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35CIDADE
Em entrevista exclusiva, ela fala pela primeira vez sobre carreira, maternidade e a parceria com Abilio Diniz na vida e nos negócios
+ CIDADEFilhos, redes sociais e os limites dessa relação; e uma seleção especial de joias poderosas para presentear no Dia das Mães
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ADRIANA VAREJÃOPHOTOGRAPHED BY JOHAN LINDEBERG
EDITOR PAULO LIMA DIRETOR SUPERINTENDENTE CARLOS SARLI DIRETOR EDITORIAL FERNANDO LUNA DIRETOR FINANCEIRO AGENOR S. SANTOS DIRETORA COMERCIAL ISABEL BORBA DIRETORA DE EVENTOS E PROJETOS ESPECIAIS PROPRIETÁRIOS ANA PAULA WEHBA DIRETORA DE CRIAÇÃO CIÇA PINHEIRO DIRETORA DE NÚCLEO RENATA LEÃO CONSELHO EDITORIAL ANA AURIEMO MAGALHÃES, CARLA SABATO, CARLOS SARLI, CLAUDIO BESSA, FABIANA MANZOLI PASTORE, FILIPE ASSIS, JOSÉ AURIEMO NETO, MARIA LUISA PUCCI, MARINA AURIEMO AL MAKUL, RAQUEL CORREA OLIVEIRA, RENATA FAVA DE MORAES E SILVIA CAMARGHO ASSISTENTE EXECUTIVA MICHELE FERREIRA DIRETORA DE REDAÇÃO RAQUEL FORTUNA DIRETORA DE ARTE MARINA GARCIA EDITORA PATRICIA MOTERANI EDITORA DE ARTE MARIA EUGÊNIA GATTAZ ASSISTENTE DE ARTE MAYRA PRESOTTO PRODUTORA EXECUTIVA JULIANA PROCESSO ASSISTENTES DE PRODUÇÃO ANNE FERNANDES E STEPHANIE STUPELLO EDITORA ON-LINE ANDREZZA ALDRIGHI DIRETORA DE MODA PATRIZIA RAMALHO PRODUÇÃO GRÁFICA WALMIR SCANDIUCI GRACIANO PRODUTOR GRÁFICO CLEBER TRIDA TRATAMENTO DE IMAGENS ROBERTO LONGATTO E ROBERTO OLIVEIRA PESQUISA DE IMAGENS ALDRIN FERRAZ (COORDENAÇÃO), DANIEL ANDRADE (BIBLIOTECÁRIO) E JANAINA MATTOS (ESTAGIÁRIA) COORDENADORA DE REVISÃO ECILA CIANNI REVISORES JANAÍNA MELLO, JAQUELINE COUTO E MARCOS VISNADI COMERCIAL TRADE E CIRCULAÇÃO DANIELA BASILE COORDENADORA DE ASSINATURAS ANDREA FERNANDES ANALISTA DE TRADE RENATA VILAR GERENTE DE LOGÍSTICA E CIRCULAÇÃO BANCAS/VAREJO ADRIANO BIRELLO ANALISTA DE CIRCULAÇÃO VANESSA MARCHETTI COLABORARAM NESTA EDIÇÃO TEXTO ANTONIO HAUSLAUER, CAROLINA MESQUITA, DANIEL TAVARES, GABRIEL WEIL E PAULO LIMA, FOTOGRAFIA ANDRÉ BRANDÃO, BRUNO GERALDI, DANIEL ARATANGY, DECO CURY, EDU DELFIM, JOÃO ÁVILA,JORDI BURCH, KARINE BASILIO, RAFAEL SARTORI, ROBERTO SETTON , ROGÉRIO ALBUQUERQUE E RÔMULO FIALDINI STYLING CESAR FASSINA, HELENO MANOEL E VANDA JACINTHO ILUSTRAÇÃO CATARINA BESSELL E FILIPE JARDIM PRODUÇÃO ALEX ANDRADE, AMANDA BERNDT, BRUNA DAL SASSO, CLESSI CARDOSO, JULIANA COSTA, MARIANA ROTTA, NILO CAPRIOLI E RICARDO BRUNO TRATAMENTO DE IMAGEM LUIS SERAPHIM, REGIS PANATO/PHOTOUCH , VICTOR MATSUMOTO E WMFUSION DEPARTAMENTO COMERCIAL/PUBLICIDADE SUPERVISORA DE PROJETOS ESPECIAIS E PLANEJAMENTO COMERCIAL ANA CAROLINA COSTA OLIVEIRA ASSISTENTE COMERCIAL DA DIRETORIA GABRIELA TRENTIN ASSISTENTE DE ARTE PROJETOS ESPECIAIS E EVENTOS FABIANA CORDEIRO GERENTES DE CONTAS FLAVIA MARANGONI fl avia.maragoni@trip.com.br, PAULO PAIVA paulo.paiva@trip.com.br E ROBERTA RODRIGUES ro@trip.com.br ASSISTENTE COMERCIAL ON-LINE BIANCA PISANESCHI bianca@trip.com.br TRÁFEGO COMERCIAL ALINE TRIDA ASSISTENTE DE OPEC CRISTIANE MORAES PARA ANUNCIAR REPRESENTANTES AL/SE - GABINETE DE MIDIA - PEDRO AMARANTE / MARIO - comercial@gabinetedemidia.com.br (79) 9978-8962/9956-9495 | BA - AURA BAHIA - CAIO SILVEIRA caiosilveira@aurabahia.com.br / CESAR SILVEIRA csilveira@aurabahia.com.br (71) 9965-8141/9965-8133 | CE - CANAL C - ANANIAS GOMES ananiasgomes@canalc.com.br (85) 9987-1780 | DF - A2 REPRESENTAÇÃO - ALAOR MACHADO alaormachado@a2representacao.com.br (61) 8102-8855 | ES - VERSÁTIL REPRESENTAÇÕES - DÍDIMO EFFGEN didimo.eff gen@uol.com.br / CASSIA EFFGEN versatil.es@uol.com.br (27)9.9947-4493 | GO - VERSUS REPRESENTAÇÃO - ANTONIO CORDEIRO (TONTON) tonton.front@terra.com.br (61) 9655-1684 | MG - BOX PRIVATE MEDIA - RODRIGO FREITAS rodrigobox@me.com / FABÍOLA VARGAS fabiolabox@me.com (31) 9421-6777 / (31) 8835-0343 | PE - WSA REPRESENTAÇÕES - WLADMIR ANDRADE wladmir.wsa@gmail.com / wladmir.recife@omegamidia.com.br (81) 9224-5457 / (81) 8852-2262 | PR - CONSULTORIA RESULTADO - RAPHAEL MULLER raphaelmuller@consultoriaresultado.com.br / LUCAS (41) 9695-3288 | RJ - X2 REPRESENTAÇÃO - ALEXANDRA LIBERO alexandralibero@xaoquadrado.com.br / ZEIRY DIAS zeirydiasxaoquadrado@gmail.com / FERNANDA SOUSA (21) 99914-0450 / (21) 98762-8254 | RS/SC - AD O2 - ADO HENRICHS ado@trip.com.br / DANIEL MAINIERI danielm@trip.com.br (51) 9191-8744 / (51) 9191-8741 | SP - PRIME MEDIA REPRESENTAÇÕES - ANTONIO CARLOS BONFÁ JUNIOR (TOTÓ) antonio.bonfa@subvert.art.br (11) 98125-0550 | LUCIANA VICENZOTTO luvicenzotto@gmail.com (11) 97205-8717 | SP INTERIOR/LITORAL - LD2 COMUNICAÇÃO - DANIEL PALADINO dpaladino@ld2comunicacao.com.br / LUCIANA VERDE SELVA luverdeselva@ld2comunicacao.com.br (11) 98384-0008 / 7810-7115 | SP PERMUTAS - GDR MARKETING - DENIS OLIVEIRA gdrmarketing@hotmail.com / contato@gdrmarketing.com.br (11) 97030.8383 | USA - MULTIMEDIA - FERNANDO MARIANO / VIVIANE BISPO fmar@multimediausa.com / ceo@multimediausa.com PROJETOS ESPECIAIS COORDENAÇÃO REGINA TRAMA EDITOR DE ARTE DE PROJETOS ESPECIAIS RAFAEL KENDI ANALISTA DE PROJETOS ESPECIAIS MARIANA BEULKE GERENTE DE NEGÓCIOS IZABELLA ZUANAZZI izabella@trip.com.br DIRETOR DE MÍDIAS ELETRÔNICAS DE CUSTOM PUBLISHING BETO MACEDO EDITORES DE ARTE DEBORA ANDREUCCI E DIEGO MALDONADO A REVISTA CIDADE É UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA TRIP EDITORA E PROPAGANDA S.A. ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: RUA CÔNEGO EUGÊNIO LEITE, 767 – CEP 05414-012, SÃO PAULO/SP. www.tripeditora.com.br IMPRESSÃO IBEP GRÁFICA
EDITORIAL
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Depois de um verão glorioso e dias longos e ensolarados, como há muito não víamos, a vida na cidade retoma o
ritmo normal e a temporada começa com as-suntos sérios. Por isso, nesta edição trazemos na capa Geyze Diniz, mulher do superempre-sário Abilio Diniz, que decidiu quebrar a ro-tina de seu estilo low profi le para falar sobre sua vida: de executiva, mãe, esposa. E de seu envolvimento com projetos sociais. Em en-trevista ao publisher da Trip Editora, Paulo Lima, ela conta sobre as várias iniciativas a que se dedica, como o Instituto Verdescola, que tem como missão colaborar para a edu-cação de crianças e famílias do litoral nor-te de São Paulo. Uma conversa oportuna e interessante entre duas pessoas que sabem que o investimento no social faz, mesmo, toda a diferença. Para ler e refl etir.
Já que o papo é sério, não podíamos dei-xar de mostrar uma noite que movimentou o CJ: a pré-estreia de Alemão, o fi lme de José Eduardo Belmonte – com um elenco incrí-vel, liderado por Caio Blat e Antonio Fa-gundes – sobre uma ação policial realizada no Complexo do Alemão, uma das áreas de maior tensão social no Rio de Janeiro, em 2010. Noite bacana, fi lme forte.
Enquanto isso, na área de ares mais ra-refeitos, a edição apresenta três editoriais de moda assinados pela fotógrafa Karine
Basílio e com styling dos feras Vandinha Jacintho – são dela as joias nas páginas de-dicadas ao Dia das Mães –, Cesar Fassina e Heleno – fazendo sua estreia na revista.
Também no capítulo moda, uma cober-tura dos lançamentos mais recentes na se-mana do prêt-à-porter de Paris. Com direito a estreia de Nicolas Ghesquière na passarela da Louis Vuitton, o conceitual deluxe de Raf Simons para Dior, os bordados refi nados de Valentino e, claro, o supermercado de mon-sieur Lagerfeld chez Chanel.
Como o Dia dos Namorados está próxi-mo, pedimos a alguns casais de estilos di-ferentes (entre eles, Isabella Giobbi e Edu Leme, Pietra Bertolazzi e Mario Veloso) para contarem o que um costuma “emprestar” do outro. Coisas de casal...
No mais, anote aí, desembarcando em breve nos corredores: o empório de beauté Sephora, a alta joalheria Piaget, a nova loja da Livraria da Vila – mais uma vez com arquite-tura de Isay Weinfeld – e o cashmere fi losófi -co da Brunello Cucinelli.
Atenção para um novo colaborador do Shopping: o publicitário Erh Ray presti-giando nossa última página com uma en-trevista especial.
Aliás, a edição inteira é especial, por-que é feita pra você.
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SUMÁRIO
PAPEL PRINCIPAL 22Geyze Diniz fala sobre a vida em família, a carreira de executiva e os projetos sociais que lidera
JARDIM 32Os fatos marcantes da trajetória da Pucci, o estilista Sandro Barros indica achados em Moscou e as análises de Doris Bicudo e Costanza Pascolato da Paris Fashion Week
RAINHA POP 62Produções com toques de sportswear e streetwear inspiradas na mulher moderna
QUE SEJA ETERNO 70Para o presente de Dia das Mães, joias de diferentes estilos
COR PRIMÁRIA 78O azul dá o tom da elegância em looks nada básicos
AMORES ROUBADOS 90Um ensaio divertido com casais que trocam mais do que confi dências
MELROSE DOS JARDINS 96Dois predinhos muito charmosos no Jardim Paulistano e sua turma especial de moradores
TRENDS 104O universo da arte, o nude e o dourado inspiram a seleção dos must have da estação
TRENDS MASCULINO 108Itens básicos para homens de estilo clássico
MINITRENDS 110As peças mais bacanas da temporada para abastecer o closet dos pequenos fashionistas
POR DENTRO 112Pratos de inverno dos restaurantes do Cidade Jardim, o que encontrar na alameda de serviços e as novidades dos nossos corredores
ACONTECEU 116Os eventos que movimentaram o Cidade Jardim
ÚLTIMAS PALAVRAS 122Por Erh Ray, publicitário
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COLABORADORES
O make-up artist MAX WEBER é parceiro
assíduo da revista Cidade. Nesta edição, ele
assina a beleza do ensaio de Geyze Diniz.
