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EQUIPA PROVINCIAL DE PASTORAL VOCACIONAL PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA N.º 2 MARÇO 2010 em dia > PE. JOSÉ ANÍBAL MENDONÇA Quem viu o filme “Avatar”, novo campeão absoluto de bilheteira, deslumbrou-se cer tamente com os encantos de Pan- dora, o planeta dos “Na’vi”. Pela mão de Neytiri e dos membros do seu clã, os Omaticaya, o personagem principal, Jake Sully, passa por uma grande trans- formação, mais interior que física. De facto, desde o princípio, é-lhe apon- tada como missão “aprender a ser um deles”. Não se pode imaginar que foi fácil. Essa é uma tarefa quase impos- sível para uma pessoa que está cheia de si, das suas cer tezas, problemas, desilusões, rancores, etc. Foi posto à pro- va. Precisou de reaprender a viver em harmonia com a natureza, a conseguir entender o seu lugar nesse mundo com sentido sobrenatural, e até a conseg- uir domar dragões, que bem podem simbolizar as imensas qualidades que temos e que, se bem usadas, até nos permitem voar! Para Jake Sully ser um Avatar começou por ser uma imposição, um dever, mas depressa se tornou o lugar de uma paixão, um desejo novo e incontido de ser mais, de abraçar um projecto, de sentir como a sua vida era impor tante e necessária para aquele povo. De facto, vê-se bem que ser Avatar não era o grande objectivo, aliás, era apenas um meio e uma fase desse processo de transformação interior. Faz mesmo lem- brar um itinerário de conversão quares- mal. Dominar o Toruk, o grande dragão, foi o momento em que pôde sentir que era uma pessoa especial. A grande meta era então, como se viu no final: ser um “NA’VI”, ser um membro autêntico e de pleno direito de um povo. Um novo nascimento, um renascer... AVATAR bússola da mihi animas UMA CERTEZA: É uma constante de Dom Bosco fazer tudo por amor de Deus que, na linguagem do seu tempo, soava como “salvação das almas”. A sua entrega aos jovens partiu da sua fé em Deus, que por amor criou o céu e a terra, a quem ele, mesmo sendo órfão, sempre sentiu como Pai que tanto o amava. OUTRO OLHAR: Foi por esta razão que Dom Bosco conseguiu ver Deus onde outros não conseguiam vê-lo: nos jov- ens abandonados, pobres, aqueles que ne-nhum ousava pensar como o “futuro da humanidade”. Ontem, como hoje, mui- tos jovens pareciam viver longe de Deus, DOM BOSCO DESDE O INÍCIO DA SUA VIDA COMO JOVEM SACER- DOTE, FOI VISTO COMO O GRANDE AMIGO DOS JOVENS. QUAL SERIA O SEU SEGREDO PARA CONQUISTAR A AMIZADE DE TANTOS JOVENS? Amigo dos jovens porque amigo de Deus come se Deus se tivesse escondido. O padre João Bosco, ajudou-os a escutar, a desenvolver aquela confiança que lhes permitiria experimentar uma nova vida de alegria e liberdade.. UMA AVENTURA: Também hoje, muitos jovens se sentem chamados a ser como Dom Bosco, a descobrir Deus presente nas suas vidas, para depois poder testemu- nhá-lo a outros jovens. É esta a grande aventura que já vivem muitos Salesianos e Salesianas espalhados por todo o mundo. > PE. SÍLVIO FARIA

Bússola n.º 2

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Jornal da Equipa de Pastoral Vocacional da Província Portuguesa da Sociedade Salesiana. Número 2. Março 2010

