bússolanúmero 41 | janeiro 2016

O Encontro de Dom Bosco deste mês, aqui nos Salesianos Porto, foi acerca dele. Quase no final do encontro, foi proposto aos participantes que escrevessem um mail a Dom Bosco sobre o que quisessem: que lhe contassem o que lhes ia na alma.

Aproveitando este espaço, não resisto a destacar e partilhar convosco um pouco do que alguns deles escreveram para, depois, vos deixar algumas conclusões.

Aqui vai, então...

# Querido Dom Bosco, ajuda- -me a preocupar-me mais com os meus amigos e familiares e a colaborar mais com eles.

DESAFIA-TE

MAILS A DOM BOSCO# Olá Dom Bosco, não imaginas o sentimento que temos por ti: até os mais mal comportados te acham especial. Parabéns por seres o melhor santo do mundo! Estando no teu mês, vou comportar--me melhor do que nunca.

# Amigo, Dom Bosco, tu estás sempre na minha vida, em conjunto com Maria Auxiliadora e Jesus. Estando aqui no colégio, melhorei os meus dotes de cristão, aproximei-me um pouco mais da santidade e estou cada vez mais perto do Paraíso.

# Olá Dom Bosco, queria agradecer-te por me ajudares a fazer caminho para a santidade.

A pergunta que me ocorre de seguida é: como ficaria Dom Bosco ao receber estes mails? Acho que ficaria de coração cheio e com uma lágrima no canto do olho, por constatar que continua a haver jovens que o amam, que contam com ele e que, portanto, lhe confiam os seus desafios, e que anseiam pela santidade.

No que resta deste mês do nosso querido Dom Bosco, tu, caro jovem, de coração ou de idade, continua a manifestar-lhe a tua amizade, continua a contar com ele e, juntamente, com outros jovens, vai percorrendo o caminho da santidade, em direção ao Paraíso para aí nos encontrarmos com ele, num pátio, cheio de algazarra, jogos, amizade e alegria sem fim...

> PE. DAVID TEIXEIRA

«Como gostaria que todos os batizados pudessem, no decurso do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, experimentar a alegria de pertencer à Igreja! E pudessem redescobrir que a vocação cristã, bem como as vocações particulares, nascem no meio do povo de Deus e são dons da misericórdia divina! A Igreja é a casa da misericórdia e também a «terra» onde a vocação germina, cresce e dá fruto. [...]A vocação cresce na Igreja. Durante o processo de formação, os candidatos às diversas vocações precisam de conhecer cada vez melhor a comunidade eclesial, superando a visão limitada que todos temos inicialmente. Com tal finalidade, é oportuno fazer alguma experiência apostólica juntamente com outros membros da comunidade, como, por exemplo, comunicar a mensagem cristã ao lado de um bom catequista; experimentar a evangelização nas periferias juntamente com uma comunidade religiosa; descobrir o tesouro da contemplação, partilhando a vida de clausura; conhecer melhor a missão ad gentes em contacto com os missionários; e, com os sacerdotes diocesanos, aprofundar a experiência da pastoral na paróquia e na diocese. Para aqueles que já estão em formação, a comunidade eclesial permanece sempre o espaço educativo fundamental, pelo qual se sente gratidão. [...]

Peçamos ao Senhor que conceda, a todas as pessoas que estão a realizar um caminho vocacional, uma profunda adesão à Igreja; e que o Espírito Santo reforce, nos Pastores e em todos os fiéis, a comunhão, o discernimento e a paternidade ou maternidade espiritual.»

Mensagem do Papa Francisco para o 53.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, 17 de abril de 2016

PALAVRAS DO PAPA

«IGREJA, MÃE DE VOCAÇÕES»

para rezar coloquemos os nossos dons e competências ao serviços dos outros

Neste ano da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, façamos uma paragem para nos interrogarmos se já abrimos a porta do nosso coração à Misericórdia de Deus.Todas as portas se abriram de fora para dentro. Porém aquela que nós temos de abrir possui uma caraterística muito especial: abre-se de dentro para fora e só nós possuímos o segredo para abri-la. A chave tem muitas ranhuras cada uma delas ligada a dons e competências que ao longo deste ano devemos colocar ao serviço dos irmãos.

E porque estamos a viver o mês de D. Bosco, rezemos com fé:

Senhor, dá- me a força, a capacidade e a audácia do nosso pai D. Bosco para sair das minhas limitadas fronteiras e partilhar com os outros o que tenho e o que sou. Orienta os meus passos. Liberta-me dos medos e vãos temores e faz-me acreditar que ainda há lugar para a esperança e para o amor.

> IR. MARIA GOMES/FMA

> VATICAN.VA

© Mazur/Catholic News

Aproximando-se o Natal, a Pastoral Vocacional dos Salesianos de Portugal organiza há vários anos um encontro vocacional no período das férias. Durante três dias, de 20 a 22 de dezembro, cerca de cinquenta rapazes com idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos, vindos de todo o país, reuniram-se nos Salesianos de Évora e, em período de férias, dispuseram do seu tempo para aprofundar o seu crescimento enquanto cristãos e cidadãos.

