Gossypium arboreum L. (algodão) sob o crescimento micelial … · folhas coletadas da planta no...

Preview:

Citation preview

Macapá,v.7,n.1,p.38-44,2017Disponívelemhttp://periodicos.unifap.br/index.php/biota

Submetidoem14deJulhode2016/Aceitoem16deFevereirode2017

ARTIGO

BiotaAmazôniaISSN2179-5746

Ousodeextratosvegetaistemsidoamplamenteestudadocomocontrolebiológicoalternativodedoençasdeplantas,especialmenteaquelascausadasporfungospatogênicos.Nessesentido,oobjetivodopresenteestudofoiavaliaraatividadeantifúngicainvitrodoextratobrutoetanólicoobtidodefolhasdealgodão(GossypiumarboreumL.,Malvaceae)emdiferentesconcentraçõessobodesenvolvimentomicelialdofungofitopatogênicoLasiodiplodiatheobromae.OensaiofoiconduzidonosLaboratóriosdeMicrobiologia/Fitopatologia/GenéticaedeCultivo/IsolamentodaUniversidadedoEstadodoAmapá/UEAP,emMacapá,Amapá.EmumDelineamentoInteiramenteCasualizado(DIC),seistratamentoseseisrepetiçõesforamorganizados:T1(controlenegativo)–

-1 -1BDA(Batata-Dextrose-Ágar)+0mg.mL (extratofoliar);T2-BDA+5mg.mL (extratofoliar);T3-BDA+10-1 -1mg.mL (extratofoliar);T4-BDA+20mg.mL (extratofoliar);T5-BDA+2,5mLdeetanoleT6(controle

positivo)-BDA+2,5mLdefungicidacomercial(Derosal®).Asvariáveisinibiçãodocrescimentomicelial(ICM),índicedevelocidadedecrescimentomicelial(IVCM)eáreaabaixodacurvadecoberturadecrescimentomicelial(AACCM)foramcalculadasaofinaldoexperimento.OsresultadosmostraramqueoextratobrutoetanólicodasfolhasdeG.arboreumnãoapresentouatividadeantifúngicainvitrofrenteaofungoL.theobromaenasconcentraçõestestadas.Oextratoinduziuocrescimentomicelialdofungo,especialmentenaconcentração

-110mg.mL ,aqualapresentoucondiçãoidealparaodesenvolvimentodasestruturasdofungo.

Palavras-chave:Malvaceae,extratovegetal,controlebiológico,fitopatógeno.

Theuseofplantextractshavebeenwidelystudiedasanalternativebiologicalcontrolofplantdiseases,especiallythosecausedbyphytopathogenicfungi.Theaimofthisstudywastoevaluateinvitrotheantifungalactivityofcrudeethanolicextractobtainedfromtreecottonleaves(GossypiumarboreumL.,Malvaceae)indifferent concentrationsonmycelialdevelopmentof thepathogenic fungiLasiodiplodia theobromae. Theexperiment was conducted in the Microbiology/Plant pathology/Genetics and Cultivation/Isolationlaboratories,theStateUniversityofAmapá/UEAP,inMacapá,Amapá.InaCompletelyRandomizedDesign(CRD),sixtreatmentsandsixrepetitionswereorganized:T1(negativecontrol)-PDA(Potato-Dextrose-Agar)

-1 -1 -1+0mg.mL (leafextract);T2-PDA+5mg.mL (leafextract);T3-PDA+10mg.mL (leafextract);T4-PDA+20-1mg.mL (leafextract);T5-PDA+2.5mLofethanolandT6(positivecontrol)-PDA+2.5mlofacommercial

fungicide(Derosal®).Thevariablesmycelialgrowthinhibition(MGI),mycelialgrowthvelocityindex(MGVI)andareaundermycelialgrowthcurve(AUMGC)werecalculatedattheendoftheexperiment.TheresultsshowedtthecrudeethanolicextractofG.arboreumleavesnotpresentedantifungalactivityinvitroagainstthefungusL.theobromaeattheconcentrationstested.Theextractinducedthemycelialgrowth,especiallyina

-1concentrationof10mg.mL ,whichexhibitedidealconditionforthedevelopmentoffungalstructures.

Keywords:Malvaceae;plantextract;biologicalcontrol;phytopathogen.

Effect of Gossypium arboreum L. (tree cotton) leaf extract against mycelialgrowthofLasiodiplodiatheobromae(Pat.)Griffon&Maubl.

EfeitodoextratofoliardeGossypiumarboreumL.(algodão)sobocrescimentomicelialdeLasiodiplodiatheobromae(Pat.)Griffon&Maubl.

1* 1 2CarolinedaCruzVasconcelos ,JaynnaGonarLôboIsacksson ,CamilaBrandãodaSilva ,NoelleLoyannaLima

3 4 5AlmeidaCabral ,SheyllaSusanMoreiradaSilvadeAlmeida ,RosângeladaConceiçãoMarquesPena

1.EngenheiraFlorestal(UniversidadedoEstadodoAmapá).MestrandaemBotânica(InstitutoNacionaldePesquisasdaAmazônia,Brasil).2.EngenheiraFlorestal(UniversidadedoEstadodoAmapá).MestrandaemBiodiversidadeTropical(UniversidadeFederaldoAmapá,Brasil).3.GraduandaemEngenhariaFlorestal(UniversidadedoEstadodoAmapá,Brasil).4.Farmacêutica(UniversidadeFederaldoPará).DoutoraemQuímica(UniversidadeFederaldeSãoCarlos).ProfessoradaUniversidadeFederaldoAmapá,Brasil.5.EngenheiraAgrônoma(UniversidadeFederalRuraldaAmazônia).MestreemAgronomia(UniversidadeFederaldeLavras,Brasil).ProfessoradaUniversidadedoEstadodoPará,Brasil.*Autorparacorrespondência:engflocarolinevasconcelos@gmail.com

EstaobraestalicenciadasobumaLicençaCreative Commons Attribution 4.0 Internacional

DOI:http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v7n1p38-44

RESUMO

ABSTRACT

IntroduçãoGossypium arboreum L. pertence a famılia Malvaceae

sensu APG IV (BYNDet al., 2016).NoBrasil e umaplantaexoticaconhecidapopularmentecomoalgodao,bemcomoamaioria das especies de Gossypium que formam o maisimportante grupo de plantas de fibras nomundo (JOHN;THOMAS, 2012). Este genero compreende 50 especiesdescritas, distribuıdas principalmente na A� frica, Australia,Arabia, Peru,Mexico e Brasil (FRYXELL, 1992). Dentre asespecies de algodao cultivadas e domesticadas de formaindependente no mundo, quatro se destacam: Gossypiumarboreum eGossypiumherbaceum representadasnoVelhoMundoeGossypiumbarbadense eGossypiumhirsustumnoNovoMundo(BRUBAKERetal.,1999).

