View
217
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
81,9(56,'$'(�'(�3$662�)81'2
e
('8&$d®2�
('(0,/621�-25*(�5$026�%5$1'®2
UMA DIF ÍCIL AL IANÇA
�
INFORMÁTICA
�
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO:
UMA DIFÍCIL ALIANÇA
EDEMILSON JORGE RAMOS BRANDAO
Este trabalho pretende ser o
ínicio de um rico diálogo
envolvendo pessoas interessadas
e, sobretudo, compromissadas
com o problema da introdução de
novas tecnologias em Educação.
�
1995
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
"O prevalecer das máquinas me preocupa e me atormenta. É um
movimento que avança como uma tempestade: que se aproxima e atingirá
a todos nós"
(Goethe, J. W. 1828)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
1................................................................................................................. 5
INFORMÁTICA E SOCIEDADE.................................................................. 5
1.1. A caminho da Sociedade Informática............................................ 6
1.2. A informatização da sociedade: um processo irreversível? .......... 7
1.3. A invasão dos computadores..................................................... 10
2 ......................................................... 13 INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO ................................................................ 13
2.1. Questões epistemológicas .......................................................... 14
2.2. Início de uma estreita relação ..................................................... 15
2.3. O Ensino computadorizado: primeiros passos............................ 16
3 ......................................................... 19 O COMPUTADOR CHEGA À ESCOLA ................................................... 19
3.1. E agora, que faço com o computador? ....................................... 20
3.2. Micro-computadores em sala de aula ......................................... 22
3.3. Um computador de vulto humano ............................................... 23
3.4. Exigência de uma nova programação didática ........................... 24
4 ......................................................... 27 ENTRE A FANTASIA E A REALIDADE................................................... 27
4.1. Informática e Educação: uma visão dualística ............................ 28
ii
4.2. Cuidado com as ilusões .............................................................. 29
4.3. A tendência ao monopólio........................................................... 30
5 ......................................................... 33 O DOMÍNIO DA TECNOLOGIA ................................................................ 33
5.1. A preparação do docente............................................................ 34
5.2. Adequar-se aos novos tempos ................................................... 34
5.3. O difícil caminho para uma alfabetização informática................. 36
5.4. A reciclagem como fator de valorização profissional .................. 37
CONCLUSÕES ......................................................................................... 41
BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 45
QUESTIONÁRIO ....................................................................................... 51
Introdução
A demanda do uso de instrumentos informáticos está se
expandindo rapidamente a ponto de representar um dos maiores
acontecimentos de nossa época.
Hoje, a difusão de instrumentos informáticos a um número
sempre maior de usuários, assim como gera novas áreas de aplicação e
realimenta o parque tecnológico com produtos cada vez mais variados,
potentes e sofisticados, propicia a rápida difusão de computadores em
importantes segmentos da sociedade graças a grupos interessados em
adaptá-los às suas necessidades, características e interesses.
Em meio a um cenário promissor, que vem se configurando a
partir dos sucessos obtidos com a introdução de computadores em outras
áreas, a escola se apressa em verificar se essa nova presença pode ser
útil em suas atividades diárias, seja como instrumento de comunicação
didática, como gerador de novos conhecimentos e metodologias, como
elemento auxiliar nas atividades docentes e administrativas ou,
simplesmente, como mais uma esperança na tentativa de solucionar
velhas mazelas.
Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, a recíproca
aproximação entre Informática e Educação, que antes parecia um
2
processo natural dentro de uma sociedade definida "Pós-industrial"1,
revelou-se bem mais complexa do que poderiam prever os mais
sofisticados projetos de informatização do ensino.
A introdução de computadores nas escolas, antes mesmo de
apresentar os primeiros resultados desejados, coloca em evidência a
necessidade de se refletir sobre uma série de problemas, que vão desde a
preparação dos professores até a falta de recursos para a compra de
equipamentos.
Discutir, portanto, um tema tão em voga e tão fascinante,
envolvendo a polêmica relação entre Informática e Educação, constitui um
estímulo interessante e ao mesmo tempo um evidente perigo: a presença
cada vez maior de computadores nas escolas não deixa de suscitar uma
série de questões para as quais é difícil apresentar respostas plausíveis
dentro dos limites deste trabalho.
Trata-se de agir em ambiente com fronteiras incertas, no interior
do qual estabelecer qualquer estratégia voltada à resolução de problemas
1 Entre o material bibliográfico de maior relevância ao aprofundamento do conceito de Sociedade Pós-
Industrial, além das obras de Bell (1972 e 1973) e Naisbitt (1984), listadas na Bibliografia, consultar
as seguintes obras:
GALBRAITH, J.K. La società opulenta. Milão, Comunità, 1963.
____. Il nouvo stato industriale. Turim, Einaudi, 1968.
____. L'età dell'incertezza. Milão, Mondadori, 1977.
GERSHUNY, J. - ROSENGREN, W.R. After the industrial society. Londres, McMillan, 1978.
TOURINE. A. La società post-industriale. Bolonha, Il Mulino, 1970.
____. La produzione della società. Bolonha, Il Mulino, 1975.
3
(ou à apresentação da problemática em seu complexo) vem a ser uma
doce ilusão.
Neste sentido, não é nossa idéia desenvolver um ensaio sobre a
problemática em questão, mas propor uma série de temas com o intuito de
suscitar um amplo espaço de reflexão.
Em outras palavras, uma defesa incondicional do uso de
computadores em ambiente escolar está longe de ser a motivação
principal deste trabalho. Nosso propósito ao escrevê-lo foi lançar um grito
de alarme e, contemporaneamente, outro de esperança, na expectativa de
um desfecho melhor para o que hoje vem sendo considerada uma das
mais difíceis alianças no campo educacional: a relação Informática e
Educação.
Grande parte deste trabalho nasceu de estímulos e intercâmbios
de idéias no contato com amigos e profissionais sensíveis à temática aqui
apresentada. A todos, o meu muito obrigado.
1 Informática e Sociedade
O processo de informatização da sociedade, principal elemento
propulsor da chamada Revolução Pós-industrial, assume dimensões
globais, transformando-se num fenômeno de extraordinária ressonância
tecnológica e sobretudo, cultural.
Ainda que se encontre em fase embrionária, a Sociedade
Informática oferece infinitas perspectivas de expansão, principalmente se
tiver a escola como sua aliada.
6
1.1. A caminho da Sociedade Informática
As transformações que se desenvolvem diante dos nossos olhos,
que para muitos representam um dos mais formidáveis acontecimentos de
nossa história - um processo destinado a imprimir uma nova fisionomia em
vários países, inclusive o Brasil -, constitui um raro momento para se
refletir sobre a configuração da atual ordem social.
A intensidade e abrangência com que as novas tecnologias
informáticas se "cristalizam", nos diversos segmentos sociais, induzem
numerosos pesquisadores a considerar a proliferação de computadores (e
de toda uma postura baseada na cultura informática) como pressuposto
para a identificação de um novo modelo de sociedade, definida como
Informática ou Pós-industrial.
