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Lição 1 - Nominativo
1- Pode-se encontrar 6 elementos numa oração;
2- Sujeito, adjunto adverbial, adjunto adnominal restritivo, objeto indireto, objeto direto
e vocativo;
3- É o que, na oração, pratica a ação;
4- Questionando o verbo, com as perguntas que ou quem;
Napoleão ensina latim; o regente conduziu a orquestra; sequestrou Elpídio as erínias,
Alécio encomendou livros diversos; saci algum jamais cruzou as pernas;
a) A filosofia é a ciência de todas as coisas;
b) O fundamento da justiça é a fé;
c) O autor desse livro é Pedro;
d) De todas as coisas, a mais eficiente é o bom humor;
e) É necessária a moderação;
f) Nesse lugar foi encontrado um esqueleto;
g) São caducas as riquezas;
h) Nesse ano o rei morreu;
7- Em latim, as palavras podem desempenhar 6 funções;
8- Caso é a forma que a palavra toma, de acordo com sua função na oração;
9- Em latim existem 6 casos;
10- Sim;
11- Distinguem-se os casos em latim por suas terminações nas palavras;
12- Sim. Nominativo, acusativo, ablativo, vocativo;
13- A palavra que exerce a função de sujeito, em latim está no caso Nominativo;
14- É a de sujeito da oração;
15- a) O filho do vizinho estudou; b) O sol sempre ilumina a terra; c) A terra é
iluminada pelo sol; d) Nem sempre a lua ilumina a terra durante a noite; e) O sol tem
luz própria, ao passo que a lua não tem; f) A fonética constitui a primeira parte da
gramática; g) O nominativo indica o sujeito da oração; h) O sujeito de uma oração vai
em latim para o caso nominativo; i) Procede mal o aluno que pretende acertar as
respostas do questionário sem antes ter estudado bem a lição.
Lição 2 - Vocativo, Genitivo
1- O segundo elemento que podemos encontrar numa oração é o Vocativo;
2- O vocativo serve de chamado a alguém numa oração;
3- Pode vir o vocativo no começo, no meio ou no fim da frase;
4- O vocativo há-de exigir sempre a vírgula;
5- Rivaldo, sai desse lago; sai, Rivaldo, desse lago; sai desse lago, Rivaldo;
6- Sim, pois que o vocativo necessariamente há-de se acompanhar de vírgulas.;
7- O terceiro elemento que a oração pode apresentar é o adjunto adnominal restritivo;
8- O adjunto adnominal restritivo quase sempre encerra a idéia de restrição e posse a um
dado termo, diminuindo-lhe o alcance e especificando-lhe o conteúdo;
9- A casa de Pedro foi pintada com o pincel de Carlos, e fica no alto do morro, no
terreno de Paulo;
10- Em português o adjunto adnominal restritivo acompanhar-se-á sempre da
preposição de;
11- O adjunto adnominal restritivo, quando transposto ao latim, vai para o Genitivo;
12- Traduz-se o genitivo latino em português como adjunto adnominal restritivo;
13- a) Os soldados (nom.) defendem a pátria; b) Soldados (voc.), defendei a pátria; c)
O menino (nom.) quebrou a perna; d) Ó menino (voc.), não escreva dessa forma; e)
João (voc.), seu mano (nom.) já voltou?; f) Seu mano João (nom.) já voltou?; g)
Pedrinho (nom.) não vai ao cinema, Maria (voc.)?; h) Por que Maria (nom.) não quer
brincar?; i) Por que, Maria (voc.), você não quer brincar?; j) A casa (nom.) de meu
amigo (gen.) vai ser desapropriada; k) Você viu, maninho (voc.), como a lição (nom.)
do professor (gen.) foi instrutiva?; l) Nem sempre as árvores (nom.) altas têm grande
quantidade de galhos (gen.); m) Homem (voc.) de pouca fé, por que deixou seus filhos
sem a luz da ciência (gen.)?; n) João (voc.), que é feito do anel de sua irmãzinha
(gen.)?
Lição 3 - Dativo
1- Entende-se por complemento a frase que há-de suplementar o sentido do verbo,
quando este não tem sentido completo em si;
2- Não. Por que os há que não precisam de complemento, e outros há que precisam;
3- Verbo de predicação completa é o que não necessita de complemento. Verbo
intransitivo. Andar, correr, morrer, voar;
4- Existem quatro tipos de verbos de predicação incompleta. O primeiro é o transitivo
direto, cuja liga com o verbo não vem intermeado de preposição, ou seja, a ligação
entre verbo e complemento dá-se sem mediadores. Como exemplo disso, dar-se-ão os
seguintes exemplos: João ama Felícia; A batida quebrou o vaso; o sanatório
recebeu os pacientes. O segundo é o transitivo indireto, cuja liga com o complemento
deve ser intermediado de preposição obrigatoriamente, i. é, a relação entre verbo e
complemento dá-se por meio de uma preposição. São exemplos disso: Rogério
obedeceu ao pai; Jesus perdoa ao pecador; Carlos assistiu ao filme. Terceiro
exemplo de verbo de predicação incompleta, é aquele chamado de verbo de ligação. O
que o diferencia dos demais é que o complemento de que necessita não é conseqüência
duma ação do sujeito da frase, mas tão-somente uma descrição do estado ou qualidade
desse mesmo sujeito. Exempli gratia: Pedro é fiel, Pedro é pedra, Semíramis anda
preocupada. Quarto e derradeiro exemplo são os verbos duplamente incompletos, aos
quais não basta um complmento apenas, mas dois, um direto e outro indireto. São dessa
graça: João ofereceu ao aluno o presente; o padre relatou o caso ao bispo; o poeta
contou a história ao povo.
5- Objeto direto (sem o auxílio de preposição); objeto indireto (com o auxílio de
preposição); predicativo (complemento ao verbo de ligação);
6- Sim, perfeitamente. Dativo de interesse. O presidente anda preocupado com o povo.
7- Predicativo. Porque em geral o complemento do verbo estar refere-se a uma
qualidade do sujeito, e não ao efeito duma ação desse mesmo sujeito;
8- Entende-se por regência o estudo do tipo de complemento do verbo - se direto ou
indireto - , e a preposição que há-de vir, caso seja o complemento de tipo indireto;
9- Predicação completa – verbos intransitivos (não necessitam de complemento);
predicação incompleta – verbos transitivos diretos (complemento sem preposição),
indiretos (complementos com preposição) e de ligação (complementados com um
predicativo); verbos duplamente incompletos (necessitam de um objeto direto e outro,
indireto, para se complementar).
10- O quarto elemento a aparecer numa oração é o Objeto Indireto;
11- É o complemento somado ao verbo por meio de uma preposição;
12- Em geral, sim. A e para;
13- Assisti aos funerais do Papa; entregou o ladrão para a polícia; Matias obedeceu ao
mandamento, Pe. Antônio Vieira procedeu à homilia e O índio Cochise mandou a
esposa de volta para a tenda;
14- Vai para o dativo;
15- Traduz-se pelo objeto indireto;
16- a) O sol (nom.) fornece luz a todos (dat.); b) O cão (nom.) do vizinho (gen.)
desobedeceu-me (dat.); c) Dei-lhe (dat.) peras em quantidade; d) Meninos (voc.),
perdoai aos inimigos (dat.); e) Maria (nom.) e seu irmão (nom.) não nos (dat.) deram o
prazer de visitar-nos.
Lição 4 - Ablativo
1- Objeto direto, objeto indireto, adjunto adnominal restritivo, adjunto adverbial e
predicativo;
2- É o complemento do verbo que o encarece, sem contudo ser-lhe necessário, pois que
o verbo prescinde dele;
3- Não, pois que os objetos direto e indireto são requeridos para completar o sentido dos
verbos a que se juntam;
4- A casa queimou rápido. Os bombeiros chegaram tarde. Os candelabros de prata
derreteram completamente. Os donos assustaram-se muito. O seguro pagou de má
vontade aos moradores ;
5- O mais das vezes, vai para o Ablativo;
6- É o Acusativo;
7- É o complemento do verbo que não necessita de preposição;
8- João ama Lúcia; a polícia cercou o terreno; o advogado quebrou o contrato; as
cercas vivas enfeitam o jardim; o relojoeiro consertou o pêndulo;
9- Para o caso Acusativo;
10- a) Estávamos conversando na sala (adj adv lugar – abl.), quando vimos, pelo
buraco (adj adv lugar por onde – abl. - cf. lição 92, nota 20) da fechadura (adj adn
restr – gen.) do quarto (adj adn restr – gen.) fronteiriço, um ladrão (obj dir – acus..)
que, tendo fugido da prisão (obj ind– dat.), dirigiu-se a nossa casa com o intuito (adj
adv modo – abl.) de roubar nossas coisas (obj dir – acus.); b) Orfeu (suj – nom.)
arrastou com o seu canto (adj adv meio – abl.) as florestas (obj dir – acus.) e as pedras
(obj dir – acus.); c) Vivendo com economia (adj adv modo – abl.), Pedro (suj – nom.) e
Paulo (suj – nom.) podem enviar dinheiro (obj dir – acus.) para seus pais (obj ind –
dat.); d) Fugiu por descuido (adj adv modo – abl.) do guarda (adj. adv. – abl..); e)
Pedro (suj – nom.) feriu o irmão (obj dir – acus.) com uma pedra (adj adv instr – abl.);
f) Os homens (suj – nom.) livres dão à humanidade (obj ind – dat.) conforto e
satisfação (obj dir – acus.); g) Os governos (suj – nom.) discricionários nenhuma
garantia (obj dir – acus.) oferecem ao cidadão (obj ind – dat.); h) Não conquisto
simpatia (obj dir – acus.) com promessas (adj adv meio – abl.) mas com fatos (adj adv
meio – abl.).
Lição 5 - Flexões
1- Flexão é a propriedade que tem a palavra de variar à última sílaba;
2- Substantivo, verbo, adjetivo e pronome;
3- Entende-se por invariável a palavra que se não flexiona;
4- Desinência é a parte variável da palavra; excetue-se aqui as raízes dos verbos
irregulares, que com serem - segundo o prof. Napoleão, na sua Gramática Metódica -
"verbos estragados" pelo muito uso, possuem variações que não se contemplam nessa
definição. A variação dessinêncial se aplica a todos os verbos, já as variações da
irregularidade verbal hão de ser vistas caso a caso;
5- Tema é a parte invariável da palavra flexionável;
6- Fals-o, quadr-o, cardern-o, livr-o, feij-ão, pedr-a;
7- É a variação que a palavra sofre na desinência conforme a função daquela na frase;
8- Declinação é o conjunto de flexões que o substantivo pode assumir; além do
substantivo, outras palavras podem se declinar, mas o estudante iniciante não se deve
preocupar com isso por enquanto;
9- No latim há 5 declinações;
10- Cada declinação se pode flexionar em doze flexões, seis singulares e seis plurais;
11- É declarar-lhe todas as formas assumidas nos diferentes casos, singulares e plurais;
12- Nominativo, vocativo, genitivo, dativo, ablativo e acusativo;
13- É o gênero que não é nem masculino nem feminino (nem um nem outro);
14- Por meio da desinência no genitivo singular;
15- 1) lupus, lupi, 2ª declinação, rad.: lup; 2) liber, libr-i, 2ª declinação, rad.: libr; 3)
dens, dent-is, 3ª declinação, rad.: dent; 4) dies, di-ei, 5ª declinação, rad.: di; 5) rex, reg-
is, 3ª declinação, rad.: reg; 6) cantus, cant-us, 4ª declinação, rad.: cant; 7) nauta, naut-ae,
1ª declinação, rad.: naut; 8) honos, honor-is, 3ª declinação, rad.: honor; 9) mare- mar-is,
3ª declinação, rad.: mar; 10) manus, man-us, 4ª declinação, rad.: man; 11) res, r-ei, 5ª
declinação, rad.: r; 12) tabernaculum, tabernacul-i, 2ª declinação, rad.: tabernacul.