No Brasil, o cultivo de G. arboreum para uso interno,principalmenteparafinsmedicinaisebastanterelatadoemcomunidades tradicionais (BENTES-GAMA et al., 1999;COELHO-FERREIRA;JARDIM,2005;LINHARESetal.,2015;SCOLES, 2006; SCUDELLER et al., 2009; SILVA, 2002).Diferentespartesdaplantasaoutilizadasparaotratamentodediversasdoenças e enfermidades:usodas folhas comoantimalarico(ADEBAYO;KRETTLI,2011;AJAIYEOBAetal.,2006), anti-hipertensivo, antirreumatico, antidiabetico(DHUNDIetal.,2012;KAZEEMetal.,2013),antitussıgeno,tonsilite,diuretico,paraqueimaduras,hemorragias,gastrite,micoseseproblemasrespiratorioscomoasma;asfloressaoutilizadas como antitussıgeno, para combater anemia,disenteria,hemorragia(SILVA,2002),alemdehipocondriae

inflamaçõesbrônquicas(DHUNDIetal.,2012);folhas,floresecascasemconjuntosãoutilizadoscomodiuréticoecontraasma; sementes como antitussígeno (SILVA, 2002),antipirético e o óleode semente é utilizado externamenteparalimparmanchasesardasdapele(DHUNDIetal.,2012);ofrutoéusadonocombateàsmicoses(SILVA,2002),eainda,relatadopararetençãodeplacenta(WONDIMUetal.,2007).

A maioria dos estudos que buscaram investigar apresença de compostos químicos nas diferentes partes daplanta de G. arboreum obtiveram resultados satisfatórios,principalmente porque a maioria dos compostosencontradosestãobiologicamente relacionados comousopopularmedicinaldessaplanta(ANNAN;HOUGHTON,2008;HEDIN et al., 1992;MIRA-NETO; ALMEIDA, 2015; SAIDU;ABDULLAHI,2011;WAAGE;HEDIN,1984;WONDIMUetal.,2007). Vale ressaltar ainda que, as plantas de Gossypiumcontêm o gossipol, um aldeído triterpenoide que tempropriedades antitumorais (COYLE et al., 1994), além deinseticidaseantimicrobianas(WAAGE;HEDIN,1984),oqueconfere resistência da planta frente a estes organismos(BRINK;ACHIGAN-DAKO,2012).Inclusive,háregistrodequeoextratodafolha,bemcomodeoutraspartesdaplantadeG.arboreum, apresentam atividade antibacteriana (ANNAN;HOUGHTON, 2008; SAIDU; ABDULLAHI, 2011). Contudo,estudosacercadousodoextratofoliardeG.arboreumparaocontroledefungosfitopatogênicosaindasãoincipientes.

Naturalmente,muitasplantaspodemoferecerresistênciafrente aos diferentes patógenos associados (LEMOS et al.,1990). Essa resistência pode estar relacionada com apresençadesubstânciasinibitórias(compostossecundários)queagemdiretaouindiretamenteativandoosmecanismosdedefesadasplantas(STANGARLINetal.,2011).Alémdisso,apresençadessassubstânciaspodecontribuirparaousonocontrolededoençasfitopatogênicas,inclusiveemdiferentesplantas,umavezqueestassãoresponsáveisporcausarasmaioresperdasdeculturasnoBrasil,especialmenteàquelasdeimportânciaeconômica(RIBEIRO;BEDENDO,1999).

Parareduzirosdanoscausados,métodosfísicos,químicosebiológicosvêmsendoamplamenteempregados(ECKERT;OGAWA, 1985; SITTON; PATTERSON, 1992; WILSON;WISNIEWSKI,1994).Ousodeagroquímicos,porexemplo,contribui para o aumento da produtividade agrícola,entretantotemsidoresponsávelporcausarefeitosadversosao meio ambiente e à saúde humana (BASTOS;ALBUQUERQUE, 2004; STANGARLIN et al., 2011). Nessesentido,ousodeextratosvegetaisvisandoaexploraçãodepropriedades tóxicas aos diferentes patógenos vem semostrandoumaalternativadecontrole(ARAÚJOetal.,2013).Essemétodopodeserumaalternativaviável,sejadopontodevista econômico, seja do ponto de vista ambiental(RODRIGUESetal.,2006).

Éimportanteressaltarqueademandaporessesprodutosalternativosécrescenteediversosestudostêmregistradoaeficiência de extratos vegetais empromover a inibição dodesenvolvimentodeváriosfitopatógenosdenaturezafúngica(BARRERA-NECHA et al., 2009; BERNARDO et al., 2015;KURITAetal.,1981;PEREZ-SÁNCHESetal.,2007;RIBEIRO;BEDENDO, 1999; RODRIGUES et al., 2006; SCHWAN-ESTRADAetal.,2000;WILSONetal.,1997).Adeterminaçãodabioatividadedosextratosvegetaispodecontribuirparaaaquisição de maiores conhecimentos que reforcem sua

possívelutilizaçãocomoummétodoalternativodecontrolededoençadeplantas(SCHWAN-ESTRADAetal.,2000).

Lasiodiplodiatheobromae(Pat.)Griffon&Maubl.pertenceà Botryosphaeriaceae, sendo um fungo amplamentedistribuídoemregiõestropicaisetemperadas(CRUZ-AVILÉSet al., 2001). Botryosphaeriaceae possui distribuiçãocosmopolita,sendoumafamíliaricaemespéciesqueincluipatógenos de uma grande variedade de plantas deangiospermasegimnospermas(BARR,1987;BHADRAetal.,2014; CHEN et al., 2011). Os membros dessa família sãogeralmentetratadoscomopatógenosoportunistasdevidoasdoenças que eles causam, as quais são quase sempreassociadascomalgumtipodeestresseouferimento(CIESLAetal.,1996,SLIPPERS;WINGFIELD,2007).

Lasiodiplodia theobromae está associado a diferentesdoenças como podridão-seca; cancro em ramos, caules eraízes; lesões em estacas, folhas, frutos e sementes;resultandoinclusivenamortedaplanta(CIESLAetal.,1996;OLD; DAVISON, 2000; ROUX et al., 2001; SHEARER et al.,1987; SMITH et al., 1994). Além disso, este fungo podecolonizartecidossaudáveisdeplantassemexibirsintomas(MOHALI et al., 2005). L. theobromae pode ocorrerprincipalmenteemárvoresdeEucalyptusspp.,Pinusspp.eSyzigium spp. (PAVLIC et al., 2007; SLIPPERS et al., 2009;SMITHetal.,1996).Contudo,muitosBotryosphaeriaceaequeocorrem em Eucalyptus também já foram registrados emoutroshospedeiros.

