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HARIANE ROBERTA REIS SANTIAGO
YASMIN FERNANDES ALDÊA DE OLIVEIRA
A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO CONTEXTO DA
SAÚDE BUCAL
NOVA FRIBURGO
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA FRIBURGO
Faculdade de Odontologia - FOUFF/NF
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA FRIBURGO
Faculdade de Odontologia - FOUFF/NF
1
HARIANE ROBERTA REIS SANTIAGO
YASMIN FERNANDES ALDÊA DE OLIVEIRA
A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO CONTEXTO DA
SAÚDE BUCAL
Orientadora: Prof.ª Maria Isabel Valente
Nova Friburgo
2015
Monografia apresentado à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense/Campus Universitário de Nova Friburgo como Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Odontologia.
1
S231u Santiago, Hariane Roberta Reis.
A unidade de terapia intensiva no contexto da saúde bucal. / Hariane Roberta Reis
Santiago ; Yasmin Fernandes Aldêa de Oliveira ; Profª. Drª Maria Isabel Valente,
Orientadora. -- Nova Friburgo, RJ: [s.n.], 2015.
31f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) –
Universidade Federal Fluminense, Campus Nova Friburgo, 2015.
1. Saúde bucal. 2. Terapia intensiva. 3. Pneumonia Nosocomial. I. Santiago, Hariane
Roberta Reis. II. Valente, Maria Isabel, Orientadora. III. Título
CDD M617.602
2
HARIANE ROBERTA REIS SANTIAGO
YASMIN FERNANDES ALDÊA DE OLIVEIRA
A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO CONTEXTO DA SAÚDE BUCAL
Aprovada em: ______/______/______
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr__________________________________________________________
Instituição: _____________________________Assinatura: ________________
Prof. Dr__________________________________________________________
Instituição: _____________________________Assinatura: ________________
Prof. Dr__________________________________________________________
Instituição: _____________________________Assinatura: ________________
Nova Friburgo
2015
Monografia apresentado à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense/Campus Universitário de Nova Friburgo como Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Odontologia.
3
Dedicatória
Gostaríamos dedicar esse trabalho de pesquisa aos nossos pais Denise e
Alfredo, e Claudia e Cristovão, por toda dedicação e apoio em cada momento
dessa jornada. Obrigada por deixar de sonhar os sonhos de vocês para
sonhar os nossos.
4
AGRADECIMENTO
Agradecemos à Professora Maria Isabel pela paciência na orientação e
incentivo, por seu apoio e inspiração no amadurecimento de nossos conceitos
que nos levaram a possível execução deste trabalho de conclusão de curso.
5
RESUMO
Com a falta de higiene oral dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e
acúmulo de biofilme oral, a Pneumonia Nosocomial se apresenta como uma das
infecções hospitalares mais presentes nas UTI's. Baseando-se no exposto, o
objetivo deste estudo é obter informações nos hospitais de Nova Friburgo - RJ,
acerca da composição das equipes multidisciplinares das UTI's de cada hospital,
priorizando saber se o cirurgião dentista está inserido na equipe, questionando-os
sobre a importância da realização da higiene bucal do paciente, e se seguem um
protocolo de higienização bucal, a fim de manter a saúde geral do paciente em
relação à saúde bucal. Para isso, um estudo transversal (submetido ao Comitê de
Ética em Pesquisa CAAE 48295315.5.0000.5626) foi realizado nos 4 hospitais de
Nova Friburgo, com 33 profissionais da equipe multidisciplinar da UTI, os mesmos
assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e os hospitais
assinaram um Termo de autorização. Os dados foram calculados em uma tabela do
programa Excel. Dos participantes, 58% são enfermeiros. Em nenhum hospital
existe a presença do cirurgião-dentista dentro da equipe multidisciplinar da UTI,
porém, 88% dos profissionais receberam instruções de como realizar a higienização
oral dos pacientes internados. Obteve-se que 91% dos hospitais preconizam a
higienização oral dos pacientes internados na UTI, sendo com Periorgard (31%),
Peroxidin (12%) ou Clorexidina 0,12% (9%). Todos os participantes acreditam que a
realização da higienização oral é importante nos pacientes internados, e gostariam
de obter maiores informações sobre tal procedimento. Conclui-se que nos hospitais
de Nova Friburgo não existe a presença de cirurgião dentista em nenhuma das
equipes multidisciplinares, porem, foi visto que a preocupação com o protocolo de
higienização é mantida para com os pacientes internados na UTI.
