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FACULDADE INTERATIVA ANHANGUERA
PÓS GRADUAÇÃO
ENGENHARIA DA QUALIDADE INTEGRADA
GESTÃO DA QUALIDADE E SISTEMAS NORMALIZADOS
ADRIANO FURINI
ANTONIO MARCIO DA SILVA JUNIOR
JEFFERSON JULIANO FERREIRA DIAS
MARCELO RIBEIRO RAPHAEL
PRISCILA DE SOUZA MORAIS
PROFª. MSC. TATIANA BORGES BRANCO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
JULHO - 2009
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
PROCESSO DE FABRICAÇÃO 4
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE 13
BIBLIOGRAFIA 28
INTRODUÇÃO O açúcar se destina, principalmente, para adoçar bebidas e alimentos, sendo obtido através do
beneficiamento de méis cristalizáveis da cana e da beterraba e, em importância menor, de outros
vegetais.
O açúcar extraído da cana é conhecido desde tempos bem remotos. Entretanto, ele só foi introduzido
na Europa por volta do século X, por intermédio dos árabes. Inicialmente, o cultivo da cana e a
produção de açúcar restringiu-se à bacia do Mediterrâneo e, somente mais tarde, foi introduzido na
América.
A origem provável da cana-de-açúcar data de 6 mil anos AC em regiões próximas à Índia. Durante a
Antigüidade, porém, o açúcar não passava de uma especiaria exótica, sendo utilizada apenas como
tempero ou remédio. O preparo de alimentos adocicados era feito com mel de abelhas.
O termo sânscrito sarkara deu origem a todas as versões da palavra açúcar nas línguas indo-
européias: sukkar em árabe, saccharum em latim, zucchero em italiano, seker em turco, zucker em
alemão, sugar em inglês.
A safra da cana-de-açúcar é sazonal, iniciando-se em maio e terminando em novembro. Neste
período ocorre o amadurecimento da cana, devido a fatores climáticos, falta de umidade,
luminosidade e frio. Com base na maturação, a cana passa ser cortada de forma planejada, de modo
que se tenha áreas com cana plantada que vão estar próprias para corte em momentos diferentes.
Pode-se dizer que uma usina de açúcar e álcool é auto-sustentável, ou seja, seus próprios
subprodutos são utilizados para manutenção das condições de beneficiamento da cana. O bagaço,
por exemplo, é transportado para as caldeiras, onde é queimado para gerar vapor, que é o
responsável pelo acionamento das máquinas pesadas e pela geração de energia elétrica, ou seja, é
combustível para todo processo produtivo.
Atualmente o Brasil é o maior produto mundial de açúcar com uma produção que supera a marca de
25 milhões de toneladas. Desde montante, mais da metade, cerca de 54%, o que corresponde a,
aproximadamente, 14 milhões de toneladas, destinou-se ao comércio exterior. O principal mercado
consumidor do açúcar brasileiro exportado é a Europa. O restante da produção é absorvido pelo
mercado interno.
A princípio, o açúcar era empregado, quase que exclusivamente, na Medicina. Mais tarde
comprovaram-se suas qualidades de alimento fundamental, inteiramente digestível pelo organismo
humano, proporcionado calor e energia, constituindo ingrediente básico na formação de gordura.
O açúcar contribui para nutrir as plantas que o armazena em determinados tecidos, para consumi-lo
durante seu crescimento para formação de fibras, sementes, etc.
Entretanto, a diversidade de posicionamentos sobre a extensão dos efeitos no organismo humano em
relação ao consumo de açúcar é grande. Cientistas americanos o consideram como um dos produtos
responsáveis pelo aumento do colesterol e de doenças cardiovasculares. Médicos brasileiros, porém,
não concordam totalmente com essa teoria e afirmam que o consumo de gordura é mais prejudicial
que o de açúcar.
Segundo os especialistas, o açúcar estimula a produção de insulina, um hormônio liberado pelo
pâncreas e que faz as células usarem a glicose como fonte de energia para as suas atividades. A
grande quantidade de insulina impede o emagrecimento, independente do rigor da dieta e da
freqüência dos exercícios físicos.
De acordo com nutricionistas americanos, os efeitos do açúcar são ainda mais profundos, chegando
a afetar até mesmo a performance sexual, pois aumenta o desejo sexual da mulher e diminui a
potência do homem, porque eleva a produção de estrogênio (grupo de hormônios sexuais femininos),
e a atividade mental, em função da deficiência de ácido glutâmico no organismo.
O único ponto em que todos parecem concordar refere-se ao fato de que, para aquelas pessoas que
precisam emagrecer e manter o nível aceitável de colesterol é necessário, além de eliminar o açúcar
da dieta, tomar outros cuidados, principalmente, em relação aos hábitos alimentares.
CONDIÇÕES DA CANA
A cana para fabricação do açúcar deve apresentar a maturação ideal, que é atingida num período de
14 a 18 meses após o seu plantio, dependendo da variedade, sendo que nesse ponto atinge um brix
mínimo em torno de 18% de sólidos totais.
A composição média da cana é composta de 65% a 75% de água e, a sacarose que corresponde de
70% a 91% de seus sólidos solúveis.
COMPOSIÇÃO MÉDIA DA CANA -DE-AÇÚCAR
COMPOSIÇÃO
TEOR
Água 65 – 75 Açúcares 11 – 18
Fibras 8 – 14 Sólidos Solúveis 12 – 23
PRINCIPAIS CONSTITUINTES DA CANA -DE-AÇÚCAR
CONSTITUINTES
SÓLIDOS SOLÚVEIS
Açúcares 75 – 93 Sacarose 70 – 91 Glicose 2 – 4 Frutose 2 – 4
PROCESSO DE FABRICAÇÃO O processo de fabricação de açúcar e álcool visa, sinteticamente, à extração do caldo contido na
cana, seu preparo e “concentração”, culminando nos vários tipos de açúcares conhecidos, como:
demerara, mascavo, cristal, refinado, líquido, VHP, etc. O mesmo caldo, preparado de forma
específica, resulta, através da fermentação microbiológica, com posterior destilação, no álcool etílico,
fornecido nas opções: anidro ou hidratado.
Dentro desse processo de fabricação, podemos classificar uma usina de açúcar como uma indústria
de extração, uma vez que o açúcar já é produzido pela natureza, através da cana, sendo ele somente
concentrado no processo, nas suas várias modalidades. Já a indústria do álcool, pelo processo que
passa, podemos classificá-la como uma indústria de transformação, cabendo esse papel à
fermentação biológica alcoólica. O fluxograma da Figura 1 mostra, sucintamente, as fases de
fabricação do açúcar e do álcool.
