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EQUIPA PROVINCIAL DE PASTORAL VOCACIONAL PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA N.º 3 MAIO 2010 bússola da mihi animas UM CONVITE: Apenas ordenado sacer- dote, Dom Bosco deve ao Padre Cafasso, responsável pela formação dos sacer- dotes jovens, o CONVITE a caminhar pelas ruas de Turim: “Vai e olha à tua volta”. Dessa experiência surgiu no seu coração uma for te interrogação, que o acompa- nhará por toda a vida: “Quem se interessa destes jovens?”. Recordava, com alegria, o seu tempo de adolescente, quando todos os Domingos preparava, na sua aldeia, jogos e brinca- deiras para animar os jovens e com eles PARA MUITOS OS JOVENS CON- TINUAM A SER UM PROBLEMA. PARA OS MAIS OPTIMISTAS, ACABAM POR SE TORNAR UM DESAFIO. PARA DOM BOSCO E PARA A FAMÍLIA SALESI- ANA, TORNARAM-SE NUMA MIS- SÃO. Jovens, uma missão sempre actual fazer um momento de oração. Agora, pelo contrário, vê muitas crianças e jovens a ser explorados no trabalho, a sofrer as mais variadas humilhações, o que ainda hoje infelizmente continua a acontecer em muitas partes do mundo. MANTER A CHAMA DO SONHO: Di- ante de tal drama, D. Bosco encontrou um motivo urgente para agir: não deixar que roubem aos jovens os seus peque- nos sonhos... necessários para manter a CHAMA do grande SONHO: o amor de Deus pelos jovens. A par tir daquele momento, empenhou-se em despertar em cada jovem a vocação à felicidade. Educava-os a cumprir os pró- prios deveres e a tomar consciência dos seus direitos: amor, respeito, justiça, edu- cação. No meio dos jogos, do trabalho, e da amizade com Deus, os jovens desper- tavam para o verdadeiro sentido da vida. > PE. SÍLVIO FARIA em dia > PE. JOSÉ CORDEIRO O meu nome é José Cordeiro, tenho 33 anos e sou salesiano desde os 19. Comecei por estudar num Colégio Salesiano, em Poiares da Régua, onde estive durante dois anos, depois vieram mais três em Mogo- fores e outros tantos no Porto. No fim do 12º entrei para o noviciado, perto de Vila do Conde e no fim desse ano fiz a minha primei- ra profissão como salesiano. A esse tempo seguiram-se três anos na universidade para estudar Filosofia. Regressei então a Poiares onde estive dois anos a desempenhar as tarefas de professor de Moral e de Assistente, um dos trabalhos que dá mais gozo como salesiano. Ao longo desse tempo acompanhei os alunos da es- cola e sobretudo os internos, que nessa altura eram cerca de 120. Infelizmente esse tempo chegou ao fim e lá regressei aos estudos, desta vez para estudar Teologia porque queria ser salesiano padre. No fim da Teologia regressei ao trabalho como coordenador de pastoral. É a desem- penhar essas funções que me encontro hoje nas Oficinas de S. José em Lisboa. Quando descobri a minha vocação não sei responder exactamente pois não encontro um ponto determinado e concreto. Acho que Deus chama a cada um de maneira diferente. Penso que a mim me foi chamando e me vai chamando de mansinho, através das pes- soas que Ele põe ao meu lado. O que desejo? Ajudar a cumprir o lema que escolhi para a minha ordenação de padre, isto é, que todos tenham vida e a tenham em abundância. Quero ser portador dessa vida que Jesus nos dá e quero ajudar a levar essa vida às pessoas que Deus cruzar no meu caminho. Pretendo, tal como todos, ser feliz e acredito que a minha felicidade a construirei neste caminho. É por isso que, no dia 25 de Abril, domingo do Bom Pastor, dia da minha ordenação sacerdotal, com a graça de Deus, dei mais um passo nessa construção. VIDA EM ABUNDÂNCIA

Bússola n.º 3

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Jornal da Equipa de Pastoral Vocacional da Província Portuguesa da Sociedade Salesiana. Número 3. Maio 2010

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EQUIPA PROVINCIAL DE PASTORAL VOCACIONAL

PROVÍNCIA PORTUGUESA DA SOCIEDADE SALESIANA

N.º 3MAIO 2010

bússola

da mihi animas

um CONVITE: Apenas ordenado sacer-dote, Dom Bosco deve ao Padre Cafasso, responsável pela formação dos sacer-dotes jovens, o CONVITE a caminhar pelas ruas de Turim: “Vai e olha à tua volta”. Dessa experiência surgiu no seu coração uma forte interrogação, que o acompa-nhará por toda a vida: “Quem se interessa destes jovens?”.