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Page 1: Bússola n.º 2

EQUIPA PROVINCIAL DE PASTORAL VOCACIONAL

PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA

N.º 2MARÇO 2010

� em dia> Pe. José AníbAl MendonçA

Quem viu o filme “Avatar”, novo campeão absoluto de bilheteira, deslumbrou-se certamente com os encantos de Pan-dora, o planeta dos “Na’vi”. Pela mão de Neytiri e dos membros do seu clã, os Omaticaya, o personagem principal, Jake Sully, passa por uma grande trans-formação, mais interior que física.De facto, desde o princípio, é-lhe apon-tada como missão “aprender a ser um deles”. Não se pode imaginar que foi fácil. Essa é uma tarefa quase impos-sível para uma pessoa que está cheia de si, das suas certezas, problemas, desilusões, rancores, etc. Foi posto à pro-va. Precisou de reaprender a viver em harmonia com a natureza, a conseguir entender o seu lugar nesse mundo com sentido sobrenatural, e até a conseg-uir domar dragões, que bem podem simbolizar as imensas qualidades que temos e que, se bem usadas, até nos permitem voar!Para Jake Sully ser um Avatar começou por ser uma imposição, um dever, mas depressa se tornou o lugar de uma paixão, um desejo novo e incontido de ser mais, de abraçar um projecto, de sentir como a sua vida era importante e necessária para aquele povo. De facto, vê-se bem que ser Avatar não era o grande objectivo, aliás, era apenas um meio e uma fase desse processo de transformação interior. Faz mesmo lem-brar um itinerário de conversão quares-mal. Dominar o Toruk, o grande dragão, foi o momento em que pôde sentir que era uma pessoa especial.A grande meta era então, como se viu no final: ser um “NA’VI”, ser um membro autêntico e de pleno direito de um povo. Um novo nascimento, um renascer...

AvAtAr

bússola

da mihi animas

umA CertezA: É uma constante de Dom Bosco fazer tudo por amor de Deus que, na linguagem do seu tempo, soava como “salvação das almas”. A sua entrega aos jovens partiu da sua fé em Deus, que por amor criou o céu e a terra, a quem ele, mesmo sendo órfão, sempre sentiu como Pai que tanto o amava.

OutrO OlhAr: Foi por esta razão que Dom Bosco conseguiu ver Deus onde outros não conseguiam vê-lo: nos jov-ens abandonados, pobres, aqueles que ne-nhum ousava pensar como o “futuro da humanidade”. Ontem, como hoje, mui-tos jovens pareciam viver longe de Deus,

� doM bosco desde o início dA suA vidA coMo JoveM sAcer-dote, foi visto coMo o grAnde AMigo dos Jovens. QuAl seriA o seu segredo PArA conQuistAr A AMizAde de tAntos Jovens?

Amigo dos jovens porque amigo de Deus

come se Deus se tivesse escondido. O padre João Bosco, ajudou-os a escutar, a desenvolver aquela confiança que lhes permitiria experimentar uma nova vida de alegria e liberdade..

umA AventurA: Também hoje, muitos jovens se sentem chamados a ser como Dom Bosco, a descobrir Deus presente nas suas vidas, para depois poder testemu-nhá-lo a outros jovens. É esta a grande aventura que já vivem muitos Salesianos e Salesianas espalhados por todo o mundo.

> Pe. sílvio fAriA

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o guia.. .

É missão impossível! Mas não deixa de ser uma aventura e algo que merece o nosso esforço.

Podemos dizer que seria mais fácil se Ele viesse ter connosco e nos dissesse concretamente o que quer de nós.

Mas isto é precisamente o que acontece, só que nem sempre nos damos conta. Quando Deus passa ao nosso lado, nós, muitas vezes, ‘passamos’ dele. De acordo com os vários exemplos da Bíblia, Deus vem ter connosco de mil e uma maneiras. Cabe- -nos a nós este trabalho de descobrir como e onde é que ele se encontra connosco e como nos quer felizes e realizados.

Para isso temos que nos treinar na atenção e na escuta. Infelizmente, são duas atitudes cada vez mais raras nos dias de hoje porque não estamos habituados nem a estar atentos nem a escutar. Não

reparamos nas misteriosas pequenas coisas da vida porque vivemos num ritmo alucinante e porque fomos educados a ver o evidente. Não escutamos porque tememos o silêncio e preenchemos o nosso dia-a-dia com ruídos.

Para treinar estas duas atitudes deixo-vos aqui algumas dicas:

Ê Desfazer-nos, progressivamente, da necessidade de preencher os vários momentos do nosso dia com ruídos e aprender a saborear as oportunidades de estar em silêncio.

Ê treinar o nosso olhar e ouvido com as pessoas à nossa volta.

Ê Aprender a ver Deus nos acontecimentos do dia-a-dia e nas pessoas: um exercício que resulta, pelo menos comigo, é perguntar-nos como reagiria Jesus perante aquilo que nos acontece e as pessoas com as quais lidamos.

