View
221
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
7/26/2019 Jornal Alternativa 2035
1/4
Tera-Feira,01
de
Setembro
de2015-E
dion2035
Tera-Feira, 01 de Setembro de 2015- Edio n2035
1
Bloco petrolfero rea 1 de Moambique exigeinvestimento de 24 mil milhes de dlares
Dezenas protestam contra julgamento deacadmico e jornalistas
Os grupos petrolferos envolvi-dos na explorao do bloco rea1 da bacia do Rovuma, norte deMoambique, iro investir cer-ca de 24 mil milhes de dlarespara iniciar a extraco de gsnatural, noticiou a agncia noti-ciosa Press Trust of India (PTI).Os grupos estatais indianos Oiland Natural Gas Corp (ONGC),atravs da ONGC Videsh, con-trola 16% do bloco, o BharatPetroleum Corporation Limi-
ted (BPCL) controla 10% e oOil India Ltd (OIL) 4%, fazen-do com que o Estado indianodetenha mais do que o princi-pal parceiro e operador, o gru-
po norte-americano AnadarkoPetroleum, que tem 26,5%.Um responsvel da ONGC Vi-desh, citado pela PTI, afirmouque os parceiros do bloco rea1 tero de investir 23 a 24 milmilhes de dlares para come-ar a extrair gs natural, pro-cess-lo e liquidific-lo, paraposterior exportao para osmercados consumidores, en-tre os quais a ndia e o Japo.O objectivo comear a processar
gs natural no primeiro trimes-tre de 2020 numa fbrica a serconstruda em terra, disse ain-da a fonte citada pela agncia,que referiu uma produo ini-
cial de 12 milhes de toneladas.Este bloco rea 1 tem capacida-de para produzir anualmente 20milhes de toneladas de gs na-tural liquidificado, assumindo-se como o segundo maior projectode gs natural depois do Ras La-ffan, no Qatar, operado pelo gru-po norte-americano ExxonMobil.O bloco, operado pelo grupo Ana-darko Petroleum, tem ainda comoparceiros, alm dos trs gruposestatais indianos, o grupo Mitsui
do Japo, com 20%, a empresaestatal moambicana EmpresaNacional de Hidrocarbonetos,com 15% e o grupo da Tailn-dia PTTEP (8,5%). (Macauhu)
De acordo com o ndice depercepo da corrupo 2014,Moambique manteve-se naposio 119 num total de 177
pases avaliados.
Dezenas de pessoas protestaram
ontem em frente ao Tribunal Judi-cial do Distrito de Kampfumo, emMaputo, contra o julgamento deum acadmico e dois jornalistasmoambicanos que respondem poruma opinio sobre a governao doex-Presidente Armando Guebuza."Estamos aqui para demostrar anossa indignao coletiva, na espe-rana de que a liberdade e a justi-a sejam dignifcadas em Moam-bique", disse Salomo Muchanga,
presidente do Parlamento Juvenil,uma das organizaes da socieda-de civil que promoveu o protesto.O caso diz respeito a uma carta doeconomista Nuno Castel-Branco aArmando Guebuza, divulgada emnovembro de 2013 na rede social
Facebook, quando o destinatrio
era Presidente da Repblica deMoambique, e posteriormentereproduzida na imprensa do pas.Castel-Branco foi acusado porcrime contra a segurana do Es-tado e Fernando Veloso, diretoreditorial do semanrio Canal deMoambique, e Fernando Mban-ze, editor do dirio eletrnico Me-diafax, respondem pelo crime deabuso de liberdade de imprensa.Empunhando cartazes com men-
sagens de repdio intimidaoe de exaltao liberdade de ex-presso, tais como " proibidopr algemas nas palavras", daautoria do jornalista moambica-no Carlos Cardoso, assassinadoem 2000, os manifestantes con-
centraram-se em frente ao tri-
bunal s 09:00, a mesma hora aque estava marcado o incio dojulgamento, na avenida 25 de se-tembro, uma das mais frequen-tadas da capital moambicana."Tal como se conquista a liber-dade de expresso tambm seperde", alertou Salomo Mu-changa, enquanto se afastavade um forte cordo policial mon-tado, desde as primeiras ho-ras do dia, porta do tribunal.Lamentado a pouca auncia dos
manifestantes, o ativista moam-bicano Hassane Osmane disse,por sua vez, que o caso trans-cende um simples julgamento detrs moambicanos, considerandoque " a prpria liberdade de ex-
7/26/2019 Jornal Alternativa 2035
2/4
7/26/2019 Jornal Alternativa 2035
3/4
Tera-Feira,01
de
Setembro
de2015-Edion2035
3
Renamo no comparece a ronda de conversaes egoverno moambicano diz que est surpreendido
O governo moambicano con-sidera surpreendente a ati-
tude da Renamo, o maiorpartido da oposio em Mo-ambique, de faltar sessodo dilogo poltico agendadapara esta segunda-feira (31),disse o ministro Jos Pache-co, chefe da delegao gover-namental s conversaescom a Renamo, que se arras-tam h mais de dois anos,sem resultados significativos.
