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LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO
ACIDENTÁRIO
Organização da Justiça do Trabalho e as formas de
Solução dos Conflitos / Competência / Atos e Nulidades
Processuais
Professor: Rogério Martir
Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante e especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor, Consultor da Revista Filantropia e Autor de Diversas Obras Jurídicas pela Editora Saraiva. 1
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO
TRABALHO E AS FORMAS
DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS
1. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
• São Órgãos da Justiça do Trabalho:
• I – Varas do Trabalho.
• II - Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT);
• III - O Tribunal Superior do Trabalho (TST);
• Compondo a organização que envolve a Justiça do
Trabalho ainda temos os Servidores Auxiliares e o
Ministério Público do Trabalho que iremos estudar
a seguir:
1.1. Vara do Trabalho
• Jurisdição exercida por um Juiz Singular (artigo 116
da CF), um Juiz do Trabalho aprovado em concurso
público do TRT competente.
• Nas localidades onde não exista este magistrado o
Juiz de Direito Estadual realizará esta função em
conformidade com a organização judiciária local.
• A decisão proferida denomina-se Sentença.
1.2. Tribunal Regional do Trabalho
• Será compostos de Desembargadores nomeados
pelo Presidente da República observada a
proporcionalidade estabelecida no § 2º do artigo 111
da CF.- artigo 670. e seguintes da CLT.
• Deve ser obedecido o quinto constitucional,
• Em uma interpretação ampla estabelece o artigo 112
da Constituição Federal que deverá haver, pelo
menos, um Tribunal Regional do Trabalho em cada
Estado e no Distrito Federal.
1.2. Continuação...
• Os julgamentos são realizados pelas turmas onde 3
dos Magistrados proferem seus votos e um deles, o
relator, declara expressamente o voto compondo a
decisão denominada Acordão (relator; revisor e
terceiro juiz).
• As decisões definitivas da instancia são colegiadas.
• No entanto existem em regra decisões monocráticas
ofertadas pelo Presidente, Vice Presidente e
Presidente de Turma.
1.3. Tribunal Superior do Trabalho
• Composto por 27 Ministros escolhidos entre
brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos,
nomeados pelo Presidente da República após
aprovação pelo Senado Federal.
• Entre eles, 21 escolhidos entre Juízes de carreira da
Magistratura Trabalhista, três entre Advogados e três
entre os membros do Ministério Público do Trabalho.
(Quinto Constitucional – art. 94 da CF)
1.3. Continuação...
• As decisões também são denominadas Acordão ou
ainda Arestos proferidos pelas Turmas, que no TST
são oito.
• Nas turma as decisões são compostas pela decisão
de 3 Ministros no mesmo formato do TRT (Relator,
Revisor e Terceiro Ministro)
• Temos ainda duas Seções Especializadas: Dissídios
Individuais (SDI) e Dissídios Coletivos (SDC)
1.4. Serviços Auxiliares da Justiça
do Trabalho
• Os serviços auxiliares são realizados através dos
seguintes órgãos:
• Secretaria da Vara
• Distribuidor
• Secretaria dos Tribunais Regionais
• Oficial de Justiça
1.5. Ministério Público do Trabalho
• O Ministério Público do Trabalho é constituído
por agentes direitos do Poder Executivo, tendo
por função zelar pela exata observância da
Constituição Federal, das leis e demais atos
emanados dos poderes públicos, na esfera de
suas atribuições.
• Para o exercício de suas funções, o Ministério
Público do Trabalho reger-se-á pelo que estatui a
Consolidação das Leis Trabalhistas.
1.5. Continuação...
• Também deverá reger-se pelas normas que
regem o Ministério Público Federal.
• O MP trabalhista é composto pela Procuradoria
da Justiça do Trabalho e da Procuradoria da
Previdência Social, aquela funcionando como
órgão de coordenação entre a Justiça do
Trabalho e o Ministério do Trabalho, ambas
diretamente subordinadas ao Ministro de Estado.
2. FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS
TRABALHISTAS
• Os conflitos podem ser individuais ou coletivos.