Em 1984, Naisbitt destaca a passagem da Sociedade Industrial
para a Sociedade Pós-industrial como a primeira de uma série de dez
mega-tendências descritas em "Megatrends: Le dieci nuove tendenze che
trasformeranno la nostra vita"2. Mas é Bell, em 1973, o primeiro realmente
2 As demais mega-tendências descritas por Naisbitt em seu livro são:
1) a tecnologia de "alta sensitividade", isto é, "como resposta humana de reequilíbrio";
2) protagonismo da economia mundial em prejuízo da nacional;
3) a planificação da sociedade a longo prazo;
4) a descentralização;
5) self-help em contraposição à ajuda institucionalizada;
6) a democracia participativa em lugar da representativa;
7) network em substituição à estrutura hierárquica;
8) deslocamento de interesses Norte-Sul, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos;
9) as opiniões múltiplas, em prejuízo das dicotômicas.
7
a definir Sociedade Pós-industrial, com bases em análises comparativas
entre Sociedade Pré-industrial, Industrial e Pós-industrial. (ver tabela 1)
No esquema desenvolvido por Bell, a Sociedade Pós-industrial
define seus contornos pela primazia de atividades ligadas ao setor terciário
e pela valorização da informatização como elemento propulsor de
mudanças na sociedade, assim como a força bruta e a energia tornaram-
se fundamentais na definição dos modelos de sociedade anteriores.
A Sociedade Pós-industrial assume, portanto, conotações não
apenas de um ambiente transformado pela tecnologia mas também pelo
Processing de informações, pelo papel estratégico do conhecimento
teórico na definição de novas formas de saber, pela ênfase atribuída às
atividades ligadas à Educação, à formação profissional e à pesquisa em
geral.
1.2. A informatização da sociedade: um processo
irreversível?
A forma como vem se processando a inserção de instrumentos
informáticos em nossas atividades cotidianas induz-nos a pensar que a
frase "O futuro está na Informática" não representa apenas um simples
slogan publicitário, mas a constatação objetiva de uma realidade em
contínua evolução.
8
TABELA 1: Sociedade Pré-industrial, Industrial e Pós-industrial
PERÍODO PRÉ-INDUSTRIAL INDUSTRIAL PÓS-INDUSTRIAL
Modo de produção Estratificação Fabricação Elaboração e serviços
Setores econômicos Primário: agricultura, pesca, extrativismo vegetal, extrativismo mineral
Secundário: produção de bens duráveis e não duráveis, construção
Terciário: transportes, utilidade pública, finanças, comércio, agência de seguros, gestão imobiliária, tempo livre, educação, atividades governamentais
Elemento de transformação
Energia natural (vento, água, energia natural)
Energia produzida (eletricidade, petróleo, energia nuclear)
Informação (computador e sistemas de transmissão de dados)
Recurso estratégico Matéria-prima Capital financeiro Conhecimento
Tecnologia Trabalho humano Uso de máquinas Tecnologia intelectual
Tipos de profissionais Agricultor, artesão, trabalhadores manuais
Engenheiro, técnico especializado
Cientistas, profissionais liberais, técnicos
Metodologia Sentido comum, "tentativas e erros"
Empirismo, experimentação
Teoria abstrata, modelos, simulação, teoria das decisões, análise de sistemas
Perspectiva temporal Orientação ao passado Adaptação ad hoc, experimentação
Orientação ao futuro, previsão, programação
Design Luta contra a natureza Luta contra a natureza já transformada
Desafio entre pessoas
Princípio organizacional
Tradicionalismo Desenvolvimento econômico
Codificação do conhecimento teórico
(Fonte: BELL, D. The coming of post-industrial society. a venture in social forecasting. New
York, Basic Book, 1993.)
9
Anos atrás, poucos poderiam imaginar que este novo modo de
gerar, coletar, transmitir, elaborar e divulgar informações pudesse assumir
importância e dimensão cada vez mais crescente em vários setores da
sociedade moderna: da Economia à Política, da Saúde à Educação, etc.
Não é necessário muito para se constatar que a Informática, em
qualquer ambiente, apresenta-se como um dos mais potentes "agentes
fertilizantes" de mudanças e de modernização interna.
Os motivos pelos quais esse fenômeno torna-se nitidamente
observável, mesmo em países como o Brasil, parecem residir não somente
na elevada ênfase que atualmente se dá à aquisição de elementos
materiais e de conteúdos de base informática ou na facilidade e rapidez
com que a Informática se estende a outras áreas de aplicação, mas,
sobretudo, nas interelações que daí emergem, como resultado de um
acelerado processo de transformação.
Nunca antes se verificou na história da humanidade um
fenômeno com tanta ressonância e consistência tal qual a difusão de
computadores na sociedade civil.
Em cada ambiente, a sua ausência é expressão de atraso. Uma
pessoa que não possui um conhecimento básico sobre Informática é vista
como sendo subdesenvolvida, um indivíduo marginalizado quer social quer
profissionalmente. Quem o possui, por outro lado, parece predisposto a
enfrentar com tranqüilidade qualquer situação.
Isto porque nenhuma revolução apresentou um poder de impacto
social similar aquele que o desenvolvimento e a difusão maciça de
10
computadores promovem. Não existe praticamente um dia sem que
setores de governo, entidades científico-culturais, órgãos de imprensa, etc.
não organizem ou promovam encontros destinados à discussão de temas
ligados à informatização da sociedade, o que cada vez mais solicita a
atenção de todos para a urgência de se assegurar uma participação ativa
em tal processo.
No entanto, encantados com o futuro promissor que a Informática
anuncia, poucos percebem que a nova sociedade que se configura reduz
sensivelmente os espaços destinados à discussão entre o sim e o não de
sua conveniência, na medida em que fomenta, predominantemente,
interesses voltados às diferentes formas por meio das quais é possível
participar de tal processo de informatização.
1.3. A invasão dos computadores
A forte penetração de elementos provenientes da pesquisa
informática em importantes segmentos da sociedade revoluciona formas
tradicionais de equilíbrio, não tanto por serem tecnologias produtivas mas
por serem tecnologias organizacionais, que uma vez implementadas
mudam as modalidades de comunicação entre pessoas, os modos de
aprendizagem, as relações no interior de organizações, a interação com o
ambiente externo, etc.
A mudança de significado da Informática de um para outro
aspecto, isto é, de inovação tecnológica para inovação social não se
explica unicamente pela pura e simples presença física de descobertas e
equipamentos sofisticados em vários segmentos da sociedade.
11
O novo paradigma interpretativo, que deslocou grupos de
interesse unicamente voltados à reflexão sobre a tecnologia para a
reflexão sobre a sociedade, tomou forma porque aos poucos se percebeu
que a atenção quase absoluta dispensada à dimensão tecnológica se
manifestava inadequada à compreensão do fenômeno Informática.
Enfocar apenas fatores intimamente ligados à tecnologia significa
apresentar uma visão reducionista de tudo aquilo que representa a
Informática hoje, uma vez que os reflexos mais importantes destes poucos
anos de sua história não parecem residir somente nos enormes avanços
tecnológicos, mas também nos efeitos que este take-off provocou e
continuará provocando em setores inicialmente considerados "estranhos" à
expansão da Sociedade Informática.
2 Informática e Educação
A Informática se apresenta como um dos mais interessantes
partners em alianças que envolvem desde atividades ligadas ao setor
industrial até iniciativas de formação e ensino em geral.
A relação cada vez mais íntima entre Informática e Educação
significa, por um lado, que a difusão, em larga escala, de computadores
em setores estratégicos da sociedade impõe uma radical mudança na
formação de novas competências. Por outro lado, significa que a
Informática e, particularmente, o computador, seu maior intérprete,
possuem um indubitável valor na construção de uma nova sociedade.