No Brasil, por exemplo, em diversas culturas deimportância econômica L. theobromae já foi relatado, taiscomo:abacate(Perseaamericana,Lauraceae),banana(Musaspp.,Musaceae),acerola(Malpighiaglabra,Malpighiaceae),cajueiro (Anacardium occidentale, Anacardiaceae), citrus(Citrusspp.,Rutaceae),coqueiro(Cocosnucifera,Arecaceae),pinha (Annona squamosa, Annonaceae), vinha (Vitis sp.,Vitaceae), goiaba (Psidium guajava, Myrtaceae), manga(Mangifera indica, Anacardiaceae), melão (Cucumis melo,Cucurbitaceae),maracujá(Passifloraedulis,Passifloraceae),graviola (A. muricata, Annonaceae), melancia (Citrulluslanatus, Cucurbitaceae) (FREIRE et al., 2003; TAVARES,2002;)eatémesmoemespéciesflorestaisnativas,comooparicá(Schizolobiumparahybavar.amazonicum,Fabaceae)(TREMACOLDI et al., 2009). No caso dos eucaliptos(Eucalyptus spp., Myrtaceae), este fitopatógeno éconsiderado uma ameaça significativa para a produção esustentabilidade das plantações (MOHALI et al., 2009;RODASetal.,2009).

Diantedisso,oobjetivodopresenteestudofoiavaliaropotencialfungitóxico,invitro,doextratobrutoetanólicodeGossypium arboreum L. (algodão) em diferentesconcentraçõessobodesenvolvimentomicelialdopatógenoL.theobromae.

MaterialeMétodos

ObtençãodoextratoedofitopatógenoO estudo foi realizado em setembro de 2013 nos

Laboratórios de Microbiologia/Fitopatologia/Genética e deCultivo/IsolamentodocampusIdaUniversidadedoEstadodoAmapá/UEAP,localizadaemMacapá,Amapá.

Para a conduçãodo experimento foi utilizado o extratobrutoetanólicodeG.arboreum,oqualfoiobtidoapartirde

39BiotaAmazônia

EfeitodoextratofoliardeGossypiumarboreumL.(algodão)sobocrescimentomicelialdeLasiodiplodiatheobromae(Pat.)Griffon&Maubl.

folhascoletadasdaplantanoentornodaÁreadeProteçãoAmbientaldoRioCuriaú,a8kmdeMacapá.Umaamostracoletada da planta foi herborizada, sendo devidamenteidentificada e depositada na coleção do Herbário daUniversidade Federal do Amapá/HUFAP, sob número deregistro 427. O extrato foi produzido e analisadofitoquimicamente no Laboratório de Farmacognosia eFitoquímicadaUniversidadeFederaldoAmapá/UNIFAP.

Amostras do material coletado foram colocadas emestufa a uma temperaturamédia de 45 ºC e, em seguida,moídas por rasuraçãomanual com auxílio de almofariz epistilo.Oextratofoiobtidoporextraçãoaquentesobrefluxocomousodeálcooletílico96%(EtOH)comosolvente.Emseguida, o extrato foi filtrado e concentrado em rotoevaporadorsobtemperaturade50ºCepressãoreduzida.

Para a triagem fitoquímica foram realizadas reaçõesanalítico-qualitativas para identificação de flavonoides,alcaloides, fenois e taninos, esteroides e triterpenoides,depsídeosedepsidonas,ácidosorgânicos,polissacarídeos,açúcaresredutores,saponinasespumídicas,antraquinonaseresinas(BARBOSAetal.,2004).

Para realizaçãodo ensaiomicrobiológico, utilizou-se opatógenoL.theobromaeobtidonacoleçãofitopatológicadaUEAP. Este fungo foi oriundodo caule deEucalyptus spp.(amostrascedidaspelaempresaAmapáFlorestaleCeluloseS/A–AMCEL).

DelineamentoexperimentalParaadeterminaçãoinvitrodaatividadeantifúngicado

extratofoliardeG.arboreum,preparou-seinicialmentetrês-1concentrações:5,10e20mg.mL .Asconcentraçõesforam

adicionadas em meio de cultura BDA (Batata-Dextrose-Ágar) sintético, suplementado com cinco gotas doantibióticocloranfenicolevertidoemplacasdePetride9cmdediâmetro.Apósasolidificaçãodomeiodecultura,discosdemicélio(cercade4mmdediâmetro)deL.theobromaecultivado em BDA foram transferidos para o centro dasplacasdecadatratamento,asquaisforamorganizadasemDelineamento Inteiramente Casualizado (DIC), com seistratamentoseseisrepetições:T1(controlenegativo)-BDA+

-1 -10mg.mL (extrato foliar); T2 - BDA + 5mg.mL (extrato-1foliar);T3-BDA+10mg.mL (extratofoliar);T4-BDA+20

-1mg.mL (extratofoliar);T5-BDA+2,5mLdeetanoleT6(controlepositivo)-BDA+2,5mLdefungicidacomercial

(Derosal®).Posteriormente,asplacasforamvedadascomfilme plástico e colocadas em incubadora do tipo B.O.D.(DemandaBioquímicadeOxigênio)sobtemperaturade25±2°Cemfotoperíodode12horas.

AvaliaçãodoexperimentoApós24horasda inoculação, iniciou-seaavaliaçãodo

crescimento micelial do patógeno L. theobromaediariamenteacada24horas,durantesetedias.Parareduçãodo efeito natural de deformação das colônias foramregistradasasmédiasdosdiâmetrosdascolôniasatravésdequatro medidas, em sentidos perpendiculares entre si. Apartir dos dados obtidos durante a avaliação diária, asseguintes variáveis foram calculadas: inibição docrescimentomicelialICM(%)=(D-d).100/D,emqueDéodiâmetro de crescimento do controle e d o diâmetro dasplacas com tratamento (BASTOS, 1997); índice develocidadedecrescimentomicelial IVCM=∑(D-D )/n,ema

queDéodiâmetroatualdacolônia,D édiâmetrodacolôniaa

do dia anterior e n a duração do período de avaliação(OLIVEIRA,1991);eáreaabaixodacurvadecrescimentomicelialAACCM=[∑(y+y )/2.d ]/n,emquey ey sãoosi i+1 ti i i+1

valores de crescimento da colônia observados em duasavaliaçõesconsecutivas,d ointervaloentreasavaliaçõesenti

aduraçãodoperíododeavaliação(CAMPBELL;MADDEN,1990).

AnálisedosdadosOsdadosforamsubmetidosaotestenão-paramétricode

Kruskal-Wallis(OneWayAnalysisofVarianceonRanks)aoníveldesignificânciaα>0,05,seguidopelotestedeDunncomcomparaçõesmúltiplasparadeterminarasignificânciadas diferenças entre os tratamentos. Para a análiseestatística, o programa Assistat 7.7 versão beta (ASSIS;SILVA,2014)foiutilizado.