• Serão individuais quando a discussão versar sobre
interesses concretos decorrentes de normas já
existentes envolvendo indivíduos, pessoas
determinadas.
• Serão coletivos quando tratarem de interesses de
toda uma categoria (Sindicato dos empregados x
Sindicato dos Empregadores).
2.1. AUTODEFESA
• Na autodefesa, as próprias partes (individualmente) procedem a defesa de seus interesses.
• Apesar da história demonstrar tal possibilidade citando o exemplo do Direito Penal (legitima defesa / excludente da ilicitude) e o Direito comparado (duelo na Espanha), na legislação processual trabalhista não se admite o exercício amplo e arbitrário das próprias razões.
• Podemos referenciar como autodefesa no âmbito trabalhista a GREVE e o LOCK-AUT
2.2. AUTOCOMPOSIÇÃO
• A autocomposição compreende a solução dos conflitos trabalhistas sem a intervenção de um terceiro, ou seja as próprias partes resolvem a questão.
• Podemos classificar a autocomposição como sendo unilateral (renúncia da pretensão) e bilateral (concessões recíprocas / transação)
• São exemplos de autocomposição os acordos e convenções coletivas e as comissões de conciliação prévia em seu sentido maior.
2.3. HETEROCOMPOSIÇÃO
• Verifica-se a heterocomposição quando a solução
dos conflitos trabalhistas é determinada por um
terceiro.
• Exemplos de heterocomposição são a mediação, a
arbitragem e a tutela ou jurisdição
2.3.1. MEDIAÇÃO
• A mediação ocorre quando um terceiro, chamado pelas partes, vem a solucionar o conflito propondo a solução às partes.
• O mediador pode ser qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento jurídico. O mesmo ouve as partes e realiza propostas de acordo dentro de toda uma técnica (analisa as vontades e necessidades...).
• O mediador não possui poder de coação ou de coerção entre as partes apenas serve de intermediário entre as partes. Na prática é possível apenas nos conflitos de negociações coletivas
2.3.2. ARBITRAGEM
• Na arbitragem, uma terceira pessoa ou órgão, escolhido entre as partes, vem decidir a controvérsia, impondo a solução aos litigantes. A pessoa designada chama-se árbitro. Sua decisão denomina-se laudo arbitral.
• O laudo arbitral não veda a apreciação da matéria pelos Tribunais, pois o Art. 5, XXXV da Constituição Federal afirma que nenhuma lei poderá excluir a apreciação do Poder Judiciário de qualquer lesão ou ameaça de direitos.
2.3.2. Continuação...
• A arbitragem é possível no dissídio coletivo onde terá
natureza constitutiva ou declaratória e não
condenatória, salvo se outra for acordada no
compromisso arbitral.
• Nos conflitos individuais, diante da irrenunciabilidade
dos direitos trabalhista não é possível a instituição do
Juízo Arbitral, seria necessário previsão legal
específica neste sentido.
2.3.3. TUTELA OU JURISDIÇÃO
• A Jurisdição ou Tutela é a forma de solucionar os
conflitos por meio da intervenção do Estado, gerando
o processo judicial. O Estado diz o direito no caso
concreto submetido ao judiciário, impondo às partes
a solução do litígio.
• A Justiça do trabalho fica incumbida de solucionar os
conflitos trabalhistas.
COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA
• A Competência é o limite da jurisdição. Para a
fixação destes limites o direito processual como
um todo utiliza-se de cinco critérios.
1. Material;
2. Funcional ou hierárquico;
3. Territorial;
4. Em razão da pessoa;
5. Em razão do valor da causa.
COMPETÊNCIA
• O Processo do Trabalho utiliza-se apenas dos
três primeiros.
