GESTÃO AMBIENTAL E GERENCIAMENTO DE...

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GESTÃO AMBIENTAL E

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

Prof. M.a.Karen Wrobel Straub SchneiderKaren.straub@unemat.br

ESTADO DE MATO GROSSOUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOPFACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DEFINIÇÕES

• De acordo com o Dicionário de Aurélio"lixo é tudo aquilo que não se quermais e se joga fora; coisas inúteis,velhas e sem valor.“

• Já a Associação Brasileira de NormasTécnicas – ABNT – define o lixo comoos "restos das atividades humanas,considerados pelos geradores comoinúteis, indesejáveis ou descartáveis,podendo-se apresentar no estadosólido, semi-sólido(1) ou líquido(2),desde que não seja passível detratamento convencional.“

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1 – Entende-se como substâncias ou produtos semi-sólidos todos aqueles com teor deumidade inferior a 85%.2 –Válido somente para resíduos industriais perigosos.

CLASSIFICAÇÃO

Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente

• De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos podemser classificados em:

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CLASSE I OU PERIGOSOS

CLASSE II OU NÃO-INERTES

CLASSE III OU INERTES

CLASSIFICAÇÃO

CLASSE I OU PERIGOSOS

• São aqueles que, em função de suas característicasintrínsecas de inflamabilidade, corrosividade,reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentamriscos à saúde pública através do aumento damortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitosadversos ao meio ambiente quando manuseados oudispostos de forma inadequada.

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CLASSIFICAÇÃO

CLASSE II OU NÃO INERTES

• São os resíduos que podem apresentar características decombustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade,com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou aomeio ambiente, não se enquadrando nas classificaçõesde resíduos Classe I – Perigosos – ou Classe III – Inertes.

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CLASSIFICAÇÃO

• CLASSE III OU INERTES

• São aqueles que, por suas características intrínsecas, nãooferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quandoamostrados de forma representativa, segundo a norma NBR10.007, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com águadestilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme testede solubilização segundo a norma NBR 10.006, não tiveremnenhum de seus constituintes solubilizados a concentraçõessuperiores aos padrões de potabilidade da água, conformelistagem nº 8 (Anexo H da NBR 10.004), excetuando-se os padrõesde aspecto, cor, turbidez e sabor.

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CLASSIFICAÇÃO

QUANTO À NATUREZA OU ORIGEM

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Lixo doméstico ou residencial

Lixo comercial

Lixo público

Lixo domiciliar especial: Entulho de obras; Pilhas e baterias; Lâmpadas fluorescentes;

Pneus.

Lixo de fontes especiais: Lixo industrial; Lixo radioativo; Lixo de portos, aeroportos e

terminais; rodoferroviários; Lixo agrícola;

Resíduos de serviços de saúde.

CLASSIFICAÇÃO

LIXO DOMÉSTICO OU RESIDENCIAL

• São os resíduos gerados nas atividades diárias em casas,apartamentos, condomínios e demais edificaçõesresidenciais.

LIXO COMERCIAL

• São os resíduos gerados em estabelecimentoscomerciais, cujas características dependem da atividadeali desenvolvida.

• Nas atividades de limpeza urbana, os tipos "doméstico" e"comercial" constituem o chamado "lixo domiciliar",que, junto com o lixo público, representam a maiorparcela dos resíduos sólidos produzidos nas cidades.

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CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DOS GERADORES DE LIXO COMERCIAL

• Pequeno Gerador de Resíduos Comerciais é oestabelecimento que gera até 120 litros de lixo pordia;

• Grande Gerador de Resíduos Comerciais é oestabelecimento que gera um volume de resíduossuperior a esse limite.

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CLASSIFICAÇÃO

LIXO PÚBLICO

• São os resíduos presentes nos logradouros públicos,em geral resultantes da natureza, tais como folhas,galhadas, poeira, terra e areia, e também aquelesdescartados irregular e indevidamente pelapopulação, como entulho, bens consideradosinservíveis, papéis, restos de embalagens ealimentos.

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CLASSIFICAÇÃO

LIXO DOMICILIAR ESPECIAL

• Grupo que compreende os entulhos de obras,pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e pneus.Observe que os entulhos de obra, tambémconhecidos como resíduos da construção civil, sóestão enquadrados nesta categoria por causa dagrande quantidade de sua geração e pelaimportância que sua recuperação e reciclagem vemassumindo no cenário nacional.

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CLASSIFICAÇÃO

ENTULHO DE OBRAS

• A indústria da construção civil é a que mais explorarecursos naturais. Além disso, a construção civiltambém é a indústria que mais gera resíduos.