Lição 6 - Pronúncia e Acentuação
1- Na penúltima e na antepenúltima sílabas;
2- A penúltima sílaba;
3- O acento cairá na antepenúltima sílaba;
4- O acento cairá na penúltima sílaba;
5- Accípiter, agrícola, ámbulo, ánimal, áquila, árboris, Arpínas, auctóritas, célebro,
córporis, desídero, díligens, dilúcide, erudítos, fúrfures, grácilis, híemis, íncito, índico,
optimátes, práedico, supérior, vélox;
6- Ks;
7- Ci. Justitia, laetitia, avaritia;
8- É a capacidade de a vogal ser longa ou breve numa palavra;
9- Quer saber se a vogal é longa ou breve;
10- Quoúsque tándem abutére, Catilína, patiéncia nóstra? Quámdiu étiam fúror íste túus
nós elúdet? Quém ad fínem sése affrenáta jactábit audácia? Nihílne te noctúrnum
praesídium Palátii, níhil úrbis vigíllae, níhil tímor pópuli, níhil concúrsos bonórum
ómninum, níhil híc munitíssimus habéndi senátus lócus níhil hórum óra vultúsque
movérunt? Patére túa consília nón séntis? Constríctam jám óminum hórum conciéntia
tenéri conjuratíonem túam non vides? Quid próxima, quíd superióre nócte égeris, úbi
fúeris, quós convocáveris, quíd consílii céperis, quém nóstrum ignoráre arbitráris?
sábado, 30 de janeiro de 2010
3. OS CASOS: O NOMINATIVO E O ACUSATIVO
Vamos agora estudar os casos latinos. Como o assunto é longo, abordaremos inicialmente apenas a função principal de cada caso, deixando o resto para futuros aprofundamentos.
O NOMINATIVO – SUJEITO DA ORAÇÃO
O nominativo é essencialmente o caso do sujeito.
Tomemos alguns exemplos bem simples:
1. A MENINA CANTA.Nessa oração simples, fica bem fácil de identificar o sujeito A MENINA e o predicado CANTA.
A palavra menina em latim é puella, e pode apresentar seguintes flexões: puella, puellae, puellarum, puellis, puellam, puellas. No exemplo acima, “menina” é o sujeito da oração; portanto, entre todas as formas possíveis para essa palavra, escolheremos a do nominativo singular – puella.
Nossa frase fica então: PUELLA CANTAT.
2. Outro exemplo: O MESTRE EDUCA.Nesta oração simples identificamos o sujeito O MESTRE e o predicado EDUCA. A palavra mestre em
latim pode ter as seguintes formas: magister, magistri, magistrorum, magistro, magistrum, magistros, magistris. Como sujeito, a palavra mestre deve ir para o nominativo singular: magister.
Nossa frase ficará então: MAGISTER EDUCAT.
Antes de continuar dando mais exemplos de emprego do NOMINATIVO, proponho estudarmos o ACUSATIVO. Creio que o emprego das flexões de caso começará a ficar mais claro se dispusermos de dois casos em uma mesma oração.
O CASO ACUSATIVO – O OBJETO DIRETO
O acusativo é, por excelência, o caso do complemento verbal denominado em português OBJETO DIRETO.
Para bem entendermos o que significa um complemento verbal é indispensável sabermos que há verbos de sentido completo e verbos de sentido incompleto. Usando uma outra terminologia, podemos dizer que há verbos de predicação completa e verbos de predicação incompleta.
Os verbos de predicação completa tendo sentido completo, não exigem nenhum tipo de complemento. Exemplos: O pássaro voa, o ladrão fugiu, Pedro morreu, A mestra educa. A ação expressa pelo verbo, ou seja, o predicado, concentra-se toda no verbo, sem necessidade de nenhum complemento. A oração se constitui de apenas dois termos, o sujeito e o verbo.
Esses verbos de predicação completa também são chamados de intransitivos.
Já os verbos de predicação incompleta são verbos que, tendo sentido incompleto exigem um complemento, um termo que lhes complete o sentido. Imagine que eu diga, por exemplo “ele perdeu”; a oração tem sentido incompleto pois não declarei “o que ele perdeu”; é preciso, para que a oração tenha sentido completo, que eu declare “o que” ele perdeu: Ele perdeu a carteira; ele perdeu os óculos; ele perdeu a compostura...
Outro exemplo: se eu disser “Maria ganhou”, imediatamente se fará a pergunta, “que foi que Maria ganhou? Maria ganhou um prêmio, Maria ganhou um doce, Maria ganhou o jogo. A oração passa a ter obrigatoriamente três elementos: o sujeito, o verbo e o complemento do verbo.Vamos a alguns exemplos:
1.) As servas amam as senhoras.Nessa oração temos: o sujeito “as servas”, pois é delas que se afirma o predicado “amam as senhoras”. Depois temos o núcleo do predicado, o verbo “amar”; o verbo amar, sendo de predicação incompleta (o que ou que,as servas amam?) exige o complemento, o objeto direto “as senhoras”.
Resumindo:
a) servas-sujeito: nominativo plural;
b) senhoras-objeto direto: acusativo plural.
Serva no nominativo singular é SERVA e no nominativo plural, SERVAE.Senhora no acusativo singular é DOMINAM, no acusativo plural DOMINAS.
Nosso exemplo ficará: SERVAE DOMINAS AMANT.
E se quiséssemos essa frase toda no singular? O nominativo singular de serva você já sabe: é SERVA. O acusativo singular de domina é DOMINAM. O verbo na terceira pessoa do singular é AMAT. Teremos então: SERVA DOMINAM AMAT.
2.) A mãe prepara a ceia.
A análise nos mostra que o sujeito é a
mãe, núcleo do predicado o verbo preparar que, por ser de predicação incompleta exige o complemento (o que a mãe prepara?) “a ceia”, o objeto direto. Então, mãe deve ficar no nominativo singular, ceia no acusativo singular,e o verbo na terceira pessoa do singular – parat..
a) A palavra mãe, no nominativo singular é MATER.
b) A palavra ceia no nominativo singular é CENA, e no acusativo singular é CENAM.
c) O verbo preparar, na terceira pessoa do singular é PARAT.
Nosso exemplo ficará, então, em latim: MATER CENAM PARAT.
3.) O filho ama a mãe.
Análise: o filho: sujeito, nominativo singular; a mãe: objeto direto, acusativo singular.a) Filho, no nominativo singular é FILIUS.
b) Mãe, mater, no acusativo singular é MATREM
c) O verbo na terceira pessoa do singular, presente do indicativo: AMAT
O exemplo ficará: FILIUS MATREM AMAT.
NB. No exemplo anterior a palavra mãe apareceu sob a forma MATER, pois era o sujeito da oração - nominativo; neste, aparece como MATREM, pois é o objeto direto – acusativo.
E se quiséssemos passar esse exemplo para o plural?
a) O nominativo plural de FILIUS é FILII;
b) o acusativo plural de MATER é MATRES;
c) o verbo na terceira pessoa do plural, presente do indicativo, é AMANT.
O exemplo fica: FILII MATRES AMANT.Postado por Afonso Figueiredo às 11:04
2. A ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO
Como vimos na postagem anterior, A FLEXÃO DE CASO, o latim exprime a função sintática por meio da flexão de caso. Cada caso representa um conjunto de noções ou de relações semânticas associadas a características morfológicas; tais características encontram-se no fim da palavra e recebem o nome de desinências. As mudanças de forma que a palavra sofre são exatamente o que denominamos “flexão”.
Em latim há seis casos: Nominativo, Genitivo, Acusativo, Dativo, Ablativo e Vocativo. Mas, antes de abordar cada caso, vamos recordar o conceito de oração.
ORAÇÃO
Palavra: vocábulo e termo
Na linguagem verbal as idéias são expressas através de palavras. Podemos distinguir duas realidades na palavra: 1. a palavra enquanto representação material, ou seja o som ou sua aparência gráfica, e a isso chamaremos de vocábulo; 2. a palavra enquanto índice da idéia que encerra, ao que chamaremos termo. Dito de outra forma, a palavra apresenta dois aspectos: um externo, onde podemos observar, por exemplo, o número de sílabas, a acentuação tônica, a ortografia etc. e outro interno, a saber, o conteúdo, a idéia, o sentido que exprime.
Um pensamento ou uma idéia completa pode ser expresso em sua forma mais simples por uma única palavra. O pensamento se formula em bloco, por assim dizer, como no caso das interjeições e exclamações: Ai!, Orra, meu!, Pô, cara!!!... Mais para frente voltaremos a esse assunto.
A frase ou locuçãoMas é comum que usemos reuniões de palavras (termos) para expressar pensamentos ou idéias mais complexas. Assim, se digo “o livro de Pedro”, “os olhos de cigana de Capitu” ou “as margens plácidas do Ipiranga”, estou reunindo palavras para expressar idéias; a essa reunião ou agrupamento de termos denominamos locução ou frase. Mas, perceba que ao dizer “o livro de Pedro” ou “as margens plácidas do Ipiranga” estou exprimindo idéias sem, contudo, afirmar ou negar alguma coisa a respeito delas.
A oraçãoQuando uma frase encerra uma declaração, ou seja, afirma ou nega algo de alguém ou alguma coisa, temos então uma oração. Por ex.: “O livro de Pedro é grande”; a respeito do “livro de Pedro” declaro ser grande; há algo a respeito de que eu faço uma declaração, o livro de Pedro e há algo que eu declaro, que é grande. Outro exemplo: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heróico o brado retumbante”. Afirmo, a respeito das “margens plácidas do Ipiranga” que elas “ouviram o brado retumbante de um povo heróico”; tenho novamente os dois elementos: algo a respeito do qual faço uma declaração, As margens plácidas do Ipiranga, e aquilo que eu declaro a respeito, ou seja, que ouviram de um povo heróico o brado retumbante.
Os dois principais elementos da oração: O sujeito e o predicadoEmbora um pensamento possa ser expresso por uma única palavra, ou por uma locução, o mais comum é que se expresse por meio de uma oração, a saber, uma frase que encerra uma declaração a respeito de alguém ou de algo, e que apresenta, na maior parte dos casos, dois elementos: 1. o ser de que se declara algo, o SUJEITO, e aquilo que se declara a sobre o sujeito, o PREDICADO.