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1. RECEPÇÃO E ESTOCAGEM DA CANA: O transporte da cana até a usina, no Brasil, é
predominantemente do tipo rodoviário, com o emprego de caminhões que carregam cana
inteira (colheita manual) ou picada em toletes de 20 cm a 25 cm (colheita mecânica). Os
caminhões são pesados antes e após o descarregamento, obtendo-se o peso real da cana
pela diferença entre as duas medidas. Algumas cargas são aleatoriamente selecionadas e
amostradas, para posterior determinação, em laboratório, do teor de sacarose na matéria-
prima. O objetivo da pesagem é possibilitar o controle agrícola, o pagamento do transporte, o
controle de moagem, o cálculo do rendimento industrial e, juntamente com o teor de sacarose
na cana, efetuar o pagamento da mesma. A cana estocada em pátio é normalmente
descarregada nas mesas alimentadoras por tratores com rastelos, enquanto a cana estocada
no barracão é descarregada nas mesas, através de pontes rolantes, equipadas com garras
hidráulicas. Prevendo-se eventuais falhas no sistema de transporte e a interrupção do mesmo
durante o período da noite, procura-se manter certa quantidade de cana em estoque em
barracões cobertos ou em pátios abertos. A cana estocada deve ser renovada em curtos
espaços de tempo, visando à redução de perdas de açúcar por decomposição bacteriológica.
A cana picada, que não deve ser estocada, é descarregada diretamente nas esteiras. O
descarregamento direto pode ser feito com o uso de pontes rolantes equipadas com garras
hidráulicas, guindastes do tipo hillo e, no caso de cana picada, através de um tombador
hidráulico para basculamento lateral dos caminhões.
2. EXTRAÇÃO DO CALDO: O primeiro equipamento - a mesa alimentadora - recebe as cargas de
cana do estoque, ou diretamente dos caminhões, transferindo-as a uma ou mais esteiras
metálicas que conduzem a cana até as moendas, passando pelo sistema de preparo.
Apresenta uma parte rodante, formada por eixos, correntes e taliscas, que, conforme a sua
inclinação, pode ser classificada como:
• Convencional: inclinação de 5º a 17º
• De grande inclinação: 45º
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As mesas convencionais, embora possuam grande capacidade de alimentação, tornam a
mesma irregular, pois a camada de cana é muito alta, dificultando a alimentação e diminuindo
a eficiência da lavagem da cana.
As mesas de 45º, por sua vez, trabalham numa velocidade maior, com uma camada bem
baixa, o que propicia uma alimentação muito mais regular e de fácil controle e aumenta
sensivelmente a eficiência da lavagem da cana.
A lavagem - efetuada sobre as mesas alimentadoras - visa à retirada de matérias estranhas
como terra, areia, etc., com a finalidade de obtenção de um caldo de melhor qualidade e
aumento da vida útil dos equipamentos pela redução do desgaste. Esta lavagem nunca é
feita na cana picada, pois isto provocaria um arraste muito grande de sacarose pela água.
A mesa alimentadora controla a quantidade de cana sobre uma esteira metálica que a
transfere ao setor de preparo. O objetivo básico do preparo da cana é aumentar a sua
densidade e, conseqüentemente, a capacidade de moagem, bem como realizar o máximo
rompimento das células para liberação do caldo nelas contido, obtendo-se, portanto, uma
maior extração.
O sistema de preparo é constituído por um ou dois jogos de facas - dos quais o primeiro é
apenas nivelador - que prepara a cana a ser enviada ao desfibrador.
O jogo de facas é um equipamento rotativo de facas fixas, que opera a uma velocidade
periférica de 60m/s, e tem por finalidade aumentar a densidade da cana, cortando-a em
pedaços menores, preparando-a para o trabalho do desfibrador. O desfibrador, por sua vez, é
formado por um tambor alimentador que compacta a cana à sua entrada, precedendo um
rotor constituído por um conjunto de martelos oscilantes que gira em sentido contrário à
esteira, forçando a passagem da cana por uma pequena abertura (1 cm) ao longo de uma
placa desfibradora.
A velocidade periférica dos desfibradores, de 60 a 90m/s, chega a fornecer índices de
preparo de 80% a 92%. Este índice seria uma relação entre o açúcar das células que foram
rompidas pelo desfibrador e o açúcar da cana.
A cana é constituída basicamente de caldo e fibra. O açúcar, que é o produto que realmente
nos interessa, está dissolvido no caldo; portanto, nosso objetivo principal é extrair a maior
parte possível deste caldo.
Em escala industrial existem dois processos de extração: a moagem e a difusão.
A moagem é um processo estritamente volumétrico e consiste em deslocar o caldo contido na
cana. Este deslocamento é conseguido fazendo a cana passar entre dois rolos, submetidos à
determinada pressão e rotação, sendo o volume gerado menor que o volume da cana. O
excesso volumétrico, desprezando-se o volume de caldo reabsorvido pelo bagaço, deve ser
deslocado, correspondendo, portanto, a um volume de caldo extraído.
Um objetivo secundário da moagem, porém importantíssimo, é a produção de um bagaço
final em condições de propiciar uma queima rápida nas caldeiras.
Na primeira unidade de moagem ocorre a maior parte da extração global, simplesmente pelo
deslocamento do caldo. A cana tem aproximadamente sete partes de caldo para cada parte
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de fibra; já no primeiro bagaço essa proporção cai para duas a duas vezes e meia e fica fácil
de perceber que, se não utilizarmos algum artifício, logo as moendas posteriores não terão
condições de deslocar caldo algum, mesmo que se aumente a pressão na camada de
bagaço. O artifício utilizado é a embebição, que será explicada a seguir.
Cada conjunto de rolos de moenda, montados numa estrutura denominada "castelo", constitui
um terno de moenda. O número de ternos utilizados no processo de moagem varia de quatro
a sete e cada um deles é formado por três rolos principais denominados: rolo de entrada, rolo
superior e rolo de saída. Normalmente as moendas contam com um quarto rolo, denominado
rolo de pressão, que melhora a eficiência de alimentação. A carga que atua na camada de
bagaço é transmitida por um sistema hidráulico que atua no rolo superior.