Ê Fazer oração silenciando as nossas palavras para escutar as palavras de Deus

e como não é fácil escutar a Deus, porque não começar por fazer oração lendo a Bíblia?

Ê Fazer o exame de consciência (não mais de 15 minutos) todas as noites e para isso:

1. agradecer a Deus o que aconteceu ao longo do dia;

2. pedir luz para sermos capazes de examinar o nosso dia com o olhar de Deus;

3. examinar o dia à luz de Jesus: como colaborámos com a sua acção e como a dificultámos;

4. depois de confrontados com Jesus, pedir e receber perdão;

5. propor emenda, de modo a corrigir responsavelmente o mal que fizemos.

Ê Deixar-nos acompanhar por algum sacerdote, consagrado(a) ou leigo(a) mais experiente nas coisas de Deus.

� isto dA vocAção PArece uM Que-brA-cAbeçAs. coMo é Que PodeMos entrAr nA cAbeçA de deus e ver o Que é Que ele esPerA de cAdA uM de nós?

vocação, um quebra-cabeças?

� mJS eurOpA: A v ASSemBleiA eurOpeiA reuniu, de 12 a 14 de

Fevereiro, no Salesianum, em Roma, cerca de 40 jovens do MJS Europeu, vindos das obras das Filhas de Maria

Auxiliadora e dos Salesianos de Dom Bosco de 15 países,

entre eles Portugal.

� enCOntrO De pré-

-ADOleSCenteS: Arcozelo e Chaínça - Abrantes foram os locais escolhidos para o Encontro de Pré-

-Adolescentes “A vida é uma aventura”, que

aconteceu no dia

6 de Fevereiro e nO quAl pArtiCipArAm 230 pré-

-ADOleSCenteS..

acontececontemplar

> Pe. dAvid teixeirA

quaresma/Conversão

� Quaresma é tempo de conversão. tempo de mudar de rumo e decidir-se por um estilo de vida de acordo com o evangelho. A oração ajuda-nos a com-preender que não precisamos de “deitar fora” tudo o que temos em nós para ser-mos “novas criaturas”, basta conver ter o que em nós é fraco e “mau” em algo de positivo e “bom”. na tranquilidade do teu quar to, de coração aber to e orante dirige-te a deus. Presta atenção a cada palavra a negrito, mais do que palavras são actos de fé que podem transformar a tua vida e fazer-te um cristão autêntico. foi assim com Madre teresa, será assim com cada um de nós que se deixe tocar por deus.

Aceita, Senhor, os nossos medos e transforma-os em confiança!

Aceita, Senhor, o nosso sofrimento e transforma-o em crescimento!

Aceita, Senhor, as nossas “crises” e transforma-as em maturidade!

Aceita, Senhor, as nossas lágrimas e transforma-as em intimidade con-tigo!

Aceita, Senhor, a nossa revolta e transforma-a em oração!

Aceita, Senhor, a nossa falta de coragem e transforma-a em fé!

Aceita, Senhor, a nossa solidão e transforma-a em contemplação!

Aceita, Senhor, as nossas amarguras e transforma-as em calma interior!

Aceita, Senhor, as nossas ilusões e transforma-as em esperança!

Aceita, Senhor, a nossa morte e transforma-a em ressurreição!

Amen!

Madre Teresa de Calcutá

> luís AlMeidA (sdb)

© Maja Lampe, Stock.xchng

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a minha vez

Nasci a 3 de Abril de 1988, em Cabo Verde, São Vicente. Tenho, portanto, vinte e um anos. Sou filho de Carlos Lima e Ana Lima e tenho três irmãos: Dirléne, Simara e Samuel. Sou um jovem sim-

ples que gosta de estar com as pessoas, de relacionar-se com elas, de praticar desporto: correr, volei e futebol, dançar e ouvir música (a propósito da música, nos meus tempos livres, colaborei na Rádio Nova, a emissora cristã de Cabo Verde). Desde pequeno quis ser padre porque me chamava a atenção a celebração da missa e as vestimentas do sacerdote.

De família religiosa, rezávamos o terço todos os dias, à noite. Às vezes, chegámos a rezá--lo através da Rádio Nova que transmitia o terço da Renascença.