Como você pode ver pelos exemplos dados, tanto o sujeito como o predicado podem ser constituídos de uma só palavra, ou de muitas, ou até mesmo por uma
ou várias orações. Isso será objeto de importante aprofundamento do nosso estudo quando estudarmos os processos sintáticos denominados expansão, determinação e aposição.
Mas, mesmo que o sujeito seja formado por mais de uma palavra, existe sempre uma única palavra que é como que o seu núcleo. Por exemplo, se digo “A galinha do vizinho bota ovo amarelinho”, o sujeito é “a galinha do vizinho”; mas o núcleo desse sujeito é “galinha”, a palavra essencial. Uma certa nomenclatura gramatical dirá que “a galinha do vizinho” é o sujeito lógico da oração, enquanto “galinha” constitui o sujeito gramatical. Outra forma de abordar esse assunto é chamar “a galinha do vizinho” de sintagma do sujeito, e “galinha” de núcleo do sujeito. Mas são apenas duas maneiras de dizer a mesma coisa.
Como o sujeito é a pessoa ou coisa sobre a qual se faz uma declaração fica claro que deve ser constituído por um substantivo, ou por qualquer palavra, frase ou oração que tenha força de substantivo.
Da mesma forma, o predicado, mesmo que possa ser representado por mais de uma palavra, apresenta sempre uma que é seu núcleo. E o núcleo do predicado é sempre um verbo, palavra que serve para exprimir uma ação, um processo ou atribuir um estado. Dessa maneira, no nosso exemplo anterior, “a galinha do vizinho bota ovo amarelinho”, temos o predicado “bota ovo amarelinho”, centrado sobre o núcleo “bota”; claro que caberia a pergunta “bota o
quê”, mas isso nos conduz a um tema que será abordado mas para frente.
Assim, o núcleo central dessa oração se concentra sobre os dois termos “galinha – bota”: afirmamos a respeito da “galinha” (sujeito) que ela “bota”.
Postado por Afonso Figueiredo às 07:48
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
1. A FLEXÃO DE CASO
VAMOS INICIAR NOSSO ESTUDO RECORDANDO UM CONCEITO FUNDAMENTAL: A FLEXÃO
Flexão nada mais é que a propriedade que certas palavras possuem de sofrer alterações na sua parte final. Existem palavras que possuem essa propriedade e são chamadas de palavras variáveis, enquanto outras não a possuem, e por isso são chamadas de palavras invariáveis.
Nas palavras variáveis distinguimos dois elementos. À parte final, flexível, da palavra, denominamos desinência; à parte que sobra, tirada a desinência, e que é fixa, denominamos tema ou radical. Assim, por exemplo, na palavra menino podemos distinguir o
radical menin e a desinência o:
menin – o
Mudando-lhe a desinência podemos obter, por exemplo, as seguintes flexões:
menina meninos meninas menininho meninão
A flexão de uma palavra implica sempre alteração na idéia que ela exprime; tal alteração dá-se, em português, quanto ao gênero, número ou grau nos substantivos, adjetivos e pronomes, ou quanto ao tempo e pessoa nos verbos.
As flexões existentes na língua portuguesa
Como acabamos de ver, substantivos, adjetivos e pronomes são palavras flexíveis e podem flexionar-se de três maneiras:
a) quanto ao gênero;b) quanto ao número;c) quanto ao grau.
Na língua latina encontramos um gênero a mais, que não existe em português: o gênero neutro. Para o início do nosso estudo tenhamos em mente os seguintes três gêneros em latim: masculino, feminino
e neutro.
A flexão de número em latim funciona como em português: singular e plural. Ao longo do nosso estudo, porém, veremos que o latim conserva alguns resquícios de um antigo número dual.
Quanto ao grau também tudo se dá em latim como em português: para os substantivos temos os graus normal, aumentativo e diminutivo, e para os adjetivos, além desses três, temos o comparativo e o superlativo.
Até agora a única novidade em relação à nossa língua é que em latim existe o gênero neutro. A próxima novidade, importantíssima, e que nos ocupará bastante tempo de estudo, é que em latim temos mais um tipo de flexão: a flexão de caso.
Uma flexão a mais em latim: a flexão de CASO
A flexão de caso consiste na alteração da desinência da palavra de acordo com a função sintática, ou seja, de acordo com a função que ela exerce na oração. Quer dizer que um substantivo, adjetivo ou pronome apresenta desinências diferentes de acordo com o papel que estiver desempenhando na oração, a saber, sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial, etc.
Tomemos, por exemplo, uma frase bem simples:
Pedro ama Maria.
A análise sintática nos dirá que Pedro é o sujeito da oração, e ama Maria, o predicado. Nesse predicado identificamos o verbo ama (amar) como um verbo que pede obrigatoriamente um complemento, pois quem ama, ama alguém ou alguma coisa; temos então em Maria o complemento do verbo, que nesse caso chama-se objeto direto. O nome Pedro - PETRUS receberá a desinência própria do sujeito ao passo que Maria - MARIA receberá a desinência do objeto direto - MARIAM:
Petrus amat Mariam
Note que, uma vez que a função sintática é identificada pela desinência, há uma flexibilidade maior na ordem das palavras; isso quer dizer que nossa frase poderia ser dita da seguinte forma sem alteração do sentido:
Petrus Mariam amat.
Imagine a situação contrária: Maria ama Pedro. A análise sintática nos mostrará que Maria é o sujeito agora, e Pedro, o objeto direto. Pois bem, Maria receberá a desinência do sujeito - MARIA, e PETRUS, a do objeto direto - PETRUM; teremos então:
Maria amat Petrum
ou
Maria Petrum amat.
O caso do sujeito chama-se em latim o caso Nominativo, e o do objeto direto, acusativo. Há em latim seis casos, e o início de nosso estudo será exatamente o estudo dos diversos casos e suas desinências.
Vamos imaginar agora outra frase:
Maria deu o livro a Pedro.
Feita a análise sintática saberemos que Maria é o sujeito e livro é o objeto direto. Mas essa oração apresenta um outro complemento do verbo; como quem dá, dá alguma coisa (objeto direto) a alguém, temos aqui um outro tipo de objeto o objeto indireto; o objeto indireto em latim é chamado de caso dativo. Vamos agora montar a frase. A palavra livro em latim é líber, mas na forma do objeto direto, ou seja, no acusativo, fica librum. O nome Pedro, você já sabe, é Petrus; você já sabe também que, se Petrus for objeto direto, ou seja, acusativo, aparecerá como Petrum; na nossa oração, entretanto, Petrus é objeto indireto, dativo: aparecerá sob a forma Petro. Assim, finalmente nossa frase aparecerá como
Maria Petro librum dedit.
Note também que a oração parece ter ficado com uma forma invertida em relação à forma que apresenta em português, o que não altera em nada o sentido, já que cada palavra aparece flexionada segundo a função sintática que exerce. Por outro lado essa ordem é preferida em latim: verbo no final da frase, objeto direto antes do verbo, objeto indireto antes do direto.
Resumindo: se em português as palavras variáveis são flexionadas em gênero, número e grau, em latim flexionam-se em gênero, número, grau e caso, ou seja, de acordo com a FUNÇÃO SINTÁTICA.
Penso que você já entendeu que precisa ter a análise sintática na ponta da língua. Com efeito, tanto para traduzir do latim para o português, quanto para traduzir de português para o latim é necessário proceder à análise sintática de cada oração.
Anexo:Lista de provérbios e sentenças em latimOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Este anexo ou secção contém uma ou mais fontes no fim do texto, mas nenhuma é citada no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações.Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessário.
Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing. Veja como referenciar e citar as fontes.
Índice: 0-9 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
AA barba stolide discunt tondere novelli
Na barba do tolo aprende o barbeiro novo
A bove majore discit arare minor
O boi mais velho ensina o mais novo a arar
A capite ad calcem
Da cabeça aos pés
A contrario sensu
Em sentido contrário
A digito cognoscitur leo
Pelo dedo se conhece o leão
A facto ad jus non datur consequentia
Não se dá consequência do fato para o direito
A fortiori
Por mais forte razão
A fronte
Pela frente
A fructibus eorum cognoscetis eos
Pelos frutos se conhece a árvore
A inclusione unius ad exclusionem alterius
Da inclusão de um à exclusão de outro
A latere
Do lado ou ao lado
A limine
Desde o início
A magnis maxima
De grandes causas, grandes efeitos
A mandato seu praecepto non est inchoandum
Não se deve começar do mandado ou do preceito
A se impetrare ut nom posse
Não se pode demandar contra si mesmo
A teneris consuescere multum est
De pequenino se torce o pepino
Ab alio expectes, quod alteri feceris
O que fizeres, encontrarás
Ab alio spectes alteri quod feceris
Quem faz o mal, espere outro tal
Ab auditione mala non timebit
O homem honrado não teme murmúrios
Ab imo pectore
Do fundo do meu coração
Ab ungibus leo
Pelo dedo se conhece o gigante
Abbati, medico, potronoque intima pande
Ao padre, médico e advogado, falar a verdade
Abditae causae
causa oculta, motivo desconhecido
Absens absentis curator esse nequit
Ausente não pode ser curador de ausente
Absens heres non erit
Nao há ausentes sem culpa nem presentes sem desculpa
Absit qui mea manducat mecum et sua secum
Arrenego do amigo que come o meu comigo e o seu consigo
Absque argento omnia vana
Sem dinheiro, tudo é vão
Absque vado fluvius, nec stat sine pelice proles
Em longa geração, há conde e ladrão
Abundans cautela non nocet
Cautela em excesso não faz mal a ninguém
Abusus non est usus, sed corruptela
Abuso não é uso, mas corruptela
Abusus non tollit usum
O abuso não tolhe o uso
Abyssus abyssum invocat
Um abismo atrai o outro
Accepto damno januam claudere
Fechar a porta depois de arrombada
Accipe quod tuum, alterique da suum
Aceita o que é teu e dá o alheio a seu dono
Accipere quam facere praetat injuriam
Antes sofrer o mal que fazê-lo
Accipere, quam facere, praestat injuria
Antes sofrer injúria, que praticá-la
Accipiat felis quae vellent rodere mures
Se há de se dar ao rato, dê-se ao gato
Acum in meta foeni quaerere
Procurar agulha em palheiro
Ad arbitrium
Vontade de outrem
Ad astra et ultra
Até os astros e além
Ad astra per ardua
Às estrelas com esforço !