ResultadosOs resultados obtidos quanto ao efeito fungitóxico do

extrato bruto etanólico de G. arboreum frente aofitopatógenoL.theobromaeestãorepresentadosnaTabela1.De acordo com as avaliações realizadas aos 7 dias deincubação,nenhumadasconcentraçõesdoextratotestadasforam eficientes na redução do crescimento micelial do

-1fungo,principalmenteaconcentraçãode10mg.mL (T3).

40BiotaAmazônia

CarolinedaCruzVasconcelos,JaynnaGonarLôboIsacksson,CamilaBrandãodaSilva,NoelleLoyannaLimaAlmeidaCabral,SheyllaSusanMoreiradaSilvadeAlmeida,RosângeladaConceiçãoMarquesPena

Tabela1.ResultadosobtidosparaoextratodeG.arboreumsobocrescimentomicelialdeL.theobromae.OsvaloresqueestaorepresentadospelasmesmasletrasnaodiferemestatisticamenteentresipelascomparaçoesmultiplasdotestedeKruskal-Wallis(α>0,05)./Table1.ResultsobtainedfortheextractofG.arboreumagainstmycelialgrowthofL.theobromae.ThevaluesrepresentedbythesamelettersnotdifferstatisticallyfromeachotherbymultiplecomparisonsoftheKruskal-Wallistest(α>0.05).

TratamentosD iametrofinal

(cm)*ICM(%) IVCM(cm.dia-1) AACCM

T1-0mg.mL-1(controlenegativo) 4,25 ab 0,00 ab 0,38 ab 3,41 ab

T2-5mg.mL-1(extrato) 4,30 ab -1,14 ab 0,43 abc 3,42 ab

T3-10mg.mL-1(extrato) 4,50 b -5,84 b 0,47 c 3,58 b

T4-20mg.mL-1(extrato) 4,30 ab -1,27 ab 0,44 bc 3,45 b

T5-2,5mLetanol(controlepositivo) 3,56 ab 16,49 ab 0,41 bc 2,82 ab

T6-2,5mLfungicida(controlepositivo) 0,00 a 100,0 a 0,00 a 0,00 a

*Diametrodacolonianosetimodiadeavaliaçao./Colonydiameterontheseventhdayofevaluation.

ParaasvariaveisdiametrofinaleICMnaohouvediferençaestatıstica significativa entre os tratamentos T2, T4 e T5quandocomparadosaocontrolenegativo(T1).Otratamento

T3apresentouamaiormediadecrescimentoemdiametroe,consequentemente, uma inibiçao de crescimento micelialnegativaparaL.theobromae.

Diâmetro�inal(cm)*

Considerando a variável IVCM, o tratamento T3apresentou a maior média em velocidade de crescimento

-1micelial(0,47cm.dia ),seguidodostratamentosT5eT4,osquaisnãodiferiramestatisticamenteentresi.ÉinteressanteobservarquenotratamentoT1(controlenegativo),avariávelIVCMapresentouumvalormaisbaixoemcomparaçãocomostratamentosT2,T3eT4(concentraçõesdoextrato).

Com base na variável AACCM, os tratamentos T3 e T4apresentaram as maiores médias e não diferiramestatisticamente entre si. Para os tratamentos T1, T2 e T5também não houve diferença estatística significativa. Alémdisso,comoumresultadoesperado,paratodasasvariáveis,otratamento com fungicida (T6) foi 100% satisfatório naredução do crescimento micelial, demonstrando a altasensibilidadedeL.theobromaeaestequímico.

Vale ressaltar que, após os sete dias de avaliação foi-1possívelobservarqueasconcentraçõesde10mg.mL (T3)e

-1de 5 mg.mL (T2) do extrato foliar de G. arboreum semostraramideaisparaodesenvolvimentodeL.theobromae,isto porque as placas dos respectivos tratamentosapresentaram um desenvolvimento mais acelerado emrelaçãoasestruturasreprodutivasdofungo(Figura1A-B).

-1Naconcentraçãode20mg.mL (T4)épossívelobservarqueodesenvolvimentodasestruturasdeL.theobromae foisimilarà concentraçãodeetanol (T5) (Figura1A),oqueécorroboradotambémnaTabela1paraamaioriadasvariáveisem que não há diferença estatística entre estes doistratamentos.

DiscussãoO extrato foliar deG. arboreum teve um efeito inverso,

induzindoocrescimentomicelialdeL.theobromae(Tabela1eFigura1A).Naturalmente,areduçãodocrescimentomicelialéconsequentedaaçãofungitóxicadassubstânciaspresentesnacomposição das plantas bioativas. No entanto, Carvalho(2010)explicaque,casooextratovegetalnãomanifesteefeitofungitóxicooufungiestático,asuacomposiçãoemtermosde

substâncias importantes no metabolismo do fungoenriquecerá a composição nutritiva do meio de culturaproduzindo o efeito inverso. Possivelmente, isto explica oefeitoobservadocomoextratodeG.arboreumparaastrêsconcentraçõestestadasnesteestudo.

-1Embora as concentrações de 5 mg.mL (T2) e de 10-1mg.mL (T3)tenhamproporcionadoocrescimentomicelial

de L. theobromae e o desenvolvimento de suas estruturasreprodutivas (Figura 1B), a tendência deveria ser que na

-1concentração de 20 mg.mL (T4) o mesmo padrão semantivesse,conformeoaumentodadosedoextratofoliardeG.arboreum.Noentanto,apesardocrescimentomicelialdeL.theobromaeterocorridonoT4,estefungonãosedesenvolveuemumcurtoperíodosuaestruturavegetativa,bemcomonãoocorreu esporulação, assim como observado para ostratamentosT2eT3(Figura1A).Istosugerequetalvezemconcentraçõesmaioresdoextrato,oefeitofungitóxicopossasersatisfatóriofrenteaoL.theobromaeouatémesmoaoutrosfungosfitopatogênicos.

A exemplodisso, umestudo realizadoporOkafor et al.(2001) com o extrato bruto das folhas de quatro espéciesincluindo G. arboreum mostrou que esta espécie inibiu ocrescimentomicelialdetrêsespéciesfúngicas:Trichophytonrubrum, Basidiobolus haptosporus e Ephidermophyton

-1floccosumnasconcentraçõesentre25e100mg.mL ,concen-trações mais altas quando comparadas às concentraçõestestadasnestetrabalho.

Domesmomodo, Menegassi et al. (2008) trabalharamcom uréases (metaloenzimas) extraídas das sementes deGossypium hirsutum e verificaram que as mesmas podemdesempenharefeitotantoantifúngicoquantofungistático,ouatémesmomatarosesporosfúngicos,inibindoagerminaçãodosfungosfitopatogênicos:Colletotrichummusae,CurvularialunetaePenicilliumherguei.

