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8/6/2019 Jogos 7 de setembro
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Jogos
Jogo das cores:
Materiais:
Copinhos descartveis (para confeccionar o urso);
Cartolina de vrias cores (para a trilha);
Um dado de cores
Cada participante representado por um ursinho, conforme o desenho abaixo. A cada rodadao dado jogado, a criana na qual a casinha da frente for a
da cor sorteada coloca seu ursinho na casinha. Ganha quem chegar primeiro ao fim da trilha.
Jogo da velha:
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Materiais:
2 caixas de fsforos grandes (ser a base do jogo e tambm servir para guardar as peas);
Eva(para o tabuleiro);
Tampinhas de garrafa Pet (colocar os adesivos);
Adesivos ou desenhos de papel fantasia.
Brinquedos Pedaggicos de sucatas:
Bastonetes Coloridos
Confeccionar com garrafas PET transparentes de meio litro e as rechear com papel crepon
colorido. Primeiro una as extremidades com fita adesiva colorida, na figura abaixo foi usadas
quatro garrafas, sendo duas para as pontas (uma para cada lado e sem e fundo) e duas no
meio (sem o fundo e sem o gargalo. As crianas podero:
explor-los livremente;
arrast-lo;
classificados por cor;
a professora poder tambm armar cirquitos e pedir para as crianas passarem por ele
utilizando diversas formas de locomoo: caminhando, saltando, engatinhando, etc.
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Caixa pedaggica
Materiais:
uma caixa grande de papelo;
EVA de vrias cores;
caixinhas de vrios tamanhos forradas;
potinhos decorados com fita adesiva colorida (iogurte e outros);
tudos de carto.
Procedimento: Fazer cortes em duas laterais da caixa de maneira que as crianas possamentrar e sair, cubra a caixa com EVA, fazendo cortes de diferentes formas para que as crianas
introduzam os elementos: cubos, bolas, potinhos, caixas. Com esse brinquedo as crianas
podem explorar a caixa, introduzir objetos de acordo com o formato, esconder-se, buscar
elementos e outras propostas outras propostas que surgiro deles mesmos.
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Caixas me es
BRINCADEIRAS LDICAS:
Ac
Ldic
A c
ea
c
mo media
o e
e a a
o compartilhada e o brincar na educa
o fsica
escolar.
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AMA EL HA
Fonte:www.ines.gov.br/.../ati_proj_carmen_ludico.asp
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jogos/sucata
Boliche com garrafas pet.
Possibilidades: Trabalhar quantidades, cores, conceitos de mais, menos, igual.
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Jogo da memoria com caixas de sabo em p.
Objetivo: Associar numero e quantidade.
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Cineminha
Confeccionado com: caixa de sanduicheira, rolos de papel aluminio, tampinhas de refrigerante
e 2 embalagens de tintol, que usei para fazer os suportes dos rolos.
Utilizo para: introduzir um assunto e contar histrias. Essa imagem, por exemplo, faz parte de
uma histria com as vogais.
CA CA - FE TO COM CA UDO E TAMP HA DE GA AFA
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ACE TE AS A GOLAS
BLBOQU
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"Procurei saber sobre a paralisia cerebral com os mdicos que cuidamdo Matheus. Logo
percebi que isso algo essencial para mim em classe."
Eleuza de Ftima eiva, professora da EE Pedro Fernandes da Silva Jnior, em ibeiro das
eves, MG, que leciona para Matheus Alves, 8 anos. Foto: Lo Drumond
Voc sabe o que sndrome de ett, sndrome de Williams ou surdo-cegueira? Para receber os
alunos com necessidades educacionais especiais pela porta da frente, preciso conhecer ascaractersticas de cada sndrome ou deficincia.
O primeiro passo entender as diferenas entre os dois termos. Deficincia um
desenvolvimento insuficiente, em termos globais ou especficos, ou um dficit intelectual,
fsico, visual, auditivo ou mltiplo (quando atinge duas ou mais dessas reas). Sndrome o
nome que se d a uma srie de sinais e sintomas que, juntos, evidenciam uma condio
particular. A sndrome de Down, por exemplo, engloba deficincia intelectual, baixo tnus
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muscular (hipotonia) e dificuldades na comunicao, alm de outras caractersticas, que
variam entre os atingidos por ela.
Se voc leciona para algum com diagnstico que se encaixa nesse quadro, precisa saberque
possvel ensin-lo. "O professor deve se comprometer e acompanhar seu desenvolvimento",
afirma Mnica Leone Garcia, assessora tcnica da Secretaria Municipal de Educao de So
Paulo.
Conhea a seguir as definies e caractersticas das sndromes e deficincias mais frequentes
na escola.
Deficincia fsica
- Definio: uma variedade de condies que afeta a mobilidade e a coordenao motora geral
de membros ou da fala. Pode ser causada por leses neurolgicas, neuromusculares e
ortopdicas, ms-formaes congnitas ou por condies adquiridas. Exemplos: amiotrofia
espinhal (doena que causa fraqueza muscular), hidrocefalia (excesso do lquido que serve deproteo ao sistema nervoso central) e paralisia cerebral (desordem no sistema nervoso
central), que exige dos professores cuidados especficos em sala de aula (leia mais a seguir).
Caractersticas: so comuns as dificuldades no grafismo em funo do comprometimento
motor. s vezes, o aprendizado mais lento, mas, exceto nos casos de alterao na
motricidade oral, a linguagem adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira de
rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e material escolar
adaptado, como apontadores, suportes para lpis etc.
Recomendaes: a escola precisa ter elevadores ou rampas. Fique atento a cuidados do dia a
dia, como a hora de ir ao banheiro. "Algum funcionrio que tenha fora deve acompanhar a
criana", explica Marlia Costa Dias, professora do nstituto Superior de
Educao Vera Cruz, na capital paulista. os casos de hidrocefalia, preciso observar sintomas
como vmitos e dores de cabea, que podem indicar problemas com a vlvula implantada na
cabea.
PARALISIA CEREBRAL
Definio: leso no sistema nervoso central causada, na maioria das vezes, por uma falta de
oxignio no crebro do beb durante a gestao, ao nascer ou at dois anos aps o parto. "Em
75% dos casos, a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual", acrescenta Alice osa
amos, superintendente tcnica da Associao de Assistncia Criana Deficiente (AACD), em
So Paulo.
Caractersticas: a principal a espasticidade, um desequilbrio na conteno muscular quecausa tenso. nclui dificuldades para caminhar, na coordenao motora, na fora e no
equilbrio. Pode afetar a fala.
Recomendaes: para contornar as restries de coordenao motora, use canetas e lpis
mais grossos - uma espuma em volta deles presa com um elstico costuma resolver. Utilize
folhas avulsas, mais fceis de manusear que os cadernos. Escreva com letras grandes e pea
que o aluno se sente na frente. importante que a carteira seja inclinada. Se ele no consegue
falar e no utiliza uma prancha prpria de comunicao alternativa, providencie uma para ele
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com desenhos ou fotos por meio dos quais se estabelece a comunicao. Ela pode ser feita
com papel carto ou cartolina, em que so colados figuras pequenas, do mesmo material, e
fotos que representem pessoas e coisas significativas, como os pais, os colegas da classe, o
time de futebol, o abecedrio e palavras-chave, como "sim", "no", "fome", "sede", "entrar",
"sair" etc. Para informar o que quer ou sente, o aluno aponta para as figuras e se comunica.
Ele precisa de um cuidador para ir ao banheiro e, em alguns casos, para tomar lanche.
Deficincia Visual
"Precisei estudar para ensinar Educao Fsica para alunos com deficincia
visual. Hoje, na sala de recursos, procuro novas possibiliades para a turma."
Anderson Martins, professor de Educao Fsica da EMEF Antnio Fenlio, emTaboo da Serra, SP, onde estuda Taianara Monteiro, 13 anos. Foto: Marcelo Min
Definio: condio apresentada por quem tem baixa viso (em geral,
entre 40 e 60%) ou cegueira (resduo mnimo da viso ou perda total),
que leva necessidade de usar o braile para ler e escrever.