Ad cautelam
Por precaução
Ad commodum suum quisquis callidus est
Cada qual acode onde mais lhe dói
Ad commodum suum quisquis callidus est
Cada qual sabe onde o sapato lhe aperta
Ad concilium ne accesseris antequam vocaris
Ninguém se meta onde não é chamado
Ad impossibilia nemo tenetur
Ninguém é obrigado a fazer o impossível
Ad praesesn ova cras pullis sunt meliora
Mais vale um ovo hoje que uma galinha amanhã
Adde parum parvo magnus acervo erit
De grão em grão, a galinha enche o papo
Adhuc sub judice lis est
Não julgar apressado, esperar o fim
Adoptio naturam imitatur
A adoção imita a natureza
Aegroto dum anima est, spes est
Enquanto o doente respira, há esperança
Aequalis aequalem delectat
Igual com igual se apraz
Aequiparat factum nobile velle bonum
A boa vontade supre a obra
Aequitas praeferitur rigore
É preferível a equidade ao rigor
Aes debitorum leve, grave inimicum facit
Pequenas dívidas fazem grandes inimigos
Aes formae speculum est, vinum mentis
No espelho, vê-se o rosto; no vinho, o entendimento
Aes sunt quod aliis nobis debentur
Crédito é o que os outros nos devem
Aetas mala merx mala terga
Velhice e mercadoria ruim levam-se às costas
Aetatem habet, ipse sibi consulte expertus
A boi velho não busques abrigo
Affinem nullum dives avarus habet
O avarento rico não tem parente nem amigo
Affinitas affinitatem non generat
A afinidade não gera afinidade
Afflicto non est addenda afflictio
Não se aumenta a aflição do aflito
Agentes et consentientes pari poena puniuntur
Tão bom é o ladrão como o consentidor
Agere non loqui
Agir, não falar
Alea jacta est
A sorte está lançada (Júlio César, às margens do Rubicão)
Alea turpis mediocribus
O jogo só é desonroso para o pobre
Aliena vitia in oculis habemus, a tergo nostra sunt
Não vê a trave que tem no olho e vê um argueiro no do vizinho
Alieni appetens, sui profusus
Ávido do alheio, pródigo do próprio
Alii sementem faciunt; alii metent
Uns plantam, outros colhem
Aliquando bonus dormitat Homerus
De vez em quando, o bom Homero cochila
Aliquis non debet esse judex in propria causa
Não se deve ser juiz de causa própria
Aliud alic vitio est
Cada qual tem seu defeito
Aliud est facere, aliud est dicere
Do dizer ao fazer vai muita diferença
Aliud in ore, aliud in corde
O coração sente e a boca mente
Alium silere quod voles, primum sile
Cala primeiro o que queres que os outros calem
Allegatio sine probatione veluti campana sine pistillo est
Alegação sem prova é como sino sem badalo
Allia quando terunt retinent mortaria gustum
O pilão conserva o odor do alho socado
Allia quando terunt, retinent mortaria gusta
Cada cuba cheira ao vinho que tem
Alta a longe cognoscit
De longe, vê-se o alto
Alteri ne facias quod tibi fieri non vis
Não faças aos outros o que não queres que te façam
Alterius festum solum invitatus adibis
A boda ou a batizado não vás sem ser convidado
Alterius non sit qui suus esse potest
Quem pode ser seu, sendo de outro é sandeu
Amandi, nec multi, nec nulli
Amigos, nem muitos, nem nenhum
Amantium ira redintegratio amoris est
Arrufos de namorados são amores renovados
Amantium irae amores integratio sunt
Brigas de namorados, amores renovados
Amat victoria curam
A vitória ama a cautela
Amici, ad qui venisti?
Amigo, a que vieste?
Amicitia tibe iunge pares
Escolhe os amigos entre os teus iguais
Amicitia vera similis est consanguinitati proximiori
Amigo velho é parente
Amicus certus in re incerta cernitur
Amigo certo conhece-se na hora incerta
Amicus Plato, sed magis amica veritas
Amigo de Platão, porém mais amigo da verdade
Amor amore compensatur
Amor com amor se paga
Amor caecus
O amor é cego
Amor et potestas impaciens consortis
O amor e o poder não querem sócios
Amor tussisque non celantur
O amor e a tosse não podem ser escondidos
Amor vincit omnia
O amor tudo vence
Amplius juvat virtus, quam multitudo
Mais vale a qualidade que a quantidade
Anceps fortuna belli
A sorte da guerra é incerta
Annosa vulpes non capitur laqueo
Raposa velha não cai em armadilha
Annosum vinum, socius vetus et vetus aurum
Vinho velho, amigo velho e ouro velho
Ante mortem ne laudes hominem quemquam
Antes da morte, não louves a ninguém
Antequam noveris, a laudando et vituperando abstine
Antes que conheças, não louves nem ofendas
Antiquus pullum scandere novit eques
Para cavalo novo, cavaleiro velho
Anulus aureus in nare suilla
Anel de ouro não é para focinho de porco
Aquila non captat muscas
A águia não caça moscas
Arbor bona fructus bonos facit
A boa árvore dá bons frutos
Arbor ex fructu cognoscitur
A árvore se conhece pelos frutos
Arbor ex frutcu cognoscitur
Pelo fruto se conhece a árvore
Arbore de dulci dulcia poma cadunt
De boa árvore, bom fruto
Arcus tensus saepius rompitur
Corda puxada se quebra
Ars est celare artem
A arte está em esconder a arte
Ars longa, vita brevis
A arte é eterna, a vida é breve
Ars portus miseriae
O trabalho é o abrigo contra a pobreza
Asinus asino et sus sui pulcher est
Coruja não acha os filhos feios
Asinus asinum fricat
Um asno esfrega o outro
Aspiciunt oculi duo lumina clarius uno
Dois olhos vêem mais que um
Associat dives tumidos opulentia fastus
De rico a soberbo não há palmo inteiro
Auctor opus laudat
O autor louva sua obra
Audacem reddit felis absentia murem
A ausência do gato torna ousado o rato
Audaces fortuna juvat, timidosque repellit
Ao homem ousado, a fortuna estende a mão
Audies bene ab hominibus et tuto vivas
Ganha fama e deita-te na cama
Auribus frequentius quam lingua utere
Ver, ouvir e calar
Auro loquente, nihil pollet quaevis oratio
Onde o ouro fala, tudo cala
Auspiciunt oculi duo lumina clarius uno
Quatro olhos vêem mais do que dois
Aut non tentaris, aut perfice
Para não acabar, é melhor não começar
Avarum irritat, non satiat pecunia
O dinheiro excita, mas não sacia o avarento
Ave Bono Sensu
Salve o Bom Sentido
Avidum sua saepe deludit aviditas
O ávido se ilude pela própria avidez
Avis rara
Uma pessoa ou coisa rara e única, incomum, excepcional. Plural: aves rarae
BBarba non facit philosophum
A barba não faz o filósofo
Bellum dulce inexpertis
Bem parece a guerra a quem não vai nela
Balbus balbum intellegit
Um gago entende o outro
Beati monoculi in terra caecorum
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei
Beati sunt Lusitani, apud quos vivere est bibere
Felizes são os Lusitanos, para os quais viver é beber.[Alusão ao modo como se fala em determinadas regiões de Portugal, onde se troca o /v/ pelo /b/.]
Bene imperat qui bene paruit aliquando
Bem sabe mandar, quem soube obedecer
Bestia bestiam novit
Um ruim reconhece outro
Bis anno vestiri si vis, vilem indue pannum
Quem se veste de ruim, veste-se duas vezes no ano
Bis dat qui cito dat
Dá duas vezes quem dá depressa
Bis dat qui cito dat
Quem cedo dá, dá duas vezes
Bis gratum quod ultro offertur
Mais vale um “toma” que dois “te darei”
Bis tergendus erit qui male sputa jacit
Quem mal cospe, duas vezes se alimpa
Boni pastoris est tondere pecus, non deglubere
O bom pastor deve tosquiar, e não esfolar o seu rebanho
Bonis nocet qui malis parcet
Quem poupa os maus, prejudica os bons
Bonis nocet qui malis parcit
Perdoar ao mau é dizer-lhe que o seja
Bonum erat si non natus non fuisset homo ille
Melhor seria se não tivesse nascido
Bonum vinum laetificat cor hominis
O bom vinho alegra o coração do homem
Bonus pastor animam suam dat pro ovibus suis
O bom pastor dá sua vida por suas ovelhas
Bonus rumor alterum est patrimonium
Ganha fama e deita-te na cama
CCarpe diem
Aproveite o dia
Carpe Noctem
Aproveite a noite
Carpe Omnium
Aproveite tudo
Causa mortis
O fato que levou o indivíduo a falecer (Causa da morte).
Cedit oneri fortuna suo
A fortuna cede ao seu próprio peso.
Conjugium satis est juvenem dominare ferocem
Casarás e amansarás
Crescit in egregios parva juventa virus
Dos meninos se fazem os homens
Callidus est latro qui tollit furta latroni
Ladrão que furta a ladrão tem cem anos de perdão
Canes timidi vehementius latrant
Cão que ladra não morde
Canis festinans caecos catulos parit
Cachorro, por se avezar, nasceu com os olhos tapados
Cantharus assidue gestatus perdidit ansam
Tanto vai o pote à bica, que um dia lá se fica
Carente capite non opus est pileo
Quem não tem cabeça, não carrega chapéu
Carnem hesternam, panem hodiernum, annotina vina, sume libens dicto tempore, sanus eris
Pão de hoje, carne de ontem e vinho de outro verão fazem o homem são
Caseum ovis, lac capra mi dent et vacca butyrum
Queijo de ovelha, leite de cabra, manteiga de vaca
Causa debet praecedere effectum
Não há efeito sem causa
Cave canem
Cuidado com o cão
Cavete a macilento non famelico
Homem magro, sem ser de fome, vale por dois
Cavete tis quos natura signavit
Deus, que o marcou, alguma coisa nele achou
Cespite natali quilibet optat ali
Para o passarinho, não há como seu ninho
Cogito, ergo sum
Penso, logo existo
Cogitationis nemo poenam patitur
Ninguém sofre pena pelo simples fato de pensar
Comes facundus in via pro vehiculo est
Andando de dois, se encurta o caminho
Commoditas omnis fert secum incommoda
Não há gosto que não custe
Commoditas omnis fert sua incommoda
Em toda parte há um pedaço de mau caminho
Confestim fletus emissae conjugis arent
Dor de mulher morta dura até à porta
Consensus tollit errorem
O erro repetido passa por verdade
Consilium faciendo, facto adhibeto medelam
Ao que está feito, remédio; ao por fazer, conselho
Consuetudo altera natura
O costume é uma segunda natureza
Contra vim mortisnon est medicamen in hortis
Para tudo há remédio, menos para a morte
Copia sermonis non est consors rationis
Quem mais grita não é quem tem mais razão
Cornu bos capitur, voce ligatur homo
O boi pelo chifre, o homem pela palavra
Corum populo
Na presença de todos
Crudelius est quam mori semper mortem timere
Temer a morte é morrer duas vezes
Cui licet quod est plus, licet utique quod est minus
Quem pode o mais, pode o menos
Cui lingua est grandis, parvula dextra est
Língua comprida, sinal de mão curta
Cui non licet quod est minus, utique non licet quod est plus
Quem não pode o menos, não pode o mais
Cui nunquam satis est, possidet ille nihil
Nada tem quem não se contenta com o que tem
Cui pudor non est, orbi dominator
Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu
Cum sale et sole omnia fiunt
Sol e sal livram a gente de muito mal
Cum satur est felis, se totum lambere gaudet
Bem se lambe o gato, depois de farto
Custodit vitam qui vustodit sanitatem
Saúde cuidada, vida conservada
DDaemonium vendit qui daemonium prius emit
Quem diabos compra, diabos vende
Dantur divitiae non nisi divitibus
Ganha dinheiro quem tem dinheiro
Dat tibi, ut accipiat duplicata numismata, egenus
Se te dá o pobre, é para que mais te tome
De cunctis loquitur faemina quae tota cursitat urbe vaga
Mulher andeja fala de todos, e todos dela
De damno proprio quisque dolere scit
Cada qual sente seu mal
De gustibus et coloribus non est disputandum
Sobre gosto não se discute
De nihilo nihilum
De nada nada se faz
De profundis clamabo ad te, Domine
Das profundezas clamo por ti, Senhor (missa da Penitência, 1º versículo)
De re irreparabile ne doleas
O que não tem remédio, remediado está
Debitor debitoris mei debitor meus est
Quem deve a quem me deve, a mim me deve
Dementis convitia nihil facias
A palavras loucas, orelhas moucas
Dementis convitia nihil facias
Antes calar que com doidos altercar
Dentes atque pedes asinini exordia amoris
Amor de asno entra a coices e dentadas
Desinant maledicere malefacta ne noscant sua
Quem tem telhado de vidro não atira pedra no dos outros
Deterior parvum sanctificare solet
Atrás de mim virá quem bom me fará
Detrahitur cauda nunquam bene pellis ab ima
O pior de esfolar é o rabo
Deus est solus scrutator cordium
Deus não lê nas caras e, sim, nos corações
Deus ex machina
Deus que vem da máquina
Deviat a solitis regula cuncta viis
Não há regra sem exceção
Dextra fricat laevam, vultus fricatur ab illis
Uma mão lava a outra e ambas o rosto
Dicitur ignis homo, sic femina stupa vocatur; insuflat deamons
;gignitur ergo focus : O homem é fogo e a mulher estopa:;vem o diabo e sopra
Dictum et factum
Dito e feito
Tempus dominus rationis est
O tempo é o senhor da razão
Dies posterior prioris est discipulus
Com o tempo, vem o tento
Difficile est longum subito deponere amorem
É difícil esquecer de repente um longo amor
Digitum stulto ne permittas
Dá-se o pé e ele quer a mão
Diligis, cadis cum faece sicutis, amici
Comida feita, companhia desfeita
Dimidium facti qui bene coepit habet
Trabalho bem começado, meio acabado
Divortium aquarum
Separação de bacias hidrográficas (de uma fronteira)
Doceri velle summa est eruditio
Querer aprender é suma erudição
Dominus vidit multum in rebus suis
O olho do dono trabalha mais que as mãos
Donat cum egenus diviti retia videtur tendere
Quando o pobre dá presente ao rico, parece armar-lhe redes — (Catulo)
Donec eris felix, multos numerabis amicos
Preso e cativo não tem amigo
Dormientibus non sucurrit jus
A lei não protege os que dormem
Dormiens nihil lucratur
Raposa que dorme não apanha galinha
Dubitando ad veritatem parvenimus
(Cícero) Duvidando é que chegamos à verdade.
