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HISTÓRIA 9º ANOFUNDAMENTAL

PROF. AMAURY PIO

PROF.ª PETTY RIBEIRO

Unidade IIICidadania e movimentos sociais Aula 20

• Revisão e avaliação

REVISÃO DOS CONTEÚDOS

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Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos, de forma contínua (de 1930 a 1945). Esse período foi um marco na história brasileira, em razão das inúmeras alterações que Getúlio Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.

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A Era Vargas teve início com a Revolução de 1930, onde expulsou do poder a oligarquia cafeeira, dividindo-se em três momentos:

• Governo Provisório – 1930-1934

• Governo Constitucional – 1934-1937

• Estado Novo – 1937-1945

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Governo provisório (1930 - 1934)Teve como objetivo reorganizar a vida política do país. Neste período, o presidente Getúlio Vargas deu início ao processo de centralização do poder, eliminando os órgãos legislativos (federal, estadual e municipal).Diante da importância que os militares tiveram na estabilização da Revolução de 30, os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pela presença dos “tenentes” nos principais cargos do governo e por esta razão foram designados representantes do governo para assumirem

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o controle dos estados, tal medida tinha como finalidade anular a ação dos antigos coronéis e sua influência política regional.

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O IntegralismoO integralismo foi um movimento partidário, com posicionamento político de extrema-direita com inspiração fascista que surge sob idealização de Plínio Salgado, líder e organizador do Partido que recebe o nome “Ação Integralista Brasileira”. Sob o lema de “Deus, Pátria e Família” Plínio Salgado lança o Manifesto da AIB em outubro de 1932.

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• Saudação nazista • Miscigenação • Oposição ao socialismo e ao

comunismo

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Revolução Constitucionalista de 1932No estado de São Paulo era grande a insatisfação com o governo provisório de Vargas. Os paulistas esperavam a convocação de eleições, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha. Os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder após a

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revolução de 1930, eram os mais insatisfeitos e encabeçaram uma forte oposição ao governo Vargas. Houve também grande participação de estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais.

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ReivindicaçõesOs paulistas exigiam do governo provisório a elaboração de uma nova Constituição e a convocação de eleições para presidentes. Os paulistas também criticavam muito a forma autoritária com que Vargas vinha conduzindo a política do país. Queriam mais democracia e maior participação na vida política do Brasil.

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As manifestações Vargas não atendeu às reivindicações dos paulistas e em maio de 1932 começaram uma série de manifestações de rua contrárias ao seu governo. Numa destas manifestações, houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo). As iniciais dos nomes

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destes estudantes (MMDC) transformou-se no símbolo da revolução.Vargas com o apoio do Exército conseguiu vencer essa revolta, mas, mesmo derrotando as forças oposicionistas, o presidente convocou eleições para a Constituinte. A Carta de 1934 deu maiores poderes ao Poder Executivo, adotou

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medidas democráticas e criou as bases da legislação trabalhista. Além disso, sancionou o voto secreto e o voto feminino. Por meio dessa resolução e o apoio da maioria do Congresso, Vargas garantiu mais um mandato.

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Governo Constitucional (1934 – 1937)Por meio do voto indireto dos deputados da Constituinte (1933-1934), Getúlio Vargas foi eleito para presidente da nação, superando os candidatos oposicionistas. Nesse período a altercação política se deu em volta de dois ideais primordiais: o fascista – conjunto de ideias e preceitos político-sociais totalitário

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introduzidos na Itália por Mussolini –, defendido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), e o democrático, representado pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), era favorável à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da luta de classes.A ANL aproveitando-se desse espírito revolucionário e com as orientações dos altos escalões do comunismo

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soviético, promoveu uma tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições militares nas cidades de Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). Devido à falha de articulação e adesão de outros estados, a chamada Intentona Comunista, foi facilmente controlada pelo governo.

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Durante a fase constitucional do governo Vargas foram iniciadas práticas educativas, principalmente com a finalidade de propaganda do regime. Assim, fomentaram-se publicações de livros com temáticas nacionais, produções cinematográficas e programas de rádio. Essas produções culturais eram fiscalizadas e censuradas pelo

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Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC), criado em 1934. O rádio e o cinema foram as principais mídias de massas estimuladas, pois não necessitavam da alfabetização do público. A gratuidade do “ensino primário” também foi uma das metas estabelecidas na Constituição, e visava melhor formar o trabalhador nacional.

