PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA

EQUIPA PROVINCIAL DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL

N.º 30NOVEMBRO 2014

bússola

> PE. JOÃO CHAVES, SDB

O mês de novembro está marcado pela santidade. O dia de Todos os Santos logo no início recorda-nos não só aque-les que estão nos altares, mas a grande multidão daqueles que seguiram Jesus: Homens e mulheres, jovens e adultos, nas mais diversas condições e situa-ções. Todos diferentes, mas com um denominador comum: todos fizeram da sua vida um serviço aos outros. Um dia Jesus disse aos seus discípu-los: “Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo” (Mc 10, 43). Por outras palavras: quem não serve para servir, não serve para viver! Ou simples-mente: Quem não serve, não serve! Na verdade, quem não vive a sua vida em função dos outos ao estilo de Jesus, quem não é sensível àqueles que vivem ao seu lado e às suas necessidades, quem não é capaz de partilhar o seu tempo e qualidades ao serviço do próxi-mo, esse não serve, não usa bem sua vida, não constrói a sua felicidade nem a dos outros. Santos são aqueles que, servindo, con-seguem unir a Terra ao Céu. Fazem-no não só apoiados nas suas capacidades, mas confiados no auxílio de Deus. Este não anula a personalidade de cada um, mas abre-a, transforma-a com a força do amor, e confere-lhe eternidade.

Porquê esperas? Põe-te a caminho! Vive o dom da santidade! Arrisca servir! Então a tua vida servirá!

QUEM NÃO SERVE,

NÃO SERVE

em dia

ser felizes

� RÓMULO VASCO DA GAMA DE CARVALHO, CONHECIDO NO MUNDO DA POESIA COMO ANTÓNIO GEDEÃO, PROFERIU UMA FRASE QUE JÁ OUVIMOS MUITAS VEZES: “O SONHO COMANDA A VIDA”.

O Sonho na nossa vida

> MICHAEL FERNANDES

Contudo, com a azáfama dos dias de hoje, notamos claramente o inverso: a vida é que comanda o sonho. Todos sonhamos com algo de belo para a nossa vida: sonhamos mudar o mundo, comprar uma casa, ajudar alguém… Mas se depois olharmos para a nossa vida e virmos que esse sonho não faz sentido, facilmente desistimos dele. Reduzimos o sonho ao tamanho da nossa realidade.

Esquecemos que o sonho define-se como um pensamento dominante que seguimos com interesse ou paixão; é uma aspiração…Todos precisamos de um sonho para assim encontrarmos a nossa vocação. O sonho tem uma meta. Os caminhos para lá chegar po-

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dem parecer difíceis, podem nos levar a desistir, mas contra isso temos de ter confiança, nunca desistir, ter esperança! Descobrimos no nosso sonho não só o nosso projeto de felicidade, mas tam-bém o projeto de Deus para cada um de nós. Vamos sonhar! Vamos dar vida ao sonho que em nós habita!

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papa francisco fala contigo

2. O segundo ponto de referência da missão é a cruz de Cristo. São Paulo, ao escrever aos Gálatas, diz: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (6, 14). E fala de «estigmas», isto é, das chagas de Jesus crucificado, como selo, marca distintiva da sua vida de apóstolo do Evangelho. No seu ministério, Paulo experimentou o sofrimento, a fraqueza e a derrota, mas também a ale-gria e a consolação. Isto é o mistério pascal de Jesus: mistério de morte e ressurreição. (...) A fecundidade pastoral, a fecundidade do anúncio do Evangelho não deriva do suces-so nem do insucesso vistos segundo critérios de avaliação humana, mas de conformar-se com a lógica da Cruz de Jesus, que é a lógi-ca de sair de si mesmo e dar-se, a lógica do

AS PESSOAS PRECISAM QUE TESTEMUNHEMOS A TERNURA DO SENHORPapa Francisco aos seminaristas, noviços, noviças em caminhada vocacional.

> EUCARISTIA, CIDADE DO VATICANO

contemplar

SÊ SANTO!