Colaborador das principais publicações de
moda e comportamento do país e especialista
em fotografar mulheres, DANIEL ARATANGY é o autor dos cliques da capa.
O stylist HELENO MANOEL
foi responsável pela seleção esperta de looks
do editorial de moda “Rainha Pop”.
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Fundador e editor das revistas Trip e Tpm, no
comando da Trip Editora (que produz a revista
Cidade) e do programa de rádio Trip FM,
PAULO LIMA entrevistou Geyze Diniz com
exclusividade para a nossa matéria de capa.
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ENTREVISTA
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Ela se tornou conhecida publicamente como “a esposa jovem e linda
de um dos empresários mais poderosos do país”. Mas Geyze Diniz
protagoniza uma história que vai bem além disso. Numa das poucas vezes em
que falou publicamente, você vai conhecer com detalhes a trajetória
desta economista com talento nato para planejar, organizar e produzir,
que ainda na adolescência assumiu responsabilidades de gente
grande. Hoje, ela participa de forma relevante e decisiva em grandes
negócios ao lado do marido, Abilio Diniz, sem deixar de lado seu foco nos
projetos sociais, de educação e ambientais POR PAULO LIMA FOTOS DANIEL ARATANGY BE
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ENTREVISTA
Vamos falar um pouco sobre a sua formação. Onde começa a sua história? Nasci em uma família paulistana de classe média e morei no bairro do Tatuapé, aqui em São Paulo, até me casar pela primeira vez. Comecei a trabalhar aos 16 anos, em uma loja de surf, e logo aos 17 comecei na empre-sa do meu irmão, ajudando na administração. Em 1989, ele sofreu um acidente e eu, aos 18 anos, tive que tocar o negócio sozinha. Foi uma época difícil.
Como foi esse período para você? De amadurecimento. Quando assumi a empresa, tinha acabado de entrar na faculdade de economia, no Mackenzie. Quando meu ir-mão se recuperou e voltou ao trabalho, pude procurar um estágio em algum lugar mais adequado aos meus planos. Fiquei dois anos trabalhan-do como trainee no banco Real e depois mais dois na Abecip, uma instituição que faz a ponte entre os bancos e o consumidor. Foi um período de mudanças pessoais tam-bém. Perdi minha avó e depois meu pai em um acidente. Ele caiu de uma escada, fi cou 13 dias no hospital e morreu.
Você acha que veio ao mun-do para produzir, construir e organizar? Acho que sim. Sou bastante organizada. O curio-so é que sinto que as coisas fluem com naturalidade na minha vida. Por mais difícil que seja, tudo passa. Encaro como aprendizado.
Voltando pro lado profi ssio-nal, como foi quando você en-trou no Pão de Açúcar? Mandei currículos para vários lugares, incluindo o Pão de Açúcar. Ti-nha 24 anos na época. Passei
por um processo longo de se-leção: eram 3 mil candidatos para apenas três vagas. Entrei como trainee, fui para uma loja Extra e lá passei por todas as seções: açougue, padaria, peixaria, área fi nanceira. Até que recebi um convite para a área têxtil na sede.
Como você e Abilio se conhe-ceram? Em um evento inter-no do Pão de Açúcar. Naquele dia, acho que ele se interessou e foi mapear quem eu era e em que área trabalhava.
Quando vocês começaram a sair, você ficava insegura com a diferença de idade e de status financeiro? Ou você “chegava junto”? Era tudo muito natural. Ele era muito sedutor e o papo era superbom. A gente tinha mil histórias pra compartilhar, então esta foi a nossa base, o diálogo. Isso nos aproximou de verdade e foi quebrando qualquer di-ferença. Mas teve um dia, em especial, que achei aquilo tudo uma loucura. Fomos fazer uma visita a uma loja na avenida Aricanduva, com o acompa-nhamento do Abilio. Quando o trabalho terminou, resolvi aproveitar para fazer o super-mercado lá mesmo. Quando estava saindo do caixa, Abi-lio estava lá me esperando. Ele perguntou para onde eu ia e eu disse que estava indo para per-to da sede do Pão de Açúcar. Aí ele falou: “Vou com você”. E foi mesmo. Eu olhava no re-trovisor, via aquele carro atrás cheio de seguranças e pensava: “O que o ‘doutor Abilio’ está fazendo dentro do meu carro?”.
E ele fi cava inseguro com a sua juventude e independên-cia? Acredito que não. Acho que nossa relação sempre foi
“SINTO QUE AS
COISAS FLUEM
COM NATU-
RALIDADE NA
MINHA VIDA.
POR MAIS DIFÍ-
CIL QUE SEJA,
TUDO PASSA.
ENCARO COMO
APRENDIZADO”
razoável imaginar que um ob-servador desavisado tire con-clusões equivocadas vendo as fotografi as de Geyze Marchesi Diniz que volta e meia ilustram as colunas sociais de jornais. A imagem de uma mulher boni-ta, jovem e sempre muito bem- vestida, com silhueta longilí-nea, olhos claros e nariz afi lado, que quase sempre é estampada ao lado da do marido, uma das mais conhecidas, observadas e comentadas fi guras do mundo dos negócios nacional.
Abilio Diniz projeta uma fi -gura forte. E não estamos aqui falando apenas do departamen-to de educação física, mas de uma postura e uma trajetória marcadas por grandes disputas empresariais, inúmeras vitó-rias, algumas derrotas e, inva-riavelmente, cifras intergalácti-cas, sejam em dólar, euro ou real. É quase desculpável, portanto, que o leitor menos informado saia inferindo que se trata da surrada cena que costumava ser regra entre boa parte dos grandes empresários de tempos atrás (e, convenhamos, de vá-rios do tempo presente). Depois do sucesso fi nanceiro, o em-preendedor buscava numa fi gu-ra jovem e exuberante, porém de poucos predicados intelectuais, uma espécie de moldura para que se sentisse literalmente “bem na foto”.
ÉGeyze não é muito de se ex-
por além do que sua situação fa-miliar e profi ssional a obrigam a fazer. Talvez por isso, esta seja uma das únicas entrevistas que deu na vida. E, certamente pela mesma razão, pouca gente além de seus amigos mais próximos sabe sobre sua história de vida e sua verdadeira trajetória. Filha de família de uma classe mé-dia paulistana que manobrava para sobreviver em épocas que antecederam a tão propalada as-censão da classe C, de um pai au-sente e, digamos, desencanado, a menina do bairro do Tatuapé pôs-se a trabalhar forte desde os 16 anos. Formou-se economis-ta no Mackenzie, uma das mais respeitadas e tradicionais uni-versidades do país, e fez um MBA em negócios pela Fundação Ge-tulio Vargas, outra instituição que dispensa apresentações e a mesma que recebeu em seus bancos, algumas décadas antes, o próprio Abilio. Uma das três admitidas num processo de seleção no qual competiram 3 mil candidatos, entrou na organização fundada pela fa-mília Diniz. Depois de anos de trabalho duro nas mais di-ferentes frentes dos negócios do grupo, chegou a cargos de diretoria com remunerações e responsabilidades de primeira grandeza. E foi num daqueles dias de trabalho árduo que o presidente da empresa lite-ralmente se apaixonou e se viu desprovido de toda sua força e seu poder diante de uma meni-na fi rme, dedicada e que tinha na construção de sua carreira o esteio principal de sua vida.
E o que menos gente ainda sabe: nos últimos 14 anos não houve advogado, advisor, con-sultor ou mediador que tenha compartilhado mais decisões estratégicas com Abilio Diniz do que esta economista com es-
pecialização em planejamento, capaz de saber com antecedência de meses como será o roteiro de viagem de férias da família, a evolução do setor de varejo na Rússia, a valorização de uma determinada obra de arte no mercado nacional, quais as mais bem-sucedidas técnicas de educação para educadores na Europa, passando, claro, pela salada que será servida no jantar ou pela lição de in-glês do fi lho menor. Geyze não quis nem precisou se moldar ao novo contexto. Simplesmente continuou sendo quem era, se orgulhando de suas origens, mas sem deixar de se abrir para aprender o que o mundo colocou à sua frente, sempre com doses importantes de humildade e de afeto. E isso, sim, caro leitor, é o mais puro luxo...
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1. GEYZE AOS 2 ANOS DE IDADE; 2. O CASAMENTO COM ABILIO DINIZ, EM 2004; 3. COM OS FILHOS, RAFAELA, 7 ANOS, E MIGUEL, 4; 4. COM ABILIO EM VIAGEM POR ISRAEL; 5. A FAMÍLIA NO JARDIM DA CASA ONDE MORA, EM SÃO PAULO
de muita troca. Esse tempo todo fomos nos conhecendo e desco-brindo afi nidades importantes que trouxeram segurança ao nosso relacionamento.
Quais eram as pontes mais diretas entre vocês dois? Pri-meiro, o fascínio com que ele faz as coisas, o empreender, o fazer, a praticidade, o foco. Ele é um resolvedor. Um cara com uma história incrível, qualquer um que senta para conversar com ele fi ca encantado. Então era esse o sentimento. Uma admiração muito forte. E dele comigo, pela minha maturida-de aos 28 anos, por já ter vivido um monte de coisas. Acho que também pude trazer para ele esse lado do tato, do carinho, de ser mais maleável. Por úl-timo, o Pão de Açúcar. Éramos um triângulo amoroso: eu, ele e o Pão. Ele encontrou em mim alguém com quem poderia falar de tudo, inclusive de negócios. Outro ponto forte em comum é a fé que temos em Deus e o quanto exercitamos isso em nossas idas à missa semanalmente.
Dizem que, depois de você, o Abilio se tornou uma pessoa bem mais maleável. Fale so-bre isso. Engraçado falar assim porque fi ca parecendo que sou o grande agente dessa mudança. Mas é importante dizer que as mudanças aconteceram porque ele se abriu, não porque eu tenha sido a causa. Que fui uma mo-linha propulsora, disso eu não tenho dúvida. Sei que até hoje entrego muito para ele, procuro mostrar o que penso. As pes-soas o colocam num lugar em que muitas vezes ele não quer estar. Quem o conhece bem sabe que o Abilio está sempre aberto a aprender e a melhorar. É genuíno isso, ele faz perma-nentemente esse exercício.
Como é o seu relacionamen-to com os fi lhos do Abilio? Ana, Adriana, João e Pedro sempre foram muito baca-nas comigo. Nos tratamos com muito respeito e, aci-ma de tudo, carinho. Além do convívio familiar, temos reuniões semanais no family offi ce e conseguimos sempre um bom diálogo e até discor-damos quando preciso. Isso tem funcionado muito e tenho certeza de que sempre fun-cionará, pois estamos muito sintonizados. Gostamos de estar juntos.
E como aconteceu o seu casa-mento com ele? Em 2004 eu falei para ele que não aguen-tava mais essa vida de tintu-reiro [risos], porque eu estava sempre de um lado para outro com o carro cheio de roupas em cabides. Éramos namorados, então falei que, como bons na-morados, ele deveria me levar e
me buscar em casa sempre. Ele começou a ir e vir até que um dia me convidou para morar com ele. E a gente foi dando certo. Continuei trabalhando e levando minha vida até que um dia parei para refl etir e resolvi assumir que para mim era im-portante casar, ter fi lhos e sair do Pão do Açúcar. Ele disse que me entendia, mas que aqueles três pontos que eu havia colo-cado eram muito difíceis para ele. Então, me propôs experi-mentar uma terapia de casal. Achei que não ia dar certo, mas aceitei. No quinto encon-tro, para minha total surpresa, ele disse que me amava e que achava justos os meus pedidos. Só não queria que eu saísse do Pão de Açúcar. Confesso que pensava que esse seria o pon-to mais simples, mas foi onde pegou. Em setembro daquele ano ele me pediu em casamen-to no L’ Avenue, em Paris. Nos casamos em dezembro. Depois veio a Rafa [Rafaela, fi lha mais velha de Geyze e Abilio, nasceu em agosto de 2006] e depois de dois anos ele me perguntou o que eu achava de termos mais um filho, que para a Rafa seria muito bom [Miguel, o caçula, nasceu em novembro de 2009].
