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IMPLANTAÇÃO DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM GRANDE CENTRO URBANO:

RESULTADOS E DESAFIOS DO CASO BELO HORIZONTE

Helvécio Miranda Magalhães JúniorSecretário Municipal de Saúde - Belo Horizonte

Presidente do CONASEMS

Região Metropolitana de Belo Horizonte

População - 2.424.295 hab.

R. Metropolitana: 34 municípios 5.068.369 hab.

(IBGE, 2007)

Desigualdades de condições de vida e saúde

Fonte: PBH/SMSA/GEEPI.

Fonte de IndicadoresInformação Peso Descrição

0,50 1-Percentual de domicílios particulares permanentes comabastecimento de água inadequado ou ausente

Saneamento 1,00 2-Percentual de domicílios particulares permanentes comesgotamento sanitário inadequado ou ausente

0,50 3-Percentual de domicílios particulares permanentes comdestino do lixo de forma inadequada ou ausente

Total=2,00Habitação 0,75 4-Percentual d e domic ílios improvisados no setor

censitário0,25 5-Raz ão de moradores por domicílio

Total=1,00Educação 1,50 6- Percentual de pessoas analfabetas

0,50 7- Percentual de chefes de fam ília com menos de 4 anos de estudo

Total=2,00Renda 0,50 8- Percentual de chefes de fam ília com renda de até 2

sal ários mínimos1,50 9- Renda mé dia do chefe de família (invertida)

Total=2,00Sociais/Saúde 0,25 10- Coeficiente de óbitos por doenças cardiovasculares

em pessoas de 30 a 59 anos1,50 11-Óbitos proporcionais em pessoas com menos de 70

anos de idade0,25 12- Coeficiente de óbitos em menores de 5 anos de idade1,00 13-Proporção de chefes de fam ília de 10 a 19 amos

Total=3,00

Descrição e detalhamento dos indicadores, peso atribuído e fonte de informações utilizadas para a construção do índice

composto de vulnerabilidade à saúde - 2003

Distribuição das áreas de vulnerabilidade à saúdepor setores censitários - Belo Horizonte, 2003

Nº setores 2.563média 2,83mediana 2,86desv io padrão 0,99mínimo 0,25máximo 6,86percentil 25 2,06

50 2,8675 3,47

RISCO 2003

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2000,

25

0,51

0,78

1,04

1,31

1,57

1,84

2,10

2,36

2,63

2,89

3,16

3,42

3,69

3,95

4,21

4,48

4,74

5,01

5,27

5,54

5,80

6,07

6,33

6,59

índice de vulnerabilidade à saúde

freq

uên

cia

de

seto

res

cen

sitá

rio

s

baixo médio elevado muito elevado

méd

ia

Categoria de risco

min max população (%)domicilios %

n setores * (%)

Baixo 0,25 2,33 627.224 28,0 199.692 32,4 826 32,3Médio 2,33 3,32 849.611 38,0 240.038 36,7 935 36,5Elevado 3,32 4,31 603.600 27,0 157.343 24,7 624 24,4Muito elevado 4,31 6,86 157.897 7,1 39.247 6,2 175 6,8Não se aplica --- --- --- --- --- --- 3 0,1

Total 0,25 6,86 2.238.332 100,0 636.320 100,0 2.560 100,0

PIRÂMIDE ETÁRIA EM BELO HORIZONTE

E NAS ÁREAS DE VULNERABILIDADE À SAÚDE - 2003

Fonte: Índice de Vulnerabilidade à Saúde / SMSA e CENSO 2000-IBGE

ÁREAS DE RISCO ELEVADO

BELO HORIZONTE

ÁREAS DE RISCO BAIXO ÁREAS DE RISCO MÉDIO

ÁREAS DE RISCO MUITO ELEVADO

8 6 4 2 0 2 4 6 8

0 a 4

10 a 14

20 a 24

30 a 34

40 a 44

50 a 54

60 a 64

70 a 74

80 e mais

faix

a et

ária

população (%)

Homem Mulher

8 6 4 2 0 2 4 6 8

0 a 4

10 a 14

20 a 24

30 a 34

40 a 44

50 a 54

60 a 64

70 a 74

80 e mais

faix

a et

ária

população (%)

Homem Mulher

8 6 4 2 0 2 4 6 8

0 a 4

10 a 14

20 a 24

30 a 34

40 a 44

50 a 54

60 a 64

70 a 74

80 e mais

faix

a et

ária

população (%)