Caractersticas: a perda visual causada em geral por duas doenas
congnitas: glaucoma (presso intraocular que causa leses irreversveis
no nervo tico) e catarata (opacidade no cristalino). Em alguns casos, asdoenas so confundidas com uma ametropia (miopia, hipermetropia ou
astigmatismo), que pode ser corrigida pelo uso de lentes, o que permite o
retorno total da viso. A catarata tambm pode ser corrigida, mas s com
cirurgia. "O aluno que no enxerga o colega a 2 metros nas brincadeiras,
principalmente em espaos abertos, pode ter 5 ou 6 graus de miopia e no
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necessariamente baixa viso ou cegueira", explica o oftalmologista
Frederico Lazar, de So Paulo.
Recomendaes: promover a realizao de exames de acuidade visual
na escola para identificar possveis doenas - reversveis ou no - ou
ametropias. Se o estudante no percebe expresses faciais, lide com ele de
maneira perceptiva, alterando, por exemplo, o tom de voz. As atenes
devem ser redobradas quando o assunto orientao e mobilidade.
preciso identificar os degraus com contraste (faixa amarela ou barbante),
os obstculos, como pisos com alturas diferentes, e, principalmente, os
vos livres e desnveis. A sinalizao de marcos importantes, como
tabuletas indicando cada sala e espao, feita tambm em braile. Uma
ideia trabalhar maquetes da escola para que o espao seja facilmenteidentificado.
Na sala de aula, aconselhvel no colocar mochilas no cho ou no
corredor entre as carteiras. Use materiais maiores e reconhecveis pelo
tato. Aproxime os que tm baixa viso do quadro-negro, j que alguns
conseguem enxergar quando sentados na primeira carteira. Outros
precisam de equipamentos especiais. Para os que no conseguem ler o
que est escrito no quadro, h algumas possibilidades. "Traga o material
j escrito de casa e entregue a eles ou pea que os colegas, em sistema de
revezamento, os auxiliem na tarefa", explica a psicloga Ceclia Batista, do
Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitao da Faculdade
de Cincias Mdicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Deficincia Auditiva
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"Fui pesquisar como trabalhar com sur dos, aprendi Libras e logo fiz uma ps -
graduao em Educao Inclusiva, o que me ajudou muito."
Selma Xavier (no centro), da EE Governador Barbosa Lima, no Recife, onde estudam
Itainan, Matheus e Juliana, que tm deficincia auditiva
Definio: condio causada por m-formao na orelha, no conduto
(cavidade que leva ao tmpano), nos ossos do ouvido ou ainda por uma
leso neurossensorial no nervo auditivo ou na cclea (poro do ouvido
responsvel pelas terminaes nervosas). Tem origem gentic a ou pode
ser provocada por doenas infecciosas, como a rubola e a meningite.
Tambm pode ser temporria, causada por otite.
Caractersticas: pode ser leve, moderada, severa ou profunda."Quanto mais aguda, mais difcil o desenvolvimento da linguagem ", diz
a fonoaudiloga Beatriz Mendes, docente da Pontifcia Universidade
Catlica (PUC), em So Paulo, que atua na Diviso de Educao e
Reabilitao dos Distrbios da Comunicao (Derdic). Um exame
fonoaudiolgico capaz de identificar o grau da leso.
Recomendaes: h duas formas de o aluno com deficincia auditiva
desenvolver a linguagem. Uma delas usar um aparelho auditivo e passarpor acompanhamento teraputico, familiar e escolar. "Pessoas surdas
conseguem falar", ressalta Beatriz Mendes.
Para isso, tem de passar por terapia, receber novos moldes e prteses e ter
o apoio da famlia e do professor", complementa Beatriz Novaes, docente
da PUC e coordenadora do Centro Audio na Criana da Derdic, da
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mesma universidade paulistana. Outro meio ap render a lngua brasileira
de sinais (Libras). O estudante que tem perda auditiva tambm demora
mais para se alfabetizar. Pedir que se sente nas carteiras da frente pode
ajud-lo a aprender melhor. "Fale perto e de frente para ele", destaca
Beatriz Mendes. Aposte tambm no uso de recursos visuais e na
diminuio de rudos - e tente o apoio e a integrao por meio de um
intrprete de Libras.
Deficincia mltipla
"No incio, achei que no seria capaz de ensinar o Joo Vitor. O que me ajudou foram
as leituras sobre a deficincia mltipla e o apoio de uma psicopedagoga."
Amanda Rafaela Silva, professora de pr-escola na EM Coronel
Epifnio Mendes Mouro, em So Gonalo do Par, MG. Joo Vitor tem 7 anos. Foto:
Lo Drumond
Definio: ocorrncia de duas ou mais deficincias: autismo e
sndrome de Down; uma intelectual com outra fsica; uma intelectual e
uma visual ou auditiva, por exemplo. "No h estudos que indiquem qual
associao de deficincia a mais comum", afirma Shirley Rodrigues
Maia, diretora de programas educacionais da Associao Educacional
para Mltipla Deficincia (Ahimsa). Uma das mais comuns nas salas de
aula a surdo-cegueira.
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SURDO-CEGUEIRA
Definio: perdas auditivas e visuais simultneas e em graus variados.
As causas so principalmente doenas infecciosas, como rubola,
toxoplasmose e citomegalovrus (doena da mesma famlia do herpes). A
diferena de um cego ou surdo para um surdo-cego que este no tem
conscincia da linguagem e, portanto, no aprende a se comunicar de
imediato.
Caractersticas: traz problemas de comunicao e mobilidade. O
surdo-cego pode apresentar dois comportamentos distintos: isola-se ou
hiperativo.
Recomendaes: o primeiro desafio criar formas de comunicao.
Busque tambm integrar esse estudante aos demais e criar rotinasprevisveis para que ele possa entender o que vai acontecer. Oferea
objetos multissensoriais, que facilitam a comunicao.
Deficincia intelectual
"Ajudou no meu trabalho perceber que o Benjamin precisa visualizar. Ele
entende mais diante de situaes concretas."
Roselia Blecher, professora da Nova Escola Judaica Bialik Renascena, em So
Paulo, onde estuda Benjamin Saidon, 15 anos, com sndrome de Down. Foto: Marcelo
Min
Definio: funcionamento intelectual inferior mdia (QI), que se
manifesta antes dos 18 anos. Est associada a limitaes adaptativas em
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pelo menos duas reas de habilidades (comunicao, autocuidado, vida
no lar, adaptao social, sade e segurana, uso de recursos da
comunidade, determinao, funes acadmicas, lazer e trabalho). O
diagnstico do que acarreta a deficincia intelectual muito difcil,
englobando fatores genticos e ambientais. Alm disso, as causas so
inmeras e complexas, envolvendo fatores pr, peri e ps -natais. Entre
elas, a mais comum na escola a sndrome de Down.
SNDROME DE DOWN
Definio: alterao gentica caracterizada pela presena de um
terceiro cromossomo de nmero 21. A causa da alterao ainda
desconhecida, mas existe um fator de risco j identificado. "Ele aumentapara mulheres que engravidam com mais de 35 anos", afirma Llia Maria
Moreira, professora de Gentica da Universidade Federal da Bahia
(UFBA).
Caractersticas: alm do dficit cognitivo, so sintomas as
dificuldades de comunicao e a hipotonia (reduo do tnus muscular).
Quem tem a sndrome de Down tambm pode sofrer com problemas na
coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo, e ntre outros, e,
muitas vezes, nasce com anomalias cardacas, solucionveis com
cirurgias.
Recomendaes: na sala de aula, repita as orientaes para que o
estudante com sndrome de Down compreenda. "Ele demora um pouco
mais para entender", afirma Mnica Leone Garcia, da Secretaria
Municipal de Educao de So Paulo. O desempenho melhora quando as
instrues so visuais. Por isso, importante reforar comandos,
solicitaes e tarefas com modelos que ele possa ver, de preferncia com
ilustraes grandes e chamativas, com cores e smbolos fceis de
compreender. A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples. Uma
dificuldade de quem tem a sndrome, em geral, cumprir regras. "Muitas
famlias no repreendem o filho quando ele faz algo errado, como morder
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e pegar objetos que no lhe pertencem", diz Mnica. No faa isso. O ideal
adotar o mesmo tratamento dispensado aos demais. "Eles tm de
cumprir regras e fazer o que os outros fazem. Se no conseguem ficar o
tempo todo em sala, estabelea combinados, mas no seja permissivo."