Você ainda não tinha saído do Pão de Açúcar, então? Não. Ha-via um acordo de acionistas, se-gundo o qual nenhum membro da família poderia ser executivo do grupo. Então, quando nos ca-samos, automaticamente fi z o desligamento. Pedi demissão. E, nesse momento, Abilio me convidou para fazer parte do conselho de administração ao lado dele, de Ana Maria, João Paulo e Pedro Paulo. Acredito que pude colaborar com a em-presa e com a família, depois de anos como executiva e com o conhecimento de varejo que já
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tinha. No total foram oito anos trabalhando na empresa e mais nove anos como conselheira.
E ele abriu mão daquela po-sição de não querer que você saísse? Não tinha jeito. Era o acordo. Saí do Pão e abri um escritório de planejamento e marketing. Nessa época, a gente sempre falava sobre ideias para a construção de uma marca vol-tada ao bem-estar. Foi assim que nasceu a Taeq. Nessa minha empresa criamos o conceito, a plataforma, as embalagens, o nome, apresentei o projeto para o conselho e foi aprovado. O lançamento da Taeq coincidiu com o nascimento da minha fi lha, Rafaela. Foi um projeto muito bacana e senti muito orgulho quando vi a marca tomando corpo e ocupando as gôndolas dos supermercados. Me mantive como conselheira do Pão até 2013.
O mundo todo acompanhou a tensão nos negócios entre o Abilio e o sócio francês. Como foi sua participação nesse processo? Por mais que o momento tenha sido difícil, estivemos juntos o tempo todo, no conselho, nas negociações, nos trabalhos. Foi um grande aprendizado sobre o que fazer e o que não fazer. Em termos de negócios foi sensacional. Prin-cipalmente no período em que estivemos com o William Ury [o respeitado negociador americano foi responsável por selar o acordo entre Abilio e o francês Jean Charles Naouri, do Grupo Casino, encer-rando a briga societária que en-volveu o Grupo Pão Açúcar], pra-ticamente um mestrado em dois meses de negociação. Fico feliz por ter tido a sacada de trazer o Ury e ter ajudado o Abilio a se livrar de certas amarras. Eu o puxei um dia de canto e mos-trei que precisávamos buscar
um caminho novo. Peguei uma frase de Albert Einstein, da qual Abilio gosta muito, e usei com ele: “É insanidade esperar re-sultados diferentes, fazendo sempre coisas iguais”. E, com certa intuição e insistência pe-rante Abilio, fomos atrás e Bill, como carinhosamente o cha-mamos, aceitou fazer parte do time e conduziu tudo com muita maestria. O melhor de tudo é que ele sempre conduziu em nome da paz. E isso nos moti-vava, pois desde sempre que-ríamos o melhor para a com-panhia. Sabíamos nossas reais intenções, e acredito muito que, quando fazemos algo pelo bem, quando estamos imbuídos den-tro da verdade, só pode advir o bem. Felizmente, tudo resolvido.
O Abilio é uma referência importante para muita gente no mundo dos negócios e na sociedade brasileira. Como você foi recebida nesse uni-verso em que ele transita? Em setembro de 2000, saiu uma notinha numa coluna social dizendo que o Abilio estava passeando em Roma com uma “bela e jovem more-na”, Geyze Marchesi. Comecei a me dar conta de que tinha um holofote ali e de que teria de lidar com isso. Entendi que não poderia mais sair desar-rumada porque agora estava sendo observada [risos]. E é assim até hoje. A gente está em qualquer lugar e as pessoas se cutucam: “Olha lá o Abilio Di-niz”. Só que para mim ele não é o Abilio Diniz, é o Bilo, meu marido, pai dos meus fi lhos. Tenho facilidade de me adaptar e aprendo observando. Transi-to numa boa. Posso jantar com a rainha Elizabeth ou comer um sanduíche de pernil do Mercadão sem maiores proble-mas. Adoro uma diversidade e aprendo com essas vivências.
“TRANSITO
NUMA BOA.
POSSO JANTAR
COM A RAINHA
ELIZABETH
OU COMER
SANDUÍCHE NO
MERCADÃO”
1. COM AS CRIANÇAS EM UMA FESTA JUNINA, EM 2010; 2. VIAGEM DE FAMÍLIA PARA HAYMAN ISLAND, UMA PEQUENA ILHA NA AUSTRÁLIA; 3. COM ABILIO, EM MAIS UM CLIQUE FEITO EM ISRAEL
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mas parecer. A oportunidade de conhecer o Abilio e ter uma vida melhor talvez tenha sido a minha história, um presente do destino. Respeito o dinheiro porque sei o quanto é duro ga-nhar. Mas do meu lado também tem muito do que é o Abilio. Ele não esbanja. Tira proveito do que tem, sim, e vive com conforto, mas não sai por aí ostentando. No fundo, a família é assim. E eu não sou diferente.
Hoje já há gente que tem mui-to dinheiro encontrando na ideia de ajudar os outros uma espécie de mecanismo que faz o resto todo ganhar um sen-tido especial. Como você está lidando com isso? O terceiro setor nunca tinha sido meu ideal, mas há quatro anos estou cada vez mais envolvida com ele. Sou conselheira bastante atuante do Instituto Verdes-cola [leia boxe], fundado pela Maria Antonia Civita. Quando conheci o projeto, que fi ca na Vila Sahy, litoral norte de São Paulo, fi quei encantada pelo potencial de transformação que ele poderia ter naquela comunidade e como eu poderia contribuir com a Maria Anto-nia e o time para evoluir essa iniciativa. Desde então, estou participando cada vez mais e feliz por estarmos prestes a inaugurar a sede nova, com quase 3.000 metros quadrados onde atenderemos pelo menos 700 crianças e jovens da região.Ainda no litoral norte, faço parte do Instituto Conservação Costeira, o qual faz uma coges-tão com a prefeitura de São Se-bastião para a manutenção da Área de Preservação Ambien-tal Baleia Sahy. Foram mais de dois anos de luta para conse-guirmos essa conquista e agora estamos fazendo um trabalho belíssimo de defesa dessa área, dando vida novamente ao rio e
cuidando para que a região seja preservada. Além disso, ainda no campo social, sou conse-lheira do Instituto Península, que pertence à nossa família, e que tem como foco o esporte e a educação, principalmente a for-mação de professores. Enfi m, muito trabalho, porém, muita realização em exercitar o giving back e poder, de alguma forma, fazer a diferença.
Uma coisa que se ouve muito é que a elite fi nanceira brasi-leira não tem cultura de doar, enxergar o outro ou partici-par de verdade dos problemas das comunidades em que vive. Vocês encontraram essa difi culdade no trabalho do Verdescola? Nos Estados Uni-dos existe uma forte cultura de doar. Aqui no Brasil ainda temos muito a melhorar nesse aspecto, mas não posso dei-xar de mencionar que tivemos parceiros que acreditaram na causa do Verdescola e apoia-ram o projeto para construção da nova sede. Agora, teremos um novo e árduo desafio de manter o mês a mês, com um custo muito maior. Mas va-mos continuar na luta e vamos conseguir não só manter, mas, quem sabe, ampliar. E espero que isso sirva de exemplo para muitas pessoas que querem contribuir também.
Você já se sentiu frustrada em algum momento? Além da difi culdade de encontrar doadores, tivemos problemas com embargo de obra, com a mão de obra escassa do lito-ral, burocracias e entraves le-gais. Não é um trabalho fácil. Mas com a Maria Antonia não dá tempo de se frustrar. Ela é uma guerreira. E eu também tenho essa tendência a resol-ver tudo. Cai no meu colo e eu resolvo. Está funcionando.F
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Você fi cou com alguma inse-gurança ou medo de entrar no mundo do Abilio? Nunca tive medo. Porque é uma relação de troca. Posso ter entrado no mundo social do Abilio, mas também trouxe muita coisa do meu: os valores, minhas crenças, amor. Foi um encontro. Na nossa vida, desde o início, nunca teve doutor Abilio nem dona Geyze. Também não idola-trei essa nova vida. Claro que é legal esquiar, andar de helicóp-tero, de avião particular, você se acostuma com o que é bom. Mas, se tiver que ir de ônibus, vamos de ônibus. Eu sei bem qual é o caminho das pedras.
Quando você é uma pessoa pública, de alguma maneira sua exposição triplica. Isso incomoda você? Tem o lado legal, quando você aparece bonita na foto. Minha mãe, por exemplo, guarda as revistas [ri-sos]. Mas tem aquele outro lado, quando publicam na impren-sa uma nota maldosa. Porém, aprendi a me resguardar um pouco desse mundo, embora o Abilio seja mega-assediado.
Tem uma questão muito liga-da ao dinheiro e à fama que é a inveja. Como você lida com isso? Rezo todos os dias, peço proteção e sigo em frente [risos]. E procuro compensar o que recebo, também doan-do, ajudando a quem precisa, porém de forma estruturada.
Mas de repente você cai num universo de grandezas ma-teriais. Muita gente, mesmo tendo sido preparada desde cedo para isso, lida pessima-mente com esse tipo de situ-ação. Como você faz para não enlouquecer podendo tudo? Para mim é muito simples. Tem muita gente que tem necessi-dade de mostrar. Não quer ser,
Criado em 2005, o Instituto Verdescola tem como missão
promover o desenvolvimento de crianças e famílias de São
Sebastião, no litoral norte de São Paulo, por meio do apoio
socioeducativo. Entre as atividades praticadas na sede da
instituição, localizada na Vila Sahy, estão reforço escolar,
educação ambiental, informática, esporte, artes e ofi cinas
de capacitação. O Verdescola atende cerca de 500 crianças
e jovens, mas o número de benefi ciados deve dobrar com
a construção da nova sede. O Instituto Península é um dos
parceiros da construção da obra que terá uma área de
2.900 metros quadrados contemplados por biblioteca,
sala de leitura, brinquedoteca, laboratórios de robótica,
informática e fotografi a, sala de música e de dança e quadra
poliesportiva. A inauguração do prédio foi no dia 26 de abril.
Vale ressaltar que os projetos do Instituto Verdescola têm
como lema cuidar da natureza da região, por isso a instituição
aborda em suas ações temas que informem e promovam
a preservação ambiental. A instituição conta ainda com
parceiros como a JHSF, que contribuiu para a construção
de salas de aula, e a Petrobras, responsável pela ala de
cursos profi ssionalizantes. Além do trabalho no Verdescola,
Geyze atua no Instituto Península, com foco na educação
e na formação de professores, no Instituto Conservação
Costeira (ICC) e no APA Baleia Sahy, dedicados à preservação
ambiental de São Sebastião.
verdescola.org.br; institutopeninsula.org.br/projeto
PELA TRANSFORMAÇÃO
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ENTREVISTA
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oculista e percebi que estava vendo tudo embaçado. Resu-mo: saí com uma receita de óculos. Comecei a me olhar de óculos e achei que estava me vendo mais velha. Fui até cortar o cabelo [risos].
Como é a sua alimentação? Descobri há um ano e meio que tenho intolerância a lactose, então tirei queijo e derivados da alimentação e evito farinha branca. Aqui em casa comemos muita salada, o máximo de or-gânicos, frutas e grãos. Procuro tirar o que é industrializado e frituras. Mas não sou xiita, por exemplo, todos os dias como um chocolatinho...
A necessidade de parecer jovem é algo meio obsessivo pra muita gente. Como é para você? Não tenho essa neura. Me cuido, passo cremes, mas tenho medo de mexer no rosto. Posso até fazer plástica um dia, mas isso não me preocupa hoje. A única coisa que é difícil é per-der peso, a pele vai mudando também. Mas é a vida.
E o que você acha que Abi-lio tem aprendido com a idade? O pós-Pão de Açúcar é nítido. Ele está muito mais leve, vi-vendo melhor e mais feliz. Está desbravando um mundo novo.
Você está sempre muito bem- vestida, seu estilo é uma refe-rência para muitas mulheres. Como é esse departamento da sua vida? Que importância isso tem? Gosto de me vestir bem, mas não fico refém da moda. Tem dias em que acordo com vontade de usar sapatilha e outros, de usar salto. Minha tendência é ter um estilo clás-sico e básico. E já vi que é me-lhor comprar coisas boas que são bem-feitas e que duram. Já fui apaixonada por sapatos,
Existe uma cobrança pesada para que a mulher seja tudo hoje. São dezenas de papéis profi ssionais, familiares, es-portivos etc. E ainda tem que ser magra, linda, sensual e ter tempo livre para o ócio. Como tem sido essa administração para você? Demorei um tempo para entender que meu principal projeto é a educação dos meus filhos, que estão na idade de formação de base. Tenho dias fi xos para buscá-los e levá-los na escola sozinha. É quando converso e começo a saber e descobrir coisas. Educar essa “geração telinha” dá medo. Eles estão adiantados, sabem de tudo. Então, precisa estar muito jun-to. Aos domingos, por exemplo, vamos à missa e depois saímos para jantar nós quatro. Com a questão de trabalho, estou mais tranquila. Já fi z vários business plans, mas não tirei nenhum do papel. Ainda não é a hora. Tem também o lado positivo da ma-turidade, aquela coisa do menos, de saber que não é possível ser tudo. Posso não ter lido aque-le livro que todo mundo leu, e tudo bem. O principal é estar em paz, viver bem cada momento e tentar estar em equilíbrio nos diversos papéis que temos, no meu caso, de mulher, mãe, fi lha, irmã, amiga, profi ssional, es-portista, sem esquecer de mim. Não dá para ter tudo.