Dubium sapientiae initium
Quem mais duvida, mais aprende
Dulce et decorum est pro patria mori
Doce e honroso é morrer pela pátria — (Horácio)
Dulcia non meruit qui non gustavit amara
Não merece o doce quem não prova o amargo
Dulcia non novit qui non gustavit amara
Não gosta do doce quem não prova o amargo
Dulcis est somnus operantis
Quem trabalha o dia inteiro, acha mole o travesseiro
Dum canis os rodit, socium quem diligit odit
Cachorro de cozinha não quer colega
Dum felis dormit saliunt mures
Enquanto dormem os gatos, correm os ratos
Dum repascis natos pane, flagella premant
Quem dá o pão dá o castigo
Dura lex sed lex
A lei é dura mas é a lei.
EExempla movent magis quam verba
Os exemplos movem mais do que as palavras
E fimbria de texto judicatur
Pela amostra se conhece a chita
Edendum tibi est ut vivas, et non vivendum ut edas
Comer para viver, e não viver para comer
Editio princeps
Primeira edição
Efficit ignavos patris indulgentia natos
O muito mimo perde os filhos
Eficit insignem nimia indulgentia furem
O perdão faz o ladrão
Elephantem ex musca facere
Fazer de um argueiro um cavaleiro
Emere malo quam rogare
Mais barato é o comprado que o pedido
Equi donati dentes non inspiciuntur
A cavalo dado não se olha o dente
Errando discitur
Errando é que se aprende
Errare humanum est
Errar é humano
Esse sibi similes alios fur judicat omnes
O ladrão cuida que todos o são
Est qui macram regis vaccam, solvit opimam
Quem vaca de el-rei come magra, gorda a paga
Et Pluribus Unum
Entre muitos, um
Et vitrum et mulier sunt in discrimine semper
Mulher e vidro sempre estão em perigo
Etiam formicae sua bilis inest
Formiga tem catarro
Ex abundanctia enim cordis os loquitur
A boca fala do que está cheio o coração
Ex alieno corto longa corrigio
Da pele alheia, grande correia
Ex aspectu nascitur amor
O amor entra pelos olhos
Ex bove coria sumuntur
Do couro sai a correia
Ex digito gigas
Pelo dedo se conhece o gigante
Ex domo felis discendit mus impransus
De casa de gato não sai rato farto
Ex fumo dare lucem
Onde há fumaça houve fogo
Ex gutta mellis generantur flumina fellis
Pouco fel faz azedo muito mel
Ex officio
por lei, oficialmente, em virtude do cargo ocupado.1
Ex ore parvulorum veritas
A verdade sai da boca das crianças
Ex ore tuo te judico
Julgo-te pelas tuas próprias palavras
Exceptio regulam probat
A exceção confirma a regra
Experientia praestantior arte
A experiência vale mais que a ciência
Experta est linguas auris iniqua malas
Quem escuta, de si ouve
Extremis morbis, extrema, exquisita remedia optima sunt
Para grandes males, grandes remédios
Ex ungue leonem
pela unha se sabe que é um leão (ou seja, por um pequeno pormenor se conhece a totalidade, através da sinédoque)
Ex nihilo nihil fit
nada vem do nada
Ex libris
o livro pertence a...
FFur furem cognoscit
Um ladrão reconhece outro ladrão.
Filius nullius
filho de ninguém, bastardo
Fortuna caeca est
O destino é cego.
Factes tua computat annos
Cada qual tem a idade que parece ter
Festinus intellige, tardus loquere
Entende primeiro e fala derradeiro
Fugit irreparabile tempus
O tempo vai e não volta
Faber est quisque tortunae suae
O homem faz-se por si
Faber fabro invidit
Quem é teu inimigo?;É o oficial de teu ofício
Faecem bibat qui vinum bibit
Quem comeu a carne que roa os ossos
Fallacia alia aliam trudit
Uma mentira acarreta outra
Fallitur visio
As aparências enganam
Fama volat
A fama tem asas
Fames et mora bilem in nasum conciunt
Boca não admite fiador
Fames magistra
A necessidade é mestra
Fames optimum condimentum
Não há tempero tão bom como a fome
Fata viam inveniunt
O que tem de ser tem muita força
Fecit iter longum, comitem qui liquit ineptum
Antes só do que mal acompanhado
Fel latet in melle et mel non bibitur sine felle
Não há gosto sem desgosto
Felix est non aliis qui videtur, sed sibi
Feliz é quem feliz se julga
Feminarum furgiis deteguntur vera
Brigam as comadres, descobrem-se as verdades
Ferociam sacietas parit
Fartura faz bravura
Ferrum ferro acuitur
Uma faca amola a outra
Ferrum quo non utimur, obducitur rubigine
Chave que se usa está sempre limpa
Fervet olla, vivit amicitia
Enquanto há figos, há amigos
Festina lente
Devagar, que tenho pressa!
Festinare docet
A pressa é inimiga da perfeição
Festinatio tarda est
Quem corre, cansa; quem anda alcança
Fiat justitia et ruat caelum
Faça-se justiça, embora desabem os céus
Finis coronat opus
O fim coroa a obra
Flare simul, sorbere simul, res ardua semper
Com bochecha cheia de água ninguém sopra
Flectere commodius validas quam frangere vires
Antes torcer que quebrar
Fortuna audaces sequitur
A sorte acompanha os audazes (lema dos MeC's (MB))
Fortuna favet fatuis
Quanto mais besta, mais peixe
Fortuna vitrea est: tum cum splendet, frangitur
A fortuna é como o vidro: tanto brilha, como quebra
Fratrum irae acerbissimae
Intriga de irmão, intriga de cão
Frons, oculi, vultus persaepe mentiuntur
Quem vê cara, não vê coração
Frustra sperabis ab alieno, quodipse tibi praestre noluisti
O bem que não fizeres, dos teus não esperes
Furem fur cognoscit, et lupum lupus
Lobo não come lobo
GGrandaevi nati, labores duplicati
Filhos criados, trabalhos dobrados
Grata brevitas, grata novitas
Brevidade e novidade muito agradam
Gratia gratiam parit
Quem graças faz, graças merece
Grosso modo
De modo grosseiro
Guttatim pelagi perfluit omnis acqua
De gota em gota o mar se esgota
Gutta cavat lapidem, non vi sed saepe cadendo
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura
HHeredis fletus sub persona risus est
O choro do herdeiro é, sob a máscara, riso.
Hodie mihi, cras tibi
Hoje sou eu, amanhã será você.
Habitus non facit monachum
O hábito não faz o monge
Hic tua mercatur quia a te saepe precatur
O rogado é mais caro que o comprado
Hoc aurum scito pretium quod pr tenet aureo
Ouro é o que ouro vale
Hoc opus, hic labor est
Aqui é que está o busílis
Hodie mihi, cras tibi
Hoje por mim, amanhã por ti
Homo proponit, sed Deus disponit
O homem põe e Deus dispõe
Homo homini lupus
O homem é lobo do próprio homem (Hobbes)
Honesta fama est alterum patrimonium
Boa fama vale dinheiro
Horrescit gelidas felis adustus aquas
Gato escaldado de água fria tem medo
Hospes et piscis tertio quoque die odiosus est
Hóspede e peixe com três dias fede
Hostis nunquam contemnendus
Tolo é quem cuida que o seu inimigo se descuida
Humani nihil alienum
Nada que é humano me é estranho.2
Honor Alit Artes
A honra alimenta as artes
IIactura paucorum serva multos
A sobrevivência de muitos justifica o sacrifício de poucos.
Id est
Isto é.
Iustitia et misericordia coambulant
A justiça e a misericórdia andam juntas.
