INFLUENZA AVIÁRIA Medidas de Controle · 2020. 8. 24. · Medidas de Controle ... outro que...

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INFLUENZA AVIÁRIAINFLUENZA AVIÁRIA

Medidas de ControleMedidas de Controle

AveSui EuroTier South America AveSui EuroTier South America Medianeira – PR 2019  Medianeira – PR 2019  

Méd. Vet. Esp. Odete Völz MedeirosFiscal de Defesa Agropecuária da ADAPAR

1. Influenza Aviária – aspectos importantes;

2. Doenças emergenciais;

3. Fatores predisponentes à ocorrência das doenças;

4. Biosseguridade;

5. Ações do Serviço Veterinário Oficial.

TÓPICOS DESTA APRESENTAÇÃO

TÓPICOS DESTA APRESENTAÇÃO

1. INFLUENZA AVIÁRIA – IA

Doença viral, infecto-contagiosa, que acomete as aves e mamíferos, inclusive o homem (zoonose);

Distribuída mundialmente, já acarretou muitos prejuízos em diversos países;

Pode se apresentar na forma de alta patogenicidade – HPAI e de baixa patogenicidade – LPAI.

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

1. IA - ETIOLOGIA

Ordem: Orthomyxovirus

Gênero: Influenzavirus

Tipo A: Humanos, suínos, eqüínos e aves (mamíferos em geral)

Tipo B: Humanos e suínos

Tipo C: Humanos

Vírus RNA, fita simples, envelopado, genoma dividido em 8 segmentos ( 80 a 120 nm) – Tipo A

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

1. IA - ETIOLOGIA

Devido à grande variabilidade do vírus, ainda é feita uma

subtipificação com base em antígenos de superfície, que são

denominados hemaglutininas (H) e neuroaminidase (N),

totalizando 18 H e 11 N;

➱ As principais funções desses antígenos: Hemaglutinina liga o vírus à superfície da célula e a Neuraminidase libera os novos vírus da célula.

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

1. IA - ETIOLOGIA

1. IA – ASPECTOS IMPORTANTES

A OIE define a IA notificável como sendo uma infecção em aves causada por um vírus de Influenza tipo A, subtipo H5 ou H7 ou que se enquadre como de alta patogenicidade. Ainda subdivide em Vírus notificáveis de alta patogenicidade e Vírus notificáveis de baixa patogenicidade:

Vírus notificáveis de alta patogenicidade: H5 ou H7 ou qualquer outro que apresentar IPIV em galinhas de 6 semanas maior que 1,2 e alta mortalidade em galinhas de 4 a 8 semanas de no mínimo 75%;

Vírus notificáveis de baixa patogenicidade: todos os vírus de Influenza A, H5 e H7 que não se enquadrem nos critérios acima.

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

1. IA – ASPECTOS IMPORTANTES

➱ Algumas estirpes não causam manifestação clínica e patológica e outras produzem sinais clínicos, lesões generalizadas e severas, atingindo até praticamente 100% de mortalidade.

➱ Nas formas mais agressivas, os tratos respiratório, entérico, reprodutivo e nervoso central são igualmente acometidos. Os perús costumam ser mais sensíveis que as galinhas.

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

Vias de eliminação: fezes e secreções nasais, lacrimais e carcaças mortas;

Vias de transmissão: contato direto, aerossóis, pessoas, fômites, ração, etc. Via vertical parece não ser importante.

Portas de entrada: mucosa do trato respiratório e digestivo;

Suscetíveis: todas as aves domésticas e silvestres, mamíferos (principalmente o suíno) e em condições especiais o homem;

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

1. IA - ASPECTOS IMPORTANTES

Período de incubação: pode variar muito, dependendo da dose do vírus, da via de contaminação, da espécie afetada e da habilidade da pessoa em contato com as aves em identificar a sintomatologia sugestiva. Pode variar de poucas horas até 14 dias;

Fonte importante de infecção e Reservatórios: são as aves de vida livre silvestres ou migratórias (principalmente as aquáticas voadoras), os suídeos e aves domésticas, aves doentes ou contaminadas;

Controle e prevenção: principalmente a biosseguridade e uso de vacinas em condições especiais...