Neste “Encontro com Dom Bosco” Es-pecial de Natal, na quadra em que ce-lebramos o próprio Deus que se fez um de nós, foi importante referir que a Pa-lavra de Deus é Palavra de Salvação, como repetimos sempre na Eucaristia. No meio do convívio, jogos, passeios culturais, oração, Eucaristias, o encon-

> JOÃO SERRA

ENCONTRO COM DOM BOSCO

ESPECIAL DE NATAL

Janeiro15 Beato Luís Variara16 Encontro MJS 22 Beata Laura Vicuña24 S. Francisco de Sales

Festa31 S. João Bosco

Solenidade

TOMA NOTA

tro realizou-se em torno de três passa-gens evangélicas: “A quem procurais?” (Jo 1, 35-39), “Effatá” (Mc 7, 31-37) e “Pedi, batei e procurai” (Lc 11, 9-13). Estas passagens bíblicas foram indi-cadas aos jovens participantes como passos essenciais para a construção do seu projeto de felicidade em Deus: seguir Jesus, Aquele que é modelo de amor e de doação de vida por cada um de nós; deixar que Ele nos abra o ou-vido para sermos capazes de escutar e de partir ao encontro; e fortalecer a relação com Deus através da oração, que permite um discernimento sobre aquilo a que somos chamados.

Ao longo do ano letivo, os “Encontros com Dom Bosco” proporcionam men-salmente a oportunidade aos jovens de conhecer melhor a vida de S. João Bosco, a sua obra, a espiritualidade sa-lesiana e, principalmente, o seu amor a

Deus. Como itinerário de discernimento vocacional, pretende-se que com estes encontros os jovens se conheçam me-lhor, procurando viver o compromisso com o mundo, seja qual for a sua vo-cação, e que, à semelhança de Maria, respondam afirmativamente à missão que Deus tem para cada um deles, co-laborando no projeto de felicidade de Deus para a humanidade.

No Especial de Natal deste ano os cinquenta participantes foram acom-panhados por um grupo de 15 sale-sianos, que todos os meses animam os diferentes grupos vocacionais nas diferentes casas salesianas de Portu-gal. No encerramento do encontro es-teve o Pe. Artur Pereira, Provincial dos Salesianos em Portugal, para animar o grupo a um caminho de discernimento, oração e acompanhamento.

para pensar«NO INÍCIO DE UM NOVO ANO, A IGREJA FAZ-NOS CONTEMPLAR, COMO ÍCONE DE PAZ, A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA».

> PAPA FRANCISCO NA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DA SOLENIDADE DE MARIA SANTÍSSIMA, MÃE DE DEUS, NA BASÍLICA VATICANA, 1 DE JANEIRO DE 2016

“Sem perdão não há progresso nem paz”, explica Carlos Berro, missio-nário salesiano que dirige a obra em Duékoué na Costa do Marfim, país do golfo de África que viveu em 2011 uma guerra civil devastadora. Atualmente, a Costa do Marfim ten-ta reerguer-se. A curta-metragem documental “30.000” procura dar a conhecer o difícil trabalho de re-construção da paz.

O filme é o testemunho de 30.000 pes-soas que foram acolhidas na Missão Salesiana de Duékoué durante a guerra que se seguiu às eleições presidenciais de 2010. Num só dia 800 civis foram mortos na cidade de Duékoué. A popu-lação aterrorizada procurou refúgio na obra dos salesianos, com esperança que os assassinos respeitassem o ter-reno sagrado. “As pessoas dormiam em qualquer lado, mesmo de pé e à chuva.

ANIMAIS FEROZES

“PARAR A GUERRA, CONSTRUIR A PAZ”

TRABALHO PARA CASA

CORRIGIR OS QUE ERRAM> PE. DAVID TEIXEIRA

Quando se trata de corrigir os outros, encontramo-nos com es-tas desculpas: “se também eu cometo erros, como posso corri-gir o outro?”; “que adianta cor-rigir se, talvez, ele não se emen-da?”; “ao corrigi-lo não estarei a envergonhá-lo?”; “que tenho eu a ver com o erro dele?”Estas desculpas são para não arranjarmos chatices. Se te calas diante do mal feito, és cúmplice.

E se não corriges o erro do outro, acabarás por odiá-lo. Somos res-ponsáveis pelos outros!

COMO FAZER?

• Em jeito de breve oração, pede ao Espírito Santo que te ilumine na correção.

• Lembra-te que uma coisa é a pes-soa e outra é o erro: corrige o erro, não a pessoa.

• Deves fazê-lo em particular, com caridade e com paciência porque nem sempre é fácil reconhecer que erramos.

O TPC, a obra de misericórdia es-piritual deste mês, é corrigir os que erram… a começar por ti: em cada semana do mês, escolhe um erro que aches conveniente corrigir.

> INFOANS.ORG

bússolanúmero 41 Janeiro 2016JORNAL DA EQUIPA DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL SALESIANA

GOSTAVAS DE CONHECER MELHOR A VOCAÇÃO SALESIANA? CONTACTA-NOS!

pastoraljuvenil.salesianos.pt pastoral.juvenil@salesianos.pt

O calor humano asfixiava”, recorda um dos sacerdotes. Os salesianos faziam a vigilância das entradas da missão.Quatro anos depois da barbárie, o go-verno da Costa do Marfim criou uma Co-missão da Verdade e da Reconciliação para ajudar na superação do ódio e na construção de pontes entre a população dividida. Na região de Duékoué a gestão da Comissão foi entregue aos salesia-nos. A paz é o único caminho para cons-truir um mundo mais justo. Sem paz, a pobreza, a falta de educação, a fome, as desigualdades agravam-se.

A curta-metragem, – produzida pela Kanaki Films e apoiada pela Missiones Salesianas de Espanha, – foi realizada por Raúl de la Fuente, vencedor do pré-mio Goya 2014 e pré-selecionada para a edição de 2016 dos Óscares com a curta-metragem “Minerita”. .

O cartaz da curta-metragem

documental “30.000” sobre os

sobreviventes que foram acolhidos

na missão católica salesiana de

Duékoué, na Costa do Marfim

O missionário espanhol Carlos Berro com dois pequenos da missão salesiana de Duékoué num dos dias em que saem para lançar papagaios de papel