Ille nihil dubitat qui nullam scientiam habet
Nada duvida quem nada sabe
Ille est pacis amans, quicunque negata retracta
Quem nega e depois faz, quer paz
Illic est oculus qua res quam adamamus
Os pés irão onde quiser o coração
Imperat et clamat quaecumque est femina dives
Em casa de mulher rica, fala o marido e ela grita
Importunus erit crebo quicumque rogabit
Quem muito pede, muito fede
Improba vita, mors optabilior
É melhor uma boa morte do que uma ruim sorte
In absentia
Em ausência
In altum ducit
Conduzindo para o alto
In angustiis apparent amici
Nas ocasiões é que se conhecem os amigos
In cauda venenum
Na cauda é que está o veneno
In Hoc Signo Vinces
Com Este Sinal, Vencerás
In maledicto plus injuriae quam in manu
Palavras ditas, pancadas dadas
In maledicto plus injuriae quam in manu
Saram cutiladas e não más palavras
In medio virtus
No meio é que está a virtude
In mutiloquio non deerit stultitia
Muito falar, muito errar
In nocte consilium
A noite leva conselho
In omni fortuna tuis adhaere
Mal ou bem, com os teus te avém
In periculo non est dormiendum
Quem tem inimigo, não dorme
In vento scribit laedens; in marmore laesus
Aquele a quem se dá, o escreve sobre a areia; aquele a quem se tira, o escreve sobre o bronze
In vino veritas
No vinho está a verdade
Incidit in flammam cupiens vitare favillas
Saltar das brasas e cair nas labaredas
Incipis invitus cessasque invitus ab esu
Comer e coçar, tudo está em começar
Industriam adjuvat Deus
A quem trabalha, Deus ajuda
Inimici sui amicum nemo in amicitia sumit
Não pode ser meu amigo o amigo de meu inimigo
Injuriarum remedium est oblivio
A maior vingança é o desprezo
Inopi nullus amicus
Pobre não tem amigo nem parente
Inops, potentem dum vult imitari, perit
A desgraça do pobre é querer imitar o rico
Inspice bis potum et chartam subscribe scienter
Não se bebe sem ver, nem se assina sem ler
Inter dictum et factum multum differt
Do dito ao feito vai grande eito
Ipsis dixit
Ele mesmo (o) disse (Uma expressão utilizada por Cícero em sua obra De natura deorum/Sobre a natureza dos deuses)
Ira quae tegitur nocet
Guarda-te de homem que não fala e de cão que não ladra
JJam tua res agitur, paries cum proximus ardet
Quem vê a barba do vizinho arder, bota a sua de molho
Jejunat satis is qui paucis vescitur escis
Bem jejua quem mal come
Jejunus stomachus raro vulgaria temnit
Asno que tem fome, cardos come
Judex ille sapit qui darde censet et audit
O bom juiz ouve o que cada um diz
Judex in causa propria nemo esse potest
Ninguém pode ser juiz em causa própria
Judices nascuntur, Advocaci fiunt
Juízes nascem, Advogados fazem-se
Jus rationis abest, ubi saeva potentia regnat
Onde há força, direito se perde
LLaborum aedificat
O trabalho edifica
Laedere facile, mederi difficile
É mais fácil rasgar que costurar
Lembens assidue eliciet canis ore cruorem
Cão que muito lambe, tira sangue
Lepores duos insequens, neutrum capit
Quem corre atrás de dois, um vai embora
Lippis et tonsoribus notum
Não há gato, nem cachorro que não saiba
Longa valetudo, certissima mors
Doença comprida em morte acaba
Lucrum unibus est alterius damnum
A desgraça de uns é o bem de outros
Labor improbus omnia vincit
Com paciência e perseverança, tudo se alcança
Labor omnia vincit
O trabalho tudo vence
Laborare est orare
Quem está trabalhando, a Deus está se encomendando
Largitur pluvias, ubi vult divina potestas
Quando Deus quer, com todos os ventos chove
Laudato vino non opus est hedera
O bom vinho escusa pregão
Laudato vino non opus est hedera
O que é bom por si se gaba
Laus in ore proprio villescit
Elogio de boca própria é vitupério
Leges bonae malis ex moribus procreantur
Dos maus costumes nascem as boas leis
Legitimus propria quaestus ab arte venit
Onde o galo canta, aí janta
Legitimus propria quaestus ab arte venit
Onde o padre canta, aí janta
Leoni mortuo lepores insultant
Depois da onça morta, até cachorro mija nela
Liber inops servo divite felicior
Antes pobre sossegado que rico atrapalhado
Libertas quae sera tamen
Liberdade ainda que tardia
Lignum tortum haud unquam rectum
Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita
Lis litem parit
Questão puxa questão
Litem ne quaere cum licet fugere
É melhor uma ruim acomodação que uma boa questão
Litterae non entrant sine sanguine
A letra, com sangue, entra
Litterarum radices amarae, fructus dulces
Aprende chorando e rirás ganhando
Longum iter emensus, mendacia longa reportat
Grandes viagens, grandes mentiras
Lucerna sublata nihil discriminis inter mulieres
De noite, todos os gatos são pardos
Lupus non curat numerum
Do contado como o lobo
Lupus pilum mutat, non mentem
o lobo muda o pelo,não a índole.
galinha3
MMaria, an tu nes?
Maria, por acaso tu fias?
Malis mala succedunt
Uma desgraça nunca vem só
Minima de malis
Dos males, o menor
“Malum est, malum est”, dicit omnis emptor
Quem desdenha quer comprar
Magis experiendo quam discendo cognoscitur
Mais se sabe por experiência que por aprender
Magister dixit
O mestre (o) disse (expressão que afirma que os posicionamentos de uma autoridade, seja ela uma pessoa ou uma instituição, é inquestionável)
Mala parta, male dilabuntur
O mal ganhado, o diabo o leva
Mala ultro adsunt
A desgraça vem ser chamada
Malecicens pejus audit
Quem mal fala, pior ouve
Mali principii malus exitus
Princípios ruins, desgraçados fins
Mali principii malus finis
Acaba mal o que começa mal
Malo accepto sultus sapit
O tolo aprende à sua custa
Malo tacere mihi quam mala verba loqui
Quem muito fala, muito enfada
Malo tutus humi repere quam ruere
Antes burro que me leve que cavalo que me derrube
Mammas atque tatas nimium conducit habere; sed potum et multum praestat habere cibum
Pai e mãe é muito bom, barriga cheia é melhor
Materiam superabat opus
Mais vale o feitio que o pano
Mature fies senex, si diu velles esse senex
Se queres ser velho moço, faze-te velho cedo
Medio tutissimus ibis
Nem tanto, nem tão pouco
Mel in ore, fel in corde
Boca de mel, coração de fel
Melior est canis vivis leone mortuo
Mais vale um cão vivo que um leão morto
Melius est abundare quam deficere
Antes de mais que de menos
Melius est pueri fleant quam senes
Se há de mais tarde chorar o pai, chore agora o filho
Memento Mori
Lembra-te que és mortal ou Lembra-te que hás-de morrer
Memento Mori et Carpe Diem
Lembra-te que és mortal e aproveite o momento
Mendacem emptorem crumena arguit
Quem compra e mente, na bolsa o sente
Mendaci ni verum quidem dicenti creditur
Na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso
Mens sana in corpore sano
Mente sã em um corpo são
Mensura omnium rerum optima
Tudo na vida quer tempo e medida
Mites possident terram
Os mansos possuem o mundo
Molam qui vitat, farinam vitat
Quem não quer trabalho, não quer ganho
Molli paulatim flavescit campus arista
De grão em grão, a galinha enche o papo
Mons cum monte non miscetur
Duro com duro não levanta muro
Morbus hereditarius
Pela linha vi a tinha
Morienti cuncta supersunt
Ao vivo tudo falta, e ao morto tudo sobra
Mors omni aetate communis est
A morte não poupa ninguém
Morte nihil certius est, nihil vero incerta quam ejus hora
A hora é incerta, mas a morte é certa
Mula senex fulvis orntur saepe lupatis
Para mula velha, cabeçada nova
Multa ferunt anni venientes commoda secum
Quanto mais se vive, mais se vê
Multa fidem promissa levant
Muito prometer é uma maneira de enganar
Multa in bellis inania
Tempo de guerra, mentira como terra
Multi sunt vocati, pauci vero electi
Muitos são os chamados, porém poucos os escolhidos
Multis lingua nocet
;nocuere silentia nulli : Quem muito fala, muito erra
Multis lingua nocet
nocuere silentia nulli : Mais se arrepende quem fala do que quem cala
Multitudo imperatorum curiam perdidit
Onde muitos mandam, ninguém obedece
Muneribus vel Dii capiuntur
Dádivas quebrantam penhas
Mus miser est sabe que solo clauditur uno
Infeliz do rato que só conhece um buraco
Musco lapis volutus non abducitur
Pedra que rola não cria limo
Mammas atque tatas nimium conducit habere; sed potum et multum praestat habere cibum
Bom é ter pai e mãe, mas comer e beber rapa tudo
Morbosam retine vitam formidine mortis
Viva a galinha com a sua pevide!
Macte animo!!!generose puer sic itur ad astra
coragem jovem!!!! é assim que se sobe aos ceus
NNil est dictu facilius
Nada é mais fácil do que falar.
Nihil obstat
"Nada impede", ou "Nenhuma objeção".
Nihil sine labore
Nada se consegue sem trabalho.
Non ducor, duco
Não sou conduzido, conduzo.