Outra questão é o envelhe-cimento. Algumas pessoas, homens e mulheres, travam uma luta que sabem que vão perder. Um dos aspectos po-sitivos de envelhecer deveria ser entender melhor a matu-ridade. Como é isso para uma mulher bonita e que ainda lida com essa visibilidade, que está mais exposta? Acabei de fazer 42 anos. Mas nesse último mês estou me sentido mais velha. Isso aconteceu quando fui ao
mas hoje estou mais tranqui-la. Gosto de joias, mas prefi ro investir em arte.
E essa sua paixão pela arte?Fui despertando para isso. Comecei a estudar arte con-temporânea e gostaria de me aprofundar mais, mas não tenho tempo para isso hoje. É gostoso ter em casa, fazer com que isso vire uma espécie de escola para as crianças. Sem-pre que viajo procuro ir a um museu ou exposição para estar relativamente antenada. Faço isso com o maior prazer. É o que me enche os olhos.
Acha que isso um dia pode virar um trabalho? Não, pelo menos no curto prazo. Já te-nho tantas coisas para cuidar que não consigo pensar mais em nada!
E tempo para fazer nada, você tem? Pouco. Não consigo falar “vou assistir a um fi lme”. Li-vros, tenho uma pilha para ler. Quando estou na praia, paro para ler, vem um filho e fala: “Vamos brincar”. E eu digo, claro: “Vamos brincar”. É a hora de estar com eles.
Como você se vê daqui a uns 20 anos? Sem muita pretensão, me vejo exercendo um papel de contribuição para a sociedade. O Verdescola é como um está-gio. Minha ideia é fazer essas coisas de uma forma que seja relativamente grande, como um business, mas que eu não precise estar atuando todo dia. Cuidando de dar escala a pro-jetos relevantes para o Brasil.
Se você fosse exilada por três meses numa ilha deserta, sem poder levar ninguém, o que você levaria? Ficar sem pessoas, sem marido nem fi lhos?! Isso seria um castigo para mim. Eu
preciso de gente. Ficaria pro-fundamente infeliz.
Você não gosta de fi car sozi-nha? Preciso do meu momen-to de silêncio, odeio barulho de televisão, ruído e tumulto. Mas prefi ro ir à Disney com as crianças do que sozinha para uma ilha [risos].
Até aqui, e parodiando aquela pergunta clássica de super-mercado, você encontrou tudo o que procurava? Sou feliz pela minha vida, minha família, mi-nha capacidade de trabalho e pelos meus amigos. Agradeço muito mais do que peço. Fora que é tudo um estado imper-manente. Hoje a gente está aqui e amanhã não se sabe. Então, vamos viver o hoje, fazer o bem, o correto. Nem sei se eu procu-rava tudo isso, mas estou feliz e meu carrinho está repleto.
“TEM TAMBÉM
O LADO
POSITIVO DA
MATURIDADE,
AQUELA COISA
DO MENOS,
DE SABER
QUE NÃO É
POSSÍVEL
SER TUDO”
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Revelando, homenageando e projetando histó-rias de pessoas que se dedicam a tornar o mun-do mais inteligente, humano e equilibrado.
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Skatista desde os 14 anos, ele aprendeu a cair, a levantar e a tentar de novo até conse-guir acertar. Assim, Sandro Testinha transformou o skate em ferramenta de inclusão social. Criou a ONG Social Skate e o projeto Manobra do Bem, para a inserção so-cial de crianças e adolescen-tes na Grande São Paulo.
SANDRO SOARES
“Não tem mágica, tem força de vontade. Se o trabalho das comunidades depender de política, a coisa não anda. Somos independentes, e skate é isso, liberdade, é voar.”
umA RODA pARA tRANSfORmAR O muNDO
SANDRO SOARES
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Moda, festas, viagem, saúde, beleza, fotografi a, comportamento, lifestyle e tudo o que interessa no nosso Jardim JARDIM
COLABORAÇÃO CAROLINA MESQUITA, DANIEL TAVARES E GABRIEL WEIL
Uma viagem pela história e pelas transformações da marca
no ano do centenário de nascimento de Emilio Pucci
POR GABRIEL WEIL
PUCCIPASSADO E PRESENTE
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U m grande estilista é, como todo grande criador, um au-tor na essência. É aquele que
tem um estilo claro para chamar de seu, que de tão particular atravessa intacto as gerações. Caso do italiano Emilio Pucci, que fez das estampas geométricas e psicodélicas uma marca e soube renová-las sem cansar o traço. Em 2014, comemoram-se cem anos do nascimento do estilista e esse lega-do persiste, mesmo ele tendo saído de cena há mais de duas décadas. A seguir, conheça a trajetória e as transforma-ções da Pucci ao longo do tempo.
NASCE UMA ESTAMPAPouco na vida de Pucci antes da Pucci apontava que ele poderia se tornar um mestre da moda. Nascido em Nápoles, em 1914, numa tradicional família ita-liana, era marquês, fez doutorado em ciências políticas e foi piloto de bom-bardeio durante a Segunda Guerra. Com o fim do conflito, retomou sua rotina no jet set local, o que incluía temporadas em pistas de esqui (na adolescência, Pucci chegou a fazer parte da equipe olímpica italiana), e a partir daí sua trajetória mudou. Em 1947, foi
UNIVERSO PUCCISaiba mais: a Taschen tem um livro com a história completa da Emilio Pucci, recheado com ilustrações, croquis e fotos de coleções e momentos importantes da marca. À venda sob encomenda na Livraria da Vila, no 2º piso.
Emilio Pucci com Marilyn Monroe (à esq.), que adorava suas criações, e com a fi lha
Laudomia Pucci (à dir.), hoje CEO da marca
O inglês Matthew Williamson passa a ser o estilista da marca italiana
A Pucci é vendida à LVMH e, em 2002, o francês Christian Lacroix assume o estilo
clicado pela Harper’s Bazaar usando uma calça de esqui que havia criado. A peça fez sucesso, e a revista pediu que ele desenvolvesse uma coleção femini-na. Era o início da história da Pucci. Desde o começo, o estilista apostou na seda e nas estampas ousadas. “Elas misturam concretismo e geometrismo e têm um típico colorido italiano”, ana-lisa a consultora de moda Gloria Kalil. A combinação logo agradou nomes como Jackie O., Grace Kelly e Marilyn Mon-roe, ícones de estilo da época. Marilyn inclusive teria sido enterrada com um vestido verde pistache assinado por Pucci, a roupa de que mais gostava.
EMILIO PUCCI SAI DE CENAO estilista ficou no comando de sua marca por mais de 40 anos. Em 1990, dois anos antes de morrer, passou a dividir tarefas com a fi lha, Laudomia Pucci, que assumiu o comando ao lado do irmão, Alessandro, quando o pai faleceu. Foi com a dupla que o grupo LVMH negociou a compra de 67% da Pucci, em 2000. Com a venda, Ales-sandro deixou a empresa e Laudomia assumiu como diretora de imagem (atualmente, é também a CEO interina).
Sob o comando da LVMH, a Pucci teve coleções assinadas pelo porto-riquenho Julio Espada, entre 2000 e 2002, pelo francês Christian Lacroix, de 2002 a 2005, e pelo inglês Matthew Williamson, de 2005 a 2008. “Esses estilistas trouxe-ram certo minimalismo às coleções, as estampas foram diluídas”, conta Glória.
A ERA PETER DUNDASDesde 2008, é o norueguês Peter Dun-das quem assina o estilo da Emilio Puc-ci. “Dundas é bem fi el ao DNA da mar-ca. Ele sabe como criar novas estampas sem descaracterizá-lo”, diz a consulto-ra. Antes de chegar à Pucci, Dundas trabalhou para Roberto Cavalli e Ema-nuel Ungaro. E, além de seguir fi rme nos desenhos, também presta atenção à modelagem – já declarou que desenha roupas “feitas para despir”, como um vestido sexy que a atriz Gwyneth Pal-trow usou em 2010, em uma premiação do cinema. “Uma roupa Pucci, estam-pada e de seda, que acompanha as for-mas do corpo, já é sexy. Dundas apenas adiciona alguns elementos”, completa Gloria. É com esse misto de tradição e ousadia que a Pucci segue em frente, sem perder o brilho e o colorido.
O estilista norueguês Peter Dundas e a atriz Gwyneth Paltrow, com um dos modelos mais ousados que ele já criou
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Look da coleção inverno 2015
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GABRIELA E DANIELA CARVALHO, EMPRESÁRIAS
“Brigadeiro é o nosso ponto fraco. Fazemos para co-mer juntas, em casa, e passamos o ano inteiro espe-rando pela Páscoa. Sempre falamos para quem não sabe o que nos dar de presente: invista em uma cai-xinha do doce e nos deixe felizes!”
CHOCOLATESChocólatras assumidos,
eles fazem tudo por uma barra, um brigadeiro, um bolo...
FOTOS DECO CURY
JULIA FARIA, ATRIZ
“Sou louca pelo meu próprio brigadeiro. Faço e como tudo, na panela mesmo. O amor é tanto que, quan-do fui morar em Nova York, levei várias latas de leite condensado na mala para poder fazer do meu jeito. Não consigo viver sem, simples assim.”
RENATA FLEURY, EMPRESÁRIA
“Sou tão chocólatra que decidi criar a porção indivi-dual do bolo de chocolate do Di Capri [ela é sócia do restaurante do Cidade Jardim, conhecido pela receita], com metade da fatia tradicional, para cada um comer seu próprio pedaço sem o risco de ter de dividir.”
BENTO TEIXEIRA, 5 ANOS
“Aos 2 anos, ainda usando fraldas, Bento pulou cedo da cama e atacou os chocolates guardados na cozinha sem que eu pudesse dizer ‘não’. Quando vi, ele esta-va todo lambuzado, e com a carinha mais gostosa do mundo. Caí na gargalhada.”(Maria Raduan, mãe)
MARIA KHEIRALLAH, 7 ANOS
“Maria pensa tanto no assunto que aos 5 anos escreveu um livrinho sobre uma cozinheira que vencia um cam-peonato com a receita de bolo de chocolate! Ela até já aprendeu a fazer brigadeiro – o melhor do mundo, na minha opinião.” ( Adriana Kheirallah, mãe)
JARDIM / LOUCOS POR
CJ35_JARDIM LOUCOS POR.indd 34 17/04/14 05:57 PM Job: 20309-002 -- Empresa: africa -- Arquivo: AFF-20309-002-JHSF-BOSQUE-RV CIDADE JARDIM-275X350_pag001.pdfRegistro: 145554 -- Data: 15:27:18 17/04/2014
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Neste ano, alguns dos mais importantes fotógrafos do universo da moda terão suas trajetórias contadas em exposições espalhadas pelo mundo. Expert no assunto, Jully Fernandes, diretora executiva da Galeria de Babel, em São Paulo, seleciona as mostras que valem a visita. Confi ra:
JARDIM / FOTOGRAFIA
Top fotógrafos brasileiros respondem: que imagem não faltaria em uma retrospectiva sobre sua carreira?
No fi m da década de 60, o fotógrafo americano Bill Cunningham já ensaiava se tornar um ícone do street style: ele fez mais de 80 fotos de mulheres com looks vintage na ruas de Nova York, antecipan-do assim o gênero que o consagrou. A série está em cartaz no museu New-York Historical Society até o dia 14 de junho. nyhistory.org
Outro grande fotógrafo de moda do século 20, o ale-mão Horst P. Hosrt viveu em Paris nos anos 30 e lá clicou criações de estilistas como Coco Chanel, Made-leine Vionnet e Elsa Schiaparelli, além de outras cenas fashion da época. Essas imagens poderão ser vistas a partir do dia 6 de setembro no Victoria & Albert Mu-seum, em Londres. www.vam.ac.uk
1. FAÇADES
3. HORST: PHOTOGRAPHER OF STYLE
Um dos principais fotógrafos de moda do início do século 20, o alemão Blumenfeld fi cou conhecido por retratos e desenhos publicados em revistas como Vo-gue e Harper’s Bazaar. Mais de 200 deles estiveram em cartaz recentemente em Paris e chegam a São Paulo no segundo semestre, no Museu de Arte Brasileira da FAAP, a partir de 26 de outubro. faap.br/museu
2. ERWIN BLUMENFELD (1897 - 1969)
“A explosão de espontaneidade que vemos nesta foto fez com que eu me tornasse menos preso aos meus objetivos e mais atento às pessoas que estou fotografando”, MURILLO MEIRELLES
“Estava em Berlim quando o Muro caiu e consegui registrar todo o clima da cidade: gente chorando, comemorando, rindo... Foi incrível viver esse momento”, MAURÍCIO NAHAS
“Fiz esta imagem para a Smirnoff em 1976, na avenida Paulista, em São Paulo. Tenho carinho por ela porque foi aí que meu trabalho começou a acontecer de verdade”, MIRO
FOTO EM FOCO
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JARDIM / COMPORTAMENTO + MODA
PERGUNTE PARA A CRISExpert em elegância e diretora da Boutique Dior no Brasil,
Cris Lotaif fala sobre etiqueta no avião
Se o seu vizinho fi zer algo que o incomode, aborde-o de maneira delicada. Fale que gostaria de descansar epergunte se ele também não tem esses planos. Se nãoadiantar, recorra à tripulação. Assim você evita confl itos.