Tente perceber as competncias pedaggicas em cada momento e manter
as atividades no nvel das capacidades da criana, com desafios
gradativos. Isso aumenta o sucesso na realizao dos trabalhos. Planeje
pausas entre as atividades. O esforo para desenvolver atividades que
envolvam funes cognitivas muito grande e, s vezes, o cansao faz com
que paream misses impossveis para ela. Valorize sempre o empenho e
a produo. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importncia
no trabalho e na rotina escolares, a criana adota atitudes reativas, comodesinteresse, descumprimento de regras e provocaes.
TGD
"Trocando experincias com colegas, descobri novas maneiras de ensinar o Matheus.
E, quando percebi que ele aprendia, nunca mais dei sossegoa ele."
Hellen Beatriz Figueiredo, que deu aulas para Matheus Santana da Silva, autista, na1 srie da EMEF Coronel Hlio Franco Chaves, em So Paulo. Foto: Marcelo Min
Definio: os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) so
distrbios nas interaes sociais recprocas, com padres de comunicao
estereotipados e repetitivos e estreitamento nos interesses e nas
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atividades. Geralmente se manifestam nos primeiros cinco anos de vida.
AUTISMO
Definio: transtorno com influncia gentica causado por defeitos em
partes do crebro, como o corpo caloso (que faz a comunicao entre os
dois hemisfrios), a amdala (que tem funes ligadas ao comportamento
social e emocional) e o cerebelo (parte mais anterior dos hemisfrios
cerebrais, os lobos frontais).
Caractersticas: dificuldades de interao social, de comportamento
(movimentos estereotipados, como rodar uma caneta ou enfileirar
carrinhos) e de comunicao (atraso na fala). "Pelo menos 50% dos
autistas apresentam graus variveis de deficincia intelectual", afirma oneurologista Jos Salomo Schwartzman, docente da ps -graduao em
Distrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, em So Paulo. Alguns, porm, tm habilidades especiais e se
tornam gnios da informtica, por exemplo.
Recomendaes: para minimizar a dificuldade de relacionamento,
crie situaes que possibilitem a interao. Tenha pacincia, pois a
agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois
alteraes no dia a dia no so bem-vindas. D instrues claras e evite
enunciados longos.
SNDROME DE ASPERGER
Definio: condio gentica que tem muitas semelhanas com o
autismo.
Caractersticas: focos restritos de interesse so comuns. Quando
gosta de Matemtica, por exemplo, o aluno s fala disso. "Use o assunto
que o encanta para introduzir um novo", diz Salomo Schwartzman.
Recomendaes: as mesmas do autismo.
SNDROME DE WILLIAMS
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Definio: desordem no cromossomo 7.
Caractersticas: dificuldades motoras (demora para andar e falta de
habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de
orientao espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criana
costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam
um ao lado do outro. No entanto, h um interesse grande por msica e
muita facilidade de comunicao. "As que apresentam essa sndrome tm
uma amabilidade desinteressada", diz Mnica Leone Garcia.
Recomendaes: na sala de aula, desenvolva atividades com msica
para chamar a ateno delas.
SNDROME DE RETT Definio: doena gentica que, na maioria dos casos, atinge meninas.
Caractersticas: regresso no desenvolvimento (perda de habilidades
anteriormente adquiridas), movimentos estereotipados e perda do uso
das mos, que surgem entre os 6 e os 18 meses. H a interrupo no
contato social. A comunicao se faz pelo olhar.
Recomendaes: "Crie estratgias para que esse aluno possa
aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicao", diz Shirley
Rodrigues Maia, da Ahim-sa. Muitas vezes, crianas com essa sndrome
necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e
caminhar.
Quer saber mais?
CONTATOS
Associao de Amigos do Autista (AMA) , www.ama.org.br
Associao de Assistncia Criana Deficiente (AACD) , www.aacd.org.br
Associao de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) , www.apaebrasil.org.br
Associao Educacional para Mltipla Deficincia , www.ahimsa.org.br
Associao Quero -Quero, www.projetoqueroquero.org.br
Diviso de Educao e Reabilitao dos Distrbios da Comunicao (Derdic) ,
www.derdic.pucsp.com.br
Fundao Dorina Nowill para Cegos , www.fundacaodorina.org.br
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Fundao Selma, www.fund-selma.org.br
Instituto de Educao para Surdos (Ines) , www.ines.gov.br
Saberes e atitudes de
alunos com deficincia
Os pequenos com deficincia sabem muitas coisas. s
vezes, at mais que os colegas
Carla Soares Martin (novaescola@atleitor.com.br)
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A cada novo contedo a ser ensinado, de acordo com seu planejamento,
voc se depara com a tarefa de sondar quanto a turma j sabe sobre aquilo
para determinar como lev-la a avanar. Quando h uma criana com
deficincia na sala, a histria no deve ser diferente. preciso verificar
tambm o que ela j conhece e seguir em frente com a etapas previstas.
Mais do que se basear num diagnstico mdico que limite as
possibilidades dela, proponha situaes de aprendizagem desafiadoras
para descobrir at onde ela pode chegar.
Colocando o foco no aprendizado e considerando cada criana em suas
particularidades, voc evita a preocupao demasiada com os sintomas ou
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com a adequao do comportamento dela. " muito complicado
transportar um diagnstico mdico para a sala de aula. Ele ajuda, mas
no pode ser um rtulo que se tenha de carregar e impea o aprendizado",
afirma Simone Kubric, educadora do Trapzio - Grupo de Apoio
Escolarizao, em So Paulo. No so raras as ocasies em que o aluno
supera as expectativas criadas pelos mdicos, surpreendendo a todos com
seu desempenho.
Para investigar o que os alunos com algum tipo de deficincia j sabem,
voc pode usar as mesmas estratgias que prepara para os demais, desde
que adote diferenciaes adequadas a cada necessidade da criana. O
importante colocar todos os estudantes em contato com aquilo quepretende ensinar.
A estratgia escolhida deve permitir que eles usem, durante a sondagem,
informaes e prticas j conhecidas. Os resultados do uma ideia dos
conhecimentos prvios de cada um, evitando que voc proponha situaes
fceis demais - e, portanto, desmotivantes - ou apresente algo
exageradamente complexo, que os alunos, naquele momento especfico,
ainda no tm condio de se apropriar.
Dada a aula, voc tem pela frente a tarefa de avaliar o que todos
aprenderam. Aqui preciso evitar o erro de comparar crianas diferentes,
ou querer nivelar o desenvolvimento da turma. Isso vale para crianas
com e sem deficincia. O desempenho de cada al uno deve ser confrontado
com o conhecimento prvio que ele tinha, levando em conta suas
possibilidades individuais. "O correto comparar cada aluno com ele
mesmo", diz Silvana Lucena Drago, responsvel pelo setor de Educao
Especial da Diretoria de Orientao Tcnica da prefeitura de So Paulo.
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Avaliao de atitudes
Para que a avaliao do aluno com deficincia saia a contento,
importante ter em mente o que se quer que ele aprenda, quais so os
objetivos que ele deve atingir e os contedos a dominar. Outra tarefa determinar as metodologias e estratgias que sero adotadas. Nesse
sentido, vale lembrar que todas as atividades oferecem elementos para
avaliao. Atitudes muito simples, como se reunir em grupo, permanecer
sentado na carteira, se alimentar, cuidar da higiene pessoal sozinho e
utilizar os materiais escolares corretamente podem ser considerados
grandes avanos para estudantes com deficincia intelectual. A
observao de todos no dia a dia sempre de grande valia para oprofessor.
"O educador no pode apenas procurar o que est errado no aluno. O
importante verificar o que ele foi capaz de aprender", diz Maria Tereza
Esteban, da Faculdade de Educao da Universidade Federal Fluminense
(UFF), do Rio de Janeiro. E, no caso das crianas e dos jovens com
deficincia, pequenas atitudes so sempre indcios de progressos, mesmo
que eles no apreendam todo o contedo que voc tentou ensinar na sua
disciplina.