Fonte: “Principais doenças de notificação obrigatória”

1. IA - ASPECTOS IMPORTANTES

• Utilizada em regiões endêmicas – controle/prevenção.

Ex.: México;

• Manutenção do vírus no ambiente (a vacina protege as

aves dos sinais, não da infecção);

• Impedimento das exportações;

• Difículdade na erradicação da doença;

• Grande variabilidade dos vírus – recombinações (vacinas

específicas);

1. IA - VACINAÇÃO

1. IA - ASPECTOS IMPORTANTES

➱ VARIAÇÃO ANTIGÊNICA

O fato de o genoma ser composto por RNA e segmentado facilita muito

as alterações e a formação de variantes (subtipos).

DRIFT antigênico: ocorre no ponto de mutação no gene HA e/ou NA causando mínima alteração na codificação de proteína. Em população de aves vacinadas, a imunidade populacional imprópria, inadequada ou incompleta pode causar seleção genética de variantes.

SHIFT antigênico: é o arranjo entre segmentos de genes de 2 vírus da IA que infectam a mesma célula resultando em uma nova combinação de HA e/ou NA que pode infectar uma população sem imunidade.

• Vírus envelopado - lipídios (sensível à detergentes);

• Sensível no ambiente (exceto: secreções e MO);

• Inativados pela luz (UV) e calor;

• Inativados por pH extremos;

• Sensível a desinfetantes (amônia, formalina, oxidantes);

1. IA - RESISTÊNCIA

1. IA – SINAIS CLÍNICOS

TÓPICOS DESTA APRESENTAÇÃO

2. DOENÇAS EMERGENCIAIS

“São doenças que apresentam potencial de provocar grandes impactos econômicos

(restrições comerciais) e sociais, além de comprometer a saúde dos animais.”

➱ Influenza Aviária e Doença de Newcastle;

➱ Devem ser informadas imediatamente à OIE e

realizar a erradicação.

2. DOENÇAS EMERGENCIAIS

TÓPICOS DESTA APRESENTAÇÃO

3. FATORES PREDISPONENTES

ROTAS DE AVES MIGRATÓRIAS:

Aves portadoras de vírus de IA baixa patogenicidade que pode sofrer mutação para alta patogenicidade

➱ transmissão para aves residentes.

3. FATORES PREDISPONENTES

➱ GRANDE TRÂNSITO DE PESSOAS ENTRE OS PAÍSES QUE TEM CASOS DE IA E O BRASIL

“visitantes brasileiros e estranjeiros” ➱ carreamento do vírus em roupas, calçados e produtos➱ contato com aves

3. FATORES PREDISPONENTES ➱ Contrabando de ovos férteis

3. FATORES PREDISPONENTES ➱ Contrabando de aves

3. FATORES PREDISPONENTES

➱ Criações de aves extensivamente sem a proteção de contato com aves silvestres ➱ favorecendo a transmissão de doenças;

3. FATORES PREDISPONENTES

➱ Criação de aves aquáticas que podem ter contato com aves migratórias ➱ Ex.: arrozais no Sul;

3. FATORES PREDISPONENTES

➱ Aglomerações

ilícitas de animais

➱ sem controle

sanitário

➱ animais podem

retornar

contaminados e

infectar os demais no

plantel;

3. FATORES PREDISPONENTES

➱ Contato entre

diversas espécies

animais

➱ favorece mutações

➱ possibilidade de

infectar o homem;

TÓPICOS DESTA APRESENTAÇÃO

4. BIOSSEGURIDADE – Conceito:

“o conjunto de procedimentos que visam prevenir ou controlar a contaminação dos rebanhos por agentes ou doenças infecciosas que afetam a produtividade destes ou a saúde dos consumidores de produtos de

origem animal”.