3. GERAÇÃO DE ENERGIA: Após a extração do caldo, obtém-se o material denominado bagaço,
constituído de fibra, água e sólidos dissolvidos. A quantidade de bagaço obtida varia de 240
kg a 280 kg de bagaço por tonelada de cana, e o açúcar nele contido representa uma das
perdas no processo.
O bagaço alimentará as caldeiras, onde é queimado, e a energia liberada transforma água em
vapor. O vapor gerado nestes equipamentos, com pressão média de 18-21 kgf/cm² (caldeiras
modernas já operam com pressões entre 40 e 100 kgf/cm²), é utilizado no acionamento das
turbinas a vapor onde ocorrerá a transformação da energia térmica em energia mecânica.
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Estas turbinas são responsáveis pelo acionamento dos picadores, desfibradores, moendas e
etc., bem como pelo acionamento dos geradores para produção da energia elétrica
necessária nos vários setores da indústria.
O vapor liberado por estas turbinas é de baixa pressão (1,3 – 1,7 kgf/cm²) denominado vapor
de escape, que é reaproveitado como energia básica necessária no processo de fabricação
de açúcar e de álcool.
4. TRATAMENTO PRIMÁRIO DO CALDO: O caldo de cana obtido no processo de extração,
apresenta uma quantidade e qualidade variável de impurezas, que podem ser solúveis ou
insolúveis. O tratamento primário objetiva a máxima eliminação das impurezas insolúveis
(areia, argila, bagaço, etc.), cujos teores variam de 0,1% a 1,0%. A eliminação deste material
beneficia o processo e aumenta a eficiência e a vida útil dos equipamentos instalados,
contribuindo também para obtenção de produtos de melhor qualidade.
Atualmente, o peneiramento do caldo é realizado por diferentes tipos de peneiras (DSM,
rotativa, vibratória), que utilizam telas de vários modelos e aberturas (0,2 a 0,7 mm), com uma
eficiência da ordem de 60% a 80%. Também retorna a moenda o material retido.
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5. HIDROCICLONES: O principio de funcionamento deste equipamento baseia-se na diferença de
densidades sólido/líquido. Ao ser aplicada, a força centrífuga separa a areia e a argila do
caldo. Em alguns casos, consegue-se obter uma eficiência de separação acima de 90% para
partículas de até 40µ.
6. PESAGEM DO CALDO: Após o tratamento primário, a massa de caldo a ser enviada ao
processo é quantificada através de medidores de vazão ou balanças de caldo, permitindo um
melhor controle químico do processo.
7. TRATAMENTO QUÍMICO DO CALDO: Apesar do tratamento preliminar citado, o caldo de cana
contém, ainda, impurezas menores, que podem ser solúveis, coloidais ou insolúveis. Assim, o
tratamento químico visa principalmente à coagulação, à floculação e à precipitação destas
impurezas, que são eliminadas por sedimentação. É necessário, ainda, fazer a correção do
pH para evitar a inversão e decomposição da sacarose.
8. SULFITRAÇÃO DO CALDO: Consiste na absorção do SO2 (anidrido sulfuroso), pelo caldo,
baixando o seu pH original a 4,0 – 4,5. A sulfitração é realizada usualmente em uma coluna
de absorção que possui, em seu interior, pratos perfurados. O caldo é bombeado na parte
superior da torre e desce por gravidade através dos pratos em contracorrente com SO2
gasoso, aspirado por um exaustor ou ejetor instalado no topo da coluna. Devido à grande
solubilidade do SO2 na água, pode-se obter uma absorção de até 99,5% com este
equipamento.
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A sulfitração tem como objetivos principais:
• Inibir reações que causam formação de cor;
• A coagulação de colóides solúveis;
• A formação de precipitado CaSO3 (sulfito de cálcio); e
• Diminuir a viscosidade do caldo para facilitar as operações de evaporação.
Juntamente adiciona-se leite de cal (Ca [OH]2) ao caldo, elevando seu pH a valores da ordem
de 6,8 a 7,2. A calagem é realizada em tanques, em processo contínuo ou descontínuo,
objetivando o controle do pH final.
O leite de cal também é produzido na própria usina através da "queima" da cal virgem (CaO)
em tanques apropriados (piscinas de cal) ou hidratadores de cal segundo a reação:
CaO + H2O -> Ca (OH)2 + calor
O Ca(OH)2 produzido apresenta uma concentração de 3º - 6º "Beaume" antes de ser
adicionado ao caldo.
Esta neutralização tem por objetivo a eliminação de corantes do caldo, a neutralização de
ácidos orgânicos e a formação de sulfito e fosfato de cálcio, produtos que, ao sedimentar,
arrastam consigo impurezas presentes no líquido. O consumo da cal (CaO) varia de 500 a
1.000g/TC, segundo o rigor do tratamento exigido.
9. AQUECIMENTO: O aquecimento do caldo é realizado em equipamentos denominados
trocadores de calor, constituídos por um feixe tubular, no qual passa o caldo, localizado no
interior de um cilindro por onde circula água de vapor saturado. O caldo é aquecido a
aproximadamente 105ºC, com a finalidade de acelerar a facilitar a coagulação e floculação de
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colóides e não-açúcares protéicos, emulsificar graxas e ceras, ou seja, acelerar o processo
químico, aumentando a eficiência da decantação, além de possibilitar a degasagem do caldo.
10. SEDIMENTAÇÃO: É a etapa de purificação do caldo, pela remoção das impurezas floculadas
nos tratamentos anteriores. Este processo é realizado de forma continua em um equipamento
denominado clarificador ou decantador, que possuiu vários compartimentos (bandejas), com
finalidade de aumentar a superfície de decantação. O tempo de residência do caldo no
decantador, dependendo do tipo de equipamento empregado, varia de 15 minutos e 4 horas,
e a quantidade de lodo retirada representa de 15% a 20% do peso do caldo que entra no
decantador. Antes de ser enviado aos filtros rotativos, o lodo retirado do decantador recebe a
adição de, aproximadamente, 3 kg a 5 kg de bagacilho/TC, que irão agir como auxiliar de
filtração. Esta filtração objetiva recuperar o açúcar contido no lodo, fazendo com que este
retorne ao processo na forma de caldo filtrado. O material retido no filtro recebe o nome de
torta e é enviado à lavoura para ser utilizado como adubo. É importantíssimo controlar a
perda de açúcar na torta, pois seu valor não pode superar 1,0%.
