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Impactos do milho Btem pragas não alvo

Ana Paula Afonso da Rosa

Um dos grandes desafios tem sido o controle, principalmente de

lagartas, o que tem exigido aplicações cada vez mais frequentes de

inseticidas.

Dentre os maiores entraves na produção de milho com híbridos de alto

investimento estão as pragas. Altas infestações causam danos severos,

limitando o teto produtivo de híbridos.

Corretivos

Adubação

Mecanização

Cultivares

Manejo cultural (PD)

Irrigação

Milho safrinha

Pragas do milho

Pragas que atacam sementes e raízes

Pragas do milho

Pragas que atacam plântulas

Lagartas: Alvo

Helicoverpa zeae

Elasmopalpus lignosellus

Ivan Cruz

Spodoptera frugiperda

Ana Paula Afonso da Rosa Jalles Machado

Não praga

Praga ocasional

Praga severa

Impactos do milho Bt em pragas não alvo

Pragas não alvo

» Lagartas

» Percevejos

» Pulgões

» Cigarrinhas

» Tripes

» Diabrotica spp.

Lagartas: Não-Alvo

Spodoptera

Spodoptera ornithogalli

Spodoptera marima

Spodoptera latifascia

Spodoptera albula

Spodoptera exigua

Spodoptera cosmioides

Spodoptera dolichos

Spodoptera eridania

Spodoptera androgea

Spodoptera

Spodoptera ornithogalli

Spodoptera marima

Spodoptera latifascia

Spodoptera albula

Spodoptera exigua

Spodoptera cosmioides

Spodoptera dolichos

Spodoptera eridania

Spodoptera androgea

Desfolhadoras

Achyra bifidalis

Pseudaletia spp.

Mocis latipes

Desfolhadoras

Achyra bifidalis

Pseudaletia spp.

Mocis latipes

Solo

Agrotis malefida

Peridroma saucia

Solo

Agrotis malefida

Peridroma saucia

Percevejos

Os danos causados por percevejos muitas vezes não são percebidos pelos

produtores;

Praga de difícil verificação nas lavouras, normalmente se identifica os

danos e não a praga;

Ocorrência de mais de uma espécie.

Dichelops sp. Euchistus heros

Percevejos - Danos

Introduzem seu estilete nas plantas de milho, sugam nutrientes e injetam

toxinas, resultando:

• plantas de milho anãs;

• plantas perfilhadas sem produção;

• plantas dominadas;

• menor população e produtividade.

ESCALA VISUAL DE AVALIAÇÃO DE DANOS DE PERCEVEJOS

LEVE MODERADO

SEVERO

Fonte: Rodolfo Bianco

Pulgão

Rhopalosiphum maidis

• Coloração verde-azulada;

• Formas ápteras com cerca de 1,5 mm;

• Vivem em colônias excretam uma substância

açucarada onde se desenvolve um fungo

(fumagina), que recobre a folha, prejudicando a

atividade fotossintética da planta;

• Atacam folhas e panículas;

• Responsável pela transmissão do vírus do

mosaico comum do milho.

Pulgão

Rhopalosiphum maidis

• Danos severos quando associado à seca / alta

temperatura no pré-florescimento/florescimento;

• Esterilidade induzida (ataque no florescimento);

• Diferenças de sensibilidade entre híbridos.

Cigarrinhas

Dalbulus maidis

• Vetor de doenças como o vírus do raiado fino e

dois molicutes Spiroplasma kunkelli (enfezamento

pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho);

• Plantios tardios e irrigação favorecem o inseto e

patógenos;

• Danos diretos pela sucção de seiva dos adultos e

ninfas;

• Encontrada no cartucho da planta.

Cigarrinhas

Deiois flavopicta

A infestação do milho pela cigarrinha é

resultado da imigração de adultos

proveniente de áreas de pastagens,

principalmente daquelas formadas com

capins do gênero Brachiaria

Tripes

Frankliniella williamsi

• Danos em milho no Paraná, Santa Catarina,

Minas Gerais e São Paulo (Monteiro et al.,

2001);

• Maior problema em milho recém-germinado,

causa o aparecimento de estrias esbranquiçadas

e finas.Fotos: Ivan Cruz

Diabrotica spp.

