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, da alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de
fevereiro, do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, autoriza o lançamento dos procedimentos
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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financeiros para a reabilitação urbana. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 2.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(114)
a 5158-(116).
ELI: http://data.dre.pt/eli/resolconsmin/84-o/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105657344
A mobilização de instrumentos financeiros para a regeneração e revitalização física, económica e social em zonas urbanas insere-se nas
novas diretrizes da política regional europeia, que relevam o potencial do apoio reembolsável e, em particular, dos instrumentos
financeiros, na maximização do efeito dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), pela sua capacidade de combinar
diferentes fontes de recursos públicos e privados, bem como de assegurar um fluxo renovável de meios financeiros para investimentos
estratégicos.
Assim, os Programas Operacionais Regionais (POR) mobilizaram dotações para a criação de um instrumento financeiro para promover a
regeneração e revitalização física, económica e social a que acresce, no caso dos POR das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a
componente de eficiência energética em habitação particular.
Complementarmente, o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) prevê, para o Continente, a
utilização de instrumento financeiro para promover a eficiência energética em habitação particular.
Neste contexto, foi criado o Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas, designado por IFRRU 2020, e a respetiva
entidade gestora, cujo quadro de funcionamento foi definido pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 52-A/2015, de 23 de julho, e que
visa reunir num único instrumento financeiro diversas fontes de financiamento, quer comunitárias, como os FEEI e o Banco Europeu de
Investimento, quer outras como o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, com vista a apoiar a reabilitação e revitalização
urbanas em todo o território nacional.
Assim, e constituindo a regeneração e a revitalização física, económica e social em zonas urbanas uma das áreas prioritárias de atuação
para o Governo, o IFRRU 2020 agregará verbas provenientes dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento aprovadas pelas
Autoridades de Gestão de todos os POR do Continente e das Regiões Autónomas, bem como do POSEUR, na sequência do Aviso à
apresentação de candidaturas dirigido à Estrutura de Gestão do IFRRU 2020, complementadas por verbas do Banco Europeu de
Investimento (BEI), no valor até € 500 000 000,00, a disponibilizar em tranches de até € 100 000 000,00 do Banco de Desenvolvimento do
Conselho da Europa (CEB), no valor de até € 80 000 000,00, a disponibilizar em tranches de até € 40 000 000,00.
Tendo em conta o princípio da adicionalidade, que impede que os FEEI se substituam ao investimento público de cada Estado-Membro, as
dotações programadas dos FEEI e aprovadas pelas Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais do Portugal 2020, para o IFRRU
2020, devem ser acompanhadas da correspondente Contrapartida Pública Nacional (CNP).
A Direção-Geral do Tesouro e Finanças, enquanto entidade que tem por missão assegurar a efetivação das operações de intervenção
financeira do Estado, conforme estabelecido no Decreto-Lei n.º 156/2012, de 18 de julho, e que, nos termos da alínea c) do n.º 13 da
Resolução do Conselho de Ministros n.º 52-A/2015, de 23 de julho, integra o Comité de Investimento do IFRRU 2020, e assegura a
disponibilização das verbas adequadas inscritas e a inscrever no Orçamento do Estado, como ativos financeiros, ao IFRRU 2020 de forma a
agregar as diferentes fontes de financiamento do Estado para o efeito, através do BEI e do CEB e garantir o financiamento da CPN.
De modo a otimizar as condições de alavancagem dos recursos públicos, através da mobilização de recursos privados de instituições
financeiras, deve ser lançado um procedimento aberto, transparente, proporcionado e não discriminatório, que evite conflitos de
interesses, tal como previsto no artigo 38.º do Regulamento (UE) n.º 1303/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de
dezembro de 2013.
Atendendo a que se pretende assegurar a seleção, por um lado, das entidades gestoras e, por outro, dos instrumentos financeiros a
disponibilizar aos beneficiários finais, a modalidade de procedimento que se revela mais adequada é a do concurso limitado por prévia
qualificação, na medida em que permite que se aprecie preliminarmente a capacidade técnica e financeira dos candidatos e,
subsequentemente, as respetivas propostas, sendo estas selecionadas por aplicação do modelo de avaliação estruturado tendo em conta
os critérios de seleção aprovados nos Comités de Acompanhamento dos Programas Operacionais financiadores.
Atendendo, ainda, a que se pretendem criar dois tipos de instrumentos financeiros, empréstimos ou equivalentes e garantias ou
contragarantias, e que os mesmos sejam complementares, afigura-se adequada a realização de um procedimento único, organizado por
lotes de dimensão distinta, dos quais 5 lotes cujo objeto é a concessão de empréstimos ou equivalentes, e 1 lote dedicado a garantias ou
contragarantias para empréstimos concedidos exclusivamente com capital das entidades selecionadas nos lotes de empréstimos, sendo a
adjudicação limitada a um número máximo de 1 lote a cada concorrente, de modo a promover a concorrência na execução dos contratos e
sem prejuízo da salvaguarda de metas de execução e condições de flexibilidade na atribuição e gestão das dotações em função,
designadamente, do desempenho das entidades gestoras.
Considerando o valor dos encargos associados ao procedimento concursal de seleção dos instrumentos financeiros e das respetivas
entidades gestoras, o órgão competente para a decisão de contratar é o Conselho de Ministros, atento do disposto no n.º 1 do artigo 36.º
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do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2009, de 29 de janeiro, e na alínea e) do n.º 1 do artigo 17.º do
Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho, mantida em vigor pela alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 18/2008.
Procede-se, ainda, à alteração dos n.ºs 7 e 13 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 52-A/2015, de 23 de julho, visando,
nomeadamente, conferir maior eficácia e eficiência ao funcionamento do IFRRU 2020.
1 - Autorizar, através da Estrutura de Gestão do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU
2020) criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 52-A/2015, de 23 de julho, o lançamento do procedimento e a
realização da despesa com a seleção dos instrumentos financeiros e das respetivas entidades gestoras no âmbito do IFRRU
2020, até ao montante de € 703 232 323,56, correspondente ao somatório das seguintes fontes de financiamento: a) € 102
720 159,88, provenientes de Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), previstas nas candidaturas aprovadas pelas
Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais Regionais (POR) do Norte, do Centro, de Lisboa, do Alentejo, do Algarve, da Região
Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira, bem como do Programa Operacional Temático Sustentabilidade e Eficiência no
Uso de Recursos; b) € 500 000 000,00, provenientes de empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI), assegurados pela Direção-
Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) ao IFFRU 2020; c) € 80 000 000,00, provenientes de empréstimos do Banco de Desenvolvimento do
Conselho da Europa (CEB), assegurados pela DGTF ao IFFRU 2020; d) € 20 512 163,68, a título de Contrapartida Pública Nacional (CPN) dos
financiamentos dos FEEI, assegurados pela DGTF, ao IFRRU 2020.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, o valor global estimado dos contratos a celebrar com as entidades
gestoras financeiras (EGF), ascende a € 6 914 460,67, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor, definido nos termos do n.º
13 do artigo 5.º da Diretiva 2014/24/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, que consiste no
valor máximo a pagar pela prestação de serviços financeiros que reveste a forma de custos e comissões de gestão dos
intermediários financeiros, ascendendo este valor, com IVA à taxa legal em vigor, que ascende assim a € 8 504 786,62,
incluído na dotação prevista na alínea a) do número anterior.