Recentemente, Mira-Neto e Almeida (2015) testaram oefeito do extrato bruto das folhas deG. arboreum emdoisensaios:primeiro,frenteàsbactériasStaphylococcusaureus,EscherichiacolieKlebsiellapneumoniaenasconcentraçõesde25mg/mL, 50mg/mL e 100mg/mLdo extrato; segundo,frente às larvas de Artemia salina nas concentrações 50µg/mL,100µg/mL,250µg/mL,500µg/mL,750µg/mLe1000µg/mL.OsresultadosforamsatisfatóriosapenasparaoensaiodetoxicidadedeA.salina,emqueaconcentraçãoletalfoideCL50=238µg/mL,comtoxicidadeagudaparamaisde50%dapopulação.

Por outro lado, Aladesanmi et al. (2007) testaram aspropriedades de extratosmetanólicos de 10 espécies comusosetnomedicinaisnaNigéria,dentreelesodacascadeG.arboreum, contudo, estes autores não encontrarampropriedadesantibacterianase/ouantifúngicas, tal comooresultado encontradoneste estudopara como extratodasfolhasdestaespécie.

DiversosestudosbuscaramalternativasparaocontroledeL.theobromae,umproblemanotoriamentelimitanteparaafruticultura tropical, emespecialparaoNordestedoBrasil(OLIVEIRAetal.,2012)eumagentecausadordedoençasemplantios de Eucalyptus spp., inclusive já registrado para oestado do Amapá (PINTO, 2013). Lima et al. (2010), porexemplo,testaraminvitrooefeitofungitóxicodeseisextratosde plantas nativas da Caatinga frente ao L. theobromae econcluíram que o extrato de alecrim-do-campo (Lippia

41BiotaAmazônia

EfeitodoextratofoliardeGossypiumarboreumL.(algodão)sobocrescimentomicelialdeLasiodiplodiatheobromae(Pat.)Griffon&Maubl.

Controlenegativo

-15mg.mL(extrato)

-110mg.mL(extrato)

-120mg.mL(extrato)

2,5mLdeetanol

2,5mLdefungicida

A

B

12µm

FRENTE

VERSO

FRENTE

VERSO

Figura1.A-DesenvolvimentomicelialdeL.theobromaeemmeiodeculturaBDAassociadoaoextratobrutoetanolicodasfolhasdeG.arboreum,apossetediasdeinoculaçao.B-EsporosdeL.thebromae,isoladodeEucalyptusspp.ecultivadoemmeiodeculturaBDA./Figure1.A-MycelialdevelopmentofL.theobromaeinPDAculturemediaassociatedwiththecrudeethanolicextractofG.arboreumleaves,after seven days of inoculation. B - Spores of L. theobromae, isolated fromEucalyptusspp.andcultivatedinPDAculturemedia.

microphylla,Verbenaceae)apresentouomaiorpercentualdeinibiçãodocrescimentomicelialdestefungo,oqueconsisteemumaalternativaviávelparaocontroledeL.theobromae.

Adeniyi e Joseph (2015) também avaliaram a açãofungitóxica in vitro de quatro extratos vegetais (Acalyphahispida, Euphorbiaceae; Chromolaena odorata, Compositae;Tetrapleura tetraptera, Fabaceae; e Azadirachta indica,Meliaceae) frente ao L. theobromae e também obtiveramresultados satisfatórios, uma vez que todos os extratosapresentaram efeito positivo em inibir o crescimento dofungo.

NoestudorealizadoporMotaetal.(2002),oextratofoliardeL.sidoides(Verbenaceae)eosóleosessenciaisdeL.sidoidesePiperaduncum(Piperaceae)foramosquecontrolarammaiseficientementeocrescimentomicelialdeL.theobromae.Comapenas12mLdoextrato foliardeL.sidoides,a inibição foisuperiora90%.Feitosa(2000)tambémobteveocontroledeL.theobromaeutilizandoextratosdeplantasmedicinais,comoarnica(Arnicamontana,Compositae),juá(Ziziphusjoazeiro,Rhamnaceae), manjericão-branco (Ocimum basilicum,Lamiaceae)ealfavaca(O.gratissimum,Lamiaceae),obtendoinibição de 60%, 62%, 91% e 100%, respectivamente, nocrescimentomicelialdessepatógeno.

Emcontrapartida,Bhadraetal.(2014)estudaramoefeitoantagônico de espécies de Trichoderma – agentes debiocontrole conhecidamentemuitoeficazescontradiversospatógenos–frenteaoL.theobromaeeverificaramqueT.virideapresentou inibição máxima, com melhor desempenhoinclusiveemcomparaçãoaosfungicidascomerciaistambémtestadosnoestudo.

Vale ressaltar que embora propriedades antitumorais,inseticidaseantimicrobianastenhamsidorelatadas(ANNAN;HOUGHTON, 2008; HEDIN et al., 1992; MIRA-NETO;ALMEIDA,2015;SAIDU;ABDULLAHI,2011;WAAGE;HEDIN,1984;WONDIMUetal.,2007),devidoaosdiversoscompostosquímicos presentes nas partes da planta deG. arboreum –justificados pelo uso na medicina popular – o seu efeitoantifúngicofrenteaoL.theobromaefoiineficaz.

Mira-NetoeAlmeida(2015),apósatriagemfitoquímicadoextrato foliar de G. arboreum, detectaram a presença dosseguintes compostos químicos: alcaloides, fenois e taninos,saponinas espumídicas, depsídeos e depsidonas, além deesteroides e triterpenoides. No entanto, com base nosresultadosobtidosnesseestudonãoépossívelinferirsobrequal substância presente no extrato foliar de G. arboreumpossa ter enriquecido o meio de cultura e favorecido odesenvolvimentodeL.theobromae.

ConclusãoOextratobrutoetanólicodasfolhasdeG.arboreumnão

apresentouatividadeantifúngica in vitro frenteao fungoL.theobromae nas concentrações testadas. Os resultadosmostraramque o extrato pode ter induzido o crescimento

-1micelialdofungo,especialmentenaconcentração10mg.mL ,a qual apresentou aparentemente condição ideal para odesenvolvimentodofungo.Emconcentraçõesmaiores,talvezoextratodeG.arboreumpossaterefeitopositivonareduçãodocrescimentomicelialdeL.theobromaeouatémesmodeoutrospatógenos.Paraisto,maisestudossãonecessários.

AgradecimentosOs autores agradecem à Universidade do Estado do

Amapá/UEAPe àUniversidadeFederal doAmapá/UNIFAPpelasinfraestruturascedidasparaaexecuçãodestetrabalho,alémdaempresaAmapáFlorestaleCeluloseS/A-AMCELporcederamostrasdofitopatógeno.

ReferênciasBibliográficasADEBAYO, J. O.; KRETTLI, A. U. Potential antimalarials fromNigerian

plants:areview.Journalofethnopharmacology,v.133,n.2,p.289-302,2011.

ADENIYI,D.O.; JOSEPH,A.In-vitroevaluationofplantextractsagainstLasiodiplodiatheobromaecausingcashewinflorescentblight.AfricanJournalofBiotechnology,v.14,n.13,p.1139-1142,2015.