• Países desenvolvidos produzem em média menosde 1ooKg/m² de resíduos para novas edificações.

• No Brasil, tecnologia construtiva normalmenteaplicada favorece o desperdício na execução dasnovas edificações, este índice gira em torno de300Kg/m² edificado

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CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

• Em termos de composição, os resíduos da construçãocivil são uma mistura de materiais inertes, tais comoconcreto, argamassa, madeira, plásticos, papelão, vidros,metais, cerâmica e terra.

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CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DOS GERADORES DE ENTULHO DE OBRAS

• Pequeno Gerador de Entulho de Obras é a pessoafísica ou jurídica que gera até 1.000Kg ou 50 sacos de30 litros por dia;

• Grande Gerador de Entulho de Obras é a pessoafísica ou jurídica que gera um volume diário deresíduos acima de 1000 Kg.

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CLASSIFICAÇÃO

PILHAS E BATERIAS

• As pilhas e baterias têm como princípio básico converterenergia química em energia elétrica utilizando um metalcomo combustível. Apresentando-se sob várias formas(cilíndricas, retangulares, botões), podem conter um oumais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cádmio (Cd),mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li), zinco (Zn),manganês (Mn) e seus compostos.

• As substâncias das pilhas que contêm esses metaispossuem características de corrosividade, reatividade etoxicidade e são classificadas como "Resíduos Perigosos –Classe I".

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CLASSIFICAÇÃO

• As substâncias contendocádmio, chumbo, mercúrio,prata e níquel causamimpactos negativos sobre omeio ambiente e, emespecial, sobre o homem.Outras substânciaspresentes nas pilhas ebaterias, como o zinco, omanganês e o lítio, emboranão estejam limitadas pelaNBR 10.004, tambémcausam problemas ao meioambiente.

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CLASSIFICAÇÃO

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CLASSIFICAÇÃO

LÂMPADAS FLUORESCENTES

• O pó que se torna luminoso encontrado no interiordas lâmpadas fluorescentes contém mercúrio. Issonão está restrito apenas às lâmpadas fluorescentescomuns de forma tubular, mas encontra-se tambémnas lâmpadas fluorescentes compactas.

• As lâmpadas fluorescentes liberam mercúrio quandosão quebradas, queimadas ou enterradas em aterrossanitários, o que as transforma em resíduosperigosos Classe I.

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CLASSIFICAÇÃO

PNEUS

• Se deixados em ambiente aberto, sujeito a chuvas, ospneus acumulam água, servindo como local para aproliferação de mosquitos. Se encaminhados paraaterros de lixo convencionais, provocam "ocos" namassa de resíduos, causando a instabilidade do aterro.

• Se destinados em unidades de incineração, a queimada borracha gera enormes quantidades de materialparticulado e gases tóxicos, necessitando de umsistema de tratamento dos gases extremamenteeficiente e caro.

• Por todas estas razões, o descarte de pneus é hoje umproblema ambiental grave ainda sem uma destinaçãorealmente eficaz.

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CLASSIFICAÇÃO

LIXOS DE FONTES ESPECIAIS

• LIXO INDUSTRIAL: Adota-se a NBR 10.004 daABNT para se classificar os resíduos industriais:Classe I (Perigosos), Classe II (Não-Inertes) e Classe III(Inertes).

• LIXO RADIOATIVO: No Brasil, o manuseio,acondicionamento e disposição final do lixoradioativo está a cargo da Comissão Nacional deEnergia Nuclear –CNEN.

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CLASSIFICAÇÃO

LIXOS DE FONTES ESPECIAIS

• LIXOS DE PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAISRODOFERROVIÁRIOS: sua periculosidade está no riscode transmissão de doenças já erradicadas no país.

• LIXO AGRÍCOLA: resíduos industriais Classe I.

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RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDESegundo a NBR 12.808 da ABNT, os resíduos de serviços de saúde seguem aclassificação apresentada:

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CLASSIFICAÇÃO

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

• As características do lixo podem variar em função deaspectos sociais, econômicos, culturais,geográficos e climáticos, ou seja, os mesmosfatores que também diferenciam as comunidadesentre si e as próprias cidades.

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduossólidos podem ser classificados em:

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Geração per capita

Composição gravimétrica

Peso específico aparente

Teor de umidade

Compressividade

CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

GERAÇÃO PER CAPTA

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA

A composição gravimétrica traduz o percentual de cadacomponente em relação ao peso total da amostra de lixoanalisada.