1. Material;
2. Funcional ou hierárquico;
3. Territorial;
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MÁTÉRIA
• COMPETÊNCIA MATERIAL
• A competência em razão da matéria é fixada
pelo art. 114 da CF, que trata das matérias que
podem ser processadas e julgada na Justiça do
Trabalho:
• Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho
processar e julgar:
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MÁTÉRIA
• I as ações oriundas da relação de trabalho,
abrangidos os entes de direito público externo e
da administração pública direta e indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
COMPETÊNCIA MATÉRIA – RELAÇÃO DE CONSUMO
• Na contramão da competência material previstano art. 114 da CF, temos a Súmula 363 do STJque entendeu de forma adversa a relação deconsumo e a relação de trabalho:
• Súmula 363, STJ - Compete à Justiça estadualprocessar e julgar a ação de cobrança ajuizadapor profissional liberal contra cliente.
• Se a contratação fosse pela PJ seria atéadmissível imperar a relação de consumo, mas apessoa física é um trabalhador!!
COMPETÊNCIA MATÉRIA – FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
• No tocante aos funcionários públicos a partesublinhada foi excluída do texto final da novaredação do Art. 114, I da CF:
• Art. 114, I, CF (Redação original): as açõesoriundas da relação de trabalho, abrangidos osentes de direito público externo e da administraçãopública direta e indireta da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios, exceto osservidores ocupantes de cargos criados por lei, deprovimento efetivo ou em comissão, incluídas asautarquias e fundações públicas dos referidos entesda federação;
COMPETÊNCIA MATÉRIA – FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
• Não obstante temos a Liminar do MinistroNelson Jobim, então presidente do STF, nosautos da ADIN nº 3.395:
• “... Concedo a limnar ... Dou interpretaçãoconforme ao inciso I do art. 114 da CF, na redaçãoda EC n. 45/2004. Suspendo, “ad referendum”, todae qualquer interpretação dada ao inciso I do art.114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, queinclua na competência da Justiça do Trabalho, a “...Apreciação ... de causas que ... Sejam instauradasentre o Poder Publico e seus servidores, a elevinculados por típica relação de ordem estatutáriaou de caráter jurídico administrativo...”(27/01/2005).
COMPETÊNCIA MATÉRIA – DIREITO DE GREVE
• No tocante as discussões que envolvem o Direitode Greve e as questões sindicais temos:
• Art. 114 ...
• II as ações que envolvam exercício do direitode greve;
• III as ações sobre representação sindical, entresindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, eentre sindicatos e empregadores;
COMPETÊNCIA MATÉRIA – REMÉDIOS JURÍDICOS
• Art. 114 ...
• IV os mandados de segurança, habeas corpus ehabeas data, quando o ato questionado envolvermatéria sujeita à sua jurisdição.
• O inciso é auto explicativo. No entanto importanteobservar:
• A Justiça do Trabalho não tem competênciacriminal. O HC refere-se apenas à prisão civil dodepositário infiel.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
• Art. 114 ...
• V os conflitos de competência entre órgãos comjurisdição trabalhista, ressalvado o disposto noart. 102, I, o;
• Da mesma forma, quando o conflito decompetência envolve apenas autoridadesjudiciárias trabalhistas, a competência parasolução permanece interna corporis. Trata-se decompetência já fixada em lei infra constitucionalapenas elevada ao nível constitucional.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – INDENIZAÇÕES
• Art. 114 ...
• VI as ações de indenização por dano moral ou
patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho;
• A atual redação do inciso VI pacificou ampladiscussão travada nos Tribunais Superiores, ondechegou a ser pacificada a competência Estadualpara tanto.
• Por fim, hoje a competência é da Justiça doTrabalho.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – PENALIDADES ADM
• ART. 114...
• VII as ações relativas às penalidades
administrativas impostas aos empregadores
pelos órgãos de fiscalização das relações de
trabalho;
• As violações de direitos trabalhistas ensejam
também multas administrativas aplicadas pela
fiscalização do trabalho (DRT). Estas multas no
passado eram discutidas na esfera da Justiça
Federal Comum. Atualmente é competente a
Justiça do Trabalho.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – EXECUÇÃO FISCAL
• ART. 114...