(adaptado de SESTI, 2005)

4. BIOSSEGURIDADE

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

BARREIRAS FÍSICAS OU NATURAIS:

• florestas• rios• relevo• muros• ...

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ arco sanitário em bom funcionamento e com a concentração de desinfetante recomendada;

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ cercas ao redor dos aviários, impedindo a entrada de grandes e pequenos animais (cerca íntegra e de preferência de tela);

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ telas de proteção íntegras evitando a entrada de pássaros nos aviários;

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ controle de roedores: colocação e manutenção de íscas;

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ manutenção da limpeza das instalações e arredores dos aviários (retirar entulho e atrativos de pragas e insetos);

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ limpeza e desinfecção corretas das instalações;

4. BIOSSEGURIDADE – Exemplos:

➱ correto procedimento de compostagem: “aves mortas são fonte de contaminação” para aves sadias;

TÓPICOS DESTA APRESENTAÇÃO

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

1. VIGILÂNCIA PASSIVA com o atendimento a todas as suspeitas de doenças

de notificação e realização de testes laboratoriais;

2. VIGILÂNCIA ATIVA para doenças de controles oficiais em plantéis

avícolas comerciais e de subsistência;

3. COMPARTIMENTAÇÃO AVÍCOLA;

4. CONTROLE DE TRÂNSITO através de barreiras fixas e volantes e

fiscalização dos médicos veterinários habilitados à emissão de GTA;

5. REGISTRO de estabelecimentos avícolas e atualização contínua de

CADASTROS;

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

1. VIGILÂNCIA PASSIVA

• mortalidade 10%”

• Suspeita fundamentada ou descartada;

• Com base em sinais clínicos, observação da unidade epidemiológica.

• Fundamenta: Interdita e coleta

• Descarta: Desinterdita

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

2. VIGILÂNCIA ATIVA

Para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, realizada em sítios de aves migratórias, plantéis avícolas comerciais e de subsistência;

Inquéritos, coletas oficiais e monitoramentos.

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

➱ Vigilância em aves de descarte (+ 40 semanas)

• OS 07/2007 – MAPA : Procedimentos permanentes de vigilância para influenza aviária e doença de Newcastle;

• 10 colheitas/mês no estado, divididas pelos FDA’s – ERA;

• encaminhadas diretamente ao Lanagro/SP.

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

➱ Inquérito Epidemiológico para DNC e IA

• Realizado periodicamente em todo o território nacional;

• o último foi realizado em 2015/2016 com 463 granjas selecioadas no Paraná (ao todo BR 41.245);

• Encaminhadas diretamente ao Lanagro/SP;

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

SÍTIO MUNICÍPIO UF

MANGUE SECO JANDAÍRA BA

CACHA PREGOS ITAPARICA BA

PANTANAL CORUMBÁ MS

ILHA DE MARAJÓ BREVES, SÃO S. DA BOA VISTA

BA

BAÍA DE MARAJÓ SÃO CAETANO DE ODIVELAS

BA

COROA DO AVIÃO IGARASSU PE

ESEC TAIM SANTA VITÓRIA DO PALMAR

RS

FOZ DO RIO ARARANGUÁ

ARARANGUÁ SC

FOZ DO RIO TIJUCAS TIJUCAS SC

ILHA DO CARDOSO E ILHA COMPRIDA

CANANÉIA E ILHAS COSTEIRAS

SP

➱Monitoramento em sítios de aves migratórias

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

3. COMPARTIMENTAÇÃO AVÍCOLA

➱ IN Nº 21, DE 21 DE OUTUBRO DE 2014

Art. 1º - Estabelecer as normas técnicas de Certificação Sanitária da Compartimentação da Cadeia Produtiva Avícola das granjas de reprodução, de corte e incubatórios, de galinhas ou perus, para a infecção pelos vírus de influenza aviária - IA e doença de Newcastle - DNC.

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

➱O QUE É COMPARTIMENTO?