Deixe espaço para a mala alheia e evite fi car abrindo obagageiro. Leve na bolsa o que precisar durante o voo.
Se o seu bebê chorar, aja rapidamente.Dê uma volta com ele pela área reservada à tripulação, sem atrapalhar ainda mais os passageiros, e tente acalmá-lo. Remedinhos também minimizam algum mal-estar.
Só levante durante o serviço de bordo se precisar ir aotoalete. Ao contrário, espere a tripulação fi nalizar.
Só vale acordar a pessoa ao lado se você precisar passarpor ela e não houver espaço. Em todas as outras situa-ções, respeite-a. Mesmo se for a hora da comida.
Mantenha os sapatos nos pés se o voo for curto. Prefi ra tirá-los em longas distâncias.
Trocar uma ou outra palavrinha com o passageiro ao lado é até simpático. Mas não abuse. Se a pessoa estiver lendo, por exemplo, faça silêncio.
Se alguém lhe pedir para trocar de lugar e você puder fazer isso, coopere. É elegante. Caso contrário, expliquesem receio sua razão, mas não esqueça de se desculpar.
Roupa de viagem tem de ser confortável, mas apresen-tável, por favor! O avião também é uma sala de estar.
Espere alguns instantes após o pouso para tirar seus pertences do bagageiro. Mas, quando for passar peloraio X, seja rápido. Lembre-se da fi la atrás de você.
OMA TEESCom estampas gráficas e coloridas e mistura de te-cidos como seda, chamois e couro, a coleção outono-inverno da Oma Tees faz uma homenagem ao trabalho de importantes artistas – Ange-line Melin e Van Gogh, entre eles –, e também à cidade de Roma e ao universo do grafi -te. Assim como o cinema e a literatura, o mundo das artes sempre serviu de inspiração para Claudia Saad, fundado-ra da marca. “Com a minha avó, aprendi a gostar de fi l-mes e a ler boas histórias.
E arte acabou virando uma paixão. A Oma Tees [Oma quer dizer avó em alemão] traduz minhas referências”, conta a empresária, que par-ticipa de todo o processo de criação e seleção de parcei-ros. Por sinal, o próximo co-laborador da Oma Tees será J. R. Duran. “Gosto do olhar dele”, conta ela sobre a esco-lha. As peças com assinatura do fotógrafo trarão imagens publicadas na revista Na-cional, criada por ele, e têm previsão de chegar à loja no segundo semestre. 2º PISO
Claudia Saad busca referências no trabalho de artistas como Van Gogh em nova coleção e anuncia parceria com J. R. Duran
Parte do mix de marcas do shopping desde a abertura em 2008, a Carlos Miele ganha agora novo espaço, no 1º andar. E a mudan-ça inclui o visual da loja: o projeto, segundo o estilista, que sempre transitou pelas artes visuais e pela arquitetura, faz referência ao trabalho do artista americano Sol LeWitt. “Formas geométricas, linhas retas e pa-drões gráfi cos são um contraponto à antiga loja, que tinha curvas sinuosas, inspiradas no corpo feminino”, explica Miele. Conhe-cido por vestir celebridades como as atri-zes Eva Longoria e Camilla Belle, o estilista mantém duas linhas, a Carlos Miele, com criações exclusivas, e a Miele, mais casual. Nas araras, peças da coleção outono-in-verno, que tem como destaque estampas inspiradas na art nouveau e uma cartela de cores que vai do laranja ao bordô, além da coleção de jeanswear, com modelos skinny e comfort entre as apostas. 1º PISO
Novo espaço do estilista no Shopping Cidade Jardim é inspirado nos traços do artista americano Sol LeWitt
CARLOS MIELE
opping desde Miele ganha
r. E a mudan-jeto, segundo ou pelas artes referência ao o Sol LeWitt. s retas e pa-
ponto à antiga as, inspiradas
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SEGREDO DE BELEZA “Usar sempre um bom demaquilante antes de
dormir” (Marina)
Nesta casa de quatro mulheres, tudo é dividido: dos estojos de sombras e pincéis aos truques de beleza POR PATRICIA MOTERANI FOTO ROBERTO SETTON
T em o cachorro, a piscina, um jar-dim e uma grande sala. Mas na casa da administradora de em-
presas Marina Foz nada une tanto a mãe e as três fi lhas — as estudantes Isabel, 20 anos, Beatriz, 18, e Sofi a, 14 — quanto os nécessaires. Lá, beleza é assunto sério. Marina diz que começou a se cuidar “tar-de”, depois dos 30 anos. “Na minha juven-tude, isso não era comum, e nem sequer tinha o exemplo da minha mãe.” Com as fi lhas, faz questão de que seja diferente. Leva a dermatologistas, dá conselhos e às vezes até controla a alimentação delas. “Meu mantra é: tirem a maquiagem antes de dormir.” As meninas entram no jogo e ensinam outros truques. Sofi a adora cor-retivo e blush e usa água termal no rosto todos os dias. “Cresci vendo minha mãe e minhas irmãs se arrumando. Só podia ser
vaidosa”, explica. Já Beatriz confessa que vez ou outra esquece o demaquilante, mas esse é seu único pecado. Não toma sol no rosto, hidrata a pele e sempre tem primer e rímel à mão. O primer, aliás, usa com a mãe — ela quem levou para a casa a novi-dade, que logo foi incorporada ao make de festa de Marina. Outra dica das meninas foram os blogs de beleza, em especial, os tutoriais de maquiagem da blogueira He-lena Lunardelli. Com eles, a mãe apren-deu a colocar cílios postiços e a fazer um olho esfumado com sombras marrom. “Gostamos de trocar achados”, conta Isa-bel, responsável por apresentar à família cremes que prometem eliminar gorduri-nhas – outro item que a mãe prontamente adotou. “Não sabemos se funciona, mas nesta guerra vale tudo, né?”, diz Marina. Vale. Ainda mais quando o time é unido.
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ROTA DE FUGAViver no Brasil ou morar fora? Nosso colunista, residente no exterior há anos, refl ete sobre o movimento do “vou ou fi co” que tomou conta do país POR ANTONIO HASLAUER*
COTIDIANO
Lembro-me de uma festa nos Hamp-tons, em Nova York, às vésperas das eleições americanas de 2008, em que o tema da conversa entre os convives era deixar os Estados Unidos caso o então candidato John McCain e sua vice-presidente Sarah Palin fossem eleitos. Paris era o destino mais co-tado entre a maioria, seguido por Toronto, mais prático a nível imigra-tório e convenientemente localizado a 45 minutos de voo de Nova York. Naquele mesmo verão houve já um certo êxodo temporário: os Hamp-tons foram parcialmente abandona-dos para dar lugar a paradas de ve-raneio na Europa, uma forma talvez de respirar novos ares em tempos de disparates e fi ascos da administração do então presidente George Bush. Em setembro, todos já estavam de
volta, mais mobilizados do que nun-ca após terem passado boa parte de seus jantares em Capri ou St. Tro-pez, sendo indagados por amigos estrangeiros sobre os absurdos da então política americana. Em no-vembro se elegia o primeiro presi-dente negro dos Estados Unidos, um relativo desconhecido do cenário político que recebeu apoio maciço da intelligentsia americana. Durante esse tempo, eu nunca precisei visitar ninguém na França ou no Canadá.Recentemente, pela primeira vez em mais de uma década, venho ouvindo de meus amigos no Brasil e lido tam-bém na imprensa que há um certo movimento para deixar o país. Mesmo sem aderir a nenhum debate político, é fácil entender o motivo, não é? Eu mesmo o fiz no final dos anos 80. E
posso dizer que, passada a novidade de morar fora – ou seja, mais ou menos 6 meses depois – não é impossível co-meçar a achar defeito na nova pátria. É aí que a famosa máxima de Tom Jobim começa a fazer sentido: “Os Estados Unidos são bons, mas são uma mer-da. O Brasil é uma merda, mas é bom”. Hoje o mundo é pequeno e o brasileiro, grande internacionalista que é, está em casa em qualquer lugar. Mas emigrar (sim, a palavra é essa) não é necessaria-mente para todos. Na minha condição de residente há anos no exterior, era inevi-tável que me fosse perguntado sobre o que achava da questão do “vou ou fi co”. A minha resposta? Ela começa sempre com duas opções: boas e longas férias no exterior seguidas de uma eleição pre-sidencial podem ajudar muito. Se tudo falhar, já pensou num ano sabático?
Há dois anos, o estudante Frederico Philipp, 8 anos, passa férias escolares no mesmo lugar, o RepLago, acampa-mento em clima de fazenda em Leme, no interior de São Paulo. “Gosto muito dos monitores e das gincanas. Aprendi até a arrumar a minha cama”, conta ele, que já disse para a mãe que pretende trabalhar por lá quando crescer. Música, culinária, arte, biologia, tirolesa e arvo-rismo são algumas das atividades prati-cadas no acampamento, que conta com chalés, piscina aquecida, centro médico, instalações esportivas e segurança 24 horas. “Em julho, serão três semanas de atividades. Entre as novidades estão aulas de esgrima e ofi cina de cinema”,
conta Cristina Loew, sócia-diretora do RepLago. O roteiro de brincadeiras não é fechado – os acampantes podem escolher o que fazer e o horário. “É um lugar que proporciona uma experiência incrível, pois estimula o convívio so-cial, o contato com a natureza e noções de organização e responsabilidade”, diz Graziela Araújo, mãe de Frederico. Fora do período de férias, o acampamento recebe escolas e grupos de empresas, e disponibiliza equipe para recreação em outros locais. Em outubro passado, quem passou pelo Shopping Cidade Jar-dim pôde ver as crianças se divertindo sob os cuidados dos monitores na casa na árvore, no 3o piso. replago.com.br.
Destinado a crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, acampamento RepLago tem ofi cina de cinema e aulas de esgrima na programação
FÉRIAS DO BARULHO
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JARDIM / SAÚDE
HORMÔNIOS: MAESTROS DO CORPO
POR FILIPPO PEDRINOLASAÚDE E BEM-ESTAR
O que são os hormônios? São men-sageiros químicos produzidos pelas glândulas e por órgãos como o cora-ção, o estômago e o intestino. Eles agem como se fossem os “maestros” do funcionamento do organismo e interagem entre si compondo uma verdadeira “orquestra”. Quando em equilíbrio, fazem você acordar bem-disposto, regulam o sono, controlam o metabolismo, cuidam da libido, protegem os ossos e a massa muscu-lar, entre outras funções.
É verdade que o mau funciona-mento dos hormônios pode levar ao aumento de peso? Sim. Para citar um exemplo, em momentos de estresse, o cortisol, que ajuda no controle da assimilação dos nutrientes, pode ultrapassar os níveis normais, o que estimula o apetite e a produção de células gordurosas. Altera também o metabolismo da insulina, outro hormônio engordativo. Ou seja: es-
GRAACC RUMO À EXCELÊNCIA
Viver estressado e dormir pouco podem levar ao ganho de peso, sim! E isso tem tudo a ver com o funcionamento dos hormônios
tresse engorda! Dormir mal também faz crescer a produção de um outro hormônio, a grelina, que aumenta a fome, e diminui a produção de leptina, que reduz a fome. Portanto, dormir mal engorda! Outra questão que leva ao ganho de peso é o mau funcionamento da glândula tireoi-de (hipotireoidismo), que regula o metabolismo. Só que, nesse caso, a causa mais comum é genética e não há evidências para comprovar que maus hábitos de vida aumentem o risco de desenvolver a doença.
As mulheres são uma verdadeira “gangorra” hormonal. E vivem essas oscilações em várias fases da vida. Na puberdade, os hormônios começam a aumentar até que chega a primeira menstruação. Daí surge a TPM, um refl exo das variações dos hormônios do ciclo, estrógeno e progesterona. Já na gravidez, esses mesmos hormônios vão às alturas, provocando o inchaço.