� Ocorre em todos Estados brasileiros;

� Alimenta-se de folhas, brotações novas, vagens ou frutos

de várias culturas;

� As larvas são de hábito subterrâneo, têm causado perdas

significativas de produtividade de milho e em batata.

�O gênero Diabrotica contem cerca de 338 espécies

�Grupo neotropical fucata (multivoltino) – 300 espécies

� Grupo virgifera (univoltino) – 38 espécies

�Denominações

� Adultos: vaquinha, brasileirinho, patriota

� Larva: larva-alfinete (corpo alongado e fino)

Distribuição Geográfica

América do Sul

Cone Sul

Espécies Nome comum Sigla Hospedeiros larvais

D. adelpha Harold Gramineae

D. balteata LeConte banded cucumber beetle BCB Gramineae

Convolvulaceae

Leguminosae

D. barbieri Smith and Lawrence northern corn rootworm NCR Gramineae

D. speciosa speciosa Germar Gramineae

Leguminosae

D. speciosa vigens Erichson Gramineae

Leguminosae

Cucurbitaceae

D. undecimpunctata undecimpunctata

Mannerheim

western spotted cucumber beatle WSCB Gramineae

Cucurbitaceae

Leguminosae

Solanaceae

Polygonaceae

D. undecimpunctata howardi Barber southern corn rootworm SCR Gramineae

Cucurbitaceae

Leguminosae

Solanaceae

Compositae

Cyperaceae

Convolvulaceae

D. virgifera virgifera LeConte western corn rootworm WCR Gramineae

D. virgifera zeae Kryzan and Smith Mexican corn rootworm MCR Gramineae

D. viridula (Fabricius) Gramineae

Tabela 1. Espécies de Diabrotica reconhecidas como pragas.

Adaptado de Krysan; Benson (1983).

D. balteata

D. barbieri

D. speciosa

D. undecimpunctata

D. virgifera D. viridula

Figura 1. Densidade de adultos de Diabrotica spp. em plantas de milhomonitoradas durante o ano de 2004.

Figura 2. Abundância relativa de Diabrotica speciosa e Diabrotica viridulaem abóbora e milho, levantada em duas localidades do Distrito Federal,Brazilândia e PAD.

Biologia

Ovo0,5 mm dediâmetro6-8 dias incubaçãoPostura no solo420 ovos

Larva12 mm decomprimento3 instares - 18dias

PupaNo solo emcâmaras12 dias

Adulto50 a 60 dias

Longevidade, ritmo de postura e fecundidade

dependem do substrato de criação na fase larval e

do tipo de alimento

Longevidade, ritmo de postura e fecundidade

dependem do substrato de criação na fase larval e

do tipo de alimento

Alimento na fase larval Longevidade (dias)

Machos Fêmeas

Seedling de milho 41,8 51,6

Dieta artificial 55,5 58,5

Plantas HospedeirasAdulto: Polífago (hortaliças, feijão, soja, girassol, algodão, milho, trigo, fumo, canola,frutíferas)Larvas : Especializadas

Figura 1. Total de ovos colocados por fêmea de Diabrotica speciosa alimentada comdiferentes hospedeiros na fase adulta (Tukey, 5%). Ávila; Parra (2002)

Dinâmica Populacional

Silva et al. (1994) Diabrotica speciosa é mais freqüente

em plantios com sistema convencional do que em plantio

direto.

A dinâmica populacional é importante para a definição

dos níveis populacionais e para decisão da adoção de

medidas de controle.

Silva et al. (1994) Diabrotica speciosa é mais freqüente

em plantios com sistema convencional do que em plantio

direto.

A dinâmica populacional é importante para a definição

dos níveis populacionais e para decisão da adoção de

medidas de controle.

Projeto: Aperfeiçoamento do sistema de manejo

de Diabrotica spp. nas culturas do milho e da

batata – Embrapa/Monsanto

•Bioecologia

•Manejo

•Controle

•Ecologia química

Diabrotica ou Spodoptera?

Considerações

•Monitoramento

•Níveis de dano precisam ser revistos ou

estabelecidos

•Testes de eficiência

•Registro de produtos

•Tratamento de sementes

Obrigada !

ana.afonso@cpact.embrapa.br

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