Palavras-chaves: Pneumonia Nosocomial, UTI, Hospitais de Nova Friburgo.
6
ABSTRACT
With the lack of oral hygiene in the intensive care unit (ICU) and oral biofilm
accumulation, the Nosocomial Pneumonia is presented as one of the most present
nosocomial infections in ICUs. Based on the above, the aim of this study is to obtain
information on Nova Friburgo hospitals - RJ, about the composition of the
multidisciplinary teams of ICUs of each hospital, prioritizing whether the dentist is
inserted into the team, questioning them about the importance conducting the
patient's oral hygiene and oral hygiene follow a protocol in order to maintain the
overall health of the patient in relation to dental health. For this, a cross-sectional
study (submitted to the Research Ethics Committee CAAE 48295315.5.0000.5626)
was held in Nova Friburgo 4 hospitals, with 33 professional multidisciplinary ICU
staff, they signed a Term of Free and Clear (IC) and hospitals signed an
authorization term. Data were calculated in an Excel table. Of the participants, 58%
are nurses. In no hospital there is the presence of the dentist within the
multidisciplinary ICU team, however, 88% of professionals have received instructions
on how to perform oral hygiene of hospitalized patients. It was found that 91% of
hospitals called for the oral hygiene of patients admitted to the ICU, with Periorgard
(31%), Peroxidin (12%) or chlorhexidine 0.12% (9%). All participants believe that the
holding of oral hygiene is important in hospitalized patients, and would like more
information on this procedure. We conclude that in Nova Friburgo hospitals there is
the presence of dental surgeon in any of multidisciplinary teams, however, has been
seen that concern about the hygiene protocol is maintained to patients in the ICU
Keywords: Nosocomial Pneumonia; Intensive Care Unit; Oral hygiene.
7
LISTAS DE QUADROS
QUADRO 4.1 – Caracterização da amostra..........................................................p.19
QUADRO 4.2 – Conhecimento da equipe.............................................................p.20
QUADRO 4.3 – Incidência de pneumonia nosocomial..........................................p.21
QUADRO 4.4 – Opinião do profissional.................................................................p.21
8
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – Cobrança do hospital pela higienização oral...................................p.20
GRÁFICO 2 – Protocolo de higienização................................................................p.21
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................10
2. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................12
3. MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................16
3.1 Aspectos éticos....................................................................................................16
3.2 Tipo de estudo.....................................................................................................16
3.3 Cenário de pesquisa e caracterização da amostra..............................................16
3.4 Coleta de dados...................................................................................................17
3.5 Análise dos dados ...............................................................................................18
4. RESUTADO...............................................................................................................19
5. DISCUSSÃO..............................................................................................................22
6. CONCLUSÃO............................................................................................................25
REFERÊNCIAS..........................................................................................................26
ANEXOS....................................................................................................................28
Anexo 1 (Termo de Consentimento)..........................................................................28
Anexo 2 (Autorização Secretaria de Educação).........................................................29
Anexo 3 (Ficha de Exame da Saúde Bucal)...............................................................30
10
1 INTRODUÇÂO
No Brasil, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) surgiram no início
da década de 70, e foram um grande ganho para os hospitais, pois antes, o paciente
grave recebia cuidado nas enfermarias, faltando além da área física recursos para
melhor cuidado.
As infecções endógenas representam 80% do total de infecções. As mais
comuns são as respiratórias, principalmente a pneumonia nosocomial que costuma
ocorrer 48 horas ou mais após a internação. A má higiene bucal ou a sua ausência,
podem ter como consequência a doença periodontal, e esta, é um fator que pode
estar associado à pneumonia nosocomial.
De todas as partes do corpo, a cavidade bucal é a que apresenta maior nível
e variedade de microorganismos. Os pacientes de UTI, na maioria das vezes,
apresentam uma menor resposta imunológica, podendo aumentar o risco de
infecção bucal.