Na amamentação, eles despencam e surge o aumento do hormônio pro-lactina, que prepara as mamas para o leite, e, como consequência, a libido praticamente desaparece.
A menopausa também está ligada a uma alteração hormonal. É quando os ovários param de produzir os hor-mônios esteroides sexuais (estróge-no, progesterona e testosterona) e começam a aparecer sintomas como calores noturnos (fogachos), de-sinteresse sexual, pele seca, cabelos secos, alterações no humor e por aí vai. Fazer ou não a reposição hormo-nal é um tema polêmico. Cada caso deve ser discutido individualmente, avaliando riscos e benefícios.
Para ampliar e aperfeiçoar o atendi-mento, o Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) inaugurou um novo espaço, o anexo 1, em sua sede, na Vila Mariana, em São Paulo. Foram R$ 36 milhões em inves-timentos, vindos de doações de pessoas físicas e de empresas. “Agora somos um dos poucos complexos hospitalares do país com centro radioterápico infantil e aparelhos de intensidade modulada, que
reduzem efeitos colaterais”, diz Sergio Petrilli, superintendente médico da ins-tituição. A ala conta ainda com centros cirúrgicos especializados em tumores no cérebro e em transplantes de medula óssea, e áreas de reabilitação e pesquisa. Segundo Petrilli, a ideia é inaugurar em breve outro anexo, voltado, entre outras atividades, à formação de profi ssionais de oncologia pediátrica. A JHSF é par-ceira do Graacc. graacc.org.br.
A testosterona, principal hormônio masculino, começa a cair gradualmente após os 50, 55 anos de idade. Por isso, surgem sintomas como diminuição da energia, da libido e da massa muscular.
O que se conclui de tudo isso? A endocrinologia é a especialidade médica que estuda os hormô-nios e, com o avanço das técnicas laboratoriais, é possível medir de forma muito precisa como anda sua orquestra hormonal. Além disso, há como corrigir o que não vai bem com o uso de medicações. Portanto, não deixe de tirar suas dúvidas e consultar um médico regularmente.
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A lém de unir o verde e o silêncio típicos do interior a confortos como spa e campos de golfe, a
Fazenda Boa Vista, condomínio de campo da JHSF em Porto Feliz, a apenas 1 hora de de São Paulo, também se destaca por suas casas de arquitetura contemporânea. As-sinados por nomes como Isay Weinfeld, Marcio Kogan e Gui Mattos, os projetos têm acabamentos em madeira, pedras e vidros. São características parecidas com as do trabalho da arquiteta gaúcha Carolina Proto, recém-chegada ao time de profi s-sionais que desenha as chamadas Resi-dências Boa Vista.
Radicada há quase dez anos em Punta del Este, no Uruguai, Carolina comanda com mais duas sócias brasileiras o escri-tório Obra Prima e tem projetos espalha-dos pelo balneário. “Saí de Pelotas, no Rio Grande do Sul, em busca de qualidade de vida. Assim que cheguei aqui, me encan-tei com a modernidade e o respeito que os uruguaios têm pela arquitetura”, conta. Na cidade, ela amadureceu seu estilo de cons-
truir. Hoje, seu trabalho vai na direção de linhas puras e o foco é o aconchego. “Seja onde for, gosto de usar pedras e madeiras típicas da região e encomendo tijolos em ofi cinas próximas. Assim, o projeto capta naturalmente os ares do lugar”, explica. Foi isso o que chamou a atenção da JHSF, que a convidou em 2008 para assinar algumas das residências do Las Piedras, seu em-preendimento no Uruguai nos mesmos moldes da Fazenda Boa Vista.
No condomínio paulista, os projetos valorizam a luz natural e a natureza ao redor — a FBV tem mais de 3 milhões de metros quadrados de matas nativas, lagos e bosques. “As casas são fechadas para as ruas, para garantir privacidade. Mas internamente contam com pátios que se abrem para os jardins. Também usamos grandes esquadrias, paredes envidraçadas e claraboias para ampliar a luminosidade”, diz. As casas já estão sendo comercializadas pela JHSF e são entregues 18 meses após a compra. Mais informações em boavista.com.br.
RESIDÊNCIA BOA VISTA ASSINADA POR
CAROLINA PROTO: ACABAMENTO EM PEDRA, MADEIRA E AÇO CORTEN
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Com projetos marcados por traços lineares e materiais rústicos, Carolina Proto passa a integrar o time de arquitetos da Fazenda Boa Vista
TIPO IMPORTAÇÃO
RESIDÊNCIAS BOA VISTA POR CAROLINA PROTOCom metragens de 703 ou 723 m2, cada casa conta com quatro tipos de fachada: concreto, reboco texturizado, pedra ou tijolo, sempre combinados à madeira e ao aço corten. Abaixo, perspectivas do living (foto 1), com vista para os jardins, e da área de lazer (foto 2).
NA PRANCHETAConheça as plantas criadas por Carolina Proto para a Fazenda Boa Vista
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Deixar o computador em um lugar de
passagem na casa pode ser um recur-
so para ajudar a fi car de olho? Ele não precisa estar na passagem. O que não pode é o fi lho fi car recolhido dentro do quarto, com a porta fechada, esteja ele com o computador ou não. Também é preciso atentar ao comportamento dele quando você está por perto. Se ele mi-nimizar a tela ou se fi car nervoso com a sua presença, talvez algo esteja errado.
E como lidar com os smartphones, que
permitem o acesso à internet longe dos
pais? Dê às crianças um celular simples. Elas não precisam de internet o tempo inteiro. Mas, se um telefone cheio de recursos já tiver sido dado e surgir uma desconfiança, pegue o aparelho e in-vestigue. É seu direito de pai e mãe. No entanto, se você conhece o seu fi lho, vê que ele está bem, fazendo o que gosta e interagindo com os amigos, difi cilmen-te ele vai se envolver com coisas erradas. É recomendável limitar as horas de acesso
à internet? Sem dúvida. É preciso regu-lar o número de horas na frente de qual-
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Para monitorar seus fi lhos, on-line ou off-line, esteja perto deles. Parece simples demais, mas é o que defende
a psicóloga Lídia Aratangy, especialis-ta em terapia familiar e autora do livro Adolescentes na era digital (ed. Benvirá, 2011), sobre como educar jovens hoje. Preocupação que não poderia ser mais pertinente. Uma pesquisa recente do Cetic.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e Comu-nicação), feita em parceria com a rede europeia EU Kids Online, especializada em mapear o comportamento infantil, aponta que, no Brasil, a internet já faz parte de 96% dos lares das classes A e B. E que os principais usuários são as crianças e os adolescentes – metade da-queles entre 9 e 10 anos está nas redes sociais. São números superlativos, com potencial para deixar alguns pais des-norteados, sem saber se devem frear ou incentivar os fi lhos na rede. “A internet traz riscos tão reais quanto os do mun-do de verdade e, muitas vezes, ao con-trário do que sempre se diz, pode limi-tar nosso campo de interesse”, afi rma
Lídia. Nesta entrevista, ela responde a dúvidas típicas sobre o assunto. Existe uma idade certa para que os fi -
lhos entrem nas redes sociais? Quais são
os sinais de que podemos confi ar em
que façam isso? Não existe uma idade. Se a criança resolver ter um perfil, ela vai fazer. O papel do pai e da mãe é acompanhar essa conta. Quanto aos sinais, só será possível identifi cá-los se você tiver uma relação próxima e de intimidade com o seu fi lho.
Então os pais podem pedir acesso ao
e-mail e a outras contas? A melhor ma-neira de cuidar dos fi lhos, on-line ou off -line, é estar presente. Dá trabalho, mas ser pai e mãe não é para preguiço-sos. Acompanhá-los de perto, conver-sar e trocar é mais efi ciente do que ter a senha ou ativar recursos de monitora-mento a acessos e históricos de conver-sas. Eles são espertos e vão burlar essa vigilância. O que é possível e desejável fazer é bloquear o acesso a sites que os pais consideram indevidos. É melhor ser castrador do que um cão farejador.
quer tela, seja computador, tablet, celu-lar ou televisão. Quando só a televisão era vilã, desligava-se o aparelho e aquela família tinha de fazer alguma coisa jun-ta. O problema não são os gadgets, mas deixar de conviver com os pais e irmãos, com os amigos e não desenvolver outros interesses. A internet tem o efeito de nos deixar parecidos com a gente mes-mo, e isso pode ser um problema na fase de formação de personalidade. Quando entramos no site de uma livraria para comprar determinada publicação, logo aquela página nos sugere outros títulos parecidos. Mas, se você vai à loja física, pode, entre uma prateleira e outra, es-barrar em uma capa diferente ou desco-brir uma sinopse intrigante que desper-te sua curiosidade e que não tenha a ver com a compra inicial. Então você leva o novo livro, e abre-se um novo mundo. A internet não amplia necessariamente o nosso campo de interesse. E infância e adolescência são fases em que é pre-ciso absorver tudo e depois selecionar.
Como monitorar o que o seu fi lho vê das
publicações de outras pessoas? Isso não
A relação é basicamente essa e já não há jeito de fugir do dilema. Como criar e orientar crianças e adolescentes nestes tempos em que vivemos mais on-line do que nunca?
POR CAROLINA MESQUITA ILUSTRAÇÃO CATARINA BESSELL
FILHOS ON-LINE, PAISPREOCUPADOS
JARDIM / COMPORTAMENTO
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dar para que isso não aconteça? Com a orientação para que preservem seus perfis e não contem suas senhas a ninguém. Se isso acontecer, ajude-o a escrever uma mensagem para se des-culpar e avisar aos amigos o que houve.
O que a senhora diria aos pais que cos-
tumam publicar fotos dos fi lhos em seus
perfi s? Que adotem um comportamen-to discreto para servir de exemplo. Por mais rebeldes que os adolescen-tes possam ser, a principal infl uência deles ainda são os pais. A dica é: não exponha alguém enquanto ele não pu-der decidir se quer ou não ser exposto.
Até que idade é preciso monitorar os
passos virtuais dos nossos fi lhos? Até uns 12, 13 anos. Se você esteve sem-pre presente e os orientou bem, nessa idade eles já desenvolveram o pen-samento abstrato, que é entender o sentido real de uma regra e conseguir se colocar no lugar do outro. Quando isso acontece, um código de ética de-cente começa a ser formar. Estar per-to, no entanto, é para sempre.
é possível, é o comportamento do ou-tro. O que dá para fazer é fi car de olho em quem são os amigos dele. Faça isso com jeito. Use um tom de interesse, e não controlador, para perguntar “quem você aceitou hoje?”, “quem são seus no-vos amigos?”. O clima é diferente e o re-sultado é o mesmo. Se desconfi ar de al-guém, pesquise. Se aquela amizade não for saudável, converse. Deixe claro que não é para falar com estranhos e abuse da recomendação para que mantenham seus próprios perfis fechados, com acesso somente a quem for autorizado.
Os pais podem pedir aos fi lhos para ler os
posts e fotos que eles pretendem publi-
car? Isso é complicado e invasivo. Repi-to: nada substitui a presença. O melhor é deixar que seu fi lho aja do jeito dele e acompanhar esse comportamento.
O que é cuidado e o que é privacidade,
então? Ao mesmo tempo em que cui-dar pode ser visto como invasão de privacidade, não se preocupar pode parecer abandono. Se seu fi lho recla-mar, converse com ele. Questione: “O
que eu estou invadindo, que mal es-tou te fazendo?”. A privacidade vem naturalmente quando há confiança.
Quando pais e fi lhos são amigos nas re-
des sociais, como deve ser essa intera-
ção? Vale comentar e curtir tudo o que
a criança postar? De jeito nenhum. Quando isso acontece, é possível notar que mãe e pai querem deixar de ser mãe e pai para tentar ser um amigo do fi lho. Mas isso é difícil, e nem é desejável que aconteça, porque essa relação tem mais diferenças do que semelhanças. Se você quer ser o melhor amigo do seu fi lho, há o risco de o seu filho não ter nem melhor amigo, nem pai, nem mãe.
Como a liberdade de poder publi-
car o que quiser, seja verdade ou não,
pode implicar nessa fase de formação
de personalidade? Explique que no mundo virtual as pessoas mentem e que isso é perigoso para quem lê e para quem publica. Uma maneira é dar um exemplo prático: invente você algo e publique. Quando os co-mentários aparecerem, mostre a seu
fi lho e diga: “Olha, está todo mundo acreditando, tá vendo como nem tudo que as pessoas colocam aqui é verda-de?!”. Enumere as desvantagens de tentar ser quem não é, de tentar vi-ver num outro mundo. Agora, se ele mentir e prejudicar alguém, fizer bullying virtual, o que é muito grave, corrija com um castigo. Castigar não é punir. É parte do processo de educa-ção. E também não precisa ser do tipo “padrão”, com a proibição de videoga-me ou de televisão. Neste caso, faça--o pedir desculpas pessoalmente a quem agrediu. Ele vai se envergonhar e pensar antes de fazer novamente.