11. EVAPORAÇÃO : O caldo purificado é enviado ao grupo de evaporação de múltiplos efeitos, que
tem como objetivo evaporar a água contida no caldo.
Em geral, o caldo purificado e clarificado, entra nos evaporadores com um brix de 14 a 18º e
deixa o último efeito do evaporador em torno de 65 a 70º, já com o aspecto de um xarope
grosso.
12. CENTRIFUGAÇÃO DO XAROPE: Após a evaporação, a massa de xarope de açúcar é cozida e
cristalizada. A centrifugação é realizada em centrifuga de cesto perfurados que sob a ação da
força centrífuga, faz com que o mel atravesse as perfurações da tela, ficando retidos, em seu
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interior, somente os cristais de sacarose. Como ainda contém muita umidade, os cristais de
açúcar é enviado a um secador para a eliminação do restante da umidade.
13. SECAGEM DO AÇÚCAR FINAL: Após a centrifugação, o açúcar ainda úmido é enviado a um
secador modelo spray dryer que faz a secagem do açúcar por atomização, através da
passagem de ar aquecido em um tempo extremamente rápido, para evitar a queima do
açúcar.
Após a extração do açúcar, o mesmo sofre vários processos de refinação conforme a
necessidade de atendimento ao mercado (peneiramento, trituração, etc.). O processo
seguinte é o de refinação de açúcar a uma determinada granalumetria do mesmo.
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
O objetivo é apresentar sugestões tendo como enfoque promover um Sistema de Gestão da
Qualidade estruturado, apoiado por controles formalizados, considerando a cultura.
A implementação de tais requisitos direcionará a empresa, mediante a adoção de alguns controles e
procedimentos que levarão a melhorias, rumo a um SGQ nos moldes da Norma NBR ISO 9001:2000.
SEÇÃO 4 – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Para que a empresa implementasse um SGQ, havia a necessidade de identificar os processos
necessários para o SGQ, bem como sua seqüência de interação. Era preciso determinar onde
começavam e onde terminavam os processos, em forma de cadeia. A partir daí, analisar e identificar
as necessidades de modificações, controles, monitoramentos, necessidades de recursos, bem como
as informações pertinentes para assegurar que cada processo fosse executado de maneira eficaz.
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Administrar por meio de um SGQ requer o planejamento das ações para que se possa chegar ao
resultado planejado em busca da melhoria contínua.
Como sugestão, o Ciclo PDCA se mostra uma ferramenta eficaz, que de ser incorporado no dia-a-dia
das atividades de negócio, por fornecer a estrutura básica para que todas as ações sejam planejadas
e realizadas de maneira lógica, visando assegurar os resultados e, conseqüentemente, a melhoria
contínua.
Uma vantagem adicional é o fato de que a empresa também poderá adotar os critérios de controle
por meio de indicadores.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
Conforme mencionado anteriormente, administrar por meio de um SGQ requer o planejamento das
ações. Na verdade, isso vai além, o ideal é a elaboração da documentação dos planos efetuados, os
quais devem ser escritos, registrados e divulgados, de maneira que todos tenham conhecimento e
que, voluntariamente, posso contribuir para a sua realização, manutenção e atualização.
A definição, pela empresa, de quais os tipos de documentos do SGQ que devem ser incluídos é uma
decisão estratégica e depende do tamanho e tipo de atividades desempenhadas, bem como o grau
de complexidade dos processos e de suas interações, da competência do pessoal, entre outros
aspectos, respeitando-se os documentos mínimos exigidos pela Norma. O sistema documental deve
ser simples, objetivo e coerente de acordo com a cultura da organização, para evitar acúmulo de
documentos desnecessários, ou seja, evitar burocracia.
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A implementação dos documentos significa que a empresa dispõe de uma documentação organizada
e controlada, para que as atividades do dia-a-dia sejam executadas e gerenciadas para a qualidade.
CONTROLE DE DOCUMENTOS
Este é um importante requisito, pois é um dos pilares para quem deseja implementar um SGQ. É por
meio desses documentos que a empresa assegura que seus produtos ou serviços atendam, de fato,
aos requisitos do cliente.
O controle de documentos tem por objetivo assegurar que o documento em uso é o documento certo,
atualizado e aprovado. Isso significa que está disponível para quem dele precisar.
O sistema só será efetivo se a documentação que dele faz parte estiver nos locais onde será
utilizada, bem como se houver um adequado controle de distribuição de cópias, sempre atualizada,
desses documentos. Caso contrário, gerará problemas.
Para o controle dos documentos requeridos pelo sistema de gestão, devem-se incluir sistemáticas
para aprovar, analisar criticamente e assegurar que as alterações sejam identificadas. As revisões
também devem estar disponíveis nos locais de uso, devem ser e permanecer legíveis e identificáveis,
e a distribuição deve ser controlada, evitando-se o uso não intencional de documentos obsoletos.
CONTROLE DE REGISTROS
A função do controle de registros é evidenciar o resultado das atividades desenvolvidas, com o
objetivo de registrar os fatos no momento em que ocorrem, ou seja, trata-se de informação da efetiva
execução das atividades executadas na empresa, portanto, não podem ser revisadas.
Os registros devem ser usados para documentar a rastreabilidade ou para fornecer evidência de
verificações, ações preventivas e ações corretivas de uma atividade realizada ou praticada, ou seja,
referente ao passado.
É preciso manter registro para mostrar que os requisitos do cliente foram atendidos, bem como para
mostrar que todos os controles e monitoramentos requeridos foram aplicados.
É através da análise e informações dos registros que se consegue gerenciar a empresa
adequadamente, oferecendo as oportunidades de melhorias necessárias.
A implementação do controle de registros pode se dar por meio de formulários devidamente
preenchidos, atas de reuniões, relatórios, etc. Assim, é possível definir os controles necessários para
identificar, armazenar, proteger e recuperar os dados, saber seu tempo necessário de retenção e a
sua forma de descarte.
Por uma questão de evidência histórica e cultural fraca e não-estruturada, costuma-se perder dados
importantes com o passar do tempo. Daí a sugestão de melhoria em tais controles e manutenção dos
registros.
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SEÇÃO 5 – RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO
COMPROMETIMENTO DA DIREÇÃO
A direção da empresa deve estar consciente da necessidade de melhorar seus processos, porém, há
a necessidade de demonstrar para toda a empresa, por meio de uma adequada comunicação com os
colaboradores, a importância, por exemplo, dos requisitos dos clientes e o que poderá ocorrer caso
não sejam atendidos.