É preciso analisar os indivíduos como um todo, sem fragmentar a cavidade
bucal do restante do corpo, isto é, um ser integrado. Com isso, a higiene bucal é
uma das condições básicas para a saúde e bem estar do paciente, pois muitas
patologias que acometem os dentes e gengiva podem propiciar o surgimento de
infecções bacterianas, principalmente bucais, digestivas e respiratórias.
Nas UTI’s do Brasil, é papel dos profissionais da enfermagem realizar a
higiene bucal dos pacientes internados. Mas isso nem sempre é feito, seja por falta
de treinamento dos profissionais da enfermagem, por falta de informação sobre sua
real importância, ou por descaso. Constata-se também, além da falta de alguns
procedimentos, a relação da sua pouca frequência, comprometendo a sua
qualidade. O profissional da enfermagem não tem o domínio do conhecimento sobre
as patologias odontológicas, podendo aplicar deste modo, vários conceitos
incorretos sobre estas práticas. Por isso é preciso associar o papel do cirurgião-
dentista junto à equipe.
A higiene oral na UTI é considerada um procedimento básico, indispensável
de enfermagem, cujo objetivo é manter a cavidade bucal dos pacientes saudável.
Tais procedimentos são necessários para obter e manter a limpeza, prevenir
11
infecções, manter a mucosa oral úmida e consequentemente, promover conforto ao
paciente.
Frequentemente os pacientes em UTI encontram-se em ventilação mecânica
com entubação orotraqueal, em que o paciente permanece com a boca aberta,
provocando a uma secura da mesma (xerostomia), e com isso, favorecendo o
aumento da saburra lingual e do biofilme sobre os dentes. Quando pacientes são
entubados pela boca, o tubo tem acesso direto às vias respiratórias inferiores,
proporcionando a entrada mecânica das bactérias da boca para os pulmões,
podendo causar pneumonia. Deste modo, é de suma importância a realização de
higiene bucal antes de iniciar as manobras de entubação e também, a sua
manutenção durante o período em que o paciente estiver sob ventilação mecânica.
Infelizmente, no Brasil, não há um protocolo padrão de higienização bucal em
pacientes hospitalizados e internados em UTI’s. As práticas de higiene bucal são
realizadas geralmente, por profissionais da enfermagem, que muitas vezes
desconhecem o melhor modo de realizar esses procedimentos.
Sabe-se que há dificuldades de realizar-se higiene oral de forma mecânica
(escova de dentes juntamente com dentifrícios). A aplicação de protocolos com o
uso de clorexidina 0,12% pode ser uma alternativa para diminuir os índices de
infecção, já que sua ação na cavidade oral dura aproximadamente 12 horas.
Com toda a tecnologia utilizada nas UTI’s, a higiene bucal, que é um exemplo
de procedimento simples e de baixo custo, acaba sendo pouco valorizada, ou até
subestimada pelos profissionais. É fundamental a implantação de protocolos de
higiene oral no ambiente hospitalar (principalmente nas UTI’s), para se ter
parâmetros de evolução, e também, é importante ter a implantação de um método
de avaliação das condições da cavidade bucal no momento da internação, como
também, técnicas e ferramentas adequadas para isso.
Nosso trabalho tem como objetivo visitar todos os hospitais de Nova Friburgo
com o intuito de saber se há cirurgião dentista nas equipes, se existe um protocolo
de higienização, e saber se há registro da pneumonia nosocomial.
12
2 REVISÃO DA LITERATURA
A odontologia hospitalar pode ser definida como uma prática que visa os
cuidados das alterações bucais exigindo procedimentos específicos de equipes
multidisciplinares de alta complexidade ao paciente, segundo CAMARGO (2005). A
saúde bucal, como estado de harmonia, normalidade ou higidez da boca, só tem
significado quando acompanhada, em grau razoável, de saúde geral do indivíduo
(GOMES, 2012).
O corpo humano está continuamente exposto a colonização de vários tipos
de microorganimos, porém, há uma descamação fisiológica impedindo o acúmulo. A
cavidade bucal também sofre colonização, mas nela, há superfícies duras que não
descamam, favorecendo o acúmulo de placa bacteriana (MORAISet al., 2012).