3 - Determinar, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 18/2009, de 29 de janeiro, o recurso ao procedimento pré-contratual de concurso limitado por prévia
qualificação com publicação de anúncio no Jornal Oficial da União Europeia.
4 - Delegar no Ministro do Ambiente, com a faculdade de subdelegação, ao abrigo do disposto no artigo 109.º do CCP, a
competência para a prática de todos os atos a realizar no âmbito do procedimento referido nos números anteriores,
incluindo a competência para aprovação das peças do concurso, decisão de qualificação e de contratar, em coordenação
com o membro do Governo responsável pela área das finanças.
5 - Estabelecer que a realização da despesa prevista no n.º 1 se efetua de acordo com as regras de financiamento fixadas
nos Programas Operacionais Regionais do Norte, do Centro, de Lisboa, do Alentejo, do Algarve e das Regiões Autónomas
dos Açores e da Madeira, e no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), bem
como nos empréstimos do BEI e do CEB, para o financiamento de operações de reabilitação urbana.
6 - Determinar que os recursos financeiros referidos na alínea a) do n.º 1 são satisfeitos pelas verbas dos FEEI inscritas nas
candidaturas aprovadas pelas Autoridades de Gestão dos Programas Operacionais Regionais (POR) do Norte, do Centro, de
Lisboa, do Alentejo, do Algarve, da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira, bem como do
Programa Operacional Temático Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, cujo beneficiário é a Estrutura de Gestão
do IFRRU 2020.
7 - Determinar que os recursos financeiros referidos nas alíneas b) a d) do n.º 1 são satisfeitos pelas verbas inscritas e a
inscrever no Orçamento do Estado, no capítulo 60 afeto à DGTF, em ativos financeiros.
8 - Determinar que os recursos financeiros referidos na alínea a) do n.º 1, com exceção dos fundos com natureza de
subvenção, aprovados pelas Autoridades de Gestão dos POR do Norte, do Centro, de Lisboa, do Alentejo, do Algarve e pelo
Programa Operacional Temático Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos são inscritas no orçamento da Agência
para o Desenvolvimento e Coesão, I. P., em ativos financeiros, prevendo os Governos Regionais da Região Autónoma dos
Açores e da Região Autónoma da Madeira os termos e condições da inscrição referentes aos financiamentos aprovados
pelas Autoridades de Gestão dos respetivos Programas Operacionais.
9 - Autorizar a Estrutura de Gestão do IFRRU 2020 a gerir as verbas disponibilizadas pela DGTF e a realizar as transferências
para as EGF selecionadas, bem como as verbas provenientes dos FEEI, à medida das necessidades de execução dos
investimentos a concretizar pelos beneficiários finais.
10 - Determinar que, por Protocolo a celebrar entre a DGTF e a Estrutura de Gestão do IFFRU 2020, sejam fixados os termos
e condições da gestão das verbas referidas no número anterior e respetivas transferências para as EGF, da remuneração
das verbas transferidas e das mutuadas, dos procedimentos de reembolso, de recuperação de créditos, e da prestação de
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informação que assegure a monitorização das verbas mutuadas pelo Estado, bem como, da prestação de informação ao
Tribunal de Contas e do integral cumprimento dos requisitos exigidos nos empréstimos do BEI e do CEB.
11 - Autorizar a repartição dos encargos com os contratos decorrentes do procedimento, da seguinte forma: a) 2017 - € 141
700 000,00 a assegurar pela DGTF e € 25 680 039,97 pelas verbas provenientes dos FEEI aprovadas pelos PO; b) 2018 - € 123 135 360,61 a
assegurar pela DGTF; c) 2019 - € 113 135 360,61 a assegurar pela DGTF e € 25 680 039,97 pelas verbas provenientes dos FEEI aprovadas
pelos PO; d) 2020 - € 55 635 360,61 a assegurar pela DGTF; e) 2021 - € 55 635 360,61 a assegurar pela DGTF e € 25 680 039,97 pelas verbas
provenientes dos FEEI aprovadas pelos PO; f) 2022 - € 55 635 360,61 a assegurar pela DGTF; g) 2023 - € 55 635 360,61 a assegurar pela
DGTF e € 25 680 039,97 pelas verbas provenientes dos FEEI aprovadas pelos PO.
12 - Estabelecer que os montantes fixados no número anterior, para cada ano económico, podem ser acrescidos dos
montantes não executados do ano anterior, desde que não altere o montante global.
13 - Determinar que as despesas de funcionamento da Estrutura de Gestão do IFRRU 2020 e respetiva contrapartida pública
são suportadas pelo orçamento do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P. (IHRU, I. P.), mediante
transferência do Orçamento de Estado no que se refere à contrapartida pública, competindo ao IHRU, I. P., a respetiva
autorização de realização de despesa, sem prejuízo da elaboração de instrumentos de gestão próprios daquela Estrutura de
Gestão, designadamente o plano e relatório de atividades e o SIADAP.
14 - Determinar que a Estrutura de Gestão do IFRRU 2020 atua na dependência do membro do Governo responsável pela
área da habitação e reabilitação urbana.
15 - Determinar a alteração dos n.ºs 7 e 13 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 52-A/2015, de 23 de julho, que
passam a ter a seguinte redação:
«7 - Determinar que compete à Comissão Diretiva da Estrutura de Gestão do IFRRU 2020 a prática dos atos necessários à
regular e plena execução do IFRRU 2020, bem como ao normal funcionamento da Estrutura de Gestão do IFRRU 2020 no
âmbito da gestão dos recursos humanos, financeiros e materiais afetos ao secretariado técnico, o qual exerce as funções que
por aquela lhes sejam atribuídas.
13 - [...]: (...).
g) Por um representante do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P.;
h) Por um representante do Instituto do Turismo de Portugal, I. P.»
Presidência do Conselho de Ministros, 22 de dezembro de 2016. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
RESERVA ECOLÓGICA NACIONAL: medida REN Digital
Depósito efetuado por via eletrónica através da plataforma do Sistema de Submissão Automática para Publicação e Depósito | Direção-
Geral do Território | Programa Simplex + 2016 | Sistema Nacional de Informação Territorial (SNIT)
Portaria n.º 343/2016, de 30 de dezembro / PRESIDÊNCIA E DA MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E AMBIENTE. - Institui e
define o procedimento de submissão automática para publicação e depósito dos atos mencionados nos artigos 12.º e 13.º
do Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto. Diário
da República. - Série I - N.º 250 (30-12-2016), p. 5145
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/343/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105658678
O Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), consagrado no Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, estatui que, após a
aprovação da delimitação desta Reserva, a respetiva comissão de coordenação e desenvolvimento regional procede ao envio das cartas de
delimitação da REN a nível municipal, à escala 1: 25 000 ou superior, para publicação na 2.ª série do Diário da República.
Ainda de acordo com o referido Regime Jurídico, à Direção-Geral do Território compete proceder ao depósito das cartas da REN e da
respetiva memória descritiva, bem como das eventuais correções materiais e retificações efetuadas nos termos da lei, sendo tais
elementos disponibilizados na Internet, através do Sistema Nacional de Informação Territorial (SNIT).