Jos Pacheco disse estar "su-preendido", embora o lder daRenamo, Afonso Dhlakama,j tiv esse anun ciado, a se-mana passada, o fim do di-logo poltico com o governo.Para Pacheco, a Renamo umpartido que no est alinhadocom a Constituio da Rep-blica, nem com o respeito dasdemais leis aplicadas no pas."Este caminho, que a Renamo
est a tomar, surpreende nos.A Renamo no est int eressa-da em respeitar as instituiese personalidades, pela atitudeque toma. Mas, ns somos umgoverno responsvel. Conti-nuamos esperanados que osnossos compatriotas filiadosna Renamo possam estar ali-nhados com os mais altos in-teresses de Moambique, para
o progresso de Moambique,e para o bem-estar dos mo-ambicanos", disse Pacheco.A delega o do go verno es-teve hoje no Centro de Con-
ferncias, na capital dopais, onde semanalmente
decorrem as conversaes.Pacheco explicou que a de-legao do governo decidiucomparecer na sede do di-logo pelo facto de no terrecebido nenhuma cartaformal manifestando a in-disponibilidade da Renamode participar no encontro,mesmo depois das vrias di-ligncias feitas, como tem
sido prtica entre as partes.Questionado se esta decisoda Renamo no seria um pre-texto para o incio de mais umciclo de instabilidade no pas,Pacheco, que tambm ocupao cargo de ministro da Agri-cultura, disse que o governofar tudo ao seu alcance paraevitar a ecloso de um novosurto de violncia no pas."Moambique no est em
guerra. Mas, certamente, sehouver situaes que peri-guem as vidas humanas, queponham em causa os bens p-blicos e privados, o governo sa-ber defender as pessoas, sa-ber defender os bens pblicose privados, como sempre o fez.O governo est completamentedistanciado de qualquer atitu-de de declarar guerra em Mo-
ambique", disse o ministro.Comentando sobre as de-claraes da Renamo, queameaa criar o seu prprioexrcito nacional e um quar-
tel-general, Pacheco vincouque a nica entidade, em Mo-
ambique e em qualquer partedo mundo, com competnciapara manter Foras de De-fesa e Segurana o Estado.Os partidos polticos no tmesse privilgio caso contr-rio estaro a violar os prin-cpios bsicos de um Estadode Direito, que o pas esta edificar e est comprome-tido a continuar a faz-lo.
Contudo, Pacheco disse acre-ditar que o espao de dilo-go, que se abriu no Centro deConferncias, criou uma me-lhor aproximao, uma melhorcordialidade entre a Renamo eo governo.Disse que antes dodilogo em curso, o nvel decomunicao entre o governoe a Renamo era "quase zero"."Assumo a responsabilida-de pessoal de dizer que exis-
te uma espcie de trs Rena-mos: a Renamo de "colarinhobranco", em sede do dilogo.Na Assembleia da Repbli-ca, que tratada com toda adignidade de um Estado. Etemos uma Renamo que apa-renta violncia", referiu."Ns sabemos respeitar a par-te, aparentemente, boa da Re-namo no dilogo e na Assem-
bl ei a. Aquela parte m da Renamo tratada nos termos das suas pr-prias atitudes, quando as situa-es exigem que haja tratamentonesse sentido", acrescentou. (R)
Faa Hoje Assinatura do Jornal
Alternativa
Quarta-Feira,10
deDezembrode2014-Edion1870
Quarta-Feira, 10deDezembro de2014- Edio n1870
1
A inaoem Moambiquenastrs maiorescidadesdopas,nomeadamenteMaputo,BeiraeNampula,subiu0,36%emNovembroltimo,o querepresenta uma acelerao0,23% comparativamente aomsanterior,anunciouo In-stitutoNacionaldeEstatsti-cas(INE).Comoresultado,a inaoacumulada para o perodocompreendido entre JaneiroeNovembrodocorrenteano
O estadistamoambicano,Ar -
mandoGuebuza, dentrevri-
as guras polticasenvolvidas
emvriosnegciosda empresa
pblicaElectricidadede Moam-
bique(EdM),concluium estudo
doCentrode IntegridadePblica
(CIP),uma ONGmoambicanaquedefendeaBoa Governao,
TransparnciaeIntegridadeP -
blica.