Homem Mulher

8 6 4 2 0 2 4 6 8

0 a 4

10 a 14

20 a 24

30 a 34

40 a 44

50 a 54

60 a 64

70 a 74

80 e mais

faix

a et

ária

população (%)

Homem Mulher

8 6 4 2 0 2 4 6 8

0 a 4

10 a 14

20 a 24

30 a 34

40 a 44

50 a 54

60 a 64

70 a 74

80 e mais

faix

a et

ária

população (%)

Homem Mulher

Índice de Vulnerabilidade à Saúde 2003

ÓBITOS INFANTIS – 2000MORRO DAS PEDRAS

ÓBITOS INFANTIS – 2007MORRO DAS PEDRAS

2000

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< 1 1-4 5-19 20-49 50 +

faixa etária

%

BAIXO MEDIO ELEVADO MUITO ELEVADO

2007

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

< 1 1-4 5-19 20-49 50 +

faixa etária

%

BAIXO MEDIO ELEVADO MUITO ELEVADO

Curva de Mortalidade Proporcional, segundo Índice de Vulnerabilidade à Saúde - BH

Anos potenciais de vida perdidossegundo o Índice de Vulnerabilidade à Saúde

Fonte : SIM/SMSA-MS e Censo 2000 IBGE; excluídos os óbitos por causas externas; APVP ajustado pela população do estrato

APVP SEGUNDO O ÍNDICE DE VULNERABILIDADE À SAÚDE

2000

2000

2000

2001

2001

2001

2002

2002

2002

2003

2003

2003

2004

2004

2004

2005

2005

2005

2006

2006

2006

2007

2007

2007

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

BAIXO MÉDIO ELEVADO

AP

VP

/PO

PU

LA

ÇÃ

O (*

1.0

00

) .

B2

Slide 11

B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

SUS-BH2008

513 ESF

146 Centros de Saúde

2.316 ACS

75% de cobertura

390.000 famílias assistidas

1,7 milhões de cadastrados

202 ESBucal

65 ESMental

188 pediatras

124 clínicos

130 GO

80 Assistentes Sociais

38 NASF

Práticas Integrativas

ATENÇÃO PRIMÁRIA EM BH

População coberta pelas Equipes de Saúde da Família

Muito elevado: 2.400 a 2.800

Elevado: 2.800 a 3.400 pessoas

Médio: 3.400 a 4.000 pessoas

ATENÇÃO PRIMÁRIA EM BH

Indicadores

B2

Slide 15

B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

Taxa de internação em menores de 01 ano (/1.000 hab.) Belo Horizonte - 1998 a 2006

27,9 30,026,2

23,5 23,220,3 18,4 17,6

13,6

70,375,7

63,8 62,5

54,148,3 49,6

44,3

53,0

11,5 11,4 12,2 13,4 15,7 16,2 15,1 15,9 17,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

D.intestinal parasitaria Pneumonia Septicemia

0

50100

150

200250

300

350

400450

500

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

D. Imunizáveis

Desnutricao

DesidratacaoNúmero de internações por desnutrição, desidratação e doenças imunizáveis. Belo Horizonte, 1998 a 2006

B2

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B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

Taxa de internação em menores de 05 anos (/1.000 hab.)Belo Horizonte - 1998 a 2006

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Pneumonia

Asma

IRA

B2

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B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

D. hipertensiva D. isquemica do coração D. cerebrovascular* ICC

Taxa de internação por doença cardiovascular (/1.000 hab.)Belo Horizonte - 2002 à 2006.

B2

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B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

Taxa de internação em idosos (/1.000 hab.)Belo Horizonte - 2000 a 2007

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fratura Pneumonia

B2

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B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

Óbitos de menores de 05 anos por condições sensíveis à atenção ambulatorial, segundo grupo deevitabilidade do óbito. Belo Horizonte -2000 a 2007

0

10

20

30

40

50

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Reduzíveis porimunoprevenção

Red ações adeqdiagnóstico etratamento

Red ações adeqpromoção,vinculadas atenção àsaúdeTotal

0

5

10

15

20

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

.Pneumonia

.Outras infec agudas VAS

..Asma

.Gastroenterites

.Deficiências nutricionais

Óbitos de menores de 5 anos porcondições sensíveis à atenção básica, segundo causa na lista de evitabilidadedo óbito/MS. Belo Horizonte, 2000-2007

B2

Slide 20

B2 Elevado = elevado + muito elevado + ignoradosano % de ignorados2000 6.42001 5.62002 6.12003 5.82004 4.62005 6.02006 3.72007 3.4BM36864; 2/9/2008