Com a presente portaria, e em observância do Plano de Ação do Ministério do Ambiente no âmbito do Programa Simplex + 2016, em
particular em execução da medida REN Digital, o referido depósito passa a ser efetuado por via eletrónica, através da plataforma do
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Sistema de Submissão Automática para Publicação e Depósito gerida pela Direção-Geral do Território, com óbvios ganhos para a celeridade
da prática do ato de depósito e, sobretudo, para a certeza e segurança jurídica, na medida em que é facilitada a consulta desta importante
restrição de utilidade pública, pelo público interessado.
Artigo 1.º - A presente portaria institui e define o procedimento de submissão automática para publicação e depósito dos
atos mencionados nos artigos 12.º e 13.º do Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), constante do Decreto-Lei
n.º 166/2008, de 22 de agosto, na redação que lhe foi conferida pelos Decretos-Leis n.os 239/2012, de 2 de novembro,
96/2013, de 19 de julho, e 80/2015, de 14 de maio.
Artigo 2.º - Os atos de publicação no Diário da República e de depósito na Direção-Geral do Território, referidos no número
anterior, são remetidos através da plataforma de submissão automática a que se refere a Portaria n.º 245/2011, de 22 de
junho, respeitando os requisitos aprovados pela Direção-Geral do Território para a gestão da mencionada plataforma.
Artigo 3.º - As alterações ou correções da delimitação da REN determinam a publicação integral da respetiva carta.
Artigo 4.º - A informação geográfica constante da cartografia da REN submetida para publicação é estruturada de acordo
com o modelo de dados aprovado pela Comissão Nacional do Território, prevista no artigo 184.º do Decreto-Lei n.º
80/2015, de 14 de maio.
Artigo 5.º - A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2017.
A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel de Lemos Leitão Marques, em 23 de dezembro
de 2016. - O Ministro do Ambiente, João Pedro Soeiro de Matos Fernandes, em 27 de dezembro de 2016.
SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO DE SUPERFÍCIE DE PASSAGEIROS NA
CIDADE DE LISBOA
Transferência da posição contratual detida pelo Estado no Contrato de Concessão de Serviço Público celebrado com a Carris para o
município de Lisboa
Decreto-Lei n.º 86-D/2016, de 30 de dezembro / AMBIENTE. - Atribui ao município de Lisboa a assunção plena das
atribuições e competências legais no que respeita ao serviço público de transporte coletivo de superfície de passageiros na
cidade de Lisboa, transfere a posição contratual detida pelo Estado no Contrato de Concessão de Serviço Público celebrado
com a Carris, e transmite a totalidade das ações representativas do capital social da Carris do Estado para o município de
Lisboa. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 3.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(128) a 5158-(133).
ELI: http://data.dre.pt/eli/dec-lei/86-d/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105673279
Após várias décadas sob a direção estratégica do município de Lisboa, o serviço público de transporte coletivo de passageiros à superfície
em Lisboa passou, no âmbito do processo de nacionalizações subsequente ao 25 de Abril de 1974, para a titularidade do Estado português.
Concretamente, em 1975, por via do Decreto-Lei n.º 346/75, de 3 de julho, o Estado, além de determinar a nacionalização da participação
social do município de Lisboa na Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A. (Carris), assumiu todas as situações jurídicas que o município
detinha em relação à Carris. Por meio deste diploma, não apenas o serviço público de transporte em causa passou para a titularidade do
Estado, como a Carris assumiu o estatuto de sociedade anónima, controlada inicialmente de forma maioritária, e depois integralmente,
pelo Estado.
Desde então, o Estado substitui-se ao município de Lisboa na relação contratual que, tendo por objeto o serviço público de transporte
coletivo de passageiros à superfície em Lisboa - com possibilidade de alargamento a zonas limítrofes - por meio de autocarros, carros
elétricos e ascensores mecânicos, este havia constituído com a Carris, por um período de 50 anos, nos termos do respetivo título
contratual e do Decreto-Lei n.º 688/73, de 21 de dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 300/75, de 20 de junho, e 485/88, de 30 de
dezembro.
O enquadramento jurídico do contrato de concessão celebrado entre o Estado e a Carris só veio a ser novamente alterado pelo Decreto-Lei
n.º 174/2014, de 5 de dezembro, na sequência do qual o Estado celebrou com a Carris, em 23 de março de 2015, o Contrato de Concessão
de Serviço Público de Transporte Coletivo de Superfície de Passageiros, modificando amplamente a concessão originariamente atribuída à
Carris pelo município de Lisboa em 1973.
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O serviço público prestado pela Carris é hoje juridicamente regulado por diplomas de fonte europeia e nacional, aí se destacando,
respetivamente, o Regulamento (CE) n.º 1370/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2007, relativo aos serviços
públicos de transporte ferroviário e rodoviário de passageiros, e a Lei n.º 52/2015, de 9 de junho, que aprova o Regime Jurídico do Serviço
Público de Transporte de Passageiros (RJSPTP), alterada pela Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, que veio complementar o disposto no
mencionado regulamento.
Nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do RJSPTP, bem como da alínea c) do n.º 2 do artigo 23.º e da alínea e) do n.º 1 do artigo 33.º da Lei n.º
75/2013, de 12 de setembro, que estabelece o regime jurídico das autarquias locais e o da transferência de competências do Estado para
as autarquias locais, incumbe aos municípios a prossecução das atribuições e o exercício das competências de autoridade de transportes
quanto aos serviços públicos de transporte de passageiros de âmbito municipal - definidos estes, nos termos da alínea s) do artigo 3.º do
RJSPTP, como os que se desenvolvem integral ou maioritariamente dentro da área geográfica de um município, mesmo que existam linhas
secundárias e complementares ou outros elementos acessórios dessa atividade que entrem no território de municípios imediatamente
contíguos.
Não obstante, em exceção àquela regra, o RJSPTP determinou, na alínea c) do n.º 1 do seu artigo 5.º, que fosse o Estado o titular das
atribuições e das competências de autoridade de transportes no âmbito do serviço público de transporte de passageiros operado pela
Carris, até 31 de dezembro de 2023, data correspondente ao termo do prazo da concessão de serviço público em vigor.
O Programa do XXI Governo Constitucional é muito claro a respeito da necessidade de reforçar as competências das autarquias locais e
entidades intermunicipais, de acordo com os princípios constitucionais da descentralização e subsidiariedade, assumindo-se que estas são
as pessoas coletivas melhor vocacionadas para a gestão de alguns serviços públicos essenciais numa dimensão de proximidade. Nesse
sentido, o serviço público de transporte coletivo de passageiros à superfície em Lisboa não deve, naturalmente, constituir uma exceção a
esta orientação política e a este central compromisso governativo com a cidade, mormente tendo em conta que a direção estratégica
municipal deste serviço constituiu uma realidade durante um longo período de tempo.
Recorde-se, por outro lado, que o já mencionado Regulamento (CE) n.º 1370/2007 afirma, de um modo claro, no seu considerando 12, a
legitimidade da operação dos serviços públicos de transporte de passageiros por parte de empresas públicas, fazendo eco dos princípios da
neutralidade no que se refere ao regime de propriedade consagrado no artigo 345.º do Tratado de Funcionamento da União Europeia, da
liberdade de os Estados-Membros definirem os serviços de interesse económico geral no seu território, da subsidiariedade e da
proporcionalidade.
Neste sentido, o XXI Governo Constitucional decidiu, em estreita articulação e acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, reconhecer ao
município de Lisboa a plenitude das atribuições e competências de autoridade de transportes relativamente ao serviço explorado pela
Carris, por um lado, e «municipalizar» a empresa Carris, por outro, transferindo para aquela autarquia a titularidade do respetivo capital
social.