Para acompanhar a aprendizagem das crianas, preciso fazer registros
dirios sobre o desempenho delas e compilar os trabalhos que realizam
em sala. Esse material pode ser transformado num portflio (arquivo da
produo dos alunos). A periodicidade com que esses registros so
transformados em notas depende da poltica educacional de cada escola.Pode ser bimestral ou trimestral.
O importante que esses progressos sirvam de instrumento para que voc
verifique o que cada um aprendeu e, especialmente no caso dos alunos
com deficincia, planeje estratgias diferenciadas para que eles no
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parem de avanar. Essa verificao tambm servir para o planejamento
dos objetivos seguintes. Assim voc sempre poder determinar com mais
segurana o que ensinar a cada etapa e qual a maneira mais apropriada de
fazer isso.
Comportamento nas provas
A forma de se comportar no ambiente escolar, alm de ser ensinada,precisa ser tambm avaliada. Um aspecto particularmente importante
como se portar durante uma prova. Nesses tempos em que as avaliaes
de sistemas esto se tornando cada vez mais frequentes, trabalhar essa
questo com aqueles que apresentam deficincia ganha i mportncia.
Alunos com deficincia das escolas municipais da capital paulista, por
exemplo, j so submetidos Prova So Paulo, que avalia os estudantesdo Ensino Fundamental em Lngua Portuguesa e Matemtica. Para
participar, os alunos com autismo, por exemplo, contam com a ajuda de
um professor com quem tenham mais afinidade. As crianas com
deficincia visual severa recebem a prova em braile ou fazem o exame
com a ajuda de ledor e escriba.
Na Rede Estadual de So Paulo, todos os alunos participam do Sistema de
Avaliao de Rendimento Escolar do Estado de So Paulo (Saresp), que
serve de base para o ndice de Desenvolvimento da Educao do Estado
de So Paulo (Idesp). Mas algumas flexibilizaes so contempladas,
como no caso dos alunos com deficincia intelectual. Eles fazem a prova
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como os demais, na perspectiva da incluso, mas as notas alcanadas por
eles no so contabilizadas no resultado final do exame.
MARIA TERESA EGLR MANTOAN "Estar junto se aglomerar com pessoas
que no conhecemos. Incluso estar com, interagir com o outro". Foto: Kaka
Bratke
Uma das maiores defensoras da educao inclusiva no Brasil, Maria
Teresa Mantoan crtica convicta das chamadas escolas especiais.
Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educao
especial e, como muitos, no achava possvel educar alunos com
deficincia em uma turma regular. A educadora mudou de idia em 1989,
durante uma viagem a Portugal. L, viu pela primeira vez uma experincia
em incluso bem-sucedida. "Passei o dia com um grupo de crianas que
tinha um enorme carinho por um colega sem braos nem pernas", conta.
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No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia
que os alunos cantassem ou danassem para agradecer a visita. Ela
escolheu a segunda opo. "Na hora percebi a mancada. Como aquele
menino danaria?" Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no
colo e os outros ajudaram a amarr-lo ao seu corpo. "E ele, ento, danou
para mim." Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 professora
da Faculdade de Educao da Universidade Estadual de Campinas deixou
de se concentrar nas deficincias para ser uma estudiosa das diferenas.
Com seus alunos, fundou o Laboratrio de Estudos e Pesquisas em Ensino
e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que d oportunidade para
todos, sem qualquer tipo de discriminao, comea na escola.
O que incluso?
a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o
privilgio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de ns. A
educao inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceo. para o
estudante com deficincia fsica, para os que tm comprometimento
mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criana que
discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto
se aglomerar no cinema, no nibus e at na sala de aula com pessoas
que no conhecemos. J incluso estar com, interagir com o outro.
Que benefcios a incluso traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho,
para todos, viver a experincia da diferena. Se os estudantes no
passam por isso na infncia, mais tarde tero muita dificuldade de vencer
os preconceitos. A incluso possibilita aos que so discriminados peladeficincia, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu
espao na sociedade. Se isso no ocorrer, essa s pessoas sero sempre
dependentes e tero uma vida cidad pela metade. Voc no pode ter um
lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele e o
que ele pode ser. Alm disso, para ns, professores, o maior ganho est
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em garantir a todos o direito educao.
O que faz uma escola ser inclusiva?
Em primeiro lugar, um bom projeto pedaggico, que comea pela
reflexo. Diferentemente do que muitos possam pensar, incluso mais
do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola incl usiva
deve discutir o motivo de tanta repetncia e indisciplina, de os professores
no darem conta do recado e de os pais no participarem. Um bom
projeto valoriza a cultura, a histria e as experincias anteriores da turma.
As prticas pedaggicas tambm precisam ser revistas. Como as
atividades so selecionadas e planejadas para que todos aprendam?
Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que nofim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam
de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas
condies. E isso vale para os estudantes com deficincia ou no.
Como est a incluso no Brasil hoje?
Estamos caminhando devagar. O maior problema que as redes de
ensino e as escolas no cumprem a lei. A nossa Constituio garante
desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos
com necessidades especiais devem receber atendimento especializado
preferencialmente na escola , que no substitui o ensino regular. H outra
questo, um movimento de resistncia que tenta impedir a incluso de
caminhar: a fora corporativa de instituies especializadas,
principalmente em deficincia mental. Muita gente continua acreditando
que o melhor excluir, manter as crianas em escolas especiais, que do
ensino adaptado. Mas j avanamos. Hoje todo mundo sabe que elas tm
o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de
conscientizao.
A escola precisa se adaptar para a incluso?
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Alm de fazer adaptaes fsicas, a escola precisa oferecer atendimento
educacional especializado paralelamente s aulas regulares, de
preferncia no mesmo local. Assim, uma criana cega, por exemplo,
assiste s aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina
mobilidade, locomoo, uso da linguagem brail e e de instrumentos como
o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integrao dentro e
fora da escola.
Como garantir atendimento especializado se a escola no oferece
condies?
A escola pblica que no recebe apoio pedaggico ou verba tem co mo
opo fazer parcerias com entidades de educao especial, disponveis namaioria das redes. Enquanto isso, a direo tem que continuar exigindo
dos dirigentes o apoio previsto em lei. Na particular, o servio
especializado tambm pode vir por meio de pa rcerias e deve ser oferecido
sem nus para os pais.
Estudantes com deficincia mental severa podem estudar em uma
classe regular?
Sem dvida. A incluso no admite qualquer tipo de discriminao, e os
mais excludos sempre so os que tm deficincias gr aves. No Canad, vi
um garoto que ia de maca para a escola e, apesar do raciocnio
comprometido, era respeitado pelos colegas, integrado turma e
participativo. H casos, no entanto, em que a criana no consegue
interagir porque est em surto e precisa s er tratada. Para que o professor
saiba o momento adequado de encaminh -la a um tratamento,
importante manter vnculos com os atendimentos clnico e especializado.
A avaliao de alunos com deficincia mental deve ser
diferenciada?
No. Uma boa avaliao aquela planejada para todos, em que o aluno
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aprende a analisar a sua produo de forma crtica e autnoma. Ele deve
dizer o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o
conhecimento adquirido modifica a sua vida. Avaliar estudantes
emancipados , por exemplo, pedir para que eles prprios inventem uma
prova. Assim, mostram o quanto assimilaram um contedo. Aplicar testes
com consulta tambm muito mais produtivo do que cobrar decoreba. A
funo da avaliao no medir se a criana chegou a u m determinado
ponto, mas se ela cresceu. Esse mrito vem do esforo pessoal para vencer
as suas limitaes, e no da comparao com os demais.
Um professor sem capacitao pode ensinar alunos com
deficincia?Sim. O papel do professor ser regente de c lasse, e no especialista em
deficincia. Essa responsabilidade da equipe de atendimento
especializado. No pode haver confuso. Uma criana surda, por exemplo,
aprende com o especialista libras (lngua brasileira de sinais) e leitura
labial. Para ser alfabetizada em lngua portuguesa para surdos, conhecida
como L2, a criana atendida por um professor de lngua portuguesa
capacitado para isso. A funo do regente trabalhar os contedos, mas
as parcerias entre os profissionais so muito produtivas. Se na turma h
uma criana surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o
especialista mostra criana com antecedncia fotos, gravuras e vdeos
sobre o assunto. O professor de L2 d o significado de novos vocbulos,
como pirmide e fara. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos
e leitura labial facilitam a compreenso do contedo.
Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a lngua de
sinais?
at positivo que o professor de uma criana surda no saiba libras,
porque ela tem que entender a lngua portuguesa escrita. Ter noes de
libras facilita a comunicao, mas no essencial para a aula. No caso de
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ter um cego na turma, o professor no precisa dominar o braile, porque
quem escreve o aluno. Ele pode at aprender, s e achar que precisa para
corrigir textos, mas h a opo de pedir ajuda ao especialista. S no acho
necessrio ensinar libras e braile na formao inicial do docente.
O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas?
No, mesmo que a escola no oferea estrutura. As redes de ensino no
esto dando s escolas e aos professores o que necessrio para um bom
trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de
sofrer perseguio. Mas eles tm que recorrer ajuda que est disponvel,
o sindicato, por exemplo, onde legalmente expem como esto sendo
prejudicados profissionalmente. Os pais e os lderes comunitriostambm podem promover um dilogo com as redes, fazendo presso para
o cumprimento da lei.
H fiscalizao para garantir que as escolas sejam inclusivas?
O Ministrio Pblico fiscaliza, geralmente com base em denncias, para
garantir o cumprimento da lei. O Ministrio da Educao, por meio da
Secretaria de Educao Especial, atualmente no tem como preocupao
punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para
colocar tudo isso em prtica.
Projeto da Sala Multifuncional
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Escola Municipal de Ensino Fundamental D. Joo Becker.
Municpio: Ipiranga do Sul
Projeto da Sala Multifuncional
Professoras: Arlene Dall Agnol
Clari Comin
Roberta B. Inocente
Ano: 2010
1-Definio de Atendimento Educacional Especializado
0 atendimento educacional especializado nas salas de recursos multifuncionais secaracteriza por ser uma ao do sistema de ensino no sentido de acolher a diversidadeao longo do processo educativo, constituindo-se num servio disponibilizado pelaescola para oferecer o suporte necessrio s necessidades educacionais especiais dosalunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento.
O atendimento educacional especializado constitui parte diversificada2 do currculo dosalunos com necessidades educacionais especiais, organizado institucionalmente paraapoiar, complementar e suplementar os servios educacionais comuns. Dentre asatividades curriculares especficas desenvolvidas no atendimento educacionalespecializado em salas de recursos se destacam: o ensino da Libras, o sistema Braille3 eo Soroban4, a comunicao alternativa, o enriquecimento curricular, dentre outros.
Alm do atendimento educacional especializado realizado em salas de recursos oucentros especializados, algumas atividades ou recursos devem ser disponibilizadosdentro da prpria classe comum, como, por exemplo, os servios de tradutor e intrpretede Libras e a disponibilidade das ajudas tcnicas e tecnologias assistivas, entre outros.
Nesse sentido, o atendimento educacional especializado no pode ser confundido comatividades de mera repetio de contedos Programticos desenvolvidos na sala de aula,mas deve constituir um conjunto de procedimentos especficos mediadores do processo
de apropriao e produo de conhecimentos.
2-Objetivo Geral:
Apoiar os professores que tem na sala comum alunos com necessidades educativasespeciais, bem como atender esses na sala para aprimorar o seu processo de ensinoaprendizagem, sanando dificuldades das sries anteriores.
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3-Objetivos Especficos:
-Auxiliar os professores em busca de alternativas para realizar um bom trabalho osalunos com NEE.
-Atender individualmente os alunos co NEE para melhorar o seu desempenho em salade aula.
-Identificar as potencialidades de cada aluno.
-Realizar um trabalho coletivo com todo grupo escolar para que se efetive a incluso.
- Produzir recursos pedaggicos considerando as necessidades especficas dos alunos.
-Promover aes educativas com vrios setores.
4-Justificativa:
Tendo em vista que estamos recebendo cada vez mais alunos com necessidadeseducativas especiais e que na Constituio Federal de 1988, o artigo 205 prev o direitode todos educao e o artigo 208 prev o atendimento educacional especializado, e aincluso escolar, fundamentada na ateno diversidade,exigindo mudanas estruturaisnas escolas comuns e especiais viu-se a necessidade de duas professoras iniciarem ocurso de capacitao e todos os demais professores da escola cursarem uma ps-graduao na rea.Tambm por termos a oportunidade de recebermos do MEC uma salamultifuncional para o Municpio.
5 - Referencia Terico:
Segundo o Art. 205 da Constituio, a educao um direito de todos e dever do Estadoe da famlia; ser promovida e incentivada com a colaborao da sociedade, visando o
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e suaqualificao para o trabalho. J no Art. 206, diz que o ensino ser ministrado com baseno princpio de igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola.
A escola o meio mais favorvel para a educao de todas as pessoas. Na riqueza doconvvio com a diversidade que h o verdadeiro crescimento.
Nunca o tema da incluso esteve to presente no dia-a-dia da educao. Cada vez maisprofessores esto percebendo que as diferenas no s devem ser aceitas, mas tambmacolhidas como subsdio para a construo do cenrio escolar. E no se trata apenas deadmitir a matrcula dessas crianas, isso nada mais do que cumprir a lei. O quedevemos fazer oferecer servios complementares, adotar prticas criativas na sala deaula, adaptar o projeto pedaggico, rever posturas e construir uma nova filosofiaeducativa. Aprender a conviver com as diferenas um crescimento pessoal, um passonas relaes interpessoais.
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A Declarao de Salamanca, 1994, afirma que todas as crianas tem necessidades eaprendizagens nicas, tem direito a ir escola de sua comunidade, com acesso aoEnsino Regular, e os Sistemas Educacionais devem implementar programas,considerando a diversidade humana e desenvolvendo uma pedagogia voltada para acriana.
Escolas regulares com orientao inclusiva constituem os meios mais eficazes decombater atitudes discriminatrias criando comunidades acolhedoras, construindo umasociedade inclusiva e alcanando educao para todos.
Declarao de Salamanca - 1994
Com o objetivo de tornar a escola um espao democrtico que acolha e garanta apermanncia de todos os alunos, sem distino social, cultural, tnica, de gnero ou emrazo de deficincia e caractersticas pessoais, o Ministrio da Educao implementauma poltica de incluso que pressupe a reestruturao do sistema educacional.
Atendendo as necessidades educacionais especiais e respeitando seus direitos, a Sala deRecursos Multifuncionais favorecer o processo de incluso educacional, trabalhandocom alunos em turno inverso ao ensino regular que esto matriculados, orientando
pais e professores.
De acordo com o Parecer CNE/CEB nmero 17/2001:
[...] Todos os alunos, em determinado momento de sua vida escolar podem apresentarnecessidades educacionais especiais, e seus professores em geral conhecem diferentesestratgias para dar respostas a elas. No entanto, existem necessidades educacionais querequerem, da escola, uma srie de recursos e apoios de carter mais especializados que
proporcionem ao aluno meios para o acesso ao currculo.
Alm das competncias que os professores necessitam para proporcionar uma educaode qualidade para todos, muitas vezes, so necessrias ajudatcnicas ou equipamentos especficos (Tecnologias Assistivas) para atender snecessidades educacionais especiais, bem como a atuao conjunta de outros
profissionais na promoo da acessibilidade.
A utilizao das Tecnologias Assistivas (TAs) para o apoderamento do aluno comnecessidades educacionais especiais, possibilitando ou acelerando o seu processo deaprendizado, desenvolvimento e incluso social uma maneira concreta de neutralizaras barreiras causadas pela deficincia e inserir esse indivduo nos ambientes ricos para aaprendizagem, proporcionados pela cultura.
5 - Referencia Terico:
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1. A incluso do aluno deficiente, com altas habilidades e superdotado na escolaregular.
A Educao Inclusiva trouxe questes a serem debatidas, desestabilizou, desacomodou,criou situaes que nos fez pensar e perceber que, mesmo sem alunos visivelmentedeficientes dentro da sala de aula, havia alunos excludos. Tentar encontrar solues
para que todos tenham sua chance de aprender e buscar atender as necessidadesindividuais de cada um, nada mais do que sonhar com a escola de qualidade paratodos.