A direção deve definir seu compromisso com a gestão da empresa, considerando ser a responsável
pela manutenção e melhoria nos processos envolvidos. É importante demonstrar aos colaboradores
esse compromisso, para que possam envolver-se nas atividades e criar um ambiente favorável.
FOCO NO CLIENTE
A empresa toma decisões gerenciais e executa as atividades com o objetivo de satisfazer os clientes,
conforme descrito em sua Política de Gestão da Qualidade. Para tanto, realiza pesquisas de
satisfação do cliente, gerencia os Indicadores de Desempenho, que são elaborados com base na
Política de Gestão da Qualidade, analisa a eficiência dos seus processos de realização do produto e
de suporte, além de tratar as informações provenientes dos clientes como fontes de ações corretivas
e preventivas.
REQUISITOS DOS CLIENTES
Os requisitos precisam e devem ser compreendidos e satisfeitos, com o objetivo de conquistar a
confiança do cliente no produto adquirido. Para isso, a direção deve disseminar e assegurar-se de
que toda a empresa compreende adequadamente o conceito de foco no cliente, para que cada
colaborador compreenda os requisitos e necessidades dos clientes (internos e externos) e se
empenham no sentido de sempre atendê-los.
Antes de concluir um processo comercial, os requisitos dos clientes devem ser verificados e
analisados criticamente e todas as variáveis envolvidas analisadas, para o alcance da satisfação dos
clientes.
POLÍTICA DA QUALIDADE
A empresa deve instituir uma política da qualidade, com objetivos claros e que traduzam o
compromisso da direção, para que a mesmo tenha credibilidade dentro e fora da organização. Os
colaboradores devem tomar conhecimento de que as atividades da empresa precisam representar o
aumento da satisfação dos clientes. Esse conjunto de medidas é que conduz à melhoria continua de
um sistema de gestão da qualidade.
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A política da qualidade deve ser formalizada, de modo que contemple o comprometimento da
organização com o atendimento aos requisitos, tais como, clientes, produto, empresa estatutários,
legais e melhoria contínua. Tudo isso deve constituir o programa de ações da qualidade, já que
estrutura a arte de governar uma empresa.
Salientamos que a divulgação e o conhecimento da política da qualidade devem ser amplos, para que
cada um dos colaboradores contribua para seu cumprimento, que pode ser, por exemplo, atuando
como veiculo de comunicação, utilizando-se de quadros de aviso e também do descanso de tela dos
computadores. Tudo é valido a fim de que a comunidade interna incorpore a política da qualidade no
seu dia-a-dia.
OBJETIVOS DA QUALIDADE
É essencial que a direção defina os objetivos da qualidade para oferecer orientação e atendimento
quanto ao monitoramento da melhoria continua e da satisfação do cliente.
Os objetivos da qualidade devem ser avaliados em períodos determinados, por meio de indicadores
para medir a eficiência e eficácia dos processos da empresa e indicar a tendência de se alcançar ou
não o que foi planejado. E mais, eles devem ser compatíveis com a política da qualidade adotada
pela empresa.
PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO
Para atender de forma mais completa a esse item, se faz necessário a realização e implementação
de um planejamento da qualidade para que as mudanças possam ocorrer, como, por exemplo,
entradas de novos processos transcorram sob tal controle. Acompanhar as atividades para assegurar
que os requisitos do SGQ estão sendo atendidos, bem como para definir como deverá ser planejada
e conduzida as eventuais alterações decorrentes das mudanças em geral.
RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
As responsabilidades e autoridades devem estar descritas nos procedimentos para que haja
envolvimento e comprometimento maior com a implementação e manutenção do SGQ, para que o
mesmo se torne eficiente e eficaz, e se padronize a continuação das operações e consiga evolução
ao longo do tempo.
É necessário assegura que a atribuição das responsabilidades e autoridades seja feita de maneira
clara, esclarecendo-se quem faz o que, quando e como, para evitar confusões e/ou duplicidade de
ações, e refletir a realidade dos negócios dentro da empresa.
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LOGOTIPO
DESCRIÇÃO DE CARGOS
1.1 – Cargo/Atividade: 1. Identificação
1.2 – Subordinação:
2. Atribuições: 3. Qualificações Necessárias: 4. Experiência Necessária:
COMUNICAÇÃO INTERNA
Para que uma determinada empresa consiga envolver e motivar seus colaboradores para a
implementação de um SGQ, a mesma deve implementar um processo de comunicação eficiente para
que se possam tratar os assuntos relativos ao SGQ, incluindo, por exemplo, a avaliação do nível de
satisfação dos clientes. Porém, tais informações devem ser claras e adequadas ao entendimento do
publico.
ANALISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO
Ao se iniciar a implantação de um SGQ, esse requisito se torna uma das principais atividades para o
resultado do processo. O desempenho do sistema é analisado pelos dados coletados, que podem
ser, satisfação dos clientes, desempenho dos processos e produtos, auditorias internas, ou qualquer
outro indicador que se julgar importante para identificar as oportunidades de melhorias e fazer as
devidas correções no sistema de gestão, levando-se em consideração os objetivos estabelecidos.
O objetivo da análise crítica é verificar se o que foi planejado está sendo executado, bem como
verificar se o sistema necessita de revisão ou complementação.
Recomenda-se que a análise crítica seja realizada por todos os envolvidos no SGQ. Esta análise
deve ser feita periodicamente e deverá ser definida em um documento registrado.
LOGOTIPO
REUNIÃO DE ANÁLISE CRÍTICA
Item Avaliação Análise Crítica Satisfação dos Clientes Resultado de Auditorias Desempenho dos Processos
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SEÇÃO 6 – GESTÃO DE RECURSOS
RECURSOS HUMANOS
Importante requisito da norma, uma vez que serão as pessoas que irão garantir o sucesso da
empresa e o alcance dos objetivos estabelecidos. O pessoal diretamente envolvido com a qualidade
do produto deve ser capaz de fazer aquilo que se espera que ele faça, isto é, atingir aos objetivos da
qualidade estabelecidos pela empresa.
Neste sentido, torne-se fundamental a manutenção de um programa de treinamentos que possa
desenvolver as habilidades e potencialidades dos colaboradores, visando alcançar resultados que
satisfaçam e superam as expectativas dos clientes.
É fundamental que a empresa identifique as funções que tem impacto na qualidade de seus produtos
e que as descreva, identificando as habilidades necessárias e que também possa valorizar os
colaboradores.