Dalistadas gurascujasempre-
sastmna EDMumafontede
negciosconstam,paraalmdo
presidentedaRepblica,Arman -
doGuebuza,o antigoministrode
vriaspastase ex-juizconselhei-
rodo ConselhoConstitucional,
Teodato Hunguana, o general
JacintoVeloso, antigoministro
deSegurana,entreoutros.
Intitulado Electricidade de
Moambique:mau servio,no
transparentee politizada,ana -
lisaasseguintesquestes:am
qualidadedos serviospresta-
de1,21%,o quesignicaqueato naldoanopodersitu-ar-seemmenosde2%.Achefe doDepartamentodePreoseConjunturanoInsti-tutoNacional de Estatstica(INE),PerptuaMichangula,explicou em confernciadeimprensaque emNovembro,onvelgeraldepreosnacap -italregistouumagravamentonaordemde 0,41%compara-tivamenteao msdeanterior.Nacidade daBeirao nvel
dos pelaEmpresa Pblica,a
politizaodos serviosde elect-
ricidade;alimitaono forneci-
mentodeenergia elctricaparao
pas,apesarda grandeproduo
daHidroelctricadeCahoraBas -
sa;o custode energiaelctrica
paraaEDMe paraosconsum-
idores;a faltadetransparncia
naadjudicao de empreitadas,
beneciandoempresasdas elites
polticaseeconmicasdo pas.
EDM,defacto,uma fontede
negcioparaelitespolticas
Deacordocomo estudoontem
apresentadoem Maputo,afalta
de transparnciae integridade,
fazcomqueaempresasejauma
fontedenegciosparaas elites
polticaseeconmicasdo pas.
Oestudoavanaquedadosoci-
aisdaempresaque,entretanto,
nosododomniopblico,con-
rmamesta realidadedaEDM
comofontedenegciosdaselites
polticaseeconmicas nacionais.
Oesquemafuncionaatravsde
empresasque operamno ramo
de fornecimento de material
elctricoe execuode servios
deelectricao,queso fornece-
dorescativosda EDM.Estasempresasso, nasua maioria,
participadaspor gurasda elite
e,ou,mantmnegcioscomem-
presasde gurasdaselites.
Sem 2009,estasgurasfechar -
amcomEdMnegciosdebilies
demeticais.Attulodeexemplo,
opresidenteda Replica factur-
oucom aEdM 57.577.647,00
MTatravsda AberdareIntelec,
rmadedicadaa fabrico, forne-
cimento,venda, distribuio e
manuteno de equipamento,
materiaise acessrioselctricos
eelectrnicosentre outrose 146.
151.733,00MT num negcio
entreEdMesuaempresaElec-
trotec, virada a prestaode
serviosno ramoda indstria,
ligadarea deengenhariaelec -
trotcnica,electricidade,gs,en-
ergiasrenovveise energiaem
geral; execuo,scalizaoe
manutenode empreendimen-
tose assistnciatcnicasuare -
alizao,emalta, mdiase baixa
tenso.
Teodato Hunguana,atravsda
EfacecMoambique,Lda,factut -
ou60.593.654,00MT.Hunguana
jfoi ministroda Justia(1978-
1983),Vice-ministro do Interior
(1983-1986),ministroda Infor-
mao(1986-1991), ministrodo
Anal! Guebuza faz negcios
com a EDM
Inflao acelera em Moambique
Quarta-Feira,10
deDezembrode2014-Edion1870
Quarta-Feira, 10deDezembro de2014- Edio n1870
1
A inaoem Moambiquenastrs maiorescidadesdopas,nomeadamenteMaputo,BeiraeNampula,subiu0,36%emNovembroltimo,o querepresenta uma acelerao0,23% comparativamente aomsanterior,anunciouo In-stitutoNacionaldeEstatsti-cas(INE).Como resultado, a inaoacumulada para o perodocompreendidoentre JaneiroeNovembrodocorrenteano
O estadistamoambicano,Ar -
mandoGuebuza, dentrevri-
as guras polticasenvolvidas
emvriosnegciosda empresa
pblicaElectricidadede Moam-
bique(EdM),concluium estudo
doCentrode IntegridadePblica
(CIP),uma ONGmoambicanaquedefendeaBoa Governao,
TransparnciaeIntegridadeP -
blica.