Vale a pena pedir que os fi lhos ativem os
serviços de geolocalização? Se o seu fi lho te liga e avisa para onde vai e vai mesmo para aquele lugar, não há necessidade de pedir isso. Até porque não só você saberá onde ele está — todo mundo que interage com ele nas redes, também.
Há histórias de crianças que já tiveram
suas contas hackeadas por amigos, que
publicaram posts indevidos. Como cui-
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Em 2007, o mineiro Marcos Flávio Azzi vendeu sua empresa a um banco sem ideia do que fazer dali
em diante. A resposta veio dois anos de-pois, sob o céu do Deserto do Atacama: ajudar o próximo. Decidiu ir além de um trabalho voluntário típico. Criou o Ins-tituto Azzi, em 2009, no qual faz a ponte entre investidores e ações sociais que precisam de recursos. Já arrecadou mais de R$ 10 milhões para pelo menos 80 ONGs. Pela iniciativa, ganhou o Prêmio Trip Transformadores no ano passado, criado para reconhecer quem contribui para mudar a realidade ao redor.
Você voltou ao Atacama depois de
ter criado o Instituto Azzi? Não, mas tenho vontade. Deveria fazer isso
JARDIM / PERFIL MASCULINO
pelo menos a cada cinco anos para refl etir sobre a vida.
E costuma viajar sozinho? Costumo viajar com a minha mulher, Cleide, e as crianças, Julia, 11 anos, e Luca, 6. Uma vez ao ano, acompanho um torneio de tênis em Miami com amigos.
Gosta de meditar? Procuro incluir a pausa no cotidiano. Pelo menos três vezes por semana sento pela manhã em um banco do Parque do Ibirapuera para pensar e me preparar para o dia.
Você vai ao parque também para pra-
ticar esportes? Corro e ando de bike lá. De vez em quando, jogo tênis no meu prédio e faço musculação na academia.
Ex-consultor fi nanceiro, Marcos Flávio Azzi encontrou na fi lantropia um trabalho para a vida. Fora do escritório, ele preenche a rotina com alguns prazeres, como vinhos, esportes e viagens
DO BEM E DO MELHOR
Uma mania. Guardar a rolha de todos os vinhos que tomo e beber sempre uma taça no almoço. Tenho uma adega com mais de 700 rótulos e mais de 4 mil rolhas.
Coleciona algum outro objeto? Já colecionei carros BMW. Hoje tenho três. Como dava muito trabalho para manter, resolvi parar.
Um hobby. Corro de carro em Inter-lagos na categoria Marcas e Pilotos, e estou aprendendo a tocar piano.
O que está lendo? The Heart of Altruism, da fi lósofa americana Kristen Renwick Monroe. O altruísmo é um tema que me interessa demais. O ser humano está cada vez mais egoísta.
Pela sua experiência, em que mo-
mento da vida as pessoas decidem
apoiar uma causa? Quando sofrem um trauma ou vivem uma questão delicada. Alguém que tem um fi lho autista tem mais chance de se envolver no assunto do que quem nunca teve contato.
Como costuma se vestir no dia
a dia? Uso camisa e calça social quando tenho eventos e jeans e polo quando a ideia é estar casual. Gosto dos sapatos da Salvatore Ferragamo e das polos Lacoste.
O melhor e o pior de São Paulo. Gosto da diversidade, mas o excesso de indi-vidualismo me incomoda.
Se você fosse um personagem, qual
seria? A Formiga, da fábula A Cigarra e a Formiga, porque estou sempre tentan-do me proteger da adversidade futura.
DESERTO DO ATACAMA, DESTINO QUE TEM UM SIGNIFICADO ESPECIAL PARA MARCOS
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JARDIM / ESTILO + TECNOLOGIA
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Dica de estilo para a temporada: aposte em uma barba bem-feita . Sim, o visual homem das cavernas, que faz sucesso entre 9 de 10 mulheres, está de volta. “Além de imprimir estilo, elas ajudam a disfarçar pequenos defeitinhos, como papadas”, explica o barbeiro Ro-berto Caruso, do (L)oft Hair Boutique, que fi ca no 3º piso do Cidade Jardim. Veja dicas para adotar já.
• Formatos: o rosto oval combina com qualquer corte de barba. O qua-drado pede linhas curvas. O trian-gular, barba volumosa na região do cavanhaque. Para rostos redondos, a barba quadrada cai bem.
• Manutenção: lave com shampoo e condicionador e passe um óleo espe-cífi co para deixar o pelo macio. Apare os pelos uma vez na semana.
• Costeletas e cavanhaques quadrados afi nam o rosto. Se a ideia for conseguir o efeito contrário, opte pela costeleta e pelo cavanhaque arredondados.
FORMATO DO ROSTO X BARBA
TRIANGULARVOLUME NO
CAVANHAQUE
QUADRADOLINHAS CURVAS
REDONDOCORTE
QUADRADO
ARMANI NO SETA Giorgio Armani acaba de entrar para o mundo do cinema, com o projeto Films of the City Frames. A marca fi rmou uma par-ceria com a produtora italiana Rai Cinema e vai fi nanciar curtas feitos por estudantes de escolas de cinema de Nova York, Los Ange-les, Roma, Paris, Londres e Hong Kong. Os fi lmes terão como tema as cidades de origem de cada diretor e o fi gurino dos personagens contará com óculos da linha eyewear da Giorgio Armani. O primeiro curta da série já foi rodado e é assinado por Piero Massino, com supervisão de Paolo Sorrentino — Pie-ro foi assistente de direção do cineasta em A grande beleza, vencedor do Oscar deste ano na categoria Melhor Filme Estrangeiro. As-sista em framesofl ife.com
BÁRBAROS
JARED LETO“Ele tem estilo
sufi ciente para
combinar a barba ao
cabelo comprido. Mas
essa composição só
vai fazer sentido para
homens adeptos ao
visual mais moderno
e que não têm
medo de ousar”
CHRISTIAN BALE“Tem o rosto oval e
escolheu barba rala
na lateral e cheia no
cavanhaque, o que
acentuou o formato do
rosto. Se ele quisesse
amenizar, poderia deixar
a barba crescer na região
da bochecha e diminuir o
volume no cavanhaque”
MICHAEL FASSBENDER“Ele tem rosto
quadrado e optou por
uma barba que não
é cheia, mas comprida
— e o comprimento
esconde eventuais
falhas no rosto.
Acertou em deixar
o pescoço e as
bochechas limpas”
AS BARBAS DO MOMENTOROBERTO CARUSO, DO (L)OFT, COMENTA AS ESCOLHAS DOS ATORES
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dos profi ssionais da indústria criativa. Ótimo para ter boas inspirações"
Com projeto assinado pelo arquiteto Isay Weinfeld, a Livraria da Vila do Cidade Jardim está de mudança para o 2º piso. O espaço, que contará com 300 metros quadrados, é divido por salas e mantém as mesmas características, com seções de livros, música e infantil, além de cadeiras, mesas e sofás para leitura. A novidade fi ca por conta do café Santo Grão, com entrada integrada ao corredor do shopping. 2º PISO
PAOLO SORRENTINO E GIORGIO ARMANI
OVALQUALQUER
TIPO DE CORTE
BETO MACEDO, diretor de mídias digitais da Trip Editora
CYCLORAMIC (IOS)
“O aplicativo consegue fazer o iPhone 5 ou 5S girar em seu próprio eixo e tirar fotos
panorâmicas com precisão. Também dá para criar vídeos com essas imagens"
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JARDIM / VIAGEM
Praticante desde a adolescência, a paulistana Teca Toscano busca na ioga não só inspiração para a vida
profi ssional — ela estuda para ser professora —, como também para suas viagens. A Ásia, onde se casou, está no topo da lista de roteiros . Aqui, ela
compartilha achados pelo continente, sem esque-cer de outros lugares no mundo.
TECATOSCANO
EGOTRIPUM LUGAR PARA SENTIR O VENTO NO ROSTO...“Fernando de Noronha. A trilha com vista para a Baía dos Porcos tem uma paisagem surreal.”
PARA ASSISTIR AO NASCER DO SOL...
“Camboja. Cenário lindo, com templos em meio à natureza e um vaivém de monges.”
PARA COMER FRUTAS FRESCAS...
PARA VIAJAR COM A FAMÍLIA...
“Ninh Thuan, na costa do Vietnã. É uma praia bem tranquila e exclusiva para os hóspedes do hotel Amanoi.”
UM DESTINODE LUA DE MEL...
UM DESTINO PARAPASSAR O INVERNO...
“Bagan, em Mianmar, durante um passeio de balão.”
“Trancoso. Tenho a impressão de que na Bahia as frutas são muito mais saborosas.”
“Butão. É um destino de fácil conexão espiritual. Lá parece não existir poluição mental e a paz reina.”
“A minha festa foi na Tailândia.
O lugar é vibrante. Inesquecível.”
“Aspen. Consigo esquiar e praticar Bikram Yoga numa sala aquecida a 40 ºC no espaço Arjuna Hot Yoga.”
PARA PEDIR PROTEÇÃO...
PARA CASAR NO EXTERIOR...
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cabine, é longa sua lista de inovações e recursos tecnológicos– muitos deles oriundos do emblemático
Gulfstream G650™. Novo G280: flexibilidade de médio porte e conforto de cabine grande.
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MOSCOU por Sandro Barros
JARDIM / MAPA
Desde que assistiu na infância ao clássico fi lme Doutor Jivago (1965), que tem como pano de fundo a Revolução Russa, o estilista Sandro Barros nunca mais tirou o país da cabeça. “Eu tocava no piano o ‘Tema de Lara’, uma das músicas do longa, e fi cava sonhando com aqueles cenários brancos e com o ouro reluzente
das cúpulas das igrejas”, conta. Mas só visitou Moscou pela primeira vez no ano passado. A espera valeu a pena. De lá, saiu com uma coleção inspirada na dinastia dos Romanov e dicas espertas para quem quer conhecer a cidade.
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Passeios
PRAÇA VERMELHA “Fica linda no inverno, especialmente no dia 7 de janeiro, data do Natal ortodoxo, quando as construções se enchem de luzes. Também nessa época, acontece por lá uma feirinha de artesanato e comidas típicas, bem ao lado de um rinque de patinação. Ainda na região, visite a Catedral de São Basílio e o Gum, shopping com um food market divino.”
CONVENTO DE NOVODEVICHY “Tem que conhecer. É rodeado por um parque com um grande lago que congela no inverno — e se transforma em um bom espaço para praticar esqui de fundo.”
GARAGE <garageccc.com/en> “A galeria comandada pela empresária Dasha Zhukova abriga obras de artistas russos contemporâneos. Para quem quer ver o que anda acontecendo na cena artística local.”
MOSCOW DESIGN MUSEUM <http://moscowdesignmuseum.ru/en> “É o primeiro museu da cidade dedicado a promover e contar a história do design na Rússia. Fica em um prédio neoclássico que no passado abrigou uma academia militar.”
TSUM <tsum.ru> “Esta loja de departamentos é para quem quer comprar cristais e louças Fabergé. O prato com o famoso ovo pintado no centro é o meu predileto.”
AIZEL <aizel.ru> “Multimarcas tocada pela empresária Aisel Trudel, amiga de Karl Lagerfeld e da editora de moda Miroslava Duma. Ou seja: lá só entram as peças da vez.”
CAFÉ PUSHKIN <cafe-pushkin.ru/en>“Peça uma mesa no jardim de inverno e o menu degustação de pratos típicos. O chicken Kiev, o pelmeni e o estrogonofe são ótimos e a porção é para uma pessoa.”
TURANDOT <turandot-palace.ru/en>“Melhor programa para depois do balé no Teatro Bolshoi. A decoração é maravilhosa, inspirada na chinoiserie do século 18. Peça para conhecer as salas privadas. É uma surpresa atrás da outra.”
BOLSHOI <novikovgroup.ru/restaurants/bolshoi>“Este restaurante é um dos mais exclusivos da cidade e ponto de encontro de políticos e poderosos. Bom para quem quer ver e ser visto.”