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

PESO ESPECÍFICO APARENTE

• Peso específico aparente é o peso do lixo solto emfunção do volume ocupado livremente, semqualquer compactação, expresso em kg/m3.

• Sua determinação é fundamental para odimensionamento de equipamentos e instalações.

• LIXO DOMICILIAR – 230 Kg/m³

• SERVIÇOS DE SAÚDE – 280 Kg/m³

• ENTULHO DE OBRAS – 1300 Kg/m³

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

TEOR DE UMIDADE

• Teor de umidade representa a quantidade de águapresente no lixo, medida em percentual do seu peso.

TEOR DE UMIDADE VARIA EM MÉDIA DE 40% A 60%

COMPRESSIVIDADE

• Compressividade é o grau de compactação ou aredução do volume que uma massa de lixo podesofrer quando compactada.

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

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Poder calorífico

Potencial hidrogeniônico (pH)

Composição química

Relação carbono/nitrogênio (C:N)

CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

• As características biológicas do lixo são aquelasdeterminadas pela população microbiana e dos agentespatogênicos presentes no lixo.

• O conhecimento das características biológicas dosresíduos tem sido muito utilizado no desenvolvimento deinibidores de cheiro e de retardadores/aceleradores dadecomposição da matéria orgânica.

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

FATORES QUE INFLUENCIAM AS CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

FATORES QUE INFLUENCIAM AS CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS

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CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

FATORES QUE INFLUENCIAM AS CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

LEI Nº 12.3051, DE 2 DE AGOSTO DE 2010

• Esta lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos,bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada eao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos osperigosos, às responsabilidades dos geradores e do poderpúblico e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

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*Esta lei não se aplica a rejeitos radioativos

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Destinação final ambientalmenteadequada: destinação de resíduos que incluia reutilização, a reciclagem, a compostagem,a recuperação e o aproveitamentoenergético ou outras destinações admitidaspelos órgãos competentes do Sisnama, doSNVS e do Suasa, entre elas a disposiçãofinal, observando normas operacionaisespecíficas de modo a evitar danos ou riscosà saúde pública e à segurança e a minimizaros impactos ambientais adversos;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Disposição final ambientalmenteadequada: distribuição ordenada de rejeitosem aterros, observando normas operacionaisespecíficas, de modo a evitar danos ou riscosà saúde pública e à segurança e a minimizaros impactos ambientais adversos;

• Geradores de resíduos sólidos: pessoasfísicas ou jurídicas, de direito público ouprivado, que geram resíduos sólidos por meiode suas atividades, nelas incluído o consumo;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Gerenciamento de resíduos sólidos:conjunto de ações exercidas, direta ouindiretamente, nas etapas de coleta,transporte, transbordo, tratamento edestinação final ambientalmente adequadados resíduos sólidos e disposição finalambientalmente adequada dos rejeitos, deacordo com plano municipal de gestãointegrada de resíduos sólidos ou com planode gerenciamento de resíduos sólidos,exigidos na forma desta lei;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Gestão integrada de resíduos sólidos:conjunto de ações voltadas para a busca desoluções para os resíduos sólidos, de forma aconsiderar as dimensões política, econômica,ambiental, cultural e social, com controlesocial e sob a premissa do desenvolvimentosustentável;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Logística reversa: instrumentode desenvolvimento econômicoe social caracterizado por umconjunto de ações,procedimentos e meiosdestinados a viabilizar a coleta ea restituição dos resíduos sólidosao setor empresarial, parareaproveitamento, em seu cicloou em outros ciclos produtivos,ou outra destinação finalambientalmente adequada;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Reciclagem: processo de transformação dosresíduos sólidos que envolve a alteração desuas propriedades físicas, físico-químicas oubiológicas, com vistas à transformação eminsumos ou novos produtos, observadas ascondições e os padrões estabelecidos pelosórgãos competentes do Sisnama e, secouber, do SNVS e do Suasa;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois deesgotadas todas as possibilidades detratamento e recuperação por processostecnológicos disponíveis e economicamenteviáveis, não apresentem outra possibilidadeque não a disposição final ambientalmenteadequada;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

• Reutilização: processo de aproveitamentodos resíduos sólidos sem sua transformaçãobiológica, física ou físico-química,observadas as condições e os padrõesestabelecidos pelos órgãos competentes doSisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I – a prevenção e a precaução;

II – o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;

III – a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, queconsidere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica,tecnológica e de saúde pública;

IV – o desenvolvimento sustentável;