Desafios

Classificação das unidades de saúde, em relação à estabilidade

dos médicos nas equipes

Situação das equipes em

relação ao vínculo dos médicos, julho/2008

ESTABILIZAÇÃO DAS EQUIPES

24%

70%

6%

contratados

efetivos

s em m édico

Equipes de Saúde da Família sem médico, Belo Horizonte

julho 2003 a julho 2008

Média - 17 entradas/mês e 12 desligamentos/mês 3 concursos públicos esgotados e cerca de 961 nomeações

ESTABILIZAÇÃO DAS EQUIPES

0

20

40

60

80

100

120

jul-0

3

out

-03

jan-

04

abr-04

jul-0

4

out

-04

jan-

05

abr-05

jul-0

5

out

-05

jan-

06

abr-06

jul-0

6

out

-06

jan-

07

abr-07

jul-0

7

out

-07

jan-

08

abr-08

jul-0

8

ATENÇÃO PRIMÁRIA COMO ESPAÇO DE PRÁTICA

Poucos profissionais com formação adequada

- para atuação nas equipes

- como modelo de prática

Rede de ensino com pouca expertise

Pouca valorização social dos profissionais que

atuam na atenção primária

EM RELAÇÃO AO MODELO

Dificuldade de trabalhar com a demanda espontânea

Mudança do perfil de utilização da unidade (ex:urgências)

Volume de população adscrita

População sem cobertura por equipe

Articulação em rede com os outros níveisassistenciais

AÇÕES

• Campo da gestão do trabalho

• Campo da valorização da Atenção Primária

• Campo da gestão e ação gerencial

• Campo da infra-estrutura

• Campo das ações entre saúde e outros setores

Centros de Saúde Instáveis

Fatores relacionados

Estrutura física da unidade e do entornoDistância ou dificuldade de acessoCondições sociais da áreaRelação com a comunidadeGestão local

Possibilitar prática internacional em medicina de família

Prover formação para os médicos recém nomeados

Apoiar grupo de pesquisa em APS

Realizar acompanhamento/ supervisão do trabalho das ESF – AMQ

Realizar ações de inserção da MFC na graduação

Integrar as ações de formação

Valorização da medicina de família e prática médica na APS

AÇÕES

Valorização da medicina de família e prática médica na APS

Apoio às residências de MFC

Aproximação com a rede de educação

médica

Troca de experiência com outros

centros formadores

Espaços para trocas de experiências

(Congressos, Seminários, estágios)

Experiências inovadoras

Educação pelos pares

AÇÕES

AÇÕES

Campo da gestão do trabalho

• Criação de unidades “D” – de difícil lotação, abono salarial de R$ 1.000,00

• Reajuste salarial

• Revisão dos contratos administrativos garantindo os direitos trabalhistas

• Extensão da proposta para os contratos administrativos

• Realização de novo concurso público

• Monitoramento contínuo dos motivos de desligamento de médicos

AÇÕES

Para Centros de Saúde “D”

• Avaliação trimestral da situação destas unidades e de

precarização de outras

• Priorizar transferências e liberação de profissionais para

estas unidades

• Investimento preferencial para adequação de equipe,

infra-estrutura, formação e projetos especiais

• Apoio diferenciado e monitoramento da gestão local

AÇÕES

• Fortalecer e incrementar o acompanhamento local

• Avaliação e buscar perfil adequado para gerenciamento destas unidades

• Apoiar trabalhadores e gestores locais nos episódios de conflitos e violência

• Negociar e melhorar a relação com os demais pontos do sistema de saúde

• Identificar as unidades com número excessivo de população por ESF e corrigir as distorções

• Avançar na organização do processo de trabalho local

Campo da gestão

AÇÕES

• Busca de confortabilidade e garantia de privacidade e

individualidade para trabalhadores e usuários

• Redução do n° de ESF por Centro de Saúde onde ainda é

necessário

• Reformar ou construir CS com estrutura precária

• Adequação de mobiliários

• Garantia de abastecimento

Campo da infra-estrutura

ACADEMIA DA CIDADE

Lian Gong

Projetos intersetoriaisnestas áreas buscando

alternativas para reduzir a pressão sobre

as unidades e a violência nas áreas

Ampliar a compreensão de fatores sócio culturais da população e apoiar a abordagem pelos profissionais

BH CIDADANIA

Campo das ações intersetoriais

AÇÕES

OBRIGADO!

Helvécio Miranda Magalhães Júnior

hmiranda@pbh.gov.br

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