14
2.1. Questões epistemológicas
Falar de Informática, hoje, significa, quase exclusivamente
abordar temas ligados a computadores, redes telemáticas, sistemas de
automação, etc. Mas o significado deste termo, cuja origem provém do
francês (information automatique), é bem mais abrangente do que lhe é
normalmente atribuído.
Informática é um fenômeno que atinge vários níveis de
interpretação e portanto não se resume a um simples ato de automação.
Atualmente, o conceito de Informática se aplica a uma complexa
realidade feita de modelos físicos, tecnológicos e sociais voltados à
reformulação da sociedade, tanto a nível de suas estruturas lógicas quanto
a nível da reestruturação do conhecimento acumulado em suas diferentes
áreas de aplicação.
Isto significa que coletar, elaborar e difundir informações, por
meio de instrumentos automáticos, são procedimentos que devem ser
compreendidos em maior profundidade, uma vez que denotam processos
mais amplos, que transformam a comunicação entre os homens,
modificam as estruturas e os processos produtivos, os métodos de
trabalho, as organizações sociais e as próprias modalidades de aquisição
do saber.
Enquanto parceiro de uma estreita aliança com a Educação, a
Informática pode também ser interpretada como:
a) Um fenômeno social, cuja presença transforma (em alguns
casos, radicalmente) a vida de indivíduos, grupos e
comunidades inteiras;
15
b) Um amplificador intelectual, baseado em métodos de análise
e linguagens simbólicas que promovem uma nova
representação do conhecimento e, portanto, uma nova
interpretação de problemas que envolvem atividades
cognitivas;
c) Uma fonte de recursos instrumentais, em condições de
enfrentar e equacionar questões de natureza diversas, desde
que utilizados de modo adequado e coerente com os
objetivos que se desejam alcançar.
2.2. Início de uma estreita relação
A descoberta de uma possível relação entre Informática e
Educação, que historicamente tem seu início na segunda metade dos anos
70, com o lançamento no mercado dos primeiros micro-computadores,
passa a ser rapidamente compartilhada por várias escolas em diferentes
países.
Uma vez superados obstáculos anteriores relativos, entre outros,
aos altos custos do hardware e às dificuldades de comunicação homem-
máquina (graças aos crescentes avanços na Micro-Eletrônica e ao
frenético desenvolvimento do software), e uma vez ainda, atenuadas
barreiras psicológicas e culturais (na medida em que começam a ser
evidenciados os primeiros resultados positivos da introdução dessa
tecnologia na investigação científica e em setores ligados à produção), a
Informática consegue ultrapassar os limites dos sofisticados laboratórios
16
de pesquisa e dos grandes pólos industriais, conquistando novas e
diversificadas áreas de aplicação, entre elas a do ensino.
Hoje, não só através dos meios de comunicação de massa, é
possível observar uma presença cada vez mais significativa de
computadores em vários contextos educacionais, até mesmo em escolas
com currículos não especializados em áreas tecnológicas, instituições de
ensino de primeiro e segundo graus (públicas e particulares) e unidades
escolares localizadas em zonas periféricas.
Uma tendência que surge, progressivamente, para satisfazer
tanto exigências de caráter didático-pedagógico quanto condições técnico-
financeiras de diversas realidades educacionais. Um processo baseado,
sobretudo, na reestruturação de velhos valores e no reexame de inúmeras
práticas que transformam a ação educativa em atividade fortemente
interativa, e não em mera apresentação de conteúdos. Um fenômeno cujos
efeitos assumem proporções e relevo difíceis de serem imaginados.
2.3. O Ensino computadorizado: primeiros passos
A introdução de computadores na Educação é um processo que
se encontra em fase ainda incipiente e instável, razão pela qual realizar
previsões ou delinear, a longo prazo, um possível quadro exploratório
constitui tarefa bastante delicada.
Talvez, porém, fosse oportuno recordar que no passado algumas
inovações tecnológicas foram apresentadas como verdadeira panacéia
para os problemas da Educação.
17
Quem não se recorda da grande ênfase atribuída ao cinema, no
início do século, ou à TV educativa nos anos 70? - a previsão de que em
poucos anos grande parte do currículo escolar seria controlada por
intermédio destes instrumentos não se concretizou plenamente. na
realidade, hoje se observa que esses meios assumem um papel um tanto
marginal nas escolas, muito embora o filme e os programas educativos
criados para televisão sejam fundamentais em específicas situações de
ensino.
Provavelmente com o computador e toda "filosofia" que o
acompanha o futuro será diferente, seja pelo fato de que as tecnologias
informáticas promovem transformações substanciais, que vão além
daquelas propostas no âmbito das atividades didático-pedagógicas, seja
porque estamos nos movendo inevitavelmente em direção a uma
sociedade caracterizada por um elevado grau de informatização de todos
os seus segmentos.
Em Educação, o computador, especialmente na versão personal,
se apresenta, hoje, como um objeto tecnológico e cultural inteiramente
novo e em contínua evolução. Entretanto, os efeitos e as potencialidades
futuras dessa interação parecem cada vez mais condicionados não
somente ao rumo que tomará o processo tecnológico mas sobretudo ao
"domínio" que a escola terá desta tecnologia.
3 O computador chega à Escola
À Informática, enquanto instrumento promotor de mudanças, é
delegada particular relevância na medida em que coloca à disposição da
sociedade recursos aplicáveis a diversas áreas.
Disponíveis ao processo ensino-aprendizagem, existem
atualmente muitos instrumentos que podem tornar o trabalho do professor
mais fácil, mais eficiente e mais produtivo em relação aos objetivos que se
espera alcançar. O computador, sobretudo na versão personal, é
seguramente um desses.
20
3.1. E agora, que faço com o computador?
O computador, enquanto "máquina universal", se apresenta como
um instrumento com finalidades variadas. Uma máquina predisposta a
resolver qualquer tipo de problema, desde que susceptível de solução
algorítmica e traduzível sob forma de software.
E graças ao promissor desenvolvimento da pesquisa de software,
os serviços e as vantagens que a Informática pode oferecer à Educação
não apenas estão fora de discussão como também vão muito além do que
uma visão mais otimista possa imaginar.
Com efeito, a particular flexibilidade ou universalidade do
computador é uma característica que amplia quase ilimitadamente as suas
possibilidades aplicativas, em se tratando de elaboração de dados e
informações.
Atualmente, as funções principais atribuídas aos computadores
não se limitam à simples execução de cálculos aritméticos, mas abrangem
funções bastante heterogêneas: memorização e catalogação de
informações não numéricas, extração e ordenação de grandes
quantidades de dados, transmissão de informações, completa automação
de processos, etc.
Diante de tantas possibilidades de respostas que o computador
oferece, o drama que aflige grande parte dos novos usuários desse
instrumento é saber que tipo de questões lhe endereçar e através de quais
procedimentos é possível equacionar tais questões.
E é exatamente esta a fonte principal das desilusões de alguns
professores que, na ocasião de seu primeiro contato com o computador -
21
após seguirem atentamente as instruções presentes do manual de
instalação - tomam consciência imediata de que é necessário algo mais do
que tudo funcione "às mil maravilhas", conforme os anúncios publicitários.
Eis então que surge, inevitavelmente, uma grande interrogação: E agora,
que faço com o computador?
Percebe-se, então, que talvez teria sido mais oportuno, antes da
aquisição do computador, obter maiores informações sobre as suas
possibilidades aplicativas e, sobretudo, no que concerne às necessidades
reais de seu uso.