A condição de higiene bucal está relacionada com o número de espécies de
bactérias presentes na boca. Em pacientes internados na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), a higiene bucal já é precária, alem do fato desses indivíduos
estarem expostos a diversos outros fatores adicionais, como a diminuição da
limpeza natural da boca promovida pela mastigação e movimentação da língua,
redução do fluxo salivar, contribuindo para o aumento do biofilme e de sua
complexidade, favorecendo a colonização oral por patógenos respiratórios
(AMARAL, CORTÊS E PIRES,2009).
Dentro de 48 horas após a internação, a composição da flora bucal passa por
uma mudança, da predominância normal de Streptoccocusssp. Gram-positivos e
patógenos dentários, para organismo predominantemente Gram-negativo, que
formam uma flora mais virulenta. Também há redução da fibronectina, que
normalmente, está presente nas superfícies celulares e funciona como mecanismo
de defesa do organismo, impedindo a aderência de bactérias patogênicas na
mucosa da boca e da traqueia, com essa deficiência de fibronectina, há uma
substituição da flora normal por patógenos virulentos como
Pseudomonasaeruginosanas células epiteliais da boca e da faringe. Se o paciente
intubado não receber higiene bucal eficaz, o cálculo dentário, formado por depósitos
sólidos de bactérias, se estabelece dentro de 72 horas. Isso é seguido de gengivite
emergente, inflamação das gengivas, infecção e subsequente mudança de
Streptococcus e Actinomyces para um número crescente de bacilos Gram-negativos
13
aeróbicos (PEAR, STOESSEL E SHOEMAKE, 2014). Tais prejuízos são ainda mais
reforçados por fatores já inerentes à situação: a microbiota da própria UTI, com
germes mais resistentes, e a condição de gravidade da doença da pessoa.
Segundo GOMES E ESTEVES(2012), a pneumonia nosocomial exige uma
atenção especial, pois é a segunda infecção hospitalar e a responsável por taxas
significativas de morbidade e mortalidade em pacientes de todas as idades. Engloba
de 10% a 15% das infecções hospitalares, sendo de 20% a 50% dos pacientes
afetados por este tipo de pneumonia falecem, sendo os pacientes internados na UTI,
principalmente os que estão sob ventilação mecânica, os mais vulneráveis, pois
impossibilita o autocuidado.
O acúmulo de biofilme dental e a colonização bacteriana da orofaringe têm
sido associadas a um número significativo de doenças sistêmicas. Colonização da
orofaringe tem sido identificada como um importante fator de risco para o
desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em adultos
sob ventilação mecânica (JONES, MUNRO E GRAP, 2011). O estabelecimento da
pneumonia nosocomial ocorre coma a invasão bacteriana, especialmente
bastonetes gram-negativos no trato respiratório inferior por meio da aspiração de
secreção presente na orofaringe, por inalação de aerossóis contaminados ou,
menos frequente, por disseminação hematogênica originada de um foco à distância
(GOMES E ESTEVES, 2012).
Além de gerar agravos à saúde do paciente, tal falta de higiene, gera também
um impacto expressivo aos custos hospitalares, prorrogando, em média, 7 a 9 dias a
hospitalização. O risco de desenvolvimento de pneumonia nosocomial é de 10 a 20
vezes maior na UTI, sendo que o seu desenvolvimento em pacientes com ventilação
mecânica e/ou umidificador varia de 7% a 40%.
PEAR, STOESSEL E SHOEMAKE (2014) relatam que só nos EUA, a
pneumonia nosocomial aumenta o custo do tratamento em até 40 mil dólares por
ocorrência, calculando-se um custo de mais de 1,2 bilhão de dólares por ano para o
sistema de saúde americano. A taxa de mortalidade atribuída à PAV provavelmente
chega a até 70%. É a taxa mais alta que a de qualquer outra infecção associada a
cuidados médicos. Além disso, mesmo no caso em que o paciente não morre devido
à infecção, a debilitação geral subsequente pode ser grave.
14
De acordo com ROSS E CRUMPLER (2007), os enfermeiros continuam a ver
a higiene bucal como medida de conforto, com baixa prioridade e utilizam
compressas de espuma em vez de escovas de dente, apesar da forte evidência na
literatura sobre o papel da higiene bucal na prevenção de PAV. Para dissipar o mito
de que a higiene bucal fornece uma medida de conforto e, portanto, tem uma baixa
prioridade na unidade de terapia intensiva, foram feitos trabalhos apoiando assim a
associação entre higiene bucal, a colonização oral, anatomia do trato respiratório
entubado ou traqueostomizado e pneumonia associada à ventilação mecânica.