V – a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre ofornecimento, a preços competitivos, de bens e serviçosqualificados que satisfaçam as necessidades humanas etragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental edo consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo,equivalente à capacidade de sustentação estimada doplaneta;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

VI – a cooperação entre as diferentes esferas do poderpúblico, o setor empresarial e demais segmentos dasociedade;

VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo devida dos produtos;

VIII – o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável ereciclável como um bem econômico e de valor social,gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

IX – o respeito às diversidades locais e regionais;

X – o direito da sociedade à informação e ao controlesocial;

XI – a razoabilidade e a proporcionalidade.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

II – não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dosresíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmenteadequada dos rejeitos;

III – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção econsumo de bens e serviços;

IV – adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologiaslimpas como forma de minimizar impactos ambientais;

V – redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;

VI – incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar ouso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveise reciclados;

VII – gestão integrada de resíduos sólidos;46

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

VIII – articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destascom o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeirapara a gestão integrada de resíduos sólidos;

IX – capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;

X – regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização daprestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo deresíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicosque assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, comoforma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira,observada a Lei nº 11.445, de 2007;

XI – prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:

a) produtos reciclados e recicláveis;

b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis compadrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

XII – integração dos catadores de materiaisreutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam aresponsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dosprodutos;

XIII – estímulo à implementação da avaliação do ciclode vida do produto;

XIV – incentivo ao desenvolvimento de sistemas degestão ambiental e empresarial voltados para amelhoria dos processos produtivos e aoreaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos arecuperação e o aproveitamento energético;

XV – estímulo à rotulagem ambiental e ao consumosustentável.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Pontos importantes

• Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aosmunicípios a gestão integrada dos resíduos sólidosgerados nos respectivos territórios, sem prejuízo dascompetências de controle e fiscalização dos órgãosfederais e estaduais do Sisnama, do SNVS e doSuasa, bem como da responsabilidade do geradorpelo gerenciamento de resíduos, consoante oestabelecido nesta lei.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Pontos importantes

• Art. 16. A elaboração de plano estadual deresíduos sólidos, nos termos previstos poresta lei, é condição para os estados teremacesso a recursos da União, ou por elacontrolados, destinados a empreendimentose serviços relacionados à gestão de resíduossólidos, ou para serem beneficiados porincentivos ou financiamentos de entidadesfederais de crédito ou fomento para talfinalidade.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Pontos importantes

• Art. 18. A elaboração de plano municipal degestão integrada de resíduos sólidos, nostermos previstos por esta lei, é condição parao Distrito Federal e os municípios teremacesso a recursos da União, ou por elacontrolados, destinados a empreendimentose serviços relacionados à limpeza urbana e aomanejo de resíduos sólidos, ou para serembeneficiados por incentivos oufinanciamentos de entidades federais decrédito ou fomento para tal finalidade.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

• Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamentode resíduos sólidos:

I – os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas e, f, g e kdo inciso I do art. 13;

II – os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:

a) gerem resíduos perigosos;

b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos,por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparadosaos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;

III – as empresas de construção civil, nos termos do regulamentoou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

IV – os responsáveis pelos terminais e outrasinstalações referidas na alínea j do inciso I do art. 13 e,nos termos do regulamento ou de normasestabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber,do SNVS, as empresas de transporte;

V – os responsáveis por atividades agrossilvopastoris,se exigido pelo órgão competente do Sisnama, doSNVS ou do Suasa.

Parágrafo único. Observado o disposto no Capítulo IVdeste título, serão estabelecidas por regulamentoexigências específicas relativas ao plano degerenciamento de resíduos perigosos.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinteconteúdo mínimo:

I – descrição do empreendimento ou atividade;

II – diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados,contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos,incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;

III – observadas as normas estabelecidas pelos órgãos doSisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal degestão integrada de resíduos sólidos:

a) explicitação dos responsáveis por cada etapa dogerenciamento de resíduos sólidos;

b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapasdo gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade dogerador;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

IV – identificação das soluções consorciadas oucompartilhadas com outros geradores;

V – ações preventivas e corretivas a serem executadas emsituações de gerenciamento incorreto ou acidentes;

VI – metas e procedimentos relacionados à minimização dageração de resíduos sólidos e, observadas as normasestabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e doSuasa, à reutilização e reciclagem;

VII – se couber, ações relativas à responsabilidadecompartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma doart. 31;

VIII – medidas saneadoras dos passivos ambientaisrelacionados aos resíduos sólidos;

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

IX – periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência darespectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.