Muito difundida entre professores é a crença de que a introdução
da Informática na Escola começa a partir da aquisição do hardware.
Porém, a realidade nos ensina que mesmo equipamentos
potentes como o computador, se colocados em uma situação de ensino-
aprendizagem sem a devida preparação dos recursos humanos
envolvidos, sem que sejam estabelecidos objetivos educacionais bem
definidos e sem que sejam elaborados materiais didáticos adequados a
uma integração natural ao currículo escolar, correm o risco de se
transformarem em sofisticadas peças de decoração, entre tantas que a
escola atualmente possui.
Em muitos casos, a introdução desses equipamentos, sem uma
prévia reflexão sobre por que, como e para que utilizá-los provoca o
abandono do computador (o micro, que a publicidade evidenciava
exatamente por suas aplicações ilimitadas), a sua utilização como simples
máquina de escrever ou, o que é mais grave, como video-games, uma vez
que word-processor e jogos são categorias de programas de fácil acesso e
22
intuitiva manipulação através do teclado (e, no caso específico dos jogos,
através de joystick e mouse).
A presença de computadores nas escolas, mesmo constituindo-
se em uma iniciativa importante, não representa a principal estratégia que
condiciona a participação da Informática na Educação.
Portanto, a preocupação maior de profissionais envolvidos em
programas de informatização do ensino é a sua gestão interna: como
projetar a sua introdução, programar o seu desenvolvimento e,
principalmente, controlar os seus resultados de modo congruente com as
características e os objetivos fundamentais da Educação.
3.2. Micro-computadores em sala de aula
Quando se discute a introdução de computadores na Educação
emergem, freqüentemente, perguntas sobre qual seria a utilidade de tais
instrumentos nas atividades escolares.
Cada resposta unívoca a este propósito parece livre de
fundamento, uma vez que as aplicações deste tipo de instrumento no
campo educativo são várias: dependem, entre outras coisas, do contexto
no qual se opera, da capacidade criativa do professor, do software
disponível e, sobretudo, dos objetivos que se desejam alcançar.
Em outras palavras, decidir em quais atividades utilizar
instrumentos informáticos é uma tarefa que se situa entre projetar o
computador na escola e repensar as finalidades, objetivos e os conteúdos
propostos pela escola através de uma nova ótica, definida a partir da
23
presença maciça de computadores em sala de aula e seus reflexos em
relação à programação didático-pedagógica.
3.3. Um computador de vulto humano
O debate sobre o emprego de instrumentos informáticos nas
diversas áreas disciplinares vem, inevitavelmente, ao encontro de
problemáticas mais amplas, ligadas a questões epistemológicas que
norteiam a Informática Aplicada, seu papel social e sua articulação
didática.
Como recurso instrumental, as experiências didáticas
demonstram que o computador pode ser introduzido em praticamente
todas as áreas do currículo escolar e em qualquer momento do processo
ensino-aprendizagem desde que adequadamente programado.
É interessante salientar, porém, que alguns assuntos se prestam
muito bem ao ensino informatizado. Outros, ao contrário, não. Matérias
que envolvem muitos detalhes ou fatos de rotinas, temas com
procedimentos lógicos padronizados, etc, são naturais objetos de interesse
daqueles que produzem software para a escola. Seria muito difícil, por
exemplo, ensinar Filosofia por meio do computador, embora neste caso tal
instrumento possa ser de grande ajuda ao professor.
Contudo, o maior potencial das inovações metodológicas e de
conteúdo oferecido pela Informática provavelmente possa ser melhor
observada no futuro, no âmbito das disciplinas humanísticas, uma vez que
nesse ambiente ainda não existe uma grande tradição Informática.
24
Naturalmente, muita criatividade, projetos ambiciosos e análises
experimentais constantes serão necessárias para desenvolvê-la.
Embora o emprego de instrumentos informáticos, na prática, seja
observado predominantemente em atividades voltadas à área científico-
tecnológica, isto não significa que a Informática deva ser objeto exclusivo
de disciplinas para especialistas, mesmo porque, neste caso se correria o
risco de condená-la à esterilidade.
3.4. Exigência de uma nova programação didática
A descoberta das potencialidades do computador no campo
escolar deve sempre ser considerada em relação à sua aplicação a um
campo específico de atividade.
À primeira vista, as vantagens e limitações originárias da
utilização do computador em Educação estão vinculadas apenas à forma
como o mesmo é utilizado.
Verificar onde é possível utilizar o computador e como usá-lo,
elaborar programas buscando soluções, criar jogos didáticos, divertir-se
em atividades criativas, explorar a composição da máquina ou utilizar o
computador para fins diversos certamente não são indicadores de falta de
criatividade.
A experiência didática nos ensina que o computador pode
revelar-se instrumento precioso, se não insubstituível, somente onde for
aplicado como solução de problemas concretos: somente o conhecimento
dos problemas reais poderá consentir aplicações mais adequadas do
25
computador no âmbito das atividades escolares. Somente a aplicação do
computador ao exato problema consentirá a sua plena explicitação e o
funcionamento das suas específicas potencialidades. E se o uso da
máquina pode ser proposto de tantos modos, é somente do conhecimento
do tipo de problema a ser enfrentado que depende a decisão de como
utilizá-la corretamente.
É fora de discussão o grande interesse que os instrumentos
informáticos podem ter no aprofundamento de diversas disciplinas, quando
se utiliza o computador na pesquisa envolvendo volumosos bancos de
dados, em atividades de tipo word-processing, em elaborações de
planilhas e gráficos ou na resolução de específicos problemas diretamente
relacionados ao processo de ensino.
Mesmo com muitos limites, aprender ou simplesmente trabalhar
com computador pode ser uma experiência muito agradável, tanto para
professores quanto para alunos, em virtude dos particulares serviços que
tais instrumentos oferecem: tornar viável a execução de uma certa rotina
humanamente impossível de ser realizada ou simplesmente tornar
interessante um argumento e permitir o seu desenvolvimento em um
intervalo de tempo bastante reduzido (algo dificilmente realizável através
de meios tradicionais).
O problema que se apresenta para a maioria dos professores,
que durante o curso de formação não teve nenhuma experiência com
computador e tampouco o utiliza nas atividades que desenvolve, é,
portanto, entender como o computador pode ser útil na sua vida e saber
orientar-se na escolha responsável de seu uso.
4 Entre a fantasia e a realidade
Em torno da Informática criou-se uma interseção polêmica entre
mito e realidade, ciência e especulação, desejos e temores que reflete não
apenas o difícil equilíbrio entre o real e o imaginário ou formas de opiniões
antagônicas, mas o dualismo sempre existente quando se analisa a
introdução de novas tecnologias em Educação: de um lado, a renúncia, a
desconfiança, o pessimismo, ou a atitude de servir-se do meio unicamente
como instrumento acessório e sub-utilizado; de outro lado, a paixão, o
entusiasmo, a esperança, a tendência de reinterpretar repentinamente os
problemas estruturais da escola com base em correlações, onde a
tecnologia assume o papel de variável independente.
28
4.1. Informática e Educação: uma visão dualística
A relação Informática e Educação vem provocando uma série de
discussões e debates que contrapõem grupos simpatizantes do ingresso
de computadores em atividades educativas, de um lado, e grupos de
opositores do outro.