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Conflitos políticosAliança Nacional Libertadora X Ação Integralista Brasileira

• Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora foi decretada ilegal pela Lei de Segurança Nacional.

• Revoltas nos quartéis militares nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Recife.

• Perseguições políticas do regime varguista aos opositores, sobretudo, aos militantes de esquerda.

• Os integralistas forjaram um documento dizendo que os comunistas planejavam assumir o governo do país e

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cometer atentados contra vários políticos. • Esse documento falso ficou conhecido como Plano

Cohen e foi utilizado como subterfúgio para o fechamento do Congresso e a decretação do Estado Novo.

• A próxima eleição seria realizada em 1938 por meio do voto popular direto, contudo, esse pleito não ocorreu. A instabilidade política no país e a Grande Depressão econômica ameaçavam a manutenção das políticas liberais, assim, os setores conservadores recorreram a medidas centralizadoras e à implantação do Estado

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Novo, em 10 de novembro de 1937, sob a liderança de Getúlio Vargas.

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O que foi o Plano Cohen?

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O Estado Novo foi um regime ditatorial arregimentado por Getúlio Vargas, instituído em 10 de novembro de 1937.

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Constituição de 1937 (“Polaca”)A nova Constituição brasileira foi inspirada na Carta fascista da Polônia, por causa disso ficou conhecida como “polaca”. O teor desse documento tinha caráter corporativista e chancelava a centralização do poder Executivo na administração política e econômica do país. Em 10 de novembro de 1937, o congresso Nacional foi fechado por Vargas, e a Constituição elaborada por Francisco Campos passou a vigorar. O nome Estado Novo adotado para o regime varguista era o mesmo do regime fascista português de Antônio Oliveira Salazar, que havia

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utilizado essa nomenclatura pela primeira vez.Getúlio Vargas buscou concentrar os poderes nas mãos dele, assim extinguiu os partidos políticos e realizou uma cerimônia cívica de queima das bandeiras estaduais, em dezembro de 1937. A ausência de partidos possibilitaria a Vargas governar sem concorrentes à direção política do país. E o ato simbólico da queima das bandeiras estaduais possuía o sentido de refreamento das disputas regionais, comuns durante a Primeira República.

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Estado Novo - Cremação das bandeiras estaduais

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A Ação Integralista Brasileira e as tentativas de dar um golpe no governo Vargas

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Lei de Segurança NacionalNo período do Estado Novo a Lei de Segurança Nacional de 1935 continuou em vigência, e foi asseverada com mais dois decretos sobre a segurança do Estado (1938) e crimes militares (1942). O grupo político que mais sofreu com as penalizações dessa lei foi o comunista. Durante o Estado Novo não foi criada uma polícia política,

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no entanto a perseguição política e as torturas no cárcere foram cruéis, principalmente no Distrito Federal em que a polícia foi chefiada por Filinto Müller.

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Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)No regime do Estado Novo começou a se construir a imagem de Getúlio Vargas como o “pai dos pobres”, símbolo que se efetivou com a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), em 1939. O DIP tinha por principal função censurar os meios de comunicação e realizar a propaganda

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do regime varguista. O DIP realizava manifestações cívicas e patrióticas, e difundindo a imagem de Getúlio Vargas. Esse tipo de propaganda estava presente inclusive em materiais didáticos para educação infantil.

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Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)Dentre as medidas mais importantes do período estiveram as criações da Justiça do Trabalho, em 1° de maio de 1939, e da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1° de maio de 1943. A CLT unificou toda legislação trabalhista presente no Brasil até aquele momento, além de introduzir novos direitos trabalhistas.