... Uma sociedade inclusiva vai bem alm de garantir apenas espaos adequados paratodos. Ela fortalece as atitudes de aceitao das diferenas individuais e de valorizao
da diversidade humana e enfatiza a importncia do pertencer, da convivncia, dacooperao e da contribuio que todas as pessoas podem dar para construrem vidas
comunitrias mais justas, mais saudveis e mais satisfatrias. (SASSAKI, 1997, p. 164)
Uma escola inclusiva ajuda a quebrar o ciclo da excluso, permite a permanncia dascrianas nas suas comunidades, melhora a qualidade do ensino para todos, supera a
discriminao e promove uma incluso mais ampla, permitindo acesso, permanncia,qualidade e equidade.
A escola que submete seus alunos a uma avaliao padronizada, fabrica hierarquias egera preconceitos. Como afirma Perrenoud (2000, p. 22):
...o fracasso escolar no a simples traduo lgica de desigualdades to reais quantonaturais. No se pode pura e simplesmente compar-lo a uma falta de cultura, deconhecimentos ou de competncias. Essa falta sempre relativa a uma classificao, ela
prpria ligada a formas e a normas de excelncia escolar, a programas, a nveis deexigncia, a procedimentos de avaliao.
Julgamentos de "deficincia", "retardamento", "privao cultural" e "desajustamentosocial ou familiar" so todas construes culturais elaborados por uma sociedade deeducadores que privilegia uma s frma para todos os tipos de bolos. E geralmente aforma da frma de bolo determinada pelo grupo social com mais poder na dinmica dasociedade. No raro se ver dentro do ambiente escolar a viso estereotipada de quecrianas vivendo em situao de pobreza e sem acesso livros e outros bens culturaisso mais propensas a fracassar na escola ou a requerer servios de educao especial.Isto porque essas crianas no cabem na frma construda pelo ideal de escola da classemedia, ou ainda, porque essas crianas no aprendem do mesmo jeito ou na mesmavelocidade esperada por educadores e administradores. Esteretipos pervadem a prtica
pedaggica e so resultados da falta de informao e conhecimento que educadores e
administradores tem a respeito da realidade social e cultural, como tambm do processode desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianas atendidas pelas escolas.
A prtica de classificar e categorizar crianas baseado no que estas crianas no sabemou no podem fazer somente refora o fracasso e perpetua a viso de que o problemaest no indivduo e no em fatores de metodologias educacionais, currculos eorganizao escolar. Aceitar e valorizar a diversidade de classes sociais, de culturas, deestilos individuais de aprender, de habilidades, de lnguas, de religies e etc, o
primeiro passo para a criao de uma escola de qualidade para todos.
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O projeto de Educao Inclusiva no pode ser encarado como mero modismo, pois areflexo sobre o tema vem se consolidando diante da necessidade de ressignificar aeducao. Temos que fazer uma reviso conceitual da idia que temos da pessoa comdeficincia, com altas habilidades ou superdotada. Estas individualidades no definem osujeito, apesar de serem permanentes, precisamos veralm da deficincia ou da altahabilidade, perceber a pessoa e trat-la com tal.
a partir do reconhecimento e valorizao da diversidade que se torna possvelincorporar nos sistemas de ensino, nas redes municipais e estaduais, a idia de que no admissvel manter os padres de desigualdade verificados no Brasil. Somente com avalorizao da diferena possvel reduzir a desigualdade. (DIFERENTESDIFERENAS: Educao de qualidade para todos. Dez, 2006.)
Tenho ouvido muitos professores a respeito de incluso, suas angstias, dvidas eincertezas. Esta inquietao o primeiro passo para buscar a mudana, revisar suasmetodologias e repensar o objetivo maior da educao. Sabemos que no fcil abrirmo de antigos conceitos, mas precisamos romper essas barreiras, pois j sabemos dos
benefcios da Escola Inclusiva, no apenas para aquele que possui necessidades
educacionais especiais, mas para todos, que crescem com a diversidade e, certamente,sero pessoas melhores no futuro.
...Vygostsky sempre combateu uma proposta de formao de grupos com igualdade nosperfis, particularmente quanto a critrios de desempenho intelectual e acadmico. Paraele, seria atravs dos variados contornos individuais que as trocas psicossociais setornariam enriquecedoras e contribuiriam para o crescimento de cada um no grupo.
(INCLUSO. Revista da Educao Especial. Ago, 2006)
Precisamos tomar, com firmeza, uma posio diante do tema incluso, no apenas noambiente escolar, mas de forma totalitria. prioritria uma outra viso dedesenvolvimento, orientada pela idia da democracia, do respeito s individualidades,da eqidade e da justia social. Somente desta forma, podemos contribuir de maneiraefetiva para alguma mudana nas polticas pblicas que assegure educao de qualidade
para todos como um direito universal da sociedade brasileira. Incluir uma questotica.
Conforme Pires (2006, p. 30):
Participar do processo de incluso dos excludos da nossa sociedade, alm de revelarnossa atitude de educadores face s pessoas com necessidades educativas especiais e
perante a sociedade, tal atitude expressa uma funo teleolgica voltada para o
aperfeioamento tico e moral dos indivduos nessa reconstruo social.
A incluso deve ser percebida como uma responsabilidade coletiva da comunidadeescolar. Nesta perspectiva, todos so responsveis pelo xito ou fracasso escolar de cadaaluno. O corpo docente, e no cada professor, dever partilhar a responsabilidade doensino ministrado a crianas com necessidades educativas especiais.
A educao inclusiva melhora a qualidade de ensino para todos, atua comoimpulsionadora das mudanas das prticas educacionais nas escolas, desafiando os
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professores a desenvolverem novas metodologias para a participao ativa que beneficietodos os alunos.
2. O que Sala de Recursos Multifuncionais?
As pessoas com necessidades educacionais especiais tm assegurado pela Constituio
Federal de 1988, o direito educao (escolarizao) realizada em classes comuns e aoatendimento educacional especializado complementar ou suplementar escolarizao,que deve ser realizado preferencialmente em salas de recursos na escola onde estejammatriculados, em outra escola, ou em centros de atendimento educacional especializado.Esse direito tambm est assegurado na LDBEN Lei n 9.394/96, no parecer doCNE/CEB n 17/01, na Resoluo CNE/CEB n 2, de 11 de setembro de 2001, na lei n10.436/02 e no Decreto n 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
O Atendimento Educacional Especializado uma forma de garantir que sejamreconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com deficincia, altashabilidades ou superdotado. Este pode ser em uma Sala de Recursos Multifuncionais,ou seja, um espao organizado com materiais didticos, pedaggicos, equipamentos e
profissionais com formao para o atendimento s necessidades educacionais especiais,projetadas para oferecer suporte necessrio s necessidades educacionais especiais dosalunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Esse atendimento dever ser paraleloao horrio das classes comuns. Uma mesma sala de recursos, conforme cronograma ehorrios, pode atender alunos com deficincia, altas habilidades/superdotao, dislexia,hiperatividade, dficit de ateno ou outras necessidades educacionais especiais.
...uma nova gesto dos sistemas educacionais prev a prioridade de aes de ampliaodo acesso Educao Infantil, o desenvolvimento de programas para professores aadequao arquitetnica dos prdios escolares para a acessibilidade. Preconiza tambma organizao de recursos tcnicos e de servios que promovam a acessibilidade
pedaggica e nas comunicaes aos alunos com necessidades educacionais especiais emtodos os nveis, etapas e modalidades da educao. ( ALVES, 2006, p. 11)
Os princpios para organizao das salas de recursos multifuncionais partem daconcepo de que a escolarizao de todos os alunos, com ou sem necessidadeseducacionais especiais, realiza-se em classes comuns do Ensino Regular, quando sereconhece que cada criana aprende e se desenvolve de maneira diferente e que oatendimento educacional especializado complementar e suplementar escolarizao
pode ser desenvolvido em outro espao escolar.
Freqentando o ensino regular e o atendimento especializado, o aluno com necessidadeseducacionais especiais tem assegurado seus direitos, sendo de responsabilidade da
famlia, da Escola, do Sistema e da sociedade.