Dalistadas gurascujasempre-
sastmna EDMumafontede
negciosconstam,paraalmdo
presidentedaRepblica,Arman -
doGuebuza,o antigoministrode
vriaspastase ex-juizconselhei-
rodo ConselhoConstitucional,
Teodato Hunguana, o general
JacintoVeloso, antigoministro
deSegurana,entreoutros.
Intitulado Electricidade de
Moambique:mau servio,no
transparentee politizada,ana -
lisaasseguintesquestes:am
qualidadedos serviospresta-
de1,21%,o quesignicaqueatonal doanopodersitu-ar-seemmenosde2%.Achefe doDepartamentodePreoseConjunturanoInsti-tutoNacional de Estatstica(INE),PerptuaMichangula,explicou em confernciadeimprensaque emNovembro,onvelgeraldepreosnacap -italregistouumagravamentonaordemde 0,41%compara-tivamenteaoms deanterior.Nacidade daBeirao nvel
dos pelaEmpresa Pblica,a
politizaodos serviosde elect-
ricidade;alimitaono forneci-
mentodeenergia elctricaparao
pas,apesarda grandeproduo
daHidroelctricadeCahoraBas -
sa;o custode energiaelctrica
paraaEDMe paraosconsum-
idores;a faltadetransparncia
naadjudicao de empreitadas,
beneciandoempresasdas elites
polticaseeconmicasdo pas.
EDM,defacto,uma fontede
negcioparaelitespolticas
Deacordocomo estudoontem
apresentadoem Maputo,a falta
de transparnciae integridade,
fazcomqueaempresasejauma
fontedenegciosparaas elites
polticaseeconmicasdo pas.
Oestudoavanaquedadosoci-
aisdaempresaque,entretanto,
nosododomniopblico,con-
rmamesta realidadedaEDM
comofonte denegciosdas elites
polticaseeconmicas nacionais.
Oesquemafuncionaatravsde
empresasque operamno ramo
de fornecimento de material
elctricoe execuode servios
deelectricao,queso fornece-
dorescativosda EDM.Estasempresasso, nasua maioria,
participadaspor gurasda elite
e,ou,mantmnegcioscomem-
presasdeguras daselites.
Sem 2009,estasgurasfechar -
amcomEdMnegciosdebilies
demeticais.Attulodeexemplo,
opresidenteda Replica factur-
oucom aEdM 57.577.647,00
MTatravsda AberdareIntelec,
rmadedicadaa fabrico, forne-
cimento,venda, distribuio e
manuteno de equipamento,
materiaise acessrioselctricos
eelectrnicosentre outrose 146.
151.733,00MT numnegcio
entreEdMesuaempresaElec-
trotec, virada a prestaode
serviosno ramoda indstria,
ligadarea deengenhariaelec -
trotcnica,electricidade,gs,en-
ergiasrenovveise energiaem
geral; execuo,scalizao e
manutenode empreendimen-
tose assistnciatcnicasuare -
alizao,emalta, mdiase baixa
tenso.
Teodato Hunguana,atravs da
EfacecMoambique,Lda,factut -
ou60.593.654,00MT.Hunguana
jfoi ministroda Justia(1978-
1983),Vice-ministro doInterior
(1983-1986),ministroda Infor-
mao(1986-1991), ministrodo
Anal! Guebuza faz negcios
com a EDM
Inflao acelera em Moambique
Faa Hoje Assinatura do Jornal
Alternativa
Jornal
Eletrnico
Dirio
Sai de Segunda Sexta
DE Segunda a Sexta - Editor: Srgio Massinga
Propriedade: CConserv - GABINFO - Registo - 027/GABINFO-DEC-2006
Redaco: Av. Eduardo Mondlane, N 1478, Maputo - Moambique
Telefone: 21328353 Fax: 21010217 Cell: 828312360
Email:alterna tiva@cconserv.com/cconserv@tdm.co.mz
7/26/2019 Jornal Alternativa 2035
4/4
Recommended