> IR. LINDA VIEIRA, FMA

amor. É a Cruz – sempre a Cruz com Cristo, porque às vezes oferecem-nos a cruz sem Cristo: esta não vale! É a Cruz, sempre a Cruz com Cristo – que garante a fecundidade da nossa missão. E é da Cruz, supremo ato de misericórdia e amor, que se renasce como «nova criação» (Gl 6, 15).

3. Finalmente, o terceiro elemento: a oração. (...) Os trabalhadores para a messe não são escolhidos através de campanhas publicitárias ou apelos ao serviço da gene-rosidade, mas são «escolhidos» e «manda-dos» por Deus. É Ele que escolhe, é Ele que manda; sim, é Ele que manda, é Ele que confere a missão. Por isso é importante a oração. A Igreja – repetia Bento XVI – não é nossa, mas de Deus; e quantas vezes nós, os consagrados, pensamos que seja nossa! Fazemos dela… qualquer coisa que nos vem à cabeça. Mas não é nossa; é de Deus. O campo a cultivar é d’Ele. Assim, a missão é sobretudo graça. A missão é graça. (...)

Queridos seminaristas, queridas noviças e queridos noviços, queridos jovens em cami-nhada vocacional! Há dias, um de vós, um dos vossos formadores, dizia-me: évangé-liser on le fait à genoux, a evangeliza-ção faz-se de joelhos. Ouvi bem: «A evan-gelização faz-se de joelhos». Sede sempre homens e mulheres de oração! Sem o rela-cionamento constante com Deus a missão torna-se um ofício.

Donde nasce a missão? A resposta é sim-ples: nasce de uma chamada – a do Senhor – e Ele chama para ser enviado. Qual deve ser o estilo do enviado? Quais são os pontos de referência da missão cristã? As leituras que ouvimos sugerem-nos três: a alegria da consolação, a cruz e a oração.

1. O primeiro elemento: a alegria de consolação. O profeta Isaías dirige-se a um povo que atravessou o período escuro do exílio, sofreu uma prova muito dura; mas agora, para Jerusalém, chegou o tempo da consolação; a tristeza e o medo devem dar lugar à alegria: «Alegrai-vos (...), rejubilai (…) regozijai-vos» – diz o Profeta (66, 10). É um grande convite à alegria. Porquê? Qual é o motivo deste convite à alegria? Porque o Senhor derramará sobre a Cidade Santa e seus habitantes uma «cascata» de consola-ção, uma cascata de consolação – ficando assim repletos de consolação –, uma cas-cata de ternura materna: «Serão levados ao colo e acariciados sobre os seus regaços» (v. 12). (...) Cada cristão, mas sobretudo nós, somos chamados a levar esta mensagem de esperança, que dá serenidade e alegria: a consolação de Deus, a sua ternura para com todos. Mas só podemos ser seus por-tadores, se experimentarmos nós primeiro a alegria de ser consolados por Ele, de ser amados por Ele. Isto é importante para que a nossa missão seja fecunda: sentir a con-solação de Deus e transmiti-la! Algumas ve-zes encontrei pessoas consagradas que têm medo da consolação de Deus e… pobrezi-nho, pobrezinha delas, se amofinam porque têm medo desta ternura de Deus. Mas não tenhais medo. Não tenhais medo, o nosso Deus é o Senhor da consolação, o Senhor da ternura. (...)

Em pleno mês da santidade, lanço-te uma desafio: Sê santo! Esta é a grande finalidade da nossa existência! Mesmo quando não pensas que assim é, o teu coração, aquilo que mais deseja é a felicidade plena! Deixa, que hoje, que este mês, seja de pequenos passos concretos em direção a Jesus.Só Ele tem o segredo que o teu coração pro-cura.

Senhor Jesus, vem dar resposta ao nosso desejo de paz, alegria, serenida-de, amor! Vem Jesus, sê Tu um caminho certo, uma verdade inabalável, uma vida plena.