LOGOTIPO
LEVANTAMENTO DA NECESSIDADE DE TREINAMENTO LNT
Data:
Departamento: Responsável:
Treinamento Funcionário Período Local
INFRA-ESTRUTURA
Para que se possa garantir a disponibilidade de espaço físico, equipamentos e ferramentas
necessários para a realização do produto se faz necessário que a empresa gerencie a infra-estrutura,
através de um plano de manutenção e que o mesmo funcione eficazmente.
Diante disso, a empresa deve gerenciar e planejar, em intervalos pré-determinados, a manutenção da
infra-estrutura da empresa (prédios, equipamentos, ferramentas e dispositivos), já que este suporte
tem impacto direto na realização dos processos.
LOGOTIPO
GERENCIAMENTO E MELHORIAS INFRA-ESTRUTURA
Semanas Ações/Planejamento 1 2 3 4 5
Área: Executantes: Responsável: Assinatura:
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AMBIENTE DE TRABALHO
A empresa deve ter consciência que um ambiente de trabalho sadio e uma gestão agradável aos
colaboradores por potencializar a motivação dos colaboradores, aumentando assim, o desempenho
das pessoas.
Deve-se gerencia também as condições de trabalho para que se possam mitigar os riscos que as
atividades e evitar acidentes ou afastamentos por fatores ergonométricos.
SEÇÃO 7 – REALIZAÇÃO DO PRODUTO
PLANEJAMENTO DA REALIZAÇÃO DO PRODUTO
O planejamento de produção deve incluir os seguintes passos:
- Definição do que realmente o cliente deseja;
- Aquisição de matérias-primas e insumos necessários para realização do produto;
- Planejamento e realização do que foi planejado;
- Entrega do Produto; e
- Controle de Medição e Monitoramento.
É importante para a realização do produto, elaborar o planejamento de como as atividades
necessárias serão executadas. E tal planejamento deve ser documentado, informando-se todas as
etapas do processo, para que possam ser realizadas com sucesso.
Para que o planejamento seja realizado eficazmente é necessário a elaboração de procedimentos e
instruções de trabalho que descrevam com clareza a realização do produto.
REQUISITOS RELACIONADOS AO PRODUTO
A empresa deve realizar uma analise rigorosa quanto aos requisitos dos clientes antes de iniciar as
ações de produção. Os responsáveis pela analise dos requisitos devem estar atento e verificar se a
empresa tem condições de cumprir a qualidade e quantidade acordado, bem como, se tem condições
de atender ao prazo de entrega previamente acordado.
Assim sendo, a determinação de requisitos relacionados ao produto requer que a empresa conheça,
logo de início, o que o cliente deseja, quais suas necessidades e expectativas, bem como avalie a
possibilidade de satisfazer seus parâmetros.
ANÁLISE CRÍTICA
A empresa deve analisar criticamente os requisitos relacionados ao produto. Esta análise deve ser
realizada antes da empresa assumir o compromisso de fornecer um produto ou serviço.
Esta análise deve assegurar que:
- Os requisitos do produto estejam definidos;
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- Os requisitos de contrato estejam resolvidos; e
- A empresa tem capacidade de atender os requisitos definidos.
COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE
A empresa precisa desenvolver um sistema de comunicação capaz de registrar a comunicação com o
cliente, de solucionar as suas necessidades de informação, de garantir o esclarecimento de dúvidas,
o atendimento as reclamações e sugestões.
É importante destacar que esse canal sempre deve atuar proativamente, buscando a proximidade do
cliente com a empresa, para que essa possa atendê-lo melhor.
PROJETO E DESENVOLVIMENTO
Este requisito foi considerado para exclusão.
AQUISIÇÃO
PROCESSO DE AQUISIÇÃO
No processo de aquisição não se pode considerar somente o preço. O ideal é considerar uma gama
de itens, como a experiência do fornecedor, a qualidade, o desempenho na entrega, a resposta a
problemas durante o fornecimento e também preços.
A empresa deve considerar o CUSTO X BENEFICIO no momento da aquisição, o material que esta sendo
adquirido tem que agregar valor a produto final da organização.
A empresa deve manter um banco de dados com todos os fornecedores qualificados e homologados
para assegura que não sejam feitas aquisições de fornecedores não cadastrados.
INFORMAÇÕES DE AQUISIÇÃO
Informações de aquisição devem descrever as características necessárias para o produto, tais
informações devem incluir:
- Requisitos para aprovação, procedimentos, processos e equipamento;
- Requisitos para qualificação de pessoal; e
- Requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade.
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LOGOTIPO
AUTORIZAÇÃO DE FORNECIMENTO – AF
Data:
Solicitante: Setor: ITEM QUANT. UNID. DESCRIÇÃO / CARACTERÍSTICAS GERAIS PRAZO OBS.
Orçamentos
FORNECEDOR CONTATO (NOME/TELEFONE)
PREÇO UNIT. TOTAL ENTREGA COND.
PAG. OBS.
VERIFICAÇÃO DO PRODUTO ADQUIRIDO A empresa realizará inspeções de recebimento para os produtos adquiridos, para assegurar que o
produto adquirido esteja em conformidade com as especificações feita no momento da aquisição.
Caso seja necessário realizar a inspeção nas instalações do fornecedor, o mesmo deverá ser
informado no momento da aquisição, e o agendamento da inspeção deverá ser agendado com 15
(quinze) dias de antecedência para que se possa disponibilizar os recursos necessários.
Supervisor Processo de Pré qualificação,
Técnico de utilizando formulário padrão CPF001.Compras Apresentação dos documentos e
certidões negativas de débitos.
A especificação foi elaborada pelo setorEngenharia Técnicos e de engenharia de produto.Processos Planejadores Enviar ao fornecedor a revisão final
da especificação técnica.Orçamento atende as exigências da
Compradores Prazos de entrega atende as necessi-Técnicos dades da organização?
Planilha de custo foi apresentada?Avaliar junto com fornecedor e inspeção
Técnico de de fabricação conforme instruçãoprocesso ICP002. Auditoria e diligênciamento
no período de fabricação.Seguir procedimento de recebimentode materiais, conforme documentoRBM001.