• VIII a execução, de ofício, das contribuições
sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir;
• Este dispositivo é o antigo § 3º do art. 114, inserido
pela EC 20/98. Quer dizer que as contribuições do
INSS, da parte do empregado e do empregador, que
decorrem da sentença judicial trabalhista, devem ser
cobradas na própria ação e ex officio pelo Juízo.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – OUTRAS CONTROVERSSIAS
• ART. 114...
• IX outras controvérsias decorrentes da relaçãode trabalho, na forma da lei.
• Há aparente incompatibilidade com o inciso I.
– I as ações oriundas da relação de trabalho,abrangidos os entes de direito público externoe da administração pública direta e indiretada União, dos Estados, do Distrito Federal edos Municípios;
• Se são todas as controvérsias decorrentes darelação de trabalho porque o inciso IX?
COMPETÊNCIA MATÉRIA – NEGOCIAÇÃO COLETIVA
• ART. 114...
• § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as
partes poderão eleger árbitros.
• A autocomposição (negociação coletiva) dos
conflitos trabalhistas é o indicativo preferencial
segundo este dispositivo. Sendo impossível a
autocomposição, o dispositivo indica que a
solução seguinte é a heterocomposição privada
(arbitragem).
COMPETÊNCIA MATÉRIA – NEGOCIAÇÃO COLETIVA
• ART. 114...
• § 2º Recusando-se qualquer das partes à
negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça
do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – NEGOCIAÇÃO COLETIVA
• A heterocomposição pública (jurisdição =
dissídio coletivo) pode ser instaurada apenas se
as partes estiverem de comum acordo. Antes da
EC 45/2004 qualquer das parte poderia instaurar
dissídio coletivo e provocar a solução do conflito
através do poder normativos da Justiça do
Trabalho.
COMPETÊNCIA MATÉRIA – NEGOCIAÇÃO COLETIVA
• ART. 114...
• § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
• Sem acordo de vontade restará apenas a grevecomo recurso para forçar a parte patronal anegociar. A greve, entretanto, pode trazermalefícios a toda sociedade (atividade essencial).Neste caso, o dispositivo faculta (não obriga) oMPT a instaurar o dissídio coletivo para soluçãodo conflito.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL
• No tocante a Competência Funcional a Regra geral
é o processo iniciar no 1º Grau de Jurisdição, 1ª
Instância, Vara do Trabalho.
• A excepcionalidade deve estar prevista em lei,
iniciando o processo do Tribunal:
Dissídios Coletivos;
M.S. Contra ato de Juiz;
Ação Rescisória;
Ação Anulatória de Cláusula Normativa;
“HC” contra ato de Juiz que determina prisão civil.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
• Também chamada de competência de foro.Cuida de distribuir a parcela de jurisdição entrejuízes da mesma condição (material, funcional),em função do local onde atua este Juiz.
• A CLT fixa a competência territorial no “caput”do art. 651, sendo regra geral o local daprestação de serviços, ainda que o empregadotenha sido contratado em outro local ou noestrangeiro. Pouco importa o domicílio do autorou o domicílio do réu, ou ainda, o local dacontratação.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
• Art. 651 - A competência das Juntas de
Conciliação e Julgamento é determinada pela
localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador,
ainda que tenha sido contratado noutro local
ou no estrangeiro.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL – ÚLTIMO LOCAL
• Se o empregado prestou serviços em mais de um
local, a competência será do último local de
prestação de serviços.
• Não será aplicada a regra do último quando:
• A) A lide envolver inteiramente objeto de outro
local;
• B) A última transferência for obstativa ao
exercício do direito de ação.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL – EXCEÇÕES
• § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou
viajante comercial, a competência será da
Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a
Junta da localização em que o empregado
tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL – EXCEÇÕES
• § 2º - A competência das Juntas de Conciliação
e Julgamento, estabelecida neste artigo,
estende-se aos dissídios ocorridos em agência
ou filial no estrangeiro, desde que o empregado
seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL – EXCEÇÕES
• § 3º - Em se tratando de empregador quepromova realização de atividades fora do lugardo contrato de trabalho, é assegurado aoempregado apresentar reclamação no foro dacelebração do contrato ou no da prestação dosrespectivos serviços.