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O estilo hippie-chic do casal sensação dos anos 70 inspira looks com as peças da estação
DOIS CASAIS, DOIS ESTILOS POR AMANDA BERDNT
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BEYONCÉ E JAY-Z
Dourado e acessórios marcantes ganham destaque no visual desta dupla que gosta de brilhar
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NA PARIS FASHION WEEK
Costanza Pascolato e Doris Bicudo elegem os destaques das nossas marcas
na temporada inverno 2015
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Louis VuittonPOR COSTANZA PASCOLATO*
A volta triunfal de Nicolas Ghesquière à cena fashion, agora responsável pelo estilo da Louis Vuitton, marca uma fase que chamo de “leather extraordinaire”. O estilista teve um cuidado extraordinário ao trabalhar com o couro, matéria-prima que é a origem da Louis Vuitton, em itens como bolsas, sapatos, cintos e roupas. Ghesquière disse inclusive que fi cou abismado com a qualidade da mão de obra dos artesãos que trabalham nos ateliês da marca. Entre suas propostas, o casaco de couro croco talvez seja um pouco ambicioso demais, mas não custa nada sonhar, né?
Valentino
Valentino é pop, colorido e com pegada à italiana. Para a dupla Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli, o fi nal dos anos 60, a inspiração da coleção, está mais para Michelangelo do que para Andy Warhol. Conclusão: um desfi le leve e jovem. Os tecidos tecnológicos de diferentes texturas se contrapõem ao manufaturado com ar de sob medida. No fi nal, o próprio Valentino Garavani, ao vivo e em cores na fi la A, foi às lágrimas. Digo mais?
POR DORIS BICUDO*
“O casaco de croco talvez seja um pouco ambicioso demais,
mas não custa sonhar, né?
“Cuidado extraordinário com os artigos de couro”
“Valentino é pop. Colorido e com
pegada à la italiana”
“Os tecidos tecnológicos de diferentes texturas se contrapõem ao manufaturado com ar de sob medida”
*CONTEÚDO SHOP2GETHER.COM.BR E COLUNISTAS DO SITE ASMENINASONLINE.COM
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AS CURIOSIDADES DA SEMANA EM NÚMEROS, POR FABIANA PASTORE
216 HORAS DE PARIS FW
Hermès
Pela segunda temporada consecutiva, a Hermès cumpriu a difícil missão de encerrar os desfi les da PFW. A apresentação foi a última do calendário e aconteceu na Bolsa de Paris. Christophe Lemaire mostrou uma coleção que foi considerada superluxuosa, como não poderia deixar de ser, em se tratando de Hermès. Dois foram os pontos altos: o corte oversized e a mistura das texturas e cores. Os fashionistas voltaram para casa de alma lavada.
POR DORIS BICUDO
Miu Miu
O movimento da vez é o “dressing down” – vestir-se de maneira “normal”, com peças que já conhecemos. É o contrário dos looks extremos, quase caricaturais, que fl oresceram nos blogs de moda. De olho nisso, mas sem deixar de criar peças desejo, Miuccia Prada redesenhou os básicos do streetwear. Peças-chave: jaqueta acolchoada que se afi na com vestido de cetim de saia pregueada, e botas e escarpins de plástico. Tendências: sobreposição de materiais sintéticos – jaqueta e colete de náilon sobre top de lurex, mantô longo navy sobre mantô míni de náilon acolchoado.
POR COSTANZA PASCOLATO Chanel
Karl Lagerfeld conseguiu seduzir com sua habilidade em identifi car e criticar tendências e comportamento. Os convidados foram surpreendidos no Grand Palais com um gigante supermercado de produtos Chanel, todos etiquetados. E esse mercadão fashion foi o cenário de mais um desfi le do kaiser.
POR COSTANZA PASCOLATO
JARDIM / MODA
“Miuccia Prada redesenhou os básicos
do streetwear”
Surpresa na Chanel:um gigante supermercado
como cenário
“Pontos altos: o corte oversized e a mistura de
texturas e cores”
LINDO CONVITE QUE RECEBI PARA O DESFILE DO VALENTINO
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830gDE FRUIT DE BOIS EM UMA
SEMANA: PELA MANHÃ,
À TARDE E ALGUMAS
VEZES À NOITE
NO PALAIS GALLIERA, A MELHOR EXPOSIÇÃO
DE FOTOGRAFIA QUE VISITEI
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247FASHIONISTASADERIRAM AO SPORTSWEAR. DEI DE CARA COM O TÊNIS
EM TODAS AS RUAS DE
PARIS!
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“O melhor desfi le de Raf Simons
desde sua entrada na Maison”
Foi o melhor desfi le de Raf Simons desde sua entrada na Maison. Ele fez da roupa mais formal de seu prêt-à-porter um exemplo de desconstrução: camisetas de forma básica, mas delicadas e ricamente bordadas, foram sobrepostas.
DiorPOR COSTANZA PASCOLATO
“Ele fez da roupa mais formal de seu prêt-à-porter um exemplo
de desconstrução”
AS BOLSAS DESEJO QUE MAIS VI EM
9 entre 10LOOKS
DE STREETWEAR
756PARES DE BRINCO DIOR; OBSERVEI EM TODOS OS
CANTOS 5litrosDE CHÁ PARA AGUENTAR O PIQUE EM SETE DIAS
BEBI PRATICAMENTE
MIMO QUE GANHEI DA
LOUIS VUITTON:CARTINHA
(EM INGLÊS E FRANCÊS)
ASSINADA POR NICOLASGHESQUIÈRE
E CONVITEESCRITO À MÃO
ADOREI A BOLSINHA BAÚ DA LV: OUTRO
DESEJO DA SEMANA
MOCHILANÚMERO1DA SEMANA,
FLAGREI ESTE MODELO
CHANEL NOS OMBROS
ESTILOSOSDO
BLOGUEIROBRYAN BOY
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MODAMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODDDDDDDDDDDDDDDDDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
O mix de sportswear, streetwear e alguns elementos sofi sticados traduz a mulher da temporada: ela é jovem, chique e ousada
FOTOS KARINE BASÍLIO (ABÁ MGT)EDIÇÃO DE MODA HELENO MANOEL
DIREÇÃO DE MODA PATRIZIA RAMALHO
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POPRAINHA
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CASACO 7/8, JAQUETA BOMBER, VESTIDO, BOLSAS, BOTAS E ÓCULOS MIU MIUANÉIS RAPHAEL FALCIPULSEIRAS ACCESSORIZECÂMERA LEICA
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MODA
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Nesta página: BLUSA, BOLSA, COLAR PÉROLAS E CINTO (USADO COMO GARGANTILHA) CHANELCOLAR (LETRAS) ACCESSORIZEANEL GUERREIRO
Na página ao lado: BONÉ ZARAJAQUETA E VESTIDO DASLUBLUSA LACOSTECOLAR TIFFANY & CO.RELÓGIO ROLEXPULSEIRAS ACCESSORIZESAPATILHA REPETTO
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MODA
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Nesta página:POLO LACOSTESEGUNDA PELE REPETTOBOLSAS (PRETA E LARANJA) LOUIS VUITTONBOLSA (COLORIDA) LONGCHAMPCAMISA (XADREZ AZUL) LACOSTECAMISA (XADREZ VERMELHA) FRED PERRYBERMUDA ELLUSCOLETE JOHN JOHNRELÓGIO ROLEXPULSEIRAS (COLORIDAS)ACCESSORIZEBRACELETE LOUIS VUITTON BOTA JIMMY CHOO
Na página ao lado: CHAPÉU DASLUOMBREIRA BORDADA E CALÇA FITPOLO FRED PERRYCARDIGÃ (ESTAMPADO) 284BOLSA LONGCHAMPPULSEIRA (CORRENTES) TIFFANY & CO.PULSEIRA (DE MÃO) GUERREIROPULSEIRAS (COLORIDAS) ACCESSORIZELUVAS (DE COURO) ELLUSCARDIGÃS (LARANJA E VERDE) ZARASAPATO LOUIS VUITTON
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MODAMODA
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ASSISTENTE DE FOTO ANDRÉ SANTOS BELEZA MAX WEBER (CAPA MGT)ASSISTENTE DE BELEZA ADAL ALVES TRATAMENTO DE IMAGEM WMFUSIONMODELO BRUNA TIEDT (FORD MODEL)PRODUÇÃO DE MODA ALEX ANDRADE E NILO CAPRIOLI ASSISTENTE DE PRODUÇÃO DE MODA OTÁVIO ROSSELIMANICURE CLÁUDIA VITÓRIA
AGRADECIMENTOSLEITE.COMWWW.LEITE-COM.COM.BRTEL.: (11) 3459-27812 ASES SKATE SHOPWWW.2ASES.COM.BRTEL.: (11) 2589-9624
Nesta página:CASAQUETO, SAIA E BOLSA CH CAROLINA HERRERAT-SHIRT TIGRESSEXALE MIXEDANÉIS E PULSEIRA H.STERNPULSEIRAS COLORIDAS ACCESSORIZEÓCULOS FRANÇOIS PINTON NA ÓPTICA SELLA
Na página ao lado: BLUSA FRED PERRYCINTO EMILIO PUCCISAIA RED VALENTINOSAIOTES DE TULE REPETTOTÊNIS ASICS NA WORLD TENNISBOLSA E PULSEIRAS (COLORIDAS) ACCESSORIZE ÓCULOS MICHEL HENAU NA ÓPTICA SELLACAMÉLIAS ALEXANDRE DE PARISCAPA PARA IPHONE 5 LEGO NA IPLACEANEL GUERREIROPULSEIRAS RAPHAEL FALCI
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MODAMODA
Joias combinam com datas especiais.Invista em peças poderosas para presentear no Dia das Mães
FOTOS KARINE BASÍLIO (ABÁ MGT)EDIÇÃO DE MODA VANDA JACINTHO
DIREÇÃO DE MODA PATRIZIA RAMALHO
ETERNOSEJAQUE
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COLAR PEQUENO VIVARACOLAR GRANDE E BRINCOS SILVIA FURMANOVICHPULSEIRA RAPHAEL FALCI
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Nesta página:JAQUETA CRIS BARROSCAMISETA HERINGBRINCOS E ANEL SILVIA FURMANOVICH
Na página ao lado: BRINCOS E COLAR GRIFITHPULSEIRA E ANEL VERDE ARA VARTANIANANEL DE OURO BRANCO H. STERN
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PULSEIRA E ANEL LOSANGO H. STERNBRINCOS E ANEL MÃO DIREITANOIA CAROLINAANEL MÃO ESQUERDA GRIFITH
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Nesta página:CAMISETA HERING
COLAR E ANEL H. STERNBRINCOS SILVIA FURMANOVICH
Na página ao lado:BRINCOS ANA ROCHA &
APPOLINARIOANEL GUERREIRO
ASSISTENTE DE FOTO ANDRÉ SANTOSBELEZA CRIS BIATO (JUICE PARTNER)
ASSISTENTE DE BELEZA MICHELLE CAVALCANTETRATAMENTO DE IMAGEM VICTOR MATSUMOTO
MODELO LARY ARCANJO (WAY MODEL)PRODUÇÃO DE MODA
JULIANA COSTA E BRUNA DAL SASSOMANICURE DANIELA ROMANENKO
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COR
PRIMÁRIAO azul é o novo preto. A ordem é usar o tom de fundo para fugir dos neutros básicos
FOTOS KARINE BASÍLIO (ABÁ MGT)EDIÇÃO DE MODA CESAR FASSINA (ABÁ MGT)
DIREÇÃO DE MODA PATRIZIA RAMALHO
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VESTIDO CH CAROLINA HERRERA
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Nesta página: PONCHO E MALASLOUIS VUITTONCAMISA BROOKSFIELD DONNACINTO LE LIS BLANCCALÇA MIXEDBOTA VALENTINOBOLSA GUCCIANEL ANA ROCHA & APPOLINARIO
Na página ao lado: SAIA RED VALENTINOMOLETOM MIXEDSANDÁLIA DASLUBOLSA FENDI
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BONÉ ZARAJAQUETA E VESTIDO DASLUBLUSA LACOSTECOLAR TIFFANY & CORELÓGIO ROLEXPULSEIRAS ACCESSORIZE
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MODA
Nesta página:VESTIDO E CASACO FENDI
BRINCOS H. STERN
Na página ao lado: BLUSA MARTHA MEDEIROS
CALÇA LE LIS BLANCBRINCOS E PULSEIRA
ARA VARTANIAN
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VESTIDO E BOTA EMILIO PUCCIBRINCOS SILVIA FURMANOVICH
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Nesta página:BODY TIGRESSEBRINCOS ANA ROCHA & APPOLINARIOJAQUETA E CALÇA GUCCIBOLSA LOUIS VUITTON
Na página ao lado: BLUSA BROOKSFIELD DONNASAIA CH CAROLINA HERRERATRENCH COAT GIORGIO ARMANISANDÁLIA DASLUBRINCOS E ANEL ARA VARTANIANÓCULOS MYKITA NA ÓPTICA SELLABOLSA LE LIS BLANC
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