Um conflito de idéias que, se analisado em detalhes, evidenciaria
provavelmente comportamentos, formas de representação e opiniões
dispostos em um intervalo que vai de uma visão tragicamente negativa (ou
apocalíptica) a uma visão radicalmente positiva (ou interativa) do meio
informático.
Mas, se a presença de grupos que tendem a negar ou a sub-
utilizar instrumentos informáticos pode comportar alguns desperdícios de
recursos, tendências contrárias de louvor e paixão não são menos perigos:
não tomar nenhuma decisão sem antes ter consultado o computador pode
ser tão nocivo quanto prosseguir com obstinação ao longo da tradição que
sustenta o primado absoluto e incontestável do homem em qualquer tipo
de atividade.
As percepções e a postura de quem se confronta com o
computador traduzem, muitas vezes, as esperanças e o medo íntimo dos
professores ante um novo cenário tecnológico, assim como colocam em
evidência a presença de fortes mitos que de certa forma podem
comprometer qualquer tentativa de interpretação séria sobre as
verdadeiras contribuições da Informática no processo educativo.
O conhecimento das posturas e das percepções reinantes no
confronto com o computador é, portanto, um conhecimento estratégico na
29
medida em que somente a partir de um estudo desta natureza, é possível,
por exemplo, estabelecer programas educativos capazes de preencher
lacunas cognitivas, resolver equívocos, desmistificar o meio, corrigir e
endereçar a própria tecnologia.
4.2. Cuidado com as ilusões
A existência de inúmeros pontos interrogativos quanto à presença
de computadores nas escolas vem dando margem a especulações e a
conclusões precipitadas que produzem apenas imaginário tecnológico, ao
invés de conhecimento científico sobre a verdadeira contribuição da
Informática à Educação.
Enfrentar o problema com menos emotividade e mais realismo
significa, acima de tudo, reconhecer que o verdadeiro papel da Informática
não está nas respostas que instrumentos como o computador nos pode
oferecer, mas na forma como configuramos uma situação de problem
solving. Significa também aceitar o fato de que o computador, embora
sendo um instrumento extremamente versátil e potente, mesmo que seja
inserido maciçamente em todos os níveis de ensino, sua presença por si
só não garante que os problemas cruciais do sistema escolar,
automaticamente, desaparecerão.
Os efeitos de uma ação didática, por exemplo, dependem de uma
série de fatores e do equilíbrio de um sofisticado sistema, onde qualquer
novo elemento inserido, mesmo o computador, é considerado apenas
como um elo.
30
Sozinho, o computador não pode resolver todos os problemas
antigos e complexos que norteiam o processo ensino-aprendizagem, mas
pode ser um elemento importante na reestruturação da Educação escolar,
para a qual é oportuno que sejam canalizados os resultados da pesquisa
didática, as experiências de professores e os recursos oferecidos pelo
computador.
4.3. A tendência ao monopólio
O abandono de formas e instrumentos tradicionais ainda válidos
para a ação didática é uma prática muito observável quando se analisa a
introdução de novas tecnologias em Educação.
No caso específico do computador, este fato assume dimensões
mais alarmantes, se considerarmos que o notável fascínio e a
potencialidade desse instrumento pode esconder os limites que o mesmo
apresenta em relação ao processo educativo.
A nova missão que é solicitada aos professores não é saber
utilizar única e exclusivamente meios informáticos em suas atividades,
mas reconhecer que a presença de computadores em Educação só é
válida enquanto elemento instrumental à consecução dos verdadeiros
objetivos educacionais que (neste caso) dependem da participação de
estratégias integradas.
Falsas esperanças na inserção de equipamentos cada vez mais
potentes e sofisticados em Educação faz-nos sentir quase no dever de
exigir do computador resultados precisos, visíveis e imediatos. Mas, uma
vez analisada a maior parte das experiências estrangeiras, não devemos
31
criar grandes ilusões: em geral, os resultados, que a pedagogia
"tradicional" não consegue obter, parecem não ser melhores através de
tecnologias sofisticadas.
A Informática, de modo geral, e o computador, em particular, só
serão instrumentos válidos de inovação se quem os utiliza consegue
inseri-los em um processo educativo no qual sejam claros os objetivos, a
metodologia e as modalidades de avaliação utilizada.
É necessário, portanto, melhorar a capacidade de agir dos
professores e adequando-a à evolução dos métodos e processos que
elaboram dados e informações, utilizando como recurso as possibilidades
e os instrumentos oferecidos pela tecnologia informática.
Somente através de uma reflexão sistemática sobre o real papel
do computador na dinâmica do processo educativo e sobre as medidas a
adotar para assegurar uma participação ativa neste processo é possível
minimizar as enormes confusões criadas por incertezas que não fazem
senão aumentar os riscos de insucessos e de frustrações, uma vez que a
velocidade das mudanças em curso impõe uma notável clareza de idéias.
5 O domínio da tecnologia
Nos últimos anos, os professores sentem cada vez mais forte a
necessidade de se aproximarem da Informática, não apenas com o
objetivo específico de assegurar uma refinada atualização profissional mas
também na tentativa de "dominar" o computador enquanto instrumento
propulsor de métodos e ações didáticas, fonte de novos e sofisticados
conhecimentos, símbolo de maior status na Sociedade Pós-industrial.
34
5.1. A preparação do docente
A preparação do docente é uma questão crucial, à qual deve ser
dedicada atenção particular e sobre a qual é necessário investir muito,
antes mesmo de investir na compra de equipamentos.
Todavia, dizer que a formação informática dos professores é
privilegiada não basta: é importante que se resguardem também aspectos
ligados à dimensão pedagógica e não apenas os tecnológica daquilo que
se poderia culminar com a redefinição de um novo perfil do professor.
Formar antes de fornecer tecnologia e não formar somente sobre
a tecnologia, mas sobre a gestão do processo ensino-aprendizagem, sobre
as diversas modalidades de comunicação didática, sobre a organização
das atividades do docente, sobre o papel do meio ainda é uma boa
estratégia para uma plena inserção no mundo dos computadores.
5.2. Adequar-se aos novos tempos
Como fenômeno de caráter revolucionário, a Informática incide
sobre formas "tradicionais" de expressão e de organização do trabalho,
porque representa um conjunto de inovações suficientes para mudar as
modalidades de comunicação entre as pessoas, o modo de aprendizagem,
as relações no interior de organizações e a interação com o ambiente
externo.
Com base nessa premissa, o professor que, através de cursos de
introdução à Informática, entra em contato pela primeira vez com o
computador será tentado a introduzi-lo em suas atividades diárias, seja
35
como instrumento de apoio didático, como fonte de novos conhecimentos,
seja como "ferramenta" para realização de trabalhos de rotina (redação de
material didático, correção de provas, elaboração estatística de dados,
etc).
Por outro lado, o professor que decide (ou é levado) a utilizar o
computador dentro ou fora da sala de aula, certamente sentirá a
necessidade de uma maior formação ou reciclagem na área de
Informática, quer seja através de cursos promovidos pela instituição a qual
pertence, quer seja por iniciativa própria.
Trata-se de uma relação estreita entre reciclagem e inovação
didática, onde a ausência do primeiro elemento provoca um aumento
simplesmente quantitativo na produção docente, do mesmo modo que a
ausência do segundo elemento termina por transformar cursos de
aperfeiçoamento em instrumentos de legitimação e perpetuação de uma
política de reciclagem profissional meramente burocrática, em função da
qual são destinados grandes recursos no planejamento e na realização de
cursos "relâmpagos", que na maioria das vezes não trazem resultados
relevantes, mesmo porque não são previstas (ou não se desejava obter)
mudanças na práxis didática e no modo de pensar a Educação.
