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Gestão em Compliance em Direito Médico e da Saúde
Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
1
Senhores Advogados e
Advogadas
Sejam bem-vindos ao mundo
corporativo
COMPLAINCE NA ÁREA DA SAÚDE
• Compliance – verbo “to comply” – to act according to an order,
set of rules
• Agir de acordo com um conjunto de normas
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE
2018.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). (Redação dada pela Lei nº
13.853, de 2019) Vigência
O compliance surge com a Lei n. 12.846, de 1º de agosto
de 2013 que dispõe sobre a responsabilização
administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de
atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira, e dá outras providências. [Lei Anticorrupção]
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
1. Conceito de Compliance na Saúde
Compliance na saúde é o conjunto de
disciplinas para fazer cumprir as
normas legais e regulamentares. São
Políticas e diretrizes estabelecidas para
a instituição de saúde.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Observação:
O compliance evita, detecta e trata qualquer desvio de normas legais e
regulamentos.
Atuação do advogado no hospital
1. Identificação dos riscos enfrentados pela
organização.
2. Desenvolver e implementar mecanismos
de controle para proteger a organização
dos riscos identificados.
3. Monitorar e reportar sobre a efetividade
dos controles da administração.
4. Orientar as áreas hospitalares sobre as
regras de normas e controle.
Implantação de compliance no hospital
• Negócios (regas e legislação)
• Pessoas e processos – controle interno
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O que é preciso?
• Implementar regras e obedecê-
las.
• Mapear processo
• Implementar controle
• Fazer gerenciamento de risco
Quem é responsável pela implantação
do Código de Conduta e Ética?
Departamento de Recursos Humanos e
o Departamento Jurídico
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ATENÇÃO
• Pessoas não entendem os processos e processos são escritos
de qualquer maneira.
• Quando as pessoas criam suas próprias regras, geramos
riscos.
• Segurança de Informação – Auditoria de Gestão
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Como forma de evitar atos de corrupção e de manter suas
atividades dentro de limites honestos, transparentes e éticos, as
organizações passaram a implantar programas de compliance.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Pilares do Compliance
• Prevenir
• Detectar (identificar)
• Responder (reportar)
Gestão de Risco
• Gestão = planejamento
• Risco = perigo
• “Boa Governança” (aumenta a lucratividade do hospital –
valores agregados – aumenta o valor do hospital)
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• Planejamento estratégico
• Plano de desenvolvimento, organização e processo de qualidade.
• Orçamento adequado
• Recursos humanos qualificados
• Satisfação da equipe
• Avaliação da gestão
• Retroalimentação (feedback) constante
• Disciplina de pesquisa.
• Ética
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A AIDS E O BIODIREITO RESPONSABILIDADE CIVIL
“A”, diante de transfusão de sangue recebida durante o parto
cesáreo, foi contaminada pelo vírus HIV.
O QUE SE DEVE CONSIDERAR NESTES CASOS?
• Responsabilidade Objetiva dos prestadores de serviço
(Artigo 14 do CDC)
• Responsabilidade Objetiva do Estado (Artigo 37, § 6º, da
CF)
• Art. 14, § 1º, inciso II, do Código de Defesa do Consumidor
O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança queo consumidor dele pode esperar, levando-se emconsideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
Matéria de Defesa - Contestação
a) Inexistência de serviço defeituoso, devido à adoção de todas as
técnicas disponíveis quanto à qualidade do sangue doado.
b) A ausência de nexo de causalidade entre a prestação do
serviço de saúde e a contaminação pelo vírus HIV em transfusão
de sangue realizada durante o parto cesáreo.
A responsabilidade civil objetiva requer a prova da ação ou
omissão relevante do fornecedor, a caracterizar defeito do
serviço, suficiente para gerar dano ao consumidor. Sequer há
controvérsia sobre a aplicação do Código de Defesa do
Consumidor no particular, por evidente relação de consumo a
envolver, de um lado, o hospital na condição de fornecedor dos
serviços de saúde e, de outro lado, a paciente que utilizou desse
serviço.
• Portaria nº 158/2016 do Ministério da Saúde
• Redefine o regulamento técnico de procedimentos
hemoterápicos.
RESPONSABILIDADE CIVIL. TRANSFUSÃO. SANGUE. HIV. Trata-se de ação de indenizaçãopor danos morais e materiais em decorrência de ato ilícito que consistiu na ausência decontrole de qualidade do sangue utilizado em transfusão que contaminou com o vírus HIV elevou a óbito o filho dos autores. O Tribunal a quo asseverou estar comprovado o nexo decausalidade para a responsabilidade objetiva dos réus: a União, o estado membro, osserviços de hemoterapia, o município e o hospital, condenados solidariamente. Todosrecorrem, no entanto observa o Min. Relator que o acórdão recorrido fundou-se eminterpretação de matéria eminentemente constitucional quanto à configuração daresponsabilidade civil (art. 37, § 6º, da CF/1988), o que impede o exame da questão na viaespecial por este Superior Tribunal, além de que descabe nesse recurso o exame desituações fáticas (Súm. n. 7-STJ). O REsp limitou-se a transcrever ementas dos arestos semidentificar as circunstâncias fáticas das demandas, ou seja, proceder ao devido confrontoanalítico dos julgados recorrido e paradigmas, ainda não indicou a lei federal violada. Nessecontexto, a Turma conheceu, parcialmente, do recurso do hospital e, nessa parte, negou-lheprovimento e não conheceu dos recursos da União, dos serviços de hemoterapia e domunicípio. REsp 1.033.844-SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/4/2009
Janela Imunológica
• Janela imunológica é o período entre a infecção e a produção
de anticorpos pelo organismo contra o HIV em uma quantidade
suficiente para serem detectados pelos testes, como o teste
rápido.
• O médico, portador de HIV, está proibido de exercer suaprofissão?
O médico portador do vírus HIV não está proibido de exercer aprofissão, entretanto deverá abster-se de procedimentosinvasivos de risco sob pena de responder por algum acidentecom contaminação do paciente. O segredo quanto a sorologia domédico deve ser resguardado pelos médicos investidos emfunção de direção, que deverão apoiá-lo na mudança de prática,além de estimular o aprimoramento técnico e a utilização dasPrecauções Universais. [PARECER CONSULTA: 06/99]
• Enfermeiro?
• PARECER COREN-SP 029/2013 – CT PRCI n° 100.987 e Ticket nº 280.486
• O empregador pode realizar teste de HIV em funcionário?
• A realização dos exames toxicológicos e de HIV violara a privacidadee a integridade do trabalhador. Exigir o exame é considerado atoilícito, que fere a dignidade do profissional e deve ser reparado como pagamento de indenização por danos morais no valor de dez vezesa remuneração por ele recebida. E-ED-RR-617/2001-007-17-00.6
• O médico informa o paciente de que ele tem aids e precisa
avisar a esposa. No entanto, ele se recusa. O médico pode
comunicá-la ou ele poderá ser processado por quebra de
sigilo médico?
• RESOLUÇÃO CFM Nº 1.665/2003 - Ementa: Dispõe sobre aresponsabilidade ética das instituições e profissionaismédicos na prevenção, controle e tratamento dospacientes portadores do vírus da SIDA (AIDS) esoropositivos.
• Art. 10 - O sigilo profissional deve ser rigorosamenterespeitado em relação aos pacientes portadores do vírusda SIDA (AIDS), salvo nos casos determinados por lei, porjusta causa ou por autorização expressa do paciente.
• PORTARIA N. 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016
• Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças,agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos eprivados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dáoutras providências.
• HIV – Notificação compulsória
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