O presente diploma opera igualmente, em plena conformidade com as regras constitucionais e europeias aplicáveis, a transmissão para o
município de Lisboa da posição jurídica do Estado no contrato de concessão de serviço público atualmente vigente.
A Carris continuará, assim, a qualificar-se como operador interno, agora do município de Lisboa, ficando este a exercer sobre aquela um
controlo análogo ao que exerce sobre os seus próprios serviços, nos termos e para os efeitos previstos no Regulamento (CE) n.º
1370/2007. O município de Lisboa assumirá os resultados de exploração da empresa e, bem assim, a obrigação de pagamento à Carris das
compensações por obrigações de serviço público a que haja lugar, em cumprimento das exigências previstas naquele regulamento, sem
prejuízo do acesso da Carris às demais compensações financeiras que, nos termos da lei, lhe sejam devidas, nomeadamente associadas à
disponibilização de títulos de transporte intermodais e de passes sociais.
Por sua vez, e sem prejuízo do referido, o Estado assume (i) a dívida financeira da Carris, por cuja criação foi responsável enquanto
acionista e autoridade de transportes, na medida em que não atribuiu à Carris, por diversas vezes, as indemnizações compensatórias pela
prestação de serviço público que eram devidas à empresa; (ii) as responsabilidades formadas e em formação com complementos de
pensões dos trabalhadores da Carris já aposentados em 31 de dezembro de 2016 ou contratados até essa data, nos termos do Acordo de
Empresa em vigor nessa data; e, ainda (iii) as responsabilidades contingentes decorrentes da anulação do Contrato de Subconcessão da
Exploração do Sistema de Transporte da Carris, bem como da execução contratual ou judicial de operações de derivados financeiros
contratadas pela empresa até 31 de dezembro de 2016.
Impõe-se igualmente, sem prejuízo da integração da Carris no setor empresarial local - mas atendendo às suas concretas circunstâncias e
vicissitudes históricas, já que, apesar das suas origens municipais, está há mais de 40 anos enquadrada no setor empresarial do Estado -,
manter inalterados os termos da sua governação e, bem assim, os quadros estatutário e laboral dos seus gestores e dos trabalhadores,
respetivamente.
Também a natureza, história, relevância e dimensão das atividades desenvolvidas pela Carris justificam, tanto no que respeita à
organização e funcionamento da empresa como no que respeita ao regime de constituição, aquisição e alienação de participações sociais e
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ao regime da cisão, fusão e dissolução, a consagração de soluções concretamente ajustadas à respetiva índole, diferentes das pensadas
para a generalidade das empresas originariamente constituídas no âmbito do setor empresarial local, de forma que permita a integração
plena dos vários instrumentos de mobilidade urbana que estarão sob gestão do município de Lisboa.
O novo modelo de gestão visa a elevação dos atuais patamares de eficiência e sustentabilidade no desenvolvimento do serviço público de
transporte de passageiros, e pretende reforçar a promoção de políticas de sustentabilidade ambiental e de redução da emissão de
poluentes, designadamente através da renovação da frota de autocarros da Carris com veículos movidos a gás natural, energia elétrica ou
outras formas de energia passíveis de gerar ganhos ambientais.
Artigo 1.º (Objeto). - 1 - O presente decreto-lei tem por objeto: a) O termo do regime transitório determinado pelo Regime Jurídico
do Serviço Público de Transporte de Passageiros no que se refere ao serviço público de transporte de passageiros explorado na área
metropolitana de Lisboa, ao abrigo da relação concessória entre o Estado e o operador interno Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.
(Carris), e que tem por efeito a assunção plena, pelo município de Lisboa, das atribuições e competências legais no que respeita ao serviço
público de transporte coletivo de superfície de passageiros na cidade de Lisboa; b) A transmissão para o município de Lisboa da posição
contratual detida pelo Estado no contrato de concessão de serviço público celebrado com a Carris; c) A transmissão da totalidade das ações
representativas do capital social da Carris, do Estado para o município de Lisboa. 2 - São ainda definidas, para os efeitos da alínea c)
do número anterior: a) As obrigações financeiras do Estado e do município de Lisboa; b) O estatuto aplicável ao setor empresarial do
município de Lisboa dedicado à mobilidade urbana. 3 - O presente decreto-lei procede ainda à alteração: a) Do Decreto-Lei n.º
174/2014, de 5 de dezembro, que estabelece o quadro jurídico geral da concessão de serviço público de transporte público coletivo de
superfície de passageiros na cidade de Lisboa, sem prejuízo da manutenção da concessão atribuída à Companhia Carris de Ferro de Lisboa,
S. A.; b) Do Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros (RJSPTP), aprovado pela Lei n.º 52/2015, de 9 de junho,
alterada pela Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março.
Artigo 2.º (Autoridade de transportes). - O município de Lisboa é a autoridade de transportes relativamente ao serviço
público de transporte coletivo de passageiros à superfície de passageiros de âmbito municipal que se desenvolve
maioritariamente na cidade de Lisboa, explorado pela Carris ao abrigo do Contrato de Concessão de Serviço Público de
Transporte Coletivo de Superfície de Passageiros, de 31 de dezembro de 1973, na versão de 23 de março de 2015, entre o
Estado e a Carris, e que tem por objeto a exploração, em regime de exclusividade, do serviço público de transporte coletivo
de superfície de passageiros por meio de autocarros, carros elétricos, ascensores mecânicos e um elevador, no território da
cidade de Lisboa, nos termos e para os efeitos da legislação em vigor.
Artigo 3.º (Modificação do Contrato de Concessão de Serviço Público). - 1 - Na data da entrada em vigor do presente
decreto-lei, o município de Lisboa sucede na posição jurídica do Estado no contrato de concessão de serviço público
identificado no artigo anterior, com todos os poderes públicos, direitos e obrigações inerentes. 2 - O presente decreto-lei
constitui título bastante para a transmissão da posição contratual referida no número anterior.
Artigo 4.º (Transmissão de ações). - 1 - Por efeito da entrada em vigor do presente decreto-lei, consideram-se transmitidas
do Estado para o município de Lisboa, independentemente de quaisquer formalidades, todas as ações representativas do
capital social da Carris. 2 - A transmissão prevista no número anterior abrange a universalidade de direitos e obrigações de
que é titular a Carris, incluindo as participações sociais da Carris noutras sociedades, sem prejuízo do disposto no artigo 9.º
3 - O presente decreto-lei constitui título bastante para todos os efeitos legais, designadamente os de registo no que se
refere à transmissão de ações operada nos termos presente artigo.
Artigo 5.º (Transmissão de património imobiliário). - 1 - Com a entrada em vigor do presente decreto-lei, os imóveis que
são propriedade da Carris em 31 de dezembro de 2016 mantêm-se na sua titularidade, no âmbito e para efeitos do
contrato de concessão de serviço público, enquanto estejam afetos, direta ou indiretamente, ao desenvolvimento das
atividades concedidas à Carris, sem prejuízo da possibilidade da sua valorização e aproveitamento das suas partes
indissociáveis que estejam transitoriamente desocupadas através da permissão do seu uso, a título oneroso, por terceiros.
2 - Cessando as destinações referidas no número anterior, os imóveis em causa consideram-se transmitidos para o Estado.