Recordava, com alegria, o seu tempo de adolescente, quando todos os Domingos preparava, na sua aldeia, jogos e brinca-deiras para animar os jovens e com eles

Para muitos os JoVENs coN-tiNuam a sEr um ProBLEma. Para os mais oPtimistas, acaBam Por sE torNar um DEsaFio. Para Dom Bosco E Para a FamíLia saLEsi-aNa, torNaram-sE Numa mis-sÃo.

Jovens, uma missão sempre actual

fazer um momento de oração. Agora, pelo contrário, vê muitas crianças e jovens a ser explorados no trabalho, a sofrer as mais variadas humilhações, o que ainda hoje infelizmente continua a acontecer em muitas partes do mundo.

mANTER A CHAmA DO SONHO: Di-ante de tal drama, D. Bosco encontrou um motivo urgente para agir: não deixar que roubem aos jovens os seus peque-nos sonhos... necessários para manter a CHAMA do grande SONHO: o amor de Deus pelos jovens.

A partir daquele momento, empenhou-se em despertar em cada jovem a vocação à felicidade. Educava-os a cumprir os pró-prios deveres e a tomar consciência dos seus direitos: amor, respeito, justiça, edu-cação. No meio dos jogos, do trabalho, e da amizade com Deus, os jovens desper-tavam para o verdadeiro sentido da vida.

> PE. síLVio Faria

em dia> PE. José corDEiro

O meu nome é José Cordeiro, tenho 33 anos e sou salesiano desde os 19.Comecei por estudar num Colégio Salesiano, em Poiares da Régua, onde estive durante dois anos, depois vieram mais três em Mogo-fores e outros tantos no Porto. No fim do 12º entrei para o noviciado, perto de Vila do Conde e no fim desse ano fiz a minha primei-ra profissão como salesiano. A esse tempo seguiram-se três anos na universidade para estudar Filosofia. Regressei então a Poiares onde estive dois anos a desempenhar as tarefas de professor de Moral e de Assistente, um dos trabalhos que dá mais gozo como salesiano. Ao longo desse tempo acompanhei os alunos da es-cola e sobretudo os internos, que nessa altura eram cerca de 120. Infelizmente esse tempo chegou ao fim e lá regressei aos estudos, desta vez para estudar Teologia porque queria ser salesiano padre.No fim da Teologia regressei ao trabalho como coordenador de pastoral. É a desem-penhar essas funções que me encontro hoje nas Oficinas de S. José em Lisboa.Quando descobri a minha vocação não sei responder exactamente pois não encontro um ponto determinado e concreto. Acho que Deus chama a cada um de maneira diferente. Penso que a mim me foi chamando e me vai chamando de mansinho, através das pes-soas que Ele põe ao meu lado.O que desejo? Ajudar a cumprir o lema que escolhi para a minha ordenação de padre, isto é, que todos tenham vida e a tenham em abundância. Quero ser portador dessa vida que Jesus nos dá e quero ajudar a levar essa vida às pessoas que Deus cruzar no meu caminho. Pretendo, tal como todos, ser feliz e acredito que a minha felicidade a construirei neste caminho. É por isso que, no dia 25 de Abril, domingo do Bom Pastor, dia da minha ordenação sacerdotal, com a graça de Deus, dei mais um passo nessa construção.

VIDA Em AbuNDâNCIA

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página 2n.º 3 Maio 2010

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o guia.. .

E porque é assim? Porque Deus, ao amar--nos (e o amor implica sempre liberdade!), nunca nos obriga a nada e, muito menos, a ser aquilo que não queremos ser.

Assim, isto da vocação constitui uma grande responsabilidade para nós, porque exige que sejamos capazes de optar. E optar nunca é fácil. Sim, não se enganem: optar nunca é fácil. Dizer sim ou não, não é fácil e, se não, recorda o sim de Maria quando foi visitada pelo anjo para lhe comunicar o desejo de Deus de que ela fosse mãe de Jesus.