Analista Utilizar formulário padrão paraTécnico de avaliação de recebimento CPF003
Recebimento Informar ao fornecedor com 10 (dez)de Materiais dias de antecedência o dia da inspeção
se for realizada no site do mesmo.Verificar instrumentos e equipamentosnecessários a inspeção.Avaliar os resultados da inspeção dolote e classificar o fornecimento.Documentar todas as avaliações derecebimento de materiais para a qualificação dos fornecedores.Sempre que necessário, utilizar demétodos e processos conformeespecificado em procedimento CPC001para adequação e melhoria contínuado processo de qualificação de fornecedores.
Supervisor Não-conformidades devem ser avaliadasTécnico de pelo setor de projetos e planejamentoCompras deixando o fornecedor ciente de que
seu processo necessita de melhorias.Compradores O aceite da não-conformidade pelo setor
Técnicos de projetos não retira do fornecedor aspenalidades e perdas de pontuação.Estabelecer sistemática de avaliaçãode próximos fornecimentos, parapromover melhoria no processo de pré-qualificação de fornecedores.Fornecedores com nota superior a 95%e que esteja atingindo esta média a maisde seis meses, é considerado comofornecedor qualificado e tem preferêncianas negociações e nos critérios de desempate.
DescriçãoÁrea / Setor ResponsávelFluxograma da
Qualificação de Fornecedores MTX
Compras
Recebimento
Compras
Compras
Compras
FornecedoresQualificados pelo DSQ
Definir a especificação de fornecimento
Negociar pedido de um produto piloto (amostra)
Fabricação
Recebimento e
Inspeção
Fornecedor Certificado
Inclue no Banco de Dados dos Fornecedores
Não-conforme Conforme
INÍCIO
Status dos itens de acordo?
Sim
Libera para Operação
Processo de reavaliação de fornecimento
Não
Descredenciamento
Auditoria deprocesso
Auditoria deprocesso
Auditoria deprocesso
Avaliação de não
conformidade
graveSim
recuperávelSim
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PRODUÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
A realização do produto deverá ser realizada sob condições controladas, isto é, que devem estar
disponíveis, antes da realização da atividade, todas as informações e requisitos necessários para o
determinado produto.
As informações devem incluir:
- Descrição das características do produto;
- Instruções de trabalho, quando aplicável;
- Disponibilidade de equipamentos de medição;
- Monitoramento da Medição; e
- Atividade de liberação, entrega e pós entrega.
VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS
Os processos são monitorados durante e após sua realização, não sendo caracterizados como
processos cujas saídas não podem ser verificadas.
IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE
A identificação do produto é realizada ao longo do fluxo produtivo, utilizando meios compatíveis com
cada etapa da produção.
A identificação da situação do produto é mantida para atendimento aos requisitos de monitoramento e
medição.
A rastreabilidade é assegurada através da identificação única dos produtos e registros dos dados
relativos às características críticas de processo e produto, em todas as fases de produção.
Através de consulta aos registros da qualidade é possível analisar e identificar:
- pessoal envolvido;
- equipamento;
- seqüência de processamento;
- resultados das características de produto e processo; e
- especificação do cliente e das ordens de serviço ou documento equivalente do cliente.
PROPRIEDADE DO CLIENTE
Este requisito foi considerado para exclusão.
PRESERVAÇÃO DO PRODUTO
São estabelecidos procedimentos documentados para assegurar que, durante o processamento
interno e entrega final do produto e/ou serviço e partes constituintes dos mesmos no destino
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pretendido, a identificação, embalagem, armazenamento, preservação e manuseio são mantidos de
acordo com os requisitos especificados.
Nesses procedimentos são indicadas as condições para manter a integridade dos produtos,
prevenindo contra danos, degradação, contaminação e vencimento da validade.
De forma a otimizar os custos de armazenagem, são realizados inventários de estoque.
CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO E MEDIÇÃO
São estabelecidos e mantidos procedimentos documentados para controlar, calibrar e manter os
equipamentos de inspeção, medição e ensaios, inclusive software de ensaio, utilizados para
demonstrar a conformidade do produto com os requisitos especificados.
Esses equipamentos são utilizados de maneira a assegurar que a incerteza das medições seja
conhecida e consistente com a capacidade de medição requerida. Os dados técnicos dos
equipamentos de inspeção, medição e ensaios estão disponíveis quando requeridos pelos clientes.
Estão determinadas as medições a serem feitas e a exatidão requerida, bem como a seleção dos
equipamentos apropriados de inspeção, medição e ensaios com exatidão e precisão necessárias.
Todos esses equipamentos são calibrados e ajustados em períodos prescritos de acordo com
padrões nacionais ou internacionais. Quando não existirem tais padrões, a base utilizada para
calibração é documentada.
O processo empregado para calibração desses equipamentos é realizado em laboratórios internos ou
externos, neste caso, qualificados pela Acesita conforme tratamento dado a prestadores de serviço,
segundo os critérios estabelecidos.
São avaliados e documentados os resultados dos ensaios e inspeções anteriores, quando esses
equipamentos forem encontrados fora de calibração. O manuseio, preservação e guarda desses
equipamentos devem assegurar que sua confiabilidade é mantida.
SEÇÃO 8 – MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA
Durante o planejamento e implementação dos processos são determinados métodos de
monitoramento, medição, análise e melhoria, incluindo técnicas baseadas em conceitos estatísticos.
MONITORAMENTO E MEDIÇÃO
Implementar a medição e o monitoramento da satisfação dos clientes significa conhecer e obter as
informações necessárias para demonstrar o atendimento à política da qualidade e também para
identificar as oportunidades de melhoria.
A pesquisa é realizada em períodos pré-determinados, podendo utilizar-se de diversos métodos,
como:
- Questionário de Pesquisa;
- Web Site; e
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- Entre outros.
A medição da satisfação dos clientes é uma tarefa importante e imprescindível para que a empresa
possa conhecer as percepções dos clientes e as atitudes em relação ao produto. Com base nesta
pesquisa a empresa poderá tomar a decisão acertada, evitando a ocorrência de defeitos e
assegurando uma imagem favorável da empresa em relação ao mercado.
Auditorias Internas de Sistema, Processo e Produto são conduzidas para verificar adequação do
SGQ, se está efetivamente implementado e mantido conforme normas de referência.
A empresa mantém procedimento documentado que define o planejamento, a programação, a
execução, escopo da auditoria, freqüência e metodologia, assim como responsabilidades, requisitos
para condução das auditorias, registro e relato de resultados. O Plano de Auditorias leva em
consideração a situação e a importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os
resultados de auditorias anteriores.
Os resultados das auditorias internas são consolidados pela Gerência do SGQ, na forma de
informações gerenciais para o comitê de Análise Crítica pela Direção.