§ 1º O plano de gerenciamento de resíduos sólidos atenderá ao disposto no planomunicipal de gestão integrada de resíduos sólidos do respectivo município, semprejuízo das normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e doSuasa.

§ 2º A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidosnão obsta a elaboração, a implementação ou a operacionalização do plano degerenciamento de resíduos sólidos.

§ 3º Serão estabelecidos em regulamento:

I – normas sobre a exigibilidade e o conteúdo do plano de gerenciamento deresíduos sólidos relativo à atuação de cooperativas ou de outras formas deassociação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

II – critérios e procedimentos simplificados para apresentação dos planos degerenciamento de resíduos sólidos para microempresas e empresas depequenoporte, desde que as atividades por elas desenvolvidas não gerem resíduosperigosos.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

LOGÍSTICA REVERSA

• São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de formaindependente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduossólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cujaembalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras degerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, emnormas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou emnormas técnicas;

II – pilhas e baterias;

III – pneus;

IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PONTOS IMPORTANTES

• Art. 44. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, noâmbito de suas competências, poderão instituir normas com oobjetivo de conceder incentivos fiscais, financeiros ou creditícios,respeitadas as limitações da Lei Complementar nº 101, de 4 demaio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a:

I – indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento eà reciclagem de resíduos sólidos produzidos no território nacional;

II – projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dosprodutos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou outrasformas de associação de catadores de materiais reutilizáveis erecicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;

III – empresas dedicadas à limpeza urbana e a atividades a elarelacionadas.

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 54. A disposição final ambientalmenteadequada dos rejeitos, observado o dispostono § 1º do art. 9º, deverá ser implantada ematé quatro anos após a data de publicaçãodesta lei.

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

72,5MILHÕES

7,3MILHÕES

RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUZIDOS NO BRASIL EM 2015

TOTAL COLETADO(toneladas)

SEM COLETA(toneladas)

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FONTE: ABRELPE, 2015.

PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

61

FONTE: ABRELPE, 2015.

Diposição Adequada; 59%

Disposição Inadequada; 41%

Resíduos Coletados em 2015

Diposição Adequada

Disposição Inadequada

A prática da disposição final inadequada de RSU ainda ocorre em todas as regiões eestados brasileiros, e 3.326 municípios ainda fazem uso desses locais impróprios.

PANORAMA DOS RESÍDUOS

A população brasileira apresentou um crescimento de 0,8% entre 2014e 2015 e a geração per capita de RSU cresceu no mesmo ritmo. Ageração total, por sua vez, atingiu o equivalente a 218.874 t/dia de RSUgerado no país, um crescimento de 1,7% em relação ao ano anterior.

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

• A quantidade de RSU coletados em 2015 cresceu em todas asregiões, em comparação ao ano anterior; a região Sudestecontinua respondendo por quase 53% do total e apresenta omaior percentual de cobertura dos serviços de coleta do país.

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

QUANTIDADE DE RSU COLETADO POR REGIÕES E BRASIL

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES DO PAÍS NO TOTAL DO RSU COLETADO

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

ÍNDICE DE COBERTURA DA COLETA DE RSU (%)

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

DISTRIBUIÇÃO DOS MUNÍCIPIOS COM INICIATIVAS DE COLETA SELETIVA NO BRASIL

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS COM INICIATIVA DE COLETA SELETIVA

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU NO BRASIL POR TIPO DE DESTINAÇÃO (T/DIA)

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

GERAÇÃO DE RSU PER CAPITA NOS ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

• Os 467 municípios da região Centro-Oeste geraram, em2015, a quantidade de 17.306 toneladas dia de RSU, dasquais 93,7% foram coletadas.

• Dos resíduos coletados na região, 69,5% correspondentesa 11.267 toneladas diárias ainda foram destinados paralixões e aterros controlados.

• Os municípios da região Centro-Oeste aplicaram em2015, uma média mensal de R$ 6,53 por pessoa na coletade RSU e demais serviços de limpeza urbana.

• O mercado de serviços de limpeza urbana da regiãomovimentou cerca de R$ 2 bilhões, registrandocrescimento de 4,2% em relação a 2014.

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

QUANTIDADE DE RSU GERADOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

QUANTIDADE DE MUNICÍPIOS COM INICIATIVAS DE COLETA SELETIVA NA REGIÃO CENTRO-OESTE

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU NA REGIÃO CENTRO-OESTE (T/DIA)

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

GERAÇÃO E COLETA DE RSU NO ESTADO DO MATO GROSSO

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PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU NO ESTADO DO MATO GROSSO (T/DIA)

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO

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