36
5.3. O difícil caminho para uma alfabetização
informática
A maior parte dos cursos de Introdução à Informática foram
estruturados inicialmente no sentido de oferecer alguns conhecimentos
básicos sobre a estrutura de um computador, sobre comandos e
linguagem de programação, bem como uma breve exercitação em um
determinado programa aplicativo nas categorias de maior difusão
comercial (word-processor, data-base, planilha eletrônica, etc). Isto tudo,
geralmente, desvinculado de uma realidade didaticamente significativa.
Hoje, com a disponibilidade de instrumentos mais potentes e com
os crescentes investimentos na produção de software, o interesse se
orienta sobretudo em direção a outros aspectos do tratamento de dados.
Evidentemente, conhecimentos básicos da máquina e o
adestramento em específicos comandos e linguagens de programação,
dentro de um esquema de formação integrada, são necessários (e em
alguns casos, são fundamentais para o êxito de qualquer programa de
informatização do ensino), mas não suficientes para fazer com que o
professor possa realmente usufruir de todas as potencialidades deste
instrumento em suas atividades.
A preocupação exagerada com aspectos ligados, por exemplo, ao
ensino de linguagens de programação rígidas começa a ser questionado
na medida em que os novos usuários descobrem que a grande vantagem
da Micro-informática é exatamente a disponibilidade de poder contar com
programas didáticos e aplicativos já prontos.
37
Mas o aspecto crucial, que parece não vem sendo levado em
consideração na elaboração de cursos de Introdução à Informática
atualmente oferecidos aos professores é que utilizar tecnologias
informáticas em Educação não significa unicamente adquirir novos
conhecimentos ou habilidades, mas sobretudo modificar esquemas
mentais e métodos de trabalho que em um adulto são fortemente
consolidados.
Assim sendo, talvez o recurso à reciclagem pudesse assumir um
maior significado em termos de melhoria das atividades didático-
pedagógicas se os cursos de Iniciação Informática fossem articulados de
modo a elevar a postura dos professores diante do computador,
adequando-se às expectativas de desenvolvimento profissional,
promovendo inúmeras oportunidades para uma maior valorização e
satisfação no trabalho.
Em outras palavras, não basta introduzir o professor nos
conceitos básicos de Informática, já que a verdadeira assimilação da
tecnologia depende da continuidade de sua aplicação e requer reciclagem
permanente.
5.4. A reciclagem como fator de valorização
profissional
O acesso a centros de formação e reciclagem na área de
Informática pode representar um fator importante na valorização
profissional somente quando a reciclagem é entendida como um momento
no qual o professor procura obter todos os elementos necessários para lhe
38
assegurar uma participação ativa no processo de informatização de suas
atividades.
Mas, se a reciclagem é realizada apenas para dar uma resposta
às pressões externas que praticamente obrigam o professor a freqüentar
cursos de Introdução à Informática (sob pena de ser considerado um
profissional de segunda categoria), não levando em consideração os
objetivos e conteúdos que tais cursos deveriam promover, pode se revelar
um grande fracasso, dado que uma participação ativa no mundo
informático significa adquirir competências e habilidades complementares,
mas significa, acima de tudo, vencer barreiras psicológicas de resistências
e preconceito em relação à inovação, representada, neste caso, pela
inserção do computador no dia-a-dia de sala de aula.
Além dos conhecimentos necessários a uma utilização operativa
das diversas estratégias de emprego do computador em atividades
didático-pedagógicas, os cursos de iniciação à Informática no âmbito
escolar poderiam representar um válido momento para a utilização crítica
do instrumento se promovessem mecanismos para que os professores
desenvolvessem capacidades ligadas:
a) à análise dos próprios métodos de ensino a partir, também,
das potencialidades oferecidas pela Informática e pelo uso
do computador;
b) à avaliação das vantagens e limites existentes quando se
trata um argumento no computador;
c) ao exame dos efeitos da nova postura e das novas
tecnologias no ensino e na motivação dos estudantes;
39
d) à utilização crítica de programas de manipulação de
informação (data-base, word-processor, etc.) para facilitar
suas atividades diárias e desenvolver, nos estudantes,
habilidade específicas de pesquisa, de classificação e de
comunicação de dados.
Conclusões
Das reflexões apresentadas nos capítulos anteriores, podemos
extrair algumas considerações conclusivas, que acreditamos seja oportuno
destacar nesta fase do nosso trabalho.
a) A presença maciça de instrumentos informáticos na sociedade
civil representa uma realidade facilmente observável também no Brasil,
onde a demanda do uso de computadores, em muitos casos, parece se
justificar nas enormes promessas de mudanças que tais instrumentos
propõem à sociedade brasileira.
Todavia, não devemos esquecer que a Informática não é senão
um recurso instrumental à nossa disposição e, como tal, para podermos
usufruir plenamente de suas capacidades inovadoras devemos conhecer
suas potencialidades, assim como seus limites, além de sermos
conscientes das conseqüências de seus usos e eventuais abusos.
b) Como base da introdução de computadores na escola existe,
provavelmente, a ilusão de restituir uma eficiência a um sistema de ensino
já bastante abalado neste últimos anos.
O acesso a instrumentos informáticos, que a cada dia se torna
mais necessário (e menos oneroso), não é suficiente para resolver todos
os problemas da Educação, que para serem equacionados necessitam de
diversas "contribuições", inclusive informáticas.
c) O binômio Informática e Educação implica uma rara ocasião
para se refletir, não somente sobre as metodologias didático-pedagógicas,
42
mas também sobre o novo papel do professor diante das atuais exigências
de programação impostas pela presença maciça de computadores em
salas de aula.
É necessário dar prioridade absoluta à formação docente, não
tanto no sentido de fornecer aos professores um conhecimento mínimo
sobre Informática, e mais precisamente sobre Computação. É necessário,
também, e sobretudo, fornecer bases para o seu uso crítico, de modo a
garantir que a inserção de instrumentos informáticos no processo
educativo ocorra com plena consciência da sua viabilidade, validade e
oportunidade no processo ensino-aprendizagem.
d) É talvez supérfluo salientar que para obter um maior
aproveitamento de instrumentos informáticos no âmbito educativo não é
suficiente apenas prever a utilização dos recursos hardware e software e
se manter atualizado com as últimas novidades do mercado. Na melhor
das hipóteses, tal procedimento pode apenas garantir a aquisição de
algumas habilidades técnicas e modelos conceituais novos.
O verdadeiro enriquecimento das atividades didáticas se obtém
através da utilização de recursos informáticos em uma lógica aceitável e
em uma precisa direção correspondente à escala de valores, de fins e de
objetivos os quais devem ser perseguidos pela Educação.
e) A Informática, na figura de seu maior expoente, o computador,
não é absolutamente um elemento neutro em relação às formas de
organização didática, uma vez que postula uma escolha precisa de
conteúdos e métodos.
43
A escolha crítica do momento e do modo como deve ser utilizado
um instrumento potente como o computador pode propiciar grandes
benefícios ao ensino, da mesma forma que o seu uso abusivo pode gerar
verdadeiras distorções.