AJAIYEOBA,E.O.;ABIODUNB,O.O.;FALADEC,M.O.;OGBOLEA,N.O.;ASHIDIA, J. S.;HAPPID,C.T.;AKINBOYE,D.O. Invitrocytotoxicitystudies of 20 plants used inNigerian antimalarial ethnomedicine.Phytomedicine,v.13,n.4,p.295-298,2006.

ALADESANMI,A.J.;IWALEWA,E.O.;ADEBAJO,A.C.;AKINKUNMI,E.O.;TAIWO,B.J.;OLORUNMOLA,F.O.;LAMIKANRA,A.Antimicrobialandantioxidant activities of some Nigerian medicinal plants. Africanjournal of traditional, complementary and alternativemedicines,v.4,n.2,p.173-184,2007.

ANNAN, K.; HOUGHTON, P. J. Antibacterial, antioxidant and fibroblastgrowthstimulationofaqueousextractsofFicusasperifoliaMiq.andGossypiumarboreumL.,wound-healingplantsofGhana.JournalofEthnopharmacology,v.119,n.1,p.141-144,2008.

ARAÚJO, J.L.;OLIVEIRA,E.S.;TEIXEIRA,F.N.Controlealternativo"invitro"deSclerotiumrolfsiiemgirassol(HelianthusannuusL.)pelousodeextratosvegetaiseTrichodermaspp.Essentia,v.5,n.2,p.25-35,2014.

ASSIS,E.;SILVA,F.A.Z.Assistat7.7beta.CampinaGrande:UFCG,2014.CRUZ-AVILÉS, J.; CIBRIÁN-TOVAR, D.; RAMÍREZ-MALDONADO, H.;

GARCÍA-DÍAZ,S.E.EtiologíaysíndromedeloscancrosCryphonectria,Lasiodiplodia yFusicoccum en eucalipto (Eucalyptus camaldulensisDehnh). Revista Chapingo Serie Ciencias Forestales y delAmbiente,v.7,n.1,p.27-37,2001.

BARBOSA, W. L. R.; QUIGNARD, E.; TAVARES, I C. C.; PINTO, L. N.;OLIVEIRA,F.Q.;OLIVEIRA,R.M.Manualparaanálisefitoquímicaecromatográficadeextratosvegetais,2.ed.Belém:RevistacientíficadaUFPA,2004.

BARR,M.E.ProdromustoclassLoculoascomycetes.DepartmentofBotany,UniversityofMassachusetts,1987.

BARRERA-NECHA,L.L.;BATISTA-BANOS,S.;FLORES-MOCTEZUMA,H.E.; ESTUDILLO, A. R. Efficacy of essential oils on the conidialgermination,growthofColletotrichumgloeosporioides(Penz.)Penz.and Sacc and control of postharvest diseases in papaya (CaricapapayaL.).PlantPathologyJournal,v.7,n.2,p.174-178,2008.

BASTOS,C.N.EfeitodoóleodePiperaduncumsobreCrinipellisperniciosaeoutrosfungosfitopatogênicos.FitopatologiaBrasileira,v.22,n.3,p.44-3,1997.

BASTOS,C.N.;ALBUQUERQUE,P.S.B.EfeitodoóleodePiperaduncumnocontrole em pós-colheita de Colletotricum musae em banana.Fitopatologiabrasileira,v.29,n.5,p.555-557,2004.

BENTES-GAMA,M.M.;GAMA,J.R.V.;TOURINHO,M.M.HuertoscaserosenlacomunidadribereñadeVillaCuera,enelMunicipiodeBragancaenelnoroesteparaense.HomegardensintheriberinecommunityofVillaCuera, intheBragancaMunicipality inNortheastPara,Brazil.AgroforesteríaenlasAméricas(CATIE),v.6,n.24,p.8-12,1999.

BERNARDO, R.; SCHWAN-ESTRADA, K. R. F.; STANGARLIN, J. R.;OLIVEIRA, J. S. B.; CRUZ, M. E. S.; MESQUINI, R. M. Atividadefungitóxicainvitrodeextratosvegetaissobreocrescimentomicelialdefungosfitopatogênicos.ScientiaAgrariaParanaensis,v.14,n.2,p.89-93,2015.

BHADRA, M.; KHAIR, A.; HOSSAIN, M. A.; SIKDER, M. M. Efficacy ofTrichoderma spp.andfungicidesagainstLasiodiplodiatheobromae.BangladeshJournalofScientificandIndustrialResearch,v.49,n.2,p.125-130,2014.

BRINK,M.;ACHIGAN-DAKO,E.G.Fibres.PROTA,2012.BRUBAKER, C. L.; BOURLAND, F. M.; WENDEL, J. F. The origin and

domesticationofcotton.In:SMITH,C.W.;COTHREN,J.T(ed).Cotton:origin,history,technologyandproduction.NewYork:JohnWileyandSons,1999.pp.3-31.

42BiotaAmazônia

CarolinedaCruzVasconcelos,JaynnaGonarLôboIsacksson,CamilaBrandãodaSilva,NoelleLoyannaLimaAlmeidaCabral,SheyllaSusanMoreiradaSilvadeAlmeida,RosângeladaConceiçãoMarquesPena

BYND,J.W.;CHASE,M.W.;MAARTEN,J.M.;CHRISTENHUSZ,M.F.F.;JUDD,W.S.;MABBERLEY,D.J.;SENNIKOV,A.N.;SOLTIS,D.E.;SOLTIS,P.S.;STEVENS, P. F. An update of the Angiosperm Phylogeny Groupclassificationfortheordersandfamiliesoffloweringplants:APGIV.BotanicalJournaloftheLinneanSociety,v.181,p.1–20,2016.

CAMPBELL, C. L.; MADDEN, L. V. Introduction to plant diseaseepidemiology.NewYork,NY:Wiley,1990.532p.

CARVALHO,P.R.S.Extratosvegetais:potencialelicitordefitoalexinaseatividadeantifúngicaemantracnosedocajueiro. 2010.64 f.Tese(DoutoradoemAgronomia) -UniversidadeEstadualPaulista"JúliodeMesquitaFilho”/UNESP,Jaboticabal,SP,2010.

CHEN,S.;PAVLIC,D.;ROUX, J.;SLIPPERS,B.;XIE,Y.;WINGFIELD,M. J.;ZHOU, X. Characterization of Botryosphaeriaceae fromplantation-grown Eucalyptus species in South China. PlantPathology,v.60,n.4,p.739-751,2011.

CIESLA, W. M.; DIEKMANN, M.; PUTTER, C. A. Eucalyptus spp.FAO/IPGRI: Technical Guide-lines for the safe movement ofgermplasm,nº17,1996.

COELHO-FERREIRA, M.; JARDIM, M. A. G. Algumas espécies vegetaisusadaspelosmoradoresdailhadeAlgodoal,Maiandeua,municípiodeMaracanã, Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi,CiênciasNaturais,v.1,n.2,p.45-51,2005.