Ne quid nimis
Toda sobra é demasiada
Nihil sine Dio
O pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada
Non male sedit qui bonis adhaerit
Chega-te aos bons e serás um deles
Non omnia quae vera sunt recte dixeris
Nem todas as verdades se dizem
Naturae sequitur semina quisquis suae
Cada qual conforme seu natural
Ne sutor ultra crepidam
Não suba o sapateiro além da chinela
Nec semper lilia florent
Nem todo dia é dia santo
Necessitas caret lege
A necessidade não tem lei
Nemini fidas, nisi ei, cum quo prius modium salis absumptseris
Não te deves fiar senão naquele com quem já comeste um molho de sal
Nemo consilio obligatur
Quem aconselha não obriga
Nemo dat quod non habet, nec plus quam habet
Ninguém dá o que não tem, nem mais do que tem
Nemo infelicitati propinquior, quam nimis felix
Quanto maior é a ventura, tanto menos é segura
Nemo nascitur sapiens
Ninguém nasce sabendo
Nemo nupsit inops, dives nec mortuus ullus
Não há casamento pobre, nem mortalha rica
Nemo omnibus placet
Ninguém é moeda de vinte patacas, para agradar a todos
Nemo potest duobus dominis servire
Ninguém pode servir a dois senhores
Nemo sua sorte contentus
Ninguém se contenta com o que tem
Neque nullis sis amicus, neque multis
Muitos amigos em geral, e um em especial
Nesciat sinistra quod faciat dextera tua
Não saiba a mão esquerda o que faz a direita
Nihil est quod Deus efficere non possit
A Deus nada é impossível
Nihil lucri cepit qui nulla pericla subivit
Quem não arrisca, não petisca
Nihil satis est, quia tanti, quanti habeas, sis
Tanto tens, tanto vales
Nihil sub sole novi
Não há nada de novo debaixo do sol
Nil melius muliere bona
Mulher boa é prata que soa
Nmo propheta acceptus est in patria sua
Ninguém é profeta em sua terra
Nobilis, ut vitet probrum, dat pectora ferro
Homem honrado, antes morto que injuriado
Nocte lucidus, interdiu inutilis
O que se faz de noite, de dia aparece
Nolente Deo, effundentur inaniter preces
Quando Deus não quer, Santos não rogam
Non bene imperat, nisi qui paruerit imperio
Não sabe governar quem não sabe obedecer
Non bene pro toto libertas venditur auro
Arrenego de grilhões, ainda que sejam de ouro
Non fuit in solo Roma peracta die
Roma não se fez num dia
Non in solo pane vivit homo
Nem só de pão vive o homem
Non omnis quod licet honestum est
Nem tudo que é lícito é honesto
Non male sedet qui bonis adhaeret
Quem a boa árvore se chega, boa sombra o cobre
Non mos ad vitam, sed consuetudo probanda
Dize-me com quem andas e eu te direi as manhas que tens
Non omne id quod fulget, aurum est
Nem tudo que luz é ouro
Non patri, nato et fratri rixentibus adstes
Entre pais e irmão não metas as mãos
Non progredi est regredi
Quem não avança, recua
Non scholae, sed vitae discimus
Não estudamos para a escola, mas para a vida
Non multa, sed multum
Não muitos, mas os melhores
Nosce te ipsum
Conhece-te a ti mesmo
Nostra nos decet, non sanguine niti
É melhor ser bom que de boa raça
Nova placent
Do que é novo gosta o povo
Nubere vis apte? Vicino nube merito
Casa tua filha com o filho de teu vizinho
Nulli pro libito est unquam concessa libertas
Quem não quer quando pode, não pode quando quer
Nullum secretum est ubi regnat ebrietas
Cachaceiro não tem segredo
Nummus nummum parit
Dinheiro é que faz dinheiro
Nunc bene navigavi, cum naufragium feci
Há males que vêm por bem
Nuntio nihil imputandum
Portador não merece pancada
OOtium longum taedium vitae generat
O ócio longo gera o tédio da vida
Obscurum vestis contegit ampla genus
Bom traje encobre ruim “linhage”
Omnium rerum vicissitudo est
Não há bem que sempre dure, nem mal que sempre ature
Opus artificem probat
O trabalho é que faz o homem
Oblata occasione, vel justus perit
Arca aberta, o justo peca
Oblata occasione, vel justus perit
Porta aberta, o justo peca
Occasio facit furem
A ocasião faz o ladrão
Oculis magis habenda fides quam auribus
Ver para crer
Oculum pro oculo, dentem pro dente
Olho por olho, dente por dente
Oculus animi index
Os olhos são a janela da alma
Oculus domini saginat equum
A vista do dono engorda o cavalo
Omnes sibi prius quam alteri esse volunt
Cada qual puxa a brasa pra sua sardinha
Omnia cinis aequat
A morte tudo nivela
Omnia eveniunt ut sunt humana
Tudo pode ser, sem ser milagre
Omnia fert aetas
O tempo tudo traz
Omnia qui reticet, munera pacis habet
Quem cala não quer barulho
Omnia rara cara
O que é raro é caro
Omnia si perdas, famam servare memento
Perca-se tudo, menos a honra
Omnis comparatio odiosa
Toda comparação é odiosa
Omnis potestas impatiens consortis erit
Mandar não quer par
Optima citissime pereunt
O que é bom não dura
Ora et labora
Reza e trabalha
Otium cum dignitate
Prazer com dignidade
PPace et Sapere
Paz e Sabedoria
Pacta sunt servanda
Pactos são para serem cumpridos
Panem et Circenses
Pão e circo
Parce sepultis
Enterrado, perdoado
Pares cum paribus facillime congregantur
Cada qual com seu igual
Parturiun montes, nascetur ridiculus mus
O parto da montanha
Paulatim deambulando, longum conficitur iter
Devagar se vai ao longe
Pauper dominum, non sortem mutat
Pobre muda de patrão, mas não de condição
Pecuniae obediunt omnia
Quem dinheiro tiver, fará o que quiser
Per multum risum stultus cognoscitur
Muito riso é sinal de pouco siso
Perdere verba leve est
Falar é fôlego
Perditus est, mala qui sequitur vestigia pravi
Do perdido perca-se o sentido
Periunt summos fulmina montes
Raio não cai em pau deitado
Philosophum non facit barba
A barba não faz o filósofo.
Pignus fideijussore securius
Mais vale penhor que fiador
Plura timenda divitibus
Quem tem o que perder, tem o que comer
Plurima conants prendere pauca ferunt
Quem muito abarca, pouco aperta
Plurima cum tenuit, plura tenere cupit
Quem mais tem, mais deseja
Plurima praestat amor, sed sacra pecunia cuncta
Amor faz muito, mas dinheiro faz tudo
Plurimum valet gallus in aedibus suis
Muito pode o galo no seu terreiro
Plus valet passer in manibus, quam sub dubio grus
Mais vale um pássaro na mão que dois voando
Post bellum auxilium
Terminada a guerra, o reforço. (Erasmo de Roterdão, Adagia 3.6.17)
Post gaudia, luctus
Quem ri hoje, chora amanhã
Post nubila, Phoebus
Depois da tempestade, vem a bonança
Potentes ne tentes aemulari
Com teu amo não jogues as pêras
Praestat invidiosum esse quam miserabilem
Antes invejado que lastimado
Praestat tacere quam stulte loqui
Quem não sabe falar, é melhor calar
Praeterita mutare non possumus
O passado não podemos mudar
Praeteritum tempus umquam revertitur
Tempo perdido não se recupera
Pretiosa quam sit sanitas morbus docet
Só se sabe o que é saúde quando se está doente
Primum non nocere
Primeiro não prejudicar
Primus amor potior
Amor primeiro não tem companheiro
Primus veniens, primus molet
Quem primeiro anda, primeiro manja
Priusquam mactaveris, excorias
Antes de matar a onça, não se faz negócio com o couro
Pro beneficio maleficium accipere
Por bem fazer, mal haver
Pro domo sua
em benefício próprio
Pro ratione Deus dispertit frigora vestis
Deus dá o frio conforme a roupa
Procul ex oculis, procul ex mente
Longe da vista, longe do coração
Promptius est omnibus judicare quam facere
De obras feitas todos são mestres
Propositum capiunt Tartara, facta Polus
De boas intenções o inferno está calçado
Prudens in loquendo est tardus
Bom saber é o calar, até ser tempo de falar
Psittacus vetus non discit loqui
Papagaio velho não aprende a falar
Pudere praestat quam pigere
Mais vale vergonha na cara que mágoa no coração
Pusillum pusillo si addas, fiet ingens acervus
De muitos poucos se faz um muito
QQuis custodiet ipsos custodes
Quem guardará os guardiões? ou Quem vigia os vigilantes?
Quae mala cum multis patimur leviora videntur
Mal de muitos consolo é
Qui matrimonio jungit virginem sua bene facit, et qui non jungit melius facit
Casar é bom, não casar é melhor
Quae dolent ea molestum est contingere
Em casa de enforcado não se fala em corda
Quae fuit durm pati meminisse dulce est
O que é ruim de passar é bom de lembrar
Quae recte fiunt nunquam benefacta peribunt
Fazer o bem nunca se perde
Quae sunt Caesaris, Caesari
A César o que é de César
Quae vult rex fieri, sanctae sunt congrua legi
Vão as leis onde querem os reis
Quaerenti propere danda est responsio lenta
A pergunta apressada, resposta demorada
Qualis dominus, talis servus
Tal amo, tal criado
Qualis pagatio, talis laboratio
O trabalho regula a paga
Qualis pater, talis filius
Tal pai, tal filho
Quantum quisque se ipsum facit, sic fit ab amicis
Como cada um se estima, assim o estimam
Qui bene amat, bene castigat
Quem bem ama, bem castiga
Qui bene perquirunt, promptius inveniunt
Quem procura, acha
Qui caret asino, clitellam ne quaerat
Quem não tem farinha, para que quer peneira?
Qui dat pauperi non indigebit
Quem dá aos pobres empresta a Deus
Qui est sine peccato, primum in illa lapidem mittat
Quem se sentir sem culpa, atire a primeira pedra
Qui furtim accipit, palam exsolvit
Quem o alheio veste, na praça o despe
Qui gladio ferit, gladio perit
Quem com ferro fere, com ferro será ferido
Qui me amat meos diligit
Quem ama a Beltrão, ama seu irmão
Qui me amat, meos diligit
Quem ama a Beltrão, ama seu cão
Qui nescit dissimulare, nescit regnare
Quem não sabe fingir, não sabe governar
Qui nescit orare, pergat ad mare
Quem anda no mar aprende a rezar
Qui nescit tacere, nescit et loqui
Quem não sabe calar, não sabe falar
Qui nimis inquirit, multa pericla subit
Quem as coisas muito apura, não vive vida segura
Qui nimium properat serius absolvit
A maior pressa é o maior vagar
Qui nimium properat, serius absolvit
Quem adiante não olha, atrás se fica
Qui non est mecum, contra me est
Quem não é por mim, é contra mim
Qui non laborat, non manducet
Quem não trabalha, não come
Qui non zelat, non amat
Quem tem amor, tem ciúme
Qui postremus abit, redeuntibus ostia claudet
Quem vier atrás, que feche a porteira
Qui se consuluit solus secum ipse dolebit
Quem não aceita conselhos, não merece ajuda
Qui servit communi servit nulli
Amigo de todos e de nenhum, tudo é um
Qui solus comedit, solus sua pondere gestat
Quem sozinho comeu seu galo, sozinho sele seu cavalo
Qui tacet, consentire videtur
Quem cala, consente
Qui varrant, pauci; est multus, qui sordidet aedes
Mais há quem suje a casa que quem a varra
Quid pectunt qui non habent capillos?
Careca não gasta pente
Quid rides me flente?;novum tibi crede futurum luctum, forte meus cum mihi priscus erit
Quando os meus males forem velhos, os de alguém serão novos
Quilibet est tuguri rex, dominusque sui
Em sua casa cada um é rei
Quis quae vult dicit, quae non vult audit
Quem diz o que quer, ouve o que não quer
Quisquis iniqua facit, patiatur iniqua, necesse est
Quem fz neste mundo, aqui mesmo paga
Quisquis ovem simulat, hunc lupus ore vorat
Quem se faz de ovelha, o lobo o come
Quod erat demonstrandum
E assim se demonstra
Quo quisque est altior, eo est periculo proximior
Quem mais alto sobe, maior queda dá
Quod abundat non nocet
O que é de mais mal não faz
Quod difertur non aufertur
O que não se faz em dia de Santa Luzia, faz-se noutro qualquer dia
Quod gratis asseritur, gratis negatur
O que é dito sem fundamentos, pode ser negado sem fundamentos
Quod me nutrit me destruit
O que me nutre, me detrói
Quod multum commune est, minima abdhibitur diligentia
Panela que muitos mexem, ou sai insossa ou salgada
Quod nimium est, laedit
Tudo que é demais aborrece
Quod non potest diabolus mulier evincit
Onde o diabo não pode a mulher prevalece
Quod sapiens prius facit, stultus posterius
O que o sábio faz primeiro, faz o néscio derradeiro
Quod tibi non vis, alteri ne facias
Não faças a outrem o que não quererias que ti fizessem
Quos Jupiter perdere vult prius dementat
A quem Júpiter quer destruir ele primeiro faz louco
Quousque promittas tardus, ut festinus praetes
Até prometer, sede escasso
Quum finis est licitus etiam media sunt licita
O fim justifica os meios
Quantum mutatus ab illo!