Estudo com enfermeiras, diretores de hospitais e enfermeiras domiciliares,
constataram vários conceitos incorretos sobre práticas de cuidados dentais em
pacientes hospitalizados. Foi estimado que 48% dos profissionais que participaram
da pesquisa não tinham tido acesso a esses conhecimentos e 30% da amostra
demonstrou que estes não eram assuntos prioritários em suas funções. Foi
verificado que 83% do corpo de enfermagem não recebeu treinamentos básicos
acerca de saúde bucal (ARAÚJO et al, 2009).
Essencialmente, existem duas formas de remover a placa dental e seus
microrganismos associados: através de intervenções mecânicas e/ou
farmacológicas, através de administração de antibióticos sistêmicos,
descontaminação local com o uso tópico de antissépticos orais e a escovação
dentária.
Estudos foram realizados para avaliar os efeitos da clorexidina a 0,12% no
biofilme dental e na infecção gengival, tendo como resultado redução do acúmulo de
placa, diminuição do sangramento gengival e diminuição da colonização de diversos
tipos bacterianos, especialmente Actinomycesspp(AMARAL E CORTÊS, 2009).
Em um estudo ficou evidenciada a relação entre controle do biofilme dentário
e redução de pneumonia nosocomial. Foram acompanhados 353 pacientes
submetidos à cirurgia cardíaca, dos quais 173 receberam duas limpezas bucais
diárias com digluconato de clorexidina 0,12% e 180 receberam placebo. Os autores
observaram que o uso de anti-séptico oral produziu redução de 65% de infecções
hospitalares, 69% de redução de pneumonia nosocomial, 43% de redução no uso de
antibióticos profiláticos para pneumonia e 5% de redução na mortalidade pós
cirúrgica (DERISO et al., 1996).
15
GOMES E ESTEVES (2012) propuseram duas instruções a serem realizadas
em pacientes internados na UTI, sendo:
Instrução l para dentado ou ausência parcial: escovação dentaria usando
técnica de bass modificada, com ou sem creme dental; escovação da língua;
lavagem com água filtrada; aspiração do excesso de líquidos; aplicação de espátula
com gaze embebidos em solução de gluconato de clorexidina a 0,12% sobre toda a
mucosa bucal, gengivas, dentes, língua e palato; aspirar o excesso sem enxaguar.
Instrução l para edentado: escovação da língua; lavagem com água filtrada;
aspiração do excesso de líquidos; aplicação de espátula com gaze, embebidos em
solução de gluconato de clorexidina a 0,12% sobre toda a mucosa oral, rebordos
desdentados, língua e palato; aspirar o excesso sem enxaguar.
Instrução ll: umidificação da cavidade bucal. Passar as espátulas molhadas
nas gengivas, língua e palato; aspirar secreções e excesso de água. Hidratar os
lábios com loção de ácidos graxos.
A saúde bucal é parte da saúde geral e essencial à qualidade de vida, com
isso, é clara a necessidade de uma equipe multidisciplinar dentro das UTI´s, visando
devolver o equilíbrio a essa unidade sócio-biológica indivisível, o ser humano
(GOMES E ESTEVES, 2012).
16
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 ASPECTOS ÉTICOS
Este trabalho foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa sob
número CAAE 48295315.5.0000.5626.
Sob aspecto ético, uma explicação prévia foi feita aos responsáveis pelos
hospitais e para as equipes multidisciplinares das Unidades de Terapia Intensiva
(UTI's), para que fosse esclarecido o objetivo do estudo, a importância de sua
execução para o meio científico e a importância de sua participação na mesma, com
posterior assinatura da Solicitação de Autorização do Hospital (Anexo 1), e do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Anexo 2).
3.2 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo transversal com abordagem quali-quantitativa.
3.3 CENÁRIO DA PESQUISA E CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
A população objeto deste estudo foi constituída pelos profissionais da equipe
multidisciplinar das UTI's dos hospitais de Nova Friburgo - RJ.