Durante o estágio de produção e entrega são implementados fluxogramas de processos e planos de
controle contendo técnicas de medição, planos de amostragem, critérios de aceitação e planos de
reação quando os critérios de aceitação não são atendidos.
Os processos considerados não capazes são tratados conforme procedimento documentado de
Implementação e Controle de Técnicas Estatísticas.
A liberação do produto e a entrega do serviço são realizadas somente após conclusão satisfatória de
todas as providências planejadas, salvo quando aprovada de outra maneira por autoridade pertinente
e, quando aplicável, pelo cliente.
Os produtos recebidos que impactam na qualidade dos produtos e dos processos são inspecionados
antes de sua utilização, exceto para os casos de liberação para produção urgente, que tem o uso
controlado para permitir recolhimento imediato caso seja detectada uma não-conformidade com os
requisitos especificados.
Todos os produtos recebidos são registrados e identificados e, caso venham a apresentar não-
conformidade são recolhidos e separados para análise e correção.
São executadas todas as inspeções e ensaios finais de acordo com os procedimentos, para
completar as evidências da conformidade dos serviços acabados com os requisitos especificados e
entregues ao cliente quando todas as etapas especificadas nos procedimentos tiverem sido
completadas e os dados e documentação associados estiverem disponíveis e autorizados.
É identificada a autoridade de inspeção responsável pela liberação do produto e quando o mesmo
não estiver de acordo com critérios de aceitação definidos, são aplicados os procedimentos para
controle de produto não - conforme.
CONTROLE DE PRODUTO NÃO – CONFORME
É estabelecido e mantido procedimento documentado que assegura que o produto não - conforme ou
suspeito com os requisitos especificados tenha prevenida sua utilização ou entrega não-intencional.
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O intuito desse controle é prover documentação, identificação, avaliação, segregação (se aplicável) e
disposição do produto não - conforme e comunicação às funções envolvidas.
O produto não - conforme é analisado criticamente por funções designadas, de acordo com o
procedimento e disposto conforme as seguintes alternativas:
- Retrabalhado a fim de atender aos requisitos especificados;
- Aceito com ou sem recuperação, mediante concessão;
- Reclassificado para outras aplicações; e
- Rejeitado (devolvido ou sucatado).
O produto retrabalhado é reinspecionado conforme procedimento específico.
O responsável de cada área tem o encargo de emitir a documentação da não-conformidade
detectada e a análise e disposição da não-conformidade cabem às funções previstas nos
procedimentos documentados.
Quando for obrigação contratual, o uso ou reparo proposto do produto não - conforme deve ser
relatado ao cliente ou a seu representante, para fins de concessão, e a sua descrição, se aceito, deve
ser registrada.
ANÁLISE DE DADOS
A empresa determina a coleta e analisa os dados apropriados para demonstrar a adequação,
eficiência e eficácia do SGQ e para avaliar onde a melhoria da eficiência e da eficácia do sistema
pode ser realizada.
Os dados analisados são oriundos de diferentes fontes, buscando uma visão global e integrada dos
dados e das informações de todos os processos da Empresa, incluindo fornecedores, para avaliar o
desempenho em relação aos planos, objetivos e metas, fornecendo subsídio para decisões
relacionadas à satisfação de clientes, conformidade com os requisitos do produto e características e
tendências dos processos e produtos, incluindo oportunidades para ações preventivas.
A aplicação de técnicas estatísticas abrange a identificação das características críticas para
qualidade, do estabelecimento, da implementação, do controle e verificação da capacidade do
processo e das características do produto, conforme procedimento documentado.
MELHORIA
Melhoria continua significa aperfeiçoar as praticas organizacionais passo – a – passo. A empresa
registra cada oportunidade de melhoria, avalia e, em caso de aplicação, aproveita as idéias, pois trará
benefícios positivos a empresa.
Esses indicadores são resultados dos objetivos da qualidade estabelecidos para colocar em pratica
os princípios da política da qualidade, que devem ser acompanhados em períodos pré-determinados,
como a cada dois meses.
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Para atender este requisito, a empresa elaborou e implementou um processo, que por meio de
indicadores e/ou pesquisas de qualidade a empresa gerencia as atividades de melhoria, que podem
resultar em alterações no processo, produto ou até no sistema de gestão da qualidade.
AÇÃO CORRETIVA
A empresa mantém um procedimento documentado para registro e análise das ocorrências,
contemplando a investigação de causas e o respectivo tratamento para as não-conformidades
constatadas no SGQ.
O procedimento prevê o envolvimento das áreas responsáveis para adoção e execução de medidas
e, em função da freqüência de ocorrência, da magnitude do impacto, iniciar e concluir processos de
ação corretiva. É parte integrante do procedimento relativo à metodologia para solução de problemas
a abordagem à prova de erro, a análise do impacto das ações tomadas e, quando aplicável, o estudo
de produtos rejeitados.
O desempenho e resultado das ações corretivas, diferenciadas por sua magnitude, são
encaminhados para análise crítica junto ao comitê.
AÇÃO PREVENTIVA
As ações preventivas são identificadas para eliminar as causas potenciais de não-conformidades, a
fim de prevenir sua ocorrência. As ações preventivas são apropriadas ao efeito dos problemas
potenciais, relativos à gestão da qualidade.
Um procedimento documentado define os requisitos para:
- definição de não-conformidades potenciais e de suas causas;
- avaliação da necessidade de ações para evitar a ocorrência de não-conformidade;
- definição e implementação de ações necessárias;
- registros de resultados de ações executadas;
- análise crítica de ações executadas.
O desempenho e resultado das ações preventivas, diferenciadas por sua magnitude, são
encaminhados para análise crítica junto ao comitê.
BIBLIOGRAFIA
1. http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/acucar.asp
2. http://br.geocities.com/abgalimtec/acucarpo.html
3. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro. NBR ISO 9001:2000;
Sistemas de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, 2000, 21 p.
4. BRANCHINI, Odécio. Princípios da Gestão da Qualidade. Banas Qualidade, p. 22-28,
dezembro/2002.
5. DEMING, W.E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques-Saraiva,
1990, 367 p.
6. DORNELLES, M. ISO 9000: Certificando a empresa. Salvador: Casa da Qualidade, 1997, 136
p.
7. FIESP – SP Qualidade. Por que implantar um Sistema de Qualidade? Disponível: <
http://www.fiesp.org.br .Acesso em 1o
dez.2004.
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