3 - Os imóveis identificados no anexo i ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante, são transmitidos para o
Estado na data de entrada em vigor do presente decreto-lei, transferindo-se igualmente a posição contratual nos contratos
de arrendamento que sobre eles incidam. 4 - O presente decreto-lei constitui título bastante para todos os efeitos legais,
designadamente os de registo, no que se refere às transmissões de imóveis e às cessões de posição contratual previstas nos
n.os 2 e 3.
Artigo 6.º (Obrigações financeiras do Estado). - O Estado assume as obrigações inerentes às seguintes matérias: a) À dívida
financeira da Carris, enquanto dívida bancária acumulada reconhecida no balanço da Carris em 31 de dezembro de 2016, bem como os
encargos financeiros resultantes da referida dívida que se possam vencer após aquela data; b) Às responsabilidades formadas ou em
formação relativas a complementos de pensões de reforma ou invalidez dos trabalhadores da Carris já reformados em 31 de dezembro de
2016, e dos trabalhadores em funções na Carris nessa data, tal como previstas no âmbito do acordo de empresa regulador das relações
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laborais existentes entre a Carris e os trabalhadores ao seu serviço, na redação em vigor em 31 de dezembro de 2016, a assumir pela Caixa
Geral de Aposentações e a regular em diploma próprio; c) A quaisquer eventuais responsabilidades que venham a ser apuradas, em termos
definitivos, designadamente por sentença judicial ou acórdão arbitral transitados em julgado, incluindo despesas, honorários de advogados
e custas, em decorrência da anulação, determinada por deliberação do conselho de administração da Carris de 24 de março de 2016, do
ato de adjudicação praticado através da Deliberação do Conselho de Administração da mesma entidade, de 3 de julho de 2015, no âmbito
do procedimento de Concurso relativo ao Contrato de Subconcessão da Exploração do Sistema de Transporte da Companhia Carris de
Ferro de Lisboa, S. A., bem como da anulação, também deliberada por aquele órgão social em 24 de março de 2016, do Contrato de
Subconcessão da Exploração do Sistema de Transporte da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A., assinado em 23 de setembro de 2015
com um operador privado; d) Às compensações financeiras no âmbito da prestação da obrigação de serviço público de disponibilização de
títulos de transporte intermodais, nomeadamente os passes sociais, nos termos do regime legal que à data vigore; e) A quaisquer
eventuais responsabilidades que venham a ser apuradas, em termos definitivos, incluindo despesas, honorários de advogados e custas, em
decorrência da celebração pela Carris, até 31 de dezembro de 2016, de contratos de derivados financeiros com instituições financeiras,
seja por via de execução ou liquidação contratual, seja por via judicial ou arbitral; f) A quaisquer eventuais responsabilidades que venham a
ser apuradas, em termos definitivos, designadamente por sentença judicial ou acórdão arbitral transitados em julgado, desde que a Carris
não tenha deixado de atuar, na direção dos correspondentes processos, como um gestor diligente, criterioso e ordenado, em prol do
interesse da empresa, relativamente a factos formados até 31 de dezembro de 2016 ou, caso se trate de responsabilidades relativas a
factos que, tendo tido início até essa data, se formaram posteriormente, e, em qualquer dos casos, desde que as mesmas não estejam
reveladas no balanço da Carris referente ao ano de 2016.
Artigo 7.º (Obrigações financeiras do município de Lisboa). - 1 - O município de Lisboa assume a responsabilidade pelo
financiamento das obrigações de serviço público impostas à Carris, bem como a responsabilidade pelos respetivos
resultados de exploração. 2 - Sem prejuízo do disposto no contrato de concessão de serviço público celebrado com a Carris,
o município de Lisboa pode criar um fundo municipal destinado a auxiliar o financiamento das políticas de mobilidade
urbana e, nomeadamente, das obrigações de serviço público impostas à Carris, designadamente, entre outras, através da
afetação do produto das receitas a que se refere o artigo 11.º do RJSPTP, nos termos estabelecidos no presente decreto-lei
e em regulamento municipal a aprovar pelos órgãos competentes da autarquia.
Artigo 11.º (Alteração ao Decreto-Lei n.º 174/2014, de 5 de dezembro). - O artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 174/2014, de 5 de
dezembro, passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 5.º
[...]
Sem prejuízo do que se encontre previsto na lei e do que resulte do contrato de concessão, o município de
Lisboa detém os seguintes poderes gerais: a)... b)... c)... d)... e)...»
Artigo 12.º (Alteração à Lei n.º 52/2015, de 9 de junho). - O artigo 5.º do RJSPTP, aprovado em anexo à Lei n.º 52/2015, de
9 de junho, alterado pela Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, passa a ter a seguinte redação:
«Artigo 5.º
[...]
1 -... a)... b)... c) Explorado, nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e na comunidade intermunicipal
do Baixo Mondego, ao abrigo das relações concessórias entre o Estado e os operadores internos Metropolitano
de Lisboa, E. P. E., Transtejo - Transportes do Tejo, S. A., Soflusa - Sociedade Fluvial de Transportes, S. A.,
Metro do Porto, S. A., Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, S. A., e Sociedade Metro-Mondego, S. A.,
até ao termo das relações de serviço público em vigor e sem prejuízo dos contratos de delegação e partilha
de competências celebrados nos termos da lei; d)...e)...f)...2 -...3 -...4 - ...»
Artigo 13.º (Norma transitória). - 1 - O diploma a que se refere a alínea b) do artigo 6.º é aprovado no prazo de 60 dias
após a entrada em vigor do presente decreto-lei. 2 - Nos termos e para os efeitos previstos no artigo 10.º, o Estado e o
município de Lisboa celebram o contrato a que se refere o n.º 6 do artigo 10.º do RJSPTP no prazo de 60 dias após a entrada
em vigor do presente decreto-lei.
Artigo 14.º (Norma revogatória). - São revogados: a) O artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 174/2014, de 5 de dezembro; b) A
Resolução do Conselho de Ministros n.º 10/2015, de 6 de março.
Artigo 15.º (Entrada em vigor). - O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de fevereiro de 2017.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 22 de dezembro de 2016. - António Luís Santos da Costa - João Rodrigo Reis
Carvalho Leão - Eduardo Arménio do Nascimento Cabrita - João Pedro Soeiro de Matos Fernandes.
Promulgado em 30 de dezembro de 2016.
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Publique-se.
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.
Referendado em 30 de dezembro de 2016.
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
ANEXO I
(a que se refere o n.º 3 do artigo 5.º)
Lista de imóveis da Carris
1 - Cabo Ruivo: Prédio rústico, designado por Poço de Cortes, sito em freguesia de Marvila, concelho de Lisboa, distrito de
Lisboa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lisboa sob o n.º 12717, inscrito na matriz predial sob o artigo 60
ARV.
2 - Dafundo: Prédio urbano sito na Rua Sacadura Cabral, n.º 1A a 1B, na freguesia de União de Freguesias de Algés, Linda-a-
Velha e Cruz Quebrada-Dafundo, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, descrito na conservatória do Registo Predial de
Oeiras sob o n.º 3228, inscrito na matriz predial sob os artigos 562 NIP e 564 NIP.
3 - Outurela: Prédio urbano sito em Outurela, na freguesia de União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, concelho de
Oeiras, distrito de Lisboa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Oeiras sob o n.º 13917, inscrito na matriz predial
sob o artigo 1700 NIP.