AS Diretrizes Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica, 2001, em seuartigo 2 orientam que: Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos,cabendo s escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidadeseducacionais especiais, assegurando as condies necessrias para uma educao dequalidades para todos. (Alves, 2006, p.11)
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O atendimento educacional especializado constitui parte diversificada do currculo dosalunos com necessidades educacionais especiais, organizado institucionalmente paraapoiar, complementar e suplementar os servios educacionais comuns. Dentre asatividades curriculares especficas desenvolvidas no atendimento educacionalespecializado em salas de recursos se destacam: o ensino de Libras, o sistema Braille e osoroban, a comunicao alternativa, o enriquecimento curricular, dentre outros.
Esse atendimento no pode ser confundido com reforo escolar ou mera repetio doscontedos programticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem constituir umconjunto de procedimentos especficos mediadores do processo de apropriao e
produo de conhecimentos.
Os alunos atendidos na Sala de Recursos Multifuncionais so aqueles que apresentamalguma necessidade educacional especial, temporria ou permanente. Entre eles esto osalunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitaes no processo dedesenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, osalunos com dificuldades de comunicao e sinalizao diferenciadas dos demais, osalunos que evidenciem altas habilidades/superdotao e que apresentem uma grande
facilidade ou interesse em relao a algum tema ou grande criatividade ou talentoespecfico. Tambm fazem parte destes grupos, os alunos que enfrentam limitaes no
processo de aprendizagem devido a condies, distrbios, disfunes ou deficincias,tais como: autismo, hiperatividade, dficit de ateno, dislexia, deficincia fsica,
paralisia cerebral e outros.
O professor da Sala de Recursos Multifuncionais deve atuar, como docente, nasatividades de complementao ou suplementao curricular especfica que constituem oatendimento educacional especializado; atuar de forma colaborativa com o professor daclasse comum para a definio de estratgias pedagogias que favoream o acesso doaluno com necessidades educacionais especiais ao currculo e a sua interao no grupo;
promover as condies de incluso desses alunos em todas as atividades da escola;orientar as famlias para o seu envolvimento e a sua participao no processoeducacional; informar a comunidade escolar a cerca da legislao e normaseducacionais vigentes que asseguram a incluso educacional; participar do processo deidentificao e tomada de decises acerca do atendimento s necessidades especiais dosalunos; preparar material especfico para o uso dos alunos na sala de recursos; orientar aelaborao de material didtico-pedaggico que possam ser utilizados pelos alunos nasclasses comuns do ensino regular; indicar e orientar o uso de equipamentos e materiaisespecficos e de outros recursos existentes na famlia e na comunidade e articular, comgestores e professores, para que o projeto pedaggico da instituio de ensino seorganize coletivamente numa perspectiva de educao inclusiva.
Tambm, na Sala de Recursos Multifuncionais, devem estar disposio dos alunos umarsenal de recursos e servios que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidadesfuncionais de pessoas com deficincia e, conseqentemente promover vidaindependente e incluso, que so chamadas de Tecnologias Assistivas.
3. A contribuio das Ajudas Tcnicas e das Tecnologias Assistivas para aaprendizagem.
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Os alunos com necessidades educacionais especiais so aqueles que durante o processoeducacional, apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitaes no
processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividadescurriculares; dificuldades de comunicao e sinalizao diferenciada dos demais alunosdemandando a utilizao de linguagens e cdigos aplicados; ou altashabilidades/superdotao, grande facilidade de aprendizagem que os levam a dominar
rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
Estes alunos precisam ter seus direitos assegurados, direito de serem tratados comodiferentes-iguais, ou seja, diferente na sua individualidade, na sua condio dedeficiente, com altas habilidades ou de superdotado, iguais por interagir, relacionar-se ecompetir em seu meio com recursos proporcionados pelas adaptaes de acessibilidadea que se dispe.
Para possibilitar ou facilitar o acesso comunicao e a informao as pessoasdeficientes foram criadas Tecnologias Assistivas que, segundo o isso 9999, so qualquer
produto, instrumento, estratgia, servio e prtica, utilizado por pessoas com deficinciae pessoas idosas, especialmente produzido ou geralmente disponvel para prevenir,
compensar, aliviar ou neutralizar uma deficincia, incapacidade ou desvantagem emelhorar a autonomia pessoa com deficincia.
De acordo com Alves (2006, p. 18):
...a lei n 10.098/00, que trata das normas gerais e critrios bsicos para a promoo daacessibilidade de pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida, disps que o poder
pblico promover a supresso de barreiras urbansticas, arquitetnicas, de transporte ede comunicao, mediante ajudas tcnicas. Na regulamentao da lei, o art. 61 doDecreto n. 5.296/04 definiu: consideram-se ajudas tcnicas os produtos, instrumentose equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar afuncionalidade da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida,favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistiva.
So consideradas Tecnologias Assistivas desde artefatos simples, como uma colheradaptada at sofisticados programas especiais de computador que visam aacessibilidade.
Muitas vezes a adaptao de recursos feita de maneira natural, de acordo com anecessidade e, principalmente porque algum se preocupou em buscar solues rpidasque possibilitassem a incluso. Como uma classe que teve suas pernas serradas paradiminuir de altura e ficar ao alcance de uma criana cadeirante ou um mapa contornadocom cola colorida para que um aluno deficiente visual pudesse sentir. Estes recursos
artesanais, pesquisados e desenvolvidos pelos prprios professores ou pais, podem fazera diferena entre poder ou no estudar junto com seus colegas.
As Tecnologias da Informao e da Comunicao vem se tornando, cada vez mais,instrumentos de incluso, uma vez que viabilizam a interao do sujeito com o mundo.
H uma grande variedade de materiais e recursos pedaggicos que podem serutilizados para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou at na sala deaula regular, entre eles destacam-se: os jogos pedaggicos que valorizam os aspectos
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ldicos, a criatividade e o desenvolvimento de estratgias de lgica e pensamento; osjogos adaptados, como aqueles confeccionados com simbologia grfica, utilizada naspranchas de comunicao correspondentes atividade proposta pelo professor; livrosdidticos e paradidticos impressos em letra ampliada, em Braille, digitais em Libras,livros de histrias virtuais, livros falados; recursos especficos como reglete, puno,soroban, guia de assinatura, material para desenho adaptado, lupa manual, calculadora
sonora, caderno de pauta ampliada, mobilirio adaptados e muitos outros.
As Ajudas Tcnicas e Tecnologias Assistivas que sero utilizadas tm que partir de umestudo minucioso das necessidades e potencialidades de cada um. Pois tm a finalidadede atender o que especfico dos alunos com necessidades educacionais especiais,
buscando recursos e estratgias que favoream seu processo de aprendizagem,habilitando-os funcionalmente na realizao de tarefas escolares.
6-Metodologia:
Alunado:
-Pessoas com deficincia auditiva;
-Pessoa com deficincia fsica;
-Pessoa com deficincia mental;
-Pessoa com deficincia visual;
-Pessoa com mltiplas deficincia;
-Pessoa de condutas tpicas;
-Pessoa com altas habilidades/superdotados.
7-Ingresso:
Para o ingresso na Sala Multifuncional o aluno deve:
-Estar matriculado e freqentando o Ensino Fundamental, na classe comum das sriesiniciais, podendo o servio estender-se a alunos de escolas prximas nas quais ainda noexista esse atendimento.
-Ter sido submetido avaliao psicoeducacional,realizada no contexto escolar e
registrada em relatrio prprio contendo direcionamento pedaggico e indicao dosprocedimentos adequados s necessidades educacionais levantadas.
-Ter sido submetido a avaliao psicoeducacional no contexto escolar,realizadainicialmente pelo professor da classe comum,com apoio do professor especializado e/ouda equipe pedaggica da escola e, complementada por psiclogo e outros
profissionais(neurologista ou psiquiatra).
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-Quando o aluno da Sala Multifuncional freqentar a classe comum em outroestabelecimento,dever apresentar relatrio da avaliao pedaggica e declarao dematrcula deste.
8-Organizao:
O aluno dever ser atendido individualmente ou em grupo de at 03 alunos segundocronograma preestabelecido.
O aluno dever receber atendimento de acordo com as suas necessidades,1 vez porsemana durante 4 horas dirias.