Optar é algo que vamos atrasando. Só optamos quando já não há mais remédio. E, ainda que pareça absurdo, a maior parte das vezes preferimos que outros optem por nós, damos poder a que outros decidam por nós. E, no entanto, é tomando opções que nós nos vamos tornando naquilo que queremos ser e não naquilo que outros querem que nós sejamos.

Porque, então, é que não optamos?

Porque não sabemos quem somos nem quem queremos ser. É triste constatar isto, sobretudo num cristão. Nós deveríamos saber quem somos e quem queremos ser. Tal como nos recorda Dom Bosco e outros, somos filhos amados do Pai que quer que

a VocaçÃo aiNDa quE tENha BastaNtE DE mistErioso, Por sEr oPçÃo DE DEus (oPçÃo D’ELE DE Nos amar, criar, chamar E saLVar), NÃo DEixa DE sEr tamBém aLgo humaNo E, PortaNto, uma oPçÃo Nossa.

uma questão de opção

CERCA DE 700 JOVENS PARTICIPARAm NO DIA

NACIONAl DO mJS, em Fátima, nos dias 15 e 16 de Maio.

Do programa fez parte uma caminhada até Fátima, o

espectáculo Arte e Fé “Tudo a meias”, este ano dedicado

ao Pe. Miguel Rua, e a Vigília de Oração na noite de dia 15.

acontece

> PE. DaViD tEixEira

colaboremos com Ele na nossa salvação e na salvação do mundo.

Porque optar é sempre um risco, uma aventura e, como nem todos somos corajosos, às vezes, temos medo e por isso, desde cedo aprendemos a dizer: “eu tenho de…”, “eu devo…”, em vez de “eu quero e escolho”. Este medo pode ganhar tal intensidade que nos deixa paralisados e angustiados. Penso que não deveríamos dar tanto poder ao medo…

Porque preferimos o acertar ao optar. Não conseguimos perceber que pior do que errar é não errar e não aprender com os erros. Os erros e as nossas acções não ditam aquilo que somos, ou seja, somos mais do que os nossos erros e acções, embora estas digam algo de nós. Aliás, para Deus temos sempre segundas oportunidades.

Porque optar é próprio de pessoas livres e nem sempre somos livres (não me refiro à liberdade de fazermos o que nos apetece, mas à verdadeira liberdade), porque vivemos procurando agradar e evitando castigos, até ao ponto de vender a nossa liberdade.

Porque optar implica ser responsável pelas consequências e, infelizmente, nem sempre queremos que qualquer coisa que façamos tenha as suas consequências e que nos comprometa e responsabilize.

Porque para optar precisamos de saber o que queremos e, a maior parte da vezes não sabemos o que verdadeiramente queremos ou seja, não sabemos desejar. Por causa de não sabermos o que queremos é que

queremos tudo e o nosso desejo é sem limites. Não fomos educados a desejar, a desejar bem, ou seja, coerentemente e segundo os melhores valores e que melhor valor do que aquele que nos foi deixado por Jesus: amor a Deus, aos outros e a mim mesmo.

Porque optar exige capacidade de sacrifício e renúncia e o nosso habitual é fazermos tudo por tudo para evitar o sacrifício e a renúncia porque deram-nos a falsa ideia de que eles infligem dor e ninguém, no seu perfeito juízo, quer sofrer… a menos que tenha um bom motivo, motivos que dêem sentido à vida.

Como podemos, então, optar? Sozinho, não consegues. Procura ajuda!

Procura alguém que consideres preparado para ajudar-te a vencer, um a um, os motivos que enumerámos acima. Procura confiar nele e abrir-lhe a tua vida para que te possa ajudar, a pouco e pouco, a discernir a vida que desejas para ti e que achas que Deus quer para ti também. E, assim, com a sua ajuda, procura ir fazendo opções diárias, já que as grandes opções da vida são feitas de pequenas opções quotidianas.

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a minha vez

Chamo-me João Lopes e tenho 15 anos. Nasci a 29 de Junho de 1994, em Bragança. Fiz os meus estudos em Macedo de Cava-leiros e no Colégio Salesiano de Poiares e, agora, frequento

o décimo ano de Ciências e Tecnologia no Colégio dos Órfãos do Porto.

Desde cedo aprendi a amar a Deus, visto ter um pai que é ministro extraordinário da comunhão e uma mãe catequista. Além disso, são ambos cursistas. No início da minha vida cristã, rezar era pedir a Deus que não cho-vesse no dia a seguir, facto que nem sempre aconteceu, como é óbvio. Depois comecei a tomar consciência de quem verdadeiramente era Aquele a quem todos chamavam Deus. A partir daí, cresceu em mim o desejo de ser sacerdote.