Segundo o IBGE, Nova Friburgo está localizada na Região Serrana do Estado
do Rio de Janeiro, próximo ao eixo de maior dinamismo econômico do Brasil – São
Paulo / Rio de Janeiro / Belo Horizonte - é pólo regional de serviços do Centro-Norte
Fluminense e uma das maiores reservas da fauna e da flora do planeta. Possui
182.082 habitantes sendo uma população é predominantemente urbana com 159
372 e 22 710 habitantes da zona rural. Ocupa uma área de 933,414 km² sendo
dividido em 8 distritos: Centro, Riograndina, Campo do Coelho, Amparo, Lumiar,
Conselheiro Paulino, São Pedro da Serra, Mury. As principais atividades econômicas
são baseadas em: indústria de moda íntima, olericultura, caprinocultura e indústria
(têxteis, vestuário, metalúrgicas e turismo. Apresenta um Índice de desenvolvimento
humano considerado alto (IDH acima de 0,8).
Nova Friburgo possui 5 hospitais, sendo eles:
17
Day Hospital Nossa Senhora do Líbano: Hospital Geral, de esfera
administrativa privada, com gestão municipal. Possui 10 leitos de UTI adulto tipo ll,
sendo 0 leitos SUS.
Hospital São Lucas: Hospital Geral, de esfera administrativa privada, com
gestão municipal. Possui 12 leitos de UTI adulto tipo ll, sendo 6 leitos SUS.
Hospital Unimed de Nova Friburgo: Hospital geral, de esfera administrativa
privada, com gestão municipal. Possui 6 leitos de UTI adulto tipo l, sendo 0 leitos
SUS.
Hospital Municipal Raul Sertã: Hospital geral, de esfera administrativa
municipal, com gestão municipal. Possui 12 leitos de UTI adulto tipo ll, sendo 12
SUS.
Hospital Maternidade Doutor Mario Dutra de Castro: Hospital especializado -
tipo maternidade, de esfera administrativa municipal, com gestão municipal. Possui 6
Unidades Intermediarias Neonatais, sendo 6 SUS. Não possui nenhum leito de UTI
adulto.
Critérios de inclusão:
Assinatura da Solicitação de Autorização pelas Gerências de Recursos
Humanos autorizando a participação na pesquisa.
Assinatura do TCLE dos profissionais da equipe multidisciplinar das UTI's.
Critérios de exclusão:
Não há critério de exclusão.
3.4 COLETA DE DADOS
Enviou-se à Gerência de Recursos Humanos uma Solicitação de Autorização
para a realização da pesquisa, e um questionário com perguntas sobre
caracterização da amostra, juntamente com o TCLE.
A partir da autorização do hospital, os profissionais de saúde da equipe
multidisciplinar foram submetidos a responder um questionário semiestruturado
(ANEXO 4) formulado com perguntas abertas e fechadas, com objetivo de avaliar a
idade, o gênero, tempo de trabalho/experiência, se tiveram algum tipo de contato
18
com cirurgião-dentista, se possuem algum conhecimento da importância da
realização da higiene bucal nos pacientes internados, se receberam algum tipo de
instrução sobre como fazer a higiene e se isso é um protocolo no hospital.
Esse instrumento foi elaborado a partir de uma análise da revisão de literatura
presente neste trabalho.
3.5 ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados será realizada não somente dentro de uma
abordagem de estatística descritiva, onde os dados coletados serão tabulados no
programa SPSS for Windows (v.17), como também será utilizado as técnicas de
análise de conteúdo, visando ultrapassar o alcance meramente descritivo, para
atingir, mediante a inferência, uma interpretação mais profunda.
19
4 RESULTADO
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
Dos 4 hospitais visitados, 3 são particulares e 1 público. Verificou-se que a
maior parte dos profissionais da equipe multidisciplinar possui idade entre 25 - 35
anos, sendo sua maioria do sexo feminino. A maior parte dos entrevistados são
enfermeiros. Em relação ao tempo de experiência, a maioria tem de 1 a 5 anos
(quadro 4.1).
Quadro 4.1: Identificação da amostra.