O horrio de atendimento dever ser em perodo contrrio quele em que o aluno estmatriculado na classe comum.
Os grupos de alunos em atendimento sero organizados preferencialmente por faixaetria e/ou conforme necessidades pedaggicas semelhantes.
O cronograma de atendimento dever ser elaborado pelo professor da SalaMultifuncional,junto com o professor da classe comum e equipe pedaggica daescola,em consonncia com a indicao dos procedimentos de interveno pedaggicaque constam no relatrio da avaliao psicoeducacional realizada no contexto escolar.
O perodo para o encontro entre o professor da Sala Multifuncional,o professor da classecomum e a equipe pedaggica da escola em que o aluno freqenta a classe comum sernas reunies pedaggicas.
O professor da Sala Multifuncional dever realizar:
-o controle de freqncia dos alunos,em formulrio prprio elaborado pela escola;
-contato peridico com o professor da classe comum,com a equipe pedaggica daescola,com a famlia e com os profissionais dos atendimentoscomplementares(psicolgicos,psiquiatras,neurologistas, e outros)para orientao eacompanhamento do desenvolvimento do aluno;
9. Perfil do professor
O professor da sala de recursos multifuncionais tem como atribuies:
atuar, como docente, nas atividades de complementao ou suplementao curricularespecfica que constituem o atendimento educacional especializado dos alunos comnecessidades educacionais especiais;
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atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definio deestratgias pedaggicas que favoream o acesso do aluno com necessidadeseducacionais especiais ao currculo e a sua interao no grupo;
promover as condies para a incluso dos alunos com necessidades educacionaisespeciais em todas as atividades da escola;
orientar as famlias para o seu envolvimento e a sua participao no processoeducacional;
informar a comunidade escolar acerca da legislao e normas educacionais vigentesque asseguram a incluso educacional;
participar do processo de identificao e tomada de decises acerca do atendimento snecessidades educacionais especiais dos alunos;
preparar material especfico para uso dos alunos na sala de recursos;
orientar a elaborao de materiais didtico-pedaggicos que possam ser utilizadospelos alunos nas classes comuns do ensino regular;
indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais especficos e de outros recursosexistentes na famlia e na comunidade;
articular, com gestores e professores, para que o projeto pedaggico da instituio deensino se organize coletivamente numa perspectiva de educao inclusiva.
10. Sugestes de Materiais e Recursos
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Entre a grande variedade de materiais e recursos pedaggicos que podem ser utilizadospara o trabalho na sala de recursos multifuncionais, destacam-se:
jogos pedaggicos que valorizam os aspectos ldicos, a criatividade e o
desenvolvimento de estratgias de lgica e pensamento. Os jogos e materiaispedaggicos podem ser confeccionados pelos professores da sala de recursos e devemobedecer a critrios de tamanho, espessura, peso e cor, de acordo com a habilidademotora e sensorial do aluno. So muito teis as sucatas, folhas coloridas, fotos egravuras, velcro, ms, etc;
jogos pedaggicos adaptados para atender s necessidades educacionais especiais dosalunos, como aqueles confeccionados com simbologia grfica, utilizada nas pranchas decomunicao correspondentes atividade proposta pelo professor, ou ainda aqueles quetm peas grandes, de fcil manejo, que contemplam vrios temas e desafios para
escrita, clculo, cincias, geografia, histria e outros;
livros didticos e paradidticos impressos em letra ampliada, em Braille, digitais emLibras, com simbologia grfica e pranchas de comunicao temticas correspondentes atividade proposta pelo professor; livros de histrias virtuais, livros falados, livros dehistrias adaptados com velcro e com separador de pginas, dicionrio trilnge: Libras/Portugus/Ingls e outros;
recursos especficos como reglete, puno, soroban, guia de assinatura, material paradesenho adaptado, lupa manual, calculadora sonora, caderno de pauta ampliada, caneta
ponta porosa, engrossadores de lpis e pincis, suporte para livro (plano inclinado),tesoura adaptada,softwares,brinquedos e miniaturas para o desenvolvimento dalinguagem, reconhecimento de formas e atividades de vida diria, e outros materiaisrelativos ao desenvolvimento do processo educacional;
mobilirios adaptados, tais como: mesa com recorte, ajuste de altura e ngulo dotampo; cadeiras com ajustes para controle de tronco e cabea do aluno, apoio de ps,
regulagem da inclinao do assento com rodas, quando necessrio; tapetesantiderrapantes para o no descolamento das cadeiras.
11. RECURSOS HUMANOS:
Considerando a diversidade do alunado, os servios de apoio especializados deverooferecer atendimento educacional com professor especializado, complementado, quandonecessrio, por atendimento multiprofissional , visando atender as necessidades do
professor da equipe pedaggica, do aluno e de sua famlia.
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12. Aspectos Pedaggicos:
O trabalho pedaggico deve ser sistemtico, mediante:trabalho em pequenos grupose/ou individualizado quando necessrio, cronograma de atendimento com vistas ao
progresso global, adoo de estratgias funcionais na busca de alternativas parapotencializar o cognitivo, emocional, social, motor e / ou neurolgico.
O trabalho a ser desenvolvido na sala multifuncional dever partir dosa interesses,necessidades e dificuldades de aprendizagem especficos de cada aluno, oferecendosubsdios pedaggicos, contribuindo para a aprendizagem dos contedos na classecomum e , utilizando-se ainda, de metodologias e estratgias diferenciadas.
O professor da sala multifuncional dever apoiar e orientar o professor da classe comumquanto as adaptaes curriculares, avaliativas e metodolgicas que podero serdesenvolvidas na d]sala de aula, a fim de um melhor atendimento aos alunos comnecessidades educativas especiais.
O trabalho desenvolvido na sala multifuncional deve oportunizar autonomia,
independncia, e valorizao das idias dos alunos, desafiando-os a empreenderem oplanejamento de suas atividades.
A sala multifuncional o local de apoio, estimulo ao crescimento, desenvolvimento ebusca do saber, no local para realizao de atividades de reforo escolar.
A proposta pedaggica da sala multifuncional deve levar em conta a complexidade eseriedade das necessidades do atendimento aos alunos com doenas mentais, bem comodos aspectos referentes preveno, reabilitao e a cooperao sistemtica dos queintervm no processo, tais como: o individuo, a famlia, a rede de servios de sademental e a comunidade.
O professor da sal multifuncional dever elaborar um planejamento pedaggico paracada aluno, de forma a atender as intervenes pedaggicas sugeridas na avaliao deingresso.
AVALIAO:
O acompanhamento pedaggico do aluno dever ser registrado semestralmente, deverser registrado os avanos acadmicos e situaes que ocorreram nesse perodo.
O aluno freqentar a sala multifuncional pelo tempo necessrio para a superao dasdificuldades e obteno de xito no processo de aprendizagem na classe comum.
11.REFERNCIAS:
ALVES, Denise de Oliveira. Sala de Recursos Multifuncionais: espaos paraatendimento educacional especializado. Ministrio da Educao, Secretaria deEducao Especial. Braslia, 2006.
CARVALHO, Rosita Edler.Educao inclusiva: com os pingos nos is. Porto Alegre:Mediao, 2004.
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FILHO, Tefilo Alves Galvo; DAMASCENO, Lucian Lopes. Tecnologias Assistivaspara autonomia do aluno com necessidades educacionais especiais. Incluso: Revistada Educao Especial, Braslia, v.1, p. 25-32, ago/2006.
MINISTRIO DA EDUCAO. BRASIL. Diferentes Diferenas: Educao dequalidade para todos. So Paulo: Editora Publisher Brasil, 2006.
MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessrios Educao do Futuro. 6 ed. So Paulo:Cortez: Braslia, DF: UNESCO, 2002.
PERRENOUD, Philippe.Pedagogia Diferenciada: Das intenes ao. Porto Alegre.Porto Alegre: Artes Mdicas Sul, 2000.
SASSAKI, Romeu Kazumi.Incluso: Construindo uma sociedade para todos. Rio deJaneiro: WVA, 1997.
SIAULYS, Mara O. de Campos.Brincar para todos. Ministrio da Educao,Secretaria de Educao Especial. Braslia, 2005.
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