Aos nove anos, já queria ingressar no Semi-nário de Bragança, coisa que só conse-guiria aos doze. Falando com os meus pais, combinámos que iria para o Colégio Salesiano de Poiares, onde o meu irmão já tinha estado anos antes. E assim foi. No dia 8 de Setembro de 2004, entrava este aluno cujo único desejo era ser sacerdote.

Lá aprendi o que era ser salesiano. O nosso director de então, o agora Delegado Nacional da Pastoral Juvenil, Pe. José Aníbal Mendonça, sempre me encorajou a seguir Deus e a estar próximo dos mais necessitados. Com ele, e aqui lhe agradeço, explorei a minha vocação e comecei a estar cada vez mais decidido a seguir o sacerdócio. A dúvida agora, no en-tanto, era outra: salesiano ou diocesano? Com a colaboração do Pe. José Aníbal e do Pe. Sílvio Faria, pude, e não há muito tempo, optar por uma vida ligada a S. João Bosco.

No final do 9º ano, o Pe. José Aníbal falou--me da hipótese de ir para uma casa onde se preparassem os jovens para a entrada nos salesianos.

Sobre esta nova experiência quero sublinhar que estou realmente feliz, pois sei que com o exemplo dos salesianos aqui presentes esta-rei a programar o meu caminho para a santi-dade.

Não posso esquecer de agradecer também ao salesiano Luís Almeida, que se encontra agora em Roma, e ao diácono Francisco Al-mendra, pelos momentos divertidos, os mo-mentos informáticos e os momentos que me proporcionaram com vista ao discernimento da minha vocação. A eles, do fundo do coração: OBRIGADO!

> JoÃo LoPEs

“O meu caminho de santidade”

vocações com história

A minha família: moderna! um tanto complicada: desfeita, refeita, meios- -irmãos e meias-irmãs à esquerda e à direita. Cresci sobretudo com a minha mãe e dois meios-irmãos, 6 e 11 anos mais velhos do que eu. Família cristã? Nem por isso: baptizados, e mais nada. Hoje, sou religioso salesiano de Dom bOSCO. Que aconteceu?!

A minha mãe, crente, mas afastada, depara com um livro que fala de um lugar onde Nossa Senhora aparece: Medjugorje. Fortemente interpelada, faz-nos a proposta de lá ir no Natal, ao meu irmão de 16 anos e a mim que tinha 9. É quase uma loucura: uma mãe sozinha com os seus dois filhos, no Inverno, com um carro muito pequeno e velho e, sobretudo, em tempo de guerra (anos 92, guerra da Jugoslávia)!!Mas qualquer coisa a impelia, a curiosidade, a sede de Deus.Ali, foi como que um novo nascimento. Que se passou na minha cabecinha de garoto de 9 anos? Descubro duas coisas importantes:1. Parece-me evidente que Deus existe.Mas que Deus exista ou não, que importa? Posso muito bem pensar que Ele existe e viver como se Ele não existisse.Portanto isso não bastava, era necessário que eu descobrisse algo de essencial.2. Deus não é blablá (=palavreado inútil), não é qualquer coisa, é alguém, não é um conceito, é uma pessoa e sobretudo: ELE AMA-ME. Ele amava-me desde sempre. Ama-me tal como sou. Amar-me-á sempre.

Ternamente. É um papá, uma mamã, um amigo.Esta descoberta encheu-me de tanta alegria que sentia imensa necessidade de a partilhar imediatamente.A partir de então, tudo mudou. Disse comigo: «Se Deus é assim, quero dar-Lhe tudo e ser seu sacerdote!».Uma vez regressados, desejava a todo o custo ser santo! Era a única coisa que para mim contava.Creio que este fogo nunca mais se apagou completamente em mim, mesmo quando, muito mais tarde, durante os meus estudos de psicologia, “perdi” a fé. Mas foi certamente para melhor a reencontrar, amadurecer, poder estar mais próximo dos que duvidam, que vivem na escuridão.