Hospital
Raul Sertã Unimed Day São Lucas
27% 33% 24% 15%
Idade
25-35 anos 36-50 anos Mais de 50 anos
76% 18% 6%
Gênero
Feminino Masculino
73% 27%
Profissão
Médico Chefe de
enfermagem
Enfermeiro Técnico de
enfermagem
Auxiliar de
enfermagem
Dentista
3% 12% 58% 18% 9% 0%
Tempo de experiência
1-5 anos 6-10 anos Mais de 11 anos
46% 27% 27%
4.2 CONHECIMENTO DA EQUIPE
Em relação ao contato com o cirurgião-dentista dentro da UTI, e a presença do
mesmo na equipe multidisciplinar, a maioria respondeu que não teve contato e que
não há cirurgião-dentista dentro da equipe, porém, possuíam conhecimentos sobre a
20
importância da higiene oral nos pacientes e receberam instruções de como
higienizar a cavidade oral dos pacientes internados (quadro 4.2).
Quadro 4.2: Conhecimento da equipe multidisciplinar
Contato com CD na UTI
Sim Não
18% 82%
Há CD na equipe
Sim Não
0% 100%
Possui conhecimento sobre a importância da HO na UTI
Sim Não
97% 3%
Recebeu instrução de como realizar a HO
Sim Não Não respondeu
88% 9% 3%
91%
6%
3%
Gráfico 1: Cobrança do hospital pela higienização oral
Sim (91%)
Não (6%)
Não respondeu (3%)
21
Quadro 4.3: Incidência de Pneumonia Nosocomial nos hospitais visitados
Diminuição de Pneumonia Nosocomial após Cirurgião-Dentista
Sim Não há Cirurgião-Dentista Não respondeu
0% 94% 6%
Há casos de Pneumonia Nosocomial
Sim Não Não respondeu
27% 43% 30%
Quadro 4.4: Opinião do profissional entrevistado
Acha importante a realização de Higiene Oral nos pacientes da UTI
Sim Não
100% 0%
Gostaria de obter mais informações sobre a higienização de pacientes da
UTI
Sim Não
100% 0%
9%
31%
12%
21%
27%
Gráfico 2: Protocolo de Higienização
clorexidina (9%)
Periogard (31%)
Peroxidin (12%)
Não há protocolo (21%)
Não respondeu (27%)
22
5 DISCUSSÃO
Em outubro de 2013 foi aprovado o Projeto de Lei 2.776/2008, de autoria do
ex deputado federal Neilton Mulim (PR), que torna obrigatória a presença de
cirurgiões-dentistas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e demais instituições
públicas e privadas que mantenham pacientes sob regime de internação, em médios
e grandes hospitais do Brasil. A Comissão de Seguridade Social e Família – CSSF,
da Câmara Federal dos Deputados, aprovou a norma por unanimidade.
A odontologia hospitalar pode ser definida como uma prática que visa os
cuidados das alterações bucais exigindo procedimentos específicos de equipes
multidisciplinares de alta complexidade ao paciente (CAMARGO, 2005).
Essencialmente, existem duas formas de remover a placa dental e seus
microrganismos associados: através de intervenções mecânicas e/ou
farmacológicas. Sendo através da escovação dentária, da administração de
antibióticos sistêmicos, ou com o uso tópico de antissépticos orais para
descontaminação local. Baseado no exposto esse estudo se justifica.
O presente estudo tem como objetivo obter informações nos hospitais de
Nova Friburgo - RJ, a respeito da composição das equipes multidisciplinares das
UTI's de cada hospital, priorizando saber em quais equipes o cirurgião dentista está
inserido e qual o seu papel na mesma, questionando-os sobre a importância da
realização da higiene bucal do paciente, e se seguem um protocolo de higienização
bucal, a fim de manter a saúde geral do paciente em relação à saúde bucal. Já que,
de acordo com Gomes e Esteves (2012), A saúde bucal é parte da saúde geral e
essencial à qualidade de vida, com isso, é clara a necessidade de uma equipe
multidisciplinar dentro das UTI´s, visando devolver o equilíbrio a essa unidade sócio-
biológica indivisível, o ser humano.