ANEXO II
(a que se refere o artigo 9.º)
Lista de participações sociais da Carris
1 - Carristur - Inovação em Transportes Urbanos e Regionais, Sociedade Unipessoal, Lda.
2 - CarisBus - Manutenção, Reparação e Transportes, S. A.
3 - Publicarris - Publicidade na Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.
4 - OPT - Optimização e Planeamento de Transportes, S. A.
5 - OTLIS - Operadores de Transporte da Região de Lisboa (Agrupamento Complementar de Empresas).
SISTEMA MULTIMUNICIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE SANEAMENTO DE LISBOA E
VALE DO TEJO: tarifas aplicáveis em 2017 para os utilizadores municipais
Despacho n.º 15747/2016 (Série II), de 22 de dezembro de 2016 / Ambiente. Gabinete do Ministro. - Ao abrigo do disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 72/2016, de 4 de novembro, define as tarifas aplicáveis em 2017 para os utilizadores municipais do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo. Diário da República. - Série II-C - N.º 250 (30-12-2016), p. 37754 - 37755. PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105652695
Considerando que o Governo vai, através de decreto-lei, proceder à cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de
saneamento de Lisboa e Vale do Tejo resultante da agregação de sistemas que foi criado pelo Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio;
Considerando que, em consequência dessa cisão, vão ser criados dois novos sistemas multimunicipais:
a) O sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e Oeste, o qual integra, como utilizadores, os
municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cascais, Lisboa, Loures,
Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Peniche, Rio Maior, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira,
os quais são, atualmente, utilizadores integrados no sistema criado pelo referido Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio; e
b) O sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da península de Setúbal, o qual integra, como utilizadores, os municípios
de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, os quais são, atualmente, também, utilizadores integrados no
sistema criado pelo referido Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio (sendo que, no caso do município de Setúbal, essa integração só se
tornará efetiva nos termos do n.º 4, do artigo 2.º deste diploma);
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Considerando que, nos termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 72/2016, de 4 de novembro, «no decurso do ano de 2016, e no âmbito do
processo de criação, por cisão, de novos sistemas multimunicipais, o membro do Governo responsável pela área do ambiente pode definir,
por despacho, as tarifas aplicáveis em 2017 aos utilizadores municipais integrados no âmbito dos Decretos-Leis n.os 92/2015, 93/2015, e
94/2015, todos de 29 de maio»;
Considerando que, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 92/2013, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 72/2016, de
4 de novembro, foi enviado aos municípios supra referidos o projeto de Decreto-Lei de criação do sistema, instruído com os respetivos
estudos de viabilidade económico-financeira (EVEF) e as minutas dos contratos de concessão, relativos a cada um dos novos sistemas, e os
projetos dos estatutos das novas entidades gestoras, nos quais se mostram previstos os tarifários dos serviços de fornecimento de água e
de saneamento de águas residuais a aplicar aos utilizadores ali definidos;
Considerando que o projeto de Decreto-Lei prevê que os contratos de concessão dos novos sistemas produzam efeitos a partir de 1 de
janeiro de 2017;
Considerando que os EVEF apuraram trajetórias tarifárias para os prazos das novas concessões a aplicar aos utilizadores dos novos sistemas
multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e Oeste e saneamento de águas residuais da península de Setúbal, que
sejam municípios ou entidades gestoras dos respetivos sistemas municipais (adiante designados por «utilizadores municipais»);
Considerando a manutenção do sistema de faturação aplicado pela Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S. A., a todos os utilizadores municipais;
(…).
1 - É definida a seguinte tarifa para o serviço de saneamento de águas residuais aplicável em 2017, a preços de 2017, aos
seguintes utilizadores municipais do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale
do Tejo:
Municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cascais,
Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Peniche, Rio Maior, Sintra, Sobral de Monte Agraço,
Torres Vedras e Vila Franca de Xira:
Aos utilizadores, por Sistema Multimunicipal extinto | Rendimentos Tarifários 2017 € (Preços de 2017) | Tarifa €/m3 (Preços de
2017)
Sistema multimunicipal de saneamento da Costa do Estoril, criado pelo Decreto-Lei n.º 142/95, de 14 de junho, alterado pela Lei
n.º 92-A/95, de 28 de dezembro | 19.269.447 | 0,3249
Sistema multimunicipal de saneamento do Tejo e Trancão, criado pelo Decreto-Lei n.º 288-A/2001, de 10 de novembro |
51.114.014 | 0,4993
Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Oeste, criado pelo Decreto -Lei n.º 305-A/2000, de 24 de
novembro (vertente de saneamento de águas residuais) | 9.988.570 | 0,5240
2 - É definida a seguinte tarifa para o serviço de transporte de águas residuais em 2017, a preços de 2017, ao utilizador
municipal Caldas da Rainha do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do
Tejo:
Tarifa 2017 - € /m3 (Preços de 2017) - 0,2432.
3 - É definida a seguinte tarifa para o serviço de saneamento de águas residuais aplicável em 2017, a preços de 2017, aos
seguintes utilizadores municipais do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale
do Tejo:
Municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal e Sesimbra:
Tarifa 2017 - €/m3 (Preços de 2017) - 0,5240.
4 - As tarifas aplicáveis em 2017 para os seguintes utilizadores municipais do sistema multimunicipal de abastecimento de
água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo relativamente aos serviços de abastecimento de água e ou de saneamento
de águas residuais, são as definidas nos termos do Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, e do respetivo contrato de
concessão:
a) Para o abastecimento de água e saneamento de águas residuais, os municípios de Aguiar da Beira, Alandroal, Almeida, Alter do Chão,
Alvaiázere, Arronches, Avis, Belmonte, Borba, Campo Maior, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Crato,
Entroncamento, Elvas, Évora, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Fronteira, Fundão,
Gavião, Gouveia, Guarda, Idanha-a-Nova, Mação, Manteigas, Marvão, Meda, Monforte, Mourão, Nisa, Oleiros, Oliveira do Hospital,
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Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penamacor, Pinhel, Ponte de Sor, Portalegre, Portel, Proença-a-Nova, Redondo, Reguengos,
Sabugal, Sardoal, Seia, Sousel, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão;
b) Para o abastecimento de água, os municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da
Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
5 - Sem prejuízo da obrigação do pagamento das tarifas definidas nos n.os 1 a 3 do presente despacho, os regimes tarifários
definidos no decreto-lei que criar, por cisão, o sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa
e Oeste e o sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da península de Setúbal e nos respetivos contratos
de concessão aplicam-se com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017: os rendimentos tarifários definidos para o serviço de
saneamento e a componente tarifária acrescida (CTA) (que, em 2017, a preços de 2017, é de € 0,0077/m3), no caso dos
municípios referidos no n.º 1 com exceção, no caso da CTA, dos utilizadores municipais de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos
Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte
Agraço e Torres Vedras, determinando o correspondente acerto entre os valores pagos e os valores devidos; a tarifa de
transporte de efluentes referida no n.º 2; e a tarifa pelo serviço de saneamento de águas residuais, no caso dos municípios
referidos no n.º 3.
6 - O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
22 de dezembro de 2016. - O Ministro do Ambiente, João Pedro Soeiro de Matos Fernandes.