Conheci os salesianos, primeiro, na Cate-quese e, depois, na Escola Salesiana, durante dez anos, desde o primeiro até ao décimo ano. Comecei a ir à catequese muito cedo, porque tendo um pai catequista não tinha por onde escapar. A catequese, embora no princípio fosse algo imposto, passou a ser aceite e, finalmente, algo amado, graças ao bom ambiente do grupo de crianças. Quanto à escola, do que mais me lembro é das fes-tas salesianas que celebrávamos com a Eu-caristia, o almoço partilhado entre as turmas, o desporto, o teatro e a música.

Com o Pe. Gonçalo, fui começando a ter con-versas informais sobre um pouco de tudo: a vida salesiana, a figura de S. João Bosco, a escola, os amigos e amigas, e foi-me em-prestando livros e revistas sobre os salesia-nos. Depois, com o Pe. Luís Peralta, quando este estava em Cabo Verde, fui-me inse.rindo mais na Paróquia através dos acólitos e grupo de jovens. Finalmente, o Pe. Gonçalo convidou-me para rezar as vésperas com a comunidade salesiana, o que depois pas-sei a fazer de modo frequente. (Aproveito este momento para agradecer e “mandá manténha” à comunidade salesiana de São Vicente.)

De momento, esta experiência, ainda que seja uma grande novidade, está a ser boa e vou-me adaptando.

Em relação ao meu dia-a-dia, é, sobretudo, oração, estudo, trabalho comunitário, par-tilha e aprendizagem. O que mais aprecio é a oração em comunidade, o participar na missa todos os dias.

> nuno liMA

“O que mais aprecio é a oração em comunidade” O dia começa com o momento de

oração, no aconchego da pequena capela improvisada, no segundo andar, onde a Comunidade de seis salesianos se reúne diariamente, por duas vezes, nas Edições Salesianas, no Porto. No rés-do-chão existe uma capela maior, para onde os salesianos descem, logo a seguir, a fim de celebrar a Eucaristia com um grupo de pessoas que a frequentam habitualmente.

O pequeno-almoço serve para pôr a conversa em dia, comentam-se os resultados do futebol da véspera (embora o padre Rui não seja dos mais aficionados, nem o seu clube lhe dê razões para isso – é sportinguista!) e acertam-se alguns pormenores do trabalho desse dia.

A seguir vem um dia de intensa actividade editorial. Aqui o campo de missão é a comunicação, concebendo produtos e recursos que apoiem a pastoral da Igreja, sobretudo na catequese: a edição de livros, revistas, produtos multi-média, música, etc… um trabalho que obriga o padre Rui Alberto, como director editorial, a desdobrar-se um pouco por todo o lado.

Com os seus vastos conhecimentos e uma formação multifacetada, que muito deve à invulgar avidez de leitura, desde criança, podemos surpreendê-lo até a mexer com os suportes informáticos que estão por detrás da produção.

Muitos dos produtos que edita resultam de um bom trabalho de equipa, com pessoas que trabalham na editora, mas também com gente externa e mesmo até do estrangeiro.

Tratando-se de um dia de fim-de-semana, vemo-lo frequentemente em acções de formação de catequistas e animadores, em várias dioceses do País, onde recolhe um apreço crescente. Por vezes, as acções são dirigidas mesmo directamente aos

jovens, animando retiros, sessões de estudo e outras.

Apesar de todo este trabalho de grande responsabilidade, uma actividade que continua a não dispensar é a de ser ele mesmo animador de um grupo de jovens (entre os 19 e os 24 anos), que semanalmente se reúne no Colégio dos Órfãos. «Preparo as reuniões ou apoio-os a preparar os temas, incentivo a participar em experiências (oração, serviço, formação) que os podem fazer crescer. Tento acompanhar a situação de cada um, o que se faz comendo um hambúrguer ou gastando algum tempo no Messenger. A relação com o grupo “ocupa” um dos meus tempos de oração.»

Ultimamente acrescentou outra faceta curiosa, acompanhando os concertos do João Pedro (Ut), cabendo-lhe a parte da “pregação”!

Num dia cheiinho, tenta encontrar ainda algum vagar para continuar o seu trabalho do doutoramento, descobrindo nos jovens (entre os 16 e os 20 anos) qual a imagem que têm de Deus e que relação têm com Ele.