Art. 3° da IN n° 21/2014

I - compartimento: subpopulação animal mantida em uma ou várias explorações sob um mesmo sistema de gestão de biosseguridade e com um status sanitário diferenciado em relação a infecção pelo vírus de IA e DNC, para os quais se aplicam medidas de vigilância, controle e biosseguridade, sendo compreendido por unidades de produção e unidades funcionais associadas;

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

4. CONTROLE DE TRÂNSITO

• Emissão de Todas as GTA´s Através do Sistema de Defesa Sanitária Animal da Adapar (oficiais e habilitados)

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

FISCALIZAÇÕES VOLANTES

➱ Realizadas em pontos estratégicos de acordo com análise da movimentação de animais;

➱ Com apoio policial (PRF ou PM);

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

➱ 11 FURGÕES ADAPTADOSPARA A FISCALIZAÇÃO DISTRIBUÍDOS NO ESTADO

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

5. REGISTRO AVÍCOLA

IN 56/2007 e suas alterações – Registro, fiscalização e controle de estabelecimentos avícolas;

PORTARIA ADAPAR 290/2017 – Estabelece as normas para Registro de estabelecimentos avícolas comerciais no território Paranaense;

Unidades Epidemiológicas registradas no PR: 8.199- vigentes: 7.618- em análise: 394- em aprovação: 187

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

5. REGISTRO AVÍCOLA

Portaria 290/2017 – Adapar – Art. 7°, §1°

“O memorial descritivo das medidas higiênico-sanitárias e de biossegurança deverá conter a descrição detalhada dos seguintes itens:”

1. Manejo geral;2. Localização e isolamento das instalações;3. Barreiras naturais4. Materiais e produtos de desinfecção;5. Barreiras físicas;6. Controle de acesso e fluxo de trânsito;7. Cuidados com a ração e com a água;

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

Continuação... Portaria 290/2017 - Adapar

8. Programas de saúde avícola;9. Plano de contingência;10. Procedimento de desinfecção de veículos;11. Plano de capacitação de pessoal;12. Programas de controle de pragas;13. Manejo adotado com a cama de aviário;14. Descarte de aves mortas ou refugo/compostagem;15. Local de enterrio.

➱ Principais problemas encontrados pela Adapar

nas propriedades avícolas para registro:

• entulhos na área de isolamento;• frestas nos aviários de madeira;• composteira aberta e mal manejada;• cães e gatos na área de isolamento e composteira;• arco sanitário sem funcionar adequadamente;• ausência de registro nas fichas de controle;• falta de manutenção nas cercas de isolamento;• porteiras abertas; ....

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

➱EXPLORAÇÕES AVÍCOLAS NO PR

• Cadastros avícolas: 50.839• Integrados e Cooperados: 20.954• Independentes Não-Industriais: 26.611 (subsistência)• Independentes Industriais: 2.329• Aves de Corte: 21.145• Postura: 4.235• Incubatórios: 51• Avozeiros: 13• Matrizeiros: 836

OBS: dados retirados do SDSA em 10/07/2019.

5. AÇÕES DO SERVIÇO OFICIAL

Medianeira: 83 UEPURS: 1.731 UEP (30 municípios)

REFLEXÃO...

IA NO MUNDO

2019 (Janeiro à Julho)

Já foi identificada em 27 países

H5N1; H5N8, H5N6; H5N2;

H7N3 (México)

IA NO MUNDO - 2019

Site da OIE em 15/07/2019

Rotas migratórias no Mundo

IA NO BRASIL

A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade NUNCA foi diagnosticada no Brasil, portanto é exótica, mas já foram isolados alguns vírus de baixa patogenicidade, principalmente nos sítios de aves migratórias, nas aves silvestres e também em propriedades de subsistência.

“DEVEMOS FICAR ALERTAS”

INFORMAÇÕES E CONTATOwww.adapar.pr.gov.br

Grata pela atenção!!Grata pela atenção!!

volz@adapar.pr.gov.br(45) 2101.4966

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