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acontece

Para mim falar de Encontros com D. Bosco significa sobretudo falar de um caminho vocacional. O que os Encon-tros com Dom Bosco proporcionam, e para mim já há alguns anos, é todo um percurso de descoberta, essen-cialmente descoberta do projeto de Deus para mim pois como nos diz o Evangelho, “tudo o mais vos será dado por acréscimo”. Acho importante que este caminho seja feito em comunidade, em parti-lha com os outros que pretendem fa-zer caminho tal como eu, e é por isso que gosto de focar sempre na minha experiência pessoal a evolução do

> JOÃO FERREIRA

ESTORIL: OS ENCONTOS COM DOM BOSCO NA CAMINHADA VOCACIONAL

número de elementos associados ao grupo. Faz-me ver a mim que Deus toca os jovens de forma especial e os chama a Si. Gostaria de partilhar o momento mais marcante que tive até hoje nesta ca-minhada, a vinda do anterior Reitor--Mor, Pe. Pascoal Chávez, a Portugal em 2013. Foi um momento de extrema importância para mim, não só porque tive o privilégio de representar todo o grupo perante o Reitor-Mor, mas também pelo simbolismo associado. A presença do Pe. Pascoal Chávez na-quele dia foi sem dúvida o meu maior encontro pessoal com Dom Bosco.

Para terminar este meu testemunho da minha experiência de caminhada vocacional gostaria de deixar uma mensagem aos jovens como eu para que não tenham medo de dizer “Sim” a Deus nem ao projeto d’Ele para cada um de nós.

Não ter medo de dizer “sim” a Deus

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Sumati, jovem indiana, foi contactada pela ONG salesiana “BOSCO” – Bangalore Oniya-vara Seva Coota há seis meses na estação ferroviária da cidade, a terceira maior cidade da Índia com mais de 8 milhões de habitan-tes. Agora a sua vida é muito diferente: é a primeira jovem a conseguir emprego graças ao novo “Centro de reabilitação para meni-nas”, de BOSCO Vatsalyabahvan, em Banga-lore, no sul da Índia. De uma família de classe média baixa, com pai agricultor e mãe dona-de-casa, devido a uma questão entre o pai e um tio, perde-ram todos os bens. Sumati, 16 anos, por ser a maior das filhas, foi obrigada a interromper os estudos a fim de ajudar economicamente a numerosa família. Mas ganhava pouco e por isso partiu com a ajuda de um amigo

para Bangalore em busca de um trabalho melhor. Mal saiu do comboio, em ques-tão de segundos, o “amigo” evaporou-se, deixando-a só. Os agentes da BOSCO em serviço na estação, apercebendo-se no mo-mento do que se estava a passar, oferece-ram apoio. Sabendo do motivo de sua via-gem a Bangalore, informaram-na acerca da formação profissional para jovens no BOSCO Vatsalyabahvan, com cursos de informática e de corte-e-costura. O passo seguinte foi informar sua família do seu novo destino.Sumati inscreveu-se nos cursos de forma-ção. Ela mesma queria aumentar suas ha-bilitações para melhorar os salários e cuidar melhor da família. Dotada de grandes habili-dades informáticas, foi também inscrita em cursos especiais, desenvolvidos na área de outro projeto: do ‘Bosco Mane Aircel’.Durante a sua permanência nos ambientes do BOSCO Vatsalya Bhavan, através de mui-tas sessões de escuta psicológica, os res-ponsáveis ajudaram-na também a libertar--se de alguns problemas comportamentais relacionados com as difíceis relações inter-pessoais e familiares mantidas até aí.Foi depois na feira do trabalho organizada pela “BOSCO”, em colaboração com “Aircel” e “Empower Pragati”, que Sumati foi selecio-nada dentre muitos candidatos para ir traba-lhar num “Call Center”, em Wilson Garden, Bangalore. “Sinto-me muito orgulhosa por aquilo que hoje sou”..Para conhecer a ONG Salesiana em boscoban.org!