COYLE,T.;LEVANTE,S.;SHETLER,M.;WINFIELD,J.Invitroandinvivocytotoxicity of gossypol against central nervous system tumor celllines.Journalofneuro-oncology,v.19,n.1,p.25-35,1994.

DHUNDI,S.N.;YADAV,P.;HARISHA,C.R.QualitycontrolparametersofRakta Karpasa flower (Gossypium arboreum Linn.). InternationalJournalofPharmacy&LifeSciences,v.3,n.4,2012.

ECKERT,J.W.;OGAWA,J.M.Thechemicalcontrolofpostharvestdiseases:subtropicalandtropicalfruits.AnnualReviewofPhytopathology,v.23,n.1,p.421-454,1985.

FEITOSA,V.S.Controledefungosfitopatogênicosatravésdemétodosalternativos. 2000. 50 f. Monografia - Universidade Federal doCeará/UFC,Fortaleza,2000.

FREIRE,F.C.O.;CARDOSO,J.E.;VIANA,F.M.P.(Ed.).Doençasdefruteirastropicais de interesse agroindustrial. Brasília: EmbrapaInformaçãoTecnológica,2003.

FRYXELL, P. A. A revised taxonomic interpretation of Gossypium L.(Malvaceae).Rheedea,v.2,p.108–165,1992.

HEDIN,P.A.;JENKINS,J.N.;PARROTT,W.L.EvaluationofflavonoidsinGossypiumarboreum(L.)cottonsaspotentialsourceofresistancetotobaccobudworm.JournalofChemicalEcology,v.18,n.2,p.105-114,1992.

JOHN, M. J.; THOMAS, S. (Ed.). Natural Polymers: Composites.Cambridge:RoyalSocietyofChemistry,2012.

KAZEEM,M.I.;ABIMBOLA,S.G.;ASHAFA,A.O.T.InhibitorypotentialofGossypium arboreum leaf extracts on diabetes key enzymes, α-amylaseandα-glucosidase.BangladeshJournalofPharmacology,v.8,n.2,p.149-155,2013.

KURITA,N.;MIYAJI,M.;KURANE,R.;TAKAHRA,Y.Antifungalactivityofcomponents of essential oils. Agricultural and BiologicalChemistry,v.45,n.4,p.945-952,1981.

LEMOS,T.L.G.;MATOS,F.J.A.;ALENCAR,J.W.;CRAVEIRO,A.A.;CLARK,A.M.; McCHESNEY, J. D. Antimicrobial activity of essential oils ofBrazilianplants.PhytotherapyResearch,v.4,n.2,p.82-84,1990.

LIMA,J.S.;PEREZ,J.O.;BARROS,P.N.;AZEVEDO,L.C.;MENDES,R.B.;PESSOA,R. A. Ação fungitóxica de extratos vegetais de plantas dacaatingasobreocrescimentomicelialdeLasiodiplodia theobromae(Pat.) Griffon & Maubl. em Vitis vinífera L. In: Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação, 5., 2010. Anais... Maceió:CONNEPI,2010,p.23-26.

LINHARES, F. P.;MING, L. C.; PINHEIRO, C.U. B.; RODRIGUES,M. I. A.EthnobotanyApproachTaperasofMaroonCommunitiesofAlcántara,Maranhão, Brasil. International Journal of Phytocosmetics andNaturalIngredients,v.2,n.3,2015.

MIRA-NETO,R.;ALMEIDA,S.S.M.S.Avaliaçãofitoquímica,microbiológicaecitotóxicadasfolhasdeGossypiumarboreumL.(Malvaceae).BiotaAmazônia,v.5,n.2,p.18-22,2015.

MENEGASSI, A.;WASSERMANN, G. E.; OLIVERA-SEVERO, D.; BECKER-RITT,A.B.;MARTINELLI,A.H.S.;FEDER,V.;CARLINI,C.R.Ureasefromcotton(Gossypiumhirsutum)seeds:isolation,physicochemical

characterization,andantifungalpropertiesoftheprotein.Journalofagriculturalandfoodchemistry,v.56,n.12,p.4399-4405,2008.

MOHALI, S.; BURGESS, T. I.; WINGFIELD, M. J. Diversity and hostassociationofthetropicaltreeendophyteLasiodiplodiatheobromaerevealedusingsimplesequencerepeatmarkers.ForestPathology,v.35,n.6,p.385-396,2005.

MOHALI,S.;SLIPPERS,B.;WINGFIELD,M.J.Pathogenicityofsevenspeciesof the Botryosphaeriaceae on Eucalyptus clones in Venezuela.AustralasianPlantPathology,v.38,n.2,p.135-140,2009.

MOTA,J.;PESSOA,M.;ANDRADE,F.VIANAY.M.EfeitodeextractoseoleosesenciaisdeplantasmedicinaisnocontroleinvitrodeLasiodiplodiatheobromae.FitopatologiaVenezolana,v.15,p.2-6,2002.

OKAFOR,J.I.;EZE,E.A.;NJOKU,O.U.AntifungalactivitiesoftheleavesofBaphianitida,Cassiaalata,FicusexasperataandGossypiumarboreum.NigerianJournalofNaturalProductsandMedicine,v.5,n.1,p.59-60.

OLD,K.M.;DAVISON,E.M.Cankerdiseasesofeucalypts.In:KEANE,P.J.;KILE, G. A.; PODGER, F. D.; BROWN, B. N. (Ed.). Diseases andPathogensofEucalypts.Melbourne:CSIROPublishing,2000.p.241-284.

OLIVEIRA, J. A.Efeito do tratamento fungicida em sementes e nocontroledetombamentodeplântuladepepino(CucumissativusL.) epimentão (Capsicumannuum L.). 111 f. 1991.Dissertação(MestradoemAgronomia)-UniversidadeFederaldeLavras/UFLA,Lavras,MG.

OLIVEIRA,M.Z.A.D.;PRATES,P.J.;BARBOSA,C.J.;ASSAMAR,C.C.FungoLasiodiplodia theobromae: um problema para agricultura baiana.Bahiaagrícola,v.9,p.24-29,2012.

PAVLIC, D.; SLIPPERS, B.; COUTINHO, T. A.; WINGFIELD, M. J.BotryosphaeriaceaeoccurringonnativeSyzygiumcordatuminSouthAfricaandtheirpotentialthreattoEucalyptus.PlantPathology,v.56,n.4,p.624-636,2007.

PÉREZ-SÁNCHEZ, R.; INFANTE, F.; GÁLVEZ, C.; UBERA, J. L. Fungitoxicactivityagainstphytopathogenicfungiandthechemicalcompositionof Thymus zygis essential oils. Food Science and TechnologyInternational,v.13,n.5,p.341-347,2007.