TRANSPORTE DE ARMAS, MUNIÇÕES E EXPLOSIVOS (SIGESTAME)
Adesão ao Sistema | Autorização prévia da Polícia de Segurança Pública (PSP) | Departamento de Armas e Explosivos (DAE) da Direção
Nacional da PSP | Emissão de um certificado para cada veículo aprovado | Monitorização de veículos de transporte | Sistema de
geolocalização | Taxas
Portaria n.º 345/2016, de 30 de dezembro / ADMINISTRAÇÃO INTERNA. - Ao abrigo do disposto no artigo 9.º do Decreto-
Lei n.º 48/2016, de 22 de agosto, e da alínea d) do artigo 60.º da Lei n.º 53/2007, de 31 de agosto, define e regula o sistema
de Gestão de Transporte de Armas, Munições e Explosivos (SIGESTAME). Diário da República. - Série I - N.º 250 (30-12-
2016), p. 5152 - 5157.
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/345/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105658680
O Decreto-Lei n.º 48/2016, de 22 de agosto, veio regular a criação, implementação, gestão, funcionamento e acesso a sistema eletrónico
de geolocalização no transporte seguro de armas, munições e produtos explosivos, o «Sistema de Gestão de Transporte de Armas,
Munições e Explosivos», designado SIGESTAME.
Importa agora definir os requisitos de acesso ao SIGESTAME, as suas características operacionais e de funcionamento, bem como
estabelecer o regime de taxas devidas pelo acesso e utilização do SIGESTAME por parte dos expedidores.
As características e as especificidades da plataforma informática de suporte ao funcionamento do sistema de geolocalização são definidas
em anexo à presente portaria e dela fazem parte integrante.
Foram ouvidas a Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos (AP3E), a Associação dos Armeiros de Portugal (AAP) e a
Associação Nacional da Industria Extrativa e Transformadora (ANIET).
Artigo 1.º (Âmbito). - A presente Portaria define e regula: a) Os requisitos de adesão ao Sistema de Gestão de Transporte
de Armas, Munições e Explosivos (SIGESTAME); b) As caraterísticas operacionais e de funcionamento do sistema de
geolocalização; c) As taxas devidas pela adesão, bem como pela utilização do SIGESTAME.
Artigo 2.º (Requisitos de adesão). - 1 - A adesão ao SIGESTAME está dependente de autorização prévia da Polícia de
Segurança Pública (PSP), a qual avalia o cumprimento dos requisitos identificados no presente diploma. 2 - Os expedidores
interessados, nos termos do artigo 5.º n.º 1 do Decreto-Lei n.º 48/2016, de 22 de agosto, em aderir ao SIGESTAME deverão
entregar pedido de adesão, redigido em português, o qual deve conter: a) Identificação do requerente; b) Designação da
atividade comercial; c) Identificação do veículo, ou veículos, a utilizar. 3 - O pedido de adesão, em modelo a disponibilizar
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pela PSP, deve ser acompanhado da seguinte documentação: a) Licenciamento e demais documentação relativa ao veículo,
prevista na lei; b) Declaração de conformidade dos equipamentos de geolocalização instalados nos veículos, emitida pelo
Instituto Eletrotécnico Português (IEP), ou outra entidade designada pela PSP. 4 - A adesão ao sistema só será autorizada se
o equipamento a instalar no veículo garantir absoluta interoperabilidade com o SIGESTAME.
Artigo 3.º (Caraterísticas operacionais do sistema). - 1 - Existe interoperabilidade do equipamento a instalar no veículo
com o SIGESTAME quando, no decorrer do transporte, seja possível: a) Identificar o veículo por matrícula; b) Conhecer a situação
em que o veículo se encontra relativamente à marcha, incluindo a sua localização exata ao longo do percurso e a identificação da via; c)
Corresponder, por mensagem, quem monitoriza e o motorista; d) Perceber em tempo real a ocorrência de quaisquer eventos relativos às
diversas funcionalidades do veículo, nomeadamente a sua imobilização e a abertura de portas; e) Comparar entre a rota previamente
definida e a rota percorrida; f) Realizar remotamente, a partir do local de monitorização, ações de segurança associadas à marcha do
veículo e às demais funções, designadamente imobilizar o veículo, bloquear portas de carga e acionar alarmes. 2 - Sem prejuízo do
disposto no número anterior, o sistema deve ainda garantir as seguintes funções: a) Disponibilizar informação imediata sobre as
diferentes ações desenvolvidas pelo motorista, sendo, no mínimo, exigível o início da marcha, aviso de descarga, desvio de rota, paragem
ou descanso, fim de rota e pedido de socorro; b) Verificar todos os eventos ocorridos nas últimas 24 horas, assim como os níveis de alerta
detetados em igual período de tempo; c) Emissão de relatórios diários ou sobre eventos em particular; d) A recolha de imagem e som
quando em situação de emergência; e) Permitir a definição de níveis de alerta. 3 - É competente para a certificação do SIGESTAME,
bem como dos equipamentos instalados nos veículos, o Instituto Eletrotécnico Português (IEP) ou outra entidade a designar
pela PSP. 4 - As especificidades e características técnicas dos equipamentos são as definidas em anexo I, que integra a
presente portaria. 5 - Na impossibilidade de satisfação integral das especificidades e caraterísticas técnicas dos
equipamentos, pode o Diretor Nacional da PSP autorizar a implementação de medidas compensatórias, que garantam o
nível de segurança pretendido, mediante parecer do IEP ou outra entidade a designar pela PSP.
Artigo 4.º (Documento de conformidade dos veículos). - 1 - A adesão ao SIGESTAME é titulada pela emissão de um
certificado para cada veículo aprovado, conforme anexo II. 2 - O certificado, a emitir pela PSP, tem uma validade de 3 anos.
3 - Nos 30 dias que antecedem a caducidade do certificado, pode o expedidor aderente requerer a sua renovação por igual
período, apresentando para o efeito a documentação atualizada referida no n.º 2 e n.º 3 do artigo 2.º
Artigo 6.º (Taxas). - 1 - Pela adesão e utilização do SIGESTAME são devidas as seguintes taxas: a) Certificação de veículo - €
1.000; b) Renovação da certificação de veículo - € 250; c) Requerimento de monitorização - € 40. 2 - Os valores das taxas
previstos no número anterior são atualizados automaticamente, a partir do ano 2018, em 1 de março de cada ano, em
função da variação - quando esta for positiva - do índice médio de preços no consumidor, excluindo a habitação, no
continente, relativo ao ano anterior e publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), arredondando-se os resultados
obtidos, por excesso, para a unidade superior.
Artigo 8.º (Vigência). - A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2017.
A Secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Maria Isabel Solnado Porto Oneto, em 20 de dezembro de 2016.
ANEXO I
Especificidades e características técnicas do sistema
(a que se refere o n.º 4 do artigo 3.º)
ANEXO II
Solicitação de monitorização
(a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º)
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TURISMO: Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior: Abertura de Candidaturas
| Turismo de Portugal, I. P.
Despacho Normativo n.º 16/2016 (Série II), de 23 de dezembro de 2016 / Economia. Gabinete da Secretária de Estado do Turismo. - Ao abrigo do disposto no artigo 2.º do Despacho n.º 9/2016, de 28 de outubro, determina a abertura de candidaturas à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, que tem por objeto o apoio ao investimento a iniciativas e a projetos com interesse para o turismo, que promovam a coesão económica e social do território. Diário da República. - Série II-C - N.º 250 (30-12-2016), p. 37753 - 37754. PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105652694
O Programa Valorizar, criado pelo Despacho Normativo n.º 9/2016, de 28 de outubro, tem por objetivo promover a contínua qualificação
dos destinos através da regeneração, requalificação e reabilitação dos espaços públicos com interesse para o turismo e da valorização do
património cultural e natural do país.