É oportuno, portanto, não se sentir na obrigação de usar de
qualquer maneira o computador, mas tomar consciência de que o
verdadeiro domínio da tecnologia está no fato de reconhecer que uma boa
quantidade de atividades pode também ser realizada sem que seja
necessário, obrigatoriamente, recorrer a tal instrumento.
f) Aquilo que parece mais urgente hoje, sem falar do futuro não
muito distante, é formar uma cultura informática entre o corpo docente, e
não somente convencê-lo a usar o computador em suas atividades,
mesmo porque a formação ou reciclagem que os capacitará a utilizar uma
máquina de modo inteligente significa vencer barreiras não
obrigatoriamente de tipo intelectual.
Urge, antes de mais nada, desmistificar a Informática e
principalmente o computador que não pode ser concebido como panacéia
para todos os males da Educação. Ele é um instrumento e, como tal, ajuda
a encontrar um modo de ensinar , não o modo de ensinar .
Bibliografia
AICA. Applicazioni dell'elaboratore nella didattica delle discipline
umanistiche. Milano, AICA, 1986.
ALMEIDA, F. J. Educação e informática: os computadores na escola.
São Paulo, Cortez : Autores Associados, 1987. (coleção
polemicas do nosso tempo, 19)
BAILEY, D. E. Computer science in social and behavioral science
education. Englewood Cliffs : New York, Educational Technology,
1978.
BARCLAY, T. - TINKER, R. Microcomputer in educazione. Basic and
graphics. Cambridge, Technical Education Research Center,
1981.
BELL, D. The coming of post-industrial society. A venture in social
forecasting. New York, Basic Book, 1973.
__ Labour in the Pos-industrial society. in: HOWE, J. (org.) The world
of the Blue Collar Worker. New York, Quadrangle Book, 1972.
BOCCHETTI, C. - ACCOMAZZI, L. L'insegnante e il calcolatore. Come
e perchè il computer nella scuola. Milano, Gruppo Editoriale
Jackson, 1985.
BORILLO, M. Informatique pour les sciences de l'home; limites de la
formalisation du raisonnement. Bruxelles, Mardaga, 1984.
BORK, A. Learning with personal computers. New York, Harper &
Row, 1987.
46
CATTENEI, G. et alii. Bambino e società del computer: quale
educazione? Brescia, La Scuola, 1987.
CHISTER, E. Micro-computer in education. Horwood, Christopher
Smith, 1983. (computer and their applications, 16)
CLEMENTS, D. Computers in early and primary education. Englewood
: New Jarsey, Cliffs : Prentice Hall, 1985.
De MICHELE, F. - ROCCHI, L. (org.) Informatica e scuola. Atti dell'8º
Convegno nazionale CIDI. Grossetto 15-18 mar. 1984. Firenze,
Le Monnier, 1985.
DIEBOLD, J. L'uomo e il calcolatore; la tecnologia come fattore di
mutamento sociale. Milano, Franco Angeli, 1972.
FONDAZIONE ADRIANO OLIVETTI. Racionalità sociale e tecnologie
dell'informazione; descrizione e critica dell'utopia tecnologica.
Milano, Edizioni di Comunità, 1973.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Micro eletrônica e sociedade:
aspectos de tecnologias emergentes. Belo Horizonte, Fundação
João Pinheiro, 1988.
GALLINO, L. Informatica e qualità del lavoro. Torino, Einaudi, 1983.
(Nuovo Politecnico, 131)
GARRIC, D. L'informatica: rivoluzione totale. Milano, Bompiani, 1970.
HAPER, D. O. - STEWART, J. H. Run: computer education. Belmont,
Wadsworth, 1983.
INGLEHART, R. La rivoluzione silenziosa. Milano, Rizzoli, 1983.
KELLER, A. When machines teach. New York, Harper & Row, 1987.
47
LABORDA, J. Informática y educación: técnicas fundamentales.
Barcelona, Laia, 1986.
LAENG, M. Pedagogia e informatica. Roma, Armando Editore, 1985.
(Tecnologie educative, 29)
LARICCIA, G. - CAMMELLI, B. Il computer nella scuola. Milano,
Franco Angeli, 1986.
LOLLINI, P. Didattica e computer: quando e come il computer nella
scuola. Brescia, La Scuola, 1985.
MADDISON, A. Microcomputers in the classroom. London, Hodder
and Stoughton, 1982.
MAFFEI, R. la macchina e i sogni: il computer a scuola. Milano, CLUP-
CLUED, 1986.
MAIOCCHI, M. Insegnante e calcolatore. Milano, Supernova, 1985.
MANACORDA, P. Lavoro e intelligenza nell'età microelettronica.
Milano, Presenze : Feltrinelli, 1984.
MARGIOTTA, U. Informatica e apprendimento. Roma, Casa Editrice
Lombardi, 1986.
MARUCCI, G. (org.) Computer e software didattico. Teramo, Giunti &
Lisciani, 1989.
MINISTERO DELLA PUBBLICA ISTRUZIONE. (org.) L'informatica
nella scuola. Roma, Le Monnier, 1985.
NAIMAN, A. Microcomputers in education: an introduction. Cambridge,
Techical Education Research Center, 1982.
48
NAISBITT, J. Megatrends: Le dieci nuove tendenze che
trasformeranno la nostra vita. Milano, Sperling & Kupfer, 1984.
NEGROTTI, M. Uomini e calcolatori: introduzione allo studio dei
mutamenti culturali connessi alla rivoluzione informatica. Roma,
Città Nuova, 1979.
NORA, S. - MINC, A. Convivere con il calcolatore. Milano, Bompiani,
1976.
PELLEREY, M. Informatica: fondamenti culturali e tecnologici. Torino,
SEI, 1986.
PETRINI, E. (org.) Innovazioni tecnologiche e educazione. Venezia,
Fondazione Giorgio Cini, 1983.
PIAZZANO, P. Il computer nella scuola. Milano, Siemens Data, 1988.
RICHMOND, W. K. Il computer nell'educazione: pro e contro. Roma,
Armando Editore, 1985. (Tecnologie educative, 27)
SALARIS BAVA, M. - CASERTA, A. A scuola con l'elaboratore. Torino,
SEI, 1987. SCHWARTZ, B. L'informatica e l'educazione. Roma,
Armando Editore, 1985.
SECCHI, G. Informatica e scuola. Brescia, La Scuola, 1987.
__ Miti e riti dell'informatica: per una critica dell'informatica e per
un'informatica del volto umano. Milano, Garzanti, 1987.
TAYLOR, R. P. (ed.) The computer in the school: tutor, tool, tutee.
New York, Teacher College Press : Columbia University, 1980.
TONTI, E. Didattica con il personal computer. Milano, Gruppo
Editoriale Jackson, 1984.
49
VOLPI, C. Tecnologie dell'informazione e orientamento nella società
post-moderna. Teramo, Giunti & Lisciani, 1986.
WHITE, C. S. - HUBBARD, G. Computers and education. New York,
MacMillan, 1988.
ZANNIELLO, G. (org.) L'uso delle tecnologie informatiche como
sussidio didattico. Catania, Centro Studi ed Applicazioni sulle
Tecnologie dell'Informazione (CSATI), 1989. (Quaderni CSATI, 1)
QUESTIONÁRIO
Modelo de questionário a ser aplicado para se coletar informações que possam
subsidiar projetos de informatização do ensino.
I PARTE: Experiência na área de Informática
1. Você já participou de algum curso de Introdução à Informática?
��Sim, para...
��utilizar o computador a nível pessoal
��utilizar o computador em atividades didáticas
��utilizar o computador em atividades de pesquisa
��adquirir mais infirmações sobre computador/Informática
��outros motivos (especifique).......................................