vem aí� 8 DE NOVEMBRO

XVI FÓRUM ECUMÉNICO JOVEM COIMBRA

� 13 DE NOVEMBRO BEATO ARTÉMIDES ZATTI

� 9 A 16 DE NOVEMBRO SEMANA DOS SEMINÁRIOS

� 23 DE NOVEMBRO CRISTO REI

� 25 DE NOVEMBRO VENERÁVEL MÃE MARGARIDA

� 28 A 30 DE NOVEMBRO ASSEMBLEIA EUROPEIA DO MOVIMENTO JUVENIL SALESIANO VIENA, ÁUSTRIA

� 30 DE NOVEMBRO 1.º DOMINGO DO ADVENTO

� 18 E 19 DE DEZEMBRO ENCONTRO COM DOM BOSCO «ESPECIAL DE NATAL» POIARES

BússolaJornal da Equipa

de Animação Vocacional

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salesiana?Contacta-nos!

pastoral.juvenil@salesianos.pt

sugestões

DEUS RI de James Martin “Deus ri” é um livro alegre, repleto de humor e que promete fazer-nos rir muito, ensinando-nos a rir das situações

da vida e da nossa própria humanidade. Partindo dos Evangelhos, este livro mostra-nos um Jesus bem-disposto, alegre e brincalhão.

ÊXODO: DEUSES E REIS de Ridley Scott Um monumental filme sobre Moisés e a fuga do Egipto, chega às salas de cinema já em Dezembro. Realizado

por Ridley Scott e tendo como Christian Bale e Joel Edgerton, , como Moisés e Ramsés, esta grande produção é uma excelente sugestão para relembrar uma das mais espetaculares histórias da bíblia.

> MIGUEL MENDES

animais ferozes> BOLETIM SALESIANO ITÁLIA

UMA NOVA VIDA PARA SUMATI

decálogo para rezar no advento

Aproxima-se um momento muito importante na vida de um Cristão. Deus está prestes a fazer-se um de nós. Decidiu fazer a sua morada nas nossas cidades, nas nossas casas, nos nossos corações... e vai fazê-lo porque nos ama, porque nos quer com loucura. Como o irás receber? Estás a preparar a tua vida para que possa nascer no teu coração? Convido-te a não esperares de braços cruzados... Convido-te a abrires o teu coração.

1. Não esperes que o Anjo Gabriel te visite para te comunicar que Deus te escolheu, precisamente a ti, para ser uma parte importante no Seu plano de salvação... – dispõe unicamente o teu coração e repete uma e outra vez, como Maria «Aqui estou, Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra».

2. Não esperes pela visita da tua família, amigos, colegas para comunicares a grande notícia... – grita aos quatro ventos, com palavras, mas sobretudo com ações, que Deus está prestes a fazer-se um de nós.

3. Não esperes que um decreto, o teu professor ou Catequista ou animador te informem que Jesus está quase a nascer... – escuta no fundo do teu coração, como se move, te chama e precisa de ti... convence-te, de uma vez por todas, de que está dentro de ti!

4. Não esperes chegar a Belém ou à tua paróquia para te tornares filho de Deus... – compromete-te desde já, no lugar e circunstâncias em que vives, para seres autenticamente discípulo de Cristo.

5. Não esperes «a caravana da tua paróquia ou escola» para te pores a caminho... – fá-lo junto de José e Maria, bem como das pessoas que Deus, agora mesmo, coloca na tua vida.

6. Não esperes que o estalajadeiro diga à família de Nazaré que não tem espaço... – abre as portas do teu coração para que, sem chamar e em qualquer momento do dia, se possam hospedar.

7. Não esperes que um sinal te conduza até ao Deus Menino... – Ele ama-te sem limites... parece-te pouco?

8. Não esperes que Maria coloque o Menino Jesus na manjedoura... – empresta-lhe o teu regaço, os teus braços, a tua vida!

9. Não esperes que uns sábios, do oriente ou do ocidente, tragam as suas prendas... – apressa-te e oferece-lhe o teu tempo, o teu amor, a tua companhia.

10. Não esperes que este texto fique no ouvido... – põe mãos à obra!

> JOSÉ MARIA ESCUDERO/MISIONJOVEN.ORG