• Cuidado para não realizar interpretação queafronte o “caput” do artigo.
• Aplicável somente a empregador itinerante.
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Absolutas
– Matéria
– Função
– Pessoa
• Relativas
– Territorial
– Valor da causa.
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Absolutas:
– São Improrrogáveis;
– Podem ser declaradas ex officio
– Podem ser arguidas em qualquer Instância ou
grau de Jurisdição
– Decisão transitada em julgado passível de
Ação Rescisória
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Relativas:
– São Prorrogáveis;
– Não podem ser declaradas ex officio.
Dependem de argüição mediante exceção;
– Há preclusão em caso de não argüição;
– Não é causa de ação Rescisória.
ATOS E NULIDADES PROCESSUAIS
Atos Processuais.
• ATOS PROCESSUAIS
• O NCPC traz a regra geral sobre os atosprocessuais no art. 188:
• Art. 188. Os atos e os termos processuaisindependem de forma determinada, salvoquando a lei expressamente a exigir,considerando-se válidos os que, realizados deoutro modo, lhe preencham a finalidadeessencial.
50
Atos Processuais.
• No entanto, a forma não deve ser desprezada, sobpena de se levar ao caos e à insegurança entre oslitigantes. Por outro lado também não deve sufocaro processo.
• No Brasil o sistema é rígido. Estabeleceu-se oprocedimento comum, chamado ordinário e osdemais foram estabelecidos para atender asituações peculiares.
51
Atos Processuais.
• O NCPC comtempla o aproveitamento dos atos na
medida que autoriza ao Juiz o enquadramento do
correto procedimento e permite o aproveitamento
de atos que não foram realizados segundo a forma
prescrita, desde que não contenham prejuízos às
partes.
52
Atos Processuais.
• São exigências quanto aos atos processuaisobedecer as regras legais quanto ao:
Lugar
Tempo (prazo)
Modo
• NCPC - Art. 192. Em todos os atos e termos doprocesso é obrigatório o uso da línguaportuguesa.
53
Atos Processuais.
• Preclusão: Perda de um direito, poder oufaculdade de praticar um ato processual, em faceao decurso de tempo ou fator correlato:
• Temporal: Quando decorrido o prazo fixado sema prática do ato.
• Lógica: Quando a prática do ato é incompatívelcom a de outro, já praticado.
• Consumativa: Quando a faculdade processual jáfoi validamente praticada.
54
Nulidades Processuais
• NULIDADES PROCESSUAIS
• As regras que envolvem a nulidade no NCPC se
encontram do art. 276 ao 283, no entanto a CLT
possui regras próprias a serem aplicadas e as
mesmas se harmonizam:
• CLT
• Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da
Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às
partes litigantes. (aproveitamento)
55
Nulidades Processuais
• Art. 795 - As nulidades não serão declaradas
senão mediante provocação das partes, as quais
deverão argui-las à primeira vez em que tiverem
de falar em audiência ou nos autos. (interesse e
momento oportuno - protestos)
• § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a
nulidade fundada em incompetência de foro.
Nesse caso, serão considerados nulos os atos
decisórios.
56
Nulidades Processuais
• § 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar
incompetente determinará, na mesma ocasião, que
se faça remessa do processo, com urgência, à
autoridade competente, fundamentando sua
decisão.
• Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
• a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-
se o ato;
• b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
(aproveitamento dos atos)
57
Nulidades Processuais
• Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a
nulidade declarará os atos a que ela se estende.
(absoluta ou relativa)
• Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão
os posteriores que dele dependam ou sejam
consequência. (preservação processual)
58
Nulidades Processuais
• No NCPC basta a leitura dos artigos 276 e 277
para se observar a harmonia:
• Art. 276. Quando a lei prescrever determinada
forma sob pena de nulidade, a decretação desta
não pode ser requerida pela parte que lhe deu
causa.
• Art. 277. Quando a lei prescrever determinada
forma, o juiz considerará válido o ato se,
realizado de outro modo, lhe alcançar a
finalidade.
59
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