��Não, por....
��falta de informação sobre que curso freqüentar
��escassa disponibilidade de tempo
��desinteresse sobre computador/Informática
��motivos econômicos
��outras razões (especifique)........................................
2. Com que freqüência utiliza computadores em suas atividades didáticas?
��Sempre, na...
��Às vezes, na...
��Raramente, na...
��produção e utilização de programas didáticos
��confecção e/ou correção de provas e testes
��criação de bancos de dados
��elaboração e análise de dados estatísticos
��simulação de fatos e fenômenos
��resolução de problemas
��realização de trabalhos administrativos
��(especifique outras atividades se necessário) .................
��Nunca, por...
��falta de experiência no uso de computadores
��dificuldade de acesso a instrumentos informáticos
��falta de tempo e dinheiro
��inadequação à natureza das atividades que desenvolve
��(especifique outros motivos se necessário)......................
52
3. Com que freqüência utiliza computadores fora de seu ambiente didático?
��Sempre, na...
��Às vezes, na...
��Raramente, na...
��Nunca
��gestão de atividades ligadas ao contexto familiar
��realização de atividades ligadas a cursos de aperfeiçoamento
��realização de outras atividades profissionais que exerce
��participação em jogos e passatempos
��realização de outras atividades (especifique)....................
4. Considera útil o uso de computadores em suas atividades didáticas?
��Sim, porque...
��reduz tempo de trabalho
��cria maior motivação
��exige maior desempenho profissional
��aumenta o tempo disponível para o planejamento didático
��cria maior interação entre docentes
��reduz sensivelmente os custos operativos
��(especifique outros motivos se necessário)......................
��Não, porque...
��exige maior tempo na preparação das unidades didáticas
��cria maior dispersão
��acarreta altos investimentos com manutenção
��não altera os resultados finais
��reduz o papel do professor
��gera individualismos
��trata-se de mais um novo "modismo"
��(especifique outros motivos se necessário).......................
5. Entre seus colegas, o tema Informática e Educação é alvo de discussão?
��Sempre, sobre...
��Às vezes, sobre...
��Raramente,sobre...
��a modernização do ensino
��a escassez de recursos
��a necessidade de reciclagem dos professores
��a reforma dos currículos
��o computador em substituição ao professor
��a nova forma de motivação através do computador
��outros temas (especifique)...........................
53
6. Você acredita que a Informática vai entrar "sistematicamente" no seu trabalho?
��Sim, em todas as disciplinas
��Sim, só nas disciplinas técnico-científicas
��Sim, sobretudo por iniciativa pessoal de alguns professores
��Não, porque a escola não dispõe de tantos recursos
��Não, porque é contrária à "filosofia " da escola
��Sem opinião formada
7. Se a sua escola iniciasse um processo de informatização das atividades didáticas,
qual seria a probabilidade de obstáculos:
��Muita...
��Pouca...
��Nenhuma...
��Sem opinião...
��nos aspectos econômicos (falta de recursos para compra de equipamentos)
��nos aspectos organizacionais (falta de laboratório, professores especializados)
��nos aspectos didático (falta de programas adequados)
��nos aspectos metodológicos (como usá-la nas várias atividades da escola)
��nos aspectos psicológicos (resistência às mudanças)
��nos aspectos institucionais (pouca experiência da escola)
��outros (especifique).......................................
8. Tem interesse em participar de cursos de introdução à Informática?
��Sim, mas só a nível de conhecimento geral
��Sim, sobretudo a nível de aplicações didático-pedagógicas
��Não
9. Tem interesse em utilizar computadores nas atividades que desenvolve
diariamente?
��Sim, mas com o apoio de especialistas na área
��Sim, com a participação de outros colegas professores
��Sim, mesmo trabalhando sozinho
��Não
54
10. Dispondo de um computador como instrumento auxiliar no processo de ensino,
com que freqüência você o utilizaria em suas atividades didáticas?
��Freqüentemente, como
��Algumas vezes, como
��Poucas vezes, como
��Nunca
��fonte de informações/exemplos durante as aulas
��instrumento de avaliação dos resultados
��elemento de apoio e de reforço individual ou de grupo
��instrumento para elaboração de provas e testes
��banco de dados sobre a classe
��sistemas de apresentação
��(especifique outras formas se necessário)................
11. Em um software para uso didático, que característica você considera mais
importante?
��facilidade de uso
��integração de texto, gráfica, som e cor
��flexibilidade
��apresentação unidades didáticas autônomas
��adaptação às características psicológica e cognitiva do usuário
��possibilitar maior interatividade
��avaliação constante dos resultados
��outras (especifique)....................................
II PARTE: Experiência específica no uso de computadores:
1. Com que freqüência você utiliza os seguintes programas:
��Freqüentemente
��Poucas vezes
��Processadores de textos
��Banco de dados
��Planilhas eletrônicas
��"Pacotes" estatísticos
��Programas de gráfica
��Programas didáticos
��Linguagens de programação
��Jogos
��outros (especifique).............................
55
2. Os trabalhos nos quais você utiliza computador como instrumento de apoio são
realizados:
��em grupo de professores da área
��em grupo de profissionais de várias áreas
��sozinho, sem a presença de outros docentes
3. O tipo de preparação que obteve para utilizar o computador, nas atividades que
desenvolve, é fruto de:
��participação em curso específico de Computação/Informática
��experiências adquiridas durante o curso de pós-graduação
��iniciativa pessoal através de leituras de livros e revistas
��contatos com especialistas da área
��participação em grupos interdisciplinares
��outros (especifique)...............................................
4. Os programas didáticos que você utiliza com mais freqüência são:
��preparados inteiramente por especialistas
��adaptações pessoais a partir de programas preparados por especialistas
��programas construídos em colaboração com outros colegas docentes
��programas inteiramente de sua autoria
5. Como avalia sua experiência com o uso do computador nas atividades didáticas
que desenvolve ou desenvolveu?
��forte
��média
��fraca
6. Evidencie os principais aspectos que considera positivos em sua experiência:
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
56
7. Evidencie os principais aspectos que considera negativos em sua experiência:
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
III PARTE: Dados pessoais sobre o respondente
(os itens abaixo são necessários para uma leitura articulada dos dados presentes no
questionário)
1. Sexo e idade
��Masculino
��Feminino
��abaixo dos 29 anos
��30 - 34 anos
��35 - 39 anos
��40 - 44 anos
��45 - 49 anos
��50 - 54 anos
��55 - 60 anos
��acima dos 60 anos
2. Curso Superior: ......................................................................................................
3. Formação a nível de pós-graduação:
��Especialização (área de estudos)..............................................................................
��Mestrado (área de estudos) .....................................................................................
��Doutorado (área de estudos) .................................................................................... 4. Local onde realizou curso de pós-graduação: ...........................................................
5. Que atividade absorve maior parte do seu tempo na escola?
��ensino
��pesquisa
��administração
��outras (especifique) ...................................................................................................
6. Tempo de trabalho como docente: ...........................................................................
57
7. Área em que atua:......................................................................................
8. Disciplinas que leciona: .............................................................................................
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Campus Universitário I - Bairro São José
Caixa Postal 611/631
CEP 99001-970 - Passo Fundo (RS) BRASIL
Fone (0xx54) 316-8290
Fax (0xx54) 316-8125
E-mail faed@upf.tche.br
Recommended