PINTO,P.V.S.Efeitoantagonista invitrodeTrichodermasp.sobreLasiodiplodiasp.emEucalyptussp.noEstadodoAmapá.2013.Monografia(GraduaçãoemEngenhariaFlorestal)-UniversidadedoEstadodoAmapá/UEAP,Macapá,2013.

RIBEIRO,L.F.;BEDENDO,I.P.EfeitoinibitóriodeextratosvegetaissobreColletotrichumgloeosporioides-agentecausaldapodridãodefrutosdemamoeiro.ScientiaAgricola,v.56,n.4,p.1267-1271,1999.

RODAS, C. A.; SLIPPERS, B.; GRYZENHOUT, M.; WINGFIELD, M. J.Botryosphaeriaceae associatedwithEucalyptus canker diseases inColombia.ForestPathology,v.39,n.2,p.110-123,2009.

RODRIGUES,E.;SCHWAN-ESTRADA,K.R.F.;STANGARLIN,J.R.;CRUZ,M.E. S.; TUTIDA-FIORI,A. C.G.Avaliaçãoda atividade antifúngicadeextratosdegengibreeeucalipto invitroeem fibrasdebananeirainfectadascomHelminthosporiumsp.ActaScientiarum,Agronomy,v.28,p.123-127,2006.

ROUX,J.;COUTINHO,T.A.;MUJUNIBYABASHAIJA,D.;WINGFIELD,M.J.Diseases of plantation Eucalyptus in Uganda: research in action.SouthAfricanJournalofScience,v.97,n.1&2,p.p.16-18,2001.

SAIDU, T. B.; ABDULLAHI, M. Phytochemical determinations andantibacterialactivitiesof the leafextractsofCombretummolle andGossypium arboretum. Bayero Journal of Pure and AppliedSciences,v.4,n.2,p.132-136,2011.

SCHWAN-ESTRADA,K.R.F.; STANGARLIN, J.R.;CRUZ,M.E.S.Usodeextratosvegetaisnocontroledefungosfitopatogênicos.Floresta,v.30,n.12,2000.

SCOLES, R. Sabiduria popular y plantasmedicinales: el ejemplo de lacomunidadnegradeItacoã,Acará,Pará.BoletimMuseuParaenseEmílioGoeldi,CiênciasNaturais,Belém,v.1,n.2,p.79-102,2006.

SCUDELLER,V.V.;VEIGA,J.B.;ARAÚJO-JORGE,L.H.EtnoconhecimentodeplantasdeusomedicinalnascomunidadesSãoJoãodoTupéeCentral(Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé). In: SANTOS-SILVA,E.N.;SCUDELLER,V.(Ed.).Biotupé:MeioFísico,DiversidadeBiológica e Sociocultural do Baixo Rio Negro, Amazônia Central.Manaus:UEAEdições,2009.pp.185-199.

43BiotaAmazônia

EfeitodoextratofoliardeGossypiumarboreumL.(algodão)sobocrescimentomicelialdeLasiodiplodiatheobromae(Pat.)Griffon&Maubl.

SHEARER,B.L.;TIPPETT,J.T.;BARTLE,J.R.BotryosphaeriaribisinfectionassociatedwithdeathofEucalyptusradiatainspeciesselectiontrials.Plantdisease,v.71,n.2,p.140-145,1987.

SILVA,R.B.L.AetnobotânicadeplantasmedicinaisdacomunidadequilomboladeCuriaú,Macapá-AP,Brasil.172f.2002.Dissertação(Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal Rural daAmazônia/UFRA,Belém,PA,2002.

SITTON,J.W.;PATTERSON,M.E.Effectofhigh-carbondioxideandlow-oxygen controlled atmospheres on postharvest decays of apples.Plantdisease,v.76,n.10,p.992-995,1992.

SLIPPERS,B.;WINGFIELD,M.J.Botryosphaeriaceaeasendophytesandlatent pathogens of woody plants: diversity, ecology and impact.Fungalbiologyreviews,v.21,n.2,p.90-106,2007.

SLIPPERS, B.; BURGESS, T.; PAVLIC, D.; AHUMADA, R.; MALEME, H.;MOHALI,S.;RODAS,C.;WINGFIELD,M. J.AdiverseassemblageofBotryosphaeriaceae infect Eucalyptus in native and non-nativeenvironments.SouthernForests:aJournalofForestScience,v.71,n.2,p.101-110,2009.

SMITH, H.; KEMP, G. H. J.; WINGFIELD, M. J. Canker and die-back ofEucalyptusinSouthAfricacausedbyBotryosphaeriadothidea.Plantpathology,v.43,n.6,p.1031-1034,1994.

SMITH, H.; WINGFIELD, M. J.; PETRINI, O. Botryosphaeria dothideaendophytic in Eucalyptus grandis and Eucalyptus nitens in SouthAfrica.Forestecologyandmanagement, v. 89, n. 1, p. 189-195,1996.

STANGARLIN,J.R.;KUHN,O.J.;TOLEDO,M.V.;PORTZ,R.L.;SCHWAN-ESTRADA, K. R. F.; PASCHOLATI, S. F. A defesa vegetal contrafitopatógenos.ScientiaAgrariaParanaensis,v.10,n.1,p.18-46,2011.

TAVARES,S.C.C.H.EpidemiologiaemanejointegradodeBotryodiplodiatheobromae-situação atual no Brasil e no mundo. FitopatologiaBrasileira,v.27,p.46-52,2002.

TREMACOLDI,C.R.;LUNZ,A.M.;SOUZA-COSTA,F.R.CancroemParicá(Schizolobium parahyba var. amazonicum) no Estado do Pará.PesquisaFlorestalBrasileira,n.59,p.69,2010.

WAAGE,S.K.;HEDIN,P.A.Biologically-activeflavonoidsfromGossypiumarboreum.Phytochemistry,v.23,n.11,p.2509-2511,1984.

WILSON,C.L.;SOLAR,J.M.,ELGHAOUTH,A.;WISNIESWKI,M.E.RapidevaluationofplantextractsandessentialoilsforantifungalactivityagainstBotrytiscinerea.Plantdisease,v.81,n.2,p.204-210,1997.

WILSON,C.L.;WISNIEWSKI,M.E.Biologicalcontrolofpostharvestdiseases:theoryandpractice.BocaRaton:CRCPress,1994.465p.

WONDIMU, T.; ASFAW, Z.; KELBESSA, E. Ethnobotanical study ofmedicinalplantsaround'Dheeraa'town,ArsiZone,Ethiopia.JournalofEthnopharmacology,v.112,n.1,p.152-161,2007.

44BiotaAmazônia

CarolinedaCruzVasconcelos,JaynnaGonarLôboIsacksson,CamilaBrandãodaSilva,NoelleLoyannaLimaAlmeidaCabral,SheyllaSusanMoreiradaSilvadeAlmeida,RosângeladaConceiçãoMarquesPena

Recommended