Estudos foram realizados para avaliar os efeitos da clorexidina a 0,12% no
biofilme dental e na infecção gengival, tendo como resultado redução do acúmulo de
placa, diminuição do sangramento gengival e diminuição da colonização de diversos
tipos bacterianos, especialmente Actinomycesspp (AMARAL E CORTÊS, 2009). Foi
constatado que, além de gerar agravos à saúde do paciente, tal falta de higiene,
gera também um impacto expressivo aos custos hospitalares, prorrogando, em
média, 7 a 9 dias a hospitalização. O risco de desenvolvimento de pneumonia
23
nosocomial é de 10 a 20 vezes maior na UTI, sendo que o seu desenvolvimento em
pacientes com ventilação mecânica e/ou umidificador varia de 7% a 40%.
Segundo Araújo et al (2009), estudo com enfermeiras, diretores de hospitais e
enfermeiras domiciliares, constataram vários conceitos incorretos sobre práticas de
cuidados dentais em pacientes hospitalizados. Foi estimado que 48% dos
profissionais que participaram da pesquisa não tinham tido acesso a esses
conhecimentos e 30% da amostra demonstrou que estes não eram assuntos
prioritários em suas funções. Foi verificado que 83% do corpo de enfermagem não
recebeu treinamentos básicos acerca de saúde bucal. De acordo com Ross e
Crumpler (2007), os enfermeiros continuam a ver a higiene bucal como medida de
conforto, com baixa prioridade e utilizam compressas de espuma em vez de escovas
de dente, apesar da forte evidência na literatura sobre o papel da higiene bucal na
prevenção de PAV. Para dissipar o mito de que a higiene bucal fornece uma medida
de conforto e, portanto, tem uma baixa prioridade na unidade de terapia intensiva,
foram feitos trabalhos apoiando assim a associação entre higiene bucal, a
colonização oral, anatomia do trato respiratório entubado ou traqueostomizado e
pneumonia associada à ventilação mecânica. O acúmulo de biofilme dental e a
colonização bacteriana da orofaringe têm sido associadas a um número significativo
de doenças sistêmicas. Colonização da orofaringe tem sido identificada como um
importante fator de risco para o desenvolvimento de pneumonia associada à
ventilação mecânica (PAV) em adultos sob ventilação mecânica (JONES, MUNRO E
GRAP, 2011). Em um estudo ficou evidenciada a relação entre controle do biofilme
dentário e redução de pneumonia nosocomial. Foram acompanhados 353 pacientes
submetidos à cirurgia cardíaca, dos quais 173 receberam duas limpezas bucais
diárias com digluconato de clorexidina 0,12% e 180 receberam placebo. Os autores
observaram que o uso de anti-séptico oral produziu redução de 65% de infecções
hospitalares, 69% de redução de pneumonia nosocomial, 43% de redução no uso de
antibióticos profiláticos para pneumonia e 5% de redução na mortalidade pós
cirúrgica (DERISO et al., 1996).
No presente estudo foi verificado que não há cirurgião-dentista em nenhum
dos hospitais de Nova Friburgo-RJ. Foram poucos os profissionais da saúde que já
tiveram contato com algum dentista dentro da UTI. Mas, felizmente, 97% possui
conhecimento sobre a higiene oral dentro da UTI e já recebeu algum tipo de
24
instrução sobre como realizar a higiene oral nos pacientes. Nos hospitais onde
existem protocolo para higienização, são usados periogard ou clorexidina 0,12%.
Neste estudo foi possível observar, que apesar de nenhum dos hospitais ter
um cirurgião-dentista presente na equipe multidisciplinar, os demais componentes
das equipes possuem conhecimento e treinamento (através dos protocolos) para
lidar com a higiene oral. E isso está diretamente relacionado com a diminuição dos
casos de pneumonia nasocomial.
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6 CONCLUSÃO
Concluiu-se que nos hospitais de Nova Friburgo -RJ, mesmo com a
aprovação do Projeto de Lei Lei 2.776/2008 que torna obrigatória a presença de
cirurgiões-dentistas nas Unidades de Terapia Intensiva nos médios e grandes
hospitais do Brasil, não há a presença de cirurgião-dentista em nenhuma das
equipes multidisciplinares (quadro 4.3), porém, em todos existe a preocupação e
algum tipo de protocolo para a higienização oral dos pacientes internados na UTI
(gráfico 2).
26
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ANEXOS
Anexo 1 - Solicitação de Autorização do Hospital
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Anexo 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE
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Anexo 3 - Questionário Semiestruturado
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