Nos termos do artigo 2.º do referido Despacho, as linhas de financiamento específicas que concretizam o Programa Valorizar são
aprovadas pelo membro do Governo com tutela sobre o turismo e objeto de aviso publicado no Diário da República e no portal
institucional do Turismo de Portugal, I. P.
Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/2016, de 20 de outubro, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 226, de 24
de novembro, o Governo aprovou o Programa Nacional para a Coesão Territorial (PNCT) que dá expressão à estratégia nacional para o
desenvolvimento do interior e a coesão nacional e que contém diversas medidas a concretizar no âmbito do turismo.
A presente linha específica de financiamento enquadra no Programa Valorizar o apoio a conceder no turismo a projetos e iniciativas que,
através de atividades com relevância ou interesse para o turismo, concorram para o desenvolvimento do interior e para a coesão nacional.
Artigo 1.º (Abertura). - 1 - Pelo presente diploma, é criada a Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, que tem por
objeto o apoio ao investimento a iniciativas e a projetos com interesse para o turismo, que promovam a coesão económica
e social do território. 2 - Na data da publicação do presente aviso inicia-se o período de apresentação de candidaturas, que
são analisadas em contínuo, e que termina no dia 31 de dezembro de 2017.
Artigo 2.º (Objeto). - 1 - São suscetíveis de enquadramento na presente linha de apoio as seguintes iniciativas e projetos: a)
Projetos de valorização ou incremento da oferta de Cycling & Walking, nomeadamente no contexto dos percursos cicláveis, pedonais e de
fruição espiritual, que concorram para o posicionamento internacional de Portugal como destino competitivo para a prática destas
atividades; b) Projetos de valorização do património e dos recursos endógenos das regiões ou de desenvolvimento de novos serviços
turísticos com base nesse património e nesses produtos, nomeadamente no contexto do turismo cultural, termal, equestre, gastronómico,
de natureza, militar e ferroviário, que contribuam para o reforço da atratividade de destinos de interior ou para a dinamização de cross-
selling regional; c) Projetos de desenvolvimento de atividades económicas do turismo ou com relevância para o setor, assim como de
valorização e de qualificação das aldeias portuguesas, tendo em vista a melhoria da sua atratividade e da experiência turística nestes
espaços; d) Projetos que tenham em vista a estruturação de programas de visitação turística em destinos de interior; e) Desenvolvimento
de calendários de eventos com potencial turístico e com impacto internacional realizados nos territórios do interior ou com impacto nesses
territórios. 2 - São condições específicas de enquadramento as seguintes: a) No caso dos projetos a que se refere a alínea a) do
número anterior, devem os mesmos, na sua conceção e implementação, observar as orientações técnicas produzidas pelo Turismo de
Portugal, I. P. e disponíveis em www.turismodeportugal.pt, assim como estarem integrados em redes de percursos supramunicipais,
nacionais, internacionais ou transfronteiriços; b) No caso dos projetos da alínea c) do número anterior, os mesmos devem estar integrados
em redes de oferta, nomeadamente Aldeias Históricas, Aldeias de Xisto ou Aldeias Vinhateiras, ou integrarem-se em dinâmicas de
desenvolvimento integrado das próprias aldeias; c) No caso dos projetos previstos na alínea e) do número anterior, os calendários de
eventos devem, no máximo, incluir 5 eventos por ano e privilegiar as épocas do ano de menor procura turística. 3 - São ainda suscetíveis
de enquadramento na presente linha de apoio financeiro outros projetos com interesse para o turismo que demonstrem
contribuir de forma relevante para a coesão económica e social do território. 4 - Por região ou destino do interior, entende-
se os territórios identificados no Anexo III da Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/2016, de 20 de outubro.
Artigo 3.º (Dotação). - A dotação disponível para financiamento de projetos ao abrigo do presente aviso é de €
10.000.000,00.
Artigo 10.º (Avaliação). - 1 - Na avaliação das candidaturas, o Turismo de Portugal, I. P., pondera os seguintes fatores: a) A
coerência e qualidade do projeto apresentado, face aos objetivos da Linha de Apoio; b) O grau de inovação da proposta
apresentada na candidatura; c) O contributo do projeto para a valorização do interior ou para o reforço da coesão
Gazeta n.º 250 (30-12-2016)
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territorial, aferido pela criação de valor, criação de emprego, efeito de arrastamento ou impacto na fixação das populações
no interior. 2 - A cada um dos fatores é atribuída uma pontuação de 5, 3 ou 1, consoante o grau de preenchimento
evidenciado pela candidatura. 3 - São elegíveis as candidaturas que não tenham classificação de 1 em qualquer um dos
critérios e que tenham uma pontuação global mínima de 9 pontos.
23 de dezembro de 2016. - A Secretária de Estado do Turismo, Ana Manuel Jerónimo Lopes Correia Mendes Godinho.
VALOR MÉDIO DE CONSTRUÇÃO POR METRO QUADRADO A VIGORAR NO ANO DE 2017
Código do Imposto Municipal sobre Imóveis: artigo 39.º
Portaria n.º 345-B/2016, de 30 de dezembro / FINANÇAS. - Em conformidade com o n.º 3 do artigo 62.º do Código do
Imposto Municipal sobre Imóveis, e na sequência de proposta da Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos, fixa
o valor médio de construção por metro quadrado, para efeitos do artigo 39.º do Código do Imposto Municipal sobre
Imóveis, a vigorar no ano de 2017. Diário da República. - Série I - N.º 250 – 3.º Suplemento (30-12-2016), p. 5158-(124).
ELI: http://data.dre.pt/eli/port/345-b/2016/p/dre/pt/html
PDF: https://dre.pt/application/conteudo/105673275
O Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, abreviadamente designado por CIMI, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
287/2003, de 12 de novembro, estabelece nos seus artigos 38.º e 39.º que um dos elementos objetivos integrados na
fórmula de cálculo do sistema de avaliação de prédios urbanos é o valor médio de construção por metro quadrado, a fixar
anualmente, sob proposta da Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU), ouvidas as entidades previstas
na lei, em conformidade com o previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 62.º do mesmo Código.
Artigo 1.º (Fixação do valor médio de construção). - É fixado em € 482,40 o valor médio de construção por metro
quadrado, para efeitos do artigo 39.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, a vigorar no ano de 2017.
Artigo 2.º (Âmbito da aplicação). - A presente portaria aplica-se a todos os prédios urbanos cujas declarações modelo 1, a
que se referem os artigos 13.º e 37.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, sejam entregues a partir de 1 de
janeiro de 2017.
O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando António Portela Rocha de Andrade, em 29 de dezembro de 2016.
BIBLIOTECA DA ORDEM DOS ADVOGADOS
Portal da Ordem dos Advogados | Comunicação | Publicações | Gazeta Jurídica https://portal.oa.pt/comunicacao/publicacoes/gazeta-juridica/
ÁREA DA BIBLIOTECA NO PORTAL http://www.oa.pt/CD/default.aspx?sidc=58102
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