Quando adormece, já poucos carros circulam lá fora, numa das mais agitadas ruas da baixa portuense.

> Pe. rui Alberto

um Salesiano na Comunicação

indiscreto

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página 4n.º 2 Março 2010

© Ahmed Al-Shukaili, Stock.xchng

pASSO A rezAr www.passo-a-rezar.net

10 minutos de oração diária em mp3. Podes passar e fazer download. “Leva contigo a tua oração” é o slogan deste site. Orações simples e que te

ajudam a entrar em contacto com Deus em qualquer parte, a qualquer momento.

AS eStrelAS que BrilhAm nAS trevASde Angelo Comastri

As grandes histórias de conversão dos tempos an-tigos como a de S. Paulo ou de Santo Agostinho con-tinuam a fascinar-nos. Mas

será que já ninguém se converte nos nossos tempos? Este livro, escrito pelo um grande cardeal da igreja, apresenta de forma clara, concisa, compreensível e tocante cinco histórias de conversão dos nossos tempos. Óptimo para ler na quaresma e continuar a actuar a nossa conversão. Porque nos tempos escuros de hoje, ainda brilham forte algumas es-trelas! Das Edições Paulinas.

vem aí Ä 19 mArÇO FeStA De S. JOSé

Ä28 mArÇO DOmingO De rAmOS DiA munDiAl DA JuventuDe

animais ferozes

De ACOrDO COm relAtóriOS DA uneSCO, entre 25 A 50 pOr CentO De tODA A ClASSe eStuDAntil eStá A Ser vítimA De Bullying, DeFiniDO COmO O COmpOrtAmentO AgreSSivO e intenCiOnAl De AlunOS mAiS velhOS, FOrteS Ou pOpulAreS SOBre COlegAS mAiS nOvOS e COm menOS pOpulAriDADe, vítimAS De reJeiÇãO SOCiAl, inSultOS DiáriOS e Até mAuS-trAtOS FíSiCOS.

Dom Bosco não descuidou nunca a reabilitação dos jovens. A prevenção da violência levou-o, muitas vezes, a inventar programas que oferecessem “caminhos de superação”. Tais programas preventivos tinham sempre em consideração o aspecto da reabilitação dos jovens e o da prevenção, no sentido de lhes oferecer caminhos de superação verdadeiramente viáveis e acessíveis. Hoje, mais do que nunca, é preciso realizar um trabalho mais preventivo que repressivo.

São preocupantes os factos de que por vezes se tem conhecimento e que ocorrem nas escolas motivados por atritos entre alunos. É preocupante ver que os jovens dentro das escolas podem fazer parte de grupos organizados para prejudicarem os colegas. Dom Bosco, no seu tempo, criou condições para que surgissem grupos a que se deu o nome de “companhias”. Tais grupos tinham como missão, antes de mais, ser amigos, depois acompanhar os alunos

novos, ajudar todos aqueles que não se sentissem bem integrados no ambiente, defender os de temperamento mais frágil, ajudar todos os que precisavam de ajuda... É uma perspectiva bem diversa: em vez de diminuir, humilhar, anular, violentar, intimidar, ofender os colegas (bullying), fazer tudo para que os outros se sintam felizes. E aquilo que resulta é admirável: cresce a amizade, cresce a felicidade de todos, cresce a alegria… “Nós aqui fazemos consistir a santidade em estarmos sempre alegres”, ouvia-se dizer na escola de Dom Bosco.

Com a colaboração de todos, com a boa vontade e a rectidão de intenção é possível criar ambientes favoráveis em que a aceitação mútua, a fraternidade seja uma realidade. Nesta tarefa é com certeza muito importante o trabalho, a dedicação e a coragem de jovens generosos e viris que, como Dom Bosco, fazem tudo quanto de si depende para que os outros sejam verdadeiramente felizes. Trabalhar para que os animais ferozes passem a cordeiros é com certeza uma tarefa que, desde o sonho dos nove anos de Joãozinho Bosco continua a interpelar a todos. Aceitemos o desafio, unamo-nos a Dom Bosco nesta empresa tão desafiadora.

> Pe. Artur PereirA

DO Bullying à FrAterniDADe

prevenção em vez de repressão

verdadeiramente felizes

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