Quem foi Naninha!
Qui vult rite mori, ne prave vivat oportet
Quem bem vive, bem morre
Quid caeco cum speculo?
Para que cego com espelho?
Quid Est Ergo Tempus?
O que é então o Tempo?
RRara avis
Ver avis rara
Remedium irae mora est
O remédio para curar a ira é a demora.
Requiescat in pace (R.I.P.)
Descanse em paz.
Radix Malorum est Cupiditas
A ganância é a raiz de todo o mal
Re opitulandum, non verbis
Obras são amores e não palavras
Regula certa datur qui stat bene ne moveatur
Quem está bem, deixe-se estar
Res ab exitu spectanda et dirigenda est
Antes de entrar, pensar na saída
Res ipsa loquitur
As coisas falam por si mesmas (a força do prejuízo causado que serve como prova mais do que o suficiente pela negligência cometida)
Res modo formoase foris, intus erunt maculosae
Por fora bela viola, por dentro pão bolorento
Res ubicumque sit pro domino suo clamat
O alheio chora a seu dono
Responsio mollis frangit iram
Resposta branda a ira quebranta
Rore non pascitur
Estar comendo brisa
SSimila similibus curantur
O igual cura o igual (Hahnemann - homeopatia).
Si fueris Romae, Romano vivito more
Em Roma, sê romano
Si vidua est locuples, lacrimoso lumine ridet
Viúva rica com um olho chora e com o outro repica
Singula quae non possunt multa collecta juvant
Um grão não enche o celeiro, mas ajuda o companheiro
Saepe potestatem solita est superare voluntas
Mais faz quem quer do que quem pode
Sapientia longe preestat divitiis
Acaba-se o haver, fica o saber
Se gerit egregium speculum veteranus amicus
Não há melhor espelho que amigo velho
Se vestem repares, longum durabis in annum
Remenda teu pano, durará mais um ano; remenda outra vez, durará mais um mês; torna a remendar, para então se acabar
Semel artiex, millies artifex esse potest
Quem faz uma vez, faz duas e três
Semel malus, semper malus
Quem foi ruim, não deixa de ser
Scientia potentia est
Conhecimento é poder
Sementem ut feceris, ita metes
Cada um colhe conforme semeia
Semper eris similis cum quibus esse cupis
Quem com coxo anda, aprende a mancar
Semper flamma fumus proxima est
Onde há fumaça, há fogo
Semper habet lanam, cui copia larga bibentum
Quem tem carneiro, tem lã
Semper mendax impudens
Quem sempre mente, vergonha não sente
Senectus est morbus
Velhice é doença
Senectus est velut altera pueritia
Velhice, segunda meninice
Senectus non sola venit
A velhice nunca vem sozinha
Sentientum cum multis
É melhor errar com muitos que acertar com poucos
Sera sunt baba pos vigesimum, scientia post trigesimum, divitiae pos quadragesimum
Quem aos vinte não barba, aos trinta não casa e aos quarenta não tem, não barba, não casa, não tem
Sero venisti
Tarde piaste!
Sero venientibus ossa
Aos que chegam tarde só restam ossos
Si corvus posset tacitus pasci, haberet plus dapis
Ovelha que berra, bocado que perde
Si dulcis fias ut mel, te musca vorabit
Quem se faz de mel, moscas o comem
Silent inter arma leges
Se as armas falam, as leis se calam
Silentii tutum praemium
Quem cala vence
Sine nomine vulgus
O sem importância
Sine qua non
Sem a qual não
Si mea non coenes, gratior hospes es
Hóspede jejuador, bem-vindo seja!
Si potes lente, capiasque famelicus escam optatam, exiguo tempore pinguis eris
Quem quiser cedo engordar, coma com fome e beba devagar
Si prestabis, non habetis; si habetis, non tam bene; si tam bene, non tam cito; si tam cito, perdis amicum
Emprestaste e não cobraste; e, se cobraste, não tanto; e, se tanto, não tal; e, se tal, inimigo mortal
Si tua das cunctis omnia, multa feres
Quem dá o que é seu, sem ele se fica
Si vis apte nubere, nube pari
Casar com os de sua igualha
Si vis pacem, para bellum
Se queres a paz, prepara-te para a guerra
Sic et simpliciter
Assim e simplesmente
Sic transit gloria mundi
Assim passa a glória do mundo
Sol lucet omnibus
O sol nasce para todos
Solve aes alienum et quod te cruciat, scias
Quem paga o que deve, aumenta o que é seu
Somnus est frater mortis
O sono é parente da morte
Sorte sua quisque dives, si contentus
Rico é quem se contenta com o que tem
Stultorum infinitus est numerus
O número dos tolos é infinito
Stultus quoque si tacuerit, sapiens reputabitur
O tolo calado passa por sabido
Sua melius insanus curat quam sapiens aliena
Mais sabe o tolo no seu do que o sisudo no alheio
Sub sordido palliolo latet sapientia
Debaixo duma ruim capa está um bom jogador
Sustine et abstine
No sofrer e no abster está todo o vencer
Suum cuique pulchrum
Quem o feio ama, bonito lhe parece
Suum cuique tribuere
O seu a seu dono
TTam desunt avido sua quam quod non habet
Ao avarento falta o que não tem e falta o que tem
Tam procul ex oculis quam procul ex corde
Quem não aparece, se esquece
Tandem Felix
Finalmente feliz (André-Marie Ampère.)
Tanquam ex ungue leonem
reconheço o leão pela marca da sua pata. Jean Bernoulli, 1697, havia proposto um problema matemático, recebido várias soluções, algumas de matemáticos famosos, e uma anônima; mas ele reconheceu esta solução como sendo de Isaac Newton 4 5
Tarde benefacere nolle est
Tarde dar é o mesmo que negar
Tempora mutantur et nos in illis
Novos tempos, novos costumes
Tempus fugit
O tempo foge
Tempus longum vitiat lapidem
Tudo passa sobre a terra
Tempus tempora temperat
Tempo é remédio
Temulentus dormiens non est excitandus
Ninguém acorde o cão que está dormindo
Teneo te Africa
"Eu te tenho, África!" Suetônio atribuiu esta frase à Júlio César, quando este estava na costa da África.
Terminus pendeo in exordium
O fim depende do início
Testis unus, testis nullus
Uma testemunha, nenhuma testemunha
Timor Domini initium sapientiae est
O temor de Deus é o princípio da sabedoria
Tollat te, qui te non novit
Quem não o conhecer, que o compre
Torpida saepe lupos custodia pascit iniquos
Do mal guardado come o gato
Tot capita, tot sententiae
Tantas cabeças, tantas opiniões
Tractent fabrilia fabri
Cada qual no seu ofício
Tu quoque, Brute, fili mi!
Até tu, Brutus, meu filho! (palavras de César a seu amigo e filho adotivo, Brutus, que o esfaqueava junto com os membros do Senado romano)
Tunc male vulpi erit, si muscas prendere tentet
Infeliz da raposa que anda aos grilos
Tutum silentium praemium
Em boca fechada não entra mosca
UUnius peccata tota civitas luit
Paga o justo pelo pecador
Ut quemque Deus vult esse, ita est
Cada qual como Deus fez
Ubi amici, ibi opes
Mais vale amigo na praça do que dinheiro na caixa
Ubi bene, ibi patria
Onde bem me vai, tenho mãe e pai
Ubi major est, minor cedat
Onde está a força maior, cessa a menor
Ubi mel, ibi apis
Onde há mel, há abelhas
Ubi Papa, ibi Curia
Onde está o Papa, está a Cúria
Ubi Petrus, ibi Ecclesia; ubi Ecclesia, ibi Christus
Onde está Pedro está a Igreja, onde está a Igreja está Cristo
Ubi societas, ibi jus
Onde esta a sociedade, esta o direito
Una hirundo non facit ver
Uma andorinha só não faz verão
Unus duntaxat non preliatur
Quando um não quer, dois não brigam
Usque ad aras amicus
Amigos, amigos! negócios à parte!
Usus optimus rerum magister
Usa e serás mestre
Ut quisque fortuna utitur, ita loquitur
Cada qual fala da feira, conforme lhe vai nela
Uti, non abuti
Usar, não abusar
Utile dulci
Junta o útil ao agradável
Utile quid nobis novit Deus omnibus horis
De hora em hora, Deus melhora
Utile quid nobis novit Deus omnibus horis
Deus sabe o que faz
Utilius tarde quam nunquam
Antes tarde do que nunca
Uti possidetis
Como possuís, assim possuais
VVae mortuis!
Triste de quem morre!
Vae solis
Ai dos sós
Vae victis
Ai dos vencidos
Verba Movent, exempla trahunt
As palavras movem, os exemplos arrastam
Veritas Liberate Vos
A verdade vos liberta.
Veni, vidi, vici
Vim, vi e venci (Júlio César).
Vitiis nemo sine nascitur
Ninguém nasce sem defeitos
Virtus in medium est
A virtude está no meio - (Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, ou ainda Nem oito, nem oitenta).
Verbum volat, scriptum manet
A palavra voa, a escrita permanece
Vir stultus capituvus est
O homem que é tolo é cativo
Velle suum cuique est
Cada qual é dono de suas ventas
Vanitas vanitatum, et omnia vanitas
No mundo, tudo é vaidade
Vanitas vanitatum, omnia vanitas
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade
Vas malum non frangitur
Vaso ruim não se quebra
Vas vitae vigilans
médico cardiologista
Vende domi, emi in mundinis
Vender em casa, comprar na feira
Venter auribus caret
Quem está com fome não escuta conselhos
Venter plenus somnum parit
Barriga cheia, pé dormente
Ventum seminabunt et turbinem metent
Quem semeia ventos, colhe tempestades
Verba mollia et efficacia
As boas palavras custam pouco e valem muito
Verba non implent marsupium
Conversa fiada não bota panela no fogo
Verba volant
Palavras, leva-as o vento
Verbum emissum non redit
Palavra e pedra que se soltam não têm volta
Veritas odium parit
Dizendo-se as verdades, perdem-se as amizades
Veritatis simplex oratio
A verdade dispensa enfeites
Via trita, via tuta
Estrada aberta é caminho
Vilis aqua et panis, potus et esca canis
Água e pão, comida de cão
Vincere cor proprium plus est quam vincere mundum
Quem se vence, vence o mundo
Vincit qui se vincit
Vence quem se vence
Vincit qui tapitut
Quem não sabe sofrer, não sabe vencer
Vinum intra, subsidant mella, superstet oliva
Vinho do meio, mel de baixo, azeite de cima
Vis grata puellae
Violência apreciada pela rapariga (Ovídio)
Volenti nihil difficile
A quem quer, nada é difícil
Volle est posse
Querer é poder
Voluntas pro facto reputatur
A intenção é que faz a ação
Vox populi, vox Dei est
Voz do povo é a voz de Deus
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