Consagrar a minha vida a Deus, sim, claro, mas como?Com o tempo, a oração e o acompanhamento (sobretudo de um padre), após uma longa amizade com Dom BOSCO e Domingos SÁVIO desde a adolescência, senti que o meu lugar era junto dos jovens.Era, para dizer a verdade, a minha principal motivação para entrar nos Salesianos. Mas nessa altura, com grande surpresa, descubro a vida religiosa. Eu que sou de temperamento muito independente – tinha entrado no seminário diocesano pensando que o padre diocesano é mais independente, – descubro um caminho de santidade mais seguro para mim através dos votos de pobreza, castidade e obediência numa vida comunitária.Pouco a pouco, compreendi que a obediência não era um travão à minha liberdade, mas era sobretudo um motor.Não consigo explicar isto em poucas palavras, mas quero terminar mostrando Aquele que a viveu até ao fim, Ele que era Deus: Jesus.Como Jesus, só desejo abandonar-me à Vontade do Pai, porque nela se encontra a verdadeira Felicidade. E como Dom BOSCO, suplico ao Espírito Santo que o seu FOGO abrase os jovens aos quais me envia.

> BENJamiN témoigNagE

“Senti que o meu lugar era junto dos jovens”

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FICA CONNOSCO de Alfredo Juvandes

É um disco composto por 14 temas para a Eucaristia, com músicas e letras

do Padre Alfredo Juvandes, vozes de Manuel Rebelo e Verónica Silva, guitarras de João Barbosa e arranjos, teclados e programações de Carlos Juvandes. / Livraria Salesiana Dom Bosco

JORNADA muNDIAl DA JuVENTuDE NO FACEbOOk www.facebook.com/jornadamundialdaju-ventude

Um espaço criado para partilhar todas as actividades da JMJ e incentivar os jovens a participar e a colaborar, enquanto aguardam com

entusiasmo e alegria a chegada deste novo encontro com o Santo Padre.

vem aí22 mAIO mISSA NOVA DO PE. JOSé CORDEIRO (bRuNHOSO/mOgADOuRO)

23 DE mAIO PENTECOSTES

24 DE mAIO FESTA DE N.ª S.ª AuxIlIADORA

animais ferozes

COmO EDuCADORA SAlESIANA PERguNTO-mE: “QuAIS OS PROblEmAS DOS JOVENS HOJE?” FICO Em SIlêNCIO TENTANDO ENCONTRAR umA RESPOSTA.

Olhando para a folha em branco no ecrã do computador, surge alguma inspiração para escrever ou descrever o mundo juvenil dos nossos tempos. Tempos esses dominados pela tecnologia envolvendo de tal forma os Adolescentes / Jovens que parecem telecomandados pelos imensos SMS e afins. Como educadora salesiana pergunto-me: “Quais os problemas dos jovens hoje?” Fico em silêncio tentando encontrar uma resposta. O nosso País, assim como o resto da Europa, vai perdendo a “memória”, “memória” cristã, “memória” dos valores…, não quero moralizar, quero apenas conhecer e conviver com os jovens deste tempo que são os predilectos de Dom Bosco.

Estou convencida que os jovens de hoje têm uma consciência plena dos seus direitos. Sabem que podem lutar e chegar a resolver os seus problemas, não deixam que

ninguém fale por eles. Criticam o paternalismo dos que

falam da “irreverência da adolescência/juventude” e odeiam quem os critica sem os ouvir. Sentem na pele e são solidários com

quem vive problemas de desemprego, com o flagelo

da fome no mundo, da guerra e da exclusão social e é admirável

a sensibilidade que nutrem por estes assuntos. Lutam por novas posturas como por exemplo a preservação do ambiente – sem dúvida uma grande questão para que a vida no planeta possa continuar. Tentam modificar a sua forma de relacionamento amoroso e valorizam muito a honestidade e a fidelidade nas relações afectivas.Dão muita importância à música, ao desporto, às viagens e vivem a noite de formas diferentes das gerações anteriores. As férias, os tempos livres, as viagens são momentos inesquecíveis onde as experiências ajudam a crescer.Diz-se que estamos perante uma nova geração onde tudo é homologado mas terão todos as mesmas oportunidades? Será realmente assim? Tenho cá as minhas dúvidas. E tu, o que achas? Quem sabe se nos cruzaremos por aí, em Vendas Novas ou noutros lugares? Talvez possamos parar e conversar sobre estas grandes questões que preenchem a tua/nossa vida.

> ir. maria JoÃo garcia

OS JOVENS HOJE!

“Esquecidos” ou conscientes?

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Fotografia da capa: © Joaõ Ramalho

cartoon> ProF. PEDro maNso