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O nacional-desenvolvimentismo varguistaO modelo político econômico adotado pelo regime varguista foi o nacional-desenvolvimentista, dessa forma investiu-se na indústria de base nacional, em órgãos de administração pública, e em reformas nas forças armadas. Assim, foram criados para a administração pública o Conselho Nacional do Petróleo e o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1938. Dentre algumas das principais indústrias públicas criadas durante o Estado Novo estiveram:

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• Companhia Siderúrgica Nacional (1941); • Companhia Vale do Rio Doce (1942); • Fábrica Nacional de Motores (1942); • Companhia Nacional de Álcalis (1943); • Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945).

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Vargas e os moradores do campo e das florestas O governo Vargas tinha planos para os habitantes do campo. O principal: que eles ficassem onde estavam. Os trabalhadores rurais seriam mantidos no seu “habitat” e as leis trabalhistas não os atingiriam se não num

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futuro que não podia ser determinado. Considerou-se que existia um “fluxo natural” das correntes de povoamento que devia ter o sentido litoral-sertão. O contrário – a migração dos sertanejos para o litoral – era considerado no discurso e nas políticas oficiais um “erro histórico”. Para fixar o trabalhador

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rural nos sertões de Goiás e Mato Grosso, o governo Vargas concebeu um amplo plano chamado de “Marcha para Oeste”. Mas a idéia de marchar para o interior logo se estendeu à região amazônica, que também ingressou no “imaginário oficial” entre os territórios internos a serem ocupados

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pelos homens do sertão, preferencialmente pelos nordestinos. A questão indígena no governo Vargas

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Acordos de Washington Resultado de conversações bem-sucedidas entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos durante os dois primeiros meses de 1942, os Acordos de Washington diziam respeito basicamente ao fornecimento de certas matérias-primas brasileiras à indústria norte-americana e foram assinados em Washington a 3 de março de 1942. Os acordos incluíam: a) criação de uma corporação destinada a promover a expansão econômica brasileira, com cooperação técnica e financeira dos Estados Unidos;

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b) projeto de modernização da mina de Itabira (minério de ferro) e da ferrovia Vitória-Minas; c) fundo para o desenvolvimento da produção de borracha. Entre 1942 e 1943 foram assinados outros acordos, geralmente incluídos na rubrica Acordos de Washington, que diziam respeito ao fornecimento de ipecacuanha, aniagem, linters de algodão, timbó, babaçu, mamona, borracha manufaturada, café, cacau, castanha-do-pará, cristal de rocha, mica, rutilo, flores de piretro, cera de carnaúba, cera de urucuri.

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Como resultado desses acordos ocorreu um superestímulo à ocupação da Região Amazônica para produção desses produtos.

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Batalha da borracha • 2ª Guerra Mundial • Flagelados cearenses • “Exército da seca” • Produção de borracha • Soldados da borracha • Falsas promessas de

enriquecimento fácil

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Mesmo com todos os problemas enfrentados (ou provocados) pelos órgãos encarregados da Batalha da Borracha, cerca de 60.000 pessoas foram enviadas para os seringais amazônicos entre 1942 e 1945. Desse total quase a metade acabou morrendo em razão das péssimas condições de transporte, alojamento e

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alimentação durante a viagem. Como também pela absoluta falta de assistência médica, ou mesmo em função dos inúmeros problemas ou conflitos enfrentados nos seringais.

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Migrantes nordestinos Os arigósA muitas famílias do sertão nordestino foram dadas somente duas opções: ou seus filhos partiam para os seringais como soldados da borracha ou então deveriam seguir para o front lutar contra os italianos e alemães. Muitos preferiram a Amazônia.Descaso com os soldadosPelo menos uma coisa todos os soldados da borracha, sem exceção, receberam. O descaso do governo brasileiro, que

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os abandonou a própria sorte, apesar de todos os acordos e promessas feitos antes e durante a Batalha da Borracha. Só a partir da Constituição de 1988, mais de quarenta anos depois do fim da Guerra Mundial, os soldados da borracha passaram a receber uma pensão como reconhecimento pelo serviço prestado ao país. Uma pensão irrisória, dez vezes menor que a pensão recebida por aqueles que foram lutar na Itália. Por isso, ainda hoje, em diversas cidades brasileiras, no dia 1º de maio os soldados da borracha se reúnem para continuar a luta pelo reconhecimento de seus direitos.

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